Garotinha de Essex
Autora: Deh | Betada por: May Gregio


“The singer finished singing and she's walking out
The singer sheds a tear fear of falling out
and it's hard to say how I feel today
Our years gone by, and I cried”


A música tocava alta. It’s Hard To Say, do The Used. Chegava até a ser meio engraçado, por que se encaixava perfeitamente no que estava acontecendo na minha vida naquele exato momento e no que eu estava sentindo agora.
E isso era bem difícil de dizer.

“It's hard to say that I was wrong
It's hard to say I miss you
Since you've been gone, it's not the same”

Fazia exatamente cinco anos que eu não a via, cinco anos de McFly e cinco anos incrivelmente bons ao lado dos guys.
Mas, quando eu recebi pelo correio o convite para o encontro de ex-alunos da minha escola antiga, eu pirei. Eu admito, eu pirei! Por que eu não queria vê-la de novo! ELA que foi a errada nisso tudo, não eu, e... ENFIM! Quando os garotos viram o convite, me forçaram a ir.
Me forçaram a vir nesse encontro de ex-alunos idiota, só por que eu era Dougie Poynter, atual garoto de vinte e um anos, o mais novo da banda, e eles achavam que seria legal se eu parasse de me preocupar tanto com garotas e músicas e lembrasse da minha... como eles disseram? Lembrar do início da minha “infância”. Isso era injustiça!
Mas eu vim, por que não se pode contrariar um cara com baquetas, sério! Baquetas são perigosas, por exemplo quando se está dormindo, ou quando seus amigos querem zoar com você enquanto você usa o banheiro. Principalmente na parte dos amigos e do banheiro!
E velho, com essa música alta do The Used era até difícil pensar no que eu iria dizer agora! Porque, quando eu cheguei, meia música atrás, eu a vi no salão com um vestido preto, sandálias e uma linda tiara prata. Não, não era a tiara que era linda, era ela! E eu percebi o quanto eu fui burro.
E, quando ela me viu parado na porta, olhando que nem um idiota pra ela, mesmo um pouco de longe, eu pude percebê-la arregalando os olhos, e indo para o outro lado do salão.
Ela ainda tinha raiva de mim. Que criancice, dude!

“My worries weigh the world how I used to be
And everything i'm cold seems a plague in me
And it's hard to say how I feel today
Our years gone by, and I cried”

Então, eu a segui. Não sei por que, mas foi um impulso! E é estranho, porque quando eu fui ver, não tinha ninguém daquele lado do salão. Simplesmente não era a garota que eu deixei em Essex pra me mudar pra Londres, a garota que eu deixei pra seguir a minha carreira musical, a garota que eu deixei, mas, muito bem, podia ter levado comigo... Era uma ilusão da minha própria mente trapaceira e idiota.
E agora eu percebi, eu ‘tava chorando. E eu percebi também, que, mesmo sendo difícil de admitir, mesmo com todo esse orgulho que manda todas as palavras bonitas e sentimentos garganta a baixo, eu sinto falta dela. Eu sinto falta da voz dela, do cheiro de morango do cabelo dela, do sorriso, do abraço, do beijo... entre outras coisinhas também, hehe. Ah, Poynter idiota, estraga momentos românticos até na própria mente! Vou me fuder ali um minutinho e já volto (No sentido figurado, ham!).
Isso é estranho pra mim (não a parte de ir me fuder, os guys mandam eu fazer isso o tempo todo!), digo, sentir fala dela. E agora eu, vocês, NÓS sabemos por que eu pirei e não queria vir. Eu não queria encontrar ela e perceber que esses últimos cinco anos foram só ilusão, que por mais que os guys e as garotas com quem eu ficava me deixassem feliz, se eu não estivesse todo o tempo ocupado, eu sentiria um frio incontrolável, um sentimento de que algo estava faltando e a minha mente se voltaria pra ela.
Então eu finalmente me tocaria de que eu errei, e de que eu tinha é medo de encarar isso e perceber que o que realmente faltava era algo que eu deixei em anos que já passaram e não podem ser recuperados. A minha garotinha de Essex, minha pequena.
Eu sei, eu devo esses últimos anos aos guys, mas todos amam alguém na vida. E eu entendi finalmente que é ela quem eu amo!

“Worse than the fear
Is the lie you told a thousand times before
Worse than the fear, it's the knife
And it's hard to say how I feel today
Our years gone by, and I cried”

Incrível como todos esses anos que passaram, eu consegui mentir tanto assim para mim mesmo...

“It's hard to say that I was wrong
It's hard to say I miss you
Since you've been gone, it's not the same
It's hard to say I have my tongue
It's hard to say if only
Since you've been gone, it's not the same
It's hard to say (god it's hard to say)...”

Quando a música estava terminando, eu finalmente parei pra escutar. E percebi que era um vocal feminino que tocava, mas não era qualquer vocal feminino...
Então eu olhei para o palco, e chorei. Chorei de verdade, como se não existissem tantas pessoas que estudaram comigo naquele salão, como se ninguém fosse reparar em Dougie Poynter chorando que nem um idiota enquanto tocava The Used e algumas pessoas conversavam tão alegremente.
Bom, eu estava chorando de verdade, por que lá no palco, olhando pra mim...
- Essa música é pra Dougie Poynter. Se encaixa bem não é? Mas eu espero que você tenha se saído bem sem mim nesses últimos cinco anos. E agora, nós vamos tocar All That I’ve Got, do The Used. E, como a outra, essa também é pra você Poynter.

... Estava , a minha Garotinha de Essex.


N/A.: Ooii :D
Ficzinha em homenagem ao pequeno-não-mais-tão-pequeno Poynter! Eu estava inspirada, entãão... xD
Espero que você tenha gostado, ! E me desculpe pela tão pequena participação que você teve, mas foi de importante, né! :X
Prometo que se houver continuação você será mais citada, hehe.
E eu vou agradecer, por que você teve a paciência de me agüentar até aqui... O:
E HEEEY, feliz niver [atrasado, beem atrasado, ham] para o Poynter!

//Dèeh~

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