A-Christmas-Gift
Última atualização: 20/06/2018

Capítulo Único

Sabe quando você quer algo impossível, mas tipo beeem impossível? É tipo uma chance em 100! Mas eu só queria tentar pedir, quem sabe por um milagre do divino Espírito Santo eu consiga! Apesar de que ela ia achar que eu estava ficando louca e, olha, eu não duvido! Ela (minha mãe). Bem, minha mãe é produtora de cinema, então você deve imaginar. Sim, ela tem os contatos da maioria dos famosos e sempre vai em eventos. A pergunta é: mas e eu? Bem, eu vou com ela, já vi alguns famosos, mas eu nunca vi eles já que minha mãe é mais voltada para o lado de filmes e não seriados.
Sou apaixonada por Supernatural desde que eu tinha uns 11 anos! Hoje tenho 18 anos e estou no último ano do Ensino Médio, aqui em Los Angeles. Não sei o que fazer na faculdade ainda, minha mãe gostaria que eu fosse produtora de cinema como ela, mas a verdade é que eu adoraria ser atriz. Quando contei isso, ela me disse que eu teria chance pois sabia fazer um bom drama e guardar algumas emoções de vez em quando, sinceramente não sei se ela estava falando sério ou sendo sarcástica. Apesar de que na escola faço parte do clube de teatro desde que eu estudo lá, já ganhamos vários prêmios por enredos e interpretação, então acho que tentarei ser atriz, mesmo sendo esse desastre de pessoa!
Tá que eu possuo distúrbios de ansiedade mas eu estava morrendo de vontade de pedir para ela esse presente de Natal, quem sabe pelo menos por 1% de chance ele não acontece? Sei lá, não custa tentar. É apenas um pouco de paixão misturado com um certo vício e, claro, um sonho!
Além disso, o Natal estava próximo, eu tinha que tentar! Levantei da cama ainda de pijama, peguei um moletom e vesti. Desci as escadas gritando pela minha mãe enquanto o vento gelado entrava pelas janelas. Essa época do ano é tão gelada mas é tão bom não ter um pouco de calor. Após gritar a minha mãe escutei um barulho na cozinha, tomara que seja ela e não um espírito, digo, não estou com vontade nenhuma de colocar sal grosso em portas e janelas. Bem, pelo menos sei me defender de forças malignas – tá, parei.
-Mãe! -olhei com uma cara de aliviada e ao mesmo tempo com meus olhos brilhando.
-Viu um fantasma? O que você quer, ? -ela me fitou com um olhar de cansaço.
-Ainda não, mãe. Mas credo! Bem que a senhora poderia responder mais feliz né? Eu venho aqui te procurar toda preocupada... -fiz voz de choro.
-Sabe, você deveria realmente tentar ser atriz, está me convencendo. Diga o presente que você escolheu. -Ela começou a rir. Sabia que logo ela iria entender minha decisão! Ela me conhece.
-Então, mãe sabe o que é... eu estava pensando aqui e sabe não custa tentar, que tal a senhora me dar um Dean de Natal? -Falei toda sorridente.
-, um Dean de Natal? Da onde você tirou isso? Filha, se você está referindo a série Supernatural, saiba que eu não tenho contato com eles, mesmo com os produtores.
-Mas, mãe, não custa tentar! Sabe, a senhora poderia tentar, eu só queria realmente ver ele uma vez na minha vida na minha frente! Dar um oi, tirar uma foto e saber que depois ele nunca vai lembrar de mim! -Falei desesperada.
- ... -minha mãe começou.
-Mãe, eles gravaram aqui perto e você me colocou naquela viagem de acampamento de férias! -Desabafei.
-Pelo menos você trouxe um prêmio de teatro para casa. - Ouch! Então, quando eu ia choramingar mais uma vez ela, falou – Olha, querida, eu vou tentar, tá bom? Mas não prometo nada.
Era isso mesmo que eu estava escutando, produção? Minha mãe iria tentar? Não acredito que consegui!
-Ah mãe, não acredito! Não tem problema, o importante é tentar, muito obrigada!
-Agora vamos almoçar!
Definitivamente, meu dia estava feito!
Depois de almoçar, ajudei minha mãe a lavar a louça e subi. Deitei na minha cama, deixei tocar a primeira música no meu iPod e comecei a pensar na minha vida, afinal uma das minhas músicas favoritas estava tocando. Minhas cartas da faculdade só iam chegar depois do Natal, isso se eles me aceitarem, claro. Minha mãe já sabia que eu tinha colocado tudo para conseguir entrar em Artes Cênicas e, de acordo com ela e meu histórico, não teria chance deles me recusarem, mas sabe aquela incerteza? Pois é, não sou a pessoa mais segura do universo. Espero que eu goste do curso, não consigo me imaginar fazendo nada além disso. De tanto pensar acabei caindo no sono.
Acordei e ao olhar a escuridão do meu quarto, eu sabia que já tinha escurecido. Quando olhei o relógio vi que marcava 19:15. Parabéns, ! Gastou uma tarde dormindo em vez de fazer algo produtivo. Desci as escadas e vi que minha mãe tinha deixado um bilhete na geladeira: " Querida, tive que sair para ver umas coisas do trabalho, não sei que horas volto e há comida na geladeira. Beijos, te amo." Ótimo, largada em casa nessa escuridão e sozinha, certamente alguns pensamentos do tipo "a porta vai bater sozinha” e “você vai escutar um barulho", começaram a rondar minha cabeça. Fiz questão de acender todas as luzes e fui pegar a comida que ela deixou na geladeira, que era o resto do almoço. Fui pra sala e liguei a TV, estava passando uma maratona de Supernatural, mas que bela coincidência! Já sei o que fazer esta noite.
Percebi que a árvore de natal estava montada e piscando, olhei embaixo dela e não tinha presentes. Saudade da época que meu pai e minha mãe deixavam lindos presentes embrulhados e algumas pelúcias. Meu pai se separou da minha mãe por causa do trabalho dela já que, segundo ele, ela nunca tinha tempo para ele. É triste pois ele nem pensou em mim, apesar de que de vez em quando ele me liga perguntando como estou.
A última vez que eu o vi foi há uns 5 meses, naquele acampamento que eles fizeram questão de marcar juntos e escondido de mim. Sim, ele ainda fala com a minha mãe. Acho que ele não nos visita muito porque, claramente, ele ainda tem sentimentos por ela, porém tenho certeza que ele não quer a vida antiga dele, apenas fazer parte da minha um pouco. Nos damos bem, no início eu fiquei bem chateada mas hoje eu entendo e não culpo minha mãe. Digo, ela escolheu algo que ama para fazer e, infelizmente, ocupa realmente boa parte do tempo dela, mas ela sempre fez de tudo para cuidar de mim. Bem, chega de pensar, a maratona está interessante e a minha comida tá esfriando.
Os dias foram se passando e o que eu fazia? Lia alguns livros, assistia séries e, de vez em quando, saia para caminhar. Meus amigos todos estão viajando, infelizmente eu não estou porque as férias da minha mãe nunca batem com as minhas. Estava chegando perto do Natal e minha mãe simplesmente não tocou no assunto, entendi que ela me daria algo secundário como livros da faculdade ou um pouco do dinheiro para comprar algo que eu queria, o que de certo eu não tinha ideia, fora meu sonho que não é algo... comprável. Mas também, que ideia absurda eu fui ter. Desde quando eu iria ver um artista favorito no Natal? Digo, ele tem família! Que patético, , você tem sérios problemas.

25 de Dezembro – Natal

(Sugestão: Se quiser ouvir essa música enquanto lê)

O tão esperado dia chegou, apesar que eu tentei tocar no assunto mas minha mãe sempre desviava para algo do tipo " você que viu fulano de tal terminou com ciclano?". Coloquei uma calça jeans, uma blusa preta fina e por cima uma blusinha xadrez azul claro com leves tons de roxo e um tênis branco, aproveitei e peguei aquele gorrinho de natal e coloquei na cabeça, deixei meu cabelo solto. Todo ano minha mãe e eu usávamos esse gorro de Papai Noel no Natal, lembro que meu pai também. Éramos os três rindo, apesar dele ter ido embora a tradição continuava.
Desci as escadas e escutei vozes, uma era da minha mãe e a outra eu não fazia ideia. Droga! Esqueci meu celular no banheiro do meu quarto, pensei em voltar para pegar até escutar minha mãe me chamar, ela tinha escutado eu descer as escadas. Ai caramba, eu preciso tirar esse gorro, tem visita! Não deu tempo porque ela me chamou de novo.
- , querida, venha aqui!
Ela falou num tom mais alto, ela estava brava. Meu senhor, o que eu fiz?
-Er, tô indo, mãe! - Desci as escadas correndo, só sei que eu estava na cozinha olhando minha mãe e fitando o cara que estava de costas.
Ele era alto, tinha o cabelo meio louro, usava jeans e uma camiseta xadrez preta com branco e tinha um físico bem trabalhado. Uau, minha mãe arranjou um gato de Natal e não me contou?
Continuei perdida em meus pensamentos até que... alguém deveria tirar uma foto porque meu queixo foi lá embaixo quando o cara virou, era o JENSEN ACKLES! Deus, pode me levar agora, eu vou morrer feliz, prometo.
Senti um par de olhos sobre mim e sorri sem graça, mas percebi que ele tinha um sorriso e queria rir, isso talvez... Porque eu estou com o GORRO DE NATAL! Ai que vergonha! Eu só consegui dizer:
- Ahn... Hmm... Oi! - Acenei timidamente.
-! Eu trouxe seu presente de Natal! Bom, uma visita apenas. - Ela sorriu para mim. O que eu devia falar?
-Mãe... Como você...? - gaguejei.
Enquanto isso, Jensen sorria para nos duas. Mas o quê?
-Bem, essa semana que eu andei ocupada foi porque eu estava procurando os produtores da série, após muitas conversas eu consegui o contato do elenco. O Jensen atendeu minha ligação e fui conhecer ele pessoalmente. Expliquei a situação e ele concordou. Eu agradeço muito Jensen, entendo que você tenha família e peço desculpas, mas a minha filha estava bem, ansiosa. -Ela suspirou. Já eu estava ficando vermelha.
-Mãe!
- Não precisa se desculpar, Sra. ! Eu fico feliz que posso estar fazendo uma boa ação no natal e, acredite, minha família me vê sempre, não vão ficar com saudades . -Ele riu. Que perfeição. Ele se virou para mim. - , prazer em te conhecer! Que bom que gosta de Supernatural, olha recebemos muitas críticas, da igreja ainda. - Ele fez uma careta.
Eu não sabia o que falar. Minha mãe rapidamente disse:
-Bem, ótimo, eu vou arrumar a mesa para o almoço, espero que tenha gostado!
Corei por um instante e sai da cozinha indo em direção a sala e o Jensen atrás de mim.
-Ahn, olha, obrigada mesmo por vir e me desculpe, eu ainda estou... A ficha não caiu ainda sabe? -Sorri.
- Não precisa pedir desculpa, se eu fosse você, aproveitava seu presente. - Ele piscou e ainda disse - Belo gorrinho, tem um extra pra mim?
Corei o dobro. Soltei um sorriso.
- Você veio como Dean, né? Vamos ali no jardim? Tem a piscina e umas cadeiras, é relaxante e eu tenho outro gorrinho, você quer?- Fui caminhando para o jardim e ele me acompanhou, sentei na cadeira perto da piscina, aquelas que você pode deitar, ele sentou do meu lado e me olhou.
- Olha, eu até queria mas vou deixar só você usando porque está bem legal em você. Poderíamos até cantar na rádio sabia? Parece que ambos gostamos de blusas xadrez. E, sim, o seu Dean chegou. - Ele riu.
-Temos bom gosto! - Pisquei e logo perguntei -Como assim, o meu Dean? - Eu realmente estou confusa.
-No sentido que ele pode ser seu. -Ele piscou.
Meu? Como assim!
- Meu? - Olhei confusa.
- Se você quiser, podemos passar mais tempo juntos. - Ele sorriu.
- Eu adoraria, mas você não é ocupado?
- Até que sou, mas como é a primeira vez que alguém me pede de presente, por que não conhecer mais essa pessoa diferente? - Ele riu.
- É sério isso? - Eu ri. Voltei a falar - Hm, olha, eu quero!
-Agora só falta analisar - Ele se aproximou.
- Analisar o que? - Franzi meu rosto.
Ele se aproximou de mim, passou sua mão levemente em minhas bochechas e depois no meu cabelo e me puxou para perto. Okay, , respira!
Senti seus lábios nos meus e demos um beijo tão leve mas tão bom! Eu só posso estar sonhando!
Depois do beijo, nos separamos e ambos sorrimos um para outro, ele olhou para mim e disse:
- I'm a Batman! -sorriu.
Eu sabia onde isso iria levar.
- Dean, tem alguma coisa aí que seja real? - fiz uma cara de má.
-Meus peitos! - ele deu uma risada sarcástica.
Não aguentei e comecei a rir, ele segurou minha mão e disse:
- Até que pra alguém que não fez faculdade ainda, você vai ser uma ótima atriz!- Ele sorriu.
Como ele sabia? Olhei em seus olhos e, sorrindo, perguntei:
- Como você sabe?
- Sua mãe me contou um pouco sobre você e o que ela me disse meio que me deixou com uma vontade de te conhecer, achei você interessante.
- Ah meu Deus! Espero que ela não tenha dito nada constrangedor.- Eu ri.
- Não se preocupe, ela não disse.
- Pretende cantar Journey? - Eu dei aquela olhada.
-Bem, eu sou um cara cheio de surpresas, quem sabe?
- Uau, eu sou interessante para o Jensen e para o Dean, isso realmente é um sonho. E eu adoro surpresas! - Corei.
Ele sorriu e disse:
- Quem sabe essa surpresa não é você se aventurando com Dean por aí?
Sorri pra ele e segurei sua mão, a gente se levantou e sentamos na grama e ficamos abraçados até minha mãe chamar para almoçar, conversando sobre o que iríamos fazer e conhecendo um ao outro. Confesso que se eu soubesse que seria assim, eu teria pedido esse presente bem antes! Porém, sinto que se isso tinha que acontecer, era pra ser assim e eu estou gostando bastante.
O Jensen disse que poderia me dar dicas sobre atuação e me ajudar em qualquer coisa na faculdade. Bem, quem sabe realmente eu não tenha uma aventura com o Dean? Suspirei!




FIM



Nota da autora: Oi gente! tudo bem? Então, algumas pessoas já conheciam essa fic, eu escrevi ela quando eu tinha 14 aninhos junto com uma amiga minha no meio da aula de inglês. Queria agradecer ela e minha antiga beta, a Ju por ter ajudado e agora a minha nova beta (Babi). Queria agradecer a Jess pela aesthetic maravilhosa também, muito amor por ela. Depois de 8 anos, reli ela e pensei em reescrever. Foi pensando em escrever mais bonitinho mesmo e bem ... quem sabe uma parte dois?Vocês gostariam? Hahha, espero que gostem e que tenham aproveitado o Dean de vocês. Beijocas <3





Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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