Entre Brasil e Inglaterra 2: Lonely
Escrita e Betada Por: Taty | Revisada Por: Thai Barcella




E então? Vocês realmente querem saber o que houve?
Na primeira parte eu contei como me deixou, mas agora está na hora de contar como essa história terminou.

- Alô? – disse assim que atendeu o telefone.
- ?
- Sim...
- Eu sou , ex-namorado da . Ela pediu para eu ligar para você, que você saberia o que me falar.

E agora a verdadeira história começa...

- Bom... Ela me disse para te falar algumas coisas...
- Sim? – Eu disse, esperançoso.
- Você entendeu a mensagem que ela te passou através das pequenas frases?
- Eu percebi que ela queria me dizer algo, mas não consegui entender.
- Então... Ela pediu para que eu te explicasse o porquê dela ter ido embora.
- Tem um motivo?
- Tem, sim. Ela nunca te deixaria por nada. – disse e o silêncio reinou naquela conversa por alguns instantes. Eu me manifestei.
- QUAL FOI?
- Bem... – Ela começou, assustada. – Eu acho que a não te contou que o pai dela morreu.
- Morreu? Foi por causa disso? Por que ela não me contou? Eu pagaria a viagem para ela!
- Não foi por isso. Vou te contar a história. É que o pai dela adoeceu, mas a Senhora não contou nada para a . Assim que ele morreu, ela ligou para a e contou. Bom... Foi por isso que ela não estava bem nesses últimos dias. A Senhora também falou, nessa mesma conversa, que o pai da tinha deixado um testamento. Nesse testamento ele deixou um apartamento aqui em Londres para ela, mas disse que ela só podia tê-lo se ela atendesse ao último desejo dele.
- E qual era esse desejo?
- Bom, você sabe que o pai dela nunca gostou muito de você tê-la trazido para longe da família.
- É, eu sei...
- Então, o último pedido dele foi para que ela te deixasse, porque, de acordo com ele, você só queria se aproveitar da filhinha inocente dele. Você não tinha intenções sérias e nunca seria a pessoa certa para ela. Foi aí que ela passou três dias pensando se ela deveria ou não te deixar.
- Três dias?
- É. Isso aconteceu três dias antes dela terminar com você.
- Então a me trocou por um apartamento?
- VOCÊ SABE QUE ELA TE AMAVA, POXA! NÃO FALA ASSIM DELA! – A ficou realmente muito brava comigo. – Ela nem ligou para o apartamento. A me disse que se o pai dela pedisse para terminar com você em troca de um apartamento, em vida, ela negaria, mas o problema foi que aquele foi o último pedido dele. Ela era a filha perfeita. Nunca negaria o pedido.
- Meu Deus! Por que ela não me contou? – Agora eu começava a chorar novamente. – Eu não acredito! Se ela tivesse me contado, eu teria me ajeitado... Teria dado um jeito nesse problema!
- Não! Não existe “esse problema”! , você era o problema. Ela te conhecia o bastante para saber que você nunca a deixaria fazer isso.
- Você tem razão. – Eu tentei, inutilmente, segurar o choro. – Preciso desligar. Até mais.

Desliguei o telefone e fui para o quarto que costumava ser o de . Quando entrei, o cheiro inebriante do “Ninna” (by Ninna Ricci, o perfume que ela usava a maioria do tempo) me fez cair no choro de novo. Ela não tinha levado nada! “Minha” casa estava intocada. Apenas as coisas pessoais dela tinham ido. As roupas de cama, toalhas, aparelhos de jantar, móveis (absolutamente tudo que eu fiz questão de comprar para ela) estavam lá.
Me deitei na cama dela e pude sentir seu perfume no travesseiro. Mais tristeza me veio à cabeça. Ela devia estar indo para o Brasil naquele momento, com certeza seu celular estava desligado. Pensei em deixar uma mensagem na caixa, mas desisti, fiquei deitado por mais algum tempo até que o telefone tocou. Fui atender.

- A não mora mais aqui. – Foi o que eu disse assim que atendi.
- , sou eu... – A voz chorosa da dizia do outro lado da linha.
- ! Olha... A me contou tudo! – Nem estava pensando em como ela conseguia falar de dentro do avião. – Eu entendo perfeitamente o seu lado... Eu vou aceitar ser só seu amigo! Só amigos... Não vou querer nada mais do que isso.
- Eu sei... Sabia que você estava na sua casa que era minha e só quis ligar para avisar que minha mãe ligou e disse que já enterraram meu pai e que não havia mais motivo para eu ir lá. Eu contei para ela que nós terminamos e o apartamento já é meu. Eu estou em Londres, é isso...
- Que bom para você. – Eu disse, friamente.
- Só queria avisar mesmo... Tchau. – Ela disse e eu quase desligava quando ela gritou. – ! Eu também quero dizer que... Se você ainda me quiser, alguém vai ter que ceder. Eu, desistindo do pedido do meu pai, ou você, com a decisão de nos tornarmos apenas amigos. – A desligou.

It's only been a day
(Só faz um dia)
But it's like I can't go on
(Mas é como se eu não pudesse seguir em frente)
I just wanna say
(Eu só quero dizer)
I never meant to do you wrong
(Eu nunca quis te fazer mal)
And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que poderia viver)

Um dia depois...

Fazia um dia que eu não via , mas eu me sentia completamente perdido. Era como se tivéssemos invertidos os papéis. Ela era o homem que terminava e eu era a mulher que ficava chorosa e deprimida. Comi duas caixas de chocolate naquela noite, enquanto assistia Ghost, que peguei emprestado da minha mãe, milhares de vezes. Não tinha dormido e chorava toda vez que eu via o cara morrer! Sim, eu fiquei depressivo, tá legal? Quando o sol começou a nascer, desliguei o DVD e fiquei pensando no que eu deveria fazer. Eu queria dizer à ela que nunca quis fazer mal para ela. Queria dizer que minhas intenções eram as melhores quando eu a trouxe para a Inglaterra e nunca pensei que eu teria feito algo tão ruim a ponto do pai dela comprar um apartamento pra ela aqui e só a deixar tê-lo quando ela se separasse de mim.

Fiquei pensando nela até as nove horas da manhã, quando resolvi trocar de roupa e ir até uma padaria para tomar café da manhã. Não estava com ânimo para cozinhar.
Cheguei na padaria e peguei a mesa mais isolada que consegui. Pedi um café forte e um misto quente (N/A: existe misto quente em Londres?). Não sabia o motivo, mas meus olhos estavam fixados na porta... Meu café da manhã chegou, me voltei para ele e ouvi a porta abrir.

entrava. Estava mais linda do que nunca. O que ela tinha feito no dia anterior? Estava diferente, seu cabelo tinha mais brilho e seu rosto tinha mais vida. Pensei no que ela tinha me falado no dia anterior. “Alguém tem que ceder”. Quando ela entrou tive certeza: eu iria ceder naquele momento. Iria me levantar, ir até ela e dizer que ainda a amava.

Estava me levantando, quando vi um cara entrando na padaria. se levantou correndo e pulou no pescoço do cara, que deu um abraço apertado nela. Ela se soltou dele e disse algo parecido com “Eu não acredito que você está aqui” e voltou a abraçá-lo. pegou as mãos dele e ficou balançando enquanto conversavam, ainda bem próximos à porta. Ele envolveu suas mãos na cintura da e beijou a bochecha dela, que sorriu e retribuiu com um beijo na ponta do nariz dele. O cara a chamou para sentar e ela aceitou no mesmo instante, correndo para sua mesa e já fazendo o pedido ao garçom.

Percebi, quando vi os dois se abraçando, que se eu não for aquele que abraça a , eu simplesmente não poderei viver. Ao ver eles se abraçando, meu coração se apertou de tal maneira que a dor foi quase insuportável! Tive vontade de chorar, gritar e fazer coisas que ninguém nunca fez. Coisas que eu só faria pela , a única mulher da minha vida.

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)

Desde que eu conheci a , nós nunca ficamos um dia sem nos ver. Todo dia tínhamos alguma coisa para fazer... Um passeio no parque, um sorvete, uma pizza, um cinema ou até mesmo um filme com pipoca na casa de um de nós dois.

Saí da padaria e voltei pra casa. Sozinho. Triste. Ficar um dia sem, sei lá, fazer alguma coisa com a estava me matando. Sentia-me desfalecer por dentro. Para ser mais exato, me sentia sozinho, algo que eu não costumava sentir nos últimos quinze meses. Com a por perto, minha vida parecia estar completa.

Peguei meu celular e liguei para o . Ele, com certeza, teria alguma coisa para fazermos.

- ? – Disse.
- Fala, grande !
- Vamos dar uma volta na cidade?
- Tá bom. A gente se encontra no Hyde Park daqui a quinze minutos. Eu estou sem nada para fazer mesmo.

Desliguei o telefone e fui andando até o Hyde Park. Lembranças da vieram à minha cabeça. Íamos muito ao Hyde Park. Cheguei lá e avistei o , que acenou para mim.

- Como anda a vida sem a namoradinha? – Ele me perguntou.
- Estou morrendo, cara. Sem ela eu fico sem rumo na vida. – Respondi, colocando a mão no bolso.
- Não é ela ali? – apontou para uma garota de calça jeans skinny, sandália de salto, tiara e uma blusa de alcinha roxa.
- É... – Disse, percebendo que a garota se vestia exatamente como a estava vestida na padaria.
- Quem é aquele cara com ela? – .
- Não sei... – Silêncio. Resolvi que iria falar com ela. – ! – Gritei e ela olhou pra trás, procurando quem a chamou. Fingiu que não me viu e continuou andando com o rapaz. – ! – Esgoelei e corri até ela, segurando-a pelo braço. – Fala comigo, por favor.

- Ahn? Me solta, garoto! – Ela tirou seu braço da minha mão e olhou assustada para o cara. – Eu nem te conheço. Me deixa em paz! – segurou a mão do homem e saiu andando rápido, enfurecidamente.

Me sentei no banco mais próximo e coloquei meu rosto sobre as mãos. Não iria chorar no meio do parque, mas aquela era a minha vontade. se sentou do meu lado e colocou o braço sobre os meus ombros.

- Não fica assim, dude!
- NÃO FICAR ASSIM? , ela fingiu que não me conhecia por causa daquele cara! É a pior coisa que ela poderia ter feito, e ela fez! – Não pude evitar deixar escorrer algumas lágrimas, que foram rapidamente secadas por mim. – Eu vou para casa.

O disse que sim com a cabeça, eu me levantei e fui andando para casa.
Durante o caminho, cantei She Left Me e pensei. Pensei. Pensei em como o meu namoro com a parecia ter sido tão curto. Essas coisas, coisas boas, nunca parecem durar. Quando você GOSTA de alguma coisa, parece que passa mais rápido e foi assim comigo e com a . Pensei. Pensei em como eu nunca havia planejado conhecê-la em um show no Brasil. Pensei. Pensei em como, depois que começamos a namorar, nunca planejei terminar com ela. Pensei. Pensei também no que eu havia planejado.
Coloquei a mão no bolso da minha calça e tirei de lá uma caixinha. A caixinha da aliança que eu tinha comprado para ela no dia anterior dela terminar comigo. Ia pedi-la em casamento e depois iríamos a um cartório estilo “Vegas” em que podíamos nos casar na hora, porque eles arrumariam tudo pra nós, mas meus planos ruíram. Coloquei a aliança no bolso e continuei a andar.

Perdido nos meus pensamentos, nem percebi que a minha sensação de solidão tinha voltado. Precisava da . Ela precisava me ajudar. Estava cansado de me sentir sozinho.

Your stuff's in my house
(Suas coisas na minha casa)
So many things I can't ignore
(Tantas coisas que eu não posso ignorer)
Your clothes still on the couch, yeah
(Suas roupas ainda no sofa, é)
Your photo's on my freezer door
(Suas fotos na porta do meu freezer)
And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que eu poderia viver)

Entrei em casa e fui até a sala em que assistíamos filmes juntos, tipo uma sala de cinema. Em cima da mesinha de canto tinha uma escova de cabelo dela e um copo com marca de batom. Em cima do sofá, tinha as luvas, o cachecol e um casaco que ela tinha deixado da última vez em que assistimos a um filme lá.
Fui para a cozinha. Ver as coisas dela não me fazia bem, precisava chupar um gelo (N/A: é relaxante, tá?). Quando ia abrir o freezer, vi uma foto da na porta. Meu coração se despedaçou. Era uma foto em que nós estávamos nos beijando. Tantas coisas dela... Não dava para ignorar!

Minha casa definitivamente não era o melhor lugar para estar agora. Resolvi que iria descobrir onde iria almoçar para que então eu pudesse mostrar para ela que eu a amo demais.
Lembrei que havia um restaurante em que nós sempre almoçávamos. Ela com certeza iria lá. O tempo estava esfriando, então peguei meu casaco e saí em direção ao restaurante.

Entrei e não deu outra. estava no balcão, abraçada com o mesmo rapaz, fazendo seu pedido. Lembrei novamente do que ela me disse. “Alguém tem que ceder”. Eu já havia cedido, o problema era que ela não sabia disso. Sentei em uma mesa e fiquei olhando aquela cena patética dela com aquele cara. Fiquei com vontade de me matar, mas decidi que faria ELA ficar com vontade de se matar e não EU!

Almocei, passei no restaurante que eu e a gostávamos de jantar para conversar com o dono, liguei para o e pedi para ele ligar para o e para o , avisando que teria uma reunião da nossa banda.

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)
I’m so lonely
(Eu estou tão sozinho)

And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que eu poderia viver)

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)
I’m so lonely
(Eu estou tão sozinho)

Por que um pedaço tão grande da música para essa última parte? Porque essa última parte, para mim, foi a que mais demorou para chegar, assim como essa parte da música e a que mais durou, assim como essa parte da música.

Cheguei em casa e escrevi os versos acima em um pedaço de papel. Para mim ainda faltava alguma coisa, por isso, adicionei outras duas estrofes à minha música... Assim ficou ela:

It's only been a day
(Só faz um dia)
But it's like I can't go on
(Mas é como se eu não pudesse seguir em frente)
I just wanna say
(Eu só quero dizer)
I never meant to do you wrong
(Eu nunca quis te fazer mal)
And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que poderia viver)

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)

Your stuff's in my house
(Suas coisas na minha casa)
So many things I can't ignore
(Tantas coisas que eu não posso ignorer)
Your clothes still on the couch, yeah
(Suas roupas ainda no sofa, é)
Your photo's on my freezer door
(Suas fotos na porta do meu freezer)
And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que eu poderia viver)

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)
I’m so lonely
(Eu estou tão sozinho)

And I remember you told me, baby
(E eu lembro que você me disse, baby)
Something's gotta give
(Alguém tem que ceder)
If I can't be the one to hold you, baby
(Se eu não posso ser aquele que te abraça, baby)
I don't think I could live
(Eu não acho que eu poderia viver)

Now I'm so sick of being lonely
(Agora eu estou muito cansado de estar sozinho)
This is killing me so slowly
(Isso está me matando muito lentamente)
Don't pretend that you don't know me
(Não finja que não me conhece)
That's the worst thing you could do
(Isso é a pior coisa que você poderia fazer)
Now I'm singing such a sad song
(Agora eu estou cantando uma canção tão triste)
These things never seem the last long
(Essas coisas nunca parecem durar)
Something that I never planned, no
(Algo que eu nunca planejei, não)
Help me, baby, I'm so sick of being lonely
(Me ajude, baby, eu estou muito cansado de estar sozinho)
I’m so lonely
(Eu estou tão sozinho)

- Perfeito! – Disse para mim mesmo e ouvi a campainha tocar. Abri a porta e quem era? Eram os caras! – Entrem, dudes! Tenho que mostrar uma coisa para vocês.

Nos sentamos todos no chão e eu coloquei uma almofada no meio de nós quatro, onde eu coloquei o papel com a letra da minha música escrita.

- Acabei de escrever... É para a . Eu falei com o dono do restaurante em que ela vai jantar e ele deixou a gente cantar uma música. Eu preciso cantar essa para ela! Me ajudem... – Algumas lágrimas vieram aos meus olhos. – Por favor...
- Fica tranqüilo, . – O colocou o braço sobre meu ombro. – A gente canta essa música com você essa noite, mas eu vou ser sincero... Não sei porque você gosta dela! Ela não faz seu estilo. Anda só de salto alto, calça colada, short ou saia. Nunca usa um All Star ou uma coisa mais solta... Vai entender o coração.
- É, o tem razão, mas... Você vai ver! A não vai resistir a você. – O sorriu. – Mas... Qual o nome da música?
- Lonely. - Eu disse choroso. Eu sei, isso é meio gay, mas fazer o quê?

Ficamos algum tempo conversando e depois fomos nos arrumar para o show, indo para o restaurante logo em seguida.
Ela estava lá, sentada em uma mesa com O CARA! Ficamos no centro das mesas e cantamos Lonely. Tenho certeza de que ela não esperava isso, pois quando ela escutou a letra e viu que eu cantava olhando diretamente para ela, seus olhos de encheram de lágrimas.

e acharam uma mesa onde ficamos rindo e conversando bobagens que não acrescentariam nada em nossa vida, ma devo admitir que foi muito divertido. A não estava mais na mesa. Agora estava no balcão, sem o homem que a acompanhava, porque ele tinha ido embora. estava tomando Vodka pura, coisa que ela nunca fazia. Não liguei no começo, tem uma primeira vez para tudo, mas quando a madrugada começou a chegar e vi que ela ainda estava bebendo, comecei a me preocupar. Deixei os caras na mesa e fui até ela.

- ? – Peguei no ombro dela, que me olhou com o rosto inchado e encharcado e os olhos vermelhos e mareados.
- Por que você fez isso comigo? – Ela gritou. – Por que, ? Por que você teve que estragar meu dia que estava sendo perfeito? Você não agüenta me ver feliz? Você tem algum tipo de obsessão por mim? Tem? Porque parece! – Ela ainda gritava. – O que eu fiz? O QUE EU FIZ PARA MERECER QUE VOCÊ CANTASSE AQUELA MÚSICA?! – Mais lágrimas caiam de seus olhos e ela virou o resto da Vodka que tinha em seu copinho.
- ... Você não está bem...

Ela bebia e chorava cada vez mais. Estava visivelmente bêbada. Ficou gritando comigo até começar a cair, coloquei meu braço nela, que apagou. Peguei no colo, avisei aos meus amigos que iria embora e fui para casa.
Chegando lá, coloquei a na minha cama e tirei os sapatos dela. Ela estava dormindo. Deitei-me ao lado dela e dormi também.

Acordei no outro dia e fiquei a olhando dormir. Ela estava linda. Os cabelos dela, soltos pelo meu travesseiro, com aquele vestido laranja lindo e tinha uma expressão calma. Fazia frio, então peguei a coberta e joguei sobre o corpo dela, que se mexeu. Rapidamente fechei meus olhos e fingi que estava dormindo, deixando aberta apenas uma parte dos meus olhos, de maneira que eu pudesse ver a , mas que ela não pudesse ver que eu a observava.

abriu os olhos e passou apenas o braço por cima da coberta. Espreguiçou-se e se virou para mim. Ela sorriu e acariciou o meu rosto, fazendo com que eu tremesse. A veio se aproximando e me deu um selinho. Era a “hora de acordar”. Fingi fazer um daqueles grunhidos que a gente faz quando está acordando e olhei pra ela.

- Bom dia. – Disse com um sorriso no rosto, ainda coberta.
- Bom dia. – Sorri também. respirou fundo e se virou de costas para mim, se descobrindo e olhando embaixo das cobertas. – Relaxa, amor. – Dei um abraço dela por trás. – Eu nunca ia aproveitar que você estava bêbada para fazer algo que você não queria. – Ela colocou dias mãos sobre as minhas e percebi que agora ela sorria.
- Obrigada. – se virou pra mim. – Muito obrigada. – Ela me abraçou. Ainda estávamos deitados.
- Sabia que eu já desisti da idéia de sermos só amigos? – Sussurrei no seu ouvido.
- Mesmo? – riu. – É por isso que eu te amo.
- ... Quero te dar uma coisa.

Me levantei da cama e comecei a revirar o meu quarto em busca do que eu daria para ela, até que achei meu presente, me deitei novamente e coloquei a pequena caixinha nas mãos dela.

- O que é isso? – .
- Abre para ver.

Ela abriu e seus olhos novamente ficaram marejados. Ela levou uma mão à boca e começou a chorar desesperadamente. Não conseguia saber se aquele choro era de felicidade ou de tristeza.

- Eu não posso. – colocou a caixinha que estava na mão dela de volta na minha.
- É aquele seu novo namorado? É isso? A gente pode dar um jeito!
- Namorado? – O choro parou um pouco e uma risada invadiu meu quarto. – O Junior não é meu namorado!
- Aquele cara não é seu namorado? Mas eu pensei que...
- Pensou errado! Ele é meu irmão que estava morando na Suíça há mais de quatro anos e apareceu aqui para me fazer uma visita.
- Então! Melhor ainda! Nada vai nos impedir, ...! Casa comigo... Por favor! A gente vai ao cartório hoje à noite e faz um casamento igual os de Las Vegas. Vai ser tão perfeito... , casa comigo!
- NÃO DÁ! – se levantou o mais rápido que conseguiu da cama e colocou seus sapatos. Eu me levantei rapidamente e corri atrás dela até a porta da sala, onde eu a segurei pelo braço. – Você não vai sair assim! Não de novo...

Me lembrei de que ela havia me deixado sem um porquê. Ela não faria aquilo de novo. Não faria! Eu não ia a deixar escorrer por entre os meus dedos novamente. Eu precisava dela e só ia ficar feliz quando ela aceitasse meu pedido de casamento.

- Por quê? Por que nós não podemos nos casar? Você sabe me responder isso? – Perguntei, ainda a segurando, olhando nos olhos dela.
- Por quê? Porque EU não vou ceder! , eu te amo, mas foi o pedido do meu pai! Como eu vou negar a única coisa que ele me pediu a vida inteira? – A gritava e lágrimas escorriam de seu olhos. Limpei-as delicadamente.
- ... – Começava a chorar também. – Olha... Seu pai morreu! Morreu! Entenda isso! A me contou porquê ele não queria que você continuasse comigo! Era porque ele achava que eu não queria nada de verdade com você, mas... OLHA! Eu estou te pedindo em casamento! Seu pai queria apenas a sua felicidade, não queria que você sofresse. Ele só achou que eu não seria o melhor para você, mas tenho certeza que ele iria aceitar nosso casamento hoje. Amor... – Eu me aproximei dela e senti a respiração dela falhando. – Ou melhor... – Me ajoelhei. – , você aceita se casar comigo?

ficou um tempo parada, olhando para mim com uma cara pensativa. Ela sorriu e esticou a mão trêmula para que eu pudesse colocar a aliança. Coloquei o anel no dedo dela delicadamente e me levantei, a abraçando com todas as minhas forças. ainda chorava, mas agora era um choro de felicidade. Ela realmente me amava e íamos casar naquela mesma noite, como em Las Vegas.

Saímos de casa conversando animadamente.

- Quando você planejou tudo? – .
- Comecei a pensar em tudo alguns dias antes da gente terminar. – Sorri. – Mas agora nós estamos juntos e vamos nos casar dentro de algumas horas. – Agora ela que sorria. Beijei e a chamei para irmos preparar algumas coisas para o nosso casamento.

Não cansava de falar “nosso casamento”. Liguei para o , para o e para o . Ficava até cheio quando falava que ia casar com a . Ela também ligou para e para a Senhora , que ficou muito feliz ao saber do casamento. No final, eu estava certo. O pai dela não era o maior carrasco do mundo, ele apenas pensava que eu não queria nada com a . Felizmente, ele estava completamente errado.

Nos casamos naquela noite na presença de alguns amigos, um padre e um juiz. Fomos para um maravilhoso hotel passar nossa noite de núpcias, que foi a noite mais perfeita da minha vida. A noite em que eu finalmente pude fazer da a MINHA mulher. Nunca vou me esquecer disso.

- Bom dia, . – Disse olhando para ao ver que ela acordava.
- , não. – Ela sorriu. – . – Não pude evitar sorrir também. Agora ela tinha o meu sobrenome.
- Se eu fosse você, hoje eu não olharia embaixo das cobertas para verificar nada. Você vai se arrepender.
- Bobinho. – Um sorriso lindo e doce tomou conta do rosto da . – Eu lembro muito bem do que nós fizemos na noite passada. – Ela me beijou. – E foi perfeito...

No final das contas? Estamos casados há sete anos. Temos uma filha de cinco aninhos, moramos na Inglaterra, naquele mesmo apartamento, e demos para a Senhora o apartamento que o Senhor comprou para a . Arrependimentos? Nenhum. Casar-me com a foi a melhor coisa que eu fiz na vida. Sem ela, eu estaria completamente perdido. Amo tudo nela, todas as qualidades e todos os defeitos, porque eu SEI que ela não é perfeita. É... Ela não é perfeita, mas as suas imperfeições a fazem chegar cada dia mais perto da perfeição.
Fim!



Nota da Autora: Meninas! Chegou a segunda parte! Espero que vocês gostem, porque eu realmente amei. O final foi inspirado no meu amado Jones! Eu realmente pensei nele pra escrever o último parágrafo, sabe... Depois eu só passei pro feminino, afinal, a fic é narrada pelo meu amado Danny.
Quem é que vai no show do McFly em São Paulo levanta a mão! o/
Se vocês forem, deixem escrito no comentário, porque, quem sabe, a gente possa se encontrar lá, não?
Deixem o comentário falando o que acharam da segunda parte!
Amo vocês, xuxus! Beijooooooooooooooooones!

Da mesma autora:
O Diário Da Princesa
Alguém Como Você
Show De Vizinha
How To Touch A Girl
Entre Brasil e Inglaterra: She Left Me
Clique e faça uma autora feliz!