Última atualização: 26/12/2020

Capítulo Único

Capítulo único

corria em direção à sua casa, assustada e procurando seu irmão, Minato. Entrou apressada, passou por Kushina como um flash e encontrou Minato na cozinha. Kushina foi atrás dela, que estava puxando Minato pela calça.
, fale devagar! — Disse Minato e a menina falava rápido e embolado.
— O Obitocomeuumacoisaeagora... — Minato virou os olhos.
— O Obito comeu uma coisa, Minato! — Disse Kushina.
— O que ele comeu? — Perguntou Minato.
— Estávamos colhendo umas ervas para fazermos pílulas de comida para missões, e outras para mantimentos, e ele comeu algo que não podia e agora está no hospital. Alguém precisa ir chamar a avó dele. — Minato abaixou a cabeça.
— Alguém? E por que você não vai?
— Porque vão achar que foi minha culpa... — Ela abaixou a cabeça. — Eu disse para ele que aquela não era comestível.
— Eu acredito que não foi sua culpa, meu amor. — Disse Kushina, se abaixando e acariciando o cabelo da menina.
— Eu vou falar com a avó do Obito. — Disse Minato sorrindo. — Ele vai ficar bem, não se preocupe! Por que não vai fazer companhia a ele? — A menina assentiu, e Kushina a acompanhou. Todos estavam lá, Kakashi, Rin e a vó do Obito.
— Ele está bem. — Disse a enfermeira. — Não foi nada demais, apenas uma reação alérgica. — Todos suspiraram aliviados e agradeceu por não ter sido responsável pela morte do amigo.
— Podemos entrar? — Perguntou , e a enfermeira assentiu. Eles a seguiram até o quarto. Obito já estava acordado, saltou e o abraçou com força.
— Oi, ! — Disse rindo.
— Você quase me matou de susto, eu nunca mais vou te levar para colher ervas comigo. — Resmungou a garota, fazendo bico.

1 semana depois

— Obito!!! — acenava para o garoto que vinha em sua direção, empolgado.
— Você vai? — Perguntou ele, ofegante.
— Não... — Ela fez uma voz triste e um bico. — Minato-chan disse que é muito perigoso sair sozinha, ainda mais no meio da guerra.
— Mas eu estava tão empolgado. — colocou seu dedo indicador na frente do rosto do garoto, apontando para ele.
— Nem venha com essa! — Ela sacudiu o dedo, em sinal de negativo. — Eu te disse que não te levaria mais comigo! — Ela cruzou os braços e ele abaixou a cabeça, frustrado.
— Eu prometo que não como mais nada, por favor, -chan! — Ele juntou as mãos, implorando, e ela virou os olhos, se dando por rendida.
— Tá... — Ele saltou, comemorando. — Mas Minato-chan disse para não ir.
— E desde quando você segue regras? — Perguntou ele a instigando.
— Tá vendo! — Ela cruzou os braços de novo. — Você dá as ideias e eu saio como errada depois! Essa nossa amizade só me coloca em encrenca! E era ao contrário... — Ela abaixou a cabeça.— Acho que você andou muito comigo.— Ele gargalhou ao ouvir aquilo.
— Eu assumo a culpa se algo der errado, vamos, -chan! — Ele sabia convencê-la, obviamente, ela cedeu. E eles foram. Era um pouco afastado da Aldeia, mas ela iria fazer um antídoto e umas pílulas que Tsunade havia ensinado a ela.
... — Disse Obito, cabisbaixo, e ela se virou para observá-lo.— Você acha que a Rin um dia vai me amar? Digo, ela acha o Kakashi incrível e eu... — Ela o interrompeu.
—Obito, se a Rin preferir o Kakashi a você, então ela é uma tola. — Ele sorriu ao escutar aquilo. — Você é incrível! E o Kakashi, bom, você sabe... — Ela bufou. — O Kakashi é um irritante, prepotente, arrogante, só se importa consigo mesmo e é egoísta. — Disse ela, de maneira tão rápida que fez o garoto rir.
— Obrigado, -chan. — Ela sorriu em resposta, e apontou para frente.
— Ali está. — Ela correu até as plantas. — Obito, por favor, não coma nada. — O garoto fez cara de bravo e a seguiu. Ela se abaixou para colher as ervas, e o garoto ficou vigiando em volta. — Pronto!— Ela guardava tudo na bolsa, e Obito sorriu.
— Eu disse que ia dar tudo certo. — Disse ele, sorrindo e esticando a mão para ajudar a garota a se levantar.
Mas quem foi ajudado foi ele. Quando deram as mãos, ela o puxou, evitando que fosse atacado por 3 homens que chegaram ali. E eles não eram aliados. puxou Obito e eles foram engatinhando de costas, tentando escapar.
— O que crianças de Konoha fazem fora da Aldeia? — Perguntou um dos homens, que ria com os outros.
se levantou e se deu conta que estava sem sua espada, tinha apenas kunais e shurikens.
— Obito, fica atrás de mim — O garoto engoliu seco, e obedeceu. Os homens continuaram rindo.
— O que uma pirralha como você vai fazer? — Eles foram pra cima dela, que desviou dos ataques. Usando apenas uma kunai, conseguiu ferir um deles.
Obito desviava dos ataques contra ele; Eles estavam despreparados e em desvantagem. Ela analisou a situação, não valia a pena usar Kage Bunshin, então ela tinha que tentar o novo Jutsu que Jiraya tinha a presenteado em seu aniversário. Ela não sabia se funcionaria, pois ainda estavam tentando, mas ela tinha que arriscar. Ela mordeu o dedo, o que fez sair um pouco de sangue
— Kuchiyose no Jutsu! — Disse, fazendo aparecer um enorme sapo embaixo dela. Ela esticou a mão para puxar Obito, mas ele foi puxado pelo inimigo.
— Por que me invocou? — Resmungava o sapo.
—Gamabunta-sama! Eu preciso salvar meu amigo. — Ela apontou para o garoto. — E fugir daqui. — O sapo saltou, e esticou a língua, pegando Obito e jogando em cima dele.
— Jiraya deve estar achando que eu não tenho mais o que fazer! — Resmungou o sapo.
-chan, isso foi incrível! — Exclamou Obito, com dificuldades de se manter em cima do sapo.
— Essa é a última vez que você sobe na minha cabeça, ! — O sapo continuava resmungando enquanto saltava em direção à Aldeia.
—Gamabunta-sama, agradeço por me ajudar, mas você sabe que essa não é a última vez. — A garota e Obito riram, e o sapo resmungou algo.

Minato estava exausto, caminhando para casa, quando enxergou Gamabunta de longe.
— Mas o que... — Ele correu na direção do sapo, e quando se aproximou, enxergou e Obito descendo do mesmo.
— Você está encrencada! — Disse Gamabunta, antes de sumir.
— Namikaze , por que Gamabunta estava aqui? — Perguntou Minato se aproximando deles com um olhar de reprovação.
— Ah, sabe como é, né. — Ela coçou a cabeça.
— Você foi colher ervas fora da Aldeia? — Perguntou ele em um tom sério, e ela abaixou a cabeça. — Tirando o fato de ter me desobedecido, por que invocou o Gamabunta? — Ela continuou de cabeça baixa e Obito olhava, com pena.
— É minha culpa, sensei. — Disse Obito.
—Obito, não precisa defendê-la! Ela tem que assumir a responsabilidade pelos erros que comete e arcar com as consequências.
— Eu insisti para que fossemos, porque na última vez, ela me chamou para assegurar que voltaria segura, e eu me senti forte e útil... — Ele abaixou a cabeça, e a expressão de Minato mudou. Agora ele os olhava com um brilho no olhar, aquele brilho que os pais têm quando entendem seus filhos, e se sentem culpados. Ele suspirou.
— Do mesmo jeito, você me desobedeceu, ! — Ele se mantinha firme, porém fechou os olhos e suspirou novamente. — Mas pelo menos vocês estão a salvos. — O semblante de culpa desapareceu do rosto das crianças, que agora sorriam com os olhinhos brilhando.— Vamos para casa! — Ele puxou a garota para perto. — Você também deveria ir, Obito, sua avó deve estar preocupada.
— Até mais, Minato-sensei e -chan. — A garota sorriu em resposta e acenou. Minato a encarou e ela torceu o nariz, e deu a mão ao irmão.
— Eu sei que errei, nii-chan. — Ela abaixou a cabeça. — Não vou mais te desobedecer. — Ele riu e ela arqueou uma sobrancelha.
— Queria acreditar que isso é verdade. — Eles começaram a caminhar. — Eu te conheço bem o suficiente para saber que você vai me desobedecer de novo.
— Então já peço desculpas antecipadamente. — Respondeu com a cara mais sínica do mundo e Minato apenas riu.
— Às vezes me pergunto se sou muito mole com você. — Disse ele, caminhando em direção a porta da casa.
— Vocês chegaram! — Disse Kushina indo até a porta com um sorriso no rosto, que desapareceu assim que notou o estado em que se encontrava. Ela cerrou os olhos e suspirou. — Desembucha! — Falou com as mãos na cintura. Minato agradecia por ter Kushina o ajudando a cuidar daquela menina rebelde.
— Eu fui colher ervas. Eu e o Obito ficamos cercados por ninjas inimigos, eu estava sem minha espada, então invoquei o Gamabunta e voltamos sãos e salvos para a Aldeia. — Ela sorria, e Kushina continuava a encarando, até que aconteceu o que ela mais temia, seus olhos ficaram enfurecidos, e seu longo cabelo vermelho, ficou para cima, ela ia gritar.
— VOCÊ DESOBEDECEU O SEU IRMÃO, SE COLOCOU EM RISCO E CHEGA AQUI COM ESSA CARA LAVADA??? — Kushina segurava uma colher de pau e apontava para a garota. Ela se virou para Minato. — Qual castigo você deu? — Os olhos do homem arregalaram-se, aquilo foi o suficiente para Kushina mandar um olhar – que se saíssem shurikens de seus olhos, ele estaria morto – e ele fez um biquinho. Ela virou os olhos. — Vocês são idênticos... — estava com a cabeça abaixada, não tinha o que fazer, ela desejava que Obito estivesse ali levando bronca também. — Uma semana sem ir no Ichiraku... — A garota pensou em retrucar, mas quando pousou os olhos na mulher, desistiu. — Seria bom colocar alguém de vigia, uma semana sobre vigilância do Kakashi, anote aí, Minato! — Ele apenas assentiu.
— O quê??? — Perguntou a garota, chocada.
— E uma semana sem Obito também, com exceção de quando forem em missões.
— Tudo bem, Kushina nee-chan! Mas ao invés dessa vigilância, eu não me importaria em trocar por mais uma semana sem comer no Ichiraku. — Por mais que amasse ramen, a comida em casa era boa o suficiente para ela aguentar duas semanas sem ramen.
— Nada disso! — A mulher se virou, caminhando para a cozinha.— Isso é para que talvez você aprenda uma lição.— A menina se deu por vencida, e Minato se levantou, para ir falar com Kakashi.
— Onde você vai? — Indagou .
— Falar com o Kakashi. — Ele saiu pela porta da frente.
— Mas já? — A garota murmurou, e se jogou no sofá.

No dia seguinte, foi ao encontro de Iori e Kanji, e sentiu que estava sendo seguida, era o idiota do Kakashi. Ela apenas deu de ombros, teria que lidar com aquilo, querendo ou não. Quando encontrou os amigos, sentados em um banco, ela se sentou ao lado deles.
— E aí, ! Quando vai nos ensinar a invocar o sapo gigante? — Perguntou Iori, empolgado, enquanto Kanji estava com o cenho franzido, encarando um ponto fixo.
— Creio que não será possível, me desculpe, Iori. — Respondeu ela, colocando a mão sobre o ombro do garoto, que abaixou a cabeça. Ela pôs seus olhos em Kanji, que continuava encarando o mesmo lugar, com a mesma expressão. — O que foi,Kanji?
— O que aquele idiota está fazendo aqui?— Perguntou ele.
— Que idiota? — Indagou Iori, confuso.
— Ah, o Kakashi?! — Ela deu de ombros. — Ele está cuidando da minha “vigilância” essa semana. — Ela fez aspas com as mãos. — Parte do castigo. —Kanji desfez a cara feia, ele morria de ciúmes dela, e nem disfarçava. Isso fez com que Kakashi, que observava afastado, gargalhasse baixo.
-san! — Exclamou Rin, chegando correndo, e ofegante perto deles.
— Sim? — Respondeu ela.
— Fomos convocados para uma missão, eu vim te chamar! Temos que chamar o Kakashi. — Disse ela, com as mãos no joelho.
— Não precisa, ele está ali! — Ela apontou para a direção que o garoto estava, e Rin olhou confusa. —Anda, baka! — Disse ela, chamando-o. Ele saiu das sombras e foi até elas. — Vejo vocês depois. — Ela acenou para Iori e Kanji, e correu junto com os amigos.
Ao mesmo tempo em que ela gostava de sair em missões com o time Minato, ela desgostava. Não gostava do Kakashi, e por mais que Rin fosse sua única amiga da sua idade, ela não era sua pessoa favorita no mundo. Enquanto caminhavam, a caminho da missão, ela pensava em como aquilo tudo era uma palhaçada. E com “aquilo tudo” ela se referia à Rin, Obito e Kakashi. Que o Kakashi era realmente brilhante, ela não podia negar, mas quem em sã consciência iria preferir o Kakashi ao Obito?
Minato observava a menina pensativa, e se perguntava o que estaria se passando naquela cabecinha difícil de entender. Ele acreditava que ela estava incomodada por sair em missão com o Kakashi, porque pelo pedido de desculpas que o Kakashi fez a ele, ele sabia que a última vez que eles tiveram contato não tinha sido muito boa, mas parte dele acreditava que eles se entenderiam, algum dia, e que quem sabe se tornariam um casal como ele e Kushina. – ele ria de si mesmo – Na verdade, era ele quem queria que os dois ficassem juntos um dia. Imaginava que os dois fariam muito bem um para o outro, ao mesmo tempo em que fariam mal.
Ele acordou de seus pensamentos, e parou.
— Certo, crianças! — Todos se viraram para ele. — Nossa missão é simples, vamos resgatar uma equipe que caiu em uma emboscada e evitar lutar. — Ele abriu um pergaminho no chão e todos se inclinaram para olhar. — Vamos fazer a seguinte formação, chamaremos de formação V, pois nos posicionaremos no formato de um V. Kakashi e irão pela esquerda, Kakashi ficará posicionado na frente, e entre ele e Rin, que ficará posicionada no meio, atrás. Assim, Kakashi pode combinar ataques com , caso precise, e ela dará cobertura a ele. Eu e Obito vamos pelo outro lado, eu na mesma posição que Kakashi e Obito na mesma posição que . Assim, faremos o reconhecimento do território e combinaremos a estratégia pelos rádios. Rin fica no meio, porque é a nossa Ninja médica, e pode correr para ambos os lados para nos proteger, e fica na retaguarda.
Todos assentiram, colocaram os rádios e foram para suas posições. ficava incomodada de sempre ser a dupla do Kakashi, mas sabia que os dois eram uma boa dupla, e que todos – inclusive ele – reconheciam isso. Após se posicionarem, todos disseram o que estavam vendo em seus rádios, mas de repente eles perderam a sua conexão.
— Minato-chan? Alguém me ouve? — Ela tentava reestabelecer a conexão, mas não conseguia. Pensou em sair da formação e verificar o que estava acontecendo, mas pensou melhor, e decidiu seguir com a missão. Ela andava sorrateiramente, analisando o terreno, e mesmo sem ter contato, pensava em sua própria estratégia. Quando de repente, ela começou a escutar gritos de Obito pedindo socorro, e vinham da direção em que Kakashi estaria. Provavelmente ele tinha quebrado a formação pela perca de contato no rádio, e agora estava em apuros. Se isso aconteceu, não existia mais formação, e teria de dar cobertura aos amigos.
Ela correu na direção que os gritos vinham, mas teve uma surpresa quando chegou no lugar; Obito não estava lá, apenas Kakashi estava estirado no chão, e três ninjas riam. Ela não pensou duas vezes, por mais forte que fosse, não conseguiria lidar com aquilo sozinha. Fez um jutsu com o elemento terra, e criou uma barreira em volta de Kakashi.
— Kage Bunshin no Jutsu! — Disse, fazendo os selos de mão, e mandando o clone até o amigo. O clone colocou as mãos sobre o lado de fora da barreira, transferindo o chakra para ela, e curando quem estava dentro. Ela deveria conseguir fazer aquilo sem clones, mas ainda não tinha aperfeiçoado. — Cadê o Obito? — Perguntou, para enrolar.
— O seu amiguinho dos gritos? — O homem ria. — Nós só imitamos os gritos que ouvimos. Provavelmente ele está morto agora. — Os três riram.
— Vocês não sabem com quem estão lidando, esse é o time do Relâmpago Amarelo de Konoha, e eu sou irmã dele. — Ela sentiu que aquelas palavras tiveram peso sobre os homens, ganhando tempo o suficiente para curar Kakashi, que em um salto, estava de costas para ela. — Finalmente, pensei que ia ficar deitado lá o tempo todo. — Disse ela, zombando do garoto, que resmungou.
— Ora, sua... — Os homens foram para cima deles, que contra-atacaram com suas espadas.
Ela tinha que poupar chakra, pois havia gastado curando Kakashi, e ele também havia gastado quando lutou sozinho. E era nessa luta, onde ela ganharia um apelido como o do seu irmão, para ser temido e lembrado para toda vida.
Com a espada – que começou a brilhar – apontada para o céu, foi possível escutar um barulho estridente de um trovão, então todo o seu corpo foi envolto por chakra. Ela ainda não conseguia uma tempestade, e Jiraya e Minato diziam que ainda não era a hora de criar aquele jutsu, mas ela já havia desenvolvido uma parte que era suficiente para causar um estrago.
— Eu vou lançar um jutsu neles pelo corte da espada, ela foi carregada por uma onda de choque, que ocasionou esse trovão. — Disse ela, e Kakashi assentiu. — Eu preciso acertá-los, pode me dar cobertura?
— Claro. — Ele saltou entre os três ninjas, fazendo com que os três se juntassem para atacá-lo, ela saltou e pegou impulso no ombro dele, cortando-os com sua espada. E o puxou para longe, instantaneamente eles caíram ao chão, tremendo.
— Funcionou! — Exclamou ela, suspirando. Os olhos de Kakashi brilhavam vendo aquela cena. Ele iria aperfeiçoar o chidori, e ensinaria para ela, tinha certeza de que ela faria bom uso. Eles ouviram um grito, que dessa vez parecia a Rin, e um grito seguido, que parecia do Obito, dizendo que estava indo. Ela fez menção a ir até lá, e Kakashi segurou seu braço.
— Da outra vez, você caiu em uma armadilha! — Ela se desvencilhou.
— E daí? Eu te achei, e te curei, sabe-se lá o que teria acontecido se eu não tivesse chegado. E se acharmos um deles ferido? E se realmente for verdade? Não vou arriscar deixar meus companheiros morrerem, o objetivo de todas as missões que eu vou, é simples, sem baixas!
Ela correu para onde Rin deveria estar posicionada, Kakashi a seguiu, mesmo contrariado, não deixaria que ela se suicidasse. E ela estava certa, Rin estava em apuros, e Obito não conseguiria lidar com aquilo sozinho. Mas ela não tinha mais tanto chakra para aquele jutsu.
Fariam do jeito de sempre, ela e Kakashi de costas um para o outro, empunhando suas espadas e combinando ataques. Eles eram rápidos e eficientes quando trabalhavam juntos. Em pouco tempo, os ninjas estavam no chão, e Obito correu até Rin, que estava com dois feridos da equipe que eles haviam ido resgatar. Minato chegou trazendo mais dois.
— Foram todos que eu consegui resgatar. — Disse ele, colocando-os no chão, para serem tratados. se abaixou para ajudar Rin com os primeiros socorros, eles tinham que ser rápidos, Rin sorriu para ela.

Minato carregava dois feridos que tinham dificuldade para andar, e os outros dois caminhavam ao lado dele. Obito se aproximou de .
— Obrigado. — Disse ele, com os olhos brilhando e encarando a amiga, que sorriu. — Obrigado por ter ido, e salvado a Rin.
— Não precisa me agradecer, eu jamais deixaria um companheiro para trás. — Eles sorriram, ela se virou para olhar a outra garota, e viu que seus olhos brilhavam por um dos meninos, e não era Obito. Ela fez uma pausa enquanto andava, para caminhar ao lado da garota.
— É tolice e estupidez. — Murmurou ela, para Rin.
— O que? — Perguntou a garota, confusa.
— Estar com os olhos brilhando por uma pessoa que não está nem aí para você, que nem queria ir te ajudar, enquanto quem sempre tem os olhos brilhando para você, e arriscaria a vida para salvar a sua, você ignora. — Ela bufou. — Eu pensei que você era idiota, Rin. Mas agora eu tenho certeza que é. — Ela se afastou da garota, dando dois passos à frente, e Kakashi se aproximou dela.
— Obrigado. — Disse ele.
— Por que?— Perguntou ela, confusa.
— Por ter me salvado, obrigado. — Ele sorriu com os olhos, e ela deu de ombros.
— Eu faria isso por qualquer um aqui, não precisa me agradecer. — Disse, e ele abaixou a cabeça. Ela achou que estava sendo dura. Mesmo sendo o Kakashi, ele estava sendo legal, pelo menos uma vez. — Sei que você faria o mesmo por mim. — Mentiu, porque ela acreditava que ele não se importava com mais nada, a não ser completar a missão. E ele sorriu com os olhos novamente, ele faria sim, ele se importava mais do que mostrava se importar.

Quando chegaram à Aldeia, avistou Shisui, e correu até ele. O castigo era sem Obito, e não sem Shisui. Eles correram em direção ao rio, que ficava próximo a quadra. E se sentaram, fitando o horizonte.
— Como foi a missão? — Perguntou ele.
— Foi boa, eu usei aquele jutsu. — Ela sorriu.
— Sério? E como foi? — Perguntou ele, empolgado.
— Como nos treinos, mas quando eu os cortei, eles caíram no chão, levando choques. — Shisui sorriu.
— Que incrível! — Ela sorriu, mas abaixou a cabeça. — O que foi? — Perguntou ele, preocupado.
— A vida tem umas coisas estranhas, é imprevisível, certo? — Ele assentiu. — Por um momento, eu imaginei a vida sem você, Obito e Minato, e me doeu. — Ela abaixou a cabeça.
— Por que você imaginou isso? Isso não vai acontecer! — Disse ele, segurando as mãos dela.
— Mas estamos em uma guerra, tudo pode acontecer. — Ele também abaixou a cabeça após ouvir isso. — É que a minha vida é tão incrível com vocês, eu não posso esquecer a Kushina, claro! Que mesmo me dando broncas, eu sou tão grata por tê-la. — Ela sorriu, e apertou a mão de Shisui. — Vocês são minha família, até mesmo aquela idiota da Rin e o estúpido do Kakashi. Eu sou grata demais por ter vocês, e por ter momentos como esse após missões. Não quero que isso acabe nunca. — Ela sorriu, e ele apertou sua mão.
— Não vai acabar. — Ele transmitia confiança só pelo olhar.
— Promete?
— Eu prometo. — Respondeu ele, abraçando-a.




FIM



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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