Baby baby, please don't go!


Capítulo 1.


Às vezes eu não entendo minha mãe. Ela já teve a oportunidade de casar com um advogado, que tinha uma lancha, morava em um prédio que dava vista pro Big Ben, e me dava 50 libras por semana. Mas ela se separou dele, e agora achou o grande amor da vida dela. Um cara bonitão, é verdade, mas muito chato. Nem sequer fala direito comigo. Mas tudo bem! Quando eu o conheci não gostei MESMO. De repente ele estava toda semana lá em casa, e eu tendo que agüentar caladinha. E então, depois de 4 meses de namoro, o lindo casalzinho resolve CASAR! Eu NEM fiquei com vontade de matar minha mãe, poxa. Imagiiiina... E agora nós vamos para Alemanha conhecer a família do cara. Eles eram de Londres e foram morar lá. Eu chorei, esperneei, disse que ia ficar na casa da Kate a semana inteira, e mesmo assim minha mãe quer me levar. Eu estou a ponto de matá-la.


Chegamos a Frankfurt, estava nevando, tudo branco. Chegamos na casa da mãe dele. É uma casa bonita, muito moderna por sinal. Quando entramos, uma velha plastificada, com um sorriso que creio eu, ela não conseguia tirar da cara, veio falar conosco. Deu os dois beijinhos mais falso que já vi na minha vida. A casa só tinha móveis bonitos, modernos, coisa bem clean. A velha foi levando minha mãe para a cozinha, preparar um chazinho, e eu fui entrando pelos corredores da casa. O 1° quarto me chamou bastante a atenção. Era azul vibrante, diferente do resto da casa que só tinha tons pastéis. Soltei uma exclamação de felicidade quando vi que tinha pôsters do Blink 182 espalhados pelo quarto. - Pelo menos alguém com juízo nessa casa! - Comentei rindo. Tinha uma cama solteirão com uma coxa pelo visto BEM confortável, uma escrivaninha ao lado e roupas espalhadas pelo quarto inteiro. E ao cantinho uma gaiola de... - AH! LARGATOO! - Exclamei com uma expressão de puro nojo. Eles podem ser ótimos animais de estimação, mas não são nada bonitinhos.
- Não gosta de largatos? – Uma voz atrás de mim perguntou. Virei-me para ver quem era, e seria melhor se não tivesse feito isso.
Um cara loiro, com uma linda franja caindo nos olhos, um casaco Atticus cinza, uma calça jeans 3 números maior que ele, e um tênis branco daqueles que deixam seu pé bem maior. Lindo. Mas porque estou falando das roupas dele? Ele tinha um rostinho de bebê, e olhos azuis estonteantes. Seu cabelo era 100 vezes melhor que o meu.
- Bem... – Se eu não estivesse apoiada na parede, eu já tinha caído há tempos, FATO. Minhas pernas estavam meio bambas. – Só não os acho muito bonitos.
- Que é isso! Eles têm uma beleza única. – E ele veio se aproximando. Eu me joguei mais ainda em cima da parede. (?) Ele virou para a gaiola e pegou o animal lá dentro. – Senta aí.
Eu fui parecendo uma bêbada (minhas pernas ainda estavam sob o efeito daqueles olhos) e me sentei na cama dele. ‘Gostosa’. A cama, digo. Mas ele também.
- Segura um pouquinho a Zukie. Você vai gostar dela. – E lá ia eu segurando a lagarta. Ah, ela nem é tão nojenta assim.
- Bem... Quem é você e o que faz em meu quarto? – Perguntou e sorriu. Ai meu Deus. Já não basta ser uma maravilha, também tem o sorriso mais fofo da face da terra. Acho que na hora eu até dei um sorrisinho também, só porque ele estava sorrindo para mim.
- Meu nome é , filha de Jennifer, que vai casar com o Robert.
- Legal! Robert é o meu pai! – E ele sorriu de novo. Uh. Eu ia ter aquela coisa MARAVILHOSA como enteado?
- Então... Já que você vai passar uma semana aqui, que tal conhecer Frankfurt comigo? – Sorriu de novo. Qual é cara! Para de sorrir pra mim! Eu só sei que não me responsabilizo pelas minhas ações depois.
- Claro. – Foi a minha vez de sorrir. Perder essa oportunidade? Não mesmo. Entreguei a Zukie para ele, e nós saímos rua afora.
- Pra onde você quer ir? – Perguntou ele olhando para o horizonte.
- Como eu vou saber? Quem conhece a cidade aqui é você, certo?
Ele deu uma gostosa gargalhada, e saiu andando fazendo sinal para que eu o acompanhasse. Fomos andando, até que vi um parquinho. Tinha um mini escorregador, dois balanços e estava tudo coberto de neve.
- Ah, vamos sentar ali, vai... – Ele olhou meio estranho para mim, mas não fez objeção.
Sentei no balanço e ele sentou no outro. Ficou um silêncio por alguns segundos, e eu perguntei:
- Qual o seu nome?
- Dougie Poynter. É mesmo, nem falei meu nome ainda! – E bateu na testa. Ri daquilo, achei engraçadinho. – Estou parecendo meu amigo Danny.
- Por quê?
- Ele é o burrinho da banda.
- Ai coitado! – Nós ficamos ali rindo, e Dougie começou a contar dos melhores amigos dele, Danny, Tom e Harry. Pelo visto eles tinham uma banda, e os três tinham vindo de Londres também. Passaram-se horas, e ficamos conversando sobre bobagens. Ele tinha um papo legal. Ótimo pra falar a verdade. De repente o assunto morreu. Dougie botou a mão na neve e...
- AH, SEU IDIOTA! – Ele jogou uma bola de neve na minha cara.
Saí correndo atrás dele com outra bola, pronta para pegar naquela franja perfeita dele, e começou uma verdadeira guerra. Parecíamos duas criancinhas, foi uma coisa bem ridícula, mas muito divertido. Saí correndo atrás dele com uma bola preparada na mão, ele tropeçou, e eu, não conseguia parar por causa do embalo e acabei caindo por cima dele. Eu olhei para ele, ele olhou para mim, e começamos a rir. Rimos muito, até eu começar a chorar de tanto rir.
- haha, agora vamos voltar para casa, vai, eu tou congelando. – Foi nesse momento que eu percebi que estava em cima dele, e fiquei vermelha.
- Não, eu quero que você conheça meus amigos. – Disse ele rindo e sentando na neve.
- Eu vou conhecer, depois de um bom banho e chocolate quente. – Dei a mão para ajudar ele a se levantar. Ele mostrou a língua.
‘Quem mostra língua pede beijo... ’



Capítulo 2.


- Onde vocês estavam? Você está todo molhado, Dougie! Onde ela te levou?
Bem que eu não tinha gostado dessa velha plastificada. Quem começou a guerra foi seu lindo netinho, querida.
- Ih vó, nem viaja. A gente caiu na neve.
Foi difícil não rir da cara de inocente que o Dougie fez na hora.
- Eu vou tomar banho.
Tive um banho mais feliz do que teria normalmente. A água estava quentinha, aconchegante. Arrumei-me rápido e desci para a cozinha. Dougie já tinha tomado banho e (como sempre) estava perfeito. Os cabelos estavam bagunçados, mas só o deixava mais bonito ainda. Quando me viu chegando, abriu um baita sorriso. Senti-me mais feliz ainda.
- Então, eu liguei para os meus amigos, e daqui a 15 minutos é para a gente aparecer no Florean Fortescue [N/A: Do Harry Potter mesmo! ¬¬ Eu não tenho a menor criatividade pra nomes. ;p], a sorveteria local. Eles estão curiosos para saber quem é você.
- Legal. – Sorri. – Agora eu quero minha xícara de chocolate quente, urgentemente!


Saímos para a sorveteria. Já era noite, e estava um frio gostosinho. Passamos pelo parquinho onde cedo teve a maravilhosa guerra de neve. Tinha um casal de criancinhas no balanço, e eles estavam competindo para ver quem se balançava mais alto.
- Você começou antes! Seu chato! – A menininha loira falou, parou o balanço e deu um soco no pivetinho.
Eu ri MUITO!
- Essa é uma das minhas!
- Então você tem o costume de dar soco em caras? - Ele piscou pra mim. O chão se perdeu por alguns segundos. Peguei o gorro dele e saí correndo, olhando pra trás e mandando língua para ele. Era legal pirraçar o Poynter, era legal conversar com ele, era legal olhar para ele. Como eu sou uma péssima corredora, ele me alcançou rápido. Abraçou-me e eu parei, gargalhando. Ele pegou o gorro da minha mão e saiu correndo, virando a esquina. Quando virei também, me dei de cara com a sorveteria. Estava cheia, e o que mais me chamou a atenção foi três garotos, um de cabelos encaracolados fazia caretas estranhas enquanto os outros dois riam. Toda a sorveteria olhava para eles, e eles não estavam nem aí. Pelo visto estavam até gostando de toda essa atenção.
- Aqueles ali são meus amigos, vamos lá. – E apontou exatamente para os três que eu tava olhando.
Quando entrei, os 3 pararam e olharam para mim. Dougie foi até lá e disse:
- Hey caras, essa é a .
E ele segurou na minha mão, com um sorriso colgate pros caras. Eu tive que respirar fundo, eu tava tendo um ataque silencioso ali mesmo. Um rapaz muito sexy, com um olhar azul matador arqueando a sombrancelha se pronunciou:
- Nossa Dougie, melhor do que imaginei. Prazer, Harry Judd! – E estendeu a mão. Apertei, e ele piscou pra mim. NOSSA que cara gato. Mas o Dougie o deixa no chão, valeu? Em falar nele, olhei pro Dougie na hora que soltei a mão do Harry. Ele não tava com uma cara muito feliz.
- Meu nome é Tom. – Um loirinho fofo, com uma uni-cova gigante na bochecha apertou minha mão.
- Last but not the least; Danny. – Disse o menino dos cabelos encaracolados que fazia caretas, sorrindo.
- Prazer conhecer vocês, caras. Então esse é o Danny que você chamou de burro?
- Então você já falou mal de mim para ela, amor? – Danny disse fazendo biquinho.
- Desculpa amor, mas acho que não está dando mais certo. Agora eu vou me casar com o Harry. – E se jogou nos braços do Harry, que mandou o Dougie parar de ser tão gay.
30 minutos conversando com eles e percebi que eles não eram nem um pouco normais. Acho que o Tom é o mais sensato do grupo. Era impossível não rir com eles, e me senti como já os conhecesse há anos.


- Erm... vamos? – Dougie perguntou.
- Mas já, cara?– Harry arqueou a sobrancelha de novo. Ele era um gato, tinha que dizer.
- Já são 11 da noite, e minha avó é paranóica.
- Dougie é um chato. – Falei brincando, e mandei língua para ele. Ele não sorriu.



Capítulo 3.


Caminhamos silenciosos por muitos minutos. Não estava mais agüentando aquele silêncio infernal. A sorveteria tinha sido tão legal, engraçada, porque ele tava com aquela cara de poucos amigos? Se bem que eu percebi uns olhares estranhos vindos do Harry. Será que...
- Sabe, o silêncio é um som assustador. – Comentei com tom de quem não quer nada.
Ele ficou calado. Ele já estava me estressando, e olhe que sou uma pessoa bastante calma. Eu acho.
- QUER ME EXPLICAR O MOTIVO DESSE BICÃO?
Tá, eu não sou tão calma assim. Eu berrei no ouvido dele, com certeza ele me ouviu dessa vez.
- Eu vi o Harry te paquerando! – Gritou ele de volta. Eu e Harry? Ele está viajando? Ia abrir a boca para argumentar, e ele já foi me atropelando:
- E não se atreva a negar para mim!
- Você está louco, homem! Eu acabei de conhecer esse tal de Harry!
- Harry pega quem ele quer! E ele se interessou por você, vai ser a próxima vítima.
- E daí se eu for? Ficou com ciúmes?
Ele abriu e fechou a boca várias vezes, mas nada saiu. Ele estava sem palavras, pelo visto peguei no ponto fraco dele. Ele fechou a cara de vez para mim, e a ‘briguinha’ acabou.
Chegamos em casa, e saí em direção ao meu quarto sem nem olhar para o Dougie. Meu quarto era no final do corredor, e o dele no começo. Enquanto caminhava para meu quarto, escutei a porta bater, bem forte por sinal.
Tomei um banho rápido e me deitei, mas não consegui dormir a noite inteira. Aquela discussão com o Dougie me abalou bem mais do que achei que abalaria. Por volta das 3 da manhã, eu ainda estava acordada, e vi alguém abrir a porta do quarto. Fiquei quieta, e escutei um sussurro bem baixo:
- ?
Era o Dougie.
- O que você está fazendo aqui às 3 da manhã, Douglas? – Meu tom era meio irritadinho, mas eu não estava nem um pouco chateada.
- Não tou conseguindo dormir. Pelo visto você também não.
Sentei-me na cama e pedi para ele entrar e acender a luz. Ele fechou a porta e acendeu a luz, e depois que meus olhos se acostumaram a claridade, pude dar uma bela checada nele. Ele estava sem blusa, com uma calça de moletom bem folgada, cabelo todo bagunçado e desgrenhado. Estava uma gracinha, fazendo careta por causa da luz. Ele se sentou ao meu lado, bem perto, e eu me arrepiei.
- Não tou conseguindo dormir por causa da discussãozinha besta que tivemos ontem. Desculpa-me.
Como, me diga COMO eu não ia desculpar ele com esse olhar de cão sem dono? De que quer colo e carinho?
- Ah, não se preocupa. Aquilo foi uma besteira. Mas... – Eu tinha que perguntar, para pelo menos dormir essa noite. – Você realmente ficou com ciúmes?
- Bem... – Ele aproximou perigosamente a boca, e minha respiração ficou mais ofegante, assim como a dele. Eu sentia sua respiração batendo na minha bochecha, cada vez mais forte. – Senti. – Ele mordeu o lábio olhando para o meu. – Muita. – E ele encostou sua boca com a minha. Eu fiquei sem reação, mas quando ele tocou meu lábio com a língua, minha boca se abriu. Automaticamente! Estremeci-me quando a minha língua tocou a dele, e o abraço foi ficando mais forte. Quando fui ver, ele estava deitado em cima de mim, me beijando e abraçando tão forte que parecia que queria juntar nossos corpos. Entrelacei minhas pernas no corpo dele, e ele passou a mão pelas minhas coxas. A mão entrou na camisola, e parou na barra da minha calcinha. Eu não podia deixar, pelo menos não agora.
- Dougie... – Falei sem ar. Ele beijava meu pescoço, o que dificultava minha decisão. – É melhor não...
Ele parou, e olhou fundo em meus olhos. Arrepiei-me de novo.
- Eu entendo. Eu espero. – Sussurrou bem baixinho, e me deu um selinho, enquanto tirava a mão da barra da calcinha. Levantou-se e abriu a porta, mandou um beijinho para o ar e saiu.
Consegui dormir perfeitamente bem nesse dia.



Capítulo 4.

- , caramba! Acorda! O que você fez de noite?
Era a 5° vez que minha mãe batia na minha porta. Eu estava dormindo que nem um bebê, sonhando com uma perva continuação da madrugada, quando acordo com batidas super fortes da minha mãe na porta, pedindo para eu descer para a cozinha. Pelo pouco que pude entender, ela e Robert tinham uma surpresa.
- Eu já vooou, espere. – Murmurei xingando mentalmente minha mãe. Troquei de roupa bem rápido, e desci. Todo mundo estava naquela cozinha, e Dougie estava encostado na ilha da cozinha com uma caneca de café na mão. Sorriu pervamente quando entrei, e tive a impressão de que fiquei meio vermelha.
- Finalmente! – A plastificada da Telma (esse é o nome da avó do Dougie) [N/A: não o verdadeiro, huhu ô/], comentou com uma cara de desprezo. Minha mãe fechou a cara para ela, pelo visto ela gosta tanto dela quanto eu.
- Bem, então , já que você chegou aqui... Temos uma novidade para vocês. – Minha mãe estava com um daqueles sorrisos psicóticos, algo bom não vinha por ai.
- Eu e Robert decidimos adiantar nosso casamento, e em vez de acontecer mês que vem, irá acontecer na sexta!
Um momento. Estávamos na terça...
- 3 dias para organizar um casamento? Vocês estão MALUCOS?
- Nós já temos tudo pronto, já avisamos aos convidados, e a banda do Dougie irá tocar! – Robert falou animado. De boa, era a 1° vez que via aquele cara sorrindo.
- Hum... Então tá. Mãe, tenho que sair para comprar meu vestido ainda hoje então. – Voltei com meu ar despreocupado e desinteressado.
- Ótimo! Eu aproveito e compro meu smoking também. – Dougie sorriu para mim, eu sabia que ele tinha outros planos em mente, e não eram muito diferentes dos meus.
Saí da cozinha e Telma, Robert e minha mãe ficaram conversando sobre o tão esperado casamento. Já Dougie veio atrás de mim e me agarrou no corredor.
- Está louco? Vai que minha mãe sai da cozinha!
- Então vá logo se arrumar, porque eu quero sair com você. - Ele mordeu minha orelha e saiu dando língua. Eu estava nas nuvens, um sorriso bobo estampava meu rosto. Parecia até uma apaixonada. Mas essa opção é impossível, é claro, só o conheço a meros 2 dias. Botei um casaco preto, uma calça, um all star branco e pronto, já estava com meu uniforme. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo mal feito, a franjona caindo sobre os olhos. Ele demorou um pouquinho mais, mas saiu daquele quarto PERFEITO. Não consegui encontrar um só defeito naquele cara. Estava com uma blusa listrada, um casaco branco por cima aberto e um gorro cinza, lindo.
- Vamos lindinha? – Ele piscou para mim e saiu em direção a garagem. Fiquei esperando do lado de fora. E ele saiu da garagem em um carro conversível, preto.
- Minha vó pode ser uma chata, mas dá presentes legais. – Ele sorriu e eu entrei. Mal entrei no carro, Dougie já veio me beijando. Mas de um jeito suave, meio fofo.
Apesar de frio, o dia estava bonito, não tinha muitas nuvens no céu. Dougie botou Blink no talo, e saímos em direção ao shopping cantando que nem loucos. Dougie tinha uma voz bonita, e me perguntei seriamente se ele não tinha defeitos. Chegando lá, ele me perguntou aonde iríamos primeiro.
- Eu ainda não comi... – Disse passando a mão na barriga e fazendo cara de sofredora.
- Vamos comilona. Burger King, KFC ou McDonalds?
- McDonalds, minha barriga pede um Big Mac urgentemente!
Ele riu do meu desespero e pegou na minha mão, me levando até a praça de alimentação. Percebi que no caminho algumas garotas olharam torto para mim, e me senti poderosa de estar do lado dele. Sentei-me na mesa e ele foi fazer os pedidos. De repente quando estou pensando na minha incrível sorte de tê-lo ali comigo, uma loira oxigenada com atributos bastante recheados se é que me entende sentou-se à mesa.
- O que você é do Dougie? – Ela perguntou se jogando em cima da mesa, com uma cara de superioridade, mascando irritantemente um chiclete e falando um alemão rápido.
- Licença, quem é você e o que faz aqui? – Já fui levantando a sobrancelha de um jeito bem parecido com o do Harry.
- Bem, meu nome é Lindsay, prazer. – Ela falou de um jeito esnobe, me deu nojo. – Eu conheço Dougie, e eu quero saber o que você está fazendo com ele.
- E por acaso é da sua conta? – Eu já estava me injuriando com ela.
- Ele é meu namorado oras... Ah! Ai vem ele.
A vadiazinha ajeitou os peitos siliconados dela e fez a maior cara de puta, enquanto um Dougie muito vermelho vinha em nossa direção.
- Amor!
Depois que ele botou as bandejas na mesa, ela pulou no pescoço dele e deu um beijo BEM exagerado. Parecia que queria chamar toda a atenção do shopping. Eu estava morrendo de raiva. Queria rasgar os dois em pedacinhos, picotá-los, mas só depois de uma ótima tortura. Acho que ia tirar umas idéias de Jogos Mortais. Como eu não queria ficar segurando vela (o que no meu estado só ia aumentar minha vontade de atirar em ambos) abri meu Big Mac e comecei a comer calmamente, esperando os dois se largarem. MAS QUE CARA DE PAU! A gente quase transou ontem, e hoje ele fica com a namorada... Na minha frente!
- Lindsay, que eu saiba a gente acabou! – Ele se soltou dela. Eu nem olhava para eles, a raiva era tão grande... Preferia admirar os letreiros das lanchonetes, eram mais bonitos.
- Que é isso amor... Eu achava que você estava de brincadeira... – Ela ficou sem graça. Ô que pena.
- Não, não foi brincadeira! – Dougie começou a se exaltar. Agora sim conseguiram chamar a atenção do shopping. A loira ia ficando cada vez mais vermelha, e eu ia gostando cada vez mais disso. – A gente acabou Lindsay! IT’S OVER! E eu estou namorando a agora.
Foi minha vez de ficar vermelha. Nem eu sabia dessa agora. Olhei para os dois. Lindsay me comia com os olhos, e Dougie sorria. Com a maior cara de pau de todo o mundo. Voltei a atenção para meu sanduíche, qualquer coisa era melhor do que olhar para o Dougie.
- Então... – Lindsay ia chorar. Os olhos estavam lacrimejando. Como eu sou má. Eu não sentia o mínimo remorso! – Adeus Dougie. Não me procure mais.
A vaca se recompôs e no maior estilo patricinha ela empinou o nariz e saiu rebolando seu quadril.
- Desculpa por isso. Eu terminei com ela, ela é maluca. – Ele sentou com um sorrisinho na cara.
- Certo. – Fui fria, o máximo possível. Se ele achava que ia ser tão fácil assim, estava enganado. Dei mais uma mordida no meu sanduíche e fiquei calada.
- Você não está acreditando em mim, não é? – Perguntou.
- Ah! Que bom que percebeu. – Sorri sarcasticamente.
- , ela que me agarrou!
- E você deixou! Porque fazer objeções quando uma loira gostosa te agarra, não é?
- Você é muito cabeça dura.
- Sim, sou! E acaba logo esse maldito sanduíche porque quero comprar meu vestido e ir embora daqui logo. – Ele me enerva. Ele me deixa louca. Porque eu não consigo odiar ele?



Capítulo 5.


Ele fechou a cara e comeu o sanduíche com duas mordidas. Saí andando em direção a loja e ele veio atrás.
- Bem vindo, queridos! Trajes de festa? – Uma mulher gordinha com uma cara simpática perguntou.
- Isso mesmo. – Sorri para ela. Estava estressada, mas ela não tinha culpa. – Eu tava procurando um longo bem bonito, é o casamento da minha mãe.
- Tenho uns vestidos perfeitos. E você meu jovem?
Dougie, que estava sentado em um banquinho, levantou a cabeça e disse que procurava um smoking.
- Eles ficam ali. – Ela apontou para um canto da loja. – Vou pegar uns vestidos, querida. – E subiu pela escadinha.
Dougie foi para o canto que a moça indicou e começou a procurar os smokings. Ficou um silêncio chato. Eu queria que ele falasse algo, porque eu mesmo não tinha coragem de falar nada. ‘Cadê você moça simpática?’
- Aqui estão os vestidos, querida.
Ela trouxe três. Um azul bebê com um decotão nas costas, um pretinho simples, mas longo e de seda, e um rosa de seda líquida com um trançado nas costas. Uma faixa dourada de seda não-líquida passava por debaixo do busto. Perfeito. Bati o olho e percebi que ia ser aquele.
Entrei no vestiário e o botei. LINDO! Com um salto ia ficar demais. Saí do vestiário e as bocas de todos caíram. A atendente exclamou feliz: - Ficou perfeito! A mulher do caixa piscou para mim. E Dougie ficou com uma cara meio envergonhada. Ele estava com o smoking e as mãos no bolso, meio encabulado.
- Você está... Absolutamente linda. – E ele sorriu. Um sorriso de quem pede desculpas, meio sem graça. Não agüentei e o abracei. E ele, claro, me beijou. Eu já esperava aquilo para dizer a verdade. Mas foi como se fosse o 1° beijo, inexplicável.
Quando me virei a atendente estava com lágrimas nos olhos. JURO! Ela subiu as escadas murmurando um: ‘amor juvenil... Tão lindo!’
Virei para a mulher do caixa e disse que ia levar o vestido.


20 para as 4 e estávamos chegando em casa. Quando estávamos entrando na garagem, o celular do Dougie toca.
- Hey, Tom!... Agora? É que eu tinha outros planos... – Ele olhou para mim. – Tá, calma! Eu tenho uma música nova pra mostrar a vocês. Eu já tou indo...
E desligou o celular.
- , tenho ensaio com a banda. Tenho que ir agora.
Ele me beijou suavemente, e eu saí do carro. Não queria que ele fosse, ia ter que arranjar algo pra fazer. Queria passar a tarde com ele. E a noite também. Isso não vem ao caso.
Peguei o pote de sorvete, vesti uma camisola qualquer, e passei o resto da noite na televisão. Friends era uma ótima pedida pra ocasião.

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- Oi, caras! – Dougie ia chegando à casa de Tom.
- Esqueceu que a gente tinha ensaio hoje? – Perguntou Danny jogando uma bolinha para o ar, enquanto estava deitado no sofá.
- Na verdade sim, eu estava no shopping com a . – E deu uma piscadela de felicidade.
- E o que foram fazer lá? – Perguntou Harry interessado, levantando-se da cadeira.
- Interessado hein, Judd? – Disse Tom sarcasticamente.
- Eu só estou perguntando oras... – Disse voltando com a sua expressão desinteressada, abanando a mão para o ar.
- Só fomos comprar a roupa do casamento.
- Vamos ensaiar então? Na verdade eu não queria tocar All About You. – Disse Tom.
- Eu tenho música nova, se liga. – Dougie disse pegando o violão e começando a tocar as primeiras notas de Met This Girl.
- Hum... Deixe-me adivinhar para quem você escreveu... ! – Gritou Danny jogando uma almofada na cara de Dougie, que jogou de volta.
- Cala a boca, Ratleg.
- Vai dizer que não foi? – Comentou Tom.
- Nosso caro Dougie está apaixonado... – Cantarolou Danny.
- Lógico que... Não. Eu mal conheço a garota... – Disse Dougie fazendo uma cara meio duvidosa.
- Dougie, ela vai ser sua enteada, ela é gata demais, vocês vão morar na mesma casa, deduza o resto! – Disse Danny contando os fatos no dedo. Durante toda essa discussão Harry ficou calado.
- Ela não vai morar na mesma casa que eu, eu vou continuar aqui em Frankfurt, com a Telma. Iae vai tocar Met This Girl ou não? E chega de me perturbarem! – Dougie se estressou.
- Calminha baixinho. – Disse Harry dando um pedala nele e indo para a bateria.

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Estava me divertindo com as palhaçadas de Joey, e minha mãe chega para me fazer companhia. Meia hora depois ela tinha acabado com todo meu sorvete, e começou a falar o quanto amava Robert.
- Sabe filha? Eu acho que ele é o homem da minha vida. E ele é bastante bom na cama também!
Minha mãe ia falando e eu só a encarava chocada. Tá, nem tanto chocada, só... A encarava. É normal escutar da minha mãe coisas como essas, já estava acostumada.
- Vou dormir, estou cansada. Vê se não sai desse sofá muito tarde! – Ela me deu dois beijos de boa noite e foi para o quarto. Eu pretendia ficar muito tempo naquele sofá, e onde estaria Dougie uma hora dessas? Já era meia noite, eu estava ficando preocupada. Mas desencanei e depois de uns 15 minutos comecei a cochilar no sofá.
Uma e meia da manhã, escuto alguém abrir bem devagarzinho a porta. Dougie já ia passando andando nas pontas do pé quando me viu deitada no sofá. Eu não estava dormindo, não conseguia porque não parava de pensar nele.
- ? Tá acordada amor?
O ‘amor’ me despertou na hora. Abri os olhos e ele estava sentando ao meu lado. Ele sorriu para mim e me beijou.
- Porque chegou tão tarde? – Murmurei meio sonolenta, coçando os olhos.
- Estávamos ensaiando na nova música, tá ficando perfeita! Você vai gostar. Vai amanhã para o ensaio da banda? – Disse animado. Tinha até um brilho nos olhos. Parecia criança quando ganha presente, sabe?
- Certo, eu vou... Agora vamos dormir né? – Levantei e dei um beijinho na bochecha dele, indo para o meu quarto.
- Não... Eu prefiro fazer outra coisa... – Lá vem ele com esses sorrisos maliciosos. Isso me leva a loucura. Ele me abraçou por trás e botou a cabeça no meu ombro. Eu fechei os olhos com o cheiro bom do perfume dele. Ele começou a beijar meu pescoço, e ai não prestou. Rolou o maior amasso no meio do corredor. Ele me empurrou contra a parede e eu botei minhas pernas no quadril dele. Estávamos MUITO ofegantes. Os beijos eram rápidos e intensos, cheios de desejo. Ele começou a distribuir chupões no meu pescoço, e eu puxava os cabelos dele, coisa que o fazia gemer e rir ao mesmo tempo. Quando minha mão desceu para a fivela do cinto dele, pronta para tirá-lo, escutamos um barulho vindo do quarto da minha mãe. Paramos assustados e saímos correndo cada um para seu quarto. Quando ele ia entrando, ele me chamou baixinho.
- Não vai acabar assim.



Capítulo 6.


Deitei na cama e fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer. Se minha mãe não tivesse feito barulho, ia acontecer mais do que beijos, eu tenho certeza. Botei a mão na boca e revivi o momento. Como eu queria aquilo de novo. 5 minutos depois de tudo, minha mãe abriu a porta do quarto, provavelmente pra ver se estava tudo bem. Resolvi dormir, afinal amanhã tinha ensaio da banda, e estava tudo ótimo entre mim e Dougie.
Acordei cedo, umas 6 horas. Todo mundo devia estar dormindo, resolvi ir fazer meu café. Quando chego lá, vejo um Dougie de boxers com lagartinhos desenhados fritando um ovo, cantarolando ‘I Wanna Hold Your Hand’ dos Beatles. Mas isso não era tudo. Ele estava rebolando! De um jeito muito sexy, devo dizer. Não ia deixar a oportunidade de tirar onda com a cara dele passar.
- Eu quero um mexido, ok?
Murmurei bem baixinho no ouvido dele. Ele parou de cantar na hora, e me encarou extremamente vermelho. Soltei um beijo no rosto dele me encostei-me à ilha da cozinha.
- Por favor, me diga que você não chegou a me ver rebolando.
- Vi sim! E devo dizer que você fica bem sexy fazendo isso. – E comecei a imitá-lo.
Ele tirou o ovo do fogão e me botou no ombro como se eu fosse um saco de batatas.
- AAAAH, me bote no chão Douglas! – Gritei gargalhando, e depois botei a mão na boca, pois minha mãe estava dormindo.
- Só se você falar que minha boxer de lagartos é a mais linda, e que eu sou sexy.
Ele me encarou, como se tivesse falando sério. Eu estava vermelha de tanto rir, e provavelmente descabelada, e corei com aqueles olhos azuis olhando de um jeito tão... Penetrante. Parei de rir e o encarei também, séria dessa vez. Nossos rostos estavam BEM pertos. Eu podia ver cada mínimo detalhe daquele rosto perfeito dele, se quisesse.
- Nem morta. – Sussurrei, estreitando os olhos. Ele ficou vermelho na hora, não sei por que motivo, mas se recompôs e me botou na bancada, ficando no meio das minhas pernas e disse: - Você tem certeza disso? – Ele passou a língua pelos lábios, e eles nunca me pareceram tão atraentes naquela hora. Eu não conseguia nem falar, só fiz acenar com a cabeça. E para minha total surpresa, ele começou a fazer cócegas em mim. ELE QUASE ME MATOU DE TANTO RIR!
- Pára Dougie!! AAAAH, eu desisto! Você é sexy, essa boxer de lagartos é linda!
Ele parou com um sorriso vitorioso no rosto.
– Pronto, falei, agora me deixa sair daqui.
Tentei sair daquela posição desconfortável (diga-se de passagem), mas ele não deixava. Continuava com aquele sorriso vitorioso, mas tinha um rastro meio maroto ali no meio. Parei e perguntei:
- Vai dá pra me largar agora?
Ele balançou a cabeça devagar, foi chegando mais perto, bem devagar, e eu gelei na hora. A boca dele roçou de leve na minha e eu fechei os olhos. Ele passou a língua de leve em minha boca, um tremor estranho passou pelo meu corpo. Eu o senti se arrepiar, e em seguida ele mordeu meu lábio inferior. Puxei o cabelo dele com força, e ele deu um sorrisinho, me beijou com mais força. Minha mão caminhava pelas costas dele, com direito a muitos arranhões. Provavelmente iria ficar marcado. Na verdade eu não me importava muito com isso na hora. E de novo, como se fosse praga do destino escutamos a porta do quarto da minha mãe abrir. Empurrei Dougie longe, desci da bancada e tentei me recompor. Ele ajeitava os cabelos, com um sorriso no rosto. A boca dele estava muito vermelha, e a minha pulsava, provavelmente estava do mesmo jeito que a dele. Olhamo-nos e rimos do nosso estado. Parecia que tínhamos corrido uma maratona. Minha mãe entrou na cozinha arrastando os pés e coçando a cabeça, morta de sono. Dougie voltou a atenção para o ovo dele, e eu disfarcei me encostando-me à bancada. Bancada que traz ótimas lembranças.
Minha mãe me olhou, olhou para a minha boca, e em seguida olhou para a de Dougie. Ela deve ter deduzido tudo. Lançou-me um olhar do tipo eu-sei-o-que-você-acabou-de-fazer, e eu corei.
- Bom dia. – Disse animada, mas continuava com esse olhar que me assustava. Murmurei ‘Bom Dia’ de volta e Dougie deu outro com um sorriso.
- Dormiram bem? – Perguntou minha mãe botando café na xícara da Hello Kitty que ela tinha.
- Hoje minha noite foi ótima! – Falou Dougie comendo o ovo animadamente. – Mas eu tive um sonho estranho... – E começou a falar que tinha sonhado que estava em um campo florido pelado jogando flores para o alto com o Abs. Enquanto ele contava animadamente para mim e minha mãe do maluco sonho dele, eu me sentei-me à mesa e comi metade do bendito ovo, sem que ele percebesse. Quando ele foi ver era muito tarde.
- ! Você comeu meu ovo inteiro! – Ralhou ele todo indignado.
- Vingança. – E mandei língua pra ele.
- É assim né? Você vai ver a vingança... – E começou a me cutucar com o dedo na barriga, onde eu odeio. Eu comecei a me contorcer, juntamente com gritos de “Pára Douglas! Deixa de ser chato!” Minha mãe balançou a cabeça e levantou da mesa.
- Crianças, lavem os pratos. E se forem sair, saiam antes do dragão acordar, pois ela só acorda de mau humor.
Ao falar ‘dragão’ se referia a Telma. Minha mãe fez uma careta e saiu da cozinha. Dougie me deu um selinho e disse:
- Vai lá se arrumar pro ensaio de hoje, deixa que eu lavo os pratos.
Ô, tão carinhoso. Saí da cozinha e tomei um banho demorado. Escolhi uma roupa qualquer, e fiquei brincando com a Zukie enquanto Dougie se arrumava no banheiro. 15 minutos depois ele saiu de lá de dentro, cheiroso e perfeito como sempre.
- Vamos? – Ele pegou na minha mão e fomos a pé mesmo para a casa do Tom, não era TÃO longe assim. De mãos dadas.



Capítulo 7.


- ! – Cheguei e Tom foi logo me abraçando.
- ! – Gritou Danny com um high-5.
- E eu? Não existo? – Dougie estava parado na porta com os braços cruzados. Já eu, estava sentada no sofá da casa do Tom discutindo calorosamente com Danny uma grande pergunta: ‘Quem veio primeiro? O ovo ou a galinha?’
- Foi a árvore, chega! – Ele jogou uma almofada na minha cara e voou almofadas para todos os lados.
- , você veeeeeeeeeio! – Harry se jogou em cima de mim e Tom gritou bem alto ‘MONTINHO NA !’ Me deixando sufocada.
- Eu tou ficando sem ar! – Gritei abafada.
- Ela tá morrendo caras! ELA TÁ FICANDO VERMELHA! – Dougie apontava pra minha cara enquanto eu realmente estava ficando sufocada com aqueles machos em cima de mim. Depois do escândalo do Dougie, eles resolveram sair. Eu fiquei me abanando e tentando respirar normalmente de novo, e Danny disse: - Você desculpa a gente ? – Fez uma carinha de cachorro pidão.
- É, por favor... – Tom se ajoelhou, suplicando. Pareciam criancinhas.
- Desculpo, mas se isso se repetir...
- Aê! Ela desculpou a gente dudes! – Falou Harry e foram os quatro me abraçar. E de novo eu quase morri sufocada.


- Eu quero pizza, cansei de perder pra no Guitar Hero. – Disse Dougie emburrado depois de perder 2 vezes.
- Ficou chateado foi, bebê? – Fui abraçá-lo, e ele começou a abrir um sorriso. - Eu não tenho culpa se você é horrível nesse jogo e eu sou ótima... – O sorriso dele broxou.
– Pelo menos eu sei tocar de verdade! – Disse cruzando os braços.
Harry comentou:
- Caras, não é melhor a gente começar a ensaiar logo?
- Vamos logo mesmo, os instrumentos já estão postos. – Falou Tom e nós descemos para o porão da casa do Fletcher.
Era um porão grande, cheio de pôsters de bandas e mulheres espalhados pela parede, um frigobar e um sofá velho. Sentei-me no sofá e os meninos foram para seus devidos instrumentos. O baixo do Dougie era rosa cheio de glitter. Bonito, mas bem gay.
- Belo baixo, Dougie. – Comecei. Ele sorriu colgate pra mim. – Bem gay também, combina perfeitamente com você. – E ergui o polegar com a cara mais cínica do mundo.
Os meninos explodiram em risadas, e Dougie me deu o dedo do meio, mas com um sorriso cínico no rosto, murmurando: “você vai ver.”
- Estou brincando amor, toca logo.
Tom começou a falar no microfone.
- do nosso grande coração, essa música foi escrita pelo Dougie e eu espero que você goste. Chama-se ‘Met This Girl’.

Well I met this girl, just the other day (Bem eu conheci essa garota ainda outro dia) I hope I don't regret, the things that I said now (Eu espero que eu não me arrependa das coisas que eu disse agora) And when we're ghing joking with each other now (E quando nós estávamos rindo e brincando um com o outro) I'm glad I met this girl (Eu estou feliz que eu conheço essa garota) She didn't walk away, (Ela não fugiu) I think she was impressed and was having a good time, (Eu acho que ela se impressionou e estava se divertindo) And when we're laughing joking with each other, (E quando nós estávamos rindo e brincando um com o outro) Spending all our time together... (Passando todo o nosso tempo juntos...) When she walks in the room my heart goes boom! (Quando ela entra na sala meu coração faz boom!) Ba ba ba ba ba da ba I tried to take her home but she said, (Eu tentei levar ela para casa, mas ela disse) You're no good for me... (Você não é bom para mim...) She's got a pretty face, such a lovely name, (Ela tem um rosto bonito, um nome encantador) I don't want my friends to see, they might take her away from me, (Eu não quero que meus amigos vejam, eles podem tirar ela de mim) She's one I won't forget, in a long long long time, (Ela é a única que eu não vou esquecer, por um longo, longo, longo tempo) Now i really want the world to see, (Agora quero realmente que o mundo inteiro veja) That she is the one for me, (Que ela é única para mim) The first time that I saw her she stole my heart, (A primeira vez que eu a vi ela roubou meu coração) And if we were together, nothing could tear us apart, (E se nós estivéssemos juntos, nada poderia nos separar)


Durante toda a música, eu não conseguia tirar os olhos do Dougie. O jeito que ele pulava, mordia os lábios, fazia cara de concentrado... Eu amava todo mínimo detalhe daquele garoto. AI MEU DEUS. Eu acho que estava me apaixonando. Ou estava totalmente e tolamente apaixonada. A música acabou. Foi tudo muito lindo. Dougie tocou a última nota e me olhou, mas de um jeito diferente. Acho que ele nunca me olhou desse jeito, foi um olhar com sentimentos. Mas sempre tem alguém para atrapalhar tudo. Tom chegou do meu lado e praticamente gritou em meu ouvido, com uma lata de cerveja na mão que ele tinha pegado no frigobar.
- Iae , gostou da música?
Danny me jogou uma latinha e respondi: - Lindaaaaa! Perfeita. – E comecei a apertar a bochecha do Tom e enfiar o dedo na covinha dele.
- O que vocês mulheres vêem nesse buraco negro?
- Eu vejo tudo, Thomas! – E comecei a morder, só pra deixar ele chateado.
- , leva meu baixo lá pra cima? – Perguntou Dougie, com um olhar meio significativo. [N/A: a idiota aqui levou isso na malícia. Sem malícia gente! X]
E lá foi eu com o lindo-gay baixo rosa dele. No meio das escadas, Harry pediu para esperá-lo. Enquanto botava no baixo no sofá, Harry começou a falar: - Sabe , eu gosto muito de você.
- Eu também gosto muito de você Harry! – E sorri. Mas eu não esperava isso. Harry se aproximou perigosamente, e num movimento rápido me puxou pela cintura e colou nossos lábios. Fiquei chocada na hora, TÃO chocada, que não tive reação. E a voz de Dougie ecoou das escadas.
- , eu preciso conversar com você, eu acho que nosso...
Entrei em desespero. Empurrei Harry com todas as minhas forças, mas quando vi já era tarde demais. Dougie estava parado no pé da escada de boca aberta, rosto incrédulo. A coisa que mais queria naquele momento era descobrir que tudo não tinha passado de um pesadelo.
- Dougie, não é o que você tá achando, eu... – Me embolei com as palavras, minhas mãos não paravam quietas de tanto tremer.
- Não precisa falar nada, . – A voz dele tremia, mas era incrivelmente seca e fria. – Avisa aos caras que voltei pra casa mais cedo.
E saiu porta afora.



Capítulo 8.


Harry não falava nada enquanto eu chorava sentada naquele sofá sujo da casa do Tom. Ficava com uma cara pensativa/chateada, enquanto eu soluçava. Danny e Tom escutaram meu choro e subiram correndo.
- , o que aconteceu? E cadê o Dougie? – Danny perguntou enquanto Tom me abraçava. Eu chorei mais ainda, mas contei a eles tudo, dos amassos escondidos, da burrada do Harry. Enquanto contava Danny sentou ao meu lado e começou a passar as mãos pelos meus cabelos, numa tentativa de me acalmar. Quando acabei Harry finalmente resolveu se pronunciar:
- Eu não sabia... Dougie nunca comentou nada, e eu realmente achei que não havia nada entre vocês. Mas se eu soubesse ou desconfiasse, eu nunca te beijaria.
- Eu sei disso Harry... Não te culpo. – E abracei meu amigo.
- , você não acha melhor dormir aqui hoje? – Tom perguntou. – Pelo que eu conheço do Dougie, ele deve estar de cabeça quente, amanhã você conversa com ele.
Concordei e o Danny e Harry disseram que iam para casa. Harry murmurava de cinco em cinco minutos ‘desculpa’ e Danny me abraçava direto. Eram tão fofos. Minha mãe me ligou.
- , onde você está? Dougie chegou e nenhum sinal de você!
- Olha, vou dormir hoje na casa de uma amiga minha ok? Chego amanhã.
- Ta bom. Talvez eu saia, eu deixo um recado na geladeira avisando.
- Ok. Beijo mãe.


Acordei no dia seguinte ao meio dia e com o rosto inchado. Tinha passado a noite chorando, sem conseguir dormir.
- Bom dia floooor. Dormiu bem? – Perguntou Tom quando me viu descendo as escadas.
- Nem tanto. – E me sentei ao lado dele. Ele estava assistindo Dawson’s Creek. – Você não enjoa da Katie Holmes não? – Fiz uma careta.
- Claro que não! Só pra você ter uma idéia, já assisti esse capítulo 5 vezes. – E soltou uma piscadela. Joguei uma almofada nele e fui para a cozinha comer algo. Abri os armários, mas estavam vazios.
- Thomas, você não tem comida nessa casa não?
‘Na verdade não, nunca como em casa. Mas pedi pizza de brócolis!’
Corri pra sala.
- Minha favorita! – E comecei com uma dança ridícula. [N/A: realmentee, eu AAAMO pizza de brócolis ;D]
- Ta bom. Agora senta aqui que é a Katie que ta falando. – Disse Tom sem sequer me olhar.
- Obrigado pela consideração. – Fingi estar magoada.
- DESCULPAAAA! – Ele me abraçou. – E eu pedi de brócolis porque eu sei que é sua favorita, boba.
Passamos o resto da tarde assistindo um filme do Johnny Depp e comendo a pizza, e Tom me lançava olhares de reprovação sempre que eu babava quando Johnny aparecia na tela. Tarde divertida, mas eu ainda tinha que me acertar com o Dougie.


- Tom, tou indo pra casa. Brigada por tudo, mesmo!
- De nada amor. Se acerta com o Dougie e me liga pra contar. Eu posso dar uma de conselheiro amoroso gay a qualquer minuto! – Ri com o comentário e fui andando para casa. Ela me parecia mais longe, ou talvez eu estivesse andando muito devagar. Era um fim de tarde gelado, o céu estava cor de ouro. Eu nem sabia o que falaria na hora, porque se fosse comigo eu não iria acreditar!
Abri a porta de casa meio temerosa. Estava meio escura, e parecia não ter ninguém em casa, só havia uma alta música vinda do quarto de Dougie. Fui na cozinha beber água, e tomar coragem. Minha mãe tinha deixado um recado para mim na geladeira:
,
Eu, Robert e Telma fomos ao salão ver alguns detalhes da festa. Dougie não quis ir, parece meio chateado, você brigou com ele? Bem, tem comida na geladeira, e me ligue quando puder. beijo xx.”

Resolvi ligar para ela.
- Oi filha. Eu estou no salão de festas, arrumando as coisas.
- Eu vi no papel. O que você quer falar comigo?
- Eu estava procurando passagem para você voltar para Londres 2 dias depois do casamento, mas só achei no dia seguinte.
- Então eu vou sábado? – Minha mãe concordou, disse que o avião saía ao meio-dia. Desliguei o telefone e fui ao quarto do Dougie. Reconheci a música alta, era ‘i miss you’ do Blink. Bati na porta com o coração na mão, e ouvi um ‘entra’ bem fraco. Ele estava sentado na cama com um caderno na mão, escrevendo algo em um caderninho. Acho que meu coração parou de bater na hora em que o vi, com aquela franja cobrindo-lhe os olhos, mordendo o lábio inferior com uma cara de concentrado. Ele levantou a cabeça e me lançou um olhar de tanto ódio que se matasse eu estava mortinha da silva, esturricada no chão.
- Dougie, a gente precisa conversar.
Ele continuou com aquele olhar por alguns segundos e depois voltou a atenção para o caderno. Sentei-me na ponta da cama, sem ter o que falar. Toda a verdade estava entalada na minha garganta.
- Você é tão cínica. – Disse ele sem tirar os olhos do caderno.
- Eu? Cínica? Foi Harry que me beijou, não o contrário!
- Ah claro. – Ele bufou. – Eu vi , não sou cego!
- Você não viu o que aconteceu antes! Eu tinha subido pra deixar o seu baixo no sofá, Harry veio com um papo estranho de que gostava de mim...
- Eu não sou idiota! – Ele parou de escrever e começou a falar mais alto. Deu uma vontade repentina de dar um soco na cara dele, e depois beijá-lo. – Eu te disse que se Harry tivesse a fim de você ele conseguia. Não foi isso que me chateou mais, foi o fato de que você nem escondeu. Foi bem na minha frente. Pelo menos tivesse consideração.
Olha ai o absurdo que ele falou.
- Você é o garoto mais idiota que eu já vi! – Eu já tinha me levantado e já estava gritando. Eu não sou muito calma, sabe. – Harry é só meu amigo! Ele interpretou as coisas erradas e me beijou! Eu te amo, agora seu maldito orgulho não te deixa entender isso!
Estava arfando, com os braços cruzados e o rosto muito vermelho, de raiva e pelo choro que ficava querendo sair. Dougie não tinha o rosto muito diferente do meu, mas acho que ele não queria chorar, era só raiva. Desisti e fui saindo. Alguns passos da porta Dougie segurou meu braço.
- Me soltaaaa... – Choraminguei segurando as lágrimas de qualquer jeito.
- Olha pra mim... – Ele murmurou. Eu não ia. Segurei-me e não olhei, evitando olhar pra ele o máximo possível. Mas ele é mais forte e me virou. Eu escondi a cara. Eu sempre ajo como uma criança mimada nessas horas, mas se eu me atrevesse a olhar para ele, com aquela cara de criança com olhos azuis perfeitos, eu não sei o que faria. Com a outra mão ele levantou meu queixo me obrigando a encará-lo. As lágrimas já rolavam soltas pelo meu rosto, é claro. E o que ele fez foi colar nossos lábios. Não foi um BEIJO, não teve troca de saliva, brincadeira com a língua ou coisa parecida, ele só espremeu a boca dele com a minha fortemente.
- Eu te amo.
Ele disse ainda com a boca espremida a minha, e ai sim nós nos beijamos. Joguei meus braços em seu pescoço, ele me agarrou forte pela cintura e nós beijamos fortemente. Cara, acho que foi o melhor beijo da minha vida.



Capítulo 9.


Dia do casamento. Minha mãe tinha ido ao salão às 6 da manhã, e nunca a vi tão nervosa assim na vida. Robert chamou uns amigos para ficarem zoando com a cara dele, beberem cerveja e para ajudá-lo a se arrumar. Já eu passei o dia ligando para minha mãe de hora em hora para falar coisas do tipo: “você vai se casar, não vai mais poder pegar o Brad Pitt!”, fazendo ela rir do outro lado da linha, e jogando vídeo game com o Dougie no quarto dele. Ficamos jogando Need For Speed, e ele era até bom, mas eu ganhava direto dele.
- Não é possível! – Exclamou ele após perder muito feio. – Você rouba, faz alguma coisa.
- Eu só sou boa. – Sorri para ele. Ele fez uma careta e me deu um selinho.
Umas 3 horas da tarde, Tom me liga.
- Sua vaca, você nem me ligou pra dizer no que deu quando chegou. – Ele falou em um tom meio aborrecido.
- Desculpa amor, deu tudo certo sim.
- Que bom! Olha, manda o Dougie vim pra cá, a gente tem que ensaiar um pouco, só pra revisar e eu te vejo lá no casamento, sua vaca.
- Dá pra parar de me chamar de vaca?
- haha, desculpa amor. Beijo. Danny tá mandando outro também, e o Harry ainda não chegou.
- Certo, beijo.
Desliguei e dei o recado ao Dougie. Ele foi correndo se arrumar e foi embora. Enquanto isso, fiquei jogando need for speed. Dougie voltou umas cinco e pouca.
- Como foi o ensaio? – Perguntei quando o vi entrando no quarto.
- Foi legal. Danny tá bastante nervoso, mas acho que na hora a gente vai arrebentar.
- E o Harry? Você não tá tratando ele mal não, né?
- Bem... Estou tratando ele normalmente.
- É bom mesmo. Você sabe muito bem que ele não fez nada.
- Te beijar é não fazer nada? – Ele levantou a sobrancelha.
- Dougie. Entenda uma coisa. Ele não sabia que nós estamos ficando. Entendeu? – Falei devagar e calmamente. Ele soltou um muxoxo. – Está em que porcentagem? – Ele mudou de assunto. Telma abriu a porta na hora em que ia dizer que havia zerado o jogo.
- Crianças, vão se arrumar, pois temos que sair daqui às sete. E só Deus sabe como o Dougie demora de se arrumar.
E fechou a porta. Fui para meu quarto, tomei um banho e comecei a me arrumar. Botei meu vestido rosa, uma sandália de salto alto dourada para combinar com a faixa do vestido e no cabelo fiz um coque preso com grampos, com mínimas mechas soltas. A franja caia sobre meus olhos meio desarumadinha, como se o vento tivesse passado. Elegante na minha opinião. Maquiagem fraca, já que odeio maquiagem, e estava pronta. Bati na porta do Dougie e já fui abrindo. Na hora não me passou na cabeça a possibilidade de ele estar de toalha. Sim, ele estava só com uma toalha cobrindo o necessário, cabelos pingando sobre a cara. Eu fiquei altamente vermelha, principalmente pelo fato de que quando ele me viu, ele soltou um sorriso totalmente safado, totalmente maroto.
- Você está... – Ele abriu e fechou a boca. Provavelmente ia falar coisa que não prestasse. – Linda.
Ele ficou me analisando da cabeça aos pés por alguns segundos e disse: Só um minuto que já boto a roupa.
Sorri ainda envergonhada e me sentei na cama. Ele me deu um selinho e voltou para o banheiro. Peguei o celular dele em cima da cabeceira e fiquei jogando paciência. Digo, tentei jogar, porque minha cabeça estava definitivamente longe dali. Não tão longe, estava mais precisamente dentro do banheiro. Robert, com um olhar meio perdido e decididamente nervoso abre a porta.
- ! Já está pronta? – Concordei.
- E o Dougie, onde está? – Apontei para o banheiro.
- Ele parece uma mulher se arrumando... Diz pra ele se apressar porque nós temos que ir.
- Pode deixar. – E ele fechou a porta.
- DOUGIE! NÓS JÁ ESTAMOS INDO!
- OQUE? – Ele abriu a porta e um cheiro forte do perfume 212 men chegou em meu nariz. Eu juro que não sei por que não caí para trás desmaiada. Dougie estava com aquele smoking todo arrumadinho, e a franja impecavelmente perfeita sobre os olhos azuis dele. Sorri sem graça e disse que já estávamos saindo. Ele terminou de amarrar o cadarço do all star (sim, ele foi de all star. Estava um charme em minha opinião.) e fomos para o carro em direção a igreja.


Já tinha algumas pessoas na igreja, e Robert saiu para cumprimentar todos. Eu falei com algumas amigas da minha mãe lá em Londres, e todas disseram que estava muito bonita. Agradeci, e algumas pensaram que Dougie era meu namorado. Toda corada, dizia que não, e uma chegou em meu ouvido e murmurou: “É melhor você pegar esse peixe antes que alguma garota faça isso!” Acho que vou seguir o conselho dela. Sentei na 1° fila, claro, e Dougie sentou-se ao meu lado. Ele sorriu timidamente para mim, e de repente me vi envolvida por uma garota de cabelos lisos e um vestido azul, me abraçando forte.
- ! Amiga, eu tinha que vir para o casamento da sua mãe, claro! , uma grande amiga, sorria para mim.
- Oh amor! Obrigada por vim!
- Que é isso, nada! – Dougie virou-se para responder algo a Telma, e rapidamente cochichou:
- AMIGA, QUEM É ESSE GATO LOIRO MA-RA-VI-LHO-SO?
- Eu tou pegaaaaaaando!
- MENTIRA! – Ela gritou e muitas, digo muitas pessoas olharam para ela. Ela levantou a mão e batemos um high-5. Ficamos conversando até que um silêncio magistral tomou conta da igreja. Olhei para Robert e ele parecia prestes a desmaiar. A porta da igreja se abriu e minha mãe saiu dela. Era notável que ela estava nervosa, provavelmente suando frio. Mas estava linda. Seus cabelos loiros presos em um coque e de trás do mesmo saía o véu. Um vestido tomara que caia bem coladinho, mas se soltando na região do quadril, branco. Buquê de orquídeas, flor favorita dela. Eu fiquei muito feliz pela minha mãe naquela hora, sempre soube que seu sonho era casar. Dougie pegou timidamente na minha mão, e eu olhei pra ele maravilhada. Porque ele era tão perfeito comigo?



Capítulo 10.


Após a cerimônia, muita falação do padre, e lágrimas quando foram declarados marido e mulher, fomos para o salão de festas. O que mais me chamou a atenção foi o bolo: Tinha mais ou menos um metro de altura! E os bonequinhos decididamente parecidos com minha mãe e com Robert estavam no topo. Fui falar com os recém-casados, que estavam falando com os convidados.
- Mãe! Parabéns, o casamento mais lindo que já vi, até chorei. – Disse sorrindo.
- Filha, você não sabe como é importante ouvir isso de você! – E me deu um beijo estatelado na bochecha. Virei-me para Robert.
- Cuida bem da minha mãe, ein?
- Pode deixar pequena. – Disse Robert radiante e me deu um abraço. Comecei a ouvir uns ‘psiu’ e quando me virei vi Tom, Danny e Harry, muito bonitos de terno me chamando com o dedinho e abafando os risos. Tom apontava para e depois para ele, em seguida estendendo o dedão, com certeza queria ser apresentado. Arrastei comigo em direção aos garotos, chamando Dougie que veio correndo atrás.
- Você ta gata! – Disse Danny piscando para mim.
- E você está estonteante, gatinho. – Entrei na brincadeira e todos começaram a rir.
- Qual é, ! Nem apresenta as amigas! – Disse Tom sorrindo para mostrando sua covinha. Eu sei muito bem que minha amiga ama covinhas e semelhantes. ficou vermelha, mas tratou de se apresentar.
- , prazer.
- Tom Fletcher, o prazer é todo meu! Então... Você gosta de que tipo de música? – E de repente engataram uma conversa sobre os Beatles, se afastando de nós e indo em direção ao jardim. Dougie me abraçou por trás e entrelaçou suas mãos com as minhas. Era muito bom ficar nessa posição com ele.
- Vocês vão tocar que músicas? – Perguntei.
- Bem, queríamos tocar All About You, mas como Tom escreveu essa música pra Giovanna e terminou com ela, resolvemos tocar I Wanna Hold You e Met This Girl. – Respondeu Harry.
- E ainda terá uma música surpresa, mas não vamos falar para você! – Disse Danny com um sorriso colgate para minha pessoa.
- Estou ansioso para tocar logo! – Disse Dougie esfregando as mãos umas nas outras.
- Conta, vai!
- Ainda não, espere até o show! Se bem que pelo visto não vai demorar muito, o salão já está lotado. – Olhei para trás e era verdade, todas as mesas estavam ocupadas e todos estavam conversando animadamente, parando o garçom uma vez ou outra para pegar uma bebida. A organizadora do casamento, uma mulher baixinha com cara de mandona, chegou e disse apressadamente:
- Esta quase na hora do brinde, e após isso vocês vão começar a tocar. Esta faltando algum integrante aqui?
- Está sim, o Tom não está aqui. – Respondeu Harry.
- Você poderia chamá-lo, por favor? Agora tenho que ir. – E ela saiu apressada em direção a cozinha.
- Pode deixar que eu chamo. – Disse e saí em direção ao jardim. Chegando lá, vejo Tom e aos amassos sentados em um banquinho. Cutuquei calmamente o ombro do Tom, e ele abanou a mão sem se desgrudar de .
- Tom, você tem que tocar agora. – Disse. Ele parou de beijá-la e perguntou:
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Certo. Depois a gente volta onde parou. – E deu um selinho em , entrando todo sorridente.
- OH AMIGA, ELE É TÃO FOFO! – exclamou ela com os olhinhos brilhando.
- Vocês ficaram se beijando o tempo todo?
- Não, a gente tinha começado a se beijar agora! Ele ficou todo vermelhinho antes de me beijar, ele é um amor. – E ela ficou absorta em seus pensamentos. Dei a ela 5 segundos de reflexão e depois falei alto:
- VAMOS ENTRAR NÉ, DONA ? – Ela começou a rir, se levantou e entramos no salão. Sentei-me do lado de minha mãe, e do meu lado. Samantha, uma amiga de infância de minha mãe, se levantou e começou seu discurso. Todos bateram palmas, minha mãe chorou um pouco, e a organizadora baixinha subiu no palco e falou ao microfone:
- E agora com vocês, MCFLY!
Harry entrou sorrindo e se sentou na bateria, Tom, Danny e Dougie entraram correndo com seus devidos instrumentos em mão. Dougie soltou uma piscadela e eu mandei um beijinho. Começaram a tocar I Wanna Hold You, e a pista se encheu com todos os convidados. Minha mãe rodava de um lado para o outro com Robert, com um sorriso que parecia ter sido colado no rosto. Cutuquei e fomos para a pista zoar com todos os convidados. Ficamos atrás de Samantha e seu marido, fingindo ser sombras e imitando os seus movimentos, com direito a muitos risos. E de repente comecei a escutar as 1° notas de All About You, e exclamei alto com :
- Mas eles disseram que não iam tocar essa música!
- Vai ver mudaram de idéia. – Disse ela despreocupada e voltando a dançar. Mas quando parei para prestar atenção na letra, percebi que era a 2° versão de All About You: Era I Wanna Touch You. Quando as pessoas pararam para reparar na letra, o salão explodiu em risadas. Eu e fomos para a frente do palco e começamos a dançar. McFly teve uma ótima aprovação pelo público, todos dançaram bastante. No final Danny exclamou no microfone:
- VALEU GALERA, AMEI TOCAR AQUI COM VOCÊS! – Aplauso geral. Eles saíram do palco e um DJ começou a tocar. Dougie desceu do palco e me abraçou, Tom abraçou que estava simplesmente nas nuvens, e Harry e Danny começaram a se abraçar por falta de par. Começamos a rir e quando o DJ começou a tocar uma música lenta, Danny disse:
- Vou procurar alguma gatinha por aí.
- Ei, me espera! – Disse Harry e saiu correndo atrás do amigo.
Tom e já iam voltando para o jardim, Dougie botou as mãos na minha cintura e nos aproximou. Eu botei os braços do pescoço e encostei minha cabeça em seu ombro, e ficamos assim por um tempo, dançando devagar.
- I Wanna Touch You foi pra você. – Disse ele baixo em meu ouvido.
- Então se eu não te beijar, Sarah Coxx irá fazer isso?
Ele riu e beijou meu ombro. De repente me deu uma vontade muito grande de falar para ele o que eu estava pensando há um bom tempo.
- Dougie... – Ele me olhou, e essa idéia ficou mais nítida em minha cabeça.
- Que tal nós irmos para casa? Ela estará vazia e nós podíamos fazer... Algo que queremos a muito tempo. – Eu REALMENTE disse isso? E disse isso sem ficar vermelha? Uau. Ele abriu o maior sorrisão.
- Bem melhor que ficar aqui. – Me deu um selinho demorado e me puxou para fora do salão. Quando passamos por e Tom, minha amiga gritou: “aonde é que você vai?”. Me virei e pisquei para ela, e ela entendeu o que iríamos fazer. Mandou-me um sinal de aprovação e voltou a falar animadamente com Tom. Entramos no carro e fomos para casa. Eu estava incrivelmente calma, isso não é muito normal.


A todo sinal que parávamos, Dougie me puxava para um longo e doce beijo. Isso rendia muitas buzinas, pois sempre ficávamos um bom tempo após o sinal abrir. Mal conseguimos abrir a porta de casa. Dougie errava o buraco da fechadura. Finalmente após alguns minutos (tá, exagerei) ele conseguiu abrir. Começamos a rir e ele voltou a me beijar. Achamos o quarto ao tato. Desabotoei sua camisa lentamente, enquanto suas mãos passeavam por todo meu corpo. Ele pegou na barra de meu vestido subindo-o lentamente, me deixando só de calcinha e sutiã. Deitei na cama e ele tirou lentamente a boxer dele, subindo em mim em seguida. Eu fiquei com vontade de rir ao ver seus lábios vermelhos. É, eu tava meio idiota na hora.
- Wollen Sie mit mir schlafen heute abend? (você quer dormir comigo esta noite?) – Perguntou ele. Sorri lentamente o beijando, o que já respondia tudo. Sua mão foi descendo minha calcinha lentamente e me penetrando devagar.



Capítulo 11.


Acordei com raios de sol na minha cara. O travesseiro estava fofo, a cama quente e aconchegante. Abri devagar o olho e me dei de cara com o criado-mudo, com um relógio digital marcando 11:15 da manhã.
11:15?!
Tinha 45 minutos para me arrumar e ir para o aeroporto. Mas não estava com muita cabeça para pensar em meu atraso. Virei devagarzinho e vi Dougie, com seus cabelos totalmente desgrenhados, diferente do que estou acostumada a ver, uma cara de quem está ferrado no sono e a boca meio entreaberta. Os braços estavam jogados pela cama e o edredom só cobria o necessário. Um sorrisinho fraco estampou meu rosto ao me lembrar da noite anterior. Lágrimas teimosas caíram ao vê-lo dormir. Parecia que tinha um rastro de sorriso em seus lábios. Levantei-me devagarzinho, fui para meu quarto e tomei um banho rápido. Dougie continuava dormindo do mesmo jeito. Botei uma calça, e procurei minha T-shirt favorita, que era verde com letras garrafais roxas dizendo:‘I do it better’, mas ela não estava na mala. Tive uma brilhante idéia. Fui ao quarto do Dougie, abri o guarda-roupa devagar e o seu moletom da Atticus estava bem na frente. Vesti-o e fechei os olhos. Ele tinha o cheiro dele, estava quentinho, e tenho certeza de que se fosse comestível teria o gosto do Dougie. Acho que ele não irá sentir falta. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e deixei a franja solta e meio bagunçada onde estava. Já ia arrastando as malas para fora de casa quando me lembrei do Dougie, deitado no quarto, esperando acordar e me achar deitadinha ao seu lado. Pra falar a verdade nem eu sabia porque estava fazendo aquilo. Ir sem me despedir. Era muito difícil para mim me despedir dele, nesse pequeno tempo ele tinha mudado a minha vida... Sei lá, era complicado. Resolvi deixar quieto, ele já sabia que eu ia viajar mesmo. Em meio à muitas lágrimas liguei para o táxi e fiquei esperando sentada no meio-fio da rua. Sério, eu não quero mais voltar para Londres.

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- Bom di.. – Começou Dougie, mas terminou percebendo da ausência de ao seu lado. Ele não se preocupou muito. Rolou preguiçosamente pela cama e olhou para o relógio digital. Marcava 11:50.
11:50?!
já foi embora, e NÃO ME DISSE NADA?!”
Dougie levantou-se de um pulo, pegou a roupa do casamento jogada pelo chão do quarto e rumou que nem um maluco para o aeroporto. Nada mais para ele importava agora.

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A fila do check-in estava gigante, e eu realmente não estava com paciência para agüentá-las. Incrivelmente consegui chegar no aeroporto sem me atrasar. Fiz o check-in a tempo, e ainda pude parar em uma lanchonete qualquer para comer algo. Eu atraia olhares de todas as pessoas possíveis, talvez pela minha cara inchada de tanto chorar, por estar usando um moletom 5 vezes maior ou por ficar derrubando lágrimas pelo caminho. Eu não sei qual das 3 opções.
‘Senhores passageiros do vôo 1144 para Londres, embarque imediato portão 3.’
Uma voz bonita feminina anunciou. Era minha hora. Levantei pesadamente da cadeira e fui andando em direção ao portão 3.
- Não acredito que você vai fazer isso comigo. – Era a voz de Dougie. Me virei e lá estava ele arfando e bufando, com a roupa do casamento toda amassada. Caminhei lentamente em direção a ele.
- Não custava nada ter me acordado, ! – Disse ele furioso.
- Mas você tava tão fofo babando no travesseiro...
- Não é hora de piadas, eu tou falando sério.
- O que você queria que eu fizesse finalmente? Você sabia que eu tinha que voltar hoje! Você acha que eu quero voltar? NÃO CARA! Eu quero ficar aqui, com você! Mas eu tenho uma vida lá e eu não posso abandonar tudo por um caso.
- Então fui só um caso?
- Não foi isso que quis dizer.
- Você é muito confusa.
- Você também. – Ele começou a rir e me abraçou.
- Vou sentir falta de você. – Ele disse em meu ouvido tão baixinho e tão docemente que eu desabei.
- É, eu também. – Ele me beijou e eu segui para o portão. Já dentro do avião deu uma baita vontade de jogar tudo para o ar e fugir com ele. Ir para o Brasil ou coisa parecida. Tarde demais.

The end. Or not


n/a:HELOU LEITORES! :D então, não é nota da beta aqui, é da autora /milagre. sinto dizer que ela está acabando... mas não se desesperem! (como se vocês fossem mesmo, mas ok) eela terá parte 2. siiiiiim, e eu irei me forçar a escrevê-la o mais rápido possível! Um GIGANTE obrigada a todas as pessoas que leram isso e outro maior ainda as pessoas que comentaram aqui gente, eu chorei. IUASEHIUEAH jurava que iam ler e dizer 'que lixo' e em seguida fechar a janelinha. :D estou aberta 24 hrs à críticas, sugestões, elogios, ataques ou whatever! (: entãaao, vejo quem em curitiba em outubro? lolllll
ps: eu tentei fazer com que essa fic não tivesse o mcguy fixo, mas seria praticamente impossível. ah qual é, é sempre bom agarrar o baixinho! KKKKKKKKK :D ;*

n/b:’aaadeus, alguém precisava dizeer... E esse alguém era eeu, mas com que palaavras? Com que coração, de que jeito?...’ o resto eu não lembro, e sim, é Sandy & Junior. Então, uma pena essa fiction ter acabado, a autora sabe muito bem o quanto amo essa história, mesmo se passando com o baixinho, mas cê sabe como é, a menina aqui é fissurada nele... bom, fazer de tudo aqui pra ter uma parte dois e, bom, muito obrigada a todos vocês por estarem comentando na fiction. E mil desculpas pelo tempo que eu estava demorando de atualizar.
Cáh xx


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