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Postada: 07/03/2017

Prólogo


Adeus.
Disse e eu mal consegui perceber, pois só conseguia olhar para seu sorriso ao passar pelo portão de embarque do aeroporto. Seu destino era New York. Ela iria realizar o sonho de rodar um documentário sobre a vida nova-iorquina. Tinha corrido atrás da verba, conseguido patrocinadores, locações e pessoas dispostas a dar os depoimentos, tudo com muito esforço. Desde o início de seu projeto eu sabia que ela conseguiria. Mas confesso que não queria. Depois de chegar lá ela ia dizer adeus a tudo o que antes pertencia a vida dela aqui, ao meu lado. Era óbvio que seu documentário seria um sucesso e isso emendaria novos projetos, e então mais projetos e por lá ela ficaria para o resto da sua vida.
Ficava triste por nosso relacionamento fadado ao fracasso, mas não podia negar que o sorriso em seu rosto compensava tudo. Ela corria em busca de seu maior sonho, portanto por maior que fosse a dor que eu sentisse, eu sorria. Sorria por ela. Sempre.
Acenei. E ela passou o portão em busca de seus sonhos com um sorriso no rosto.


Capítulo Um: Mudanças


2 anos depois
Estava me preparando para a viagem da minha vida. Havia recebido um convite de uma editora para publicar um dos meus manuscritos, finalmente teria a oportunidade de ter um livro físico. A editora ficava em New York, meu vôo saía do aeroporto da cidade da Filadélfia, onde moro, em três horas – eu estava atrasado como sempre – mas precisava achar minha caneta da sorte, sem ela eu não poderia assinar o contrato, afinal ela era a caneta da sorte.
Enquanto terminava de arrumar minha bagagem de mão e ao mesmo tempo procurava pela caneta, comecei a pensar em toda a história desse romance que finalmente seria publicado. Era tão íntima que quase não tive coragem de enviar ao meu agente, porém acho que minha estrela deve ter me iluminado lá de cima, pois dos três romances que enviei, foi o único que ele demonstrou interesse. Era uma história que explorava cada vértice do desastre que minha vida amorosa era. Especialmente o amor que nunca superei, e dirá um dia superarei: .
Meu gato ronronou. Fui até ele e afaguei o pêlo de Jon, de Jon Snow claro, que estava sentado no sofá e encontrei a caneta. Safadinho esse Jon.
- Você anda muito travesso, Jon.
O gato resmungou, que assumi que ele dizia “pouco me importo”.
Enfiei a caneta na bolsa que iria levar como bagagem de mão, chamei um táxi e desci a mala que levaria com as minhas roupas. Escrevi um bilhete com instruções para a senhora Finn, que cuidaria de Jon na minha ausência. Deixei explicitamente que comida, apenas nos horários certos, pois ele era um gato mimado e certamente iria choramingar por mais. Ao terminar escutei o barulho do táxi que havia acabado de chegar. Peguei minha bagagem, me despedi de Jon e segui rumo a porta sabendo que meu grande sonho estaria prestes a acontecer.
O trânsito estava tranqüilo e por sorte cheguei ao aeroporto sem demoras. Fiz o check in e embarquei sem atrasos. Enfim, estava seguindo destino a New York.
Cheguei no aeroporto exausto, meu medo de altura faz as viagens mais tranquilas parecerem viagens ao espaço. Havia um carro me esperando, enviado pela editora. O motorista se chamava Ben, e era muito simpático. Conversamos muito até, dado a minha não tão grande habilidade de me comunicar, já que não faço o tipo extrovertido.
– Tchau Ben, obrigado pela carona.
– É o meu trabalho, Senhor – disse cortês.
– Por favor, me chame de – jamais vou me acostumar com toda essa pompa.
– Até – despediu-se.
O hotel era bonito, tinha uma arquitetura clássica e uma localização estratégica. Apresentei-me na recepção e logo fui levado ao meu quarto que seguia a mesma arquitetura do saguão principal do hotel. Clássico, em tons pastel e dourados. Acomodei minha bagagem e tirei os sapatos. Olhei no relógio e constatei que ainda era cedo, cinco horas da tarde. Achei que seria uma boa explorar a cidade, apesar de já ter vindo à cidade algumas vezes, mas New York é sempre uma novidade.
Tomei um banho rápido, me vesti com roupas confortáveis, apanhei meu moleskine (idéias podem surgir em momentos inesperados) acompanhado da caneta da sorte, meu celular e carteira e me dirigi para as ruas da cidade. O clima estava agradável, era outono então o clima estava atípico. Caminhei por alguns minutos pela cidade, como era fim de tarde havia muita gente na rua em suas idas e vindas.
Entrei em um café que costumava vir com , na época minha amada quando viajávamos a cidade. Cafés aguçavam minha criatividade, e o clima agradável que estava quando sai, já não estava mais tão agradável e um café cairia bem. Fiz meu pedido e me dirigi ao salão em busca de uma mesa. Passei o olhar rapidamente e encontrei uma no canto à direita. Andei até lá, mas ao apoiar o café sob a mesa, outra pessoa teve a mesma ideia que eu. Levantei o olhar e não pude refrear a cara de espanto ao reconhecer o rosto em minha frente.
.


Capítulo Dois: Sonhos


Ela, também, não pôde conter o susto ao me ver. Já fazia tanto tempo desde o nosso último contato. E foi ela quem se manifestou primeiro.
? , é realmente você? – não conteve um sorriso – O que faz aqui? – Senti seus braços enlaçar meus ombros. Ela sempre fora tão amorosa e incontida. Não posso negar que era uma das coisas que mais gostava nela. Abracei-a de volta.
, quanto tempo! Jamais imaginei que a encontraria aqui – Eu pelo contrário era além de contido, os anos passavam, a timidez não.
– Eu sempre venho aqui! Era o nosso café preferido, lembra-se? – sentou-se em uma das cadeiras da mesa. Percebi que iríamos dividir a mesa, mesmo sem nenhum convite de ambas as partes. – As pessoas, o ambiente, o café... Me inspiram...
– Penso a mesma coisa – não pude deixar de sorrir com o pensamento de que ainda mantínhamos interesses em comum – Eu vi seu ultimo documentário, sobre os cachorros, sobre as crianças da América do Sul. Realmente inspirador, espero que esse lugar me inspire da mesma maneira que inspire você – Rimos.
– Ora, por favor, seus contos sempre foram maravilhosos! Você não precisa de um lugar para de inspirar, você já é a inspiração em pessoa. Lembro que não conseguia ir pra cama, pois precisava saber como suas histórias terminavam. – Um sentimento nostálgico passou por seus olhos – E sobre o elogio: aceito. Foi muito trabalhoso, mas confesso, esse foi um documentário maravilhoso de se fazer e a perspectiva de que ele pode ajudar as condições de vida dessas crianças me faz ter ainda mais orgulho dele! – sorriu e eu sorri junto – Logo alguém vai te descobrir, e seus livros serão Best-Sellers! E você, o que faz aqui? – indagou.
Não pude deixar de esboçar o meu maior sorriso. Era o meu sonho a se realizar. Estava ali para a concretização de um sonho. E nada me deixaria mais feliz do compartilhar isso com ela.
– Estou para isso. Vou assinar um contrato! – mal podia conter a excitação – Mandei minha história para um agente e ele me conseguiu esse contrato. É uma grande editora, a tiragem será grande e o dinheiro vai ser bom.
– Não acredito! Isso é fantástico, ! – bateu palminhas em êxtase, e não pude deixar de notar que ela havia me chamado pelo apelido. – Temos que comemorar, com café é claro. – Fez sinal a garçonete e pediu mais dois cafés, um com muita canela, por favor. Agradeceu e volta-se a mim novamente. – Sobre o que se trata esse novo Best-seller? – Fiz uma careta – Por favor, é claro que será um Best-Seller, você é talentosíssimo. Eu já li suas histórias e sei que são ótimas. E modéstia a parte, eu tenho um excelente gosto. – sorriu presunçosa.
– Obrigado, mas acho que prefiro não esperar tanto assim. O livro pode ser um fracasso, você nem sabe sobre o que se trata. – exclamei – Mas é um romance. É sobre um amor desencontrado, um amor que não superou a distância – completei.
me olhou inquiridora e em seguida seu olhar se perdeu em algum objeto da decoração do ambiente. Por alguns minutos, ou horas. Mas devem ter sido apenas segundos. Voltou seu olhar para mim e levantou uma sobrancelha eu sabia que ela havia percebido a ligação dessa história com a nossa. Depois de um longo silêncio, ela foi a primeira a se manifestar e sua pergunta me surpreendeu:
– Por que nos separamos, ? – não consegui desvendar seu olhar. – Funcionávamos tão bem...
– Acho que o destino não achava isso de nós dois – disse pensativo – Depois que você partiu para realizar seu primeiro documentário, eu ainda tinha uma pontinha de esperança, mas então você emendou um projeto no outro e não conseguíamos nos ver nunca. A distância, as conversas cada vez mais escassas... Acho que não precisávamos de um término pra saber que tinha acabado – lamentei.
– Você não respondia mais minhas mensagens – disse em tom baixo enquanto olhava para seu café, que a garçonete tinha acabado de trazer a mesa, e o mexia com a colher sem interesse.
... Nosso relacionamento já não existia mais. Você seguiu em frente, e estava feliz fazendo o que sempre amou. Isso me deixava feliz. Não queria ser um peso na sua vida.
eu não acredito que está dizendo isso! – exclamou alto, consternada. – Sempre achei que havia parado de responder minhas mensagens porque tinha seguido em frente, com outra pessoa! – entoou a última parte e a passou a mão no cabelo, e pela altura do seu tom de voz algumas pessoas começaram a nos olhar.
– Acalme-se, – Nem notei que o apelido dela escapou – A sua vida estava mudando, você precisava ser livre para trilhar o caminho que desejasse e fiquei feliz em poder te deixar ir – esclareci. Estava atordoado, porque ela estava tão errada. Nunca houve outro alguém. – Nunca teve outro alguém, . Sempre você, por conta disso o livro fala sobre você. – Olhei para ela que levanta as sobrancelhas em susto – Não de forma biográfica, claro, mas sua essência está lá.
– Isso é adorável, ... – suspira – Nem sei o que dizer...
– Eu sinto sua falta – admiti – Você ainda é o amor da minha vida. Nunca deixei de pensar em você. – Soltei antes que o medo me refreasse. Antes que ela pudesse conter vi uma lágrima escorrendo. – Por favor, não chore...
... Eu senti sua falta, cada dia, cada momento. Em cada nova conquista, eu pensava em você. E talvez, esses deveriam ser os momentos mais felizes da minha vida, mas eu não me sentia completa, pois faltava você – pegou a minha mão por cima de mesa – Eu imaginava como seria bom dividir os momentos com você, o amor da minha vida.
– Kate – deixei a frase morrer, porque não sabia como reagir após sua declaração.
– Shhh – pediu a moça, enquanto aproximava o rosto do meu para selar nossos lábios em um beijo calmo, porém cheio de saudade e palavras não ditas, mas que ao mesmo tempo não tinham necessidade alguma de serem verbalizadas.
Toda a saudade, a frustração da sua partida e o amor que eu sentia, descontei em nosso beijo, que começou calmo, lento, mas logo passou a ser uma desesperada busca pelo gosto um do outro.
– Meu hotel... É próximo daqui – disse entre suspiros, nos intervalos que nossas bocas davam para respirar. Estava envergonhado, por maior que fosse a vontade de beijá-la, eu ainda tinha modos e sabia que as pessoas do local não deviam estar tão felizes com nossa entusiasmada demonstração de afeto.
Após deixarmos umas notas para pagar o que consumimos, seguimos para meu hotel, que não era muito longe do café, de mãos dadas. Eu mal podia acreditar que estávamos juntos, de novo, compartilhando aquele momento. Chegamos ao hotel e subimos para o meu quarto.
– Eu te amo, Kate – sussurrei enquanto beijava seu ombro e a despia de sua regata.
– E eu a você, .
E nos entregamos ao amor do ato mais íntimo que um casal poderia ter.

Acordei com um sorriso no rosto, sem saber o porquê. Estava com os músculos doloridos, mas nunca havia me sentido tão leve. E então me lembrei por que.
Abraçada a mim estava , que dormia, seus cabelos jogados no lençol da cama e outro lençol cobrindo seu corpo.
Não contive outro sorriso.
Olhei para o relógio do meu telefone que já marcava nove horas e quarenta e cinco. Eu tinha que estar na editora em 30 minutos para a reunião final e assinatura do contrato. Estava tão eufórico com a situação com Kate que havia até e esquecido da verdadeira razão de estar ali. Não queria deixar ela ali, mas eu precisava ir. Me levantei, tomei um banho rápido e me vesti com pressa. Não queria acordá-la, mas também não queria sair dali sem dar-lhe alguma satisfação. Decidi então escrever um bilhete, avisando que logo voltaria

Querida Kate,
Não se assuste. Não te abandonei!
Tive que sair para uma reunião com a editora.
Te encontro no almoço?
Com amor,


Passei pelo buffet de café da manhã do hotel, e peguei apenas uma maçã. Não teria tempo de tomar um bom café. Adentrei a recepção do hotel enquanto mordiscava minha maçã. Ao sair do hotel, logo encontrei Ben, o motorista que a editora havia me proporcionado.
– Bom dia, Ben. Desculpe o atraso.
– Sem problemas. O trânsito está fluindo bem, vamos chegar até lá sem atraso.
Fiquei feliz em saber que chegaria lá sem atrasos, já que na queria passar uma boa impressão. Esse seria meu primeiro livro a ser lançado, e espero que não seja o último. Enquanto Ben dirigia, me permiti admirar a cidade e meus pensamentos me levaram à . Mal podia acreditar que minha querida estava comigo de novo. Nossos destinos haviam aprontado muito conosco, mas haviam me proporcionado uma bela surpresa, em um dos dias mais felizes da minha vida.
Cheguei até o prédio da editora: imponente e luxuoso. Confesso, que me assustei. Estava esperando um lugar mais alternativo e menos... grande?
Uma moça chegou até mim e se apresentou:
– Bom dia, senhor Griffth, estávamos esperando pelo senhor. Sou Emma. Seja bem-vindo.
E me guiou até a sala onde tive um dos meus maiores sonhos realizados.


Capítulo Três: Sonhos


Quando cheguei ao hotel já passava das treze horas, já não esperava encontrar lá. Mas ao abrir a porta a encontrei olhando através da janela.
– Oi – disse – Já não esperava te encontrar aqui. A reunião demorou um pouco mais do que eu pretendia.
– Sem problemas – sorriu – Esperar em um hotel luxuoso não foi problema algum, além disse pedi o café da manhã no quarto, na sua conta claro. – piscou e eu não pude deixar de rir.
– Tudo bem, você não acho que uma garota do seu tamanho possa arruinar minha conta bancária tão profundamente – ela se aproximou e me deu um selinho.
– Querido, você está me subestimando... Mas não me preocupei, já que em breve terá um livro na lista dos Best Sellers do New York Times.
– Querida, você está me superestimando – devolvi seu beijo.
– Estou sendo realista. Eu conheço seu trabalho, e o adoro. E convenhamos que tenho um gosto incrível para todo tipo de coisa. – Me beijou mais uma vez.
– Se continuarmos dessa forma, não vamos sair desse quarto nunca – comentei – Não que eu esteja reclamando, claro.
– Eu também não, mas quero aproveitar a comida desse hotel que é maravilhosa – frisou a ultima palavra – como já comentei tenho bom gosto para as coisas, e a comida daqui ta no meu TOP 10.
– Ok, vamos almoçar senhorita Bom Gosto.

Almoçamos.
Namoramos mais um pouco.
Passeamos pela cidade.
Alimentamos esquilos no Central Park.
Namoramos mais uma vez.
E então chegou a hora de eu ir embora.

Foi a única parte que eu gostaria de excluir daquela viagem, que parecia perfeita.
Claro que Kate prometeu me visitar o mais breve possível, até porque ela estava morrendo de saudades de Jon. Mas da mesma forma, eu já sentia saudades suas. Os dois últimos dias que passamos juntos pareceram deletar os dois últimos anos. Não queria me despedir, mas eu precisava voltar.
– Promete que vai me visitar em breve?
– Claro, eu já estou finalizando os últimos detalhes do documentário. Logo estarei livre e vou poder te visitar! Além disso, você pode vir quando quiser. Eu tenho um belo apartamento, você sabia?
Percebi que nem tinha me dado o trabalho de ir conhecer seu espaço. Usaria isso como desculpa para visitá-la.
– Bom, então acho que tenho uma boa desculpa para voltar, não é mesmo?
– Se esse for o único motivo porque você quer vir, acho melhor você repensar suas prioridades. – Soltei uma risada.
– Acho que isso é só um bônus. O motivo principal você sabe qual é.
Nos beijamos.
E com um timing perfeito ouvi anunciarem meu vôo. Obrigado destino.

Cheguei em casa depois de um turbulento vôo, talvez ele nem tenha sido tão ruim, mas depois dos últimos dias e meu medo de voar, parecia ter sido horrível.
Corri até Jon, estava morrendo de saudades dele. Porém, ele não pareceu estar com tanta saudade de mim.
Mandei uma mensagem para Kate – ela havia me intimado a avisar quando chegasse – e logo ela respondeu, pedindo uma foto de Jon.
Enviei uma foto de Jon, e então segui para o banho.


Capítulo Quatro: Sim?


Meses Depois
Meu livro havia sido lançado há um mês. Estava em uma turnê pelo país. Kate estava certa.
Ele se tornou um sucesso.
E ela estava certa mais uma vez. Ele era um sucesso por causa dela.
Todos queriam saber quem era a menina misteriosa do romance. Perguntavam-me se ela era real. Nunca respondi. Acredito que esse mistério tornava o livro ainda mais interessante.
Estava especialmente ansioso para essa sessão de autógrafos. Era em New York. Reencontraria Kate.
Já havíamos nos visto 2 vezes após reatarmos, mas dessa vez seria especial. Ela seguiria comigo pelo resto da turnê. E eu tinha um pedido especial para fazer a ela.
Íamos nos encontrar na livraria onde ocorreria o evento.
Minha carona chegou, então segui para a sessão de autógrafos.
Já havia uma fila fora do local e eu mal podia acreditar que todas aquelas pessoas estavam ali por mim. Não pude deixar de ter orgulho do meu trabalho. Finalmente eu tinha conseguido.
Entrei no local, e Kate já estava me esperando lá dentro. Corri até ela. A saudade era tanta.
– Ei você – disse – Grande dia, hã? – cutucou minha barriga em brincadeira.
– Você nem imagina o quanto! – respondi.
A produção do evento chegou até mim e pediu para que eu me dirigisse ao local onde atenderia os – pasmem – fãs. Me acomodei, e peguei uma das canetas dispostas para mim.
era a primeira pessoa da fila, na verdade não era, mas por ser namorada do escritor ela tinha alguns privilégios.
– Obrigada por me deixar furar a fila, Sr. Griffth, agora me dê a honra de ter uma cópia autografada – e me entregou uma cópia do meu romance “Sem ela” para ser autografado.
Peguei o livro e escrevi uma dedicatória, provavelmente a mais importante que algum dia escreveria.
Escrevi a dedicatória e entreguei a cópia a minha namorada.
Ela abriu o livro, leu o que eu havia escrito. E chorou.
Tudo o que ela me respondeu foi:
– Ela diz que nada a faria mais feliz. Eu digo sim.
E se jogou em meus ombros em um abraço poderia descrever o que era o amor.
E me beijou. Como sempre a iniciativa vinha dela.
As pessoas da fila começaram a aplaudir, mas mal sabiam elas o quão significativo era aquele beijo.

SEM ELA
Por

Querida Kate,
O destino foi brincalhão conosco, não acha?
Por anos vivi sem ela, e essa ela é você.
Não quero mais viver nenhum minuto sem ela, ou seja, você.
Então você me daria a honra de passar todos os próximos minutos da minha vida junto a ela? Que é você.
Irá ela casar-se comigo? Digo, Você quer casar comigo?
Sempre seu,
.


Fim



Nota da autora: Sem nota




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