Um Grande Amor
Autora: Cinthy Silva | Beta: Cami

Eu e ele éramos muito apaixonados, mas algo aconteceu e abalou os nossos sentimentos. Será que temos volta ou infelizmente chegou ao fim este Grande Amor?


Antes de contar-te a nossa história, deixe eu me apresentar: eu sou , e é o meu namorado há seis anos. Nós sempre estivemos juntos e nunca terminamos o nosso namoro; porém, por causa das matérias da faculdade, passamos pouco tempo juntos e isso nos abalou um pouco, até algo pior acontecer: uma proposta de trabalho.
- Amor, está tudo bem? - Perguntou com olhar preocupado.
- Err... Não!
- O que houve? Você parece incomodada com alguma coisa e não quer me dizer.
- Não é isso, amor... assim, err... pode parecer pouco para você, mas estou sentido falta dos seus carinhos!
- Mas, , eu estou aqui com você, abraçando-te, beijando-te...
- É exatamente isso, , você simplesmente me beija. Você nem sequer perguntou como foi o meu dia, ou se eu estava bem. Eu sei, você deve estar achando tudo isso uma besteira sem tamanho, mas para mim isso é fundamental.
- Tá, amor, perdão por não ter te dado um pouco mais de atenção. Mas você sabe que eu sou muito intenso e que, às vezes, para mim fica um pouco difícil, porém prometo tentar ao máximo melhorar nisso, ok? – Falou, beijando a minha mão e me fazendo suspirar.
- Eu te amo, sabia? - Eu disse com um sorriso estampado no rosto, olhando nos olhos dele.
- Sabia... eu sou irresistível! Brincadeirinha... Eu também te amo muito – ele disse, beijando-me com intensidade e me fazendo esquecer tudo de ruim que havíamos conversado.
- , amanhã eu tenho ensaio e não posso faltar porque você sabe como o é chato com isso, então eu vou demorar um pouco, tá?
- Tá, amor, eu arranjo alguma coisa para fazer enquanto te espero - falei com uma carinha de “se é o jeito”. Ele sorriu e me beijou novamente.
No sábado, combinei com as minhas amigas para irmos à sorveteria e depois ao parque passear e colocar o papo em dia. Eu, , , e saímos juntas como nos tempos de colégio. Entupimo-nos de sorvete e chocolate, para variar (já que todas somos chocólatras), e conversamos sobre tanta coisa que nem percebemos que já estava anoitecendo. Despedimo-nos e eu fui para casa me arrumar e achar algo para passar o tempo enquanto o chegava. Depois de horas, que pareceram séculos, ele chegou.
- Amor, que bom que você chegou – falei sorrindo e indo abraçá-lo.
- Oi... – falou cabisbaixo.
- O que houve, ? Algum problema com as músicas?
- Não, , as músicas estão ótimas, o problema é com a gente.
- Por quê? O que aconteceu que eu não estou sabendo? Eu fiz algo que você não gostou?
- Não, amor, você é perfeita, só que...
- Diz logo, , senão eu vou passar mal de curiosidade [n/a: * super exagero, mas tudo bem*kkk] – falei como se estivesse ficando sem ar.
- Calma, amor, eu vou contar. Bem, é que eu e os meus irmãos conseguimos uma gravadora disposta a lançar nosso cd, mas ela fica em Los Angeles e nós teremos que nos mudar para lá. E, de acordo com o que disse, será por um longo tempo no início, pois teremos muito trabalho nas gravações e eles já estão planejando shows de divulgação; então nós teremos que nos separar, pelo menos por um tempo - ele disse tudo com a cabeça baixa e com a voz um pouco trêmula.
Eu só conseguia chorar. Eu não queria terminar o namoro. Ontem mesmo nós estávamos tão felizes, e hoje essa bomba explode em cima de mim e eu não posso pedir que ele recuse, pois é o sonho deles há muito tempo.
- Você não vai dizer nada? – perguntou, esperando que eu fizesse no mínimo uma ceninha de raiva.
- O que eu posso dizer, ? Eu realmente não queria acabar assim uma longa e linda história, mas é o seu sonho e eu não tenho o direito de te impedir de realizá-lo – falei com insistentes lágrimas nos olhos. Ele me abraçou e disse:
- Você me esperaria?
- O tempo que precisasse! Eu te amo e não quero te perder.
- Então não precisamos terminar. Vamos tentar manter o namoro à distância. Se não der certo, pelo menos nós tentamos muito, né? – Ele disse abrindo um discreto sorriso que me contagiou e me renovou a esperança. Ele chegou mais perto de mim, abraçou-me como se estivesse dizendo adeus e me envolveu num beijo que parecia ser o último de nossas vidas. Ao terminarmos, ele falou no meu ouvido:
- , espere-me! Eu nunca vou te esquecer! Eu te amo e vou voltar para ficarmos juntos para sempre.
- Eu também não vou te esquecer, e também te amo muito!! Estarei aqui te esperando sempre!
Beijamo-nos mais uma vez e ele foi embora. Eu senti uma dor tão grande ao vê-lo partir que entrei em casa e passei direto para o meu quarto sem cumprimentar os meus pais, e comecei a chorar como uma criança. Chorei tanto que acabei por adormecer com a mesma roupa que estava.
No outro dia, acordei com a minha mãe batendo na porta para avisar que as meninas estavam lá embaixo me esperando para irmos à casa de tomar banho de piscina e assistir filmes.
- Tá, mãe, obrigada... avisa a elas que eu já estou descendo - falei com um ar desanimado, mas achei melhor sair para me distrair, quem sabe eu não melhorava. Depois de alguns minutos, desci e nós partimos para lá. Durante o caminho, eu não pronunciei uma palavra sequer. percebeu e perguntou se eu estava bem.
- Está tudo bem, , eu só estou com um pouco de sono ainda.
- Amiga, não tente me enganar, eu sei que não é isso. Seu rosto está muito inchado. Você chorou a noite toda, né? O que o te fez para eu ir agora matar ele? – Ela disse, fingindo estar brava. Sorri sem graça e acabei contando.
- Ele vai embora! Ele e os irmãos conseguiram uma gravadora em L.A e terão que se mudar para lá – falei enquanto uma lágrima descia pelo meu rosto.
- Mas vocês terminaram o namoro?
- Ainda não! Nós decidimos tentar mantê-lo à distância, mas vai ser quase impossível; L.A é muito longe e você sabe como é difícil namorar sem estar perto. Não sei se vou aguentar – falei chorando bastante.
e , que iam mais a frente, pararam e perceberam o que estava acontecendo, correram e me abraçaram junto com até eu me acalmar. Depois que eu estava melhor, seguimos para a casa da , pois já estávamos atrasadas.
- Gente, que demora foi essa de vocês, hein!! Achei que não viessem mais – disse , abrindo a porta de sua casa.
- Mas a gente chegou e é isso que importa. Agora, vamos nos divertir e esquecer os problemas – disse toda sorridente olhando na minha direção. Eu concordei com a cabeça, mesmo sabendo que não conseguiria esquecê-lo.
- Então, vamos lá! – Falou , pulando na piscina e molhando a todas.
Foi uma tarde ótima. Embora eu, em alguns momentos, lembrasse-me de e da dor que seria ficar longe dele, eu consegui me divertir. Anoiteceu e fomos para casa.
Ao chegar em casa, recebi uma mensagem de no celular:
- Amor, eu estou indo embora na terça-feira, gostaria de passar um tempo com você na segunda à tarde. Pode ser? Espero sua resposta. Beijos, e te amo!
Assim que li já respondi que com certeza poderíamos sair, pois não queria perder mais nenhum segundo longe dele. Fui dormir pensando no que aconteceria naquele dia especial e em como seria viver sem o todos os dias ao meu lado, sem o seu cheiro, sem os seus beijos... Eu realmente não sabia se conseguiria suportar. Acordei cedo, pois queria me arrumar a tempo, já que seria nosso último momento juntos. Depois de escolher entre dezenas de roupas, optei por um vestido bem praia que ele me dera no meu aniversário, junto com uns brinquinhos que ganhei dele no nosso primeiro dia dos namorados.
Fui tomar banho, pois ele chegaria a qualquer momento. Quando eu estava descendo para sala, ele chega e logo saio correndo.
- Oi, amor, você está linda nesse vestido! Aliás, você é linda, e sempre fica linda em qualquer roupa!
- Ah, , assim você me deixa sem graça - sorri discretamente. Ele me beijou. Entramos no carro e fomos para a sorveteria onde aconteceu o nosso primeiro beijo.
- , você lembra desse lugar? – Perguntou-me com um sorriso encantador nos lábios.
- Como eu esqueceria ? Foi aqui que nossa história começou!
- E é onde eu quero repetir aquele beijo que nos uniu – disse, olhando para mim como uma carinha de “você quer?”.
- Só se for agora! – Falei sorrindo e puxando a gola de sua camisa. Ele veio, colocou seus braços na minha cintura e me beijou. Naquele momento, eu sentia um misto de felicidade e saudades, pois daqui a algumas horas eu não o veria mais. Sentamo-nos e tomamos sorvete, sorrindo como duas crianças bobas (n/a: relevem, please!).
Depois, passeamos pelo parque e voltamos para minha casa porque ele teria que dormir cedo, já que a viagem era longa e cansativa.
- , eu vou sentir muitas saudades! Muito obrigada pelo dia fantástico de hoje! Boa sorte em L.A., e saiba que eu estarei aqui te esperando, porque eu te amo muito – falei com olhos marejados. Ele me abraçou e disse:
- , todos os momentos que passei com você foram fantásticos. Eu sei que vai ser difícil estarmos longe, mas eu prometo a você que não vou te esquecer e que vou voltar para podermos ficar juntos! Eu também te amo demais e vou me guardar para você.
- E eu para você, amor!
Beijamo-nos pela última vez e ele se foi. Sentei na calçada da minha casa e comecei a chorar, lembrando-me dele e de cada detalhe daquele dia maravilhoso.
Entrei no quarto e fui dormir. Nem pude me despedir dele, pois eles viajaram de madrugada. O tempo foi passando, nós nos falávamos todos os dias; ele me contava o quanto estava trabalhando e fazendo muitos shows, mas que sempre arranjava tempo para me ligar. No entanto, isso durou pouco, pois os shows, entrevistas e ensaios acabaram por tomar o meu lugar na “agenda” do vocalista da banda.
Passamos dias, que viraram meses, sem trocar uma palavra, enquanto eu acompanhava pela TV a fama do grupo crescer e se afastar cada vez mais de mim.
Numa tarde qualquer, meu telefone toca e meu coração dispara:
- Ai, meu Deus, será que é ele? Será que ele se lembra de mim? – Falei indo atender à chamada, mas infelizmente não era ele e sim me chamando para sair. Eu recusei, não estava a fim de sair de casa.
- Vamos, , você precisa se divertir e se distrair. Se o namoro de vocês à distância não deu certo, ficar em casa não vai ajudar em nada.
- Mas, , eu nem sei dizer se a gente terminou, porque ele nunca mais me ligou.
- Mesmo assim, , você precisa se divertir e esquecer o pelo menos um segundo, né?! Dê um pouco de atenção para suas amigas, poxa! – Falou com voz de criança.
- Tá, você venceu! Eu vou sair com vocês hoje – falei rindo.
- Ok, beijos então.
- Beijos!

Em L.A.

- , você está bem? - Perguntou , preocupado com o desânimo do irmão.
- Estou sim, cara, não precisa se preocupar comigo.
- , você não nos engana com essa história de “não se preocupa cara, eu estou legal”. Há dias você está assim, dorme mal, come mal e está cantando como se fosse em um velório, não em um show. Conte pra gente, irmão! - Falou com a autoridade e cuidado de irmão mais velho.
- É o seguinte... vocês lembram da , a minha namorada? Pois é, eu nunca mais tive tempo de ligar para ela e todos os dias eu sinto uma enorme saudade da minha pequena. A cada música que eu canto me vem à mente o seu sorriso, seu jeito, seu olhar... Eu amo aquela garota de verdade, mas tenho medo de não ser mais o cara que ela ama, pois passamos muito tempo sem conversar por causa dos shows – disse ele triste, enxugando uma lágrima que lhe caía no rosto.
- Cara, se você realmente ama a , tem que falar com ela, mesmo correndo o risco dela já ter encontrado outro cara – disse .
- Pois é, , se teu medo é sofrer, cara, é melhor sofrer por saber do que ficar na dúvida - falou , dando um tapinha no ombro de .
- Vocês têm razão! Eu vou ligar para ela, vai ver ela não me esqueceu e ainda está me esperando como prometeu.
pegou o telefone e, mesmo hesitante, discou o número do celular de na esperança dela atender e dizer que ainda o amava.

De volta a New Jersey

Eu havia acabado de voltar do passeio, quando meu celular tocou.
- Alô?
- Lembra-se de mim, amor?
Meu coração acelerou. Era ele! Estava me ligando e me chamou de amor depois de tanto tempo sem nos falarmos. Era tão bom ouvir sua voz.
- Claro que eu lembro, seu bobo! Como eu ia esquecer o homem da minha vida! – Falei sorrindo e chorando de felicidade.
- , você não sabe o quanto me faz feliz ao pronunciar estas palavras. Eu pensei que você já tinha me esquecido, pois passamos muito tempo sem nos falarmos e longe um do outro.
- Nunca, ! Eu não poderia esquecê-lo mesmo que eu quisesse. Eu estou com muita saudade, amor. Você nem faz ideia de quão difícil é estar sem você. Tudo aqui me lembra você e os momentos que passamos juntos.
- Amor, o nosso aniversário de namoro está chegando e eu espero poder estar aí com você. Vou começar a me programar aqui para que eu possa passar pelo menos um mês aí com você.
- Ah, que bom! Vou ficar torcendo para você conseguir. Preciso te ver, sentir seu cheiro, seus carinhos, os seus braços me envolvendo... Preciso estar com você.
- Eu também! Não vejo a hora de te encontrar e poder te abraçar apertado, beijar sua boca, sentir seu perfume... Eu quero muito estar perto de você.
- Amor, eu tenho que desligar, pois amanhã tenho ensaio bem cedo e, quanto mais rápido acabarem meus compromissos aqui, mais tempo poderei ficar com você.
- Então, boa noite, meu amor, e bom ensaio amanhã. Lembranças à sua família. Te amo!
- Também te amo. Até a vista! Beijos.
Desliguei o celular e me joguei na cama com o coração acelerado, os olhos brilhando e, no pensamento, e a esperança de poder vê-lo novamente.

Voltando a L.A

- , eu tive uma ideia – disse com um jeito intelectual.
- Então diz, cara, que estou curioso!
- Bem, é assim... você falou pra que iria tentar estar lá no aniversário de vocês, seria legal você chegar lá de surpresa.
- Mas como ele vai fazer isso se ela já sabe? - Perguntou com uma cara de “mas que idéia sem noção”.
- É muito simples, é só dizer para ela que surgiram uns “compromissos inadiáveis” justamente no dia do aniversário. Então ela vai achar que você não vai, e aí você aparece lá; ela vai ficar muito feliz.
- Será, ? E se ela se chatear e terminar comigo? Ah, eu juro que te mato!
- Calma, vai dar tudo certo – disse, afastando-se de e fingindo estar com medo.

Em New Jersey...

Passaram-se uns dias, estava chegando o dia no nosso aniversário e nenhuma notícia do . Meu celular tocou e eu atendi na maior felicidade.
- Oi, amor, está tudo bem?
- Oi, amor, estou mais ou menos, porque eu tenho uma péssima notícia para te dar.
- O que aconteceu? Algum problema na sua família?
- Não, amor, é que o nosso produtor nos avisou só hoje que teremos uns compromissos inadiáveis justamente no nosso aniversário e infelizmente eu não poderei ir.
- Ah, – falei com um ar triste.
- Ô, amor, tenha só um pouco de calma que eu estou me organizando para estar aí no mês vem.
- Só no mês que vem?!! Poxa, que chato... mas, pensando bem, será melhor do que você não vir nunca, né?!
- Mas eu tenho outra notícia que com certeza você vai gostar - ele falou com um jeito bobo.
- Então conta logo! Você sabe como eu sou curiosa!
- Sei sim! – Disse risonho. - Nós estamos conversando com a gravadora sobre a possibilidade de voltarmos a morar em New Jersey e eles estão bem abertos a essa proposta
- AAAHHHHHHHHHH!!! Eu não acredito! Você pode voltar a morar aqui de novo, e eu vou poder te ver todos os dias e, quando você não estiver ocupado, estar perto de você! Isso parece um sonho!
- Feliz com a notícia?
- Demais!! Minha tristeza até diminuiu. Mas eu estaria mais feliz se você pudesse estar aqui no nosso aniversário de namoro, mas é o seu trabalho e eu não posso interferir, não é mesmo?
- Falando em trabalho, amanhã tenho muita coisa para resolver e preciso acordar cedo, tenho que desligar, amor.
- Tudo bem! Boa noite e bom trabalho. Amor, pelo menos me liga no dia do nosso aniversário para eu ouvir a sua voz, tá?!
- Claro, amor! Boa noite, e te amo.
- Também te amo. Tchau!!

Narração do (on)

- Vou fazer as reservas do restaurante Le Grand para sexta, às 7 horas, pois eu quero que tudo seja perfeito na hora dela responder. Vou pedir para tocar a canção que ela mais gosta e aí eu pergunto.

Narração do (off)

Chegou o dia do nosso aniversário e eu estava em casa numa sessão nostalgia, olhando as minhas fotos com o e lembrando os momentos em que as tiramos. Reli as cartas que ele me mandou, algumas manchadas pelas minhas lágrimas e outras ainda com o cheiro do perfume dele, o que me fazia sentir ainda mais saudades. Quando eu estava guardando-as na caixa, o celular tocou e eu corri para atender.
- Alô, ?
- Oi, amor, como prometido, estou ligando para você para te dar os parabéns pelos nossos sete anos de namoro e para te dizer que eu gostaria muito de estar aí ao seu lado, mas infelizmente não posso. Porém, mesmo de longe, eu quero que saiba o quanto eu te amo.
- Own, meu amor, eu também queria que você estivesse aqui, mas se não podemos estar juntos hoje não importa se eu sei que você me ama como eu te amo.
- Você vai sair hoje à noite?
- As meninas me chamaram para assistir uns filmes, mas eu acho que vou continuar em casa relembrando os nossos momentos. E os seus compromissos?
- Ah... é muito chato, mas trabalho é trabalho! Amor, eu tenho que desligar porque o produtor chegou. Mais tarde eu dou um jeito de te ligar de novo, ok?!
- Tá, amor! Te amo.
- Eu também! Tchau!
Passei a tarde inteira no quarto curtindo a minha saudade.

Em L.A. ...

- Pessoal, eu estou indo pegar o avião, senão eu não chego a tempo para a surpresa – disse aos irmãos, pegando a sua mochila e documentos.
- Boa sorte, irmão! - Disse sorrindo.
- Daqui a dois dias a gente chega lá com a mudança – falou , enfatizando a última palavra.
- Ok. Até a vista!
- Até! - Responderam em uníssono.
Ao entrar no avião, abriu a sua mochila e tirou uma pequena caixinha vermelha.
- Espero que ela goste e que me aceite para a vida inteira, porque eu sei que ela é a mulher da minha vida – falou com os olhos brilhando.
Depois de três horas de viagem, chegou a New Jersey e estava se preparando para encontrar-se com .

Enquanto isso, na casa de

- , SUAS AMIGAS ESTÃO AQUI – gritou minha mãe da cozinha, avisando-me da presença de e na sala da minha casa.
- JÁ VOU DESCER - respondi, levantando da cama e me dirigindo às escadas.
- Oi, amiga – disseram elas.
- Olá, garotas. O que fazem aqui?
- Nós lembramos que hoje é o seu aniversário de namoro com o e não queríamos que você ficasse trancada no quarto chorando porque ele não vem, então viemos te buscar para irmos ao cinema – disse , puxando o meu braço.
- Meninas, eu agradeço muito a preocupação de vocês, mas prefiro ficar em casa mesmo. Tem algo que me diz para continuar aqui. É como se o ainda pudesse vir, sabe? – Respondi com um olhar esperançoso.
- Mas, , não foi ele mesmo que te disse que não viria?! – Lembrou .
- Foi, mas, mesmo assim, eu não quero sair. Eu vou ficar em casa mesmo, mas não se preocupem, pois eu não irei chorar a noite toda não. Talvez só a metade dela – disse sorrindo e fazendo-as sorrir também.
- Então, tá. Se acontecer alguma coisa legal, a gente te conta. – Falou , dando-me um abraço.
- Caso você mude de ideia, sabe onde nos encontrar – falou , também me abraçando e puxando em direção à porta.
- Cuidem-se!
- Você também! – Disseram, fechando a porta.
- Filha, você devia ter ido com elas. Você precisa se distrair um pouco – disse minha mãe, preocupada.
- Calma, mãe, eu estou legal. Eu só não quero sair hoje, mas eu não vou ficar triste, tá?! – Respondi, dando-lhe um beijo na bochecha.
- Vou para o quarto agora - disse, subindo as escadas em direção ao quarto, quando ouvi a campainha tocar. Pensei que fossem as meninas e voltei para convencê-las a não insistirem.
Mas, ao chegar na sala, tive uma enorme surpresa.
- Olá, Sra. Silva, a está?
- ? - Perguntei surpresa. - O que você faz aqui?
- Você acha que eu iria perder o nosso aniversário de namoro? - Falou sorrindo e me abraçando, com um buquê de flores na mão.
- Como você fez para se livrar dos compromissos inadiáveis lá em Los Angeles? – Perguntei, pegando as flores que me oferecera.
- Não tinha compromisso nenhum. Foi tudo uma ideia do para te fazer uma surpresa.
- Ahh!! Você estava me enganando?! – Falei, dando um tapinha leve em seu ombro e beijando o seu rosto.
- Perdão, amor, foi por uma boa causa – falou.
Eu sorri e dei-lhe um beijo.
- Agora, vá se arrumar que nós vamos sair. Vamos jantar no Le Grand, às sete horas. Temos que correr.
- Já estou indo. Desço daqui a pouco – saí correndo em direção ao quarto, pois teria que escolher uma roupa linda para ir ao meu restaurante predileto.
Depois de alguns minutos, eu estava pronta para irmos ao restaurante. Desci as escadas e, ao vê-lo novamente, meu coração disparou; ainda não acreditava que ele estava ali, bem perto de mim, nesse dia especial. Despedimo-nos de minha mãe e saímos em direção ao restaurante.
- Amor, você está linda! – Disse , dando-me um selinho.
- Muito obrigada! Ah, você também está bem legal – falei brincando e retribuindo-lhe o beijo.
No restaurante, se portou como um príncipe e eu estava cada vez mais feliz e mais apaixonada por ele. Depois que jantamos, ficamos ali conversando um pouco sobre nós e os momentos divertidos, difíceis e felizes que passamos juntos.
- Amor, você quer dançar? – Perguntou, segurando-me pela mão.
- Pode ser, mas eu não danço tão bem quanto você – respondi, levantando-me e indo em direção à pista de dança.
- E quem te disse que eu danço bem? – Perguntou irônico.
- Ah, meu amor, eu assisto às suas apresentações na TV – falei sorrindo.
Dançamos tantas músicas que eu estava cansada, mas ele sempre pedia para dançarmos outra como se fosse a última, e eu sempre aceitava. Quando íamos realmente sentar, começou a tocar 'I Gotta Find You'.
- Amor, você aguenta mais uma? Eu amo essa música – perguntei.
- Claro, amor! – Falou sorrindo e parecendo um pouco nervoso.
- Está tudo bem, ? – Perguntei preocupada.
- Está sim, amor, mas eu tenho uma coisa para te dizer.
- Então fale.
- Amor, você sabe que eu te amo e que essa noite foi fantástica para nós. Eu me diverti como nunca, mas eu preciso saber uma coisa...
- Pergunte, amor - falei com a voz trêmula –, o que você quer saber?
- ... – ele falou, tirando uma caixinha vermelha do bolso e se ajoelhando na pista. – Você aceita se casar comigo? – Disse, olhando para mim.
Eu estava tão emocionada que não respondi. Eu não podia acreditar que ele estava me pedindo em casamento ali no restaurante que eu amava, depois de uma noite perfeita e ao som da minha canção predileta; Era um sonho!
- ... – me chamou preocupado. – E aí, qual é a sua resposta?
- SIM!! , mil vezes sim!!! – Falei sorrindo entre lágrimas, indo abraçá-lo.
Ele colocou o anel no meu dedo e selou aquele compromisso com um beijo, sendo acompanhado por palmas das pessoas que estavam no restaurante.
Fomos para casa formalizar o pedido e preparar com a minha família a data, pois a agenda dele era imprevisível.
- Sr. e Sra. Silva, eu gostaria de pedir a mão da em casamento – perguntou, ansioso e nervoso.
- Meu rapaz, é muito nobre de sua parte vir até nós pedir a mão de nossa filha, mas vocês não acham cedo demais para casar? Você só tem vinte anos e ela, dezoito!
- Sim, Sr. Silva, pode parecer muito cedo, mas a e eu já estamos juntos há sete anos, e agora nós temos certeza que queremos estar unidos para o resto de nossas vidas, e eu espero que o Sr. e a Sra. entendam isso – falou um pouco nervoso, porém confiante.
- É realmente isso que você quer, filha?
- É sim, pai, estou mais certa do que nunca – falei, segurando firme a mão de .
- Bem, já que é o desejo dos dois, e vejo que vocês estão felizes, eu só posso dizer que sim.
- Muito obrigada, pai, eu te amo – falei, abraçando-lhe e lhe beijando na bochecha.
- Mas com uma condição!
- Sim? – Perguntou .
- Que vocês não desistam dos estudos.
- Claro que não, pai, eu vou continuar estudando, mesmo casada.
- E eu também, Sr. Silva. Não precisa se preocupar.
Estávamos tão felizes. Nem podíamos acreditar que daqui a dois meses iríamos nos casar e começar uma vida juntos. Abraçamo-nos e comemoramos em família. Ele foi para o hotel onde estava hospedado, e eu fui direto contar para minhas amigas, que quase surtaram quando souberam e já começaram a planejar tudo.

Dois meses depois

- Ai, meu Deus! Eu estou nervosa, mãe. Não quero chorar até borrar a minha maquiagem – falei, andando de um lado para o outro.
- Calma, filha! Vai dar tudo certo. Agora, senta aí que eu vou terminar de arrumar o teu cabelo – disse minha mãe, sentando-me na cadeira em frente ao espelho.
- Pronto, filha, terminei. Você está linda... Nem acredito que o meu bebê vai casar! Isso parece um sonho – disse minha mãe, com os olhos marejados.
- Ai, mãe, não chore, senão eu também vou chorar e aí vamos ter que retocar tudo de novo - falei, dando-lhe um beijo e enxugando suas lágrimas.
- Ok! Momento 'mãe coruja' passou – falou sorrindo e me fazendo sorrir.
- Estão prontas? – Meu pai perguntou ao entrar no quarto. – Filha, você está linda! Espero que esse rapaz cuide bem de você, porque senão...
- Calma, pai, ele vai cuidar, eu sei – falei, abraçando-o. – Então, vamos?
- Vamos!!
Saímos em direção à Igreja. Todos já estavam lá, inclusive e sua família. Foi uma linda e emocionante cerimônia, e uma festa muito alegre, onde juntos com nossos amigos pudemos agradecer a Deus, aquele que nos uniu e nos abençoou com esse amor. Despedimo-nos e fomos para nossa casa.
Depois de alguns meses, tivemos que voltar a L.A., pois eles teriam que fazer muitos shows e entrevistas do novo CD. Enquanto ele trabalhava nas canções, eu continuava estudando Administração.
Estávamos muitos felizes em saber que o nosso amor era mais forte do que a distância, o cansaço e os trabalhos. sempre me homenageava em todas as canções, dizendo a todos que encontrou a mulher da sua vida, aquela que ele amava e por quem com certeza era amado.
Hoje nós somos muito felizes, e sempre no nosso aniversário de casamento nos lembramos da nossa história, a história de um amor que superou limites e distâncias; de um amor forte, como diz a Bíblia, forte como a morte.

Fim


N/A: Oi Flores!
E aí gostaram da fic?! Sei que ela está curtinha, mas foi a primeira que escrevi e, como dizem por aí, a prática leva a perfeição. Gostaria de agradecer a todas que leram a fic e também a primeira n/a da minha vida kkk (infantil... e sei). Deus abençoe a todas e comentem tá?!!!
Bjokinhas!!!!!
Cinthy Silva

P.S: Leiam a minha outra fic tá amores...
Dê uma chance ao amor ( Mcfly – Finalizadas)

N/B: Se encontrarem qualquer erro, por favor, me avisem por e-mail? Cami, xx

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