Eu a amo ou não?


Oi, me chamo ... Sei que diário é coisa de garota, mas dizem que escrever ajuda, então vamos lá...
Era uma tarde calma de Abril quando ouvi vozes do sexo oposto, risadas, para ser mais exato, então resolvi ver o que se passava por lá e meu olhar se encontrou com o de uma garota linda, pequena, tinha um ar ao mesmo tempo de criança e adulta... Nunca havia sentido nada igual em toda minha vida. Por ela estar também em estado de transe foi sua amiga que me convidou para entrar.
- Oi. – disse.
- Oi! – sorriu ela.
- Meu nome é , e o seu?
- . – Seu sorriso era irradiante. Eu não sabia o que dizer, então simplesmente a olhei, vi como era linda, tinha o olhar de uma criança e uma simplicidade incrível. Seu cabelo castanho brilhava ao se encontrar com os raios de sol e isso só a deixava mais graciosa. – Não me olhe assim. – Ela pediu sem graça.
- Me desculpe. – pedi ressentido – Você é muito bonita mesmo. – resolvi elogiá-la.
- Hey, não acha que está sendo já meio insolente, não? Mal nos conhecemos e já vem com elogios, nos quais não posso dizer se são verdadeiros ou não... Humpff... Peço que se retire, em outro momento teremos uma conversa mais adequada.

Sim, ela me pôs para fora de sua casa. As garotas são incompreensíveis, estranhas e às vezes até muito violentas... Mas aquela tinha algo especial...
Muitos dias se passaram, logo ela me procurou e assim pudemos conversar melhor sem desentendimentos... Então consegui convidá-la para sair. A partir daí nos encontrávamos com freqüência, logo a pedi em namoro e sem hesitar ela aceitou.
Dois anos se passaram, já tínhamos nossos vinte anos, então resolvi pedi-la em casamento e mais uma vez ela aceitou... Não podia acreditar, estávamos NOIVOS! Era incrível essa sensação...
Com o passar do tempo, meus dias só ficavam mais cheios, ela continuava daquele jeito, mais parecia uma criança do que adulta, com os meus dias tumultuados fui ficando cansado, cansado de infantilismo, cansado de tudo, foi aí que eu me despedi da minha artificial noiva criança (foi exatamente assim que pensei). Eu acreditava que se era real, depois de tudo que passamos, qual seria o problema?
Provavelmente o problema era eu, meu individualismo, meu esforço, trabalho e egoísmo me fez esquecer daquele lindo amor que havia entre nós dois.
Logo olho pela janela e a vejo do outro lado da rua. “Por quê?” eu me pergunto, eu não entendia porque aquilo me doía tanto, eu não entendia, mas eu a amava muito.
Foi ai que meus sentimentos começaram a sair do controle, então eu desisti, pois eu não merecia o amor dela, pois se ela voltasse a me amar, ela ficaria assustada e logo enlouqueceria.


FIM