Acaso

Fanfic Finalizada.

Capítulo Único

Shin Hoseok poderia ser descrito como a personificação da perdição. Era a tentação em pessoa. Seus olhos escuros cintilavam persuasão e sua pele branca reluzia, implorando para ser marcada. Observá-lo era quase como fazer um passeio até o paraíso; seu sorriso beirava a inocência, assim como suas bochechas coradas ao receber um elogio o faziam parecer um adolescente tímido. Era tão fácil fazê-lo ficar rubro, por qualquer motivo que fosse, tanto quanto era fácil deixá-lo duro.
Era assim que Hoseok funcionava: com um sorriso no belo rosto e uma ereção no meio das pernas, pronto para se aliviar como fosse, com quem fosse.
E eu adorava tanto seu jeito que não sabia sequer como reagir, e se deveria de fato fazê-lo. No entanto, bastava sua voz um tanto quanto aguda e aveludada me chamando pelo apelido que mais me enlouquecia para que meu controle fosse pelos ares e me fizesse correr ao seu encontro, colando nossos lábios de maneira intensa — não afoita, mas sim realmente intensa, gostávamos de nos aproveitar, de nos tocar, de nos sentir. Ora devagar, ora rápido, ora forte, ora tão fraco que ao menos sentíamos os toques.
Naquele momento, não estávamos em uma situação diferente. Eu o havia encontrado sem querer enquanto andava pela rua. Seus olhos achocolatados fitaram os meus e logo o sorriso calmo e angelical surgira em seus lábios, deixando-me tão hipnotizado que, por um instante, pensei que seria levado até outra dimensão. Suas bochechas coradas pelo esbarrão que havíamos tido pediam alto e em bom tom para serem tocadas pelos meus dedos e assim o fiz, lhe dando um sorriso tímido em troca.
Nossos encontros sempre eram assim: ao acaso. Fosse numa festa do trabalho, na rua, no shopping, éramos como dois ímãs, atraíamos um ao outro. Ou talvez fossem nossos cérebros tentando nos fazer acreditar nisso, sendo que, no fundo, sempre frequentávamos os mesmos lugares, as mesmas boates, as mesmas casas de show, os mesmos teatros, tudo. Estávamos tão conectados que preferíamos pensar que tudo era obra do destino, quando, na verdade, era obra de nossos próprios corpos e desejos.

Amor... — o sussurro sôfrego atingiu meus ouvidos em cheio, fazendo com que eu finalmente lhe desse atenção.

Seu corpo era como todo o Universo: eu o encarava por segundos e, quando notava, horas tinham se passado e eu havia feito uma viagem de anos luz. Observá-lo era uma dádiva, ele era uma dádiva por completo.
Shin Hoseok era tudo aquilo que alguém poderia desejar. Tinha as ideias mais mirabolantes possíveis, brincava com todo seu ser, rendia-se sem medo algum e entregava-se por completo ao desejo que sentia — qualquer um que fosse.
E naquele momento estava tão rendido a mim que estava clamando por meus toques e minhas palavras, enquanto praticamente gemia aquele apelido que me soava tão vergonhoso. Minhas bochechas coravam de forma automática, contudo, todo o meu corpo pegava fogo em segundos, fazendo com que eu esquecesse de minhas vergonhas e me jogasse contra todo aquele fetiche que lhe adornava.

— Sim? — por fim, respondi. Seus olhos estavam faiscando mais que no primeiro momento em que o encontrei naquele fim de tarde, seu peito descia e subia devagar, como se tentasse controlar suas ações. Talvez seus pulsos e pescoço presos estivessem deixando-o mais agitado e ansioso que o previsto.
— Você não vai me tocar? — perguntou com a voz mansa e os olhos baixos, piscando devagar.
— Você quer que eu lhe toque agora? — respondi com outra pergunta, tirando sua franja loira dos olhos com as pontas dos dedos, sem tocá-lo de fato.
— Quero tanto que já estou arrependido de ter pedido para que me amarrasse hoje. — respondeu sem vergonha alguma, mordendo o lábio inferior. — Céus... Eu o desejo tanto, Hyunwoo.

Ri de sua confissão e espalmei toda minha mão contra seu rosto, lhe afagando a bochecha como tanto gostava. Hoseok era tão bonito, tão angelical, era impossível resistir e lhe dizer um “não” sequer. Bastava encarar seus olhos para que meu coração palpitasse de maneira insana, bombardeando-me de dentro para fora num ritmo desenfreado. Me dava vontade de gritar e encher sua boca de beijos. E de fato eu o fazia — gritava seu nome ao meu máximo, sem pudor algum, enquanto o beijava sem saber se estava mesmo colando nossos lábios ou apenas entrelaçando as línguas por fora de nossas bocas. Um completo show erótico e só nosso.

— Por que ainda insiste em querer ter as mãos presas? — perguntei, sentando sobre suas coxas fartas e tão branquinhas. Aquelas malditas coxas me enlouqueciam por completo, eu poderia marcá-las para sempre, só para ver a forma com que seus olhos reviravam em ansiedade e tesão.
— Gosto da forma que você dita as coisas. — respondeu baixinho contra meus lábios que estavam já tão próximos aos seus. — Por favor, me toque agora. Me enlouqueça, por favor, por favor...

Sorri ao vê-lo tão entregue, sentindo sua ereção embaixo de mim. Porém, não tardei em colar nossas bocas de uma só vez, passeando minhas mãos por todo seu corpo. Hoseok suspirava e se movia para que tivéssemos mais contato, mesmo sabendo que aquilo era apenas o início de nosso momento após um longo mês afastados.

— Eu vou soltar suas mãos. — sussurrei ao descer os lábios para seu pescoço. — Estou com saudades, preciso sentir seus toques também. Mas... — passei os dedos sobre o pedaço de couro que envolvia seu pescoço. — Isso fica, é meu favorito e fica tão bem em você...

Hoseok estava sorrindo quando voltei meu olhar para ele, muito provavelmente feliz por estar ali e por ouvir o elogio. Ganhá-lo, em todos os nossos momentos, era tão simples que eu me encantava cada vez. Conforme o tempo passava e nossos encontros ficavam mais frequentes, eu concluía que ele era tudo o que eu havia procurado por tempos, no sexo, como pessoa, no olhar e no sorriso meninil. O homem à minha frente era definitivamente um sonho, o mais belo e sutil deles.
Acordar e perdê-lo não era uma opção.
Levantei de seu colo com calma e parei bem diante de seu rosto, sorrindo. Hoseok encontrava-se completamente nu e sentado numa cadeira grande e confortável o suficiente para que ele conseguisse ficar longos minutos ali, enquanto eu, mesmo estando em seu apartamento, vestia apenas a calça jeans folgada que ele tanto adorava. Minha camiseta fora arrancada por suas mãos rápidas e afobadas logo que atravessei sua porta, assim como suas próprias foram tiradas no instante seguinte, bem na minha frente — eu ainda não tinha a permissão para tocá-lo.
Com a intenção de retribuir o show — castigo — de minutos antes, sorri e o fitei nos olhos enquanto ignorava minha vergonha. Levei a mão até o fecho de meu jeans e o abri devagar, abaixando-o em seguida, tão lentamente que pude praticamente ver Hoseok salivar enquanto respirava fundo. Minha ereção era tão evidente que a boca do loirinho angelical se abrira em total deleite, sua vontade naquele momento era me chupar até a última gota, eu tinha absoluta certeza. E eu o deixaria fazê-lo sem problema algum, iria desfrutar tanto quanto ele. Por isso, deixei meu jeans para trás e dei apenas mais um passo em sua direção. Sua boca se abrira mais e sua língua fora posta para fora, enlouquecendo-me de uma maneira incrível, mas não podia perder meu mínimo resquício de controle.
Empurrei a boxer que usava para baixo sem mais delongas, tirando-a e fazendo com que meu pênis saltasse em direção ao seu rosto, roçando em sua língua e arrepiando-me por completo. Como se não fosse o suficiente, Hoseok passara a esticar-se mais para frente, empurrando a língua contra meu membro, tocando-lhe a cabeça deveras necessitada.

— O que você quer, Shino? — perguntei, tentando guardar para mim mesmo o que eu queria naquele momento.

Hoseok sorriu ao ouvir seu apelido e seus belos olhos formaram duas meias luas em seu rosto, hipnotizando-me pela milésima vez naquele dia, e eu sequer me recordava de qual havia sido a primeira.
De maneira que oscilava entre a inocente e a erótica, finalmente respondeu:
— Chupar você.

E com essa simples frase perdi meu controle. Fora como se um outro eu tomasse meu corpo, um alter ego que fora ativado ao ouvir aquela simples frase que eu já escutara tantas outras vezes, em ocasiões tão parecidas. Não havia mais vergonhas ou inseguranças, somente meu falo pulsando contra os lábios róseos e entreabertos de Hoseok, que mantinha os olhos conectados aos meus.
Segurei seu queixo com delicadeza e o puxei um bocado mais para frente, apertando-o para que abrisse a boca toda de uma vez e ele o fez sem hesitar. Sua língua passeou por onde pôde de maneira rápida, atiçando-me ainda mais. Empurrei-me para dentro de sua cavidade de uma só vez, fazendo-o gemer baixinho e tão satisfeito quanto eu. Hoseok me chupava de maneira íntima, exatamente como eu gostava, e pedia por mais a cada sucção que recebia. Sua língua me circundava por inteiro, ora eu batia em sua garganta, ora sua saliva me escorria cada vez mais. Era uma visão tão maravilhosa que eu não queria sair dali, não queria perder, queria fotografar, filmar, guardar.
Eu o queria daquela forma para sempre. Os cabelos já estavam bagunçados, a bochechas não estavam mais coradas em timidez e sim pelo esforço que fazia. A coleira de couro preto e com um coração no centro contrastava com sua pele branca, deixando-me completamente fora de mim. Eu seria capaz de gozar somente com aquela imagem e tê-lo me chupando e observando tão intensamente estava sendo mais difícil que das outras vezes.
A cada encontro, Hoseok me surpreendia mais. Além de amante e irresistível, ainda carregava mil e uma surpresas consigo, me dominava como ninguém jamais havia feito. E eu gostava tanto de tudo aquilo que poderia explodir a qualquer momento.
Sua boca se movia firmemente contra meu pênis, levando-me até o paraíso, enlouquecendo-me por inteiro, arrepiando-me todo o corpo. Hoseok era incrível, delicioso, talentosíssimo e dono de uma boca tão gostosa que eu poderia manter-me ali por toda a eternidade.
Afastei-me um bocado e o segurei pela nuca, impedindo-o que voltasse a me chupar.

— Você gosta disso? — perguntei enquanto o encarava nos olhos.
— E ainda há dúvidas? — Hoseok devolveu baixinho, passando a língua pelos lábios como se ainda pudesse me sentir ali. — Você disse que ia me soltar...
— E vou. — sorri, afastando-me de uma vez.

Caminhei até a parte de trás da cadeira e desamarrei seus pulsos sem mais delongas, desafivelando o couro que prendia seus pulsos ao pescoço. Deixei que tudo caísse ao chão e o observei daquela forma, de costas. Seus ombros fortes e largos ainda imaculados de marcas, a coleira por trás e seus fios loiros espalhados por todas as direções: era tão excitante que eu quis tomá-lo ali mesmo.
Todavia, contentei-me em aproximar-me mais e grudar meus lábios em seu pescoço. Ele cheirava à essência de frutas vermelhas, doce, suave, marcante. Beijei-o enquanto minhas mãos deslizavam por suas costas devagar, apertando-o e deixando o início de meu caminho de marcas rosadas. Marcá-lo-ia por inteiro — com a boca, com os dedos, com meu próprio corpo. Tatuaria em Hoseok todo meu desejo, toda minha vontade, todo meu tesão guardado há tanto.
Hoseok jogou a cabeça para trás, tentando apoiar-se em meu ombro e quase formando um arco com o próprio corpo para tal. Sorri com a visão que estava tendo e deixei que meus dentes entrassem na brincadeira, enquanto minhas mãos começavam, agora, a passear por sua barriga definida. Deixei-me deslizar a língua por todo seu pescoço e ombro, enquanto minhas mãos subiam rápidas até seus mamilos, apertando-os de leve e sentido os piercings gélidos entre meus dedos, aqueles dois pedacinhos de metal eram seu maior charme e minha maior diversão. Ri baixo contra seu ouvido ao vê-lo estremecer e o senti esticar os braços para trás, alcançando minha nuca rapidamente e apertando por ali.

— O que quer agora? — perguntei contra sua orelha.

Hoseok gemeu baixinho ao sentir meus apertões ficarem mais intensos, conforme meus beijos aumentavam contra sua pele, logo tornando-se chupões e mordidas fortes.
Sua voz me viera baixa e falha, esganiçada, beirando o desespero que, assim como eu, ele sentia:
— Quero que me foda.

Ouvir aquilo me fizera gemer automaticamente. Estava esperando por aquela frase desde o momento em que beijei sua boca pela primeira vez naquele dia. Era como se aquele pedido explícito fosse o pilar de nossos momentos, para mim, não havia nada mais lindo que aquele homem tão excitado pedindo para ser fodido. Fodido por mim. E eu o faria com tanto prazer que sequer havia palavras para descrever. Eu o foderia com todo meu ser, como todas as outras vezes. Eu o faria gritar meu nome, implorar por mais, rebolar contra meu corpo. Eu o faria perder a voz, ficar fraco, sem ao menos conseguir manter-se de pé. Eu o foderia com toda minha alma, como sempre fazia, exatamente como ele pedia e gostava.
Sem que eu precisasse dizer mais alguma coisa, Hoseok escorregou para o chão, ficando de joelhos. Com seu típico sorriso inocente nos lábios, encarou-me por sobre o ombro e eu já sabia o que deveria fazer. Juntei-me a ele no chão mesmo, ficando ajoelhado como ele. Nos aproximamos ao mesmo tempo e colamos nossas bocas em total desespero e sincronia, sentíamos o mesmo, queríamos o mesmo. Nos entendíamos o suficiente para saber que aquilo deveria ser feito.
Nossas mãos corriam por nossas costas em total desespero, enquanto nossos troncos estavam completamente colados, fazendo com que nossas ereções se roçassem cada vez mais. Os gemidos baixos e os suspiros de satisfação nos escapavam sem pudor, morrendo em qualquer canto daquele quarto minúsculo onde nos encontrávamos.
Hoseok me empurrou para trás devagar, fazendo com que eu caísse sentado no chão. Eu sabia que, naquele momento, tudo o que ele queria era ser observado. Sorrindo e lançando olhares para trás, ele engatinhou por alguns segundos, tomando uma pequena distância de mim. E ali tive total certeza de que minha sanidade iria para o quinto dos infernos naquele segundo.
Com o lábio inferior preso entre os dentes e os cabelos caindo levemente sobre seus olhos, Hoseok deixou o rosto ainda virado para mim e empinou-se ao máximo, ficando de quatro e totalmente exposto em minha frente. Todo meu corpo se aqueceu num mísero instante, fazendo-me suspirar alto e levar minha mão até meu pênis, tocando-me lentamente enquanto o observava.
Hoseok flexionou os joelhos, mostrando-me todo seu corpo e como aguentava-se firmemente sobre as pernas grossas e tão bonitas. E tão devagar quanto engatinhara instantes antes, começara a movimentar o quadril, soltando murmúrios alucinógenos para mim, movimentava-se para frente e para trás, para cima e para baixo, como se eu já estivesse dentro dele. Seu corpo reluzia devido à pouca luz que o ambiente possuía e a camada fina de suor era visível em sua pele clara. Aquilo fora o suficiente para me fazer revirar os olhos e respirar fundo.
Não me permiti atingir o orgasmo, pressionando a fenda de meu próprio membro para evitar acabar com tudo cedo demais, eu sabia que dali para frente ficaria melhor e o resultado seria muito mais forte e intenso.

— Hyunwoo... — Hoseok murmurou, movimentando seu quadril mais uma vez. — Por favor...

E aquela fora minha deixa para aproximar-me mais uma vez. Sorri ao vê-lo de olhos fechados enquanto se empurrava para trás, completamente aberto e excitado. Seu pênis implorava para ser tocado, estava levemente inchado e as veias pulsavam tamanho era seu tesão.

— Você quer ser fodido agora, baby? — perguntei baixinho, distribuindo beijos por todas suas costas ao mesmo tempo em que o acariciava devagar, deixando uma de minhas mãos estacionar em sua bunda farta, exatamente em cima de uma tatuagem que jazia ali, tão bonita.
— Sim... — arfou. — Muito. Por favor!

Achando graça em seu desespero, levei minha boca até sua tatuagem. Devagar, depositei um selar por ali, levando a mão livre para o meio de suas pernas. Hoseok arfou e pela primeira vez o senti fraquejar e estremecer fortemente. Iniciei um beijo contra sua tatuagem como se fosse sua boca ali, moldando-se à minha. Lambi, mordi, chupei — sua tatuagem era meu ponto fraco assim como seus piercings.
Minha mão, ousada, jazia em seus testículos num carinho intenso. Eu sabia que ele queria e precisava de mais, e o daria em breve. Seus suspiros e gemidos baixinhos tilintavam por todo o quarto, me deixando completamente perdido. Vez ou outra, eu esquecia o que deveria e queria fazer, eu poderia ficar por toda a vida o escutando e observando. Hoseok era tão bonito que me deixava completamente zonzo.

— Espero que esteja pronto, Shino. — murmurei enquanto me levantava devagar. — Sua diversão irá começar.

Hoseok sequer tivera força para pronunciar algo, apenas gemera manhoso, sabendo por que eu me levantava. Segui rapidamente até a cômoda que ficava ao lado da cadeira em que ele estava sentado e peguei o frasco de seu lubrificante favorito, ele dizia ter uma essência mais gostosa e excitante, parecia ser algo tailandês, eu jamais memorizaria aquele tipo de detalhe.
Voltei a ajoelhar-me atrás de seu corpo e, com toda a calma que não possuía, joguei uma boa quantidade do líquido em sua entrada que clamava por mim. Em seguida, joguei um bocado em meus próprios dedos e sorri ao vê-lo totalmente trêmulo. Levei meus lábios em direção à sua tatuagem novamente, prendi meus dentes ali e, de maneira conhecida e automática, deixei meus dedos correrem para sua entrada, contornando-a devagar. Espalhei o lubrificante por ali por mais alguns segundos e, sem aviso prévio, o penetrei um dedo.
No mesmo instante, tive uma das melhores visões que poderia ter tido: Hoseok arqueou todo seu corpo, empurrando-se mais contra meu dedo enquanto um gemido longo e rouco escapava-lhe a garganta. Seus suspiros ficaram mais intensos e eu tinha completa certeza de que seus olhos reviravam em puro tesão. Ele não aguentava mais toda aquela tortura, mas aquele fora seu pedido do dia. Queria sentir tanto tesão que não se aguentaria e pé, queria ser fodido até perder a voz, queria que o orgasmo o cegasse, queria ficar perdido no vácuo pós-sexo. E eu o daria tudo da maneira mais intensa que pudesse.
Comecei a movimentar meu dedo em seu interior, logo penetrando-o mais dois o mais fundo que consegui. Hoseok gostava tanto daquilo que sequer se importava com a dor, se é que a sentia. Aquela era o quê, sua milésima vez?
A mão livre levei até seu pênis e aquilo fora seu estopim, Hoseok jogara-se completamente contra mim, forçando-se cada vez mais enquanto rebolava o quadril sem saber para qual direção ao certo deveria fazê-lo. Estava desesperado, enquanto eu apenas sorria ao vê-lo tão feliz por ser masturbado por mim.
Meus movimentos eram fortes e profundos, da maneira que ele mais gostava. Seus gemidos ecoavam por todo o quarto, soando como a mais bela das músicas para mim. Distribuí beijos por onde pude alcançar em seu corpo, enterrando os três dedos cada vez mais em seu interior, bombeando seu membro com fervor. Naquele instante, eu não aguentava mais, eu precisava dele.
Tão de repente como havia começado, parei tudo. Minha cabeça estava confusa, assim como Hoseok provavelmente estava completamente em branco, louco por mais. Com pressa, joguei mais lubrificante em sua entrada e, em seguida, em meu próprio pênis. Respirei o mais fundo que consegui e senti-me arrepiar por completo ao sentir o cheiro de nossos corpos pairando pelo ar, o cheiro de sexo era tão extasiante quanto o corpo que se encontrava tremendo e ainda rebolando em minha frente.

— Espere para rebolar quando eu estiver completamente dentro de você. — murmurei enquanto o puxava pela cintura, fazendo-o abrir mais as pernas e gemer baixinho enquanto mordia o lábio inferior.
— Ande logo... — gaguejou, soluçando um bocado, tamanho era seu tesão. — Eu não aguento mais, preciso de você.

Sorrindo com a confissão, segurei-o de maneira firme e, aos poucos, enterrei-me nele. Hoseok gemeu lentamente e arrastou os dedos contra o chão, fechando os olhos fortemente enquanto abria as pernas o máximo que podia. Ele rebolava contra meu corpo ao mesmo tempo em que eu deixava que minhas mãos fizessem o trabalho que mais gostavam: deixava marcas em seu belíssimo corpo. Suas coxas eram apertadas por mim, logo ficando as marcas de meus dedos, suas costas eram arranhadas, sua cintura apertada até que minhas unhas afundassem ao máximo, deixando o quase roxo instantâneo junto aos vergões vermelhos e grossos, era incrível.
Meu coração batia descompassado, assim como nossos corpos se chocavam um contra o outro de maneira rápida, fazendo com que os sons ecoassem pelo lugar, misturando-se completamente aos nossos gemidos altos e desavergonhados. Hoseok praticamente gritava meu nome, enquanto suas mãos batiam no chão numa tentativa de amenizar aquelas sensações tão fortes e intensas que sentíamos.
Revirei meus olhos e respirei o mais fundo que pude, parando os movimentos de forma brusca. Hoseok estava pronto para questionar, mas ao encontrar-me prestes a sentar no chão para chamá-lo em seguida, sorriu. Não precisei concluir meus planos e logo ele engatinhava novamente em minha direção. De frente para mim, sentou-se em meu colo e, às pressas, segurou na base de meu pênis e o guiou para dentro de si novamente. Agora eu poderia enxergar toda as suas feições claramente e de perto como eu tanto adorava. Meu belo homem tinha o sorriso nos lábios e os olhos em fendas, da maneira que mais me enlouquecia.
Após ajeitar-se melhor, Hoseok deixou seu corpo escorregar sobre o meu. Apoiando-se em minhas coxas e olhando-me no fundo dos olhos, começou a rebolar sobre meu membro, gemendo de maneira manhosa e fazendo biquinhos automáticos enquanto apenas murmurava de prazer. Seu corpo se movimentava com precisão e rapidez, totalmente à sua maneira.
Segurei sua cintura com uma das mãos e, com a livre, peguei seu pênis, fazendo-o quase urrar. Eu seguia seu ritmo, tentando não me perder em minha própria mente e no meu mar de sensações, mas estava tão difícil. Tudo com Hoseok era muito difícil. Ele era tão intenso que eu jamais aprenderia a lidar com aquilo — poderíamos fazer sexo durante mil décadas que não seria o suficiente para lidar com toda sua intensidade.
Soltei sua cintura e o deixei guiar-se sozinho. Com a mesma, puxei sua nuca para trazê-lo de encontro ao meu rosto. Juntei nossas bocas sem parar os movimentos que fazia em seu membro e sequer fechei os olhos, queria apreciar sua expressão de prazer. Sua boca estava aberta, sua língua vinha de encontro à minha e logo perdia-se no caminho, enquanto ele gemia e pulava em meu colo. Estávamos enlouquecendo, minha mente já começava a ficar em branco.
Hoseok segurou em meus ombros com força e seus olhos reviraram ao mesmo tempo em que um gemido alto e longo saíra de sua garganta. Aquilo fora o suficiente para que eu o apertasse mais contra mim, deixando que todo seu prazer pulasse em direção ao meu corpo, sujando-me por completo.
A sensação de estar completamente dentro dele e sendo esmagado enquanto seu orgasmo ainda acontecia fora o suficiente para que eu me perdesse completamente. Minha cabeça simplesmente apagara tudo naquele instante, fazendo com que eu atingisse meu ápice dentro dele, fazendo-o gritar ainda mais. Meus gemidos saíram altos, enquanto meu corpo tremera de forma violenta.
Nossas respirações estavam completamente descompassadas e os gemidos ainda escapavam baixinhos, não passando de murmúrios e lamúrias inconscientes. O corpo de Hoseok ainda tremia levemente sobre o meu em espasmos deliciosos, fazendo-o movimentar-se sobre mim.
O encarei nos olhos e ele me sorriu mais uma vez, um tanto quanto cansado. No entanto, sequer tinha forças para sair de cima de mim, talvez nem quisesse. Eu, pelo menos, não queria. Se pudesse, ficaria com ele daquela forma para sempre, apenas desfrutando de seu calor, seu cheiro, seus toques, sendo apenas um.

— Nunca mais me deixe ficar longe de você. — Hoseok murmurou levando seus lábios de encontro aos meus, num selar íntimo. — Por favor... Não vamos mais deixar nossos encontros ao acaso.

Ri com seu pedido e colei nossas bocas novamente, num beijo calmo e com resquícios de sorrisos.

Não, eu não deixaria mais que nossos encontros fossem somente ao acaso. Nunca mais.




Fim.



Nota da autora: Espero que tenham gostado!



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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