Um Beijo Pelo Seu Silêncio
Por Bella Albuquerque



- !! – gritava da sala enquanto se arrumava em seu quarto.
- Poxa, ! Espera! – reclamou. - Você sabe que eu demoro pra me arrumar, né?
- Oh, ANTA! Se você sabia que ia demorar, por que não acordou mais cedo??
- Mais cedo, ? Você é louca? - dizia terminando de pentear os cabelos.
Foi nessa hora que ela escutou os passos de subindo as escadas e soube que a amiga ia lhe dar uma bronca quando entrasse no quarto. Resolveu que, quando a amiga tocasse a maçaneta da porta, ela iria abrí-la antes. E foi o que fez...
- Que susto, maluca! – gritou com .
- Tu sabe que eu te amo, ! [n/a:É isso mesmo...homenagem as txongàs do meu coração que estudaram comigo...amo vcs txongàs toscas² XD] - Disse como se isso fosse um apelido carinhoso.
- Olha, sua , se você me chamar assim no colégio novo eu te mato, belê? – Disse .
- Só que tu esquecesse que tu também tá me chamando de , num é, queridinha minha? – disse , sendo irônica.
- Tá, tá, eu tenho que parar com isso, né, ? - disse parando rapidamente ao ver que tinha chamado a amiga de novo pelo apelido. - Tudo bem, vamos logo antes que a gente se atrase mais, né?
- É, é, . Vamos logo... - concordou , rindo.

As amigas iam conversando pelo caminho, era o primeiro dia de aula delas e elas iam andando. Quando chegaram na esquina da casa delas, gritou:
- MEU DEUS!
- O que foi, criatura? - gritou . Ela quase tinha caído pra trás com o grito que a amiga deu.
A gente esqueceu de chamar as meninas!! Elas vão se atrasar! - falou quase tendo um ataque.
- CARAMBA, ! TU QUER ME MATAR DE SUSTO? - gritou .
- Não sei se eu vou te matar... Mas que tu vai me deixar surda, vai. Sabia? - falou , rindo.
- Oh, anta! Elas vão se encontrar com a gente exatamente nessa próxima esquina...Elas me ligaram e avisaram que saíram mais cedo de casa, porque tinham que ir à farmácia... Ainda bem que eu tenho cérebro! - falou , gargalhando.
- Ainda bem que existe celular, né? - riu .
- É, ... - disse.
- E ainda bem que a gente já vai se encontrar com elas, porque eu preciso contar pra vocês sobre o menino que eu encontrei aqui perto de casa... Para ser mais exata, no mercado. [n/a: Homenagem à Gabi que era apaixonada pelo menino do mercado (lll)]
- Que coisa mais romântica. - falou , querendo acabar com o clima da amiga.
- Ain, ... Poxa... Me deixa ser feliz...
Nessa hora, as amigas foram surpreendidas por e , que chegaram por trás delas e disseram em coro:
- É, ! Deixa a ser feliz e sonhar com o menino do mercado!!
gargalhou da ironia das outras amigas. ficou calada, mostrando que tinha se chateado.
- Oh, !! Fica assim, não!! - gritou , que, logo após ter falado isso, gritou. - CÓCEGAS NELA, MENINAS!!!
E, logo após isso, se viu com três loucas ao seu redor fazendo cócegas nela.
- Tá bom! Eu me rendo! - falou .
- Ah, não... Além de se render você tem que admitir que nós somos as melhores amigas do mundo; e que a gente sempre te vence na cosquinha; e você vai ter que contar tudo do menino do mercado. E sem fazer cara feia! - disse , enumerando nos dedos.
- Tá bom, minhas s! - falou , mas ao se lembrar da bronca que levou de , disse:
- Mas antes eu tenho que dizer que essa história de a gente só usa quando não tiver ninguém por perto, tá? - ela disse e as outras concordaram, até que perguntou:
- Por que essa frescura agora? Eu posso saber?
- Nem olhe pra mim. - disse .
- Pra mim também não. – falou . - A culpa é dela aqui, oh! - falou , apontando para .
- Tá bom, minha gente... Não precisa olhar para mim assim. O negócio é o seguinte, a gente tá entrando num colégio novo, onde a gente não conhece ninguém e que, provavelmente, tá cheio de gatinhos, segundo nossas mães que foram nos matricular lá!
- E daí? - falou .
- E daí, inteligência, que a gente não pode chegar com apelidos, porque a gente não sabe como o povo dessa escola é, né?- falou , rolando os olhos.
- Eu já entendi, . – falou . – Assim, , a gente não pode falar assim, porque a gente tem que conhecer primeiro o ambiente e depois se soltar... Não é isso, ?
- É isso, sim! - falou , rolando os olhos. - Até que enfim, alguém com um pouco de massa cefálica! - falou , rindo e levando uma cutucada na barriga das amigas e, depois, completando: - Mas, dona , não fuja do assunto e cumpra logo as 4 coisas que você tem que fazer...
- Que quatro coisas? - falou , se fingindo de desentendida.
- Você tem que admitir que nós somos as melhores amigas do mundo; e que a gente sempre te vence na cosquinha; e você vai ter que contar tudo do menino do mercado. E sem fazer cara feia! - disse , que praticamente decorou o texto todo.
- Tá certo... Vamos lá... Vocês, s 2,3 e 4 são as melhores amigas do mundo. - ela falou rindo enquanto as amigas diziam “Que lindo!! Ela adimitiu!” e, depois, continuou: – E vocês sempre me vencem na cosquinha e, tá... Vamos andando que eu conto a história do menino do mercado... Porque eu tenho certeza que a gente vai se atrasar. – e, falado isso, todas concordaram e seguiram direto pra escola sem parar pelo caminho, enquanto contava: - Bem, gente... Foi assim... Eu estava lá no mercado, quando eu notei que alguém me observava... Sabe, né? A gente nota quando essas coisas tão acontecendo... Daí, eu fiquei meio que procurando quem era... Foi quando eu vi que um menino me olhava por trás da prateleira do mercado... Aí, eu olhei pra ele e fiquei vermelha... Normal, né? Mas aí, ele veio até mim e falou com uma voz tãããããão linda “Oi!”. Aí, eu peguei e disse...“Oi!” e ele perguntou como era meu nome e tals... E perguntou o que eu tava fazendo nessa cidade já que nunca aparece ninguém novo aqui. Aí, eu falei que o meu pai e o pai de umas amigas minhas têm um negócio e, por motivos que nem eu mesma sabia, eles se mudaram para uma cidade que é aqui perto, mas não dava pra gente ir morar lá por que lá não tem escola, que lá é praticamente uma cidade industrial e daí, a gente resolveu se mudar pra cá e estamos morando todas juntas. Aí, na hora que ele ia falar alguma coisa, outros 3 meninos gritaram pra ele: “Hey, dude! Vem logo, cara... Pára de ficar dando em cima da pobre menina indefesa... Ela vai ficar com medo de tu, El Pegador.” e, quando os meninos gritaram isso, ele ficou vermelho e disse um rápido “Tchau” e foi embora!
As meninas olhavam para de boca aberta.
- Caramba, , o que tu acha de, sei lá... De vez em quando, parar pra respirar? Acho que, às vezes, um ar nos pulmões é até bom, sabe? – falou .
- HÁ HÁ HÁ! – falou , sendo irônica.
- Tá... Mas vamos ao que realmente interessa: os meninos eram gatos? - perguntou .
- Putz, ... Nem querendo dá pra chamar ele de feio... - falou , lembrando-se do menino e começando a viajar.
- Oh, viajante de marte... Terra chamando!- gritou , coisa que fez acordar do seu transe.
- Oh, ! O que é? - falou .
- Acorda, menina... Ela não tava perguntando do tal ‘dude’ que você conheceu, lerda! Ela tava perguntando dos outros 3, dã! Ela quer saber se os amigos dele eram bonitos! - falou .
- Ah, tá... Eles eram bonitos, sim... Todos, sem exceção! - falou sob aplausos das suas amigas.
- Aí, ... Isso mesmo! Já fazendo contato! - falou .
- Tem que ser assim mesmo, ! - disse .
Nessa hora, elas já estavam na frente do colégio e a única que parecia estar calada era .
- O que aconteceu, ? - perguntou .
- Vai dizer que você não tá interessada nos meninos que a falou? – perguntou .
- ... Você ta doente? - perguntou indo verificar se a amiga não estava com febre.
- O quê? Vocês estavam falando comigo? - perguntou .
Pergunta que fez as meninas gargalharem com vontade.
- Ah, tá... Entendi... É que eu tô vendo coisa bem mais interessante. - falou parando de repente na frente das amigas, impedindo que elas passassem.
- O que foi, ? – perguntou sem entender nada.
- Olha, meninas... Como eu sei que vocês são minhas amigas e nunca me fariam passar vergonha, me digam... Olhem discretamente pra frente, lá na porta... Tão vendo três meninos juntos, conversando e rindo? - perguntou ela, muito nervosa.
As três amigas concordaram com a cabeça e esperaram a outra prosseguir... Mas ela não o fez. Então, falou:
- Oh lerdeza... Dá pra dizer o que têm aqueles meninos?
Até que ligou tudo e disse:
- A não tá interessada nos meninos do mercado, porque ela já viu coisa bem melhor, não é isso, ?
Ela concordou com a cabeça na mesma hora em que virou pra ver os meninos. Na mesma hora, começou a rir.
- Oh, criatura! Dá pra dizer o motivo da crise?
- É... Que... - tentava falar entre as risadas até que levou um pedala bem dado de e falou:
- Garotas... Apresento a vocês os meninos do mercadoooo! - falou ainda rindo, mas não deixando de notar que o “seu” menino do mercado não estava lá.
- Mentira, !!! - gritava , desesperada.
- Caralho, ! Eu tô te dizendo que são eles, poxa! - falou .
- Caramba, , quando tu falou que não dava pra chamar eles de feios eu não sabia que você tava querendo dizer que eles eram lindos!! - falou .
- ! Olha aquele menino! - falou apontando para o menino que estava falando algo muito engraçado, porque tinham junto com eles 4 meninas que riam bastante.
- Xii, ... Por que tu não desiste? - falou , ao ver que o menino abraçava uma menina do lado dele e dava um beijo na bochecha dela.
- Pó, menina! - gritou com . - Também não desanima tua amiga, né?
- Isso mesmo, garotas! - falou . - A esperança é a última que morre! - e riu de se acabar.
- Bem... - falou . - Ali não tem nenhum que me agrade... – disse, fazendo cara feia.
- Calma, menina... Não existem só eles de menino no colégio... - ia falando quando foi interrompida por , que falou antes dela.
- Opa opa opa... - ia dizendo quando, na mesma hora, viu o “seu dude” se aproximando... - “... Não preciso mais de menino nenhum! Aquele ali é o “MEU”!- falou na mesma hora que viu que ela se referia ao dude do mercado.
Só o que pensava era: “FUDEU! FUDEU! FUDEU! Só faltava essa! Uma das minhas melhores amigas vai achar o meu dude bonitinho”.
Até que, quando o dude de ia se aproximando do grupo de garotos, as meninas que estavam com eles foram embora e um dos meninos, que estava de costas, virou-se e quase babou.
- Pára tudo, meninas!!! - ela dizia enquanto as outras já tinham babado.
não conseguia parar de olhar para o menino que estava sentado no murinho do colégio, não conseguia tirar os olhos do menino que, há pouco tempo, estava fazendo graça e olhava o seu dude, que chegou escutando iPod e começou a babar naquela hora, quando o menino que estava de costas virou-se e ela pôde ver seu rosto muito lindo.
- Hey! - gritou quando as amigas novamente notaram que elas estavam ali.- Por acaso vocês lembram que eu existo? - disse a garota, quando as meninas começaram a dizer:
- Claro, né, ? A gente não consegue te esquecer!
- Claro! Você não larga do nosso pé! - falou , levando um tapa no braço de .
- Oh, ! Não diz isso... Ela tava brincando, !
O sinal tocou e elas foram direto pro colégio, passando pelos meninos e ficando sem jeito. “Mas eles nem notaram a gente passando aqui!”, foi o que elas pensaram, mas, nessa hora só o que conseguia pensar era que, graças à Deus, não estava gostando do seu dude, ela estremeceu só de imaginar como isso seria. Ao pensar nisso, deu um abraço na amiga e ninguém entendeu o motivo, mas ela estava muito satisfeita por dentro e, claro, estava muito feliz.

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Enquanto isso, os meninos estavam conversando animadamente, quando Tom olhou para quatro meninas que estavam ao longe conversando e rindo. Ele ficou encantado com aquela menina de cabelos pretos que estava quase de frente para ele, mas ela nem olhava para ele e isso realmente não animou o garoto... Ele começou a pensar:
“Ah, Fletcher... Vamos lá! O que não falta no colégio, e no mundo, são garotas! Você pode ter qualquer uma que quiser... Então pra quê se importar com aquela garota? ...Só porquê ela tem um cabelo lindo que balança quando ela anda e ela sorri do jeito mais lindo que você já viu? ...Caramba, Fletcher... Relaxa... Você só viu essa menina hoje e já observou isso tudo? Calma, cara...Respira e relaxa” .
Ele balançou a cabeça freneticamente, como se quisesse espantar aqueles pensamentos da sua cabeça. Foi aí que os amigos notaram que ele tava “viajando”.
- Ei, Tom! O que aconteceu? - Perguntou Danny, mas foi na hora em que Dougie viu a menina do mercado dele, e aí ele se deu conta de que ele nem sabia o nome dela e ele pensou: “CARACA! Ela vai estudar na mesma escola que eu!” O menino pirou só de pensar nisso.
- Ui! Gatitas à lá vista! - falou Harry, imitando a voz de um argentino.
Os outros riram quando viram que as meninas agora se dirigiam à porta do colégio e que elas iam passar bem próximo a eles...
As meninas passaram e os meninos prenderam a respiração, quando Tom quebrou o silêncio e disse:
- Agora você entendeu o que aconteceu, meu amigo?
- Não só entendo como também lhe compreendo, meu caro. - falou Danny, dando um tapinha camarada no ombro do amigo.
- Vamos, caras! Depois você beija ele, Danny. - falou Dougie levando um pedala de Tom.
- Vai pra porra, dude! - falou Tom, rindo.
E os outros riram, entrando no colégio.
Tom, ainda pensando na sua menina que nem olhava para ele; Dougie, pensando na menina do mercado; Danny olhando para a menina branquinha de cabelos pretos que ele havia olhado e que, mesmo os meninos não tendo notado, ele ficou bobo por ela; e Harry, bem, Harry não era o tipo de menino que se apaixona, ele queria era curtir a vida, afinal ele tinha 17 anos e, segundo ele, era hora de curtir! Mas ele não podia negar que incluiu aquela loirinha de cabelos na altura dos ombros na sua lista de garotas para pegar!
Chegaram na sala e ficaram conversando, esperando o professor chegar. Dougie, sentado no braço da cadeira em que Harry estava sentado, ainda estava escutando seu iPod e os outros dois também estavam sentados em outras cadeiras que, por sinal, não eram as suas. Suas bolsas estavam em outras bancas, os quatro estavam ali só conversando sobre como tinham sido as férias e quais as gatas que eles iriam pegar naquele ano.
Quando Harry ia começar a enumerar as garotas que ele iria pegar no ano, ele parou. Foi nessa hora que quatro garotas entraram na sala, deixando todos os garotos do lugar hipnotizados e as garotas com muita inveja. Não era só a beleza delas que deixavam todos assim, era simplesmente o fato de que os sorrisos delas eram perfeitos e que elas riam de uma forma tão natural que era de cair o queixo.
Mas Harry completou, não ia perder a chance de marcar território:
- Eu... Cara... Eu vou pegar aquelas ali! - Ele disse apontando para as meninas que estavam entrando na sala.
- ‘Aquelas’, cara? Que tal definir uma e deixar as outras para os dudes aqui?- disse Danny, zoando.

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Ao entrar na sala, as quatro garotas ficaram sem saber o que fazer. Aparentemente, não tinha lugar para elas se sentarem e elas não imaginavam que o professor já estivesse na sala. Chegavam rindo e, quando avistaram o professor, pararam imediatamente de rir e ficaram muito vermelhas.
- Desculpa, professor.- disse , tentando quebrar o silêncio que se abateu no lugar logo que elas entraram.
- Pois não. - disse o professor. - Vocês são as senhoritas...?
- .- disse .
- . - disse .
- . - disse .
- .- disse .
- Muito bem, senhoritas. - disse o professor. - Eu não quero ter que suportar atrasos em sala, então sugiro a vocês quatro que procurem lugares para sentar antes que tomem uma detenção antes de entrarem em sala.
- Eu não sabia que detenção se tomava. - disse baixinho. - Onde é que está o copo de detenção? - e riu baixinho, até que deu um beliscão por trás dela e disse:
- Claro, professor! E, mais uma vez, nos perdoe. Juro que não vai acontecer novamente.
- Acho bom mesmo. - disse o professor – E, à propósito, eu sou o professor Ferraz.
- Prazer. - disse tentando fazer média com o professor, enquanto as outras três amigas olhavam cada vez mais vermelhas para toda a turma.
- Então, professor... - disse quando finalmente conseguiu recuperar a voz. - Nós até poderíamos nos sentar se tivesse algum lugar vago! - disse, bem irônica.
Dito isso, o professor olhou para a turma e disse:
- Sr. Judd? - ao escutar seu nome, Harry levantou-se rapidamente da cadeira, fazendo com que Dougie, que estava sentado no braço da cadeira dele, caísse com um baque estrondoso, arrancando risadas de toda a sala, inclusive das meninas, que ficaram de boca aberta quando notaram que os meninos que elas estavam vendo lá na frente do colégio eram da turma delas. Dougie se levantou, dizendo baixinho para o amigo:
- Eu te mato, seu veadinho.
- Sim, professor? - Foi apenas o que Harry disse, ignorando totalmente o amigo.
- Sr. Judd, creio eu que o senhor e seus amigos não estejam sentados nesses lugares, não é? - falou o professor.
- Não, senhor, professor. Estamos sentados nesses lugares aqui. - Disse Harry apontando para os lugares atrás dos que eles estavam sentados agora.
- Então, Sr. Judd, já que o Sr. é tão bom com respostas, gostaria que me dissesse porquê o senhor e seus amigos estão sentados nos lugares dessas quatros moças simpáticas, aqui.
Os meninos ficaram instantaneamente com ódio de Harry, por ficar respondendo o professor, e do professor, por ficar dando em cima das meninas descaradamente. E as meninas ficaram totalmente vermelhas por ver que o professor olhava para elas com segundas, terceiras e quartas intenções, se é que isso é possível.
- Podem ir se sentar, senhoritas. - disse o Professor Ferraz.
- Obrigada. - foi o que cada uma delas disse ao passar pelo professor.
Foram diretamente para os seus lugares e sentiram todos os olhares em cima delas.
Sentaram-se e começaram a assistir a aula; foi quando passou um bilhetinho para as amigas, que começam a conversar:
Meninas,eu não sei se é coisa da minha cabeça, mas eu acho que o dude da Bella fica olhando direto pra gente e eu vou ficar apaixonada se o amigo bonitinho dele olhar de novo pra mim com aquele sorriso! -
Ain, melldells! Como você é retardada, ! Tudo bem que eles são bonitinhos, mas relaxa na bolacha, tá, garota? -
Dells!! Eu concordo com a ! Eles são muito lindinhos!! Mas duvido que um deles venha a olhar pra mim *chora* Eu sou feia!! E, mesmo assim, vocês sabem que eu tenho namorado, não é? - .
Ah, !! Nem vem que não tem!! No dia que você for feia a não é Paty! Rsrsrsrs! Mas, realmente... O fato de você ter namorado complica um pouco as coisas... Mas para quê existe o famoso chifre? Rsrsrs! Beijo –
Ain, , não fala isso nem de brincadeira! Eu tenho que resolver a minha vida com o Kyle, tenho que decidir como a gente vai ficar. -
Mas é sério, meninas... Ei! Olha...eu acabei de ver...eles também tão passando papelzinho... Será que tão falando da gente?? Dells, eu tô pirando e olha que a gente tá no primeiro dia de aula! Imagine o ano todo com esses moleques? Tadinha deu! -
Caramba, !! É mesmo... Eles tão com papel... Melldells, o que é que eu tô dizendo?!... Vâmo concentrar na aula e eu não quero mais ninguém com papelzinho, ok? –
Tem que ser a pra estragar a graça da gente... Aff. –

Depois que as amigas leram esse papel riram um pouco e se concentraram na aula, enquanto os meninos...

....Olhavam para as meninas. Danny pensou em falar com os garotos, mas o professor era osso duro e se visse eles conversando eles estariam perdidos... Foi aí que ele teve uma idéia[n/a: É minha, gente, o Danny teve uma idéia... vai chover, não? :P], iria conversar com os meninos por papelzinho... “Caramba!”, Danny pensou, “Eu sou mesmo um gênio”.
Hey, gays! Queria saber se algum de vocês ta prestando atenção na aula... Como eu sei que a resposta vai ser igual à minha, ou seja, ‘ não’, então, vâmo conversar? Bem... Vamos... Eu tava reparando naquelas meninas novas da nossa sala e elas são até gatinhas, né? – Danny
Aew, beesha louca! ‘Até gatinhas’, Danny? Cara...você se droga? Porra! Elas são gostosas pra caramba! Você viu a bunda e os peitos da tal da ? Ela é muito gata! Quero a opinião de vocês, dudes! Beijos na bunda de vocês - Harry
Tipo, Harry, eu não sei se você se tocou mas você tá falando da bunda e dos peitos da menina que o DOUGIE conheceu no mercado... E que, por sinal, nós também vimos, e ela já é dele, né? E eu sei que o Harry tá pensando “Eu espero que ele responda que não”, não é, Harry? ...Porque, se depender do Harry, ele vai agora mesmo conversar com a ... kkkk – Tom
Primeiramente, fala, gay (ou seja Danny)! Segundo: Harry, porra, pára de olhar pra bunda e pros peitos da menina! Se bem que, realmente, não tem como não reparar... Ela tá logo aí na sua frente, né? Mas, do mesmo jeito, tira os olhos dela! E, terceiro: pode considerar ela riscada da sua lista, sua beesha louca do caralho! Ela já é M-I-N-H-A! Será que deu pra entender?Então esquece ela agora!! – Dougie
.
E Dougie passou o bilhete para Harry com a cara fechada.
Hurrul!! O Dougie ficou nervosinho!! Ele tá afim da menininha do mercado!! ...Ei, ela é a menina do mercado mesmo, é? Eu sabia que conhecia ela de algum lugar... Mas achei que eu já tivesse dormido com ela... Mas não foi... Pelo menos, ainda não... Ai, ai, ai, !! Rsrsrsrs... Tudo bem, Dude... Coisa totalmente esquecida, agora vamos, que já tá na hora da próxima aula! - Harry
Oketi! - Danny
Oketi? Danny...cara, você é gay? Blz, caras...até depois e a gente conversa melhor! – Tom
Você sabe que eu sou, amorzinho... kkkk – Danny


Tocou o sinal e todos foram para fora de suas salas, as meninas foram procurar seus armários e, os meninos, foram ao refeitório.
Depois de ter guardado os materiais, as meninas foram conhecer o resto do colégio e ver a paisagem (resumindo: OS MENINOS!!).
- Ai, meu deus! – dizia. - “, caramba! Admite que os meninos são muito gatos! Gatos ao extremo!
- Caramba digo eu! Que menina exagerada. - falou. - Tá bom, eles são gatos, , mas, pelo amor de Deus, relaxa aí menina, ou você vai ter um ataque!
- Ainda mais quando ela olhar pra trás e ver quem é que tá vindo na nossa direção, cheios de sorrisinhos. - falou rápido, porque os meninos já estavam chegando; ela falou tão rápido que as meninas nem entenderam.
- Cara, a tem que fazer aula de ‘como falar devagar’. - falou .
- Eu falo devagar quando tem tempo. - disse , mais rápido ainda.
- O quê, menina? - As três outras disseram ao mesmo tempo.
- Vocês vão ver. - foi só o que disse.
Dito isso, os quatros meninos foram se aproximando mais das garotas e, por onde os meninos passavam, as meninas no corredor suspiravam e davam gritinhos histéricos (“Patético!” Foi o que pensou depois. “Mas, realmente, eles são gatos de verdade! Aposto que já pegaram metade das meninas do colégio”).
- Olá. - Dougie disse olhando bem pra , pensando: “Será que ela não vai lembrar de mim?”
- Oi! - foi o que as meninas responderam.
- Então, vocês são novas aqui, não é?”- Harry disse se aproximando de .
- Somos sim! - disse ao ver que as outras estavam mudas.
- Ah, eu nem me apresentei! - disse Danny espantado ao ver a lerdeza dos amigos - Eu sou o Jones, Daniel Jones, mas podem me chamar de Danny! - falou ele, animado.
E os amigos, querendo zoar com ele, se apresentaram.
- Eu me chamo Judd, Harold Judd, mas podem me chamar só de Harry! - Harry falou, fazendo uma grande reverência para as garotas e arrancando gargalhadas das meninas.
- Meu nome é Fletcher, Thomas Fletcher, mas podem me chamar apenas de Tom, oh, senhoritas bonitas! - disse Tom, pegando a mão de e dando um beijo nela como se fosse um príncipe nos tempos medievais.
Vendo que Dougie não ia se mexer, pois estava paralisado só de olhar para , os meninos lhe deram um empurrão que o fez cair de joelhos sem que as meninas notassem e rapidamente ele pensou em como sair daquela situação:
- Meu nome é Poynter, Dougie Lee Poynter, mas podem me chamar apenas de Dougie. - e, falando isso, ele aproveitou que já estava de joelhos e ficou bem na frente de e deu um beijo em sua mão.
- Nossa, como eles são cavalheiros! - falou , e continuou: - Meu nome é e, como vocês devem saber, graças ao professor, essas são , e . - disse ela, apontando para cada uma de suas amigas e vendo que elas estavam tremendo.
- Prazer. - foi só o que conseguiu dizer, coisa que Harry adorou, segundo ele “As tímidas são as melhores”.
- Oi, e vocês estudam aqui há muito tempo? - foi o que conseguiu dizer para quebrar o clima que tinha ficado, pois estava na cara que todos estavam hipnotizados e a situação era bastante constrangedora.
- Sim. - falou Dougie, que já estava em pé e de frente para - Nós estudamos aqui desde, de... Caramba... desde sempre! - e riu de leve. - E esses outros aqui também!
- Mas o que quatro garotas lindas estariam pensando quando se mudaram para essa cidade? - perguntou Harry, querendo ser galanteador.
- Pensando em encontrar garotos lindos para namorar. - falou , querendo tirar uma com a cara de Harry e, ao mesmo tempo, mandar uma indireta para ele.

Então, depois dessa brincadeira, todos começaram a conversar e adoraram a companhia uns dos outros, até que o sinal tocou e eles tiveram que voltar para as salas.
- O sinal da tortura. - falou Tom, que agora atava uma conversa bem interessante com e estava com o rosto cada vez mais próximo do dela, fazendo com que a garota ficasse vermelhinha, coisa que, por sinal, ele achava lindo!
- É mesmo. - concordou a garota e foi chamar o pessoal para ir para a sala.
- Mas, , a gente tem aula de tortura física agora esqueceu? - falou .
- Ai, é mesmo.- falou Bella.
- Ain, droga! Eu tinha esquecido.- falou .
- Poxa, eu achando que ia para a sala, que droga... - Falou .
- É, garotas! Mas nós não vamos para a sala, e sim para a tortura. Seguindo para o campo de concentração, soldadas! - Falou , tentando fazer as meninas se divertirem.
Os meninos riam delas, pois a Educação física deles era jogar futebol, coisa que, para eles, nunca era chata, enquanto a delas era malhar.
- Bem, então vocês vão para a sala que a gente tá indo para um dos ginásios. – falou .
- Tá bom, meninas. Boa sorte lá! - falou Harry, dando uma piscadela para .
- Tchau, e boa sorte. - falou Danny.
- Tchau. - falou Dougie no ouvido de - Quem sabe, eu não consigo escapar da aula pra te ver malhar? - falou ele, rindo
- Não precisa. - disse ela sem graça.
- Eu insisto, não ia perder a oportunidade de te ver de shortinho nunca. - ele falou e, quando viu que ela ficou muito vermelha, riu e disse: - Tô brincando, menina, eu não vou pra lá não. - Ela respirou aliviada.
- É. Vamos. - falaram todas e saíram.
Os meninos ficaram observando o modo como elas andavam. Caramba! Isso os deixava sem ar, elas rebolavam naturalmente e...
- Dudes! Acho que tem gente apaixonada por aqui! - falou Harry rindo da cara de bobo dos outros três.
- Que nada, Harry. - falou Danny, lembrando da aliança de namoro que tinha no dedo.
- Eu não posso negar meu amigo... Estou amando!- falou Tom, rindo com uma mão sobre o peito no lugar do coração.
- Eu... Cara... - Dougie balançou a cabeça. - Cara, o que eram... tipo, ‘aquilos’...??
- ‘Aquilos’, meu caro, eram meninas de verdade... Não essas frescas desse colégio. - falou Harry rindo do jeito de Dougie.
- Mas é melhor a gente ir pra sala, antes que a professora engula a gente, ECA. - Danny fez cara de nojo. - Deus me livre de ser engolido por aquele tribufú! - Danny disse, lembrando da professora de Línguas.
Os outros caíram na gargalhada e Dougie disse:
- Cara, isso foi modo de dizer... - mas pensou melhor e resolveu sacanear o amigo. - Mas, pô, ela é professora de Línguas, né? Quem sabe ela não te ensine uns truques legais? Só assim você aprende a beijar e começa a pegar umas meninas de vez em quando...- os outros caíram na gargalhada, menos Danny, que começou a imaginar a cena e na hora sentiu uma ânsia de vômito enorme.
- ECA, caras! Vocês são sebosos!- e até ele mesmo riu e disse: - Vamos lá, vâmo, que eu ainda tenho que contar umas coisas para vocês!

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Enquanto isso, no vestiário, as meninas conversavam.
- Meninas... Eu fiquei muito vermelha quando o Dougie tava conversando comigo? - perguntou .
- Que é isso, menina! Você só parecia um... Um... Um pimentão! - disse , gargalhando.
- Sério? - perguntou , preocupada.
- Ah, menina! Relaxa! Ele também não tava muito branquinho, não... Parecia um pimentinha... O pimentinha mais lindo que eu já vi. - falou .
- Garotas, novidades! - gritou como se só tivesse notado que as amigas estavam ali agora. - O Tom pediu o meu número e disse que ia me ligar pra ver se a gente faz alguma coisa esses dias. - e ficou bem vermelhinha.
- Uhul, !! - falou , gritando e pulando.
- Isso mesmo, ! Aproveita, porque o tal do Tom é o maior gatão e, pelo visto, tem um monte de meninas em cima dele! Pelo menos, foi o que eu notei quando a gente tava conversando com eles no corredor. - falou .
E continuava a pular no mesmo lugar, até que deu um grito nela, dizendo:
- Criatura de marte! O que danado é isso que tu tá fazendo pulando feito um grilo no mesmo lugar? - falou rindo.
- É que eu esqueci de contar a vocês uma coisa e, se eu não pulasse, ia acabar esquecendo...
- Ah, é tipo pra ver se a idéia não desce de vez para os pés, não é, cérebro de minhoca? - falou, rindo com as outras.
- Meninas, vocês têm certeza de que são minhas amigas? - falou , quase chorando.
- Own, meu Deus!! - falou , tendo pena da amiga e indo lhe dar um abraço. – Claro, né, menina? Como nós não iríamos ser suas amigas? - falou alisando o cabelo da amiga.
- Por que vocês às vezes me xingam tanto que eu não sei.- falou .
- A gente só xinga quem a gente gosta, pô! Por exemplo... Vê se eu xingo a ? - falou , sorrindo e deixando a amiga um pouco mais risonha.
- Tá bom! - disse . -Mas o que é que você queria dizer pra gente, hein? - perguntou à .
- É que eu queria contar a vocês que não é só o Tom que pede o telefone, sabe? - falou , rindo.
- Uoou!!! - falou , sorrindo e batendo palmas.
- O Danny também pediu meu telefone! E disse que HOJE a gente vai sair! - falou , quase tendo um treco.
- Ai, que lindooo!! - falou . - Mas agora é minha vez. E se eu disser que o Harry tentou me beijar nesses 10 minutos que a gente conversou?
- Deus meu! As coisas estão esquentando aqui, hein? - falou .
Todas riram e olharam para para ver o que ela ia dizer que Dougie tinha pedido ou tentando durante os dez minutos de conversa, mas ela ficou calada.
- Hello? - falou .
- O que foi?- perguntou .
- minha do meu coração, a gente ta esperando você dizer o que foi que o tal Dougie falou com você! Sei lá, se ele tentou te beijar ou se te chamou para sair!
- Não, garotas! - foi a resposta de . E, tentando desviar o rumo do assunto, disse: - Mas você, , eu não sei se você está lembrada, mas você ainda tem namorado.
- Mas isso é só por enquanto e eu disse isso ao Danny, ele disse que se eu resolver isso ainda hoje, a gente vai sair hoje mesmo, entendeu?
- Ah, tá ...Entendi.- falou , desanimada. Se todos os meninos tinham falado alguma coisa e Dougie não tinha dito nada, isso significava que ele não queria nada com ela? Mas se ele ficou vermelho quando tava conversando com ela e ficou espionando ela no mercado? Isso não significava nada? Quem sabe depois que ele conversou com ela viu que ela não era uma pessoa legal e perdeu o interesse nela... “Ah, meu Deus! ...Preciso de um analista! É melhor nem pensar nisso”. Mas ela lembrou bem e ele havia dito que queria vê-la de shortinho... “Ah”, pensou ela, “...Isso pode ser só tara de menino mesmo, né? Não quer dizer que ele realmente goste de mim, não é?” Foi o que pensou.
- Vâmo lá, às torturas físicas. - disse para que as amigas não percebessem o que ela tinha percebido. era a melhor amiga de desde que nasceram, e uma conhecia a outra como se fossem irmãs... viu no primeiro dia que falou de Dougie que ela gostava dele, mesmo naquele dia em que ela mal conhecia ele... E ela notou nessa troca de roupa no vestiário que tinha ficado chateada por Dougie não ter falado nada, e iria fazer de tudo para melhorar o ânimo da amiga.

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Enquanto isso, os meninos iam direto para a sala de aula e Danny começou a falar:
- Caras... Ela tem namorado... Mas ela disse que não tá bem com ele e que pretende acabar e eu falei que se ela resolver isso a gente vai sair, e ela aceitou! - ele falou bem rápido, mas os amigos entenderam. Harry disse:
- Cara... E se ela quiser te fazer de amante? E ficar beijando o outro e você também? Tu vai pegar as sobras... - mas Tom deu nele um pedala e então ele calou a boca.
- Porra, dude! Pára de desanimar o cara! - Falou Tom.- Olha, cara... - Tom disse tocando no ombro do amigo. - Se ela disse que tava mal e que iria acabar, e ainda aceitou seu convite... Podes crer que vai dar certo... Mas ela não parece menina pra ficar, entende?
- E quem disse que eu quero só ficar? - ele disse rindo. - Se ela quiser, eu me caso com ela!
- Comigo é que não seria não, é? - Tom disse rindo.
- Realmente. - Danny concordou.
- Mas do jeito que você é gay, cara... Eu não duvido nada... - Harry falou rindo e continuou: - Bem...eu tentei beija-la, mas ela disse que mal me conhecia e tals... E que, quem sabe, rolasse depois...
- Também, cara... você conhece ela há 10 minutos e tenta beijar ela, né? - falou Tom.
- Mas, cara... Nas festas, a gente conhece a menina há 1 minuto... Às vezes nem sabe o nome dela e já beija! - defendeu-se Harry.
- É, cara... Mas na festa você não vai estudar um ano inteiro e quem sabe até mais com ela, né? - falou Danny.
- Poxa... Dessa vez vocês têm razão. - Harry disse.
- Nós sempre temos razão, seu gay! - Danny disse zoando o amigo. Tom começou a falar:
- Cara... Eu chamei ela pra sair esses dias e ela disse que sim! Me deu o telefone dela e tudo, e outra... Ela NÃO tem namorado! AH! E o mais interessante: ela me deu o número da CASA dela! - ele falou cada vez mais sorridente.
- E... Daí? - Danny falou, até que Harry disse:
- Cara! Essa foi de mestre! Eu saquei ...Tipo ...As meninas moram todas juntas ...E já que ele tem o número da , ele tem o da casa das meninas todas! Eu tenho que admitir, Tom... Você merece um prêmio!
Mas alguém estava muito calado nessa conversa e os amigos logo viram que Dougie estava viajando nos seus pensamentos. Foi quando Tom disse:
- A luz tá acesa, mas não tem ninguém em casa. - e Danny completou rindo com os amigos: - Amorzinho...Tá tudo bem com você?
- Cara! Sai de perto de mim! Você ta cada vez mais gay! - e riu, completando: - Eu escutei o que o Tom disse, caramba... Eu só tô aqui pensando...

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Depois da Ed. Física, as meninas foram para o vestiário. Tomaram banho e estavam voltando para a sala, quando foram barradas por um menino consideravelmente pequeno, que disse:
- Vocês são as alunas novas, não são?
Elas responderam que sim com a cabeça e ele falou:
- Três meninos mandaram entregar isso a vocês... - e entregando um bilhete a cada uma, ele disse: - Isto é para a ... - e entregou o bilhete para . - Este é para a ... - entregou o bilhete a garota - E esses dois aqui são para . - e entregou para , que ficou vermelha, pois tinha recebido dois bilhetes. Cada uma abriu o seu e ficou triste por não ter recebido nenhum... Mas, tudo bem. Ela não tinha nada com ele... E ele não tinha obrigação de mandar bilhetinhos para ela... “Ele pode até ter namorada e eu não sei”, ela pensou e, para parar de pensar nisso, ela disse às amigas:
- O que é que tem escrito nos bilhetes de vocês?
começou a ler:
“Oi! Não sei se você vai estar de bom humor, porque acabou de fazer Educação Física, né? Mas eu quero que você saiba que você tava linda de shortinho azul... Até mais tarde, no fim da aula... Com carinho, Tom.” - ficou vermelha... - Meu deus. - ela disse. - Eles foram ver a gente lá na tortura física.
- Eles não, amiguinha... O Tom foi ver você! - disse .
- Vai, ... Lê a sua carta logo que eu tô curiosa. - falou com as suas duas cartas na mão.
começou a ler:
“E aí, linda? Como foi a sua Ed. Física?” - mas ela foi interrompida pelas zoações das amigas, que ficavam falando “ai, linda”. Ela continuou, tentando ignorar as amigas. - “Eu te vi na hora do intervalo, mas já estou com saudades... Um beijo grande... Harry.” - ela terminou e ficou lendo de novo e pensando em como ele era carinhoso. Nessa hora, lhe veio à mente que eles se conheciam há um dia e ele já estava daquele jeito. “Então, isso deve ser charme barato pra me conquistar!” – Bem, meninas. Foi isso.
- Tem gente que tá podendo por aqui, não é? - falou .
- Vai, ... Leia as suas duas cartas... - falou , dando ênfase na palavra SUAS, que mostra plural.
começou a ler muito sem jeito, pois a sua era a mais diferente:
- “Oi de novo, garota. É que eu me esqueci de perguntar no outro bilhete... Eu queria saber se você topa sair comigo hoje à noite. Que tal? Um abraço, Danny.” - ela parou e disse: - Muito romântico ele, não é?
- Ain, como você é burrinha, ! Você não viu que ele disse Oi de novo e falou que esqueceu de perguntar na outra carta? Então, boba... Leia a outra. - Falou .
- Ah... É mesmo, né? Peraí. - falou, tentando ler a outra carta sem que as amigas vissem o pequenino papel que estava dobradinho junto da carta de Danny que ela já tinha lido sem que elas vissem. Ela começou a ler a outra carta:
- “Menina...Você não sabe o quão bonita você é...” -mas foi interrompida por , que disse: - Isso por que ele não sabe que a é convencida pra caramba. - e continuou: - “Eu não iria agüentar te dizer isso quando eu te visse de novo... Mas você já é muito especial pra mim, e... Eu não agüento mais esperar que você acabe esse bendito namoro... Espero que isso aconteça logo, e também quero te conhecer melhor, porque eu sei que você é linda por dentro e por fora... Beijo, minha querida... Danny”. - ela parou de ler, toda boba pelo que o SEU Danny tinha escrito. Ai, como ele era fofo!
Foi quando notou o papel na mão de e pegou sem que ou percebessem, pois já tinha quase certeza do que se tratava. Ela pegou o papel para ler e disfarçou, dizendo que ia limpar a pontinha da sandália que tinha molhado, colocando o papel no chão, onde leu numa letra bem pequena:
“Oi, , eu não queria mandar nenhuma carta, pois eu queria falar tudo pessoalmente pra , então, se vocês puderem fazer ela ficar sozinha no ginásio seria muito bom. Obrigadão. P.S.:O Danny, pela primeira vez, falou para uma menina algo que preste.” - riu, pois tinha certeza de que a carta era de Dougie, mesmo antes de ler.
“Agora eu e as meninas temos que fazer a ficar no ginásio sozinha”, ela pensou e, em seguida, disse: - Meninas, vamos ao ginásio, porque eu esqueci minha toalha no banheiro!!! - ela falou como se tivesse acabado de se lembrar e já foi correndo em direção ao ginásio, fazendo com que as outras fizessem o mesmo.
Quando chegaram lá, e viram que o ginásio estava vazio. Ótima hora para elas ajudarem o Dougie.
- , eu e as meninas vamos procurar a toalha da e você fica aí cuidando das bolsas, tá? - disse.
- Mas, por que eu tenho que ficar sozinha? - perguntou sem entender nada.
- Por que você sabe como a é escandalosa, se ela for lá sozinha, capaz de ter um acesso ou coisa do tipo. - falou sem entender por que as amigas estavam querendo deixar sozinha no ginásio, mas depois, lembrou-se que Dougie tinha escrito a carta e resolveu apoiar as garotas.
- Ah...Tudo bem. - falou , triste.
Pegou o celular da bolsa e começou a ver sua agenda telefônica, quando parou em D e pensou que ela bem que poderia ter o número dele, não é? Estava tão entretida em seus pensamentos que nem viu que as amigas tinham levado as bolsas dali... Mas, quando notou, passou a entender menos ainda.
- O que é que essas s estavam pensando quando me deixaram aqui sozinha? - foi o que ela falou, indignada, quando uma voz atrás dela começou a falar.
- Bem... Se você tivesse o meu número, poderia me ligar e eu te salvaria, não é? - mas não sabia de onde vinha aquela voz, mas resolveu entrar no jogo e disse:
- Bem, se eu soubesse quem você é, até que eu pediria teu número.
- Ah, uma menina tão linda como você pede o número dos caras? - a voz perguntou.
- Depende... Se eu estiver interessada...
- Então quer dizer que, se você não pede o número, é porquê não está interessada? - a voz parecia estar ficando instigada sobre o assunto, até que falou:
- Nem sempre. Se eu estiver muuuuuito interessada, não tenho corajem de pedir o número e, eu acho que, se o menino não se chegar, eu nunca vou chegar nele.
- Ah. Ainda bem que eu me chego, não é? - a voz falou, aliviada.
- É? - falou , já com a respiração falhando. “E se essa pessoa for um maníaco-louco que quer me estuprar e me matar?”, ela pensou na possibilidade.
- Não precisa ficar respirando assim, menina. - disse a voz.
- Mas como eu vou ficar, se eu nem sei quem você é? - ela disse com medo.
- Que tal... Tranqüila? - a voz falou e depois deu uma gargalhada.
De repente, só o silêncio. estava quase pirando, quando alguma coisa tocou-a, fechando seus seus olhos, e sussurrou em seu ouvido:
- Adivinha quem é?
- Sinceramente? Não faço a mínima idéia.
- E se eu te disser que, até em um mercado que, por sinal, quase ninguém gosta de ir, você sorrindo deixa o lugar bem mais colorido... O que você me diria? - ele falou, ainda sussurrando em seu ouvido, de um jeito bem galanteador.
- Eu diria que você quase me matou de susto. Ainda bem que é você. - ela falou, sorrindo aliviada.
Ele afrouxou as mãos dos olhos dela, fazendo-as escorregarem para a cintura dela e, assim, fazendo-a virar de frente para ele.
- Sabe que, até assustada, você fica linda?
- E sabe que você tem o dom de me deixar vermelha?
Ele riu.
- Mas como você sabia que eu ia estar aqui? - ela falou até que, antes mesmo dele responder, ela falou como se tivesse caído a ficha. - Foram aquelas s de uma figa que combinaram tudo, não é? - disse ela.
- Foi mais ou menos isso e... A propósito... é um apelido legal! - falou ele, rindo.
- Por favor, não vai espalhar isso pra ninguém, Dougie... As meninas me matariam. - ela quase suplicou.
- Se eu fosse você, não teria tanta certeza que, você fazendo essa carinha, vai me convencer... Sabe, ...”- ele falou, rindo. - Eu não sou um menino bonzinho... – ele continuou rindo e soltando ela de seus braços que estavam na cintura da garota, virando-se de costas para ela.
- E... O que você quer dizer com isso? - ela perguntou, olhando para as costas dele.
Ele, rindo da sua própria inteligência, disse:
- Estou dizendo que você vai ter que pagar pelo meu silêncio. - ele falou rindo e, em seguida, virando-se para ela com um sorriso lindo. Ai meu Deus! Como ela iria resistir àquele sorriso que fazia ela se derreter toda?
- Ei, mocinho! - ela gritou. - Isso é chantagem, sabia?
- Mas o mundo das negociações é assim. A mocinha aí não sabia? - ele riu.
- Tá certo... Eu aceito pagar pelo seu silêncio. Mas, eu posso saber como? - ela perguntou, já tendo medo da resposta.
- Bem... Eu poderia pedir um beijo seu... Mas eu acho que isso seria uma sacanagem da minha parte e... - mas ele foi calado pelo beijo dela. Dougie sentiu aqueles lábios macios que tinham cheirinho de morango do brilho que ela usava e até se esqueceu que aquilo era pra calar o silêncio dele. Ele a segurou forte e a beijou. Sua língua começava a sentir a dela e a sentir como era boa a sensação de beijar aquela garota. Mas aquele momento tão bom foi interrompido pela pessoa que mais importava para ele naquele momento... ELA!
Ela separou seus lábios dos dele e disse:
- Ok! Silêncio pago. Agora, se você contar isso para alguma pessoa na face da terra, eu te mato.
- Ãh..? - ele falou, meio atordoado, até que entendeu que ela só o beijou para calá-lo. - Mas eu não disse que era para pagar com o beijo, garota!! Você acha mesmo que eu queria tanto assim te beijar? - ele falou, tentando não mostrar por nada que tinha gostado do beijo.
- Não importa. - falou ela, virando-se de costas. - Agora eu já paguei e você não pode contar nada, ok?
- Tudo bem. - ele falou, dando de ombros e saindo do ginásio, deixando-a sozinha com seus pensamentos.
“BURRA! BURRA! BURRA! Por que você não o beijou mais??”, era o que ela pensava. “Mas também, eu não posso deixar ele vir logo me agarrando”, Ela falou baixinho. “Bem... Está na hora de ir embora. Nesse tempo todo aqui, já deve ter tocado o sinal pra ir para casa”.
Ela foi andando e observando a paisagem. A parte de trás do colégio era muito bonita. “Poderia ser muito bem o lugar para um encontro romântico”, ela pensou. “Que besteira pra se pensar...” - ela riu, se encaminhando à entrada do colégio onde, com certeza, encontraria as amigas, mal sabendo ela que o que Dougie pensou foi justamente em um encontro romântico lá trás. Se ela soubesse disso ia se chamar mais ainda de burra.
Mas, enquanto ela estava absorta em seus pensamentos, praticamente não percebeu o que estava acontecendo ali bem diante de seus olhos. Tudo bem, não estava tão ‘diante de seus olhos’, mas dava pra ela ver claramente quem estava ali na sua frente e o que estava fazendo. Ao notar tudo isso, ela pirou. Não acreditava que ele estivesse fazendo isso com ela. Ele não podia, simplesmente não podia!


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