Finalizada em: 24/06/2017

AVISO: algumas coisas da série original foram modificadas para que a história pudesse fazer sentido.

Capítulo 1

acordou assustada. Não sabia onde estava, muito menos aonde estava indo. O elevador ia rápido, sem sinais de que pararia, mas, de repente, parou. Ainda estava escuro. Ela via muito pouco, na penumbra, e tateava ao seu redor, mas não havia nada, além de metal frio. Do nada, porém, o “teto” se abriu, revelando a luz do sol e vários rostos intrigados.
— É outra garota! — uma voz gritou.
Os olhos de ainda estavam se adaptando à luz solar, portanto ela ainda via pouco.
— Hey! Tá tudo bem aí? — a mesma voz de antes perguntou.
Com os olhos já adaptados, ela conseguiu ver o rosto do garoto. O cabelo loiro, provavelmente, na altura dos ombros, estava amarrado, os olhos castanhos olhavam fixamente para ela, confusos, e o rosto fino tinha o cenho franzido devido ao sol e, bem... A ela.
assentiu com a cabeça para o estranho.
— Dê-me sua mão — ele pediu, e ela o fez. — Pronta para sair daí? — perguntou e a puxou, antes que ela respondesse. — Eu sou Newt. E estes são Thomas, Minho, Teresa e Caçarola — falou, apontando para os que estavam ao seu lado. — Não somos os únicos aqui. Os outros estão muito atarefados para virem, principalmente, hoje — completou, e os outros assentiram. — Qual é o seu nome?
— falou com a voz falha.
Ela, até o momento, não tinha percebido o quão seca estava sua garganta.
— Você deve estar se perguntando onde está. — Thomas disse. — Bem-vinda à Clareira, o seu novo lar, a partir de agora!


Capítulo 2

olhou para os lados e se viu cercada por imensas paredes de pedra.
— Ali... — Minho começou. — É o lugar onde você nunca deve ir. Nunca! — completou um tanto rude.
Newt olhou para Minho com um olhar de censura e, depois, disse:
— Venha. Vamos arranjar algo para você beber e comer. — E eles saíram, acompanhados por Caçarola.
— Eu sou responsável pela alimentação deste bando de trolhos e, agora, pela sua também. — Caçarola disse, e olhou, um pouco confusa, para ele. — Não se preocupe. Nunca ninguém morreu com a minha comida. Não ainda... — falou, brincalhão.
Eles, então, foram até a cozinha. Os garotos arranjaram um pouco de água e uma maçã bem madura para comer. Ela estava faminta. A água gelada foi uma bênção para suas cordas vocais e sua garganta. A maçã era, naquele momento, a melhor coisa que ela já comera.
Depois de comer, agradeceu ao Caçarola pela comida e foi chamada por Newt para conhecer “seu novo lar”. Eles passaram por várias edificações toscamente construídas e Newt explicou a ela o que cada uma delas era e para que servia.
— Aqui é o nosso limite — disse ele, parando de frente para os muros, depois do “tour”.
— O que é isto? — ela perguntou.
— Atrás dessas paredes está o labirinto e, acredite em mim, você não vai querer ir lá — respondeu.
— Interessante... — ponderou . — Por que estou aqui e por que não me lembro de nada? — mudou de assunto.
— Nenhum de nós sabe o porquê de estarmos aqui e pouco nos lembramos da vida antes da caixa.
— Caixa?
— Aquele negócio em que você chegou. — Newt falou. — Desculpe não poder responder suas perguntas.
— Ok. Tudo bem... Eu acho.
Depois de alguns minutinhos de conversa, ela ficou livre para fazer o que quisesse. sentou-se embaixo de uma árvore grande e ficou ponderando sobre tudo o que estava acontecendo. “O que ou quem nos colocou aqui?”, pensou. “Que droga de lugar é este? O que aconteceu com minhas memórias?”.
Muitos clareanos, como Newt havia os nomeado, passavam e ficavam olhando. Alguns se aproximavam e falavam com ela, mas a maioria apenas olhava.
Teresa aproximou-se dela.
— Relaxa. Isso passa com o tempo... — disse. — Acho que você precisa de um banho e roupas limpas. Venha. Vou te mostrar onde você pode se lavar! — completou, e elas seguiram até o banheiro. — Pode usar essas roupas que estão aí. Eu as separei para você! — falou e saiu.
tomou um bom e merecido banho, trocou suas roupas e saiu, à procura de alguém para conversar.
— Hey, ! — Newt a chamou.
— Oi, Newt! — respondeu ela.
— Hoje, mais tarde, haverá uma “festa” ali, perto do refeitório — avisou. — Espero que você vá... Trolha.
— Oi???
— Aos poucos, você vai se acostumar com o palavreado daqui — disse, rindo. — Muitas outras palavras, como “mértila”, “fedelho” etc são muito utilizadas por aqui. Por favor, não se ofenda.
— Não me ofendi — falou. — Vocês aqui são meio estranhos, não?
— Só um pouquinho. — Newt disse com um sorriso maroto nos lábios. — Logo, logo, você será tão estranha quanto nós. Eu te garanto!
— Só nos resta esperar pra ver, não é mesmo?
— É isso aí, querida.
— Eu não sou sua querida! — falou, brincando. (N/A: DESCULPA! EU TIVE QUE COLOCAR ISSO! KKK! HOMENAGEM!)
— De onde você tirou isso?
— Não faço ideia! — ela disse, e os dois riram.

***


Newt percebeu, assim que a conheceu, que era uma garota legal.
Estava na hora da fogueira, então ele se dirigiu ao local onde os outros clareanos já se encontravam.
— Fala aí, Newt! — Minho o cumprimentou.
— E aí, trolho?! — cumprimentou de volta.
Thomas logo se juntou a eles, assim como Winston e alguns outros. Newt olhava em volta, sempre à procura de . “Será que ela não vem?”, pensou. Ele gostava de conversar com ela. tinha um bom senso de humor e uma conversa bem fluente. Era legal falar com ela.
— Ô, Newt! — Thomas o tirou de seus pensamentos. — Acorda, trolho!
— Foi mal. Mosquei aqui.
— Tô percebendo. — Minho falou. — Olha lá! A fedelha nova chegou! — anunciou.
vinha ao lado de Teresa, com cara de poucos amigos. As duas se aproximaram do grupo.
Newt sorriu.
— E aí, pessoas?! — Minho cumprimentou.
— Minho. — Teresa falou e fez um gesto com a cabeça, mas apenas, bem... Não reagiu.
Eles ficaram ali, na rodinha, por um tempo. Thomas e Winston falavam com o tempo todo, portanto, mal sobrara espaço para Newt falar com a garota. Depois de certo tempo, o grupo se dispersou. Minho e Winston foram à rodinha da “luta”, Thomas e Teresa foram a outro canto, e os outros se espalharam pelo local, restando apenas Newt e .
— Não suporto essa garota! — disse assim que ficou sozinha com Newt. — Eu sei que vocês são amigos, mas que garota mais insuportável! — completou, e Newt riu.
— Bem... Não sei muito o que pensar, já que não temos muitas garotas aqui para comparar — ele falou.
— É... Mas, mesmo assim, eu não gosto dela. — falou. — Demo.
— Demo?
— É. Uma abreviação pra demônio.
— Ah, sim — ele falou, rindo. — Você tem um ótimo senso de humor, sabia?
— Obrigada! — falou, fazendo uma reverencia, e Newt riu. — Você é quem tem o riso solto!
— Como assim? — ele perguntou, e rolou os olhos.
— Você ri de tudo!
— Não mesmo! — ele disse, segurando-se para não dar um sorrisinho.
— Tá se segurando para não rir! — ela exclamou. — Pode rir, boca frouxa! Eu deixo!
— Ah, , qual é?! Boca frouxa é sacanagem!
— E eu tô mentindo?
— Pior que não — ele disse e os dois riram.
Mas a conversa foi interrompida quando Gally chegou:
— Ah, então, esta é a trolha nova? Aposto que será tão inútil quanto aquela lá. — Apontou para Teresa. — Qual é o seu nome?
— O mesmo da sua mãe, babaca! — soltou.
Aquilo doeu lá no fundo do peito de Gally. Ele não se lembrava da mãe, assim como todos ali.
— Sua namoradinha é petulante, hein, Newt?! — falou e aproximou o rosto, de forma ameaçadora, do rosto de . — Você não vai durar um dia aqui, fedelha!
, com raiva, deu uma joelhada bem dada no meio das pernas do garoto, que caiu no chão, gemendo de dor. Àquela altura, todos da Clareira já estavam olhando para eles.
— O que foi? Perderam alguma coisa aqui? — Gally gritou, depois de se levantar.
— Acho que você quem perdeu sua dignidade aí no chão, Gally! — alguém, provavelmente, Caçarola, gritou ao longe.
Gally ficou vermelho de raiva e vergonha, e olhou com ódio para .
— Vai ter troco! — E saiu andando, ainda com dor.
olhou para Newt, e este estava com os olhos arregalados.
— Ô! O que foi? — perguntou ela, tirando-o do transe.
— Meus parabéns! — disse. — Enfrentar o Gally assim, de primeira, não é para qualquer um!
— NOSSA! Bela joelhada, ! — Minho falou, aproximando-se. — Poderia ter batido mais, só acho!
— Até parece que eu deixaria um bostão desse vir me encher o saco! — falou, fazendo high-five com Minho.
— Esta é das minhas! — Minho disse. Newt sentiu-se um pouco estranho com a situação. — Você, agora, é minha bro!
não estava entendendo nada. Para que todo aquele alvoroço? Ela só se defendeu!
Depois de todos se acalmarem e saírem de cima dela, ela conseguiu comer e se divertir um pouco. Ele havia conversado um pouco com Thomas. Ele era um cara legal, mas um pouco melancólico. Thomas havia dito a ela sobre seus sonhos; flashes de rostos e vozes o atormentava.
Conversara também com Minho. Também era um cara legal, mas, ao contrário de Thomas, era extremamente animado, porém ele já estava cansado de correr como um rato no labirinto e não achar nenhuma resposta.
Newt foi com quem ela mais conversou. Ele era um garoto muito bonito, fisicamente e espiritualmente. Tinha um lado meio sombrio, de vez em quando, mas tudo isso se dissolvia em pouco tempo. Ele a disse que era corredor, junto com Minho, até machucar a perna e ficar, segundo ele, inútil.
— Você não é inútil, Newt!
— Sim, sim. Eu sou e já me conformei com isso.
— Newt, você é um socorrista! Você ajuda as pessoas! VOCÊ. NÃO. É. INÚTIL!
— Sou sim.
— Então tá bom. Você é inútil, então! — disse, brava, cansada de tentar convencê-lo, e saiu andando.
Depois disso, ele não a viu mais naquele dia.


Capítulo 3

Nos dias seguintes, foi submetida a testes para saber qual função desempenharia na Clareira. Socorrista? Não, ela não tinha estômago, nem paciência para isso. Desbastadora? Não, ela não gostava de insetos. Construtora? Não, se ela trabalhasse lá, no primeiro dia, Gally teria uma pá enfiada na cabeça, ou em outro lugar... Retalhadora? NUNCA NA VIDA! Embaladora? Não, sem estômago para cadáveres. Aguadeira? HAHAHA, não. Ajudante? Isso iria terminar do mesmo jeito se ela fosse construtora. Cozinheira? Não, ela, provavelmente, iria colocar papel alumínio no micro-ondas e tudo iria pelos ares. A única opção que sobrou para testarem foi corredora.
— Tá bem, . Agora, você vai correr o máximo que puder, o mais rápido que puder, daqui até o outro muro. — Minho falou.
— Ok.
Minho deu o sinal, e ela correu como se sua vida dependesse daquilo. Chegou à outra parede bem rápido. Quando olhou para trás, Minho e Thomas estavam com os polegares virados para cima.
— Em uma escala de 0 a 10, o quanto você está cansada? — Minho berrou, do lado oposta da Clareira.
— QUATRO! — gritou de volta.
— Isso aí, bro! Você é uma corredora, a partir de hoje! — Minho anunciou.
“Yeey!”, ela pensou. Finalmente, poderia fazer alguma coisa que se interessasse realmente. Ela foi até a cozinha. Em pouco tempo, ela havia desenvolvido uma boa amizade com Caçarola, tipo, irmãos, mesmo, afinal de contas, ele dava comida a ela.
— Eu vou ser corredora! — falou, assim que entrou na cozinha, assustando o cozinheiro.
— Isso é e não é bom ao mesmo tempo... — ele falou.
— Pode parar! Nem vem de graça! — irritou-se.
— Tô sendo realista, trolha — falou, jogando uma maçã para ela.
— Sim, mas nem vem me desanimar agora. Daqui a uns 3 dias, tudo bem, mas, hoje, não! — disse e pegou a maçã. — Depois, a gente se fala! — falou e saiu. Ela foi andando até perto da enfermaria e encontrou Teresa, com cara de poucos amigos. não queria se aproximar, mas Teresa a viu e foi em sua direção.
— VOCÊ!
— Eu?!
— Eu sei que você tá dando em cima do Thomas!
— Tô. Tô mesmo. Tô super! — disse, sarcástica.
— Qual é o problema com você? Eu te ajudei em tudo, desde o maldito momento em que você chegou nesta droga de lugar! — Teresa já estava vermelha como uma lagosta a este ponto.
— Ah, Teresa, vamos parar com esse ataque de pelanca, né? — falou. — Ninguém merece!
— Sejamos adultas. Você sai de perto do meu nam... Thomas, e eu não te arrebento inteira!
“Por que ela tem que ser tão... Argh!!!”, pensou Teresa.
— Sejamos adultas e vamos cada uma a um lado! — falou. — E, só pra constar, eu acabaria com você em uma briga física ou intelectual. Venhamos e convenhamos, querida!
— É mesmo, querida? — Teresa lançou-se sobre , agarrando-a pelo cabelo e derrubando-a no chão.
, por sua vez, agarrou o cabelo da “rival” com toda força e lhe deu uma joelhada na barriga, e isso fez com que Teresa rolasse para o lado, mas ela ainda não havia soltado o cabelo de , portanto, elas apenas trocaram de posição. Agora, estapeava o rosto da outra garota, que gritava e puxava o cabelo dela. sentiu uma pancada nas costelas e, logo depois, Teresa pôs-se sobre ela e, desta vez, era o seu próprio rosto que recebia tapas e arranhões. Do nada, ela sentiu o peso de Teresa ser retirado de cima dela e alguém puxando-a do chão, e segurando-a pelos braços, imobilizando-a.
— QUE MÉRTILA É ESSA? — Thomas gritou, segurando .
— ESSA PIRANHA FICA... — Teresa começou, mas, logo depois, parou.
— Vai, Teresa! Assume! Reclame o seu macho alpha! — falou, desafiadora.
— Cala a boca, traíra! — Teresa falou, tentando avançar para cima de , mas Winston a segurava firmemente.
— Já te disse que não fiz nada do que você falou!
— Ah, fez, sim e, se eu ver você fazendo de novo, quebro todos esses seus dentinhos! — Teresa ameaçou.
— Já chega! — Minho falou. — Por mais que eu goste de uma boa briga, é melhor vocês duas pararem!
— Não nos obriguem a colocá-las no Amansador, trolhas! — Winston falou, soltando Teresa.
— Não vamos criar um climão! — Thomas falou, soltando .


Capítulo 4

estava irritada. MUITO irritada. “Afinal de contas, qual é o problema dessa garota?”, pensou ela, enquanto ia até os socorristas para fazer um curativo em um dos arranhões que Teresa havia deixado em seu rosto. Chegando lá, Newt foi “ao seu socorro”.
— O que aconteceu? — perguntou ele, preocupado.
— Teresa. Ela aconteceu! — respondeu com raiva.
— Como assim?
— É uma longa história — ela falou. — Será que você poderia fazer um curativo em meu rosto?
— Tá, mas o que aconteceu? — persistiu ele.
— Newt, não me obrigue a ser grossa com você — ela falou, olhando-o nos olhos. — Por favor, agora não. Não quero falar sobre isso.
— Você é quem sabe... — ele falou e começou a fazer os curativos no rosto da garota.
Ele cuidou dela, sem dizer uma palavra, e ela também não se pronunciou, até que ele acabasse o curativo:
— Obrigada.
— De nada — disse simplesmente.
— Desculpe-me! Eu... Só queria pensar um pouco... — justificou-se.
— Tudo bem.
— Se quiser, a gente conversa no jantar. Pode ser? — ela disse.
— Pode, sim. — Newt respondeu com um sorriso no rosto. — Cuide-se!
— Pode deixar! — ela disse, saindo de lá.

Pelo resto do dia, não fez nada. Minho havia dito a ela que era melhor começar no dia seguinte — como corredora —, e ela apenas obedeceu, portanto, estava “de boas”, até Teresa... Bem... É.
Na hora do jantar, depois de se servir, ela sentou-se em um canto um pouco afastado e ficou lá, tentando se lembrar de alguma coisa sobre si, ou sobre sua família e amigos...
— O que está fazendo? — alguém perguntou, tirando-a de seus devaneios.
— Hã? Nada. Só pensando um pouco... — disse ela a Newt.
— Pensando sobre o que? — ele perguntou, sentando-se ao lado dela.
— Tudo, eu acho — disse, cabisbaixa.
— Não se torture, — aconselhou. — Por mais que tentemos, não conseguimos nos lembrar do nosso passado. Sinto muito.
— Você está certo. Eu... Só queria lembrar — falou. — É difícil! — completou tristemente.
— Eu sei disso — falou, fitando o nada. — Queria poder ajudar, de verdade, mas não tenho nem como recuperar as minhas próprias lembranças.
— É... Não tem jeito. — Ela balançou a cabeça para afastar a melancolia. — Eu serei corredora, sabia?
— Minho me disse — falou simplesmente.
— Qual é?! Não vai ficar feliz por mim? — questionou.
— Você sabe que é perigoso, não é? — ele perguntou. — É claro que sabe! — respondeu a si. — Espero, de verdade, que saiba onde está metendo o nariz — completou.
— Que saco! Eu tô mó feliz por causa disso, e todo mundo me desanima! Será que não podem esconder a porcaria da melancolia que TODOS vocês têm, pelo menos, por um dia? UM fucking DIA?! — terminou de falar, pegou sua comida e saiu do refeitório, deixando Newt com cara de tacho.
Ela estava irritada em um nível muito hardcore. Sentou-se debaixo de uma árvore e terminou de comer, e, como se o universo estivesse contra ela, Gally se aproximou.
— Oi, coisa fofa! — falou com a voz carregada de sarcasmo. — Fiquei sabendo da briguinha na qual você se envolveu hoje. Devo admitir que me surpreendi com a outra fedelha, mas você... Você não. Dá próxima vez, defende essa sua cara direito, porque, na boa, você tá horrível.
— Você saiu de lá... — Apontou para o refeitório. — Para vir até aqui e me falar isso? Das duas, uma: ou você tem algum problema, ou está perdidamente apaixonado pela minha pessoa e não consegue ficar longe de mim — ela disse, e Gally fez uma careta. — Agora, tira essa sua bunda gorda e flácida daqui, antes que eu me irrite mais e faça com que você nunca possa ter filhos, ou ter qualquer tipo de relação! — falou (leia-se: gritou) e olhou com um olhar tão ameaçador que o garoto se assustou e foi embora.


Capítulo 5

Era insuportável, para ela, ficar ali, pois ninguém a apoiava em nada e a tratavam como se fosse uma criança indefesa. Naquela noite, quando se deitou para dormir, sentiu-se mais sozinha e triste que nunca. Chegou até a deixar algumas lágrimas rolarem, mas logo as impediu, pois teria um longo dia e precisava dormir; tentar, pelo menos.
Dormiu muito pouco, naquela noite, e temia não ter energia para seu primeiro “dia de trabalho”. Levantou-se, fez sua higiene pessoal e foi atrás de comida. A caminho da cozinha, encontrou Minho e Thomas.
— Bom dia, . — Thomas disse quando ela se aproximou.
— Bom dia, Thomas! — respondeu, pensando no que aconteceria se Teresa a visse falando com ele.
— Oi, moça. Vai me cumprimentar, não? — Minho falou.
— Bom dia, digníssimo senhor Minho! — falou, fazendo uma reverência. — Estou com muita fome.
— Melhor a alimentarmos logo, cara. Quando ela fica com fome, começa a falar coisas sem sentido. — Thomas disse, e riu.
Os três foram até a cozinha do Caçarola, comeram o suficiente e pegaram suprimentos para o dia. Depois, se encontraram com os outros corredores, que explicaram tudo sobre o labirinto e o que acontecia lá a .
Depois de ouvir uma explicação detalhada sobre verdugos, paredes que se movem e outras coisas sobre o labirinto, estava exalando animação.
— Você fica comigo e o Thomas, hoje, . — Minho anunciou, entregando a ela os equipamentos necessários. — Mostraremos, na prática, como as coisas funcionam lá dentro.
— Tá bem. Tenho que tentar gravar o caminho, certo? — perguntou.
— Sim, mas não se preocupe com isso hoje. — Minho disse, ajustando a própria mochila, enquanto Thomas ajustava a de . — Vamos! — chamou, e o grupo todo entrou pelas paredes do labirinto; logo depois, se dividiram em grupos menores.
Minho tomou à dianteira, e Thomas e o seguiram por um tempo. Correram reto, fizeram curvas e mais curvas. “Reto, direita, direita, reto, reto, esquerda...”, tentava memorizar o caminho enquanto corria. Depois de algum tempo, Thomas assumiu a frente do grupo, e os outros dois o seguiram.
Pararam para comer e se hidratar, depois de um longo período de corrida.
— É o seguinte, : fazemos algumas paradas, durante as corridas, para beber água e comer algo. Não podemos atrasar nem um minuto ou ficaremos presos aqui dentro...
— E, acredite, isso não é bom. — Thomas completou a frase de Minho.
— Eu acredito — disse ela, terminando de comer. — É melhor irmos, então.
— Isso mesmo. Está na hora. — Minho falou, levantando-se. — Vamos!
Eles se levantaram e começaram a correr novamente. Fizeram mais algumas paradas, até voltarem à Clareira. Chegaram e foram direto à sala dos mapas; lá, todos desenharam os caminhos por onde passaram e discutiram para ver se havia alguma resposta para sair dali. Ao acabar o serviço, Minho, Thomas e seguiram para o refeitório.
Os três pegaram suas respectivas comidas e sentaram-se para conversar. Minho tinha um bom senso de humor. Thomas era um pouco lento para entender as piadinhas. Conversaram por um bom tempo e, depois, cada um fo ao seu canto. Minho foi conversar com outros amigos, foi tomar um banho, e Thomas foi procurar Teresa.
Foi uma ótima noite de sono para . Ela estava cansada, já que correra muitos e muitos quilômetros durante o dia, e estava feliz por não ter brigado com ninguém. Ela decidira que não iria mais falar com Newt, ao menos, por enquanto. Se ele não a apoiava em nada que ela fazia, ele não sentiria falta dela.
estava animada com sua nova função na Clareira. Adorara correr pelo labirinto e ver como as coisas eram por lá. Ela sabia dos perigos, mas a emoção e a adrenalina tomavam conta dela enquanto corria e observava cada detalhe do labirinto. Mesmo sabendo que, até aquele momento, não haviam achado nada significativo a respeito da fuga, ela sentia que poderia ajudar de alguma forma, nem que fosse apenas por levantar o astral da galera, o que era bastante necessário, na opinião dela. Todos eram tão melancólicos que ela sentia que poderia ficar assim também, com o tempo, mas não queria perder a alegria que tinha dentro dela e queria fazer a alegria dos outros brotarem também.


Capítulo 6

Newt não vira durante dias. Ele sabia que ela estava correndo, mas, ainda assim, sentia sua falta.
Não tinha muito o que fazer, naquele dia. Alguns curativos aqui, outros ali e nada mais. No tempo que lhe restava, ficou perambulando pela Clareira e foi conversar com Caçarola:
Hey, trolho, o que tem de bom aí? — perguntou.
— No momento, só posso te oferecer água e maçã. Se quiser outra coisa, vai ter que esperar a janta! — Caçarola gritou de dentro de algum lugar na cozinha. — E aí? Vai querer ou não? — perguntou, assim que saiu do freezer.
— Não, cara! Só quero conversar um pouco com alguém. — Newt respondeu, sentando-se em uma cadeira.
— Que cara de fedelho com fome é essa? — perguntou Caçarola enquanto cortava um pedaço de carne.
Newt deu uma risadinha.
— Tô pensando. Acho que a tá brava comigo — falou, apoiando os cotovelos nos joelhos. — Mas não sei o porquê — completou, fitando o chão. — Tem um tempo que não converso com ela.
— Eu sei — o cozinheiro disse, pousando a faca na mesa e olhando para o amigo. — Ela está chateada com você, não brava.
— Tá. Mas por quê? O que eu fiz?
— O que você deixou de fazer, na real? — Caçarola disse, voltando a cortar outro pedaço de carne. — Ela está chateada porque você não a apoia em nada, segundo ela.
— Ela te disse isso? — Newt perguntou, e Caçarola assentiu. — Por que ela não veio falar comigo? Tipo, se ela tivesse me dito algo, eu poderia ter... Sei lá.
— E de que adiantaria? O que está feito está feito. Não havia nada que você pudesse fazer, cara. — Caçarola falou.
— E o que eu faço agora? Não quero ficar sem falar com ela para sempre!
— Sei lá, trolho! Fala com ela quando ela chegar do labirinto. — Quando ele disse “labirinto”, Newt imaginou correndo perigo lá dentro e sentiu os pelos da nuca se eriçarem. — Junto com Thomas e Minho. Quem sabe, ela não te entende?
— Verdade. Vou tentar fazer isso.
Neste momento, um dos outros socorristas apareceu e chamou Newt para ajudar na “enfermaria”. Pelo visto, um dos retalhadores quase tinha retalhado a própria perna.


Capítulo 7

O acontecimento tomou bastante tempo de Newt. Quando terminou o serviço, já havia anoitecido e passado a hora do jantar. Sendo assim, ele tomou um banho e foi procurar comida direto na cozinha.
— Olha quem apareceu! — Caçarola falou, lhe entregando um prato de comida, um pedaço de pão e um copo com água. — Achei que não iria comer hoje!
— Eu também achei. — Newt disse, sentando-se para comer. — Tivemos bastante trabalho com aquele trolho.
— Ele vai ficar bem? — Caçarola perguntou.
— Não sabemos. Tudo é possível, nas condições em que ele está. — Newt respondeu.
Ele estava distraído, comendo, quando alguém entrou na cozinha.
— Caçarolinha lindo do meu coração, dê-me água. — A voz muito familiar de soou dentro da cozinha. — Desculpa, não vi que estava ocupado — falou quando viu alguém sentado à mesa. Não havia percebido que era Newt.
— Que isso! Esse trolho não é de nada! — Caçarola falou, e Newt jogou um osso na cabeça dele. — Nojeira, mano! Nojeira! — disse, pegando o osso e jogando no lixo.
estava parada na porta, apenas observando os dois. Já fazia mais de uma semana que ela não conversava com Newt. Ela sentia falta dele. Mas era orgulhosa demais para admitir.
— Desculpe por isso. — Caçarola falou. — Sua água — disse e lhe entregou um copo com água.
— Não se incomode — ela disse, pegando a água.
Newt continuava a comer, sem levantar os olhos do prato. Não sabia o que fazer. Então, preferiu ficar na dele. Brincar de ser invisível.
conversava com Caçarola do lado de fora da cozinha, e os ruídos entravam na cozinha, mas Newt ignorava-os. Ele terminou de comer, lavou o prato, bebeu mais água e se direcionou à porta, quando Caçarola entrou.
— Se quiser falar com ela, vai logo — falou e foi embora.
Newt resolveu que deveria fazer algo e foi atrás dela.
já estava quase chagando ao refeitório quando ouviu alguém chamando-a. Ela olhou por cima do ombro e viu Newt correndo e gritando por ela:
, espera aí!
— Que foi? — ela falou com uma pontinha de raiva na voz.
Newt aproximou-se. Não conseguia sustentar o olhar dela por muito tempo. Ele estava nervoso e não sabia o que fazer, então falou simplesmente:
— Nós precisamos conversar.


Capítulo 8

— Precisamos? — ela disse.
— Sim — ele falou, sem jeito. — Acho que já deveríamos ter conversado antes, na verdade.
— Sou toda ouvidos. Pode falar — ela disse, sentando-se no gramado.
Ele sentou-se ao lado dela e começou a falar:
— Olha, eu queria pedir desculpas.
— Por...?
— Por não ter te dado suporte desde que você chegou aqui — ele disse, suspirando. Nunca teve que conversar com alguém assim, e com ela tudo era um pouco mais difícil.
— Ah... Não sei o que dizer — ela falou, fitando o chão. — Isso realmente me chateia.
— Sei disso, agora. — Ele olhou para ela. — Mas só percebi isso tarde demais.
— O que está feito, está feito, Newt — ela disse, sem levantar os olhos. — Receio que não há nada que possamos fazer.
— Claro que há! — Newt disse. — Podemos deixar tudo isso para trás, e tudo voltará ao normal.
— Mas de que vai adiantar, Newt? — falou, levantando os olhos e a voz. — Você vai continuar sendo o mesmo, e eu também vou continuar sendo a mesma que não faz nada que você aprova!
— Eu não me importo, ! — Ele levantou a voz também. — Não me importo que continue a mesma. E no que diz respeito a mim, posso tentar mudar. Não preciso continuar o mesmo.
— E você vai mudar sua personalidade por causa de mim? Vai mudar o Newt que todos aqui nesta droga de lugar gostam, por uma única pessoa? — falou.
— Sim! Eu mudo! — ele falou, sustentando o olhar da garota. — Não tem problema. E não vou virar outra pessoa, só segurar a língua um pouquinho — ele completou, e sorriu.
— Acho que não será necessário — ela disse e deu um beijo na testa do clareano, levantou e foi embora.
Newt ficou lá, sentado no gramado, observando se distanciar. Ele não fazia ideia de que rumo as coisas tinham tomado. era muito... .
Ele levantou e foi dormir. Não sabia se iria conseguir, mas tentou.


Capítulo 9

Ainda naquela noite, foi ao refeitório para encontrar Minho e Thomas. Depois que ela tornou-se uma corredora, a amizade dos três tinha se fortalecido muito. O tempo que passavam juntos dentro e fora do labirinto era um dos grandes causadores de tal amizade.
chegou ao refeitório com um sorriso torto no rosto, o que chamou a atenção dos garotos.
— Que cara é essa, fedelha? — Minho perguntou.
— Cara nenhuma. Só tive uma boa conversa com um amigo. — respondeu.
— Uma boa conversa com um bom amigo... — Thomas falou, rindo.
— Chaga disso, né, coleguinhas? — falou, mudando de assunto: — Quero saber quais são os planos para amanhã.
— Os planos são: ir a um lado diferente do labirinto e voltar vivo. — Minho falou, fazendo um sinal de “SURPRESAA” com as mãos. — O de sempre, .
— Eu sei, trolho. — disse, rolando os olhos. — Quero saber da tal “festa” que vai rolar amanhã à noite.
— Que festa? — Thomas perguntou.
— Caçarola disse que vai ter festa amanhã. — Minho respondeu. — Gally organizou.
— Que bela festa teremos, amigos! — disse sarcástica.
Eles conversaram por mais um tempo e depois resolveram ir dormir. No caminho do dormitório, , com todo o seu jeitinho, escorregou e caiu. Enquanto Minho ria da cena, Thomas a ajudava a se levantar, mas, talvez, não devesse tê-lo feito.
Como se brotasse do chão, Teresa apareceu na frente deles e, sem mais, nem menos, deu um belo tapa no rosto de , que caiu no chão outra vez.
— Eu te avisei! — Teresa gritou.
— Que mértila foi essa, Teresa? — Thomas disse, exaltadinho.
— Tá preocupado com ela? — Teresa gritou, com um olhar louco.
levantou-se e, com toda a raiva que sentia, lançou-se em cima de Teresa, derrubando-a no chão, e segurou seus braços.
— GAROTA, EU JÁ FALEI QUE VOU TE ARREBENTAR SE A GENTE ENTRAR NUMA BRIGA! VAI CONTINUAR COM ESSA MÉRTILA?! — gritou.
Teresa estava com raiva e queria mais que tudo acabar com a raça da “rival”, então ela cuspiu no rosto de . Um erro. aproveitou que estava por cima e começou a distribuir tapas e arranhões no rosto de Teresa, sem dó, nem piedade. Minho a tirou de cima da outra garota e tentou segurá-la, mas Teresa levantou-se e “arrancou” dos braços de Minho, puxando seu cabelo. agarrou o cabelo da outra e as duas ficaram ali, batendo-se, enquanto Minho puxava pela cintura, e Thomas fazia o mesmo com Teresa.
— PAREM COM ISSO! — Minho gritou enquanto tentava soltar da rinha.
Com toda a gritaria e barulho, vários clareanos acordaram, e foram necessários 4 deles para separar as duas.
— EU VOU ACABAR COM VOCÊ! — Teresa gritava e se debatia nos braços de Thomas e algum outro garoto.
— TENTA! — gritou, em resposta.
Newt era quem estava segurando Teresa, junto com Thomas. Ele lançou um olhar de “chega, pelo amor de Deus!” para , e ela respondeu com um “EU ARRANCO SEUS OLHOS!”.
Depois de conseguirem separar a rinha das duas, os garotos levaram-nas à enfermaria e, obviamente, colocaram em lugares separados. estava sentada na mesa, esperando para ser atendida e para levar uma bela bronca. É claro que haviam socorristas o suficiente para cuidar das 2, mas quase todos estavam cuidando do Logan. Sendo assim, o único que restou foi Newt.
não queria olhar para ele agora. Ela sabia que ele brigaria com ela, dizendo que aquilo foi estúpido, e pedir explicações sensatas. Ela não queria ouvir nada disso. A garota olhou para os braços arranhados e vermelhos, sentia dores de cabeça, e o seu rosto ardia. Não queria ouvir mais reprovações.
Depois de um tempo, Gally entrou no quarto, onde ela estava.
— Parece que você gosta mesmo de brigas, hein, fedelha?!
— Vá se ferrar, garoto! — respondeu, ríspida. — Não tem mais nada pra fazer, não? Me erra!
— O que é melhor que assistir você levar um esporro dos seus namoradinhos? — Gally falou.
— Gally, na boa, não me irrita.
— Ou o quê? Vai me arranhar e estapear igual fez com a Teresa? — disse, rindo debochadamente. — Acho que não vai rolar.
— Sabe o que vai rolar? — perguntou.
— O quê?
— A mértila da sua cabeça nesse chão! — ela gritou.
— Uiii! Deu-me até um arrepio na espinha! — Gally zombou, e rolou os olhos.
— Na boa, Gally, você deve estar mesmo apaixonado por mim, pra perder uma noite de sono só pra ver o Newt colocar uns curativos em mim. — disse.
Gally olhou de um jeito estranho para e saiu da sala. Ela sorriu triunfante. Mas sua alegria não durou muito tempo.
Poucos segundos depois que Gally saiu do quarto, Thomas, Minho e Newt entraram no quarto.
, o que está acontecendo? — Thomas perguntou.
— Realmente, quer que eu responda, Thomas? — ela falou a resposta.
— Quero!
Newt já começara a cuidar das feridas de . Ele estava calado, tentando processar o ocorrido. Ele iria conversar com ela mais tarde. Já bastava Thomas para “brigar” com ela, por enquanto.
— Se quer mesmo ouvir, eu falo. — falou. — Teresa está apaixonada por você e, não sei por que motivos, ela cismou que eu também estou e que quero “roubar” você dela — disse e baixou os olhos para ver o que Newt estava fazendo.
— Vocês não podem ficar se batendo assim, toda vez que se virem! — Minho falou, enquanto Thomas processava a informação que acabara de receber. — Isto aqui não é grande o bastante para manter vocês duas separadas.
— Sei disso, Minho. — disse, olhando para ele. — Mas não foi minha culpa em nenhuma das duas vezes. Vocês viram que foi ela quem chegou e me estapeou!
— Mas você revidou! — Thomas disse, saindo da sua nuvem de pensamentos. — Tá errado.
— E você queria o que? Que eu apanhasse dela? Que eu não me defendesse?
— Mas...
— Ela cuspiu em mim! — gritou, antes que Thomas pudesse falar.
— Gente, acho melhor saírem daqui. Deixem-me fazer o meu trabalho e, depois, vocês conversam com calma. — Newt falou. — Amanhã, vocês vão se ver, mesmo, então não tem problema. Vão embora.
Os garotos saíram e deixaram Newt e sozinhos na sala.
— Obrigada! — ela disse, olhando para ele.
— Não há de que! — ele disse, colocando um curativo no braço da garota. — Acho que não é hora e nem lugar para discussões.
— Está bravo comigo?
— Por que estaria?
— Porque briguei com a Teresa.
— Não — ele disse, olhando para ela. — Não gosto de brigas, mas não tenho nenhum envolvimento na confusão de vocês duas e sei que Teresa é meio pirada.
— Meio? Que gentil! — ela disse, sorrindo. — Obrigada por não brigar comigo hoje.
— Vou brigar ainda — ele disse, brincando. — Mas, falando sério, tenta não se meter em outra briga neste mês, pelo menos. Você pode se machucar feio.
— Não era minha intenção brigar com ela, nem agora, nem da outra vez. — confessou. — Não gosto de brigas físicas. Prefiro discutir as coisas. Conversar.
— Eu sei disso. — Newt disse, sorrindo.
— Newt, somos amigos de novo? — ela perguntou.
— Por mim, nunca teríamos deixado de ser — respondeu, sorrindo, e ela o abraçou.
Depois de ser cuidada e colocar o papo em dia com Newt, foi dormir. Toda dolorida e cheia de curativos, a garota deitou-se na sua rede e dormiu.
No dia seguinte, , Thomas e Minho estavam às portas do labirinto, esperando-as abrirem.
— Por que está com os braços enfaixados? — Thomas perguntou à garota.
— Não quero sentir dor quando começar a suar. — respondeu ríspida.
— Está mais que certa, . — Minho disse.
Quando as portas finalmente abriram, eles entraram correndo. Seguiram até a primeira parada, sem trocarem uma palavra ou olhar. Apenas correram. sentia raiva de Thomas por ter jogado toda a culpa nas costas dela, mesmo vendo o que aconteceu. Não estava brava com Minho. Ele não tinha feito nada, nem dito nada que a aborrecesse, mas preferiu ficar calada. Quando pararam pela primeira vez, naquele dia, Thomas começou:
— Não entendo por que está brava.
— Thomas, não fala comigo — ela disse, sem olhar para ele.
— Para de show!
— Quem está fazendo show aqui? — Ela olhou para ele com raiva. — Espero que não esteja falando de mim.
Thomas ficou quieto. Comeram, beberam e voltaram a correr.
Tudo estava normal, apesar do silêncio, quando, por algum motivo, Minho caiu no chão, com a lateral do corpo sangrando.
— Mértila! — gritou ele com a mão nas costelas.
— O que aconteceu? — foi correndo até ele. — Onde você... — Ela parou de falar quando viu uma trepadeira BEM pontuda na parede. — Precisamos voltar!
— Você tem razão. — Thomas falou.
— Tira a camisa. — disse a Minho, desenrolando as faixas dos braços.
— O quê? — Minho o olhou, confuso. — Não vou tirar a camisa!
— Tira logo a droga da camisa! — ela falou, brava. — Precisamos enfaixar isso aí até chegarmos à Clareira. Lá, eles vão saber cuidar de você.
Minho tirou a camisa e, com a ajuda de Thomas, enfaixou seu torso.
— Vamos voltar. — Thomas disse.
Fizeram o caminho de volta, escorando Minho. Não foi fácil. Minho era pesado e grande. Mesmo com seus 1,70 m de altura, não tinha força, nem tamanho para carregá-lo, então a ajuda de Thomas era imprescindível e, bem... Não era ajuda, ele levava o outro clareano quase sozinho.
Quando passaram pelas portas de pedra, deixou Thomas carregar Minho sozinho e foi correndo chamar um dos socorristas:
— É o seguinte, galera, o Minho se machucou lá e precisa de ajuda! — ela disse quando encontrou um grupinho de socorristas juntos.
Dois deles foram ao encontro de Thomas e Minho. foi junto só por precaução.

As coisas na enfermaria estavam bem complicadas: a situação de Logan só piorava; o ferimento em sua perna estava infeccionando; e ele próprio estava com febres altas. Agora, portanto, as coisas por lá só piorariam. não sabia muito sobre ferimentos, mas, pelo que ela viu, o ferimento de Minho não era lá dos mais simples.
Levaram Minho a um dos leitos e pediram para que todos os clareanos, com exceção dos socorristas, saíssem do quarto. e Thomas ficaram esperando do lado de fora, por algum tempo, sem trocar uma única palavra. O silêncio era quase palpável quando Teresa chegou. Maíra nem se deu ao trabalho de discutir, apenas levantou-se e foi a outro lugar.


Capítulo 10

Enquanto caminhava pela Clareira, pensava sobre aquele lugar, sobre o porquê de estarem ali e sobre não se lembrar de nada. Às vezes, pensamentos melancólicos tomavam conta de sua mente e a faziam ficar totalmente sombria.
! — alguém chamou a garota, tirando-a de sua melancolia.
Ela virou-se e viu um dos socorristas vindo atrás dela.
— Já está tudo certo. Se quiser ver como o Minho está, pode ir! — ele falou.
— Sim, vou. Obrigada por me chamar. — E lhe deu um sorriso.
Ela, então, se dirigiu à enfermaria e, quando estava prestes a entrar, encontrou Newt.
— Oi, Newt!
— Oi, ! — ele a cumprimentou rapidamente. — Desculpa a correria, mas as coisas com o Logan estão complicadas. Tenho que correr.
—Tudo bem... — ela respondeu, mas ele já estava longe.
seguiu seu caminho e foi até o quarto onde Minho estava.
— E aí, trolho? Como estão as coisas? — ela perguntou ao vê-lo.
— Bem, na medida do possível — ele respondeu, sorrindo. — Thomas saiu daqui tem pouco tempo. Ele disse que vocês ainda não se falaram.
— Verdade — disse ela, sentando-se ao lado da cama. — Não tô com paciência para conversar com ele agora e nem sei quando terei — completou. — Mas eu quero saber de você... Como será nos próximos dias?
— Pelo que me disseram, vou ficar inútil por alguns dias, mas, depois, vou poder voltar ao trabalho normalmente.
— Alguns dias? Quantos dias especificamente?
— Sei lá! Não deve ser mais de 2 semanas.
— Wow! Isso é um tempo razoável. As coisas estão tão ruins assim?
— Pelo que me disseram, a mértila da trepadeira me deu um corte de uns 5 cm de profundidade e, pra não correr o risco de infeccionar, vão me deixar mofando aqui por um tempo — falou e rolou os olhos, fazendo rir.
— Boa sorte nessa jornada! — ela disse, rindo.
Eles ficaram conversando até a hora do jantar.

foi até o refeitório, pegou sua comida e sentou-se a um dos mesões. Paz. Era tudo o que ela queria, naquele momento, mas é claro que isso era impossível.
Gally chegou e sentou-se ao lado dela.
— Desta vez, não é você lá na enfermaria, não é mesmo?
— Vá se ferrar, Gally.
— Oxe! Mas eu ainda nem comecei a te incomodar! — ele falou sarcasticamente.
olhou para ele com todo o ódio que tinha dentro de si. Como ele a irritava! “Que maldição!”, pensava ela. Gally devolveu o sorriso cínico a ela. Aquilo só aumentou o ódio que ela nutria por ele, mas ela sabia muito bem como fazê-lo parar. Era bem simples, na realidade: bastava envergonhá-lo.
Então ela aproximou bem seu rosto do dele e sussurrou:
— Você já parou pra pensar que, de todos os garotos aqui dentro, apenas 2 vão conseguir uma namorada? Porque as únicas garotas existentes nesta clareira somos eu e a Teresa, e, pelas minhas observações, você não agrada a nenhuma de nós, portanto tenha a plena certeza de que tem uma coisa que você é e que vai continuar sendo pelo resto da sua vida: VIRGEM. Então, se eu fosse você, pra tentar mudar seu triste cenário, começaria a tratar a gente melhor e a tratar os garotos bem também, porque nunca se sabe... — Terminou de falar, levantou-se e saiu triunfante, deixando Gally com cara de tacho.
Ela foi sentar-se debaixo de uma árvore, ali perto do refeitório mesmo. Ah, a paz... Finalmente, a paz! ficou lá e comeu calmamente. Quando já estava acabando de comer, viu Newt aproximando-se com um semblante cansado.
— Oi, Newt! Como estão as coisas?
— Complicadas — ele respondeu, sentando-se ao lado dela.
— Ele piorou tanto assim?
— Infelizmente — disse cabisbaixo. — Nosso medo, agora, é que a infecção piore a ponto de termos de amputar a perna dele.
sentiu um arrepio subir pela coluna.
— Espero, de verdade, que isso não seja necessário.
— Eu também. — Ele suspirou. — As coisas parecem que só correm para baixo.
— Pare com isso! É só uma fase. Garanto!
— Garante? — ele disse com um sorriso no rosto.
— Garanto! — ela falou firmemente. — Sabe, eu acredito que as coisas tendem ao equilíbrio: se tudo estiver bom demais, as coisas vão piorar; mas, se estiverem ruins demais, as circunstâncias tendem a melhorar. Tudo para manter um equilíbrio.
— Devo dizer que é uma boa filosofia de vida. — Newt falou.
— Você tá mais mórbido que o normal. O que aconteceu?
— Nada...
— Começou... Fala logo!
— Vi algumas coisas que não queria.
Noooossaaa! Super esclarecedor!
— EU VI VOCÊ QUASE BEIJANDO O GALLY! — falou, exaltando-se. — SATISFEITA?
Wow! Aquilo foi um soco no estômago. Primeiro, ela não sabia que ele tinha visto aquela cena. Segundo, ELA NUNCA BEIJARIA O GALLY!
— EU NUNCA BEIJARIA O GALLY! — falou, exaltada e com nojo.
— Tem certeza? — Newt falou, magoadinho.
— Tenho.
— Então por que...
— Chega, Newt. Você me conhece muito bem pra saber que eu não beijaria o Gally.
— Sei? — Newt disse, e rolou os olhos.
— Não. Vou. Discutir. Com. Você — ela disse pausadamente e levantou-se.
— Eu também não vou discutir com você. — Newt disse, levantou-se e foi embora, deixando sozinha lá.
Ele estava PUTO da vida. Sabia que não deveria sentir ciúme dela, mas não podia evitar. Só a ideia de Gally beijando fazia seus músculos retesarem. Ela conseguia mexer com ele de um modo diferente. Conseguia deixá-lo com raiva, mas, ao mesmo tempo, deixá-lo bobo. Conseguia fazê-lo se sentir guiado e perdido, confuso e esclarecido. Tudo ao mesmo tempo.

estava confusa. Por que eles sempre discutiam? Por que não podiam passar um dia sem brigar? Por que ela se importava tanto com ele? Por que a opinião dele era tão importante para ela? Ela não tinha a resposta para nenhuma dessas questões.
Ela sentia que precisava fazer algo, que precisava resolver essa situação agora. Não podia deixar isso fermentar. foi, então, atrás de Newt.
Foi ao refeitório, aos dormitórios, à cozinha, à enfermaria... E nada.
— Droga, Newt! Onde você está? — falou a si.
Ela passou pelas portas do labirinto e ouviu o barulho dos verdugos andando por ali; sentiu um arrepio subir pela espinha e passou as mãos pelas paredes, sentindo-as tremerem levemente.
— Verdugos...
Ela deixou as paredes para trás e foi atrás do garoto.
Já estava para desistir quando o encontrou sentado perto dos Amansadores. Ele viu a garota se aproximando e desviou o olhar.
Ela foi chegando de mansinho
— Oi — falou com a voz baixa.
— Oi — ele disse rudemente.
— Posso me sentar? — Ele não respondeu. — Quem cala, consente... — ela completou e sentou-se ao lado dele.
— Por que você está aqui? — ele perguntou, após alguns minutos em silêncio.
— Não sei, só achei que deveria. — respondeu.
— Sabe, acho que isso não vai dar certo.
— Isso o que?
— Nossa amizade — ele disse. Aquilo atingiu como uma adaga em seu peito. Tudo bem que eles brigavam, mas amigos brigam, de vez em quando, não é? — Acho que não vale a pena insistir.
— Isso... Eu... — Ela não sabia o que dizer. Estava profundamente triste com a situação. Aquilo estava a magoando de verdade. — Newt... — falou baixinho, mais a si que ao garoto loiro que estava ao seu lado.
, é que isso está ficando insustentável! A gente sempre briga. Ficamos mais tempos brigados que juntos, e isso não tá certo! Não é assim que uma amizade funciona.
— Eu sei, mas... A gente pode dar um jeito nisso. Não podemos?
— Como você disse, há um tempo, eu não vou mudar, e você também. Sabemos disso.
— Mas... Você é o meu melhor amigo, Newt! Você é a única pessoa que eu realmente confio aqui dentro! — ela disse, e o garoto fitou o chão. — Você é o meu porto seguro.
Ela não sabia como aquilo estava sendo difícil para ele. Ele gostava dela, de verdade, mas ficar brigando o tempo todo... Estava complicado.
— É que... E-Eu... Eu realmente gosto de você. Gosto mesmo. E não quero... Perder você. — disse a última parte mais baixo.
Newt olhou para ela, em choque.
UAU! Aquilo foi uma surpresa e tanto para Newt. Um baque. Saber que ela sentia o mesmo que ele... UAU!
... Talvez...
— ORA, ORA, ORA! VEJAM SE NÃO É O CASAL MAIS FOFO DA CLAREIRA! — Gally gritou, aproximando-se com sua pequena “gangue”. — Desculpem-me por atrapalhar esse momento tão lindo, mas tenho alguns assuntos a tratar com essa fedelha aí.
— Gally...
— Pode vazar daqui, Newt, ou vai acabar sobrando pra você — um dos “capangas” de Gally disse, aproximando-se da garota e, imediatamente, Newt se colocou entre os dois.
— Gente, isso não é necessário. Podemos resolver iss... — Foi interrompido por um soco na mandíbula, que o fez cair.
— Avisei pra você sair! — o brutamontes disse, depois lhe deu um chute na cabeça, fazendo-o desmaiar. — Agora, o caminho tá livre, Gally! — falou com um sorriso que deixou apavorada.
Ela tentou correr, mas um dos garotos a agarrou pela cintura e a jogou no chão. Gally aproximou-se e pisou na barriga da garota, fazendo-a ficar sem ar.
— Finalmente... — ele disse e lhe deu um chute nas costelas, tirando toda força que ela ainda tinha.
Ele, então, fez um sinal aos seus “capangas”, que a pegaram pelos braços e saíram, arrastando-a na direção dos retaliadores. Ela se debatia o máximo que podia e gritava, mas ninguém parecia ouvi-la. Ela estava apavorada. Newt estava desmaiado, e ela, sendo arrastada para um lugar horrível por pessoas horríveis. Os garotos largaram-na perto de onde estavam os machados e coisas do gênero.
— Podem sair. — Gally ordenou. — Agora é comigo! — completou, lançando um sorriso aterrorizante para a garota, que se encolheu no mesmo momento.
Os brutamontes saíram, deixando e Gally sozinhos no Retaliador. Ele agachou na frente dela e lhe deu um sorriso horrível mais um olhar de louco.
— Talvez devesse ter pensado melhor sobre como fala comigo, trolha... Agora, com seu namoradinho desacordado, não tem ninguém para te proteger. — Ele se levantou e pegou um dos facões.
— Gally, o que você está fazendo? — disse, apavorada. — Isso não é necessário! Podemos resolver isso sem a utilização de armas...
— CALADA! — ele deu um grito estrondoso. — Não quero ouvir sua voz!
— Gally, pense direito. Você está sob efeito de álcool... — ela presumiu pelo cheiro que ele exalava. — Não está pensando direito...
O garoto se aproximou muito rapidamente e colocou a faca no pescoço de , que congelou instantaneamente.
— Eu já disse que não quero ouvir sua voz! — disse sinistramente, por entre os dentes.
Logo depois, levantou-se e se virou para uma das bancadas, pegando a pedra de amolar. Neste meio tempo, se levantou e conseguiu correr por trás dele, saindo do Retaliador. Quando percebeu o que havia ocorrido, Gally gritou de raiva e foi atrás dela.
corria o máximo que podia, com um Gally armado em seu encalço. Ela ia em direção ao refeitório, esperando encontrar alguém pelo caminho, mas estava muito distante.
— SOCORRO!!!! — Ela gritava a plenos pulmões enquanto corria. — SOCORRO!!!! ALGUÉM ME AJUDA!!!
Ninguém apareceu.
— Ninguém vai te ouvir daqui, sua estúpida! — Gally gritava atrás dela.
Mas ela não se importava, nem que tivesse que ficar correndo dele durante a noite toda. Ela, então, continuou correndo e pedindo socorro quando ouviu Gally gritar e parar de correr. parou e se virou para ver o que havia acontecido, e deu de cara com um Gally desmaiado, com a cabeça sangrando, e uma Teresa com uma enorme pedra ensanguentada em mãos.
— Teresa...
— Você está bem? — Teresa disse, aproximando-se.
— NEWT! — correu em direção aos Amansadores. — Peça ajuda! — gritou para a outra garota enquanto corria.
Quando chegou aos Amansadores, viu Newt caído e desacordado com um fio de sangue saindo da lateral de sua boca. Seu coração quebrou. Ela se ajoelhou ao lado dele e começou a chamá-lo:
— Newt! Newt! Acorda, por favor! — ela dizia, mas ele não respondia. — Newt! — Agora, o balançava, aos prantos, mas ele não respondeu.
Ela, então, parou de balançá-lo e apoiou sua cabeça em seu peito enquanto chorava. Achava que tinha o perdido.
Teresa aproximou-se, junto com Thomas, e viu aquela cena. Sentiu em si o que a outra estava sentindo. Pôde sentir seu coração doendo enquanto via aos prantos sobre o peito do amigo. Ela, então, ajoelhou-se ao lado da garota e a abraçou, e, por mais incrível que pareça, retribuiu e pôde sentir as mãos de Teresa acariciarem seu cabelo como se dissessem “pode chorar, eu estou aqui”.
Segundos depois, ouviu Newt sorver uma grande quantidade de ar e tossir logo em seguida. Aquilo fez a alegria dentro dela transbordar. Ela soltou Teresa e abraçou Newt com força.
? — Quando percebeu que era ela ali, a abraçou de volta como se pudesse perdê-la, caso não o fizesse. — Você está bem? O que eles fizeram com você? — perguntava, sem soltá-la.
— Eu estou bem, Newt. — As lágrimas, que desciam de seus olhos, agora, eram a felicidade que não cabia dentro dela e estava vazando. — Por um momento, achei que tivesse te perdido... — ela disse, olhando nos olhos do garoto.
Newt, olhando dentro dos olhos castanhos e intensos de , percebeu que não podia e não queria deixá-la ir. Não podia deixar que o laço que os unia fosse desatado por briguinhas bobas. Ele queria poder protegê-la e... Amá-la... Ele a amava. Neste momento, então, subitamente, ele a beijou... E ela correspondeu.
— Eu... Eu acho que estou apaixonado por você. — Newt disse.
— Pois eu tenho certeza de que sinto o mesmo por você — ela respondeu, sorrindo, e o beijou logo em seguida.

Depois do fim

Algumas semanas se passaram, e e Newt eram oficialmente um casal. Brigavam? Bastante. Mas o que um sentia pelo outro fazia com que as brigas fossem irrelevantes.
Gally ficou preso no Amansador por 2 semanas e, além disso, foi “rebaixado” a aguadeiro, junto com seus comparsas.
Teresa e Thomas tiveram um pequeno avanço na relação. Mas o maior avanço foi o da amizade da garota com . Depois daquele dia, as duas se sentaram para conversar e abriram o jogo, uma com a outra, deixando tudo em pratos limpos e evitando qualquer possível conflito futuro, e, agora, eram amigas.
Minho se recuperou do ferimento e dizia, todos os dias, que faltava só uma garota para ele, para tudo ficar perfeito.

***


Certa manhã, enquanto tomavam um bom e merecido café da manhã, ouviram um barulho.
A caixa estava subindo.
, Newt, Minho, Thomas e Teresa foram até lá para receber o novo clareano. Entretanto, quando a caixa abriu, para a surpresa de todos, não havia um clareano, mas, sim, uma garota morena, de cabelo cacheado e óculos, que franzia o cenho com a luz do sol e com a situação em que estava.
se identificou.
— Bem-vinda à Clareira! Pronta para sair daí? — disse, lhe estendendo a mão.
Sentia que seriam grandes amigas no futuro.


FIM



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nesta atualização são apenas meus. Para avisos e/ou reclamações, somente no e-mail.
Para saber quando essa linda fic vai atualizar, acompanhe aqui.


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