Prólogo
Deserto de Gizé, Egito
O sol quente do deserto de Gizé dançava seus últimos momentos sobre as icônicas pirâmides, tingindo o horizonte de tons de laranja e vermelho. A equipe do Dr. Benjamin Simeon voltava para suas tendas, exaustos devido ao tempo que estavam ali. Eles eram a primeira equipe que recebia autorização para explorar a principal pirâmide, uma conquista que preenchia seus corações com uma mistura de excitação e apreensão, depois do último incidente onde a equipe ficou desaparecida por meses e sem um motivo aparente.
De acordo que o vento fazia as areias saltitarem, o Dr. Simeon, o renomado arqueólogo, liderava a equipe com determinação, seu olhar fixo nas enormes estruturas que se erguiam majestosamente diante deles. Enquanto a noite caía sobre o deserto, a lua cintilava sobre as areias douradas, lançando sombras misteriosas sobre as pirâmides silenciosas. Um presságio pairava sobre a equipe, um alerta de que eles estavam prestes a descobrir algo que estava adormecido há séculos, algo que mudaria o curso de suas vidas para sempre. À medida que a noite demorava sobre o deserto, uma aura de mistério e magia envolvia a paisagem, contando segredos antigos que aguardavam para serem revelados dentro das câmaras ocultas da pirâmide. Era como se o próprio deserto estivesse segurando a respiração, esperando para testemunhar o que estava prestes a ser descoberto.
O sol quente do deserto de Gizé dançava seus últimos momentos sobre as icônicas pirâmides, tingindo o horizonte de tons de laranja e vermelho. A equipe do Dr. Benjamin Simeon voltava para suas tendas, exaustos devido ao tempo que estavam ali. Eles eram a primeira equipe que recebia autorização para explorar a principal pirâmide, uma conquista que preenchia seus corações com uma mistura de excitação e apreensão, depois do último incidente onde a equipe ficou desaparecida por meses e sem um motivo aparente.
De acordo que o vento fazia as areias saltitarem, o Dr. Simeon, o renomado arqueólogo, liderava a equipe com determinação, seu olhar fixo nas enormes estruturas que se erguiam majestosamente diante deles. Enquanto a noite caía sobre o deserto, a lua cintilava sobre as areias douradas, lançando sombras misteriosas sobre as pirâmides silenciosas. Um presságio pairava sobre a equipe, um alerta de que eles estavam prestes a descobrir algo que estava adormecido há séculos, algo que mudaria o curso de suas vidas para sempre. À medida que a noite demorava sobre o deserto, uma aura de mistério e magia envolvia a paisagem, contando segredos antigos que aguardavam para serem revelados dentro das câmaras ocultas da pirâmide. Era como se o próprio deserto estivesse segurando a respiração, esperando para testemunhar o que estava prestes a ser descoberto.
Capítulo I - Inventio
— Certo, equipe — a voz do Dr. Simeon soou firme e forte nos ouvidos da sua equipe. — Chegou o nosso grande dia. Finalmente vamos descobrir os grandes mistérios da principal câmara da pirâmide. Estaremos fazendo a história certa aqui, então vamos manter o profissionalismo e, principalmente, a cautela.
Os membros da escavação se entreolharam, alguns mantinham o sorriso confiante, outros com o semblante não tão animado. O incidente com a equipe anterior ainda estava em suas mentes. A equipe havia desaparecido dentro da pirâmide e só foram achados meses depois em estado catatônico, não sabendo explicar o que aconteceu. O arqueólogo responsável acabou sendo internado em uma clínica de reabilitação onde falava coisas em latim que ninguém conseguia entender… Mas, a chance de uma descoberta monumental era irresistível. A expectativa de serem a equipe que não errou era maior do que qualquer outra coisa. Eles não iriam errar, eles não podiam.
— Dr. Simeon, todos os equipamentos estão prontamente verificados — uma jovem arqueóloga chamada Natalie disse, ajustando sua mochila nas costas. — As câmeras, as lanternas, tudo está funcionando perfeitamente.
— Excelente, Natalie. Documentem cada detalhe. Esta pode ser a descoberta mais importante da carreira de vocês. As pessoas irão se lembrar disso, tenham certeza. Quero ter orgulho de vocês quando sairmos daqui.
Com passos confiantes, a equipe se dirigiu à entrada da pirâmide. As pedras antigas e desgastadas contavam histórias de milênios, e a atmosfera era pesada com o peso da história e do mistério.
Ao adentrarem a pirâmide, a temperatura caiu drasticamente. As lanternas iluminavam passagens estreitas e paredes cobertas de hieróglifos. As sombras dançavam nas paredes, criando um cenário quase inacreditável.
— Estamos nos aproximando da câmara principal — disse o Dr. Simeon, olhando para um mapa antigo que segurava. — Não se distraiam. Fiquem unidos e, principalmente, atentos.
À medida que chegavam mais perto, o silêncio era interrompido apenas pelo som de seus passos e pela respiração contida. Por fim, eles chegaram a uma porta imponente, selada há séculos.
— Este é o momento — sussurrou Simeon. — Natalie, traga o equipamento de abertura, por favor.
Natalie deslizou uma das alças dos ombros e passou o instrumento com cuidado. Com precisão cuidadosa, a equipe começou a trabalhar na abertura do lugar. Depois de alguns momentos de tensão, a porta finalmente abriu com um rangido profundo, poético. Uma lufada de ar antigo escapou, trazendo junto um cheiro de história e mistério.
Ao entrarem na câmara, suas lanternas revelaram um vasto espaço adornado com tesouros inimagináveis. Estátuas douradas, jóias incrustadas de pedras preciosas e uma infinidade de artefatos antigos. Mas no centro da sala havia algo que chamou a atenção de todos: um objeto azul escuro, diferente de tudo que já haviam visto.
— Meu Deus... — murmurou Natalie. — Dr. Simeon, isso é…
— Sim, Natalie. — interrompeu Simeon, com a voz carregada de emoção. — Este é o templo de Hécate.
— Acho que é a coisa mais impressionante que eu já vi na minha vida. — sussurrou outro aluno, Luke.
— Com cuidado, pessoal, as coisas aqui são muito frágeis… - Dr. Simeon alertou. - Documentem, fotografem, mas não toquem em nada.
"Quicumque hanc sepulcrum Hecates ingrediatur, infinitas maledictiones et nocturnas umbras feret. Non est reversio. Caveat advena! Cave ambitum, corda pura corrumpi possunt, vos ego per tempus examinabo, infirmiorem vestrum eligam.”
Trad: Quem quer que adentre nesta tumba de Hécate, sofrerá maldições infinitas e sombras noturnas. Não há retorno. Cuidado, estranho! Cuidado com a ambição, corações puros podem se corromper, vocês serão testados por mim o tempo inteiro, escolherei o mais fraco de vocês.
— Ouviram isso? - perguntou Luke.
— O que? - olhou Natalie.
— Eles mandaram tomar cuidado.
— Você deve estar impressionado. Não ouvimos nada. - Natalie disse balançando as mãos
— Mas eu sei o que eu ouvi. - murmurou passando a mão na nuca, que estava arrepiada. - Melhor tomarmos cuidado e obedecer.
A equipe continuou investigando o lugar enquanto Luke sentia seu interior despertar, como se soubesse que sempre pertenceu aquele lugar. Era familiar demais e ele começou a recordar fragmentos de memórias antigas, lembranças que não eram suas, mas que pareciam pertencer profundamente a ele. Cada corredor, cada escrito nas paredes da tumba o arrematavam com uma familiaridade palpável, como se ele estivesse voltando para casa após uma longa vida longe. De repente, ele sabia para onde se dirigir, guiado por uma força maior do que pulsava dentro dele. Enquanto a equipe avançava cautelosamente, Luke se sentia cada vez mais conectado à essência da tumba e à presença de Hécate, a deusa que há muito tempo aguardava seu retorno. Luke dominado por uma curiosidade que ele não sabia da onde vinha encostou levemente os dedos em uma figura masculina desenhada nas paredes e sentiu uma corrente passar por todo seu corpo e uma voz feminina ressoar em seu ouvido:
Hermes, meus amatus, ad me rediisti.
Trad: Hermes, meu amado, você voltou para mim.
Os membros da escavação se entreolharam, alguns mantinham o sorriso confiante, outros com o semblante não tão animado. O incidente com a equipe anterior ainda estava em suas mentes. A equipe havia desaparecido dentro da pirâmide e só foram achados meses depois em estado catatônico, não sabendo explicar o que aconteceu. O arqueólogo responsável acabou sendo internado em uma clínica de reabilitação onde falava coisas em latim que ninguém conseguia entender… Mas, a chance de uma descoberta monumental era irresistível. A expectativa de serem a equipe que não errou era maior do que qualquer outra coisa. Eles não iriam errar, eles não podiam.
— Dr. Simeon, todos os equipamentos estão prontamente verificados — uma jovem arqueóloga chamada Natalie disse, ajustando sua mochila nas costas. — As câmeras, as lanternas, tudo está funcionando perfeitamente.
— Excelente, Natalie. Documentem cada detalhe. Esta pode ser a descoberta mais importante da carreira de vocês. As pessoas irão se lembrar disso, tenham certeza. Quero ter orgulho de vocês quando sairmos daqui.
Com passos confiantes, a equipe se dirigiu à entrada da pirâmide. As pedras antigas e desgastadas contavam histórias de milênios, e a atmosfera era pesada com o peso da história e do mistério.
Ao adentrarem a pirâmide, a temperatura caiu drasticamente. As lanternas iluminavam passagens estreitas e paredes cobertas de hieróglifos. As sombras dançavam nas paredes, criando um cenário quase inacreditável.
— Estamos nos aproximando da câmara principal — disse o Dr. Simeon, olhando para um mapa antigo que segurava. — Não se distraiam. Fiquem unidos e, principalmente, atentos.
À medida que chegavam mais perto, o silêncio era interrompido apenas pelo som de seus passos e pela respiração contida. Por fim, eles chegaram a uma porta imponente, selada há séculos.
— Este é o momento — sussurrou Simeon. — Natalie, traga o equipamento de abertura, por favor.
Natalie deslizou uma das alças dos ombros e passou o instrumento com cuidado. Com precisão cuidadosa, a equipe começou a trabalhar na abertura do lugar. Depois de alguns momentos de tensão, a porta finalmente abriu com um rangido profundo, poético. Uma lufada de ar antigo escapou, trazendo junto um cheiro de história e mistério.
Ao entrarem na câmara, suas lanternas revelaram um vasto espaço adornado com tesouros inimagináveis. Estátuas douradas, jóias incrustadas de pedras preciosas e uma infinidade de artefatos antigos. Mas no centro da sala havia algo que chamou a atenção de todos: um objeto azul escuro, diferente de tudo que já haviam visto.
— Meu Deus... — murmurou Natalie. — Dr. Simeon, isso é…
— Sim, Natalie. — interrompeu Simeon, com a voz carregada de emoção. — Este é o templo de Hécate.
— Acho que é a coisa mais impressionante que eu já vi na minha vida. — sussurrou outro aluno, Luke.
— Com cuidado, pessoal, as coisas aqui são muito frágeis… - Dr. Simeon alertou. - Documentem, fotografem, mas não toquem em nada.
"Quicumque hanc sepulcrum Hecates ingrediatur, infinitas maledictiones et nocturnas umbras feret. Non est reversio. Caveat advena! Cave ambitum, corda pura corrumpi possunt, vos ego per tempus examinabo, infirmiorem vestrum eligam.”
Trad: Quem quer que adentre nesta tumba de Hécate, sofrerá maldições infinitas e sombras noturnas. Não há retorno. Cuidado, estranho! Cuidado com a ambição, corações puros podem se corromper, vocês serão testados por mim o tempo inteiro, escolherei o mais fraco de vocês.
— Ouviram isso? - perguntou Luke.
— O que? - olhou Natalie.
— Eles mandaram tomar cuidado.
— Você deve estar impressionado. Não ouvimos nada. - Natalie disse balançando as mãos
— Mas eu sei o que eu ouvi. - murmurou passando a mão na nuca, que estava arrepiada. - Melhor tomarmos cuidado e obedecer.
A equipe continuou investigando o lugar enquanto Luke sentia seu interior despertar, como se soubesse que sempre pertenceu aquele lugar. Era familiar demais e ele começou a recordar fragmentos de memórias antigas, lembranças que não eram suas, mas que pareciam pertencer profundamente a ele. Cada corredor, cada escrito nas paredes da tumba o arrematavam com uma familiaridade palpável, como se ele estivesse voltando para casa após uma longa vida longe. De repente, ele sabia para onde se dirigir, guiado por uma força maior do que pulsava dentro dele. Enquanto a equipe avançava cautelosamente, Luke se sentia cada vez mais conectado à essência da tumba e à presença de Hécate, a deusa que há muito tempo aguardava seu retorno. Luke dominado por uma curiosidade que ele não sabia da onde vinha encostou levemente os dedos em uma figura masculina desenhada nas paredes e sentiu uma corrente passar por todo seu corpo e uma voz feminina ressoar em seu ouvido:
Hermes, meus amatus, ad me rediisti.
Trad: Hermes, meu amado, você voltou para mim.
Capítulo II - Revelatio
Luke estremeceu, sentindo a voz reverberar dentro da sua cabeça, como se tivesse sido levado para outra época, outro lugar. Ele retirou a mão da parede abruptamente, mas o eco daquelas palavras ainda ressoava dentro de si. A figura masculina na parede parecia ter vida própria, os contornos suavizando, quase como se estivesse prestes a se mover.
Sua respiração ficou entrecortada, e ele olhou para seus companheiros, esperando ver algum sinal de que haviam ouvido o que ele ouviu. Mas todos estavam focados em suas próprias coisas, alheios ao que acabara de acontecer com ele.
A voz da Deusa sussurrou outra vez, desta vez mais clara, mais próxima, como se fosse sua consciência falando com ele.
“Es clavis, Hermes. Solum tu potes liberare quod hic captum est. Et, id faciendo, tuam veram naturam invenies.”
: Você é a chave, Hermes. Apenas você pode libertar o que está preso aqui. E, ao fazê-lo, encontrará sua verdadeira natureza.
Luke balançou a cabeça, tentando calar a voz. Ele não era Hermes. Ele era apenas Luke. Um arqueólogo, não uma divindade antiga. Mas a tumba parecia se dobrar perto dele, como se o espaço estivesse deformado, convidando-o a explorar mais profundamente os segredos enterrados sob séculos de poeira e pedra.
— Luke? – a voz de Natalie, sua colega de equipe, o trouxe de volta ao presente. Ela estava olhando para ele com preocupação. — Você está bem?
Ele forçou um sorriso e assentiu, tentando ignorar a sensação de que algo dentro de si estava prestes a despertar.
— Estou bem, só... me perdi por um momento. Aqui é incrível, acabei viajando com a beleza daqui.
Mas, bem no fundo, ele sabia que aquilo era mais do que um simples lapso de concentração. Algo havia acontecido ali, algo que ele não poderia ignorar. Enquanto o grupo avançava, Luke sentia a conexão com Hécate florescer, como se a tumba estivesse esperando por ele, aguardando o retorno de seu verdadeiro dono.
A equipe do Dr. Simeon continuou a explorar o interior do lugar, andando com cuidado entre os caminhos estreitos e os corredores enigmáticos. Luke tentava se concentrar no trabalho, mas a voz da deusa não saía de sua mente. Era como um sussurro constante, guiando-o, desafiando-o a descobrir algo que ele não entendia.
Luke observou uma sala menor na sua frente, iluminada por um feixe de luz que parecia vir de uma fonte desconhecida. As paredes estavam cobertas com inscrições em uma língua antiga e imagens de deuses e heróis mitológicos. No centro da sala, havia um altar antigo, coberto por uma camada de poeira e coberto por símbolos de proteção.
Enquanto seus colegas examinavam a sala, Luke se aproximava do altar, atraído por uma sensação irresistível de que ali estava a sua resposta.
Ele notou uma pequena caixa de pedra incrustada no altar, com uma intrincada combinação de símbolos esculpidos em sua superfície. A voz de Hécate parecia crescer mais intensa, como um chamado imperativo. Com um suspiro profundo, Luke começou a examinar a caixa com mais atenção, tentando decifrar os símbolos.
— O que está fazendo, Luke? — perguntou Natalie, olhando com curiosidade.
— Acho que encontrei algo. — respondeu ele, com seus olhos fixos na caixa. — Esses símbolos parecem ter algum tipo de significado.
Ele pressionou alguns dos símbolos na caixa, seguindo um padrão que parecia se formar. À medida que fazia isso, um leve brilho começou a emanar da caixa, e uma leve vibração percorreu o altar. A atmosfera na sala parecia mudar, como se a própria tumba estivesse reagindo ao toque de Luke.
De repente, a caixa se abriu com um leve clique, revelando um pequeno compartimento contendo um antigo amuleto. Luke o pegou, sentindo um frio percorrer sua espinha à medida que o segurava. O amuleto era em forma de um caduceu, com serpentes entrelaçadas em torno de um bastão, e um olho esmeralda brilhando no centro.
— O que é isso? — perguntou um dos membros da equipe, aproximando-se para examinar o amuleto.
— Não tenho certeza. — disse Luke, ainda segurando o amuleto. — Mas sinto que é algo de extrema importância, pessoal.
A voz de Hécate voltou, agora mais clara e urgente.
“Invenisti symbolum potestatis meae. Cum eo, fatum tibi destinatum reserare potes. Sed memento, Hermes, hoc potestate sapienter uti debes. Aequilibrium inter vivos et mortuos ab eo dependet”
Trad: "Você encontrou o símbolo do meu poder. Com ele, você pode desbloquear o destino que lhe foi reservado. Mas lembre-se, Hermes, você deve usar este poder com sabedoria. O equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos depende disso."
Enquanto Luke estudava o amuleto, uma sensação de responsabilidade e poder começou a envolver ele. Ele sabia que a jornada estava apenas começando, e o verdadeiro desafio seria entender como usar o poder que acabara de descobrir. Com o amuleto em mãos, ele estava um passo mais perto de desvendar os mistérios da tumba e de seu próprio destino.
Sua respiração ficou entrecortada, e ele olhou para seus companheiros, esperando ver algum sinal de que haviam ouvido o que ele ouviu. Mas todos estavam focados em suas próprias coisas, alheios ao que acabara de acontecer com ele.
A voz da Deusa sussurrou outra vez, desta vez mais clara, mais próxima, como se fosse sua consciência falando com ele.
“Es clavis, Hermes. Solum tu potes liberare quod hic captum est. Et, id faciendo, tuam veram naturam invenies.”
: Você é a chave, Hermes. Apenas você pode libertar o que está preso aqui. E, ao fazê-lo, encontrará sua verdadeira natureza.
Luke balançou a cabeça, tentando calar a voz. Ele não era Hermes. Ele era apenas Luke. Um arqueólogo, não uma divindade antiga. Mas a tumba parecia se dobrar perto dele, como se o espaço estivesse deformado, convidando-o a explorar mais profundamente os segredos enterrados sob séculos de poeira e pedra.
— Luke? – a voz de Natalie, sua colega de equipe, o trouxe de volta ao presente. Ela estava olhando para ele com preocupação. — Você está bem?
Ele forçou um sorriso e assentiu, tentando ignorar a sensação de que algo dentro de si estava prestes a despertar.
— Estou bem, só... me perdi por um momento. Aqui é incrível, acabei viajando com a beleza daqui.
Mas, bem no fundo, ele sabia que aquilo era mais do que um simples lapso de concentração. Algo havia acontecido ali, algo que ele não poderia ignorar. Enquanto o grupo avançava, Luke sentia a conexão com Hécate florescer, como se a tumba estivesse esperando por ele, aguardando o retorno de seu verdadeiro dono.
A equipe do Dr. Simeon continuou a explorar o interior do lugar, andando com cuidado entre os caminhos estreitos e os corredores enigmáticos. Luke tentava se concentrar no trabalho, mas a voz da deusa não saía de sua mente. Era como um sussurro constante, guiando-o, desafiando-o a descobrir algo que ele não entendia.
Luke observou uma sala menor na sua frente, iluminada por um feixe de luz que parecia vir de uma fonte desconhecida. As paredes estavam cobertas com inscrições em uma língua antiga e imagens de deuses e heróis mitológicos. No centro da sala, havia um altar antigo, coberto por uma camada de poeira e coberto por símbolos de proteção.
Enquanto seus colegas examinavam a sala, Luke se aproximava do altar, atraído por uma sensação irresistível de que ali estava a sua resposta.
Ele notou uma pequena caixa de pedra incrustada no altar, com uma intrincada combinação de símbolos esculpidos em sua superfície. A voz de Hécate parecia crescer mais intensa, como um chamado imperativo. Com um suspiro profundo, Luke começou a examinar a caixa com mais atenção, tentando decifrar os símbolos.
— O que está fazendo, Luke? — perguntou Natalie, olhando com curiosidade.
— Acho que encontrei algo. — respondeu ele, com seus olhos fixos na caixa. — Esses símbolos parecem ter algum tipo de significado.
Ele pressionou alguns dos símbolos na caixa, seguindo um padrão que parecia se formar. À medida que fazia isso, um leve brilho começou a emanar da caixa, e uma leve vibração percorreu o altar. A atmosfera na sala parecia mudar, como se a própria tumba estivesse reagindo ao toque de Luke.
De repente, a caixa se abriu com um leve clique, revelando um pequeno compartimento contendo um antigo amuleto. Luke o pegou, sentindo um frio percorrer sua espinha à medida que o segurava. O amuleto era em forma de um caduceu, com serpentes entrelaçadas em torno de um bastão, e um olho esmeralda brilhando no centro.
— O que é isso? — perguntou um dos membros da equipe, aproximando-se para examinar o amuleto.
— Não tenho certeza. — disse Luke, ainda segurando o amuleto. — Mas sinto que é algo de extrema importância, pessoal.
A voz de Hécate voltou, agora mais clara e urgente.
“Invenisti symbolum potestatis meae. Cum eo, fatum tibi destinatum reserare potes. Sed memento, Hermes, hoc potestate sapienter uti debes. Aequilibrium inter vivos et mortuos ab eo dependet”
Trad: "Você encontrou o símbolo do meu poder. Com ele, você pode desbloquear o destino que lhe foi reservado. Mas lembre-se, Hermes, você deve usar este poder com sabedoria. O equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos depende disso."
Enquanto Luke estudava o amuleto, uma sensação de responsabilidade e poder começou a envolver ele. Ele sabia que a jornada estava apenas começando, e o verdadeiro desafio seria entender como usar o poder que acabara de descobrir. Com o amuleto em mãos, ele estava um passo mais perto de desvendar os mistérios da tumba e de seu próprio destino.
Continua...
Nota da autora: Oi pessoal! Espero que tenham gostado do primeiro capítulo de Arcanum! Eles ainda estão pequenininhos por ainda estar me acostumando a escrever fantasia novamente. Para incrementar a história resolvi dar uma viajada em alguns detalhes. O que vocês acham que é a ligação entre Luke e Hécate?
Beijos!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Beijos!