I just want you… Only you!



Capítulo 1

- Sim mãe eu estou bem, essa é a terceira vez que digo a mesma coisa... fica tranqüila os estudos estão indo super bem... e eu estou gostando bastante!
- Filha eu sou sua mãe e vou sempre repetir isso eu sei que você acha que já é bem crescidinha, bem você é, mas olha nunca esqueça disso... tome cuidado você não está mais no Brasil não tem seus amigos para te proteger, você não conhece ninguém bem... TOME CUIDADO!
- Ah tá bom mãe já entendi tudo, bem agora tenho que desligar tenho que fazer um trabalho para entregar na faculdade amanhã, tchau e qualquer coisa te ligo ok? Beijo, te amo e manda beijos para toda a família! Tchau!
Desliguei o telefone, sempre que eu ligava para minha mãe era sempre a mesma coisa e apesar de estar longe deles há 1 mês eu me sentia muito bem.. sentia falta da minha família claro mas nada que meu sonho de estar no Canadá não cobrisse! Bem, tudo começou logo assim com preocupações de família né bem vamos nos apresentar. Eu sou e vim estudar aqui no Canadá faz 1 mês.. sim eu vim sozinha sem amigos e sem ninguém apenas eu e minha coragem!
Desde que a embaixada canadense foi lá no Brasil procurar por alunos brasileiros para estudar aqui e meus pais deixaram minha vida ficou totalmente diferente pareceu que eu estava saindo de um túnel fechado e finalmente vendo a luz... nossa vocês tem noção do que é estar fazendo faculdade de medicina aqui no Canadá? Sim eu vou ser uma médica! Mas então uma coisa eu já percebi que fazer amigos aqui não é uma coisa tão fácil quanto no Brasil... as pessoas aqui são um pouco mais frias... até fiz uns amigos na faculdade mas sabe final de semana eu sempre fico sozinha... eles tem os amigos deles e eu? Fico sozinha né... mas bem como eu sou uma pessoa super animada e desanimação não está no meu dicionário então eu não ligo saio mesmo sozinha e aproveito o máximo que posso de Montreal... quem sabe eu não encontro um dia talvez os meninos do Simple Plan hein? Ah seria um sonho, mas não vamos ficar pensando muito nisso se não eu nem consigo terminar esse trabalho!
Fiquei a tarde toda já quase anoitecendo fazendo o trabalho para entregar no outro dia. Já estava quase anoitecendo quando olhei meu slide show escrito ‘fim’!
- Bem terminei... acho que vou dormir, estou tão cansada...
Quando olhei para o relógio era ainda 7:00 da noite.. não tava acreditando que eu iria dormir as 7. Bem, pensei duas vezes e decidi ir a algum lugar para agitar a noite de quinta, tomei um banho daqueles bem relaxantes e coloquei uma roupa meio provocante, mas de frio porque aqui está nevando e sim está bem frio, coloquei uma calça jeans, uma blusa com um decote bem não que era vulgar, mas que chamava bem atenção sempre que eu a usava, um sobretudo e para finalizar uma bota preta.. me olhei no espelho e vi que estava pronta para uma noitada bem canadense!
-É.. hoje eu vou me acabar na pista...



- Hey a gente estava pensando em sair pra dar uma comemorada pelo fim da tour canadense que meu a gente tá arrasando cada vez mais hein!
disse passando pelo quarto do amigo que estava deitado na cama e enquanto sua namorada tomava um banho como sempre demorado que ela sempre costumava tomar e que fazia perder a paciência.
- Sim cara vamos sim eu até estava pensando nisso.. vou falar com a e depois descemos ok?
Disse fazendo um sinal positivo para o amigo que acenou e fechou a porta do quarto enquanto todos os outros meninos o esperavam lá em baixo. sempre se atrasava por causa de ... o que deixava extremamente estressado!
- Cara eu sei que sou vaidoso eu demoro no banho, mas a namorada do é demais.. ela deve ficar se olhando e falando *imita * ainn eu tenho que ficar cheirosa hoje é dia de dá para ele!
Todos riram, mas nunca gostava muito que falassem sobre a namorada dos amigos... ele sempre era o mais certinho
- Pô cara para com isso se ele desce e pega você falando isso não vai gostar!- Faz uma cara meio de medo que pegasse eles falando aquilo mas eles já sabia que isso nunca acontecia porque sempre demorava mais ainda porque quando ia pedir pra ela sair do banho ela dava um jeito de puxar ele para o banho para assim transarem! Depois de uns 30 minutos eles dois descem sorridentes e meio pegajosos chegando na sala encontrando um pessoal cansado de esperar
- Hey cara vamos? Disse ele sem ao menos perceber nada.
- É né vamos finalmente as donzelas se aprontaram!
Disse saindo e rindo com os amigos indo todos em 2 carros eles iam sempre na mesma boate de costume para comemorar “Hot’s Place” chegando lá eles iam sempre para a parte de cima que eles sempre reservavam assim também tendo uma visão melhor da pista, das meninas dançando dentre outras coisas que é melhor não comentarmos...



Saí pelas ruas de Montreal que eram tão geladas, e não se via muitas pessoas por elas só se viam as boates cheias e nas casas você via as famílias sempre unidas. Cada vez que eu via me lembrava da minha e sentia um aperto no coração, mas prosseguia... Em um mês que estou aqui já visitei as boates mais próximas da minha casa... a única que faltava era a “Hot’s Place” e era pra lá que eu ia. Já ouvi falar que de vez em quando aparecem artistas imagina se eu vejo lá? Ah, não vamos sonhar apenas vamos lá.
Cheguei à boate paguei minha entrada e entrei. Nossa era realmente muito boa, luzes, uma pista enorme para se dançar... tinha a parte de cima mas que não dava muito bem para se ver quem estava lá e falavam que só quem ficava lá eram pessoas ricas bem nem liguei já que isso não me enche os olhos. Voltei meus olhos à boate e avistei muitos gatos nossa como os canadenses conseguem ser tão lindos hein? Ri e fui pegar uma bebida. Logo fui abordada por um homem lindo loiro com uma franjinha nem curta nem comprida, no ponto, olhos azuis profundos e um corpo que é sem comentários.
- Oi linda posso saber seu nome? - Disse ele já pegando minha mão e a beijando.
- Ah... é ! - Quando olhei nos olhos dele confesso que fiquei meia mole mas me controlei aliás não era de dizer na cara que estava a fim – E eu posso saber o nome do abusadinho que está beijando minha mão sem eu deixar?
- Claro, meu nome é Deryck e estou a seu dispor se você quiser! - Disse ele me fitando com um olhar 43 que OMG sim eu me controlei ao máximo.
- Já percebi que o Deryck aqui não mede palavras né? Ri voltando a olhar para o garçom pedi uma Ice e voltei a olhar para a boate.
- É sua primeira vez aqui? Parece estar tão entusiasmada com as luzes e a pista.
- Sim... na verdade eu já fui em várias aqui mas nunca tinha vindo nessa, só vim porque falam que é muito boa. - Disse bebendo minha Ice sem olhar muito para ele para não dar muita confiança. Aliás, canadenses eram sempre muito safados e só queriam aquilo e depois jogar fora.
- Ah então você vai amar aqui principalmente daqui a pouco eles soltam as musicas mais quentes se é que vc me entende... *me olhou com um olhar de desejo e eu como sempre voltei a olhar a pista*
- Sim eu entendi... mas eu vou dançar daqui a pouco. Agora não estou a fim ok! -Disse isso já cortando a dele... e fazendo ele se mancar e sair não estava a fim de pegar alguém, não hoje.
- Bem qualquer coisa eu vou estar na pista... você me acha. - Disse se levantando e beijando meu rosto logo depois saindo ainda me olhando alisando seu rosto com cara de quem realmente esta interessado.
- Sim tudo bem! Não correspondi, mas também não agüentava mais aquele mesmo papo de sempre, já não agüentava mais..
Passado alguns minutos, logo percebi que começou a soltar as músicas mais ‘quentes’ como ele tinha dito e vi que as pessoas sempre eram muito tímidas e sempre tinha que ir alguém puxar e como sempre eu que era bem cara de pau fui, me levantei e fui em direção à pista desfilando e parando bem no centro. Bem hoje eu daria o máximo de mim eu realmente queria não sabia o porquê, mas queria...

Capítulo 2

Ao som primeiro de Madonna – 4 minutes eu fui logo me soltando começando a dançar bem eu posso me gabar porque canadenses são bem duros e eu como brasileira e ainda com molejo no corpo sempre chamava bastante a atenção. comecei cantando e dançando olhando para os homens na boate quem seria o primeiro que viria dançar junto comigo. Para chamar mais atenção ainda eu subia e descia rebolando com meu corpo no gingado da música, fazendo alguns ficarem de boca aberta. Sempre!



- Hey cara começou a hora boa da boate... a hora em que a gente se acaba de beber e dançar, vamos? - Disse falando com quase o puxando eram sempre os que mais se soltavam em festas.
- Ah não acho melhor hoje não. A não está muito de bom humor acho que pelo fato que ocorreu lá em casa... e ela não quer dançar e você sabe se eu for sem ela e as garotas vierem em cima de mim ela fica com uma baita raiva!
- Ah cara tá zuando com a minha cara? A gente veio comemorar e não pra ficar preso! - Disse um pouco alto fazendo com que ouvisse e a deixando irritada mais ainda.
- Quem disse que eu estou te prendendo ? Se quiser vai lá dançar... eu fico aqui! - Disse em um tom irônico e meio de fingida para que não percebesse. Vendo a cara de espanto de , pois nunca fazia isso e repetiu – Vai já disse, pode ir!
- Nossa amor então tudo bem... vamos ela... - Quando se virou viu que todos os meninos estavam olhando para baixo sem saber o porquê ele foi lá procurar por ...
- Hey cara você não queria dançar tá fazendo o que aí olhando para baixo? - Quando olha para baixo e vê aquela menina que ele não conhecia e nunca tinha a visto por ali, mas dançando daquele jeito seu lado safado já gostou. Ele parou do lado dos outros amigos deixando para trás – Nossa que menina é essa cara... ela é foda, olha como dança! Disse olhando a menina dançar sem tirar os olhos dela – Alguém já a viu por aqui? Não pode ser canadense... tem muito gingado.
Ele riu fazendo com que todos rissem também e deixando uma namorada atrás a escuta e enciumada.
- Esses passos e esse rebolado me lembram alguma coisa. - Disse com uma cara de pensativo. - Ih, o tá pensando. Vai feder gente! - Disse zoando com a cara do amigo que o fitou com o olhar fazendo uma cara de tédio
- Já sei! Ela deve ser... BRASILEIRA! - Disse fazendo cara de apaixonado
- Ah cara não viaja... será que ela é brasileira mesmo? - Disse já mais interessado na garota, voltando a olhar para seu corpo – Bem, com uma bunda dessas eu posso até concordar! - Todos riram e nesse momento atrás que já não agüentava mais apenas ficar ouvindo, entrou na frente deles e foi conferir quem era a garota.
- É essa garota aí que vocês estão falando? - a olhou com desprezo, mas no fundo com inveja - ela é feia, dança mal... eu danço bem melhor, não sei porque vocês ficaram tão encantados com ela! - Disse voltando a olhar para os meninos que a olharam com cara de ‘já sabemos que você iria dizer isso...
- Amor ela dança bem temos que admitir. E tem uma bunda... - disfarçou bebendo alguma coisa deixando-a mais intrigada e indo se sentar no sofá. Não ligando muito e sim encantado com a garota voltou a olhar para ela dançando e o jeito que ela dançava o deixava cada vez mais intrigado e ao mesmo tempo curioso. Uma parte dele queria ir até lá dançar com ela mas outra parte sua dizia que não podia, ele pensou e pensou e decidiu, chamou em um canto e falou:
- Eu vou lá vê-la mais de perto, quero saber quem é essa menina misteriosa. Se a perguntar por mim eu fui ao banheiro ok? - Fez um sinal de ‘OK’ com o mão para e logo em seguida saiu descendo as escadas sem que sua namorada o visse. Desceu e foi andando até ela, ou melhor dizendo até a pista de dança. Chegando mais próximo, se aproximando dela a olhando como outros caras faziam também. Disfarçando, mas será que passaria despercebido por sua maior e apaixonada fã?

Capítulo 3

Fui me soltando cada vez mais e sim aquilo já estava me fazendo muito bem, estava me fazendo esquecer de tudo. Não é a toa que eu sempre ganhei o troféu ‘Extravasa’ nas festas sem ao menos beber o necessário.
Estava chamando a atenção de toda boate aliás não era sempre que uma brasileira dava um dos seus shows em uma boate não acha? Logo depois começou a tocar ‘Ayo Technology – 50 cent e Justin’ gente como essa música me fazia simplesmente aloucar sim eu ficava louca com ela e ainda mais com batidas diferentes. Logo senti alguém pegar na minha cintura e eu não hesitei segurei logo por cima dela a alisando e me encostei em seu corpo até então desconhecido ainda rebolando me arrastando pelo seu corpo, passando minha bunda de leve por seu membro. Em um movimento rápido eu virei fui conhecer quem era então o homem corajoso que veio até mim, levantei minha mão e por trás segurei em seu cabelo nossa era tão macio já gostei do toque. Então me segurei em seus cabelos e me virei em um movimento rápido sem hesitar colando nossos corpos.
Quando olho então para o tão rosto desconhecido fiquei sem ação olhando uma cara de quem está bem à vontade com a situação. Mas quando vê meu rosto fica meio com vergonha pelo fato de eu ter parado e todos estarem olhando.
- Oi! - Disse ele me olhando com uma cara de quem não estar entendendo a situação.
Nesse mesmo momento meus olhos se encheram de lágrimas, meu coração disparava como nunca, sim eu estava vendo ele, a pessoa mais importante da minha vida a qual eu sempre quis conhecer um dia, e simplesmente num impulso o abracei muito forte não querendo o soltar mais.
- ... é você! É você é você é você! – Espantado e me abraçando não entendendo nada, mas já pensando ‘mais uma fã’!
- Sim e quem é essa menina que dança e encanta? - Disse ao meu ouvido o que me fez ficar arrepiada, me fazendo soltá-lo e olhar em seus olhos sorridente.
- ... . Olha eu poderia esperar qualquer um aqui menos. Voc...
- Eu! - sorriu - sim eu sei que estás um pouco espantada pelo fato de te abordar, mas garota você me deixou curioso e quando eu fico curioso eu tenho que matar a curiosidade - sorriu me fazendo rir também
- E será que matou a curiosidade? - Logo um ardor dentro de mim subiu e sim eu tinha que provocá-lo como sempre eu quis e agora eu podia
- Confesso que ainda não. Queria dançar com você do mesmo jeito que você estava dançando! - Abriu um sorriso pervo em seu rosto, só aí que fui me tocar que estávamos parado no meio da pista e todos estavam olhando para nós. Também, depois de toda aquela cena seria meio que inevitável! Olhei em volta e olhei para ele de novo me senti com um pouco de vergonha o que me fez tremer e balancear minhas pernas, mas ele com seus braços fortes me segurou rindo
- Nervosa?
- Na verdade sim, já tinha chamado atenção, mas não tanta como hoje! - Sorri de volta
- Esqueça dos outros. Apenas olhe para mim e dance como faz de melhor!
Nossa, essas palavras me deram uma força que em um instante eu só via ele e a música que soava em nossos ouvidos e todo aquele fogo voltou em 1 segundo.
- Ta ok . Só espero que agüente a pressão! - Disse rindo e recebendo um olhar e sorriso bem safado de quem estava gostando, voltei a dançar sem me importar com os outros apenas olhando para os olhos de . Peguei suas duas mãos e as coloquei em minha cintura começando a rebolar, eu podia ver a sua cara de quem estava realmente amando aquela situação. Com os braços envoltos em seu pescoço e com a música bem na minha parte preferida disse em seu ouvido “If he want it I’ll give to him” claro na minha versão, o que o fez rir e morder seus lábios me matando, fui rebolando agora ficando de costas para ainda com suas mãos na minha cintura comecei a rebolar descendo e subindo me esfregando de leve em seu corpo e subia de volta o olhando de lado que me puxou fazendo nossos corpos ficarem grudados com seu rosto em meu pescoço eu sentia sua respiração ofegante em meu pescoço. Encostou seus lábios de leve em meu pescoço me beijando de leve eu fechei meus olhos e me senti arrepiar toda, nossa como ele poderia fazer isso comigo? Eu não agüentaria tanta pressão assim. Claro que agüentaria até mais, mas nesse momento e apenas com as mãos em seu cabelo os puxei de leve ouvindo um mini gemido dele em meu pescoço ainda. Virei-me ficando cara a cara com ele, o abracei com nossos corpos bem juntos eu apenas olhava nos olhos, eu queria tanto o beijar, o agarrar, mas não faria isso queria que ele fizesse, que ele corresse atrás de mim, então o abracei apoiando meu rosto em seus ombros. Beijei seu pescoço subindo para sua orelha, dei uma leve mordida dessa vez o senti tremer todo, adorei sentir isso e voltei a olhá-lo com olhar de desejo, mas nessa hora eu senti uma mão em meu ombro nos fazendo ficar totalmente sem ação, olhamos e quem era... Deryck sim o que eu tinha conhecido lá naquela noite, não acreditei que ele faria isso logo na hora que eu mais queria... mas não podia fazer nada, deixando uma cara minha de tédio e de meio será que eu poderia dizer enciumado?

Capítulo 4

- Sim? - Disse ele fitando bem a cara do rapaz.
- Posso dançar com ela agora? - Disse Deryck com um sorriso de vitorioso por nos separar justo na hora em que...
- Claro, porque não?! - Afastou-se de mim deixando espaço livre para Deryck entrar em sua vaga e eu o segui com o olhar que se virou e disse –depois nos falamos - com uma carinha tristinha, mas seguindo no meio da multidão depois não consegui mais vê-lo e então voltei a olhar para o rosto de Deryck sorrindo meio que disfarçando
- Pronta para dançar agora com seu melhor parceiro? - Ele sorriu e eu simplesmente aceitei com a cabeça dançando com ele já meio desanimada.
Fiquei dançando com ele por algumas horas, mas claro que em alguns intervalos eu dançava com dois, o que não o deixava nada satisfeito, quando a boate voltou a esvaziar olhei no relógio e vi que já se passava da meia noite e não era sexta que eu poderia ficar até de manhã era quinta e eu ainda tinha que ir para a faculdade de manhã. Então me despedi de Deryck e dos outros, mas logo senti uma mão com força segurando meu braço quando eu estava a caminho do bar para pegar mais alguma coisa para beber e quando vi era Deryck
- Aonde você pensa que vai?
- Eu vou embora, já falei com você!
- Não, mas você ainda não acabou seu serviço! - Ele me olhou com uma cara de safado e tarado eu na hora me bateu uma raiva, pois ele pensava que eu era uma puta que daria para ele?
- Olha, eu não tenho nenhum serviço com você, apenas dançamos e ponto final! - Me larguei de suas mãos e apressei meus passos passando pela multidão tentando sair logo e olhando ainda para trás vendo que o mesmo ainda estava vindo atrás de mim. Comecei a correr, saindo da boate e correndo pela rua, sim ela estava deserta já que estava em época de muita neve e todos essa hora já estavam dormindo, exceto os que estavam em alguma boate. Peguei um atalho para minha casa mas no meio já meio ofegante parei olhando para trás.
- Ufa acho que consegui escapar daquele louco, nunca mais volto lá... estou com tanto..
- Medo? - Disse ele atrás de mim e quando eu viro levo um susto!
- Mas como você chegou aqui? Mas... - Eu ia andando para trás tentando fugir dele, mas o mesmo foi mais rápido me segurando com as duas mãos e com uma força que eu não conseguia me soltar.
- Eu moro aqui muito antes de você, conheço aqui com a palma das minhas mãos e agora você não foge de mim! - Me segurando com força me encostando na parede beijando meu pescoço igual um louco e eu tentando fugir mas não conseguia tentava gritar por socorro mais ele tampou minha boca com uma mão e começou a chupar meu pescoço. Aquilo estava me dando um nojo. meus olhos já estavam cheios de lágrimas as quais começaram a cair quando eu percebi que não poderia fazer nada e ninguém poderia me salvar dali. Ele me olhou nos olhos e viu que eu estava chorando, mas simplesmente foi frio.
- Está chorando porque querida? Vai ser a melhor foda da sua vida! - Disse rindo da minha cara não se importando o que me fez fechar os olhos chorando mais e me debatendo, mas a cada vez ele colocava mais força estava já me machucando com seus beijos quando eu achava que nada mais poderia me salvar alguém apareceu.
- Solta ela seu idiota! - O puxou com força por trás o que fez com que ele me soltasse e eu caísse no chão com as mãos no meu pescoço que estavam doendo pela força dele e chorava cada vez mais, mas pelo menos estava aliviada pelo fato de ter aparecido alguém, não sabia quem era pois estava com um casacão que me impossibilitava de ver seu rosto, mas ele bateu muito em Deryck e no final eu so vi Deryck sair correndo e eu estava tão mole parecia que iria desmaiar. Quando vi ele se aproximando de mim simplesmente apaguei.

- aonde você está? Você disse que seria rápido e já estão fechando a boate e sua namorada está aqui muito nervosa! - Disse ao telefone com o amigo que parecia bem aflito também.
- Cara você não vai acreditar no que aconteceu... não tem a menina da boate que eu fui dançar?
- Sim, mas o que ela tem a ver com você ter sumido? Ah cara vc é meu rei! - Riu disfarçando para que ninguém percebesse o que tinha acontecido deixando uma amigos mais preocupados.
- NÃO cara, não foi nada disso! Sabe, eu estava dançando com ela e no meio chegou um cara pedindo para dançar com ela também eu não queria deixar, mas eu deixei ele era estranho, mas o que eu iria fazer? Aí fui para o bar e fiquei os observando a todo momento mas aí quando ela foi embora eu vi que estava fugindo mas não entendi e quando vi era ele que a estava seguindo então fui atrás, ele estava tentando estuprá-la ! A sorte foi que eu cheguei na hora se não... - Fez um ar de ódio - se ele tivesse feito alguma coisa com ela... não sei o que faria com ele!
fez um silêncio e depois conseguiu falar algo - OMFG, mas então onde você está ? Está com ela onde? Está com ela... está? - Disse agora preocupado.
- Sim, relaxa eu trouxe ela para um hospital porque ela desmaiou, mas por favor não conte nada para ninguém invente alguma coisa pelo menos para que depois eu me resolvo com ela eu vou ficar com ela aqui e quando ela acordar vou para casa tá?
- Sim amigo. Po, valeu então qualquer coisa me liga ok?
- Valeu por tudo a gente se fala. Abraço! Desligou o telefone e ficou ao lado de segurando sua mão até ela acordar o que não demorou muito pelo fato de ela ter desmaiado ter sido mais seu emocional e adrenalina.

Capítulo 5

- ? - Disse eu ainda meio sonolenta acordando surpresa com quem eu estava vendo e não podia acreditar. Será que foi ele quem me salvou?
- , nossa você não sabe como me deixou aflito menina, ainda bem que já acordou! - Sorriu alisando minha mão e me beijou no rosto alisando meus cabelos - você está bem?
- Sim, mas não me lembro muito do que aconteceu... era você quem estava lá ?
- Era... eu vi você saindo correndo da boate e achei estranho então fui atrás e quando vi aquele idiota estava tentando... – preferiu não falar nada – bem, mas o importante é que você já está bem!
- Eu não quero lembrar daquela noite... foi horrível! – disse ficando nervosa de novo
- Sim, você pode esquecer a parte em que estava indo embora... mas será que esquecerá também a parte de nós dois dançando na pista e chamando a atenção de todos? – riu
- Ah isso seria meio que impossível... nossa ontem foi a melhor noite da minha vida com você e a pior quando fui embora!
Ele me olhou surpreso com minha resposta, mas no fundo ele gostou.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro... o que quer saber?
- Você é... – riu - olha eu sei que pode parecer loucura minha, mas... é brasileira?
Nessa hora eu ri. Não entendi o porquê da pergunta, mas respondi – sim eu sou e você acertou! Mas... o porque dessa pergunta?
- Ah nada não... deixa pra lá!- ele lembrou do que havia falado e viu que tinha razão e na mesma hora lembrou da minha bunda e sorriu pervertidamente
- Porque esse sorriso heim ?
- Não... nada não!
Nessa hora o médico nos interrompeu falando que eu já estava de alta e poderia sair. Me arrumei peguei minha bolsa e saí ao encontro de . Nossa, ter ele ao meu lado era simplesmente inacreditável. Quando saí vi que já estava de manhã e aí me lembrei que era sexta feira e eu tinha que ir para a faculdade apresentar meu trabalho.
- Que horas são? - Disse eu preocupada
- São 6:45, mas porque quer saber de horas agora? –enquanto ele falava eu saí correndo indo para minha casa o deixando falando sozinho e ele veio atrás de mim e me segurou na mão
- Hey, onde você está indo?
- Eu tenho que ir para a faculdade agora... tenho que apresentar um trabalho e tenho que estar lá as 7:30 e estou super atrasada, não vou conseguir chegar na hora.. ai que droga!
- Calma .. posso te chamar assim?
- Pode... é até mais fácil. E posso te chamar de ? – ele sorriu de volta
- Claro! Então eu te levo lá! Já que estou aqui até agora com você te levo na sua casa, você pega suas coisas e nós vamos, ok?
- Ah não já ocupei muito seu tempo nem era para você estar agora aqui comigo! Você tem uma banda, uma namorada e tinha que estar com ela agora e não comigo! – disse, mas no fundo eu queria que ele ficasse comigo o que fez ele fazer uma cara de pensativo mas logo falou:
- Eu estou aqui agora com você, então não vamos ficar falando sobre outras coisas – ele não quis nem tocar no nome da afinal o que estava acontecendo com ele... o que aquela brasileira tinha que mexia tanto com ele?
- Não sei... tem certeza?
- Tenho, vem! – me puxou para seu carro, me levou em minha casa, eu peguei minhas coisas, tomei um banho super rápido, coloquei uma roupa mais casual, peguei minhas coisas e voltamos para o carro. Então fui mostrando o caminho da faculdade e no caminho fomos conversando muito aí eu disse que era uma fã deles que tinha vindo para estudar aqui, enfim, tudo, e ele também me contou algumas coisas que eu poderia dizer que as pessoas só contam quando conhece bem a pessoa para quem vai contar e tem segurança. E isso era bom logo de primeira ele confiar em mim assim. Depois de algum tempo paramos em frente à faculdade.
- Chegamos! – disse eu sorridente e correndo pegando minhas coisas
- Então minha acompanhante vai ser médica? – sorriu, olhando para a frente da faculdade que era somente de medicina - Se eu soubesse nem tinha te levado para o hospital porque você saberia se tratar sozinha – riu
- Seu bobinho claro que não... eu ainda estou no primeiro período mas pode deixar que quando estiver terminando eu cuido de mim mesma! – pisquei para ele o qual sorriu para mim de novo, então fui me despedir. Acho que essa seria a última vez em que nos veríamos - – segurei suas mãos - muito obrigada por tudo, tudo mesmo. Você foi a primeira pessoa praticamente que realmente se mostrou como um amigo desde quando eu cheguei aqui, obrigado por ter sido meu amigo mesmo que seja por hoje!
- Mas... quem disse que é só por hoje? – quando ouvi ele dizer me fez olhar de novo para seus olhos - Se eu fui seu primeiro amigo eu quero continuar sendo então se puder até seu melhor amigo!
Sorri com um sorriso de orelha a orelha não podia acreditar que ele estava falando aquilo... eu queria muito mais dele, mas sabia que não podia então me contentei em apenas ser amiga.. aliás ser amiga de já estava muito bem! *-*’ antes de sair o abraçei muito forte parecia que meu corpo não queria soltar do seu e ele também fez o mesmo me abraçou tão forte em seus braços fazendo carinho em minha nuca.. queria ficar ali para sempre mas tive que voltar para terra
- Agora eu tenho que ir... tchau , até mais! – beijei seu rosto, mas sem querer ele se virou na hora e saiu um selinho de raspão, o que nos deixou um pouco vermelhos, e quando eu estava saindo do carro ele me chamou de novo.
-
- Sim? – o olhei
- E como eu te vejo de novo?
- Ah é fácil você sabe onde eu moro agora sabe onde eu estudo... a gente se vê!
- Mas... tá ok! – não era exatamente isso que ele queria ouvir, ele queria ouvir meu telefone ou talvez um convite meu para sair ou mesmo ir à minha casa, mas eu não poderia dar tanto mole assim afinal ele tinha namorada então isso na minha cabeça era o certo a dizer!
- Tchau! – disse já subindo as escadas da faculdade e afinal me matando por dentro. Quando eu poderia vê-lo de novo? Estava me chamando de burra por dentro mas deixei para lá e entrei na faculdade agora seria uma parte importante eu tinha que me concentrar então foi o que eu fiz!

Capítulo 6

’s P.O.V
Eu não sabia o porque mas desde quando deixei na faculdade e segui para casa a única coisa em que eu pensava era nela, na noite passada e em tudo o que aconteceu. Como uma menina em que eu estava interessado apenas em dançar uma noite se tornou especial para mim? Talvez pelo fato de eu tê-la ajudado e ter ficado com ela esse tempo todo me mostrou um lado que eu não tinha visto antes... um lado sensível, frágil... como eu queria ter cuidado dela... estar com ela, queria ver a apresentação dela na faculdade... ela parece ser inteligente...

pensava consigo mesmo. Ele estava praticamente no mundo da lua enquanto pensava em , até quando ele se tocou e falou consigo mesmo
-Hey vamos lá, você mal conhece a garota como pode estar tão ligado a ela assim a ponto de achar que está... – ele riu ironicamente - apaixonado? Isso é ridículo! Você tem uma namorada e vai ficar com ela afinal vc está junto com ela há 5 anos não é agora essa simples nova ‘amiga’ que vai mudar isso! - Riu e voltou a prestar mais atenção no trânsito tentando tirar da cabeça.. mas de alguma forma ele ainda estava ligado a ela.

Chegando em casa entrou pela porta da sala com uma cara de cansado e logo veio ao seu encontro.
- Amor, sua mãe está bem? – disse ela agarrando e fazendo carinho no rosto
- Está... por quê? –disse ele sem entender nada
- Porque ? Sua mãe passa mal e você está aí com essa cara de quem não está nem aí e ainda com cara de estar na lua, acorda é sua mãe! – disse ela fazendo uma cara negativa aí o que fez se lembrar que tinha pedido para inventar qualquer coisa mas tinha que ser logo sua mãe? “Espero que ela não tenha ligado para minha mãe se não estou realmente ferrado!” pensou ele.
- Ah desculpa, eu estou meio cansado e vou dormir, sim ela está bem não se preocupe e não ligue para ela, ela precisa descansar! - Disse ele subindo já as escadas bocejando deixando de novo sozinha, essa era a segunda vez em que ele fazia isso. Geralmente eles iam juntos e dessa vez ela tinha ficado e isso a deixava mais intrigada.
- está estranho, desde ontem a noite daquela festa... mas o que aconteceu para ele estar agindo assim? – pensou consigo mesma e subiu atrás dele afinal ela conseguiria o que queria sempre quando chegavam de alguma festa eles transavam, mas dessa vez não foi assim então já que ele tinha acabado de chegar ela foi atrás, mas ficou espantada ao ver o namorado apagado na cama sem ao mesmo tomar um banho, o que ele sempre fazia. Fez uma cara de decepção e se deitou ao lado dele e logo acabou adormecendo também.

’s P.O.V ends

Acabei de fazer minha apresentação, nossa tinha tanta gente não sabia que iriam vir pessoas de fora também. Tinha umas 100 pessoas para a minha apresentação e Graças a Deus foi tudo bem, mas confesso que me senti trêmula na frente de todos, mas já passou e eu fui muito bem aplaudida, bem acho que fui bem! – pensou ela indo guardar seus livros na cabine do corredor quando ouviu uma voz vindo de seu lado, logo fechou a porta e virou-se e a pessoa que estava a sua frente a deixava um pouco no mundo da lua se podemos dizer assim!
- Parabéns, você foi muito bem .. é assim seu nome mesmo não? – sorriu ele olhando para a garota
-Sim... mas ? – seus olhos brilharam- o que você faz aqui, e outra você viu minha apresentação? – suas bochechas coraram- fui bem mesmo?
-Você foi ótima, nunca soube tanto sobre grupos sangüíneos como agora! – sorriu ele vendo meu rosto de surpresa ao vê-lo lá, o que o fez olhar para sua roupa - não estou sujo não né? - riu
- NÃO, claro que não mas... você aqui eu sou sua fã, nunca me imaginei vendo uma apresentação minha da faculdade.. o que te traz aqui?
- Bem na verdade eu vim aqui ver a apresentação do meu irmão, mas quando chegamos a dele foi adiada e como já estava aqui decidi assistir a sua e vim te homenagear... você foi incrível!
- Ahh obrigada mesmo, me sinto elogiada, pensei que não tinha ido muito bem, mas quando ouvi os aplausos me senti melhor - disse já saindo pela porta da faculdade indo embora
- Nossa, todos te aplaudiram de pé... acho que você foi a melhor de hoje! – sorriu ele para mim com aqueles olhos azuis clarinhos olhando para mim, nossa era realmente lindo
- Ahh obrigado mesmo – vi meu ônibus passar sai correndo, mas quando vi que seria inútil parei - perdi meu ônibus, que droga!
- Hey se quiser posso te levar em casa, estou de carro mesmo, aceita?
Nossa, hoje é o melhor dia da minha vida. Vim com , volto com ... não tem coisa melhor – pensei e logo aceitei e entramos no carro dele que tinha alguns adesivos do SP que eu achei fofo.
Fomos conversando até que ouvi uma coisa a qual me deixou meio sem graça, mas no fundo eu estava gostando
- Era você ontem na boate não era?
- Sim... você também estava lá? Pensei que só o ... – percebi que havia falado besteira, mas tinha que completar então falei - estava lá!
- É eu vi que ele foi dançar com você, acho que chamou a atenção de todos né... também como um comentário pessoal, você é perfeita na pista de dança! – falou com um entusiasmo que me fez rir
- Ah obrigado mais uma vez , mas sabe eu amo dançar e ainda estranho o fato do pessoal aqui não se soltar muito em boates! – o que fez ele olhar para mim e lembrar do que havia falado
- Não vai falar que voce é...
- Brasileira? Sim, nossa o que todos tem com brasileiras heim? Ouvi essa mesma pergunta hoje de manhã!
- Ah não sei pelo seu seu jeito de dançar... típico brasileiro. Você se solta, contagia, anima o lugar eu adorei ver você dançando, pena não ter chegado antes! –ficou vermelho quando disse
- Não seja por isso da próxima vez você é meu parceiro na pista.. só tem que saber se soltar.
- Ah então estou vendo que não vou, sou meio duro para dança
- Então deixa comigo, você vai se soltar rapidinho. – sorri para ele que abria um belo sorriso, estávamos chegando em minha casa e eu o agradeci mais uma vez mas fui surpreendida por mais uma pergunta agora um tanto pessoal..

Capítulo 7

- ! – segurou minha mão quando eu já estava de saída
- Sim ?
- Posso ter seu telefone? – o que me fez pensar se deveria ou não dar o meu telefone, bem eu sabia que ele não tinha namorada e não tinha nada a perder então dei meu telefone e logo depois beijei seu rosto me despedindo dele e abrindo a porta do carro.
- Qualquer coisa me liga ok?! – disse eu já do lado de fora do carro dando um tchauzinho para . Bem não era ele quem eu amava, mas era ele meu maior pecado depois de então porque não? Dei meu número sem preocupação e subi para minha casa vendo ele indo embora, entrei e joguei tudo na mesa da sala. Nossa, eu estava tão cansada eu precisava dormir, tomei um banho e fui dormir com minha roupa preferida apenas uma calcinha no estilo shortinho e um top, caí na cama e apaguei

- Aê finalmente sexta feira.. qual é a boa de hoje heim? – disse se jogando no sofá - alguma boate nova ou algum joguinho novo hoje?
- Po cara eu estava pensando em ir jogar basquete... o que você acha? –Disse
- Ah pra mim ta bom e vocês vão também? – perguntou recebendo um sim de todos menos de
- Vai fazer o que heim ? Tocar umas sozinho? – zuou o amigo que o fitou com o olhar
- Não na verdade estou pensando em chamar uma menina para sair. – disse fazendo todos ficarem espantados e curiosos porque ele era sempre o mais quieto de todos e sempre que arrumava alguma namorada ele nunca era de falar muto sobre ela o que fez todos não se ligarem muito.
- Alguém que a gente conheça? Não é a Jessica não, né cara? – Disse curioso
- Não, não... foi alguém que eu conheci hoje. Bem depois vocês conhecem ela apesar de achar que voces já a conhecem, mas deixa eu ir lá! – foi para outro cômodo da casa ligar para o que deixou todos muito curiosos fazendo e sempre os mais atentados irem escutar a conversa atrás da porta.

Eu estava totalmente apagada quando ouvi alguma coisa zunindo no meu ouvido pensei que era a merda do despertador, mas não me lembrava de tê-lo programado. Quando abri os olhos vi que era meu celular. Nossa, estava tão dopada que nem diferenciei o som do celular para o do despertador; atendi e para minha surpresa era ele...
- Oi , tudo bem?
- ? Oi, estou ótima e... então o que de tão importante tem para receber sua ligação heim? – estava sorridente
- Bem eu estava pensando em sair essa noite e pensei se você queria ir comigo? Você quer?
- Ah claro que sim. Onde vamos?
- Bem é surpresa... quero te levar em um lugar que acho que você nunca viu ainda, bem canadense!
- Ah então ta bom! Só me dá meia hora para me arrumar ok?
- Tudo bem às 8 passo aí!
- Ok. Tchau !
- Até... – desliguei o telefone e eu ainda não podia acreditar sim era ele, nossa eu estava bem ia sair com , mas que tudo! Fui logo me arrumar como não sabia para aonde iamos coloquei uma calça jeans, uma blusa e um casacão pelo frio que estava fazendo daqueles que tem um capô cheio de pelinhos bem fofo e claro uma bota para completar o visual o que me deixou praticamente... um chique casual. Maquiei-me de uma forma mais leve e sentei no sofá a espera dele que não demorou muito e tocou a campainha ao chegar.
- Hey chegou bem na hora heim – eu sorri dando um beijo em seu rosto o que fez o mesmo de uma forma bem sutil
- Sim eu já te disse que sou pontual? –riu-
- Não... ainda tenho que saber muita coisa sobre você! – sorri
- É... e eu sobre você – me devolveu na mesma moeda agora me olhando de um jeito diferente parecendo que queria me beijar o que eu fiz algo bem rápido entrei no carro
- Bem vamos lá então a esse lugar bem canadense! – ele apenas sorriu e entrou no carro, no caminho eu não tinha muito assunto e nem ele também mas logo puxei um assunto sobre a banda que rendeu até chegarmos no local. Pelo menos me livrei daquele silêncio que era vergonhoso!
- Chegamos?
- Sim chegamos, ele abria a porta do carro para mim me dando a Mao para eu sair. Saí e olhei o local.
- Hey... eu nunca esquiei na minha vida... essa seria minha primeira vez? - eu ri
- Sim, eu imaginei que você gostasse de frio porque para alguém sair do calor do Brasil para vim para cá tem que realmente gostar então como estamos no inverno decidi te trazer aqui. Pronta para esquiar?
- Bem... eu acho que sim mas confesso que não sei!
- Relaxa eu vou estar com você – ele sorriu
- Então tudo bem.
Fomos até a estação colocamos alguns equipamentos e subimos para uma mini montanha. Aquela sensação era tão boa sentir aquele vento bem gelado e ver ao meu lado era como me sentir protegida, porque ele me passava segurança. Então chegamos lá em cima no ponto e eu olhei para baixo ficando com um pouco de medo.
- , não sei se estou pronta! – ele segurou minha mão
- Tudo bem , eu estou aqui com você! Apenas segure minha mão e venha comigo. – sorriu para mim com aquele rosto bem branquinho e com os olhos bem claros nossa como ele era lindo
- Ok então – segurei sua mão bem forte e ele me puxou em um impulso e fomos descendo esquiando. Até que para alguém que era a primeira vez eu estava me saindo muito bem!
- Isso aqui é mto bomm – disse eu descendo mto animada
- Eu disse que você iria gostar, mas olha quando estivermos chegando lá embaixo você vira seus pés para direita para pararmos ok?
- O que? – disse eu meio assustada já chegando embaixo.. - Agora !
Eu não consegui fazer nada fiquei tão nervosa que fui direto puxando comigo. No final nos batemos em um mini montinho de neve nos fazendo cair e eu caindo em cima dele, mas até que foi muito divertido!

Capítulo 8

- Hey o que foi isso? Foi muito bom! – disse eu rindo muito nem ao menos percebi que estava em cima de .
- Sim.., mas da próxima eu vou puxar você! - riu ele, tentando se levantar até que eu percebi e cai mais em cima dele aproximando nossos rostos nos fazendo ficar cara a cara, olho no olho e um silêncio surgiu novamente.
- Eu gostei... – disse eu olhando nos olhos de e ao mesmo tempo olhava para sua boca
- E eu mais ainda – disse ele com uma mão em meus cabelos alisando me pedindo com o olhar por um beijo, e eu não hesitei quando se aproximou pedindo por um sim, afinal ele e eu queríamos aquilo.
Eu o beijei no começo bem devagar puxando seus lábios inferiores e o senti tremer, fui intensificando nosso beijo o beijando mais intensamente puxando sua língua enquanto ele descia suas mãos pelo meu corpo me puxando mais para ele, o beijo dele era tão sutil e ao mesmo tempo quente que não há como descrever. Ele explorava cada canto de minha boca e o beijo dele era muito bom. Ao final quando paramos, apenas nos olhamos e ele sorriu E me abraçando bem forte.
-Você é especial para mim ! – disse ele e eu podia ouvir sua voz super calorosa em meus ouvidos.
Apenas o abracei muito forte e não respondi apenas não podia dizer o mesmo, ele era muito especial para mim também, mas não era quem eu amava, como eu daria tudo para aquilo estar sendo com ... como eu daria tudo... tudo!

’s P.O.V

Não posso acreditar que saiu com a mesma que eu imaginava. E eu ainda pensei que não... nossa como ele pode? Mas ele não tem culpa afinal ele é solteiro e ela também, confesso. Ah, que raiva que isso me dá! Não consigo acreditar que eu estou aqui seguindo os dois isso é ridículo. Ridículo ... ridículo!
’s P.O.V ends

repetiu isso inúmeras vezes vendo os dois atrás de uns escombros desde quando ele ouviu falando com a tal garota ele ficou curioso por afinal o nome da mesma garota em que ele tinha conhecido também era e de saber que ele estava saindo com a mesma garota que não saía dos seus pensamentos o deixava muito enciumado.
Sim me deixa com ciúmes, pensou e quando ele viu os dois se beijarem sentiu uma pontada em seu coração, sim aquilo tinha o magoado, nem tinha o porquê magoar ele, mas o estava machucando e muito, voltou para o carro e esperou que os dois saissem para segui-los novamente quando eles saíram de mãos dadas e ainda cheios de chamegos.
A vontade de era de sair do carro para tirar satisfação, mas ele não podia. Simplesmente não podia!
Os seguiu depois até uma lanchonete perto da casa de e ficou dentro do carro muito nervoso, mas se controlando. Ele mesmo queria ir embora afinal tinha uma namorada a sua espera, mas a vontade de ver os dois era tanta que ele ficava por mais que aquilo o machucasse, ele contiuava vendo ele não conseguia sair.
Depois de uma hora ele viu os dois saindo e meio aflito, não entendeu nada mas deixou indo embora para casa sozinha já que era perto mesmo e ele saiu com muita pressa ele estranhou, mas continuou ali e quando partiu ele saiu do carro indo atrás de sem ela perceber passando por ela e esbarrando.

- Hey desculpa moça. - quando ele a olha era , o que ele sabia, mas para ela aquilo foi uma surpresa
- ... nossa o que te trás aqui? Andando pelas ruas de Montreal? – sorri quando sentia ele beijar meu rosto seu toque era tão... tão... bem eu não conseguia explicar mas ao menos seu beijo em meu rosto eu me arrepiava todinha
- Sim... na verdade hoje eu não tinha nada para fazer então resolvi andar um pouco. E você o que faz aqui? - perguntou ele querendo saber se a menina seria verdadeira
- É... eu estava na lanchonete e estou indo para casa agora! – não era o que ele queria ouvir mas na verdade ela não estava mentindo apenas omitindo uma parte
- Hum... – disse ele já praticamente estavamos em frente a minha casa
- Bem então eu vou ficando aqui... – seu olhar era tão distante que nem ele percebeu que já estavamos em minha casa - eu vou entrar ok? – já ia me virando quando ouvi...
- Posso entrar também?
- Mas você não tem nenhum compromisso?
- Nã-não. Na verdade queria uma companhia hoje e foi bom te encontrar... então posso? Prometo que não vou ficar muito tempo... apenas beber alguma coisa?
- Tudo bem então. Vem – entrei junto com ele e deixei o sentado na sala
- Vou trocar essa roupa ok? Já volto se quiser pode pegar alguma coisa na geladeira... aproveita pega para mim também... – disse eu já indo para meu quarto trocando de roupa colocando uma calça de moletom e uma blusinha com uma pantufa voltando para sala quando vi com uma garrafa de Champagne na mão.
- Hey, porque Champagne? Estamos comemorando alguma coisa? – eu ri e ele apenas me encarou de cima a baixo me olhando, afinal aquela roupa era colada em meu corpo o que fez ele me puxar
- Não, apenas eu quero que você termine de dançar aquela música de ontem que não terminamos – ele disse já me abraçando me fazendo olhar para ele e me tremer todinha
- Mas ... não seria para a gente conversar...?
- Shiu – disse ele fechando minha boca com um de seus dedos e soltando o som - Eu sei que não era essa música que estávamos dançando ontem, mas queria ter dançado ela com você... então podemos dançar ela hoje? – disse ele me olhando fundos nos olhos soltando a musica ‘I miss you love – Silverchair’.
Sem receio o abracei e ficamos ali no meio da sala dançando agarradinhos essa música. Ele alisava meus cabelos e eu apenas o abraçava muito forte não querendo o soltar mais. Meu coração estava tão acelerado, e eu podia sentir o dele também acelerado, até que no meio da música ele encostou nossas testas nos fazendo ficar olhando olho a olho, boca a boca uma bem próxima da outra uma desejando a outra

Capítulo 9

- ...
- Sim ...
- Porque você me evita tanto?
- Eu não te evito – não me deixara completar
- Sim você me evita, me trata com uma certa distância... parece que tem medo!
- Mas do que eu teria medo?
- Não sei me diz você... do que teria medo... talvez de se entregar a essa paixão que eu sei que você também sente. E não mente para mim! – me olhou nos fundos dos meus olhos
- Ah – olhei para baixo - você sabe que isso não pode... eu e você... por mais que eu queira mais que tudo nesse mundo não podemos...!
Quando eu disse senti um de seus braços em minha cintura e o outro alisava meu rosto, me puxou para perto de si, me encarou com um olhar de que eu poderia dizer... amor, e me beijou com todos os sentimentos que eu podia sentir nesse beijo com um toque feroz, mas ao mesmo tempo apaixonado. Mordendo meus lábios, puxando minha língua, eu o fazia o mesmo. Puxava seus cabelos de leve e o beijava de uma forma intensa e calorosa, mordia sua língua e chupava sua boca, seu calor estava tanto que eu soltei um mini gemido abafado entre o beijo, o que fez ele parar e dizer ainda com nossos lábios pertos um do outro.
- ... fica comigo?
- Isso é o que eu mais desejo no mundo! – disse eu o sentindo voltar a me beijar agora com toda vontade, suas mãos deslizando pelo meu corpo parecendo que ele queria aquilo tanto quanto eu, eu sei que não podia mas mesmo assim me entreguei a ele, não agüentei a sua presença, o seu toque, o seu jeito, ele me pegou no colo me fazendo subir nele cruzando minhas pernas em sua cintura enquanto sentia ele apertando minhas pernas e me beijando cada vez mais intensamente. Foi me levando para meu quarto e quando chegamos lá ele me deitou sobre a cama me olhando de cima apenas abrindo um lindo sorriso e voltando agora a chupar e beijar meu pescoço, nossa ele fazia isso com tanta precisão com tanta vontade que eu me sentia arrepiar todinha. Ele tirou minha blusa deixando apenas com o corpo nu, foi descendo seus beijos chegando perto de meus peitos foi intensificando seus chupões me chupando com vontade, como eu poderia dizer como um neném tem sede de leite. Ele me chupava com uma certa vontade e eu apenas puxava forte seus cabelos descendo pelos seus braços fortes arranhando e apertando junto o que eu podia ver ele já gemendo entre meus arranhões. Depois de um tempo eu e ele já estávamos totalmente sem roupa até que ele me colocou em seu colo penetrando em mim no começo mais de leve, mas depois foi intensificando e eu podia senti-lo chegando em meu ponto fraco, eu o beijava desesperadamente arranhava suas costas já quase arrancando sangue, ele me deixava louca como ninguém conseguia. Ele foi intensificando, penetrando cada vez mais forte com a pressão nosso corpos se debatiam ele apertava minha bunda por trás e eu descia também minhas mãos apertando a dele soltando gemidos cada vez mais alto e abafados. Ele sorria com um sorriso safado no rosto e me penetrava cada vez mais, quando eu sentia que não agüentaria mais, que alcancei meu ponto máximo, chegamos ao clímax juntos. Estávamos tão cansados depois caímos na cama ainda abraçados me fazendo cair por cima dele.
- Uau garota, você é demais! – sorriu ele para mim e o olhei com uma cara bem perva
- Mas você ainda não viu nada amor! – sorri de volta o fazendo ficar com uma cara de ‘?’ - mas por hoje chega, quero deixar você louquinho para saber o que eu poderia fazer, mas deixa para a próxima vez - deitei ao seu lado o olhando com um sorrisinho sapeca
- Então quer dizer que vai ter próxima vez?
- Não sei, só depende de você... – sorri e vi que o deixei com uma cara distante de novo o que me deixou um pouco chateada, pois sabia que ele ainda não tinha certeza de nada ainda, que talvez estivesse me usando e só de pensar nisso me deixava com uma raiva. Preferi não comentar nada e fiquei quieta virando para o outro lado.
- O que foi ? – disse ele alisando meu braço se levantando para me olhar
- Nada
- Não. Pelo pouco que conheço de você, eu sei que não ficaria assim por nada. Porque essa carinha? – disse ele insistente
- Porque ? Porque me machuca ver sua cara distante que mesmo que você não queira, eu sei que você ainda não quer largar sua namorada... então porque ainda se importa comigo? – disse eu segurando as lágrimas em meus olhos
- Mas quem disse que eu não me importo com você? Você é muito especial para mim , eu gosto de você!
- Sim, gosta de mim e fica com ela. Ah se decida para depois saber o que realmente você quer!
- Ah, mas parece que só eu tenho que me decidir com qual dos dois ficar né ? – disse ele agora também com olhar de raiva e ao mesmo tempo ciúme
- Mas do que você está falando ? Sabe muito bem que eu não tenho nem amigos aqui ainda muito menos outro... - disse eu tentando disfarçar porque apesar de tudo eu estava saindo com , mas para mim não era nada demais ainda.
- Ah, e beijar o também não seria outro caso que você teria que decidir?
- Mas... – fiquei confusa - como você sabe que eu e o estávamos juntos? E que nos beijamos? – eu liguei fato a fato e pensei ele nos seguiu - eu não acredito que você nos seguiu e fingiu estar caminhando apenas para saber, !
- Ah agora é minha culpa, você sai com o meu amigo e finge não ter nada e agora vem dizendo que a culpa é só minha? Ah pelo amor de Deus... não mente para mim!
-Olha eu não tenho que te dar explicações, eu e o somos apenas amigos e se aquele beijo aconteceu foi porque eu quis – disse isso para afastar . Sempre quando estava machucada eu tentava afastar as pessoas de mim de alguma forma e senti que consegui - e se eu e ele estamos tendo alguma coisa é porque ele é totalmente o oposto de você ! – disse já pegando minhas roupas e me vestindo de novo.
Já não conseguia conter minhas lágrimas que caíam com mais força.
Peguei as roupas dele e joguei em cima dele
- Vai embora, não quero mais te ver aqui, não quero mais ter contato com você na minha vida... desaparece, você só me faz mal! – disse caminhando já para sala desesperada e me sentindo a pessoa mais idiota do mundo. Como eu poderia ter caído no golpe sujo dele?
Mil pensamentos cercavam minha mente quando ele veio atrás de mim parando em minha frente me fazendo olhar para ele já que fazia do contra tentando olhar para o lado mas ele segurou meu rosto com uma certa força não me deixando escolha.
- Você o ama? – disse ele agora já com lágrimas nos olhos e eu pensei duas vezes antes de responder
- Sim, eu o amo ... e muito! –disse e pude ver lágrimas dos olhos dele caindo.
Ele apenas soltou meu rosto, pegando suas coisas saindo de casa quando parou na porta e olhou para mim
- Eu te amei desde a primeira vez que te vi e apesar de tudo ainda te amo! – fechou a porta e saiu agora chorando, eu me sentia a pior pessoa do mundo por ter mentido para ele afinal quem eu amava mais do que o próprio ? Desfaleci-me em choro, não podia acreditar que depois daquela noite tudo isso teria acontecido.
Fui deitar na minha cama para tentar dormir e esquecer a burrada que tinha dito. Eu tentava dormir, mas não conseguia, o relógio marcava já metade da madrugada e eu não conseguia pregar os olhos pensando no que tinha acontecido. Fiquei a noite toda assim, praticamente não dormi, ficando com os olhos bem inchados de tanto chorar.

Capítulo 10

Podia se ouvir alguém batendo forte a porta de casa, era chegando em casa, na verdade na casa onde os meninos se reuniam para fazer festas ou onde e sempre se encontravam para ter suas noitadas mais longas sem ninguém os atormentar. Já estava amanhecendo quando viu sua namorada vindo ao seu encontro um tanto nervosa.
- você me deixou aqui a noite toda te esperando, onde estava? – disse ela se aproximando dele que se desviou e subiu para o quarto
- não venha, não estou bem e quero ficar sozinho... por favor NÃO PERTURBE! – disse ele gritando e batendo agora a porta do quarto. Ela estranhou a reação do namorado mas deixou pra lá afinal não era muito de se intrometer quando a ‘batata estava assando’, preferia conversar quando as coisas melhorassem e assim fez, esperou dormir e acordar porque se trancou no quarto e não abriu por um bom tempo.
O mesmo fez , mas ela não conseguiu dormir. Eram 7 horas da manhã e ela não tinha pregado os olhos então decidiu levantar e ir tomar um banho para ver se melhorava, mas seu rosto e seus olhos inchados de quem chorou muito isso não conseguiria esconder. Colocou seu pijama e foi ver televisão, a única coisa que ela não queria fazer era sair depois de toda aquela cena, de tudo aquilo que não saía de sua cabeça, que ela não conseguia esquecer o que a fazia chorar quando lembrava de ; e assim o mesmo ficou o tempo todo dentro de seu quarto - o mesmo acontecera com ele. Não conseguia pregar os olhos, ficava pensando em tudo que tinha acontecido, como ele poderia ter sido tão idiota? Ao mesmo tempo ele sentia raiva por saber que estava perdendo ela para seu amigo. Mas preferiu não ligar muito e tentou se lembrar de e de tudo que haviam passado juntos, mas tudo que ele e haviam passado, apesar de ter sido pouco tempo, tinha sido muito mais marcante do que com a própria namorada. Ficou deitado em sua cama pensando e quando viu que não conseguiria dormir levantou e viu o relógio que já marcava quase 1 da tarde, hora de almoço. Sentiu um cheiro bom, não de comida típica do Canadá, mas sim churrasco e o que logo fez lembrar de , tentou tirá-la da sua cabeça de novo e desceu se deparando com todos seus amigos na casa e com um baita churrascão, todos animados principalmente , parecia que havia ganhado na loteria, ficou meio desconfiado e logo foi falar com ele
- E aí cara porque toda essa festa hoje?
- Ah... você não sabe?
- Não, do que eu tenho que saber? Hoje é aniversário de alguém e eu não sei? – riu ironicamente
- Não, eu vou trazer a minha namorada aqui! Bem não é minha namorada ainda, mas ela é especial para mim, e eu pretendo pedi-la em namoro hoje!
- Hey cara parabéns – por um minuto ele havia esquecido que seria sua futura namorada - e quem é a privilegiada de namorar o cara mais fofo do Simple Plan heim? – riu
- Bem, não sei se você vai se lembrar dela, mas... lembra daquela menina que você dançou na boate? – disse sorridente, quando escutou se lembrou de e aí veio tudo à tona, tentou esconder a tristeza de saber disso mas ele não conseguia, afinal ele estava perdendo ela de uma vez por todas, ele disfarçou o melhor que pode
- Ah sim, lembro dela! Parabéns ela é uma ótima garota! – disse ele desapontado
- Hey , o que houve? Porque está com essa cara?
- É apenas uma dor de cabeça que veio agora, eu vou entrar okay? – disse ele já entrando se deparando com que viu que o amigo não estava bem e foi logo tratar de saber o porquê, os dois foram para a sala de estar e logo começaram a conversar
- , já sabe das novidades?
- Sim e nem precisa repetir - disse ele com uma cara de tédio
- Hey cara porque esse mal humor todo heim? Percebi que você não está bem hoje, o que houve?
- O que houve? Que simplesmente eu sou o cara mais azarento do mundo!
- Azarento? – riu - queria ser azarento igual a você então
- , estou falando sério! – o que fez com que ficasse assustado afinal quase nunca via o amigo assim
- O que houve vai, fala tudo... não vem querer ficar me dando fora não porque eu nem tenho culpa!
- Ah cara foi mal, mas é que hoje eu vou perder a garota que eu amo! - disse ele nem acreditando no que falou
- Haha, até parece que a vai largar você, pelo amor de Deus você... – não deixou o amigo completar
- E quem disse que eu estou falando dela? – o que fez fazer uma cara de incógnita
- Tá falando de quem então ? – o olhou com uma cara de assustado
- Da futura namorada do !
- NÃOOOOO!
- SIMMMMMM! – fez outra cara entediada
- Cara você vai ter que me contar essa história melhor, você se apaixonou pela menina da boate?
- Pô cara não é apenas a menina da boate, deixa eu te contar... – sentou com que ouvia o amigo contar cada detalhe por detalhe da história dos dois, de tudo que havia acontecido naqueles dias e não estava acreditando. Cada coisa que falava ele ficava mais surpreso com o amigo
- Meu, você dormiu com ela..
- CALA A BOCA ! Ninguém sabe e ninguém pode ouvir! Na verdade você é o único que sabe
- Mas e agora? E a ? E ela... o que você vai fazer?
- Eu não sei... como você acha que eu estou sabendo que daqui a algumas horas vou vê-la com meu amigo? – abraçou o amigo o consolando
- Cara eu acho que você deveria ser verdadeiro com o e falar a verdade, mas primeiro de tudo temos que saber uma coisa... ela te ama ou ama ele?
- Ah isso eu não sei, uma hora ela diz que me ama outra ela diz que ama ele... eu já nem sei de nada!
- Olha pelo o que você me contou, acho que ela te ama e diz amar ele para não sofrer mais!
- Ah eu não sei, só sei que eu odeio quando ela é distante comigo, eu me sinto um lixo!
- Cara, relaxa. Nós vamos ter que dar um jeito nisso, mas olha, eu acho que apesar de tudo você deveria falar disso com o
Bem na hora chega e escuta seu nome o que fez ficar curioso
- Hey o que eu tenho que saber heim? Agora fiquei curioso também... – sorriu indo até os amigos que se entre olharam com uma cara de ‘ferrou’ mas foram salvos quando a campainha tocou, o que fez ir atender a porta
- Depois quero saber heim! – disse ele indo até a porta quando ele abre era simplesmente ela... sim . Ele a olhava com uns olhos tão apaixonados... a deu um selinho e a chamou para entrar o que a fez ficar meio vermelha quando viu que e estavam olhando.
Entrou e não quis olhar na cara de , como ela saberia que todos estariam lá? Afinal ela só tinha ido porque havia falado que seria uma coisa ‘íntima’ mesmo que ela estivesse indisposta mas ela foi, mas o que ela não sabia é que teria que encarar depois de tudo que havia acontecido na noite passada

Capítulo 11

Cheguei na casa de .
Na verdade, eu achava que era a casa dele, mas eu estava errada, era a casa aonde todos se encontravam para as festas, e aliás, o que estaríamos comemorando? Pelo o que eu saiba não é aniversário de ninguém, nenhum dia especial.
Não entendi muito mas entrei e logo me deparei com a pessoa que eu menos queria ver na face da terra, sim era ele em carne e osso bem vivo na minha frente, procurei não olhar muito para ele, até em falar com o mesmo mas saí em desvantagem
- Hey , esse aqui é o . Não vai falar com ele? – Disse me fazendo voltar. Eu já estava indo com falar com os outro meninos, conhecer todos, mas não pude prosseguir, não com um pedido tão expressivo com o qual ele havia feito. Dei alguns passos atrás encarando-o
- Oi –fui seca com ele não o cumprimentei nem nada, tentei sei o máximo distante possível, por mais que me doesse fui distante, ele nem me respondeu apenas assentiu com a cabeça e me olhou com aquele olhar desolado. Preferi nem olhar muito se não poderia voltar a chorar de novo, apenas segui com saindo da sala, parecia que tinha tirado um peso de dentro de mim, estar junto a ele não me fazia bem, realmente não.
- Hey, então essa é a mais nova integrante da família? – brincou fazendo o olhar com uma cara de quem iria matá-lo e me deixando confusa com o comentário.
- Sou? – sorri - não, eu e somos apenas amigos – disse eu deixando um sorriso meio desolado nele, afinal ele queria ouvir outra coisa mas como eu poderia dizer algo a mais se acabamos de nos conhecer?
Conheci a todos com seu jeito quieto, mas muito brincalhão também, a nojenta da namorada de , enfim todos. Fiquei meio surpresa quando vi que ele tinha feito churrasco apenas porque eu era brasileira, já que eles não eram muito acostumados a comer isso, pelo menos era o que eu achava.
A tarde foi se passando e logo depois almoçamos. Quando vi, estávamos todos zuando, simplesmente os meninos eram os melhores caras do mundo; super divertidos, mas de todos o que sempre estava distante era
E como sempre a vaca em seu pescoço grudada, ele não brincava, não sorria, mas me olhava e eu percebia mas preferia fingir que não estava percebendo.
- , posso ir ao banheiro?
- Claro, quer que eu te leve lá?
- Não, apenas me mostre aonde é.
- Ok então! – ele foi comigo até a escada me mostrando aonde era quando eu fui subir ele segurou minha mão me puxando para ele, e num impulso desci uns degraus sem jeito caindo em cima dele que me segurou e não hesitou; me beijou do jeito mais fofo que sempre fazia, puxando meus lábios bem devagar me fazendo aproveitar de cada parte e a cada instante do beijo, ele puxava minha língua devagar, chupava minha boca, e eu fazia o mesmo. Ele me apertava contra seu corpo eu apesar de tudo cedia afinal era , certo? O cara mais fofo depois do meu amor, apesar de querer que esse momento estivesse sendo com , o esqueci por um segundo e beijei Seb, agora só pensando nele em quanto ele estava sendo especial para mim
- Nossa! – me olhou com uma cara sem saber o que dizer
- O que foi? – o olhei com uma cara de intrigada.
- Foi o champagne ou essa é a pura mesmo? – ele riu
- Não essa é a pura , seu bobo – dei um selinho nele e subi - já já desço!
- Ok - ele voltou para aonde todos estavam e pelo o que eu pude perceber estavam olhando e como sempre paparicavam como se fosse o bebê da banda e todos fizeram um som ‘uhuuuuuuuuuuu’ eu lá de cima ouvi, ri, apenas ri, sabia do que se tratava apenas não liguei muito acabando de subir o ramo de escadas procurando pelo banheiro até que achei o bendito lugar que ele havia me falado, entrei e quando saí fui pega de surpresa
- ? – o olhei assustada - o que está fazendo aqui? – ele entrou no banheiro me empurrando junto e fechou a porta.
- Eu que o diga, o que você está fazendo comigo? Por que está fazendo isso ? –disse agora me encarando, eu preferi apenas não o encarar olhando para o espelho fingindo estar me arrumando
- Não estou fazendo nada, apenas vim visitar o e por coincidência você estava aqui! – quando mal terminei de falar pude sentir ele que me segurou por trás me imprensando na pia me deixando o olhar de lado enquanto ele falava em meus ouvidos:
- E tudo que tivemos? Tudo que passamos essa noite não significou nada para você? - ele sussurrou em meus ouvidos, eu podia sentir sua respiração ofegante em meu pescoço, eu não sabia como responder afinal tinha significado muito aquilo para mim até mais do que tudo na minha vida, mas eu não respondi apenas continuei me olhando no espelho
- Eu te amo! – ouvi ele falar agora em um tom mais baixo do que antes o que me fez por um momento estremecer de cima em baixo e o olhar nos olhos
- Você o que, ? – eu ouvi perfeitamente o que ele tinha falado para mim mas queria ouvir de novo queria ouvir ele dizer mais uma vez que me amava
- EU TE AMO! Satisfeita? – o olhei com uma cara de apaixonada, eu simplesmente não podia negar, eu o amava também.
Me virei e o agarrei o que fez ele bater contra parede pela força em que lhe impusera. Eu o beijava com tanto amor, com tanto carinho, com tesão, com tudo; eu puxava seus lábios brutamente e com vontade ele me fazia o mesmo, eu chupava sua língua puxava seus cabelos de leve eu podia sentir ele descendo sua mão pelo meu corpo agora já apertando minha bunda com uma certa vontade nossos corpos já estavam tão unidos que eu podia sentir seu membro endurecido e alto o que me deixava excitada, mas... OMG o que nós estávamos fazendo ali no banheiro com todos em casa?
Ele já estava bagunçado com seu cabelo meio para o alto de tanto que eu puxava e bagunçava, e ao mesmo tempo abri o zíper de sua calça, estar com ele fazia meu sangue ferver, eu não conseguia me controlar. Logo o senti tirando minha blusa com certa rapidez, nós estávamos no êxtase total, no banheiro da casa aonde todos se encontravam, estávamos a um pé de nos entregar novamente até que alguma voz nos fez paralisar
- você está aí? – perguntava .
Eu e nos separamos assustados quando nos deparamos nós estávamos semi nus a ponto de termos algo, à não ser pelo fato de ter chegado bem na hora. Nos entreolhamos e sorrimos eu cochichei para o mesmo:
- Nós somos loucos, o que estamos fazendo?! – ele riu me olhando com uma cara perva
- Estamos brincando! – disse ele me fazendo o olhar com uma cara de ‘eu vou te bater’ quando ele me agarrou de novo e me deu um selinho - Eu te amo , amo o jeito que você fica bravinha! – eu ri e simplesmente o beijei, mas ainda estava do lado do lado de fora aflito e bateu na porta de novo
- , está aí? –bateu agora com mais força como se quisesse abrir a porta
- Sim estou, calma já estou saindo!
- Ah é porque você demorou, pensei que tivesse acontecido alguma coisa!
- Não, não... já estou saindo! – vesti minha blusa de novo bem rápido me arrumando rapidamente retocando meu batom já que o mesmo estava todo borrado, enquanto fechava sua calça e arrumava seu cabelo.
Mas e agora como eu sairia se ele estava comigo?
- E agora como vamos fazer para sair daqui? – disse eu aflita
- Olha você sai e eu fico aqui no box, depois de um tempo eu saio
- Ok então! - terminei de me arrumar e quando estava abrindo a porta me chamou de novo.
- ...
- Sim?
- Aconteça o que acontecer hoje não aceita!
- Não aceita? – ele me fez rir, mas uma coisa era certa, me deixou com uma cara de dúvida na mesma hora em que eu senti alguém empurrando a porta era que olhava para dentro do banheiro como se tivesse procurando algo ou alguém.
- Falando sozinha?
- Ah apenas estava falando da minha maquiagem – sorri sem jeito disfarçando fazendo ele não ligar muito, tratei de sair logo dali com ele que ainda assim olhava como se soubesse que alguém mais estava ali. Descemos e voltamos para onde estava todos, quando desci fui surpreendida; eles haviam montado um mini palco pareciam que iriam cantar algo o que eu amei claro e logo me sentei.
- Vocês vão tocar hoje?
- É... sim! – disse ele sem jeito meio sem graça mais com um sorriso sapeca. Eu poderia conhecer aquela cara era uma cara de travessura, mas não esquentei e esperei por afinal sem ele não teria apresentação, mas me enganei, quando eu menos esperei subiu no palco e as luzes se apagaram já era começinho de noite eu fiquei espantada com o que eles iriam fazer mas nem me passava pela minha cabeça o que essa noite mudaria tudo, tudo entre mim e ...

Capítulo 12

Mil e um pensamentos rodavam minha cabeça e quando olhei para o lado vi aparecer de novo me olhando com um sorriso pervo no rosto. Era inevitável, eu ria daquela cena, mas fingia não estar olhando para ele, a já me olhava com um olhar não muito bom, acho que a essa altura já tinha notado o jeito em que me olhava. Eu disfarcei desviando o olhar e voltando a olhar para o palco quando fui surpreendida por uma cena que em minha mente seria diferente
- ... - começou - eu sei que nos conhecemos há pouco tempo e que você pode achar que estou indo muito rápido, mas uma coisa eu posso dizer. Com certeza eu nunca me apaixonei por alguém como estou por você e... – ele fez uma pausa, parecia estar procurando as palavras certas para falar naquele momento, o vi dar um suspiro fundo olhando em meus olhos sem nenhum minuto desviá-los e continuou - você é especial, diferente, você me faz rir quando ninguém consegue, quando estou com você não vejo o tempo passar, você me alucina menina, e eu quero que isso nunca termine... – o mesmo agora pegou um buque de rosas vermelhas, descendo do mini palco e vindo em minha direção - , você quer namorar comigo? –Nossa. Confesso que nessa hora eu fiquei um tanto paralisada, nunca alguém tinha feito isso por mim e ele fez. Da forma mais fofa e romântica que poderia ter feito, eu estava deslumbrada e por um segundo tinha me esquecido de tudo e de todos, só conseguia olhar nos profundos e brilhantes olhos de que me olhava com uma cara de que eu aceitasse, de expectativa e em meio a tantos pensamentos em minha cabeça eu ouvi todos gritando ‘aceitaa aceitaa!’. Eu estava paralisada, não sabia o que fazer até que o mesmo se aproximou mais a mim e se ajoelhou na minha frente e segurou minha mão e a beijou, voltando a me olhar com aqueles olhos de expectativa.
- Aceita? – ele me olhou com aqueles lindos olhos brilhantes com lágrimas contidas. Olhar naqueles olhos era tão... como eu poderia dizer? Encantador, sim essa era a palavra que se encaixava naquele exato momento que eu por um segundo fui na lua e voltei e pude sentir como se tivesse borboletas em meu estômago.
- Sim, eu aceito ! – quando disse por fim em mil pensamentos, o mesmo me levantou, me pegou em seu colo e rodou comigo o tão quanto ele estava feliz e eu também, afinal, ele havia sido tão fofo que por um momento me esqueci completamente do que havia me dito lá em cima. Todos ficaram batendo palmas pela cena que podemos dizer nada à la cena de filme? E logo começaram a nos zuar ‘viva o casalzinho’. Claro que eles zuavam muito se não, não seriam o Simple Plan que conhecemos certo? me colocou de novo no chão e agora me abraçava forte me beijando intensamente, o beijo dele era sempre tão sutil eu gostava de beijá-lo até que uma mãozinha nos atrapalhou. Era como sempre chegando nas horas importunas
- Er dá licença gente... posso cumprimentar o casal, isso claro se vocês se desgrudarem? – ele falou rindo fazendo com que eu e nos ligássemos ao planeta Terra de novo e desgrudarmos, mas um pouquinho. como sempre era um fofo apesar de zuador e nos desejou felicidades e todas aquelas coisinhas a mais, depois veio com aquele sorriso enorme, logo em seguida veio com uma cara não muito feliz, se assim podemos dizer ele me olhava com um olhar como se eu estivesse errada com um olhar culposo. Eu apenas desviei meu olhar, olhando para que estranhou minha reação mas eu fiquei sem entender até que ele disse:
- Pois é, eu acho que devo parabenizar o casal não?! – ele abraçou e logo em seguida me abraçou até que cochichou em meu ouvido - ‘eu pensei que você fosse diferente, mas o que você quer é enganar as pessoas, só espero que não faça ele sofrer como você está fazendo com o assim que aceitou namorar o ’ – assim que ele terminou de falar tudo bem rápido para que ninguém percebesse ele me olhou bem nos olhos e se retirou, aí que tudo veio à tona.
A cena do comigo no banheiro falando para eu não “aceitar” que na hora eu não fazia idéia do que se tratava, mas que agora tudo fazia sentido. Eu me lembrei daquelas palavras ‘não aceita’ e mesmo que eu não quisesse, elas martelavam na minha cabeça ali naquele momento menos oportuno, como eu tinha sido tão burra e esquecer? Talvez pelo momento, eu não sei, mas na hora me bateu uma dor forte no coração porque apesar de tudo eu estava ‘namorando’ o , mas quem eu amava realmente era ele, sim o .
Mas como poderia ficar com ele se também o mesmo dizia que me amava, mas não tinha coragem para largar a namorada? Se ele queria brincar comigo também se deu mal porque agora eu sou a namorada de – eu pensava enquanto as cenas iam se passando como flash na minha cabeça, olhei pra que sorrindo me abraçou pela cintura, mil e uma coisas se passavam pela minha cabeça quando vi se aproximando com a logo pensei ‘com certeza para nos parabenizar também’ eu estava sem reação não sabia se iria tratá-lo bem ou com frieza até que eles chegaram, ela como sempre com seu sorrisinho falso estampado no rosto e ele com um olhar frio e longe.
- Hey , já estava na hora de arrumar uma namorada heim! –disse rindo abraçando o amigo, mas eu sabia que por trás daquele sorriso tinha um coração partido, bem pelo menos eu achava que sim - Só espero que dessa vez tenha acertado porque todas as suas ex não valiam nada só te enganavam, espero que com você seja diferente! – ele disse agora olhando para mim com uma cara de superior ou deboche eu não conseguia identificar.
Na hora em que ouvi tudo que ele acabara de dizer eu não acreditei que estava saindo da mesma boca que há poucos minutos dissera que me amava, eu me sentia muito ofendida; como ele poderia estar falando uma coisa daquelas? Eu sei que não estava sendo a melhor das pessoas, que pelo o que parecia eu estava apenas querendo brincar com os sentimentos dos dois, mas na verdade era tudo ao contrário, eu estava dividida pelo homem que eu realmente amo e por aquele que tem sempre estado ao meu lado e sido fofo comigo, era difícil para mim, eu pensei que ele, mais do que ninguém fosse entender, mas não. Ainda pior, falou que eu não valia nada. Por um segundo uma lágrima de meus olhos quis cair eu estava com tanta raiva que minha vontade era de bater nele, quebrar ele em pedacinhos, mas fui mais forte abracei o em sua frente o beijei e voltei a olhar para sua cara, agora como se não me importasse nem um pouco com o tudo que ele tinha acabado de blasfemar – Pode ter certeza que eu sou diferente, aliás você mesmo já tem provas disso. - sorri ironicamente fazendo e ficarem com uma cara de desconfiados - e outra... –continuei - seu amigo aqui vai ser a pessoa mais feliz desse mundo, disso você pode ter certeza. – enfatizei o máximo a última palavra e olhei para alisando seu rosto e vi que deixei um com muita raiva, e por mais que ele quisesse disfarçar ele simplesmente não conseguia, o tal nem me cumprimentou, apenas depois dessa cena saiu de perto, deixando até mesmo para trás saindo da casa batendo a porta forte, o que fez com que todos ficassem sem entender nada
- Nossa, o que houve com ele heim? De uns dias para cá eu estou sentindo ele estranho – disse me encarando confuso
- Ah não liga amor deve ser estresse com a namoradinha dele, coisa de casal! – sorri para o mesmo abraçando-o
- Mas... eu não entendi uma coisa que você disse. – me olhou agora como se quisesse saber de algo
- O que? – eu respondi incrédula
- Que você era diferente das outras até essa parte eu entendi mas... – ele lançou o olhar para baixo passando a mão pelo rosto voltando a me encarar - porque você disse com tanta convicção que o já sabia disso? – senti seu olhar curioso me fitando e eu fazia o máximo para disfarçar
-Ah eu disse isso porque você viu que ele quis me ofender, e que também a gente se conhece mais ou menos desde aquele dia lá na boate... por isso que eu disse, mais nada! – sorri meio sem graça, tentando me convencer que fui boa o bastante para passar por essa
- Hum... espero mesmo porque eu sou ciumento! – o vi abrir seu sorriso agora com vergonha - e se eu escuto qualquer coisa eu fico meio paranóico!
- Ah que isso, tudo bem eu também sou um pouquinho, isso a gente resolve! – o abracei de novo agora grudando nossos corpos. O corpo de era tão quente, alisei seu rosto que fez o mesmo em mim e nos beijamos com tanta intensidade que até nos esquecemos que tinha mas pessoas na casa. Ele desceu suas mãos e de leve colocou em minha bunda e deu um leve apertão o que me fez sorrir entre nosso beijo abafado até que ouvimos
- HORA DE IR EMBORA PESSOAL! – disse rindo já se despedindo e saindo da casa com todos os meninos, eu e nos olhamos rindo e disfarçando
- Será que eles viram sua mãozinha boba? – eu sorri voltando a distribuir beijos por seu pescoço
- Se viram ou não eu não sei, mas é bom estarem indo embora mesmo porque hoje eu quero comemorar com você! – senti suas delicadas mãos alisando meu rosto e bem rápido nos despedimos dos meninos até que ouvimos o barulho da porta se batendo pela ultima vez
- Pronto estamos sozinhos, agora é a nossa festa!

Capítulo 13

deu um ênfase na palavra ‘nossa’ que me fez até arrepiar, segurou em minha cintura forte me puxando mais para próximo de seu corpo, eu apenas o segui abraçando e com uma mão entre seu cabelo dando leves puxões. Nos beijamos carinhosamente e intensamente, seu beijo explorava cada parte de minha boca, ele puxava meus lábios e minha língua com uma certa vontade, desejo, ele era tão bom! As suas mãos foram descendo apertando e deslizando sobre meu corpo que quando chegou em minha bunda ele apertou com tanta vontade que até senti meus pés se desprenderem de leve do chão, nessa hora gemi abafado entre o beijo, eu fui passando minhas unhas no começo de leve e com o passar da euforia mais forte arranhando suas costas e enfiei minha mão por dentro de sua blusa e arranhando agora por dentro enquanto ele me dava chupões por toda a extensão de meu pescoço.
Eu tirei sua blusa e a joguei no chão da varanda, segurou firme em meus peitos apertando-os com vontade, o que cada vez me fazia ficar mais e mais excitada. Ele foi abrindo o zíper da minha blusa por trás bem devagar, me fazendo sentir cada toque seu, tirando minha blusa jogando-a no chão. O mesmo agora foi descendo seus beijos me dando chupões fortes no pescoço me deixando marcas avermelhadas descendo cada vez mais até que o senti em meus peitos, ele sugava com tanta força que senti todos os pelinhos do meu corpo se arrepiarem a cada investida sua. Agarrei mais forte em seus cabelos descendo minhas mãos pela suas costas nua arranhando bem forte fincando minhas unhas e tirando gemidos cada vez mais altos dele, até que cheguei em sua bunda, dei uns apertões com cara de perva, e segurei nas barra da calça dele agora na frente abrindo-a bem forte e rápido. Um ardor já tomava toda conta de mim e eu tinha que sentir logo ele, eu tinha!
Abri sua calça jogando-a no chão, agora so estava eu e a cueca dele já que suas mãos rápidas já tinham tirado minha saia juntamente com minha calcinha - jogada em algum lugar que naquele momento eu não queria saber qual. Eu apertava seu membro por cima com força e tesão dando gemidos altos enquanto ele sugava meus peitos, subindo de novo encontrando minha boca e calando meus gemidos com seus beijos cada vez mais intensos e agora ferozes. Ele conseguia ser rápido o bastante que quando eu via estava dando beijos e chupões na minha perna só me fazendo que aquela vontade de tê-lo aumentasse cada vez mais. Eu arranquei sua cueca agora já meio louca, nessa hora já percebi que estávamos perto da parede, ele foi me encoxando cada vez mais me batendo contra ela, eu já podia sentir seu membro duro pela minha até que ele segurou firme em minhas pernas apertando minha bunda me levantou me fazendo cruzar as pernas em sua cintura
- Está pronta? – disse abafado entre gemidos sem sequer parar de me beijar
- Si-Sim... vai com tudo! – disse o olhando com uma cara perva, ele apenas sorriu e num movimento rápido me penetrou de uma forma única e rápida, fazia movimentos para frente e para traz me fazendo bater contra parede. Eu estava em momento de êxtase total, eu o beijava loucamente segurando forte em seus braços e cabelos, enquanto ele me penetrava cada vez mais me completando a cada investida e dava apertões em minha bunda, mas apesar de tudo ele era muito sutil em tudo o que fazia sempre preocupado em me satisfazer e me deixar bem à vontade. Eu o beijava cada vez mais carinhosa e intensamente sem desgrudar nossos lábios sentindo que faltava pouco para chegar ao orgasmo. Depois de um tempo chegamos ao orgasmos juntos e gememos alto ao mesmo tempo, agora ele ainda me segurava em seus braços me deitou em um mini sofá que tinha lá, deitando-se ao meu lado, me olhando todo apaixonado. Eu conhecia aquele olhar, apesar de tudo eu o olhava com carinho, não poderia o corresponder com os mesmos olhos, mas continuei o encarando
- eu te amo muito mesmo, você não sabe o quanto meu coração dispara só quando te vejo, escuto sua voz, quando está comigo! – disse me dando vários selinhos
- , alguém já te disse que você é muito fofo? – eu disse rindo e meio sonolenta um tanto exausta depois de todo o exercício
- Na verdade todos falam isso, mas ouvir de você é bem melhor! – ele sorriu e logo percebi que ele viu minha cara um tanto de cansada
-Quer dormir?
- Sim, digamos que eu estou muito cansada!
- Ok, vem vamos pro quarto! – ele se levantou, pegando algumas peças de roupa que deixamos jogadas pelo chão e me deu, nos vestimos pela metade e subimos indo para o quarto, chegamos lá simplesmente caímos na cama e adormecemos.

- você pode PARAR e falar comigo? – disse insistente e irritada já com o namorado que andava de um canto para o outro em casa sem parar com uma garrafa de whisky nas mãos e bebendo sem parar
- Eu já disse que não quero conversar agora! – disse ele irritado sem ao menos olhar na cara dela
- Querendo ou não você vai ter que falar, porque primeiro, o que você fez hoje foi ridículo, sair da festa furioso daquele jeito e sem ninguém saber o porquê de ao menos você estar assim que para compensar foi ridículo, e outra sobre nós! – falou dando ênfase na última parte, o fazendo parar com um rosto de dúvida e agora sim olhar para ela
- Sobre nós? Mas nós estamos ótimos amor, vem aqui vem – puxou ela com uma certa força pelo fato já estava meio embriagado, e a abraçou não com carinho, mas sim com um toque de brutalidade - eu sei que ultimamente eu tenho estado meio estranho, mas eu te amo e você sabe disso! – nessa hora ele parou ainda a abraçando, mas agora a olhando de frente, segurando em seu rosto, ele piscou várias vezes por um momento, passou as mãos nos olhos esfregando com força tentando com que aquele rosto fosse embora, mas embora suas tentativas fracassadas, ele somente via o rosto de no de , ele repetia as ações continuadamente esfregando várias vezes os olhos mas a imagem dela não saia de sua frente - ?
- ? – disse ela se afastando brutalmente de - É O CARAMBA! Eu sabia, sabia que tinha alguma coisa a ver com essa garota, você a ama ? A AMA? VAI RESPONDE! – disse já gritando, o som que sua boca fazia eco na cabeça dele, ele se afastou mais dela e agora sim conseguia ver que era e não ali, a bebida já não estava fazendo bem, ou era ele mesmo que não conseguia lidar com o fato de tê-la perdido para sempre?
- Não , calma eu não disse eu disse seu nome. – ele falava as palavras com ênfase tentando o próprio tentar acreditar que não havia dito aquilo, mas por mais que ele tentasse disfarçar acreditando na versão que sua mente produzia ele sabia que o que ela tinha ouvido foi muito certo e forte.
- Não , você disse o nome dela, não acredito que uma menina nova e namorada do seu amigo pode acabar com uma relação de tanto tempo igual a nossa! – disse já chorando e indo para o quarto, pegando algumas peças de roupas dela que havia ali colocando na mala
- Mas o que você está fazendo? – disse ele tentando impedi-la, tentando tirar a mala de perto dela, mas não conseguiu
- Eu estou indo embora daqui, até você decidir quem você ama. Não quero estar com você, sabendo que em vez de mim você está pensando nela! – pegou a mala com algumas roupas e deu um último selinho em batendo a porta forte indo embora, o que deixou ele ainda mas desolado. Se jogou na cama largado, na hora um sentimento de raiva e ciúme bateu mais forte nele o que fez com que ele bebesse o resto da garrafa toda de whisky fora as outras que ele já havia tomado, fazendo-o cair no sono

Já eram 6 da manhã de segunda feira, quando eu ouvi o relógio despertar igual um louco, eu semi-abri os olhos vendo a claridade já do dia e o desliguei deitando de novo ao lado de o abraçando, quando me liguei ‘segunda feira dia de faculdade’ levantei desesperada, dando um susto nele que dormia feito um anjo, mas que agora me olhava com um olhar ainda de sono, mas sem entender nada
- já são 6 horas tenho que estar às 7 na faculdade, tenho que correr! – disse indo pro banheiro me arrumando o mais rápido possível
- Hey mocinha, bom dia né! – ele riu - essa sua vida de médica é dura heim, mas fica calma eu te levo de carro! – ele entrou no banheiro com aquele sorriso mais fofo me abraçando por trás e me beijando nas costas
- Ah o que eu faria sem você heim amor? – sorri o beijando, acabando de me arrumar o que fez o mesmo e desceu as escadas indo pegar o carro
- CADÊ MEU CARRO? – eu o ouvi gritando desesperado e tratei de me arrumar o mais rápido possível para ver o que estava acontecendo, enquanto entrou em casa ligando para todos os amigos - aposto que algum daqueles bêbados pegaram meu carro ontem sem avisar, ah já disse pra eles que não gosto disso, aposto que foi o ele sempre faz isso – disse meio em transe já ligando para o amigo

- traz o meu carro aqui agora!
- Hey... ? – disse ele com uma voz sonolenta como se tivesse acabado de levar um susto
- Não o papa! – riu - cara você bebeu muito ontem? Sua voz está horrível, igual quando você fica chapado!
- Ah cara, eu tive uma discussão com a , ela foi embora, e eu bebi mais do que todas aquelas vezes de costume – ele riu - mas agora eu estou bem, pelo menos eu acho
- Bem, espero que fique melhor mesmo, mas... por acaso ontem você levou meu carro?
- Não dessa vez não fui eu – ele gargalhou - foi o , o safado estava de carona com o Pat, mas como ele foi sair com a namorada ele pegou seu carro
- Hum... mas e agora eu queria levar a para faculdade e estou sem carro e ela está atrasada.
- Ela está aí ainda? – disse ele surpreso e agora com um tom de voz triste
- Sim cara, ela é demais, passamos a noite juntos e olha... ela é sem noção! Estou apaixonado cada vez mais! – disse ele suspirando
- Ah... que legal! – ele falava as palavras da boca para fora, mas por dentro seu coração estava partido e um momento de ciúmes tomara conta dele
- Mas então o que eu faço? Se eu ainda for ligar para o até ele vir vai demorar.
- Olha cara eu tenho que ir agora mesmo visitar o produtor, foi até bom você ter me ligado assim eu não me atraso, se você quiser eu dou uma carona pra ela. – um sorriso se formou em seu rosto e ele agradeceu por não poder ver
- Sério? Pô cara valeu mesmo, mas não demora muito não ta? Se não ela se atrasa e eu não quero ser o culpado! – ele riu
- Tá bom, daqui a pouco estou aí. Abraço! - Valeu. Tchau!

Capítulo 14

Desci as escadas e vi que estava me olhando com uma cara de ‘babão’. Era tão engraçado como ter um homem em nossas mãos era fofo e ao mesmo tempo bom.
- Então vamos? – eu disse apressada
- Hum, bem o problema é que meu carro não está aqui, ontem o foi embora e levou ele! – disse ele passando as mãos pelos cabelos, me encarando
- Mas... então como eu vou para faculdade, ? Fica muito longe da sua casa! – eu disse já aflita não sabendo o que fazer nem como chegar lá de onde estávamos
- Calma, eu liguei para o e pedi pra ele te dar uma carona já que ele vai seguir o mesmo caminho que o seu! – ele abriu um sorriso torto
- Ah, o ? – eu bufei disfarçando o máximo possível para ele não notar - Mas o carro não está com o ? Porque ele não vem?
- Não consegui falar com ele, e poxa eu sei que você e o não se dão muito bem, mas ele é meu amigo, vai lá vai e para de birrinha com ele... - disse ele se aproximando de mim, segurando meu rosto pelo queixo com suas mãos e me dando um breve selinho até que ouvimos uma buzina em frente a casa - Aí deve ser ele, vai lá e qualquer coisa é só não puxar muito assunto, mas apesar de tudo eu gostaria que vocês se dessem bem, afinal ele é meu amigo e você minha namorada! – disse ainda se despedindo de mim com um rápido beijo e quando vi já estávamos andando em direção a porta e mesmo contra minha vontade eu fui. abriu a porta e acenou para que estava dentro do carro
- É né, tá bom amor, o que eu não faço por você – eu sorri - tchau! – dei um tchauzinho para ele e entrei no carro sem olhar para a cara de . Coloquei o cinto virando para frente, ele não falou nada só assim que viu que eu já estava pronta ligou o carro e saiu
- Oi, bom dia, tudo bem? Muito educada você, não? – ele disse e eu podia sentir o tom de ironia em sua voz
- Não começa , - eu cruzei meus braços e comecei a balançar minha perna de impaciência - eu só estou aqui porque o pediu, então você já sabe aonde é a faculdade me leva lá e ponto final.
- Uh, ela está estressada – ele disse agora rindo - será que fui eu quem a deixou assim? – ele me olhou com uma cara de deboche, mas de quem no fundo estava gostando de tudo aquilo, eu o fitei com uma fúria dentro de mim que acho que até ele percebeu, já que só aumentou seu sorriso
- Você? – eu ainda o olhava com desdém - Pode até ser, como seu senso de humor é ótimo eu até prefiro mesmo ouvir as notícias de hoje. – liguei o rádio do carro, mas estava com o cd deles tocando e justamente na faixa 4, sim vocês já podem imaginar que música era.
- Olha, sabia que essa música é minha a minha preferida? – ele começou a cantar ainda com um tom irônico olhando para mim

You can tell me that there’s nobody else – (but I feel it!)
You can tell me that you’re home by yourself – (but I see it!)
You can look into my eyes and pretend all you want but I know, I know
Your love is just a lie! Lie! Lie!
It’s nothing but a lie! Lie!
Lie!

Quando ele cantou a última palavra eu senti que ele deu uma ênfase à mesma e como se isso não bastasse, ele falou bem perto de mim, praticamente a pé do meu ouvido. Como eu já não agüentava mais o ouvir cantando isso eu sem perceber que ele estava bem ao meu lado, faltando poucos centímetros para nossos rostos se encostarem, eu virei a cara para ele e gritei:
- LIEEE! – nessa hora ele tomou um susto inclusive eu pela distância em que estávamos. Ele ficou me olhando assustado e meio tenso, essa cena foi tão engraçada, eu sem perceber comecei a rir e voltei para a mesma posição de antes rindo olhando para cara dele que já estava rindo também
- Você me deu um susto! – disse ele rindo
- Eu sei, mas às vezes você merece – eu pausei, ainda pensando no que iria falar - você é chato , não sei como eu te... – eu fui interrompida
- Amo? – ele me olhou com uma cara sorridente e eu o fitei com o olhar
- Agüento! Essa seria a palavra certa! – disfarcei
- Eu não concordo!
- Olha você já não acabou de cantar que meu amor é uma mentira? Então para que se importa? – falei olhando bem nos olhos dele que se desviaram
- Mas... eu te amo ; você sabe disso, que eu te amei desde a primeira vez que te vi, porquê você fez aquilo comigo ontem heim? – ele me olhava desolado e essa última parte seu tom de voz diminuiu
- Ah ... eu na hora fiquei meia fora desse mundo, porque nunca ninguém fez aquilo que ele tinha feito e eu achei tão lindo que por um impulso aceitei, sem ao menos lembrar do que você tinha me falado antes... – olhei para o lado evitando encarar seu olhar e logo já estava avistando a faculdade
- Se você me amasse de verdade não iria aceitar! – ele rebateu
- Ah ta bom e agora você sabe o que eu sinto aqui dentro de mim? – eu o olhei incrédula - Você não sabe também o motivo por eu ter aceito ontem, e você me menosprezar foi ridículo! – eu disse furiosa
- Desculpa... eu estava morrendo de ciúmes e... - ele falava cada palavra como se estivesse soletrando agora - eu daria tudo pra saber o que você sente aí dentro – ele me olhava agora bem no fundo dos olhos e eu senti meu sangue ferver
- não me olha com essa cara...
- Me responde, por favor. – ele ainda me encarava
- Eu acho que só de você sentir, você vai saber – peguei a mão dele e coloquei no meu coração junto com a minha, e parecia que eu estava com arritmia ou não sei, mas meu coração estava disparado parecendo que iria soltar de mim
- Você pode sentir?
- Sim... – ele falava me olhando cada vez mais próximo
- É assim toda vez que eu fico quando você está próximo a mim, quando eu escuto sua voz, quando... – eu não pude terminar, ele simplesmente me puxou para si e me beijou que eu poderia dizer melhor do que todas as outras vezes, apaixonado e intensamente. Eu podia sentir seu coração acelerado tanto quanto o meu, o abracei forte e ficamos um bom tempo ali, a vontade era tanta, ele estava sendo muito carinhoso comigo como nunca tinha sido antes, eu o fazia carinho na nuca e apertava seus braços, estar ao lado dele era uma coisa simplesmente sem noção, duas vezes melhor do que meu próprio namorado!
- Não , não! – parei bruscamente nosso beijo, olhando para frente um pouco desnorteada - eu não posso fazer isso, um de seus melhores amigos é meu namorado, eu no fundo gosto dele e por mais que isso seja mais forte do que eu não posso fazer isso! – dei de costas saindo do carro com pressa, a única coisa que se passava na minha cabeça era ‘o quanto estar perto do me deixava louca e o quanto eu estava sendo imatura fazendo aquilo’, sem olhar para trás fui subindo as escadas da faculdade quando senti alguém segurar meu braço com força. Eu não queria olhar, eu sabia que aquele toque era dele, e se eu o olhasse nos olhos mais uma vez, iria desfalecer ali, então continuei na mesma posição até que ele deu meia volta ficando na minha frente, segurando em meu queixo que agora estava abaixado levantando-o fazendo me olhar nos olhos, uma lágrima caia dos meus olhos e ele me abraçou forte.
- eu não consigo mais fingir que não existe nada entre nós, que eu não te amo e o que eu mais quero é estar ao seu lado, eu não consigo mais! – disse ele me abraçando forte enquanto alisava meus cabelos, e eu podia sentir seu coração tão disparado quanto o meu
- Eu não agüento mais essa situação , não mesmo, você acha que esta sendo fácil para mim também? – me afastei agora dele o encarando nos olhos
- Não, eu sei que não está sendo fácil para nenhum de nós dois, mas olha, eu posso propor algo que eu acho que será o único jeito de nós ficarmos juntos! – nessa hora eu o olhei com um olhar estranho, afinal, ele estava preparando algum plano para que nós ficássemos juntos? Eu no final não achava justo, eu tinha com minha consciência que se fôssemos ficar juntos seria o destino e não por um mero ‘plano’, mas não hesitei, afinal queria saber o que ele estava planejando e então o olhei de volta com um tom curioso
- Do que você está falando ?
- Olha eu e a já brigamos ontem, não estamos bem e falta pouco para terminamos, e você pelo o que eu sei não ama o como me ama, então porque não terminamos ambos e ficamos juntos? Vai ser melhor, !
- eu não acredito no que você está me falando! – fiz uma cara de indignada, não achava isso justo de maneira nenhuma – olha, por mais que eu te ame se for para ficarmos juntos vai ser o destino, e não um mero plano, eu nunca faria isso com o , ele é bom demais para mim e sabe o que eu acho? Que sim, eu posso chegar a amá-lo porque com alguém como ele ao nosso lado é a coisa mais fácil de acontecer... e você tenha mais consideração com seu amigo, por favor, e quer saber? Tchau , estou perdendo meu tempo de aula aqui ouvindo você dizer coisas que não fazem sentido nenhum para mim... tchau e a próxima vez que for falar comigo ou com o pense melhor no que vai dizer!
- Quer saber então, fique com o ! Eu cansei e eu desisto! – foi a última coisa que eu ouvi dizer antes de entrar na faculdade e fechar a porta central, do lado de dentro eu podia vê-lo ainda pelo vidro. Ele estava com as mãos na cabeça e fazia uma cara de desapontado, abaixei minha cabeça e meus olhos se encheram de lágrimas e quando voltei a olhar já pude vê-lo arrancando com o carro e indo embora. Voltei a andar pelo corredor tentando me concentrar e secando minhas lágrimas, entrei na sala já 15 minutos atrasada e levei um sermão do professor, pedi desculpa e sentei no lugar de sempre perto da janela, eu podia pensar em mil coisas naquele momento, mas essas mil coisas todas davam em um mesmo caminho: ‘ ’ e no que ele tinha dito por ultimo, ‘desistir’. Mais uma lágrima caiu do meu olhar tão distante e a única coisa em que eu pensava era ‘quando eu vou poder ficar com você e ter meu final feliz ? Quando?’

Capítulo 15

Era quase 6 da tarde e eu tinha acabado de chegar em casa, estava exausta. Tive um dia totalmente cansativo e doloroso, a única coisa que eu queria naquele momento era deitar na minha cama já que noite passada eu não tinha dormido muito. (me deixem ter meus momentos ok? rs) Deitei na cama e logo mil pensamentos invadiram minha cabeça, mas eles se resumiam em apenas 2 pessoas: e ; como eu tinha me envolvido com dois homens tão iguais, mas ao mesmo tempo tão diferentes? Pensei sobre tudo o que tinha me dito, mas eu não conseguia nem pensar em fazer o que ele tinha me proposto. Para mim era demais, minha cabeça estava a mil e enquanto eu pensava nesse assunto eu peguei no sono me esquecendo por um minuto de tudo que havia acontecido.
Um mês havia se passado, as coisas com o nas três primeiras semanas estavam sendo tudo as mil maravilhas, mas desde que eu vi na última reunião que os meninos fizeram na casa do parece que tudo o que tinha acontecido tinha voltado, tudo o que eu tinha tentado apagar durante aquelas 3 semanas em apenas um dia me fez reviver tudo aquilo e eu sabia que um sentimento era bem forte dentro de mim o meu amor pelo que nunca passava "mas que droga", eu pensava; depois de tanto tempo estando com , tentando tirar o da minha cabeça, em apenas um dia ele podia me fazer lembrar de tudo, de todo aquele sentimento que me completava e o pior é que uma coisa eu tinha chegado a conclusão: que por mais que tenha sido muito fofo comigo todo esse tempo, eu só praticamente o estava usando para tentar esquecer o , mas eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça e em todas as vezes em que eu e saíamos era sempre a mesma coisa, eu estava sendo fria com ele. Não que eu quisesse, mas eu ficava no meu mundo da lua pensando em certas pessoas que não valem à pena enquanto ele fazia de tudo por mim. Até que um dia isso tudo chegou a um estopim, se é assim que eu posso dizer.
- ?
- Oi – eu falei olhando para o lado de fora pelo vidro da lanchonete onde eu e sempre íamos quando não se tinha nada para fazer, a mesma que ficava perto da minha casa.
- , dá para prestar atenção no que eu estou falando? – falava agora com um tom mais nervoso.
- Oi amor... ah, me desculpa é que eu estava desconcentrada! – disfarcei e voltei a olhar para , que não estava com uma cara muito boa.
- O que está acontecendo? É algum problema com você? Se for pode me falar porque esta última semana você tem sido distante, sempre está distraída... queria saber o que se está se passando! – ele disse agora mudando a expressão para uma um tanto preocupada.
- Não amor, eu estou bem é só que estou muito cansada; a faculdade tem tomado bastante do meu tempo, é isso! –falei tentando disfarçar o real motivo por eu estar assim aquela semana, peguei meu Milk Shake bebendo pelo canudinho e tentando me concentrar nele.
- não pode ser só isso, você está assim e essa e a terceira vez que eu te pergunto e você me diz a mesma coisa, olha nos meus olhos e me diz que me ama! – ele nessa hora me pegou de surpresa, eu desviei meu olhar do Milk Shake e voltei a olhar em seus olhos que estavam aflitos esperando pela minha resposta, segurei em sua mão de leve, respirei fundo e disse:
- , você sabe que eu gosto de você, porque está me fazendo essas perguntas agora? – nessa hora senti ele tirar as mãos da minha e vi seus olhos encherem de lágrimas, ele era muito sensível e por mais que quisesse demonstrar ser forte ele não conseguia, essa foi uma das coisas sobre ele que eu tinha descoberto durante o tempo em que passamos juntos.
- Quem é o outro? – ele disse agora deixando uma lágrima cair de seus olhos me encarando, eu não sabia o que fazer, comecei a ficar nervosa e meus olhos se encheram de lágrimas também, afinal eu não tinha outro, só tinha sentimentos muito fortes por um certo outro.
- , eu não tenho ninguém além de você, como pode estar me perguntando uma coisa dessas? – fiquei indignada com sua pergunta.
- , você está distante, não é a mesma, sempre está distraída pensando em alguma coisa ou alguém... olha, se você não me ama mais eu prefiro que me diga, porque eu não quero sofrer e prefiro que você seja sincera comigo do mesmo jeito que eu sou com você! – disse ele segurando em minhas mãos, eu disfarçava meu olhar, mas não estava mais agüentando toda aquela situação; eu tinha que dizer a verdade antes que ela viesse à tona, eu tinha, tinha que dizer...
- ... – segurei em suas mãos com mais força tentando me convencer de que eu diria aquilo, por mais que doesse eu diria - Eu não quero te enganar, porque se tem alguém que está sendo ótimo aqui comigo desde quando me conheceu é você, e nunca se mostrou diferente, e eu acho que esconder isso de você seria estar mentindo e eu não quero mentir para você... então é melhor eu falar – nessa hora pude ver seus olhos aflitos ouvindo atentamente cada palavra que eu dizia o que me deixava cada vez mais nervosa - Eu gosto muito de você, gosto mesmo. Todo esse tempo que estivemos juntos foi perfeito, mas eu amo outro! – desviei meu olhar do dele e pude sentir sua mão largar a minha.
- , porque você me enganou esse tempo todo? Sou tão bobo assim para brincar comigo de amar? – disse ele com o tom de voz alterado chamando a atenção das pessoas mais próximas a nós, eu estava muito nervosa, tentava disfarçar para não chamar tanta atenção, mas de qualquer forma seria inútil.
- , não é assim, eu não te enganei. Eu achei que com você eu poderia me dar a oportunidade de esquecer ele, que você seria a pessoa certa, afinal você sempre foi tão atencioso comigo... mas a questão é que eu não consigo esquecê-lo, e cada vez que eu o vejo isso piora dentro de mim! – pronto falei, eu falei tudo que estava entalado dentro de mim, joguei tudo mesmo que fosse a atitude mais idiota que eu poderia ter tomado, mas não poderia lidar mais com isso, então falei sem saber qual seria a reação dele.
- Então é assim? Eu sirvo apenas pra ser um passatempo, um 'esquece alguém'? Realmente eu achei que você fosse diferente, mas estou vendo que eu me enganei feio! – se levantou, eu podia ver a raiva em seus gestos e em sua cara que era sempre serena, mas que agora estava como se houvesse uma máscara ali. Ele saiu da lanchonete me deixando sozinha, eu fui atrás dele e segurei em seu braço o fazendo olhar para mim.
- calma, apesar de tudo eu nunca te enganei nem nunca te traí – nessa hora, pensamentos do que eu vivi com me vieram à cabeça, mas eu apenas os ignorei - Eu apenas estou sendo sincera com você e esperava pelo menos um gesto mas compreensível seu e não um de me deixar sozinha lá dentro e ainda chamar a atenção de todos.
- , eu posso ser tudo, mas uma coisa que eu não consigo é partilhar seu amor, seria muito para mim, seria como sorrir e por dentro estar chorando, não dá. Eu continuo te amando, mas acho melhor terminamos por aqui! – foi a última coisa que ele me disse antes de sair e me dar um beijo no rosto; eu não conseguia me mexer dali, não conseguia tirar todas as palavras que ele falou de minha cabeça, fiquei parada no mesmo lugar onde eu estava até ver desaparecer da minha visão. Só aí então que eu pude me ligar e acordar para ver que eu tinha perdido uma das pessoas mais importantes para mim. No fundo eu me sentia aliviada e triste ao mesmo tempo, os dois sentimentos tomavam conta de mim. Fui caminhando até minha casa e ainda sem ação com tudo que tinha acontecido eu fui para meu quarto e me deitei sem ao menos tirar a roupa do corpo a única coisa que eu pensava era 'Perdi o por alguém que eu nunca vou ficar, que idiota eu sou'. Eu tinha um sentimento de culpa, naquela hora com minha cabeça atordoada, mil sentimentos me invadiam e eu passei a noite em claro pensando em cada momento que eu tinha tido com ele, em tudo que passamos, ainda era muito difícil para mim digerir tudo o que havia acontecido... eu apenas não conseguia... não conseguia.

Capítulo 16
's P.O.V

Cheguei em casa e eu ainda não conseguia raciocinar direito, tudo o que havia acontecido era demais para mim, eu não conseguia aceitar o fato de ter me usado esse tempo todo, talvez ela até gostasse realmente de mim, mas não me amava, e cada vez que eu tentava aceitar isso me doía mais, afinal eu a amava e muito, mas não poderia estar com alguém que pensa em outro. Não, isso era demais. Eu não conseguiria lidar com isso. Fui para minha casa, me joguei em qualquer sofá e a única coisa que eu queria era dormir para poder não pensar no que havia acontecido. Talvez eu quisesse tanto dormir que eu não consegui, demorei horas para pegar no sono, mas também quando peguei no sono dormi tanto que só fui acordar a 1 da tarde do outro dia com alguém batendo em minha porta que nem um condenado. Acordei escutando aqueles socos na porta e com gritos e logo de imediato reconheci aquela voz. Eu me levantei, me olhei no espelho, parecia que estava com uma ressaca horrível, ele gritava cada vez mais do lado de fora até que eu dei um sinal de vida.
- para com isso, eu já estou indo! – eu disse pegando as chaves olhando para elas tentando pensar rápido qual era a que abriria a porta, ainda meio sonolento.
- Cara eu estou aqui há 20 minutos, o que houve? Abre logo essa porta vai! – disse ele meio impaciente.
- Eu estava dormindo, acho que dormi de mais essa noite! – disse agora abrindo a porta, recebendo um abraço de .
- Benza Deus, você está vivo, eu te liguei mil vezes, mas todas às vezes caíram na caixa, vim aqui e você demora 20 minutos pra me ouvir... o que está acontecendo ? – disse agora me observando melhor, vendo que eu não estava com uma cara muito agradável.
- Ah não liga, eu estou assim porque ontem eu terminei com a - quando disse ainda sentia pontadas em meu coração.
- Você o quê? – fez uma cara de espanto.
- É cara, sabe, desde uma semana pra cá eu venho sentindo que ela estava meio distante comigo e ontem decidi conversar com ela e ela me confessou que ama outro, acredita que ela estava comigo para tentar esquecê-lo? E o pior é saber que nem para isso eu servi! – eu mexi em meus cabelos e abaixei a cabeça de acordo com que falava, não conseguia encarar ninguém ainda mais falando desse assunto.
- Ela estava com você amando outro? Mas ela disse quem era? – perguntou com um tom tão quanto curioso.
- Não cara, e você acha que eu gostaria de saber também? Quem quer que seja esse outro eu só sei que ele é um homem de sorte por ter o amor de , porque de todas as pessoas que eu conheci, apesar de tudo, ela é a mais sincera e especial de todas cara... e o que me da mais raiva é de ter terminado com ela... eu fui um idiota! – eu disse já chorando, quando recebi um abraço de
- não fica assim, daqui a pouco você se apaixona por outra e você fez certo, se ela não te amava não tinha porque estar com ela mais, e você, poxa você vai conseguir superar isso, assim como fez das outras vezes – disse .
- Não sei, nunca tinha me entregado tanto a uma mulher assim, mas vou tentar melhorar, afinal daqui a pouco temos alguns shows para fazer e não posso entrar no palco com essa cara de defunto. – falei tentando abrir um leve sorriso e tentar deixar tudo para trás, afinal de contas a vida continuava e eu tinha que seguir a minha seja ela do lado de ou não, eu ia seguir em frente e ninguém mais iria me impedir.
- É isso aí cara, gostei de ver! – disse dando uma batidinha de leve nas minhas costas - Agora levanta daí e vamos lá, temos um ensaio para o pocket show que vamos fazer esse final de semana no baile da Faculdade Fockrs, esqueceu?
- Ah cara eu tinha me esquecido totalmente desse ensaio, vou tomar um banho porque não posso aparecer com essa cara de morte lá, né? – eu ri, mas um pensamento nessa hora me pegou em cheio 'Faculdade Fockrs' esse nome martelava dentro de mim e eu pude sentir pontadas de novo em meu coração - Ah não!
- O que houve? – disse sem entender e me olhando aflito.
- Essa faculdade é a mesma em que a estuda, e se eu encontrar ela lá? E pior, com o outro? Ah não me desculpa, mas eu não vou! – cruzei os braços como uma criança contrariada, e me joguei de novo no sofá decidido a não sair dali nem tão cedo.
- E daí? Você não tem mais nada com ela e agora vai ser à hora em que você vai mostrar para ela que está bem, aliás, melhor do que nunca e talvez ela nem vá !
- Hum, e então porque essa cara aí de viajante? – eu sorri, me levantando novamente – Olha, eu vou, mas estou dizendo, eu não falo pelos meus atos.
- Vai cara, vai se arrumar que eu vou te esperar aqui para irmos para o ensaio, e essa é agora a parte que eu ataco sua casa! – sorriu e foi para a cozinha pegar algo para comer, eu subi as escadas e fui me arrumar, mesmo meu corpo não querendo obedecer eu fui, me arrumei e logo depois saí com o para mais um ensaio matinal.

's P.O.V off

Quem visse a cena frustrante em que me encontrava, sentada no sofá com minha calcinha short, minha blusinha de dormir e com um pote de sorvete na mão, iria logo decifrar: 'terminou o namoro'. Passei a noite toda quase em claro, acordada, os fatos ainda passavam pela minha cabeça como fotos, eu sei que eu queria terminar com o , mas talvez essa ação repentina dele tenha me abalado, e outra, eu sempre achei que fosse eu quem iria terminar, não ele, mas arrependimentos à parte, minha cena era decadência total, eu estava na sala me entupindo de sorvete e assistindo alguma coisa que passava na TV, tinha dormido menos de 3 horas, porque a única hora em que eu conseguira pegar no sono eu tive um pequeno sonho, mas que nesse me pegava com o e ali havia uma enorme discussão. Eu acordei apavorada e sem entender nada. As horas iam se passando e eu totalmente sem ânimo, já tinha perdido mesmo a sexta feira de aula e parecia que isso não me preocupava nem um pouco, quando estava em meus pensamentos levei um susto e logo ouvi o som telefone tocando insistentemente ao meu lado numa altura absurda, fiz uma careta e atendi com um pouco de raiva.
- Alôôô! – dei ênfase na palavra mostrando que meu humor não era dos melhores, e a única coisa que eu ouvira fora um silêncio.
- Quem está falando? Será que vai falar ou vou ter que desligar? –cada vez eu falava com um tom mais de raiva, aquilo já estava me deixando nervosa, e eu estava disposta a desligar o telefone.
- Olha, se você é mudo me desculpe, mas telefone são para pessoas que falam – falei com uma voz um tanto irônica e nessa hora se eu não me engano ouvi uma risada do outro lado -, e olha não me perturba de novo não ok? Digamos que hoje não é um de meus melhores dias então tchau! – desliguei o telefone e vi que quando eu estava quase colocando o telefone no gancho eu ouvira alguma voz novamente, mas já era tarde demais e eu já havia desligado. Levantei-me, tomando um pouco de ânimo depois desse fora ridículo que eu tinha dado nem sei para quem, me levantei guardando o resto do sorvete no congelador, e fui me dirigindo ao banheiro disposta a tomar um banho, um bom banho bem demorado para tirar toda a ressaca quando ouvi o telefone insistentemente tocar novamente, “ahhhh!” eu bufei e agora estava disposta a soltar poucas e boas, atendi ao telefone e fui logo soltando:
- Você não tem mais nada para fazer do que ficar me perturbando não? – nessa hora senti minhas bochechas corarem de vergonha e graça a Deus não tinha ninguém ali para ver essa cena, quando eu escutei a voz de minha mãe.
- Filha sou eu, sua mãe, o que está acontecendo aí? – disse ela com um tom de voz meio desconfiado.
- Ah mãe! – mudei meu tom de voz tentando disfarçar ao máximo - Tudo bem mãe, como você está?
- Eu estou bem, mas vai me dizer por que atendeu ao telefone desse jeito?
- Ah, não liga mãe é que eu recebi um trote e pensei que fosse a mesma pessoa de novo... é por isso! – disfarcei e ela logo aceitara.
- Hum, pois bem, estou ligando para saber como estão as coisas, nunca mais você me ligou, o que está havendo?
- Ah mãe é que a faculdade... – fiquei cerca de meia hora no telefone com a minha mãe e tive que inventar que o estado de eu estar assim tão sumida e tão ausente era a faculdade que estava tomando muito do meu tempo. Eu podia inventar tudo, mas ela era minha mãe e sabia só de ouvir minha voz que eu não estava muito bem.
- Filha tem certeza que está bem? Porque essa voz tão triste?
- Nada não mãe, é que eu acabei de acordar, esqueceu que aqui são menos 3 horas daí?
- Ah sim, mas enfim, eu vou desligar porque tenho que sair, mas olha me ligue mais vezes e NÃO ESQUEÇA! –ela deu tanta ênfase nessa parte que até distanciei o telefone do meu ouvido nessa hora que latejava com a altura.
- Ok mãe, vai lá, manda beijos para todos e diz que estou com muitas saudades, tchau amo você, beijo!
- Tchau filha, te amo! - foi a última coisa que eu ouvi antes de desligar o telefone, acho que falar com minha mãe me deu um ânimo para seguir a vida porque uma coisa em que ela sempre me ensinara foi 'ser forte e não desistir diante de um obstáculo!' Essa frase ecoava na minha cabeça, e foi o que me ajudou a ganhar mais um pouco de ânimo para me levantar, tomar um banho e sentar para estudar já que eu faltei à faculdade. Sentei na cadeira da escrivaninha com muitas folhas em mãos e depois de um tempo lendo sem parar eu pude me pegar olhando para um pedaço da folha desenhando alguma coisa e quando eu vi, na verdade não era um desenho e sim um nome ''. Suspirei lendo esse nome várias e várias vezes, e logo conclui que não valeria ficar mais tempo ali tentando supostamente “estudar” então me larguei na cama e um pouco mais calma eu consegui dormir um pouco.

Capítulo 17

- 1, 2, 3 - Disse batendo as baquetas antes da música começar a ser tocada no ensaio em que os meninos estavam fazendo para o tão esperado pocket show, e então entraram as cordas e logo em seguida . Eles ensaiaram várias músicas para o show, tanto do novo cd, mas também alguns grandes sucessos dos CDs antigos. Passaram algumas horas ensaiando, conversando e zoando - era sempre um dos que soltava as piadinhas mais sem noção possível que fazia todos rirem. O ensaio fora chegando ao final e os meninos pararam para ir comer alguma coisa. A sexta feira à noite que com certeza não poderia passar em branco, então decidiram ir a um bar que tinha no centro de Montreal que eles tanto gostavam.
- Hey, quantos carros vão? Hoje eu estou de carona esqueceram? – disse rindo, olhando para os rapazes até ver qual o salvador da pátria o deixaria entrar em seu carro, se seria ou .
- Pode vir no meu carro , mas se tentar acertar as pessoas na rua com alguma coisa de novo e eu for parado pelo policial por sua causa você nunca mais anda no meu carro! – Disse rindo, mas olhando para o amigo sério, já indo para o carro.
- Então, quem vem comigo? – continuou já pegando a chave do carro e abrindo a porta.
- Eu vou com você também, assim chegamos antes e bebemos antes que o exterminador de cerveja chegue. – disse se referindo a que logo soltou um sorriso torto.
- Hey, eu não sou o único também não ok? Olha o aqui do meu lado também. – disse rindo recebendo um olhar de e logo eles viram que e foram com , deixando os exterminadores de cerveja para trás.
- Vejo vocês lá! – disse , quando o carro já saía com uma certa velocidade, deixando e para trás.
- É, então como sempre somos nós dois mesmo, então vamos lá! – disse entrando no carro, esperando dar a partida no carro, enquanto colocava o cinto.
- O ensaio estava bom hoje heim, amanhã será a primeira vez que vamos tocar nesse pocket show, quero que tudo saia bem! – disse que já arrancara com o carro a caminho do bar.
- Pois é, mas espero que todos estejam na mesma sintonia.
- Como assim? Sempre estamos na mesma sintonia... ou aconteceu alguma coisa que não sabemos? – fitou o amigo o encarando com uma cara sem entender muita coisa.
- É sabe... o não anda muito bem não. – disse ele encarando algo na rua em que não descobrira.
- Mas, porque ele não falou nada com a gente? Sempre que estamos mal nós comentamos... cara, agora você me deixou intrigado. , o que está havendo que eu não sei? – dirigia mais rápido a cada momento que ficava mais nervoso, olhando para o amigo e para a rua ao mesmo tempo, esperando pela resposta.
- Olha cara, o não me pediu pra contar nada, mas... já estou vendo que não vai dar mesmo né. – Por uns segundos olhou para um ponto fixo tentando se convencer em dizer o que dissera para que não contaria a ninguém até que ele se sentisse bem para expor isso a todos.
- Pelo amor de Deus, dá pra falar? – disse ele já irritado.
- Bem. Ele está mal porque terminou com a e está sofrendo. – quando disse, teve que alertar que parecia estar no mundo da lua quando ouvira isso, fazendo com que o amigo voltasse a prestar atenção no trânsito. Por pouco eles não bateram em um carro que estava à frente e ele freou bruscamente.
- ELES O QUÊ? – o rosto de ainda não era convincente, dava para ver que essa notícia de certa forma tinha lhe afetado e ele agora parecia uma estátua, mas com seus pensamentos a mil.
- Eles se separaram . Está vendo? Por isso que eu não queria te contar agora, você quase nos matou! – disse com um tom alterado na voz alertando o amigo que parecia em estado de choque.
- A está sozinha de novo? Sozinha?
- Sim ! – disse com uma voz arrastada – olha, eu não deveria ficar feliz, mas por um segundo fiquei porque sei que vocês realmente se amam, eu acho né, mas se ela voltar a causar nossa morte eu vou parar de pensar assim. – disse ele voltando a olhar para e soltou um sorriso torto - e vamos logo que eu quero beber! – deu uma chacoalhada no amigo fazendo-o acordar de seu transe momentâneo. Seguiram em frente ainda conversando sobre o assunto, falou de como estava e pediu para que não tocasse no assunto, não por enquanto. O assunto foi rendendo até que eles pararam no estacionamento.
- , posso te confessar uma coisa?
- Sim cara, conta aí! – disse ele já saindo do carro pegando a carteira e colocando no bolso.
- Eu liguei para ela hoje, olha eu não sabia o que estava acontecendo, mas eu queria ouvir a voz dela, desde a última vez que falei com ela não foi tão bem assim, tivemos uma briga e... sentia falta dela, da voz dela... – disse ele fitando o vazio.
- Eu não acredito! E o que vocês falaram?
- Bem... na verdade não falamos nada, eu não consegui mencionar uma palavra, porque eu sabia que se falasse que era eu ela iria desligar na minha cara, mas sabe, eu senti na voz dela que ela não estava bem, ela até me deu uns foras sem mesmo saber quem era, pensou que fosse um trote! – riu ainda pensando no acontecimento, agora ele e seguiam vagamente para o bar, ainda conversando.
- me diz a verdade, o que você pretende fazer agora? – observou a expressão do amigo.
- Na verdade eu ainda não sei, minha vontade era correr até lá para vê-la, mas levando em consideração que o ex dela é um de meus melhores amigos fica difícil! – olhou para baixo.
- Sabe o que eu acho? – parou em frente ao amigo apoiando as mãos em seus ombros - Eu acho que você deve seguir seu coração, e se acontecer de vocês ficarem juntos algum dia, diga a verdade para , se não, esqueça isso e poupe-nos mais problemas! – acentou para o amigo que lhe olhava com a cabeça baixa quando viu os outros já com suas bebidas nas mãos os chamando. Entraram e se sentaram com os amigos pedindo uma bebida assim começando a sessão ‘joga fora’ de mais uma sexta-feira.

Bem, vamos nos convencer, eu estava péssima. Tudo bem que a ligação de minha mãe me colocou bem para frente, mas mesmo assim ainda sentia um vazio dentro de mim, e o vazio que somente uma pessoa, apenas uma poderia completar. Sim, e o nome desse espaço se chamava ‘ ’. Olhei-me várias vezes no espelho até tomar coragem de respirar um ar puro e aproveitar os últimos dias de nevada que estava acontecendo já que o inverno estava passando, coloquei uma calça jeans, uma blusa com uma gola alta, meu sobretudo com pelinhos nas pontas do capuz e minha bota plataforma (claro, pra não afundar com ela na neve), me olhei em frente ao espelho e me senti saível, mesmo com uma cara que não negava o dia que eu tinha tido. Saí fechando a porta de casa e comecei a vagar nas ruas de Montreal – gélidas, mas lindas, todas branquinhas -, onde algumas pessoas brincavam de guerrinha de bola de neve, outras passeavam com suas famílias, até que vi um casal se abraçando forte. Nessa hora eu senti que poderia ser eu ali naquele lugar e quem estaria comigo? Sim, ele mesmo, ele que me deixara desnorteada em todos os momentos da minha vida. Fui vagando pelas ruas até que cheguei exatamente no centro de Montreal que não ficava muito longe da minha casa. Subi a ponte de um rio que havia ali, onde passavam carros, mas nessa época fria passavam-se poucos, e olhei aqueles flocos de neve caírem sobre o rio. Ver que ele se congelava de pouco em pouco me fazia viajar, era uma cena tão linda, pelo menos para mim. Eu amo neve, então se tem a explicação, não? Parei ali mesmo sobre a ponte apoiando meus cotovelos na mesma e olhando a cena que a cada minuto ficava mais linda, por um segundo eu podia parar de pensar em tudo que havia acontecido e me sentir um pouco mais leve.

- Aê e vamos fazer mais um brinde! – todos brindaram mais uma vez, eram só fofocas entre os homens que iam e viam e nunca se acabavam, vocês acham que só mulheres fofocam? Então se enganaram.
- Hey, estamos brindando o que mesmo hein? – riu meio lento e sem entender.
- Ao mais novo solteiro da parada aqui, aliás, os mais novos solteiros! – disse rindo olhando para a cara de que tinha uma interrogação, ele sabia que todos já sabiam que ele tinha terminado com , mas ? Ele estava tão desnorteado que nem reparou que o amigo tinha bebido tudo e que estava contanto o livro de sua vida - sempre que ele bebia era assim, aliás, ele somente bebia assim quando estava mal. Assim contava para os amigos como foi o término do namoro, rindo, quem via ele de longe podia jurar que era uma piada, agora se ligava no que o amigo estava contando e ele simplesmente parou para ouvir justo na parte que ele se sentisse o ‘culpado’.
- E o pior vocês ainda não sabem – disse meio bêbado, dando mais um gole na vodka dele olhando para os caras - eu só servi para uma chance dela esquecer um ‘outro’ mas acho que nem para isso servi. – nessa hora se afogava mais em sua cadeira, o que ele mais queria era sair dali, nessa hora os amigos começaram a ficar sérios, vendo que extrapolara e tiraram o copo de sua mão.
- Acho que já deu por hoje. – disse tirando o copo de sua mão.
- Hey, volta aqui com meu copo seu ladrão de chopp! – ele mesmo confundira o que estava bebendo, os amigos viram que ele não estava bem e decidiram o levar para casa antes que fosse tarde demais e acontecessem besteiras. apoiou o amigo que agora cambaleava para o carro e ia junto assegurando de dirigir.
- Olha, nós estamos indo porque vocês estão vendo a situação, amanhã vejo vocês no show, tchau gente! – disse saindo do bar com carregando o amigo para dentro do carro, deixando e observando eles partirem na porta do bar.
- Nossa que cena, hein?
- Dessa parte eu não sabia.
- Que parte?
- Da parte que ela estava com ele para tentar me esquecer! – disse coçando a cabeça, tentando ligar os fatos. Se encostou na pilastra que havia ali perto da porta e sentou no banco em frente a ele.
- Então acabou essa noite, vamos embora? – disse ele se levantando quando via o amigo esfregando os olhos observando um ponto sem piscar.
- é visão ou aquela ali é a ? – agora virava até aonde estava olhando e ficou pasmo ao ver que ali realmente era ela.
- Nossa cara, ou vocês tem algum magnetismo ou o que então hein? – quando disse pôde ver o amigo já longe andando na direção dela. - Cara onde você está indo? – aumentava o tom de voz até que viu acenar mandando ele esperar.
- Eu já volto!

A noite estava linda e eu fiquei tanto tempo ali observando a neve cair que nem me liguei que a hora já estava se passando e as ruas começavam a ficar desertas. Depois de um bom tempo na mesma posição eu me movi me espreguiçando para voltar o caminho até a minha casa até quando senti alguém se aproximando de mim, pensei em logo dar um soco ou gritar, mas por um minuto eu reconheci aquele perfume.
- Linda noite, não? – disse ele se aproximando cada vez mais de mim e agora se apoiava na ponte olhando a nevada.
Eu conhecia aquela voz e aquele perfume: só não acreditava ainda. Como poderia ter encontrado ele, com mil pessoas que eu poderia encontrar ali, porque justamente ele?

Capítulo 18

Desde que eu ouvira essa voz, não tinha conseguido sequer me mexer, nem meus olhos se moviam, parecia que eu era uma perfeita estátua ali no meio de uma nevada, meus pensamentos só começaram a andar quando eu senti seu toque em meu corpo.
- , você está bem? – disse ele colocando uma de suas mãos sobre meu rosto, eu estremeci e por mais que eu não quisesse, sabia que ele tinha sentido meu tremor, qualquer um só de olhar perceberia, era bastante visível meu nervosismo ao estar perto dele de novo.
- Si-Sim! – respirei fundo, soltando meu corpo que estava igual a uma estátua e me afastei dele mantendo uma distância que não provocaria toques alheios. – Estou ótima , e você o que faz aqui a essa hora? Me seguindo mais uma vez? – eu disse querendo provocá-lo, já sabendo que ele havia feito isso uma vez.
- Eu vou indo. – ele sorriu fraco e seus olhos se encontraram com os meus. - Bem, na verdade eu estava ali no bar e coincidentemente eu vi você! – ele não deixara nenhum minuto de me encarar, eu disfarçava o olhar mas era inevitável ficar por muito tempo sem encarar aquele olhar profundo que me deixava toda mole.
- Hum, interessante. – eu disse voltando a olhar a nevada apoiando agora meus braços na ponte, sem sequer mostrar que o que eu mais queria era agarrar ele ali mesmo e dizer o quanto eu o amava.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu. – disse ele agora ficando ao meu lado apoiando seus braços também na ponte e me olhando de lado.
- É, parece que fofocas correm rápido, não? – eu disse ainda encarando o vazio.
- Não foi bem uma fofoca, eu que me surpreendi de o ter falado disso tão rápido já que ele é tão conservador. – ele dizia e eu sentia a dificuldade com que ele falava cada palavra - Ele não está bem...
- E você acha que eu estou? - nessa hora eu me virei para ele segurando algumas lágrimas que continha em meus olhos o encarando. - Acho que quem saiu pior dessa história fui eu! – eu olhei para algum canto evitando ao máximo que minhas lágrimas caíssem, mas meus olhos não negavam, sempre ficavam muitos vermelhos, logo demonstrando.
- , eu sei que não está sendo fácil para nenhum dos dois, eu sei muito bem como é lidar com a separação, mas você tem que ser forte! – senti o toque de sua mão no meu rosto virando mesmo contra meu querer me fazendo olhar de novo em seus olhos.
- Não , você não sabe como é isso, você está muito bem com sua namorada, como saberia? Só quem sabe é quem passa por isso, sabe como dói perder alguém que você gosta e saber que nunca poderá ficar com quem você ama. – mesmo sem perceber eu disse a última palavra um pouco forte e convincente demais, até essa hora ele saberia que eu estava me referindo a ele quando disse a última frase, e senti seus olhos arderem em mim.
- Eu sei como é perder alguém, eu não estou mais namorando. – nessa hora eu abri meus olhos mais do que o limite, sem acreditar ainda no que havia escutado - Mas dói muito mais uma separação quando amamos a pessoa. – senti sua mão deslizar sobre meu rosto até ele tirá-las e colocá-las no bolso de seu casaco.
- Você terminou com a ? – minha cara devia ser de no mínimo alegria, mas na hora eu me controlei e fiz de conta que estava mal por isso.
- Sim... – ele falou baixo - para que ficar com alguém que você não ama? – ele voltou seu olhar para mim.
- É... para quer ficar com alguém que você não ama? – bufei deixando meus ombros caídos me encostando de costas na ponte.
- Eu sei que você terminou com o porque não conseguia esquecer um ‘outro’. – ele parou na minha frente me fazendo não escapar de seus olhos curiosos agora sobre mim.
- Sim... eu não acho justo sabe, ficar com ele apenas para tentar esquecer outro e mesmo assim não conseguindo. –meus olhos ainda fitavam o chão.
- Esse outro seria eu? – senti seu corpo se aproximando mais do meu, mas ainda assim eu me negava a me jogar nessa paixão.
- Porque você acha isso? – quando voltei a olhar para cima tive por uns segundos vertigem de ver seu rosto tão próximo do meu.
- Porque eu sei que você me ama, e se eu não me engano ainda sinto isso. – ele deu um leve sorriso me encarando.
- Está enganado. – virei meu rosto olhando pro lado.
- Eu não acho. – o sorriso de vitorioso na sua cara era o que me dava mais raiva, e me deixava irritada.
- Sabe o que me da raiva? É você achar que é o centro de tudo, mas você não é , não é! – dei um empurrão nele, saindo de uma cúpula sobre mim que ele tentava fazer, até que o senti me segurando forte no braço não me deixando escapar. - Me solta! – eu gritei.
- Não até você olhar em meus olhos e dizer que não me ama! – ele se aproximava de novo de mim não me deixando escolha, eu bufei virando meu rosto para o lado sem olhar em seus olhos.
- Eu te odeio!
- Tem certeza?
- Sim!
- Então me prova. – ele agarrou minha cintura deixando o mínimo de distância que havia entre nós para trás, segurando em meu rosto fortemente. Eu fazia movimentos contrários, mas seriam inúteis contra sua força.
Senti sua respiração ofegante em meu rosto e nossos lábios se encontraram, o começo do beijo foi feroz, ele me agarrava contra minha vontade me beijando e o pior, explorando cada parte da minha boca. Eu me debatia contra ele, mas sua força me controlava, ou era algo dentro de mim que estava deixando? Depois de uns segundos parei de me debater, e mal senti que minhas mãos agora estavam em seu peitoral meio que me apoiando e eu agora estava explorando cada parte de sua boca, aquela boca que me deixava louca, que com um beijo me fazia ir às nuvens. Seu beijo era tão quente, tão apaixonado, tão provocante, tão tudo que eu não me controlava. Minhas mãos subiram sobre seu pescoço agora puxando seus cabelos de leve, enquanto sentia ele me agarrar forte e deslizar suas mãos sobre meu corpo. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas sei que depois de um tempo o beijo foi se acalmando e no final demos leves selinhos um no outro ainda com nossos rostos próximos, nos apoiando pelas nossas testas. Eu podia sentir sua respiração em meu rosto, com a proximidade de nossos corpos sentia seu coração acelerado e por um instante eu queria que o tempo parasse ali.
- Eu te amo, . - disse ele alisando meus cabelos, me abraçando cada vez mais forte.
- E eu odeio te amar tanto assim, . – soltei um leve sorriso e vi que nessa hora ele estava sorrindo também, e agora ele segurava minhas mãos como namorados, e voltou a me olhar nos olhos.
- O que você acha de nosso primeiro encontro a dois? – ele sorriu e eu não pude deixar de notar que suas bochechas estavam mais avermelhadas pelo frio e que seu olhar era encantador.
- Eu adoraria, mas a essa hora... – eu olhei no relógio e eram quase 2 da manhã - você não acha que é tarde demais?
- Claro que não, o bar onde eu estava fica aberto à noite toda, quer ir lá?
- Hum, tá bom! – assenti e senti seu braço envolver minha cintura e agora já estávamos a caminho do bar, eu lhe dava vários selinhos no rosto, nossa, sentir isso era tão bom, por mais que eu não quisesse admitir, eu estava totalmente apaixonada pelo e esse amor só fazia crescer cada dia mais. Estávamos entrando no bar e pegamos uma mesa no canto para não chamar muita atenção, ele deu espaço para eu passar e logo depois se sentou ao meu lado, me abraçando forte.
- Eu ainda não acredito que estou com você, a sós, e em um encontro, pensei que isso jamais fosse acontecer! – disse ele pedindo ao garçom duas ices e algo para comermos.
- Nunca diga jamais, você não sabe o que pode estar reservado para você amanhã! – eu disse sorrindo que nem uma intelectual.
- Nossa, falou bonito agora. - ele riu me olhando me dando um beijo. - Eu te amo minha maluquinha!
- Hey, eu não sou maluca, eu sou eu mesma! - disse rindo, pegando a ice que o garçom havia trazido, e dei um gole grande. - Eu não sou de beber muito, mas confesso que de ice eu exagero - eu ri olhando para a cara de , que estava rindo no mínimo de minha situação de atacar a ice.
- Eu nem falo nada, sou até considerado o ‘exterminador de bebidas’ entre os meninos. - ele riu, enquanto o garçom colocava em nossa mesa uma pizza enorme.
- Nossa, eu não sabia que nos bares canadenses serviam até pizza, é 10 em 1 gente! – eu sorri fazendo gargalhar alto chamando até a atenção das pessoas mais próximas.
- Eu não sabia desse seu lado comediante. - disse rindo.
- Ah, não sou comediante, sou alegre com a vida, mas estou falando a verdade. Pelo menos nos bares brasileiros não servem nada que vá além de cachaça e cerveja.
- Então você ainda tem que aprender muito sobre o Canadá e os canadenses. - quando ele disse a última palavra eu senti uma leve insinuação de sua parte e quando eu olhei para seu rosto lá estava ele com sua cara que mais safada eu poderia jurar que não existiria.
- Acho que sobre os canadenses eu estou começando a entender melhor. – eu dei um sorriso malicioso para ele, voltando a olhar para frente comendo a pizza e ele me acompanhara. Ficamos ali por um bom tempo, conseguimos comer uma pizza que achei que não fôssemos capaz, apesar de ele ter comido a maior parte. Bebemos e da minha parte foi quase umas 8 ices, fora algumas batidas que eu experimentei, e da parte dele se não foi igual, poderia jurar que foi só um pouco a mais. No final eu e ele já estávamos bem animados, não exatamente bêbados, porque também para ficar de porre de ice teria que ser um tanto que bem mais, mas estávamos num ponto em que não ligávamos para o que as pessoas iriam achar, e dizíamos várias besteiras um no ouvido do outro, até que o garçom foi ao centro do bar e disse.
- Estamos com uma promoção agora, quem cantar no karaokê pagará somente metade da conta.
Quando ele terminou de dizer meus olhos brilharam, eu adorava cantar nos karaokês em festa, em casa, seja lá onde fosse. Eu só estranhei porque isso para mim arrecadaria uma fila para cantar para pagar apenas a metade da conta, mas aí eu logo percebi que a primeira pessoa demorou a ir cantar e que os canadenses eram bem tímidos nessa parte.Então logo me virei para Pierre que estava observando o garoto que tinha ido cantar lá na frente e soltei:
- Vamos cantar!

Capítulo 19

- Não , eu nem estou bem para cantar, estou meio bêbado e você querendo cantar, pensei que tivesse vergonha dessas coisas. – ele olhou para mim com uma cara de incógnita.
- Vergonha? Ah , você ainda tem que aprender muita coisa sobre mim. –eu disse rindo tentando puxá-lo antes que outra pessoa fosse na nossa frente.
- , nós não precisamos cantar para pagar só metade, eu sou rico esqueceu? – ele sorriu.
- Você é rico, mas eu sou pobre, e eu quero cantar então vamos! – nessa hora antes que ele falasse alguma coisa eu o puxei pelo braço fazendo com que ele se levantasse e o arrastei até a frente de todos, rindo.
- Você me paga, mocinha!
- To morrendo de medo! – sorri e logo o garçom nos mandou que escolhêssemos a música que queríamos cantar, eu sorri e escolhi a música que mais combinava com nossa história. - Essa é para nos dois . - ele me olhou e sorriu.
- A Thousand Miles da Vanessa Carlton? – ele fez uma carinha engraçada, mas logo depois abriu aquele sorriso lindo que me deixava cada vez mais encantada.br> - Sim, você não acha que a letra combina? – o encarei com os olhos brilhando.
- Só faltava ter sido feita por mim. – ele sorriu com aquele sorriso superior.
- Hum, mas não é então vai; eu vou começar e depois você entra! – eu ri vendo que o deixei com uma cara de meio que expectador no meio da música, mas ele balançou a cabeça concordando, ele já sabia como eu era, então apenas consentiu, até que quando a música começou a soar eu me virei de frente para ele sorrindo e comecei a cantar...

Making my way downtown
Walking fast
Faces passed
And I’m home bound
Staring blankly ahead
Just making my way
Making my way
Through the crowd
- eu cantava encenando os fatos que a música retratava e ele só olhava para mim rindo e balando a cabeça.
And I need you
And I miss you
And now I wonder....
- nessa parte cantamos juntos, ele me olhava nos olhos, e nesse momento ele alisou meu rosto, parecia que naquele momento só existia nos dois ali e mais ninguém.
If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass me by
´Cause you know I’d walk
A thousand miles
If I could
Just see you...

Tonight - nós estávamos cantando juntos até que eu coloquei meus dedos delicadamente sobre sua boca e disse sozinha e com ênfase a última palavra. Ele sorriu com aquele sorriso mais perfeito do mundo, e a parte instrumental da música ia passando até que voltamos a cantar.
It’s always times like these
When I think of you
And I wonder
If you ever
Think of me
Cause everything’s so wrong
And I don’t belong
Living in your
Precious memories
And I, I
Don’t want to let you know
I, I
Drown in your memory
I, I
Don’t want to let this go
I, I
Don’t....
Making my way downtown
Walking fast
Faces passed
And I’m home bound
Staring blankly ahead
Just making my way
Making my way
Through the crowd
And I still need you
And I still miss you
And now I wonder....
If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass us by
´Cause you know I’d walk
A thousand miles
If I could
Just see you...
If I could

Just hold you
Tonight


Eu já havia cantado em karaokês muitas vezes, mas confesso que cantar com ao meu lado foi um tanto perfeito, e ainda mas que estávamos cantando uma música de amor. Quer um sonho melhor que esse? No final da música essa foi a hora dele pôr seus dedos delicadamente sobre meus lábios e cantar a última parte com bastante ênfase, e no final senti os seus lábios que acabaram de cantar para mim tocando meus lábios me dando em selinho demorado, deslizando suavemente até minha orelha e sussurrar: “Eu amo você e nunca vou me cansar de dizer isso”. Era simplesmente perfeito estar com ele, eu não sentia o tempo passar, para mim não havia mais ninguém além de nós dois, só existia eu e ele ali em uma só sintonia, mas a mesma foi quebrada quando ouvimos muitas palmas, eu e nos entreolhamos voltando um pouco para a terra e quando nos viramos para o pessoal que estava no bar todos estavam de pé nos aplaudindo, nós ficamos um tanto surpresos, mas correspondemos a atenção de todos dando um belo sorriso.
- Eu estou com vergonha. – soltei baixinho do ouvido dele.
- Ué, você que quis isso, agora agüenta a pressão. – ele falou rindo de minha cara que no mínimo devia estar vermelha.
- Ah você já está acostumado com isso, mas eu? Ainda acho que isso tudo é para você, mas enfim, vamos descer logo daqui antes que minhas pernas fiquem bambas. – eu disse rindo num tanto de deboche descendo do mini palco improvisado, indo até o balcão do bar.
- Eu ainda acho que se não fosse você ali não seria tão perfeito assim. – ele disse abafado em meu ouvido segurando em minha cintura, e colocando meu cabelo para o lado agora beijando meu pescoço. Dude, porque ele fazia isso comigo?
- É... hum... – o garçom grunhiu tentando chamar nossa atenção para ele.
- Oi! – eu disse tentando disfarçar a situação que aquilo ali estava tomando, enquanto disfarçadamente segurei a mão de , que estava em minha cintura e apertei, fazendo ele despertar e se ligar no que estava acontecendo. - Queremos a conta - eu disse por fim.
- Ah tudo bem, só um minutinho que eu vou pegar. - ele se foi e eu aproveitei esse momento e virei para , fazendo uma cara um tanto que de negação.
- , disfarça... o garçom estava nos olhando com uma cara que não precisaria de explicar o que ele estava pensando.
- Chega de esconder , já escondi por muito tempo que eu amo você e que com quem eu quero estar é você. – ele falava agora me abraçando forte em seus braços olhando em meus olhos, passando delicadamente a ponta de seu nariz pelo meu.
- Chega de esconder! – eu disse sorrindo abertamente, o envolvendo para um beijo agora um tanto apaixonado, meu coração disparava involuntariamente, parecia que iria se soltar de meu peito, o beijo dele me fazia sentir coisas as quais eu nunca imaginaria sentir... eu poderia dizer que estava sentindo borboletas no estômago? A sintonia era perfeita entre nosso beijo, nossos corpos estavam eletrizados; a cada hora em que eu sentia sua mão percorrer meu corpo, com estímulos passeava minhas mãos pelas suas costas, até que mais uma vez fomos interrompidos, agora a situação era diferente, não era apenas ele, e sim nós dois numa situação que podemos dizer, meio constrangedora.
- Humm. – interrompeu mais uma vez o garçom, nos fazendo parar um tanto ofegantes já virando em sua direção. – A conta. - ele sorriu e me entregou a conta, mas quando eu ia olhar o preço que aquilo tinha dado pegou-a de minha mão e tirou sua carteira do bolso.
- Eu te disse que disso eu cuido. – ele olhou o preço com desinteresse e tirou uma nota de 100 dólares (n/a: canadense, para quem não sabe no Canadá é dólar também, mas canadense xD) e deu ao garçom, agora voltando a me olhar. - Vamos?
- Sim, mas você poderia ter me deixado pagar a metade, pelo menos. – eu o olhava com uma cara indignada.
- , realmente não precisa, por favor, vamos embora. – ele me abraçou com seu braço por minha cintura e saímos do bar, andando em alguma direção que eu não sabia qual era.
- Tudo bem senhor ‘eu posso tudo’. – eu disse sorrindo e ele também riu ao ouvir o que eu dissera, estávamos indo a algum lugar que eu já nem sabia mais qual era, eu estava tão ligada que iria a qualquer lugar sem ao menos querer saber qual era, mas perguntei.
- , para aonde estamos indo? – quando eu disse, me vi parada em frente a uma Mercedes preta e os faróis piscavam e eu ouvi um barulhinho de controle de carro, e logo ele abriu a porta do carro para eu entrar.
- Hum, eu estava me perguntando se você iria querer conhecer minha casa. Afinal, você nunca foi lá... – ele disse e nesse momento eu senti que ele estava com certa dúvida se eu aceitaria esse pedido, mas afinal, o que eu perderia em ir a casa dele? Acho que nada, só teria a ganhar, então entrei no carro, coloquei o cinto e olhei para ele de volta.
– Eu adoraria conhecer sua casa - disse eu por fim, senti aquele sorriso gostoso de novo de se abrir, fechando minha porta, dando a volta entrando no carro com bastante agilidade, dando a partida e saindo um tanto rápido para alguém que acabou de tomar algumas.
- Acho que hoje é nosso primeiro encontro oficial, eu te levei para sair, apenas nós dois, estou te levando para conhecer minha casa, acho que o próximo passo não seja difícil de saber. – ele disse agora olhando para mim de rabo de olho.
- Hey, você é muito espertinho sabia? Me leva para sair, me dá alguns gorós e me leva para a sua casa, como se eu não soubesse o que iria acontecer lá. – eu arfei deixando aparecer que eu estava zangada, mas isso tudo era para apenas o deixar nervoso, eu adorava vê-lo nesse estado.
- Não, claro que não, eu não tinha tudo isso planejado, te encontrar lá foi pura coincidência ... só achei que fosse gostar de conhecer o lugar onde eu passo a maior parte do meu tempo e inclusive, – nessa hora eu pude senti-lo baixar o tom de voz - pensando em você. – era tão fofo, vê-lo com aquele olhar confuso e nervoso, eu era ruim sim, o deixava nervoso só para depois apertá-lo entre meus braços e dizer que estava tudo bem.
- , – eu me virei agora de lado ficando de frente para ele, eu podia sentir uns faróis em nossos olhos e pude ver que seus olhos estavam mais claros com a claridade da noite e aí eu me lembrei o quanto encantador o olhar dele podia ser, e o quanto ele tinha certo poder sobre mim. – não fica nervoso, eu quis deixar você assim, admito, acho lindo ver você assim. – eu sorri e senti seu rosto relaxar de acordo com que ouvia minhas palavras - Eu quero ver o lugar onde você passa a maior parte de seu tempo, seja ele compondo, vendo alguma coisa, em seu estúdio, ou pensando em mim, eu quero estar onde você está! – disse eu por fim e senti sua mão pegar uma das minhas alisando e logo em seguida beijando-a.
- Chegamos! – quando olhei para frente vi uma casa de dois andares de marfim claro na parte da frente e pelo o que se podia perceber, enorme. Enquanto eu pensava em quantos cômodos essa casa poderia ter eu o vi estender sua mão para mim, e apenas a segurei e saí do carro ainda olhando a casa, maravilhada.
- Nossa, sua casa é linda, nunca imaginei que um homem pudesse ter uma casa tão bem arrumada assim. – eu sorri.
- É, os empregados me salvam de bastante coisa. – ele disse rindo me levando até a porta principal abrindo-a, mostrando um mini corredor e logo mais a frente uma enorme sala de estar com sofás tão brancos quanto às nuvens e um tapete vermelho que acentuava perfeitamente com o ambiente, quando eu ia dar um passo para entrar na casa o senti segurar em minha mão.
– O que foi?
- Se você não se importa, eu queria que você entrasse na minha casa pela primeira vez como você merece entrar. – eu sorri sem entender e logo depois o senti me pegar no colo me fazendo segurar com os dois braços em seu pescoço. –Como minha princesa. - foi a última coisa que eu ouvi quando ele fechou a porta atrás de nós e nos levou para dentro da casa, demonstrando o quanto a casa era linda. Tão linda quanto o dono.

Capítulo 20

Eu admito que ouvi-lo me chamar de princesa me fez lembrar os contos de fadas que eu costumava ver quando era criança, me fez lembrar que eu sempre desejava ter um dia meu príncipe encantado, e que hoje com toda certeza eu poderia dizer que agora sim eu havia encontrado meu príncipe encantado e quer saber? Bem melhor do que todos os desenhos e filmes que eu já vi, era ele ali, em carne e osso, , comigo naquela noite e naquele momento, meu príncipe encantado, meu amor. Eu sorria encarando seus olhos tão brilhantes como o luar que conseguia levar minha atenção somente a ele, quando chegamos à sala ele se abaixou e me colocou sobre o sofá, ainda com seu corpo por cima do meu.
- Você vai me fazer ficar mal acostumada, assim. – Eu disse alisando seu rosto com as costas das minhas mãos e mexendo em uma mecha de seus cabelos.
- Se depender de mim, vai ficar mal acostumada, com muitas coisas. – Ele disse me encarando com um sorriso sapeca, mordendo seu lábio inferior.
- Não quero saber se depois eu ficar viciada, se começou vai ter que ser sempre assim. – Eu disse por fim, me aproximando de seu rosto e dando-lhe um selinho, agora o encarando mais de perto sem deixar seus olhos. - Eu gostaria também de conhecer sua casa, se não for incômodo algum. – Sorri e pude sentir suas bochechas ficarem levemente vermelhas com meu comentário.
- Ah, eu iria te mostrar, mas com você na minha frente eu admito que me esqueço das coisas facilmente. É como uma criança com um brinquedo na frente que se distrai do nada, mas você é melhor do que isso, seria como um chocolate para um chocólatra. – Ele riu com seu próprio comentário, se levantando e estendendo a mão para mim, me fazendo levantar junto com a ele.
- Nossa, chocolate para um chocólatra, dessa eu gostei, é inovadora! – Eu disse rindo e o senti me olhar com cara de quem estava rindo como se a piada fosse nova. Ele segurou minha mão e foi me mostrando a casa.
- Bem, é estranho fazer isso, eu nunca fiz, mas para tudo se tem uma primeira vez, então vamos lá. – Ele foi me guiando pela enorme casa nos fazendo deixar a sala de estar e agora nos levando para um lugar que assim que eu vi o formato logo deduzi que seria a cozinha.
- Essa é a...
- Cozinha? – Eu soltei e o olhei como se nada tivesse acontecido.
- Nossa ou você é adivinha ou o quê, como sabia que aqui era a cozinha? – Ele soltou incrédulo acendendo a luz e mostrando uma cozinha arrumada, um ambiente tranqüilo. Eu caminhei por dentre a cozinha com ele ainda parado na porta me olhando, fui até a geladeira e abri me deparando com praticamente besteiras e bebidas.
- Nossa seu fígado deve ser totalmente “total flex”. – Disse rindo, pegando uma garrafa de vinho aberta, e quando vi que o mesmo que continha ali dentro era pouco, virei e tomei o resto no gargalo mesmo, tendo por um momento uma vertigem.
- É, você fala do meu fígado, mas o seu deve ser igual! – Ele sorriu e tirou a garrafa da minha mão. – Vem, chega de beber, já bebemos bem essa noite, já me sinto até tonto, vamos conhecer o resto da casa antes que você caia dormindo.
- Ah, eu com certeza não vou dormir. – Soltei sendo novamente guiada por ele, que riu com meu comentário, me levando agora para mais um cômodo, abrindo a porta ainda me encarando.
- Não vai dormir não é? – Ele foi abrindo a porta devagar, ainda de frente para mim e com aquele sorriso que eu conhecia melhor do que ninguém, aquele sorriso malicioso.
- E porque eu deveria dormir, se eu tenho uma ótima companhia essa noite? – Eu disse rindo, agora com meus dedos entrelaçados em seu cabelo e me aproximando cada vez mais dele que logo segurou em minha cintura com suas mãos me puxando cada vez mais, fazendo nossos queixos se encontrarem.
- Hum... – Ele murmurou quando nossos lábios se encontraram. - você é a convidada, você manda. – Ele sorriu e ainda com nossos lábios encostados ele abriu sua boca dando passagem para minha língua eufórica que queria senti-lo, e o mesmo eu diria para ele porque do modo em que ele me beijava, era um toque avassalador, feroz, apaixonado, eu não conseguia distinguir. O beijo dele me entorpecia totalmente, sem percebemos fomos caminhando para trás até que um tropeço dele nos fez nos separar um tanto assustados com a situação e quando olhamos para baixo era o violão dele que estava no chão, quando me liguei, estávamos no estúdio na casa dele, era bem bagunçado, acho que essa devia ser a única parte da casa em que a empregada não mexia muito porque essa parte sim estava a cara do , estava bagunçado. Não que ele fosse assim o tempo todo, mas bem eu já conhecia um pouco ele para saber como ou não ele era, não?
- Ahh... – Disse ele um tanto entorpecido e levantando o violão do chão - aqui é meu estúdio, onde eu passo bastante tempo do meu dia, seja compondo, tocando, ou até mesmo fazendo nada. – Ele riu e eu ri junto, se tinha uma coisa em que eu amava nele era o quanto ele estava sendo realmente quem ele era, o mesmo homem brincalhão, sincero e fofo que eu conhecia. Eu olhei o local, analisando cada detalhe e cada parte dele, era tão aconchegante, apesar da bagunça. Ele não fazia nada, apenas me seguia com o olhar como se quisesse detalhar o que eu realmente estava pensando ao passar por cada parte dali. Eu peguei o mesmo violão que antes estava no chão e agora estava encostado na parede e dei para ele.
- Canta para mim? – Eu o olhei com um olhar de ‘por favor’ e por um momento eu achei que ele fosse negar, mas não, ele pegou o violão e sentou em uma poltrona que tinha ali e eu sentei ao seu lado.
- Eu vou cantar essa música que eu gosto bastante, e como detalhe ela diz tudo que eu sinto e que eu sempre senti quando estou com você. – Ele disse, e sem tirar os olhos dos meus começou a cantar a música, que no início eu não sabia qual era, mas depois que eu reconheci a canção eu o acompanhei na letra, que sorriu e a cada palavra que cantava parecia que estava abrindo seu coração.

I am finding out that maybe I was wrong
That I've fallen down and I can't do this alone
Stay with me, this is what I need, please?
Sing us a song and we'll sing it back to you
We could sing our own but what would it be without you?
I am nothing now and it's been so long
Since I've heard a sound, the sound of my only hope
This time I will be listening.
Sing us a song and we'll sing it back to you
We could sing our own but what would it be without you?

This heart, it beats, beats for only you
This heart, it beats, beats for only you
This heart, it beats, beats for only you
My heart is yours

This heart, it beats, beats for only you
My heart, my heart is your heart
(It beats, beats for only you. My heart is yours)
This heart, it beats, beats for only you
My heart, my heart is yours
(Please don't go now, Please don't fade away)
My heart is yours
(Please don't go now, Please don't fade away)
My heart is yours
My heart is yours
(Please don't go now, Please don't fade away)
My heart is yours
My heart is...


- Yours. – Eu disse sem um minuto tirar os meus olhos dos seus – Essa música é linda, .
- Por isso que escolhi cantá-la para você. – Ele colocou o violão sobre o chão e novamente aproximou-se de mim, colocando uma mecha da minha franja que caia sobre meus olhos para o lado e com a outra mão alisando meu rosto; passando os dedos suavemente por cada parte do meu rosto, primeiro meus olhos, depois nariz e, logo mais a baixo, meus lábios. - Eu te amo , te amo como nunca amei ninguém, você é meu tudo, minha metade que me completa, minha dose de energia que eu preciso para viver a cada dia, você é minha vida ! – Eu não sabia se estava na lua ou na terra mesmo, meu coração disparava; estar ao lado dele era realmente enlouquecedor. Sem nem hesitar, eu o abracei me disparando contra seu corpo, o abraçando forte e, sem querer, o fazendo cair sobre a poltrona. Nossos lábios já não estavam totalmente em guerra como na maioria das vezes, nesse momento eu senti que havia amor ali, eu senti que aquela noite seria uma noite para nunca mais se esquecer, eu senti que apesar de todos nossos momentos juntos esse seria o enlace principal que marcaria o resto das nossas vidas como a lembrança de talvez o nosso primeiro dia oficialmente, apesar de nada estar ainda oficial, era como se fosse assim e incrivelmente como se fosse tudo pela primeira vez de novo.
Nossos lábios se tocavam harmoniosamente, era como se em cada toque do beijo nos transpassássemos o que sentimos um para o outro, como se os dois dependessem daquilo. Suas mãos ágeis foram deslizando sobre meu corpo apertando cada parte dele, levantando levemente minha blusa que entendi e me afastei por poucos segundos até ela estar no chão, sem hesitar nossos lábios se encontraram novamente e agora eu apertava seus fortes braços passando minhas unhas levemente o fazendo soltar respirações ofegantes entre nosso beijo, que logo desci para seu abdômen definido sem deixar seu olhar, fui subindo sua blusa, e beijando seu abdômen que - Meu Deus - era definido e muito gostoso. Fui subindo meus beijos dando leves chupões sobre o mesmo, tirando sua blusa, e suas mãos pairavam sobre meu sutiã travando uma luta com o mesmo tentando abri-lo e quando conseguiu sorriu como se houvesse ganhado uma batalha e segurou com suas duas mãos meus peitos os apertando com força, aquilo já estava me fazendo ficar toda arrepiada, eu jogava minha cabeça para trás tentando respirar o ar que nessa hora parecia sumir, eu soltava gemidos baixos e quando voltei a olhar para seu rosto parecia que ele estava gostando da sensação que estava me fazendo sentir, eu o olhei maliciosa e fui retribuída com o mesmo olhar. Joguei meu cabelo para o lado evitando que ele fosse um empecilho para eu ver o lindo rosto que estava embaixo de mim, não só o rosto como também o corpo. Fui descendo sobre seu corpo agora distribuindo chupões por toda a extensão de seu abdômen, até pairar sobre sua calça, desabotoei e logo em seguida bem rápido abri o zíper tirando-a o mais rápido possível, eu estava sentindo que não iria conseguir segurar muito tempo e pelo volume, eu acho que era o mesmo que se passava no corpo dele. Eu segurei a barra de sua boxer e o senti alisar meu braço se apoiando no braço da poltrona e agora sim alisando meus cabelos, mexendo com um toque excitante, até isso ele sabia fazer, eu tirei logo aquilo que tanto me atordoava, eu sei que vai soar como ridículo, mas é o melhor membro que eu já vi em toda minha vida (eu tenho meus momentos oi –q). Eu olhei para ele que assentiu com a cabeça como se quisesse aquilo, então eu segurei em seu membro que quando minhas mãos tocaram ouvi um leve gemido de sua parte abafado, seguei com mais precisão e o masturbei no começo mais lento, mas depois fui aumentando a velocidade, eu posso ser masoquista, mas eu olhava diretamente para a cara dele que se deitava cada vez mais sobre a poltrona gemendo cada vez mais alto, quando senti que ele estava quase no seu auge, eu o vi tatear algo com as mãos e enquanto ele se prendia com dificuldade a achar o que ele tanto parecia necessitar eu tirei logo o resto das roupas que me faltavam e pude velo ficar mais desnorteado ainda quando me vira nua sobre si, com um olhar de súplica ele me deu o pacote, eu abri e com agilidade coloquei a camisinha, ele segurou minha mão e me puxou mais para cima, eu não entendi, mas logo depois de alguns segundo eu vi que hoje ele queria que eu comandasse, que eu ficasse por cima. Eu confesso que eu nunca fiquei por cima, não que eu não quisesse, mas que também nunca ninguém tinha me dado esse livre arbítrio, então ele segurou em minha cintura e me fez sentar sobre seu membro, no início eu fazia movimentos bem devagar, eu queria deixá-lo louco e acho que consegui, pois logo ele me segurou com mais força e me fez pular cada vez mais rápido sobre seu colo. Depois de uns minutos eu gemi alto, mas mesmo assim não deixei de me movimentar até ver que ele chegara ao auge assim como eu, assim que vi seu gemido alto eu parei, eu estava ofegante e muito cansada, era incrível como ficar por cima era muito mais cansativo, muito mais do que ficar por debaixo, agora eu sabia por que às vezes os homens caiam sobre o nosso lado exaustos aparentando estar muito mais do que nós. Eu o olhei sorrindo e ele me chamou para me deitar sobre seu corpo, eu me abaixei e deitei sobre seu tronco e que curiosamente meus ouvidos pairavam sobre seu coração e eu pude ouvir como ele estava tão acelerado quanto o meu. Ele ficou uns minutos alisando meus cabelos e braços, ficamos por um bom tempo assim até nos recuperarmos, até que finalmente o silêncio foi quebrado.
- Você foi simplesmente fantástica hoje. – Ele disse me olhando e eu me virei, para encará-lo de frente.
- Foi único para mim também, nunca tinha estado nessa posição. - Eu sorri.
- Nunca? – Ele me olhou surpreso. - Gosto de ser o primeiro a deixar essas coisas. – Ele sorriu entusiasmado.
- Você não foi o primeiro só nisso. – Eu soltei e ele arqueou uma sobrancelha, me encarando.
- Fui o primeiro em mais o que então?
- Lembra de nossa primeira vez na minha casa... – Eu disse tímida, sem coragem de o olhá-lo nos olhos, mas que logo ele segurou em meu queixo me fazendo o olhar seus lindos e profundos olhos, eu continuei. - Então... foi minha primeira vez. – Eu soltei e ele me olhou surpreso.
- Não estou acreditando que eu também fui o primeiro na sua vida, porque você não me disse ? Talvez eu pudesse ser mais carinhoso, diferente, e talvez não tivesse acontecido tudo aquilo justo naquela noite.
- Shiu – Eu pousei um dedo sobre sua boca. - Você foi perfeito aquela noite, assim como hoje, só não vamos lembrar de coisas que não fazem sentido agora. – Eu sorri de lado e ele me encarou ainda com uma cara de culpa.
- Me desculpa por aquela noite... eu não queria te magoar.
- Eu te entendo, eu sabia a situação que você estava, mas agora só sou eu e você e mais ninguém! – Eu o dei um selinho e fui retribuída com um caloroso e forte abraço.
- Te amo minha brasileirinha! – Ele riu.
- Te amo meu canadense!

Capítulo 21

Eu e o ficamos um tempo conversando – às vezes sobre nós, às vezes sobre coisas aleatórias, às vezes eu exagerava rindo, às vezes ele exagerava rindo, parecíamos duas crianças. Era tão bom, eu me sentia leve quando ele estava comigo, rir junto com ele era como um sonho, estar com ele parecia um conto de fadas que nunca iria acabar. Depois de alguns amassos a mais, fomos tomar banho juntos no quarto dele. Eu iria finalmente conhecer onde ele ficava, onde ele dormia. Estava tudo sendo meio que um sonho para mim. Colocamos as peças íntimas, subimos para o segundo andar, onde o quarto dele ficava, entramos no quarto dele e eu fiquei meia hora olhando, ou melhor, fofocando cada detalhe dali enquanto ele enchia a banheira, assim que eu suponho que ele terminou no banheiro eu estava olhando a coleção de cds dele que parecia não terminar.
- Hey mocinha, está fazendo o que aí, heim? – Ele se aproximou, sentando atrás de mim e beijando minhas costas.
- Nossa, eu estou desnorteada com sua coleção de cds, sabia que eu AMO Plain White T’s? – Eu disse olhando o encarte do cd.
- Não, mas é bom termos um gosto parecido. – Ele sorriu levantando-se estendendo a mão para mim – Venha, a banheira já está quente.
Eu levantei junto com ele e seguimos para o banheiro enquanto ele me agarrava por trás, quem visse iria falar que era um assédio ao pudor eu pressuponho. Seguimos e tomamos banho, trocando carícias um com o outro, terminamos e ele me emprestou uma roupa sua para eu me vestir, ficou um pouco engraçado e até um tanto largo, mas eram as roupas dele, que tinham o cheiro dele, então nada importava. Depois de toda essa nossa rotinha já era quase 5 da manhã e definitivamente estávamos exaustos, ele arrumou a cama e fomos dormir.
- Espero que hoje eu esteja com bastante pique para ir para o baile da minha faculdade. – Eu disse, me virando para o abraçando.
- Baile? – Ele arqueou uma sobrancelha, incrédulo. – Eu diria um evento, não? – Sorriu.
- Ah sim, isso, mas para mim dá na mesma. – Eu ri. – Só vou porque meus colegas insistiram, se não para que faria sentido eu estar lá?
- Porque eu vou cantar lá? – Ele sorriu.
- Como assim você vai cantar lá? O Simple Plan vai tocar lá? – Perguntei surpresa.
- Sim, você não sabia?
- Não, eu não procurei saber muito sobre o evento já que meu ânimo não era dos melhores.
- Mas então, você tem motivo de sobra agora para ir e ainda pode ter um par bonitão do seu lado. – Ele disse com uma cara um tanto convencida.
- Nossa! Humilde você, não? – Eu sorri. – Pois é, agora tendo um par assim até incentiva estar lá.
- Eu vou cantar só para você.
- Não fale, promessa é dívida. – Eu retruquei.
- Estou falando a verdade, você vai ver só. – Disse na defensiva.
- Mas ... – Eu parei um tanto pensativa. – O não sabe que estamos juntos agora, certo? Não quero aparecer com você sem antes falar com ele, não sei, seria rude da minha parte. – Eu disse e por um segundo eu vi sua face mudar para uma forma pensativa.
- Deixa que eu falo com ele, amanhã eu vou até a casa dele mesmo, pegar alguns instrumentos para levar, eu converso sobre nossa situação.
- Mas você acha que ele vai aceitar assim? Ele não vai brigar com você?
- Eu não sei, espero que ele entenda, apesar de ser uma situação um tanto difícil de se entender.
- Eu tenho certeza que vai dar tudo certo, fica calmo. – Eu tentei relaxá-lo.
- Obrigado . – Ele sorriu e beijou minha nuca. – Agora vamos dormir porque se não, não vamos acordar. – Eu assenti e virei pro lado oposto ao dele, ficando de conchinha com ele, assim pegando logo no sono.

’s P.O.V

Eu acordei e quando olhei para o lado era ela ali, tão linda quanto eu sempre a via, tão frágil e tão sutil. Ela estava com o braço sobre mim e para não acordá-la, tirei seu braço bem devagar e me levantei da cama, já eram 10 da manhã e eu ainda tinha que fazer muita coisa ao longo do dia. Fui ao banheiro, tomei uma ducha rápida para despertar e quando voltei ao quarto ela ainda estava ali dormindo que nem um anjo, o meu anjo. Aproveitei e fui à cozinha preparar alguma coisa para nós comermos. Tá, quem me ouve falando assim acha que eu sei fazer grandes coisas, mas eu tentei, fiz omeletes – a minha cara, mas fiz, peguei alguns pães, suco e coloquei tudo em uma mesinha e levei até o quarto, coloquei sobre a cama e a acordei cuidadosamente.
- Hey, bom dia moça, está na hora de acordar! – Eu disse beijando seu rosto e alisando seus cabelos.
- Hum... – Ela murmurou, abrindo lentamente os olhos, aqueles lindos olhos, e me encarou. – Oi, que horas já são? Dormi demais? – Ela logo perguntou quando me viu já pronto para sair.
- Não, são exatamente 11 horas, para quem foi dormir às 5, você dormiu bem pouco. – Eu sorri, ajudando-a a sentar na cama.
- Uau, isso tudo é para mim? – Ela abriu um lindo sorriso vendo o café da manhã que eu havia preparado.
- Sim, só faço quando tenho visitas especiais em casa, ou seja, quase nunca. – Eu sorri e vi que ela sorriu junto pensativa.
- No que está pensando? – Eu encarei sua face pensativa.
- No quanto você é fofo de ter até preparado panquecas para mim. Nossa, será que estão boas? – Ela me encarou com um sorriso sapeca.
- Bem não sei, vamos saber assim que você comer.
Ela pegou o garfo e calmamente comeu um pedaço da panqueca, pela cara que ela fez eu acho que passei na fase de cozinheiro por um dia. Ela comeu mais um pedaço da panqueca e me olhava apreensiva, aquilo já estava me deixando curioso por dentro, eu ia falar quando ela protestou primeiro.
- Melhor do que qualquer panqueca que eu já comi! – Ela disse sorrindo e eu respirei aliviado.
- Se você demorasse mais um pouco para responder eu iria achar realmente que estava péssima.
- Não liga, gosto de fazer um suspense! – Ela sorriu vitoriosa e eu sorri de canto a fitando. – Então, aonde vai?
- Eu... vou na casa do .
- Hum. – Senti que sua expressão na hora mudou, mas quando ela voltou a me olhar, continuava a mesma que eu conhecia. – Espero que tudo dê certo. – Ela sorriu, me encorajando.
- Vai dar, vai dar! – Eu repetia as palavras tentando convencer a mim mesmo disso. Ela terminou o café da manhã e logo se arrumou também para que eu pudesse deixá-la em sua casa. Quando ela terminou de se arrumar saímos de casa bem rápido e fomos para a casa dela, aquele caminho de sua casa já me parecia totalmente familiar apesar de ter ido poucas vezes lá. Chegamos a sua casa e logo nos despedimos.
- Tchau , vejo você hoje à noite. – Ela disse me dando um selinho antes de sair do carro.
- Até mais linda, amo você. – Na mesma hora em que eu disse as duas últimas palavras, me assustei. Era impressão minha ou dizer que eu a amava estava virando uma palavra tão comum e tão necessária que nem eu mesmo mais percebia o que falava? Mas apesar de tudo quando ela abriu aquele lindo sorriso que logo me entorpeceu, me fez esquecer de tudo o que eu mesmo estava pensando.
- Eu te amo também.
Foi a última coisa em que eu ouvi antes de deixá-la e seguir para a casa de . Eu estava ansioso para saber como seria tudo, como ele iria agir quando soubesse, qual seria sua opinião. Enfim, eu estava ansioso para saber o que aconteceria lá. A casa dele chegou mais rápido do que eu imaginava, assim que eu cheguei eu o vi em frente à casa arrumando já algumas coisas no carro dele, ele acenou quando me viu e eu fui até ele.
- E aí cara, está melhor de ontem? – Eu perguntei, afinal ele saiu péssimo ontem do bar.
- Bem, para falar a verdade, eu estou um pouco na ressaca hoje, nunca mais bebo igual bebi ontem. – Ele sorriu passando as mãos pela cabeça, olhando o local, eu imaginei pensando em o que guardar primeiro dentro do carro.
- Quer uma ajuda com isso? – Eu me ofereci.
- É, acho que você chegou na hora certa. – Ele sorriu e me deu uma caixa, me dando as devidas instruções para que eu pudesse deixar no lugar exato programado por ele mesmo no carro, assim tornaria tudo mais fácil e caberia tudo. Às vezes eu me esquecia o quanto paranóico era com arrumação.
- Mas então, a que se deve essa sua visita inesperada hoje? Você não é de vir me ajudar a colocar coisas no carro, tenho que pensar que quer conversar sobre algo. – Nossa como ele adivinhou?
- Uau, um amigo não pode vir te ajudar a colocar as coisas no carro para andarmos mais rápido com isso? – Eu vacilei com as palavras, mas mantive meu tom de voz despreocupado. Eu esqueci que ele pensara rápido demais nos fatos, mas que saco ter um amigo ‘eu sei o que você quer’ estava me deixando nervoso. Ele parou rindo, não sei do que se nada tinha graça ali, e se virou para mim.
- Vamos , pode falar, eu te conheço muito bem, pode desabafar, sou todo ouvidos. – Ele disse despreocupadamente cruzando os braços e encostando-se ao carro, ainda esperando pela minha resposta, eu vacilei e fui pegar mais algumas coisas.
- Bem, acho que de você não se dá para esconder as coisas por muito tempo não? – Eu tentei um riso, espero que ele não tenha reparado o quanto eu forcei o mesmo, parei fingindo pensar em que caixa pegar, assim não teria que encarar seu rosto. – Acho melhor não falar nada! – Eu voltei colocando a caixa sobre o carro e senti seu olhar confuso em mim.
- Oras você vem aqui conversar comigo e quando chega aqui decide não falar? Desembucha cara, é dor de cotovelo por ter deixado a ? – Eu fiz uma careta quando ouvi sua suposição.
- Claro que não, não tenho nada a mais a ver com ela! – Eu me exaltei com as palavras. – É sobre outra pessoa.
- Nossa! Calma, amigo! – Ele riu levantando as mãos como se estivesse se rendendo. – Não toco mais no nome dela! Mas se não é sobre ela é sobre quem então, já outra garota, ? – Ele sorriu me encarando e balançando a cabeça negativamente. – Você não perde tempo mesmo.
- Não é apenas outra garota, eu já a conheço há um bom tempo e eu realmente gosto muito dela, desde a primeira vez em que a vi.
- Nossa, ver apaixonado assim não é coisa que se vê sempre não. Digamos então que é até uma raridade! – Ele riu. – Mas então, qual é o problema?
- Bem, vê se você me entende. – Tentei explicar a situação sem mostrar quais eram os ‘personagens’. – Eu a conheci quando ainda estava com a , mas não sei, desde a primeira vez que a vi, foi como amor à primeira vista. Bem, não sei se chega a tanto mas algo me conectou a ela de uma forma que eu nunca senti, e então de um modo estranho, mas nossos caminhos se cruzaram por muitas vezes, e nós começamos a ficar mais... – Eu hesitei, mas continuei. – Eu a machuquei por não corresponder o mesmo que ela sentia mesmo amando-a sem saber que era tão forte assim. Nesse mesmo tempo ela conheceu um amigo muito próximo meu e eu não sabia que eles se conheciam, só soube disso depois de um dia tê-la machucado da maneira, mais mesquinha que podia e o vi pedi-la em namoro e ela aceitar. – Nessa hora memórias daquela noite passaram por minha mente e eu as reprimi, afinal não fazia mais sentido pensar em coisas tristes se ela estava comigo e tudo ainda era um final feliz. – Então, depois disso, eu me afastei dela o máximo que eu pude e deixei-a viver sozinha e feliz com ele, mas comigo mesmo eu não conseguia tirá-la de minha cabeça e estar longe dela só me deixava mais e mais louco até que um dia eu chamei a pelo nome dela sem perceber...
- Então foi por isso que vocês terminaram? – Ele falou com o semblante atordoado tentando entender tudo o que eu dizia.
- Sim, e na verdade eu fiquei aliviado. Não precisava mais fingir para ela, mas eu sofria porque agora a imagem dela era muito mais forte na minha memória, e como se fosse destino eu a encontrei um dia desses e coincidentemente ela tinha terminado com o namorado dela, e entre desavenças e fatos nós estamos juntos agora, aliás, estamos juntos desde ontem praticamente. – Eu falei abrindo um sorriso aleatório sem perceber, me lembrando da noite passada.
- Bem deixa ver se eu entendi. Você a conheceu antes do seu amigo e vocês se amavam, certo? – Eu assenti uma vez, e ele continuou. – Mas você a machucou e ela ficou com ele, e depois terminou com ele e vocês ficaram juntos de novo... – Ele falou avaliando a situação e sorrindo. – Acho que não tem nada de errado nisso, se vocês se amam, não adiantaria ela ficar com outros se vocês estavam destinados... mas, tem uma coisa! – Ele parou pensativo e por um segundo eu achei que tudo fosse sair bem... literalmente, apenas... – Você contou ao seu amigo sobre vocês? Porque acho que entre tudo isso seria a única coisa que você teria de fazer se não quisesse perder a amizade dele, eu suponho. – Ele me encarou e eu gelei.
- Bem, na verdade ainda não. – Eu tremi. – Mas estou tentando, só que estou com medo da reação dele.
- Bem, se ele for realmente seu amigo, vai te perdoar. – Ele bateu com as mãos sobre minhas costas me apoiando, eu o olhei e sorri fraco.
- É... isso que eu queria ter certeza. – Eu não sabia que falar para ele seria tão difícil assim.
- Mas então... era isso que você queria falar comigo? Achei que fosse uma coisa mais séria, relaxa cara, vai dar tudo bem, só conte para ele e espere. – Ele voltou para a pilha de caixas de antes e pegou a última, colocando-a sobre o carro e fechando a porta.
- Eu estou tentando...
- Já falou com ele alguma vez?
- Não... – Eu hesitei. – Somente agora. – Pronto, falei e senti meus ossos se enrijecerem e eu ficar totalmente tenso, nessa mesma hora eu pude ver a cara de totalmente sem vida, eu não podia descrever, era totalmente diferente do que eu já havia visto.
- Você me enganou esse tempo todo... – Ele finalmente, depois de um bom tempo me encarou nos olhos, com raiva. – Mas porque será que eu não me surpreendo?
- Como assim ... Do que você está falando? – Eu involuntariamente dei um passo para trás, com medo do que poderia acontecer.
- Ah, por favor, , eu acho que a banda toda percebia que quando ela te via nos ensaios, só faltava ela suspirar um pouco mais alto. – Ele disse num tom de dor. – Eu pensei que fosse minha imaginação, não queria pensar isso sobre um dos meus melhores amigos, mas infelizmente as coisas não acontecem do jeito que a gente quer... – Ele foi entrando no carro procurando pelas chaves.
- Mas , eu te contei a história, eu iria te contar, mas quando fui fazer isso você a pediu em namoro, o que eu poderia fazer? – Eu fui andando atrás dele sem deixá-lo, não ficaria mal com meu amigo justamente num dia de apresentação da banda. – Me desculpe!
- Sim, eu sei que você iria me contar... – Ele bufou. – Sério, por favor, , eu preciso de tempo para digerir isso, não é tão fácil assim e quer saber? Apesar de tudo eu te conheço há muito tempo e não iria brigar com você por uma coisa assim, mas que me machucou, isso você pode ter certeza. – Ele cuspiu na minha cara e achou a chave embaixo de seu banco, logo ligando o carro fazendo o motor rugir.
- Eu sinto muito, ... – Foi a última coisa que eu disse antes dele acelerar o carro e partir em disparada e como resposta final me deixando um olhar de dor e ao mesmo tempo raiva, acho que eu não esperava que fosse ser tão complicado assim dizer tudo ao , e apesar de tudo, eu ainda estava com medo da apresentação de hoje à noite. Como seria se nós não estivéssemos em sintonia? Será que nossa amizade resistiria a isso tudo? Será que ele aceitaria meu namoro com a ? Será que ele ainda falaria comigo nessa vida?...

Capítulo 22

Tenho que admitir: eu já havia me metido em muitas roubadas, mas nunca achei que fosse estar em meio de um fogo cruzado justo com um amigo. Justo com um amigo que eu considerava um irmão. Tantos anos juntos na banda, tantos anos de amizade, será que apenas por causa dela ele pararia de falar comigo? Ou sairia da banda? Um frio percorreu meu corpo e o medo dessa possibilidade se concretizar me deixou tenso e disperso. Ficar pensando em o que acontecera hoje mais cedo não estava me fazendo bem, estava me desconcentrando e hoje eu teria uma apresentação, então eu tinha que estar pelo menos apresentável. Tentei me concentrar no caminho até a faculdade, daqui a apenas algumas horas seria a apresentação, daqui a alguns minutos eu iria vê-la, daqui a alguns minutos eu iria saber o rumo que minha conversa com levou e desejei que fosse dos melhores. Por mais que eu estivesse nervoso por não saber o que estava para acontecer um sorriso idiota surgiu em meu rosto ao imaginar que eu chegaria lá e a veria, linda como sempre, usando um vestido provocante que deixaria qualquer um de olho nela, mas que finalmente ela estaria comigo e seria só minha. Imaginei seu sorriso lindo ao me ver, seus olhos brilhantes como o luar, podia ser idiota, podia ser a coisa mais mesquinha que eu faria, mas eu estava totalmente apaixonado pela e não, não a deixaria por mera briga. Eu já havia sofrido muito pensando que ela nunca estaria comigo, que ela nunca seria minha e agora que ela me correspondia da mesma forma, porque eu correria? Tentei pensar por esse lado apesar de o outro estar dizendo que eu estava errado, ignorei-o. Cheguei lá e estava tudo mais brilhante e mais bonito do que de costume.
Estacionei meu carro em uma das vagas que estavam separadas para os músicos da noite e então subi a escada, flashes passaram por minha cabeça e apesar de não serem bons, eles me traziam lembranças de mim e , e por um segundo me perguntei como pude ser tão horrível com ela supondo que ela terminasse com ele para ficar comigo. Isso era mesquinho. Se fosse comigo eu iria ficar extremamente chateado, mas melhor do que eu pensei, ela não faria isso, acho que esse foi o passo principal para que meu amor por ela só se tornasse maior. Ela era diferente das outras, não largaria alguém assim por um mero pedido, tinha que ter sentimento e se ela estava comigo a resposta estava ali. Cheguei à grande festa e se pelo o que eu conheço das Universidades do Canadá, estava tudo programado para ser uma festa grande. Grande mesmo, como eu costumava ir a premiações e algo do tipo. Cheguei lá e não tive como fugir dos flashes das câmeras, não que eu não gostasse disso, aliás se eu estava nesse ramo de música, ser fotografado fazia parte, mas não gostava quando eu era pego desprevenido e ainda mais quando aqueles flashes me deixavam cego. Fechei meus olhos por uns instantes e então quando percebi que minha visão tinha voltado ao normal sorri para alguns fotógrafos que estavam ali. Eram poucos, porém suficientes para me deixarem cego. Saí da cúpula que eles fizeram em volta de mim o mais rápido que pude e então meus olhos vagaram pelo grande ambiente que estava ali: pessoas, bebidas, pista de dança, palco, pessoas e mais pessoas e nada dela. Suspirei derrotado e então segui para o bar a fim de pegar uma bebida, a noite seria complicada então que pelo menos uma bebida ou umas no sangue me fariam bem. Peguei uma vodca e então me sentei em uma das cadeiras que havia ali e olhei a grande pista. Todos já estavam dançando, estava cheio, seria mais do que bom, seria foda se apresentar ali mesmo que as coisas não estivessem muito bem, ninguém iria perceber, iria? Vaguei meu olhar e então percebi que ainda não tinha visto nenhum dos caras ali, será que eu havia chegado cedo demais ou eles estavam lá atrás aquecendo, passando o som e eu aqui procurando minha donzela perdida? Sorri em um suspiro terminando minha bebida pensando em como eu ficava tão idiota quando eu estava com ela, nem pela cheguei a ter uma paranóia assim, como uma menina antes desconhecida e nova poderia virar minha vida de cabeça para baixo? E o pior, eu estava gostando dessa mudança radical, minha vida precisava de mudanças e com certeza ela foi uma que me deixou sem rumo. Levantei-me decidido a ir encontrar os caras, ou melhor, encontrar o . Respirei fundo e então segui em frente, passar por aquela multidão de pessoas foi até engraçado, eu não me senti tão querido, tão assediado como eu estava me sentindo naquele meio, ri com alguns comentários que eu prefiro nem citar e continuei meu caminho e foi então que ela apareceu. Mais linda do que em qualquer sonho que eu tivera, mais real do que minhas lembranças poderiam idealizar, ela estava na grande porta e parecia procurar por alguém, ou talvez por mim. Eu sabia que ela era linda, mas a cada dia ela conseguia me surpreender. Não pude de deixar de notar seu vestido vermelho tomara-que-caia marcando perfeitamente seu corpo, e que corpo. Sorri malicioso, me lembrando da noite anterior e antes que eu pudesse imaginar eu estava indo em seu encontro. Seus olhos eram impacientes e vi que ela recuou quando não achara o que queria, então foi quando que eu entrei em seu campo de visão, e ela veio correndo em minha direção.
- Hey, você está aí! – Ela disse me abraçando. Sorri como um idiota apaixonado e a envolvi com meus braços por sua cintura a apertando contra meu corpo, menos de um dia e eu já sentia sua falta, mas que coisa.
- Como eu havia prometido – eu sussurrei em seu ouvido dando lhe um beijo suave em seu pescoço, ela retraiu, mas depois sorriu me olhando nos olhos.
- Você está lindo. Amo quando você usa seu estilo “social” – ela sorriu me olhando com seu maliciosamente e puxando levemente minha gravata. Sorri, dando-lhe um selinho.
- Obrigado, tentei meu melhor hoje. – eu sorri e ela fez uma careta, como se o que eu tivesse falado fosse extremamente errado.
- Hã... – ela hesitou como se tivesse tido um flashback, seu rosto ficou apreensivo, me deixando nervoso. – Você falou com o hoje? – suspirei pesadamente.
- Na verdade falei... – desviei meu olhar.
- E? – ela parecia estar curiosa para saber que rumo a conversa havia levado.
- E como se pode imaginar não foi uma das melhores conversas que tivemos.
- Mas... como ele ficou quando você contou? – ela fez uma cara de desanimada.
- Bem, quando eu expliquei que a situação era entre nós dois, ele mal quis me ouvir e foi embora – sua expressão ficou inexpressiva, tentei imaginar no que ela estaria pensando.
- , acho melhor a gente não fazer isso, ele é seu amigo. Imagine como ele vai ficar quando... – antes que ela terminasse pousei um dedo sobre seus lábios a repreendendo.
- Nem termine o que você ia falar. Eu já sofri demais sem você, chega de dor, seja lá o que acontecer, você está comigo – eu disse e ela sorriu de canto me abraçando novamente, a apertei contra mim só pela lembrança de estar perto dela novamente.
- Tem certeza disso? – ela perguntou hesitante.
- Mais do que qualquer coisa. Eu amo você. – Sussurrei a última frase um pouco mais baixa, mas não foi impossível para que ela ouvisse e abrisse aquele sorriso que me fazia viajar, o meu sol da manhã. Sem dizer nada ela se aproximou de meu rosto e então senti sua respiração tão próxima a minha, seus lábios delicados sobre os meus. Selei nossos lábios sem esperar mais e então nosso beijo se tornou uma mistura de paixão, amor, desejo... era difícil explicar quando se a cada dia que eu a beijasse era como se fosse tudo a primeira vez novamente que eu me apaixonava. De calmo, o beijo foi ficando prazeroso. Suas mãos deslizavam sobre minhas costas enquanto eu lutava contra mim para que as minhas não fossem parar em lugares inadequados para que não fosse visto de modo errado. Inútil, um flash pairou sobre nós e então nos distanciamos, era o idiota do fotógrafo.
- Será que eu posso ter um pouco de privacidade? – eu disse ruidosamente para ele enquanto se escondia atrás de mim.
- É claro, . Desculpe. – ele disse e então nos deixou sozinhos de novo. Eu me virei para ela que ainda observava atentamente o fotógrafo ir embora e então quando ele sumiu de nosso campo de visão ela relaxou.
- Odeio paparazzi fofoqueiros. – eu disse e ela riu.
- O que direi eu então? – foi então que eu percebi que ela nunca havia sido exposta de tal maneira e me senti culpado.
- Desculpa , eu não queria te expor assim...
- Tudo bem, se está na chuva é para se molhar não? – ela sorriu de um jeito sapeca e então eu a agarrei contra mim novamente.
- Você é demais, garota – eu disse beijando seu pescoço e meu celular vibrou.
- Quem é? – ela perguntou curiosa. Eu olhei em meu celular e então vi que era o . Ótimo ele havia chegado.
- O , eu vou atender – eu disse e me afastei um pouco do barulho para poder ouvi-lo, ela me esperou no mesmo lugar.
- Hey cara, onde você está? – perguntei tranquilamente. – Eu já estou aqui no baile...
- E porque diabos você não está conosco repassando o som? – ele disse meio exaltado.
- Er... eu não sabia que vocês já estavam aqui, quando eu ia procurar vocês, a chegou e então eu estou com ela... – eu disse rapidamente.
- , eu sei que é difícil para você mas DESGRUDE DELA E VENHA PARA CÁ AGORA! – ele gritou e eu afastei meu telefone do ouvido. A voz dele ao normal já era irritante, ele gritando pior ainda. Eu ri.
- Ok, ok cara, fica calmo, já estou indo. – eu o tranqüilizei.
- Ótimo! – ele disse desligando o celular. Desliguei o meu e voltei para falar com ela rapidamente.
- Então o que era? – ela perguntava calmamente.
- Eles estão passando o som, e me querem lá! – eu sorri de canto.
- E porque você não está lá? Você faz falta nessa banda . – ela sorriu, eu a encarei incrédulo.
- Poxa, só o vai, mas você e ele juntos, por favor, assim eu não agüento! – eu ri e ela sorriu junto com meu comentário. Dei um selinho nela e então me afastei.
- Arrasa . – Ela sorriu me dando um tchau, não pude deixar de acenar em resposta.
- Deixa comigo! – eu pisquei para ela e então fui à procura dos caras, eu teria que passar o som, e desejava saber qual era o clima entre eles. Com certeza era o melhor como sempre, mas eu queria saber exatamente o clima que ficaria depois de tudo entre mim e . Eu estava disposto a conversar com ele novamente e agora na frente da banda. Se eu a amava e queria ficar com ela, não tinha mais porque esconder isso de tudo e de todos. Agora todos saberiam, eu saberia a opinião de sobre isso, porque apesar de tudo, o que eu planejo essa noite, não vai sair em vão. Com certeza não.

’s P.O.V off

Capítulo 23

Era tudo novo para mim, apesar de estar na faculdade há algum tempo, era o primeiro baile que eu ia e apesar de não estar em um clima 100% bom eu estava me divertindo, aliás, eu estava amando. Nunca na minha vida imaginaria que realmente iria estar algum dia com o ao meu lado, e ainda o ouvindo dizer que me ama. Respirei sonhando acordada. Era um sonho muito bom, e, por favor, alguém não me acorde dele. Jamais.
Apesar de estar bem cheio o baile eu não estranhei, também tendo uma apresentação do Simple Plan a essa noite, quem iria faltar? Eles eram famosos, e iriam estar em um baile acessível para todos, só um idiota mesmo para não estar ali. Segui em diante para o bar e então peguei uma ice, aproveitando o som que corria ali. Era engraçado ver como as pessoas se divertiam, como elas se comunicavam entre si, com gestos, com danças, ou era apenas eu que estava feliz demais com a vida achando que tudo era um mar de rosas, mas como todo mar de rosas, tem seus espinhos... . Não, claro que eu nunca o chamaria assim, de um espinho em minha vida, pois apesar de não ter mais nada com ele eu gosto muito dele e o admiro muito também, mas confesso que essa conversa entre ele e o me deixou nervosa com o que iria acontecer. será que ele aceitaria, será que ele chegaria a sair da banda por causa disso? Um desespero me adentrou e então eu dei grande gole na minha ice, tentando fazer sumir pensamentos contrários. Fui dispersa pelo homem que subira ao palco, meu coração acelerou.
- Boa noite, senhores e senhoritas. É com grande prazer que eu os recebo em mais um baile e essa noite temos surpresas. – Ele sorriu esperando pela reação de alguém. Não era surpresa nenhuma que o Simple Plan iria tocar na festa essa noite, então, qual o porquê da espera? Ele pareceu perceber as feições das pessoas não muito animadas com seu discurso e então tratou logo de continuar. – Com vocês, Simple Plan.
E então houve uma histeria, eu achava que só no Brasil tinha essas coisas, mas não, eu estava enganada, eu estava percebendo que quando se trata de um fã e seu ídolo, isso não muda e atravessa fronteira por fronteira. Eles entraram no palco e então no começo começaram a interagir com o público como eles fazem de melhor. Em vez de ficar me perdendo no som deles, ou viajando em à minha frente eu tentei observar como estava o clima entre eles, como estava se comportando em relação a e eu me espantei quando os dois começaram a conversar entre si no palco, animando todos.
- Hey, hey, hey. Boa noite Montreal! – disse divertidamente, mudando sua voz. – Como vocês estão? – todos gritaram “ótimo”, como resposta e não pude deixar de participar da multidão de vozes, era sempre tão excitante um show deles.
- Parece que estão todos animados hoje, você não acha ? – disse virando-se para encarar , que sorriu em resposta.
- Pois é, vamos deixá-los loucos essa noite? – ele riu e todos gritaram “sim”.
- Aí vamos nós... – disse e então eles se entreolharam e como num passe o som começou. Meu sangue ferveu, eu estava vendo um show deles praticamente fechado pois não havia ali muitas pessoas e estar curtindo um show deles na cidade natal do Simple Plan, é simplesmente encantador. Eles começaram cantando Generation, deixando simplesmente todos que estavam ali loucos – todos estavam pulando, cantando junto, eu não deixaria de fazer parte desse grupo, com certeza não. Levantei-me rapidamente e então fui cantando e pulando no meio de todos, até chegar à frente o que não foi muito difícil graças às pessoas canadenses serem educadas. Quando consegui me manter na frente, de maneira que desse para apreciar todos em uma boa visão, eu fiquei ali e então logo depois veio uma seqüência de músicas arrasadoras. Eu queria me manter firme, porque de vez em quando os meninos olhavam para mim e acenavam. Eu sorria acenando de volta, mas era inevitável estar no meio de um show deles e fingir não estar curtindo, ou então ficar parado se o show parece uma descarga elétrica sobre seu corpo. Em alguns momentos se abaixava para tocar minha mão e eu por um segundo me lembrei de quando eu tentava fazer isso nos shows do Brasil mas era impossível, já que tudo lá é impossível. Nessa mesma hora vaguei o olhar rapidamente para , para saber qual seria sua reação e ele nos olhou e sorriu, continuando a cantar e tocar. Bem, eu não sabia o que havia acontecido, mas pelo menos o clima agora parecia estar melhor, e eu agradeci mentalmente por isso. Eles não tocaram muitas músicas, mas foi o suficiente para me deixar inebriada e ter cada vez mais orgulho de ser fã de uma banda como a deles. Então, eles se arrumaram para cantar a última música, e meu coração se apertou, aquela apresentação maravilhosa estava acabando, mas pelo menos eu poderia abraçá-los depois e dizer o quanto o show tinha sido perfeito. Saí de meus pensamentos quando se sentou em um banquinho assim como os outros e olhou diretamente para mim, fazendo até os mais próximos a mim me olharem. Congelei.
- Bem, essa música, é uma das minhas favoritas e uma das que mais falam ao meu coração. – falou, fazendo um solo baixo no violão. – E eu queria dedicá-la para uma pessoa que me fez ver a vida de um modo diferente, que fez meu coração acelerar desde a primeira vez em que eu a vi. – Ele sorriu daquele jeito mais lindo e eu ia ficando cada vez mais paralisada, sem ação. Ele não ia fazer aquilo, não na frente de todos, me diz que ele não ia, ou ele ia? – Eu quero dedicar essa música a mulher que eu mais amo em minha vida, . – Ele apontou para mim e então piscou. Eu fiquei sem reação o encarando incrédula enquanto ele se divertia a minhas custas. Algumas pessoas ao meu lado me deram umas tapinhas camaradas e então bateram palmas da declaração dele. A música começou, e como se não fosse apenas uma das músicas favoritas dele, era uma das minhas também. Meu coração acelerou e então depois amoleceu ao vê-lo cantando e me encarando profundamente nos olhos. Eu o acompanhei cantando cada palavra, como se tudo que ele cantasse para mim fosse recíproco para ele também, nada mais poderia dizer o que eu sinto por ele do que a música I Can Wait Forever.
Ele continuou cantando e então quando a música terminou todos começaram a dar gritinhos histéricos, o que me fez rir com isso. Ele apoiou o violão perto de e então se levantou me encarando seriamente, fiquei pálida.
- Bem pessoal, eu tenho que admitir essa é a primeira vez que eu faço isso e eu estou meio nervoso – todos riram, como se não acreditassem nele, ele olhou para todos incrédulo. – Não, eu estou dizendo a verdade, não é sobre o show, claro que não, é sobre o que eu vou fazer agora – ele disse e então todos ficaram quietos e para dar o ar da graça fez um solo na guitarra. Eu ri mesmo meu coração estando a mil.
- Confesso que eu estava pensando em como fazer isso, e várias maneiras passaram em minha mente, mas eu não achei nenhum melhor que esse: que eu tivesse testemunhas para dizer o quanto eu amo essa garota aqui – ele apontou para mim e então minhas pernas ficaram trêmulas, e minhas mãos começaram a suar. Eu não estava passando por aquilo, estava? Era muito para mim, muito para o meu pobre coração, muito. Eu abri a boca, para argumentar, mas nada saiu, ele riu de minha situação no mínimo engraçada e então me chamou para subir no palco. Eu me neguei de primeira, mas então alguns rapazes que estavam perto de mim fizeram o favor de me pegar no colo e me colocarem no palco. Eu subi morrendo de vergonha e olhando aquela multidão me encarando e então voltei meu olhar para os rapazes os repreendendo.
- Obrigado rapazes, ela é meio tímida na frente das pessoas – se divertiu ao ver minha cara para ele e então voltou a falar e meu coração voltou a acelerar.
- – ele pegou em minha mão, meu estômago revirou-se –, eu sei que eu não fui uma das melhores pessoas para você e sei que errei. Mas como o ditado diz, errar é humano, e com eles eu tirei a experiência de nunca mais cometer os mesmos erros. E um deles seria te deixar partir sem mim, isso acabaria comigo – ele falou e então um coral de meninas fez um “ohhhh” e eu sorri com isso, tentando me concentrar apenas nele. – Eu sei que isso pode parecer meio precipitado, mas eu não consigo mais adiar – eu o olhei com censura, ele sorriu com aquele sorriso mais meigo e fofo, me derretendo toda. Eu já disse a ele que isso era golpe baixo, mas ele parava? É, claro que não, ele continuou. – Na frente de todas essas pessoas, eu queria te perguntar se você quer namorar comigo? – então um silêncio se formou e meu coração acelerou de uma forma como eu jamais tinha sentido. Era uma mistura diferente, uma pitada de algo novo e então meu olhar vagou pela multidão que esperava ansiosa pela minha resposta, eu voltei meu olhar para o palco e os meninos pareciam tão tensos quanto a platéia. Por último meu olhar voltou para e então ele me olhava com um olhar dócil e cheio de ternura. Eu sorri involuntariamente e antes de dizer, todos já começaram a gritar. Eu olhei em volta e ri da cena, peguei o microfone que agora estava em sua mão e então disse com toda força de meus pulmões.
- Sim , eu aceito ser sua namorada, aceito ser sua garota, aceito você em minha vida. – Eu disse e então ele me agarrou contra seu corpo e se antes ele quisesse se controlar na frente das pessoas, agora ele não ligara nem um pouco. Seu beijo era intenso e quente e suas mãos se agarravam forte contra minha cintura. A multidão agora gritava e batia palmas. Essa era uma cena em que eu achava que só havia em filmes, mas eu estava começando a acreditar que a vida real, pode ser muito melhor que meras histórias fictícias da TV. Os meninos vieram nos cumprimentar e foi uma coisa tão calorosa, parecia que eles estavam felizes por nós, como nós mesmos. O último que veio foi , eu me encolhi nos braços de , mas ele me olhou como se eu não precisasse ter medo e então eu me recompus.
- É, apesar de tudo eu tenho que admitir, vocês formam um belo casal – ele disse rindo, abraçando e apertando minha mão. – Sem ressentimentos! – ele agora disse me olhando e sorrindo fraco. Eu o olhei de volta e então o abracei mesmo sem ele esperar esse ato.
- Obrigado – foi a única coisa que eu consegui dizer. Ele se afastou de nós e então os meninos foram para o camarim, eu e seguimos um pouco mais atrás e quando chegamos ao corredor ele me abraçou fortemente novamente, me encarando nos olhos.
- Você me faz o homem mais feliz desse mundo, sabia?! Eu te amo tanto – ele disse me dando inúmeros selinhos pelo rosto. Eu sorri e então segurei seu rosto o fazendo me olhar nos olhos novamente.
- Você me matou com isso, mas apesar de tudo eu amei! – eu disse sorrindo. – Eu amo você – encarei-o e então senti sua respiração perto da minha, e nossos lábios apenas a poucos centímetros de distância.
- Agora vai ser tudo novo, tudo diferente. Eu prometo. – ele disse.
- Só me prometa que vai me amar a cada dia intensamente como me ama agora. – ele balançou a cabeça negativamente como se o que eu havia dito estivesse extremamente errado.
- A cada dia, como se fosse o primeiro em que eu vi você! – ele sorriu.
- Como se fosse o primeiro novamente. – eu disse e então nossos lábios juntaram-se, como fios cortados que agora estavam unidos e então sim podiam trabalhar juntos e fortes para o resto da vida. Eu estava a descobrir uma vida ao lado dele, do homem que eu amava e que eu sempre amei, e eu estava disposta a ir com ele para onde ele quisesse. Que agora não era apenas eu, e sim nós vivendo cada dia intensamente como se fosse o primeiro outra vez. Porque desde o começo eu sabia que eu só o queria, e só ele poderia me fazer feliz do jeito que eu estou agora, só ele, somente ele.

Fim!


N/A: OMG, parece que foi ontem que eu comecei a postar essa fic aqui e no entanto um ano já se passou, praticamente quando esses últimos capítulos entrarem no site vai fazer 1 ano dessa fic. *respira, momento Oscar* -q Gente eu quero agradecer a todas as meninas que acompanharam essa história desde o começo, aquelas que começaram a ler mesmo depois e para as que ainda vão ler, desculpe se os primeiros capítulos não saíram muito bem, mas me dêem um desconto foi minha primeira fic no site e eu nem era tão boa escrevendo, mas digamos que agora eu ganhei uma boa experiência! :D’ Espero que vocês tenham curtido ler essa fic, e bem agora que venham muitas e muitas outras histórias. No momento eu só tenho mais uma além dessa (link abaixo) mas no futuro, who knows? Mas enfim vamos ver se pelo menos nessa N/A eu consigo falar pouco rsrsrs’ Meus links estarão aqui em baixo, quem quiser me add não tenha vergonha eu não mordo, e sou mais maluca do que vocês imaginam, e quem quiser ler minha outra fic, fiquem a vontade, eu garanto que a história só melhora! =D Anyway meninas, acho que eu já disse tudo que eu tinha a dizer, então mais uma vez muito obrigado por tudo, por todos os comentários que foram de grande utilidade para meus momentos de preguiça rs’ e é acho que acabou *cry* vejo vocês por aí! Xoxo

Minha fic (McFLY): Will You Marry Me?

Contato: Twitter, Orkut e My Space

comments powered by Disqus