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A Sereia de Recife

Última atualização: 26/12/2017

Prólogo

Ele era o homem mais bonito que havia visto. Não que ela tivesse conhecido muitos homens, seu conhecimento sobre beleza se resumia a ele. Mas sua intuição lhe dizia que ela poderia viajar e conhecer o mundo inteiro e ninguém chegaria aos seus pés.
Os olhos azuis dele se acenderam quando a viu na praia lhe esperando. Já era tarde para uma caminhada, mas ela não se importava.
Ele a alcançou.
Ela nota em como a noite favorecia seu rosto, dando-lhe uma sombra misteriosa e bela. Seu porte real era reconhecível até no escuro.
Mas naquela noite seus olhos claros pareciam desapontados.
Com as mãos tremendo, ela percorre seus dedos pela lateral de seu rosto bronzeado. Ele fecha os olhos aceitando o carinho.
– O que houve? – ela pergunta ansiosa se lembrando do motivo que tinha para ter ido urgentemente encontrá-lo naquela noite.
Ela deveria contar logo, mas não sabia por onde começar. Ela lambe os lábios nervosamente.
Ele segura a mão dela que ainda estava em seu rosto e leva para seus lábios. Lábios carnudos que ela já sabia qual era o sabor, mas, mesmo assim, queria prová-los mais uma vez.

– Tenho uma notícia pra informá-la. – Ele fala seriamente, com uma pontada de delicadeza em sua voz. Como se ele não quisesse que ela se machucasse.

Ela fica em alerta.

– Eu também tenho. Uma notícia. – é tudo o que ela consegue falar.
– Você quer falar primeiro? – ele pergunta fitando os olhos dela, querendo uma oportunidade de escapar daquele diálogo tenso, porém não obtém êxito.

Ela balança a cabeça negativamente, colocando a mão livre sob a barriga.
Ele solta a mão dela, desviando seus olhos para o chão. Ela nunca o tinha visto assim.

– Meu pai... – sua voz morreu.

Ela sabia que não era coisa boa.
Ele pigarreia.

– Meu pai conseguiu o que queria. Uma noiva que carrega o sangue mágico de Atlântida.

Ela fica confusa.

– Mas... pensei que os filhos do rei teriam que se casar com mulheres humanas, para continuar com o tratado de paz entre humanos e os filhos do mar.
– Meu pai quer uma linhagem pura e para isso irá quebrar a promessa feita. – ele responde cabisbaixo.

Ela não sabe o que responder. Se o Rei mantivesse sua promessa, eles ainda teriam uma chance. Ela sabia o que aconteceria a ele se desafiasse o pai.
Ele iria morrer.
Preferia ele vivo e casado com outra do que morto por sua causa.
Então se manteve em silêncio enquanto o abraçava e chorava nos braços dele.
Teria que deixá-lo ir para as águas e levaria com ela o segredo que poderia mudar tudo.
Um filho do príncipe de Atlântida.





PARTE I

observa o movimento dos nadadores na beira da piscina. Ela nota como a maioria deles parecem agitados, aquecendo os membros superiores demasiadamente para a competição que iria iniciar em breve.
A quadra esportiva da escola Estadual Prof. Inquirino Adalberto era ampla e aberta, apenas sendo protegidas lateralmente por uma forte tela. O ar frio da noite entrava livremente na quadra, envolvendo todos naquela noite de outono igualmente com o zumbido das conversas.
Uma pontada de nervosismo começa a incomodar seu estômago, mais tenta se distrair, olhando para os nadadores de sua escola e das outras escolas do estado de Pernambuco. Aquela era a competição final, na qual os vencedores receberiam medalhas e uma bolsa para uma escola de natação da seleção olímpica brasileira.
Ela roda os óculos protetores entre seus dedos ansiosamente. não havia perdido uma competição daquele ano, e por consequência, tinha virado uma celebridade na escola e juntamente com essa fama também veio as cobranças, às vezes velada e às vezes não, de seus colegas.
Os passos do sapato de Sheila Marques tira de seus devaneios. Sua amiga senta ao seu lado, afobada.

– Você ainda não nadou, né? – ela pergunta tirando mechas de seu cabelo loiro artificial que descera para seus olhos por causa da correria.

não sabe se ela apenas pergunta para puxar assunto, ou se Sheila não havia notado que ela estava seca.

– Não. – ela suspira. – Os garotos vão primeiro.

O olhar de Sheila repousa na piscina, onde os garotos estão se preparando para entrar. Um biquinho se forma em seus lábios.

– Uau! Se eu soubesse que eram esses gostosões que iriam competir, eu já teria vindo mais cedo. – ela fala se abanando teatralmente com uma mão.

não poderia discordar.
Eduardo, representante de sua escola iria entrar na raia quatro. Ele era um bom nadador, mas não era tão forte como os outros competidores, seus braços não se comparavam, por exemplo, com o nadador da raia sete.

– De onde é aquele nadador da raia sete? – Sheila exclama. – Aquela sunga azul está bem recheada.

cora estupidamente. Tinha percebido aquele detalhe também, mas resolveu não comentar.
Pela expressão corporal, o garoto da raia sete parecia o mais relaxado dos nadadores. Talvez existisse uma nevoa de alta confiança ao seu redor, a qual queria muito agarrar. E isso não era a única coisa que ela queria agarrar.
A voz estrondosa do narrador explode nas caixas de sons, avisando que a competição iria começar. A plateia recifense começa a gritar de expectativa.
se sente anestesiada.
Todos os olhares se dirigem para a piscina no canto esquerdo da quadra, onde os nadadores esperam o sinal para mergulhar. não sabe porquê, mas quer que o garoto da raia sete vença. Algo na postura dele mostra que ela também pode vencer.
Então ele olha na direção da garota, diretamente para seus olhos. congela surpresa. Mesmo com os óculos de proteção, ela percebe que os olhos dele são de um profundo azul elétrico.
A buzina zoa quebrando a conexão entre eles. pensa que ele irá se atrasar por causa dela, mas em questões de segundos ele ultrapassa os outros nadadores com uma velocidade extraordinária.
Impressionada, a garota se levanta para poder ver melhor os golpes dos pés do garoto na água e percebe que a maioria das pessoas também estão de pé.
Ele chega ao outro lado da piscina e volta, com uma distância considerável do outro garoto que vem seguindo-o. É hipnotizante.
Por um momento, as pessoas na quadra ficam em silêncio, com expectativa e depois explodem em uma gritaria ao redor da garota que faz seus ouvidos chiarem.
Ele venceu.
A plateia precisa de dez minutos para parar de gritar, enquanto espera mais quinze minutos para que se encerre a comemoração da escola vencedora para poder entrar na piscina.
A garota coloca os óculos protetores e começa a se aquecer. Ela sente o peso dos olhares a observando. Ela é a favorita na competição, mas ser o centro das atenções não é seu forte.
respira fundo. Ela é uma ótima nadadora, sabia disso. Desde criança era apaixonada pela água. Não tinha em sua escola outra garota que poderia competir com ela.
Era como se fosse algum tipo de heroína sobrenatural.
Ela balança a cabeça para afastar esses pensamentos bobos. Ignora os gritos da plateia.
Precisa se concentrar.
Posiciona-se esperando o sinal para pular na água.
olha para a água transparente, que na piscina parecia azul por causa do azulejo no fundo da piscina.
Então a buzina soa e ela se lança para dentro da raia cinco, batendo as pernas rapidamente e cortando a água com o movimento de seus braços.
Ela sente uma tranquilidade lhe envolver enquanto está submersa na piscina. Isso lhe dá mais força para nadar, sem se preocupar com o exterior que a rodeia.
Ela não sabe se está na frente mais dá o melhor até encontrar a parede, o fim da prova.
levanta a cabeça e nota a gritaria da torcida de sua escola. Havia vencido. A felicidade estava estampada no sorriso que ela não conseguia parar de exibir.
Após a comemoração no vestuário, se dirige para o portão da escola. Já está bastante tarde, são vinte e duas horas e trinta minutos da noite segundo o relógio da escola. A garota imagina que iria sozinha para casa, já que sua amiga Sheila havia ficado na quadra, paquerando um nadador de outra escola.
Não era segredo para ninguém que a violência no estado tinha aumentado naquele ano. Pensou em sua mãe e em como ela devia estar preocupada.
puxa a mochila para frente e abre o zíper dela para procurar o celular desligado que está perdido entre seus livros. Ela passa pelo portão da escola e encontra o garoto vencedor da prova em frente, esperando algo ou alguém.
A garota para, com o celular na mão e aproveita para observá-lo melhor. Os cabelos castanho claro dele estavam molhados e despenteados, apontando para todas as direções. Ele não era muito mais alto do que ela, apesar de ser alta, com mais de um metro e setenta. Ele usava uma camisa azul marinho e uma calça jeans desbotada em alguns lugares estratégicos.
Ela gosta do que vê, e olha para o rosto dele que está virado para o outro lado. Algo na postura dele é intenso e misterioso.
Enquanto analisa o garoto nadador, outro rapaz se aproxima do garoto de camisa azul, exigindo sua mochila e o ameaça com algo em sua mão.
A garota fica sem ação, estancada no lugar. Devagar coloca o celular no bolso traseiro da calça que vestia, prendendo a respiração, sem piscar os olhos para a cena a sua frente.
Mas o que acontece é mais bizarro e surpreendente do que ela poderia imaginar.
ouve o garoto cantar em uma língua desconhecida. A voz dele parece o som das ondas do mar se chocando entre as pedras. O outro rapaz imediatamente relaxa o corpo, soltando uma faca no chão, e com um sorriso tranquilo no rosto, dá as costas para a escola, tomando o rumo da estrada.
A garota não acredita no que acaba de ver. O que afinal, tinha sido aquilo?
Ele parecia enfeitiçado.
O garoto nadador olha ao redor, procurando testemunhas do acontecido e seu olhar acaba caindo em .
A boca dela seca. Ele franze as sobrancelhas, confuso e com um olhar determinado começa a caminhar na direção da garota que parece estar colada na calçada.
Uma mão pousa repentinamente no ombro da garota, fazendo-a dar um pequeno pulo. Ela rapidamente olha para a pessoa atrás dela, suas mãos vão para o peito, para se certificar que seu coração ainda está lá e que não tinha pulado para fora de sua boca.

– Você nem me esperou! – Sheila se queixa, fazendo um biquinho avermelhado.

– Bem, você estava ocupada! – se defende, as mãos ainda tremendo.

Seu olhar escorrega para o lugar onde o garoto nadador estava, mas não encontra ninguém.
Ela franze as sobrancelhas. Será que tinha imaginado tudo? Certamente não.
Sheila começa a andar e ela não perde tempo e acompanha a amiga que começa a tagarelar sobre a pegada de seu paquera. Mas os pensamentos de estão longe.
Afinal, o que havia acontecido ali?





PARTE II

Quando chega em sua casa na tarde de sábado após passar a manhã com Sheila na praia em Boa Viagem, encontra a porta apenas encostada. Confusa, ela entra rapidamente na sala, encontrando os móveis revirados, jarros e vidros quebrados espalhados pelo chão.

– Mãe! – ela chama alarmada, andando no meio da bagunça. – Mãe, o que aconteceu aqui?

Ela procura nos dois quartos, na cozinha e no banheiro e encontra tudo revirado, como se um tornado tivesse entrado na casa. não encontra nenhuma pista de sua mãe.

– Mãe! – sua voz falha, embargada, querendo chorar.

Alguém havia arrombado sua casa e destruído tudo e ela não sabia onde estava sua mãe. Estaria morta?
Um soluço escapa da boca da garota. não sabe o que fazer, ela é péssima em decisões rápidas.
No silêncio da casa, a garota ouve quando a porta da frente se abre novamente. Ela estava no quarto ao lado da sala e com a porta aberta. O som de passos a faz congelar. Devia fechar a porta do quarto, mas já era tarde demais.
Podia ser sua mãe? Ou talvez a pessoa que havia destruído sua casa? Ela engole em seco e procura algo que pode ser usado contra o invasor, mas só o que encontra é a pesada enciclopédia da vida marinha de sua mãe.
Antes que ela possa reagir, a pessoa aparece na porta do quarto. Não é sua mãe, ela nota, surpresa.
É ele. O garoto nadador.

– O que você está fazendo aqui? Onde está a minha mãe? – ela pergunta, a preocupação aparecendo em sua voz.
– Você precisa se acalmar primeiro. – ele fala, sua voz rouca e penetrante faz a garota ficar calada.

Ela nota em como ele é mais bonito de perto, o rosto parece ter sido esculpido para um Deus Grego.
O garoto nadador olha ao redor do quarto, observando os móveis espalhados com um semblante sério.

– Qual é o seu nome? O que você está fazendo aqui? – ela lambe os lábios ansiosamente, chamando a atenção dele para ela. – Eu vi você ontem. Na quadra.

Os olhos dele a analisam e a garota acha que eles parecem estar famintos por algo. Os fios da parte de trás do pescoço de se arrepiam. Ela está com medo.

. – ele simplesmente fala, seus olhos se suavizam.
– O quê? – pergunta sem entender.
– Meu nome é . – ele se aproxima da cama e pega uma foto da garota com sua mãe, abraçadas. – Cheguei tarde demais.
– Você sabe o que aconteceu aqui? – ela pergunta se aproximando dele, a curiosidade tomando o lugar do medo.
– Sim.

revira os olhos, sem paciência.
Ele definitivamente não era um homem de muitas palavras.

– Onde está minha mãe? – ela pergunta novamente, fitando os olhos claros dele.
– Levaram ela. – ele responde.
– Levaram ela? Quem levou? Para onde? – pergunta indo em direção a porta. Aquela falta de iniciativa da parte de estava começando a irritá-la.
– Você não sabe, não é? – ele pergunta, um sorriso triste aparece em seus lábios cheios.
– Não sei o quê? – ele pergunta, irritada.
– Atlântida. – ele dá de ombros.

bufa.

– Você não consegue falar uma frase completa? – ela pergunta levantando os braços dramaticamente.
– Não gosto do seu idioma. – ele responde seco.

Ótimo, pensa. Agora ele está irritado.
A garota para de pensar por um minuto para respirar e se concentrar.

– Onde fica Atlan.. Onde fica esse lugar? – ela pergunta, balançando a cabeça, atrapalhada nas palavras. – Eu vou buscá-la.

ri. O som é tão belo quando a música que ele havia cantado no dia anterior.

– Antes de você ir, precisa saber de algumas coisas. – ele tenta falar sério, mas a garota o ignora.
– Coisas tipo o quê? – ela pergunta desconfiada.
– Coisas básicas – ele reponde, ironicamente. – Do tipo que Atlântida é um reino que fica embaixo do mar e que você provavelmente é uma sereia.

Um riso histérico escapa dos lábios da garota.
Ela não consegue parar, é um riso sem humor algum, uma maneira de extravasar os sentimentos tumultuados dentro dela. não percebe quando o riso se transforma em lágrimas. Estava exausta mentalmente e emocionalmente e só queria sua mãe.
se aproxima dela e enxuga uma das lágrimas com seus dedos delicadamente.

– Eu... eu vou lhe ajudar. – ele sussurra, seu rosto próximo do da garota.

não tem mais forças para negar ajuda. Ela enxuga os últimos resquícios de lágrimas no rosto e o segue para fora da casa.
Lá fora ela encontra uma moto preta e dois capacetes pendurados.
Ela indica a moto com a cabeça.

– É sua?

Ele sorri zombeteiro.
– O que você acha? – ele pergunta, subindo na moto e entregando em sua direção um dos capacetes.

– Para onde vamos? – ela pergunta com certo receio de ir com ele, praticamente um desconhecido.

Como se adivinhasse seus pensamentos, responde a única coisa que a garota quer ouvir naquele momento.

– Vamos salvar sua mãe.





PARTE III

desce da moto primeiro, tirando o capacete. – O que estamos fazendo aqui? – ela pergunta olhando para a praia na sua frente.

desce da moto e a deixa estacionada com a chave pendurada nela.

– Você não pode deixar a chave aí.
– Para onde vamos não iremos precisar dela. – ele diz se encaminhando para uma área solitária da praia.

A garota o segue confusa. Talvez ele seja louco, ela pensa. O que eu estou fazendo seguindo ele?
Ele para e se vira para ela quando alcança uma boa distância das outras pessoas que estão se divertindo na praia.

– Antes de tudo eu preciso contar a razão do por que raptaram sua mãe. – começa sombriamente.

acena para ele continuar.
Ele suspira, parecendo pela primeira vez um pouco inseguro.

– Em meu reino, o primogênito do rei é o seu verdadeiro herdeiro, não importa se é... homem ou mulher. Qualquer um que não for o primeiro filho não poderá usar a coroa real.

Ele é louco, pensa estarrecida.

– Meu rei está muito doente, e recentemente quis passar o trono para seu filho. – ele continua. – Só que na coroação, o filho morreu por que não era o primogênito. O estado do rei piorou.

abaixa a cabeça tristemente.

– E nesse exato momento uma rebelião contra os humanos está acontecendo embaixo da água. Alguns... da minha raça querem que Atlântida reine sob o mar e a terra novamente. Não aguentam mais a poluição que os humanos jogam diariamente no mar. E para isso precisam da aprovação de alguém que tenha sangue real para conseguir o que querem.

– O que isso tem a ver com a minha mãe? – a garota pergunta calmamente para não assustá-lo. Provavelmente ele está inventando tudo isso para chamar a atenção dela. Ele suspira novamente.

– Sua mãe teve um relacionamento com meu rei antes que ele se cassasse com a rainha.
– Você só pode estar brincando comigo. – fala sem acreditar.
– Então, por que você sempre vence as competições de natação? Por que você tem um fascínio pela água? Por que sua mãe nunca lhe deixou cantar? – ele pergunta impaciente.

A garota congela no lugar. Tudo era verdade. Sua mãe havia lhe proibido de cantar e ela achava esse pedido bizarro, mas respeitava. Tinha sim uma ligação com a água. Mas era normal para uma nadadora, não era?
Ela ainda estava em dúvida. Aquilo era surreal demais para acreditar.

– E por que levaram minha mãe? – ela pergunta, incerta.
– Para chegar até você. A verdadeira herdeira de Atlântida.

respira profundamente.
percebe sua dúvida e pega em sua mão e lhe puxa para o mar. Ela segue sem reação.
Tudo o que ele havia falado era informação demais para ser processada.
Quando a maré cobre as cinturas dos dois, ele para.

– Só há uma maneira de você acreditar. – ele fala convencido.

Suas mãos seguram firmemente o rosto da garota e os lábios dele vão de encontro aos dela.
Ele apenas encosta a boca suavemente por alguns segundos, o bastante para sentir suas bochechas arderem e um formigamento em seu corpo. Aquilo parece mágico.
Porém em outros lugares também começam a arder, como suas pernas. Elas se unem e a garota se apóia nele para não cair. Seu estômago revira. Algo está acontecendo com seu corpo.
De repente ela sente um desejo desenfreado em nadar, em sentir a água deslizando sobre sua pele.
E então a garota sai dos braços de e mergulha sentindo um prazer diferente no ato. É como se o mar lhe abraçasse e lhe desse as boas-vindas. A sensação é maravilhosa.
Ela olha para suas pernas e sobe para a superfície assustada.
vê a expressão dela e tenta segurar seus braços.

– Está tudo bem, fique calma.

> balança a cabeça. Não está nada bem. Ela tem uma calda! A saia e a calcinha que ela estava usando aparece perto de onde eles estavam, flutuando.

Ela não sabe o que falar. Está em choque.

– Você não tem tempo para surtar agora, precisamos salvar sua mãe. – ele fala segurando novamente o rosto da garota. Ela se pergunta se ele vai beijá-la novamente, mas ele não o faz.
Ela acena com a cabeça. Parecia mentira, mas era real. Tudo era real.
Ela olha novamente para a calda com escamas cintilante sem acreditar.

– Precisamos ir agora. – fala seriamente, segurando em sua mão.

A cauda dele cria pequenas ondas em sua direção.
Ela concorda com a cabeça.
Precisava buscar sua mãe, onde quer que ela estivesse.



– Precisamos pressioná-lo. – Herebais sussurra.
– Não se preocupe, Herebais, eu mandei alguém encontrar a primogênita do rei. – Ceres fala, enquanto penteia seus longos cabelos dourados. – Com ela aqui, não precisaremos mais do rei.

Herebais ri.

– Minha sereia esperta. – ele passa as mãos na cintura de Ceres que se afasta dele.
– Agora não, meu querido. Estamos tão perto. – ela sussurra a última parte para si. – Tão perto de erguer Atlântida novamente.






Fim!




Nota da autora: Hellou peoples, queria primeiramente agradecer sua leitura espero que tenha gostado! Um enorme obrigada a Naty que sem ela não teria tempo para esse especial ir ao ar (Você é maravilhosa girl!!)
Para mais informações, me encontre no Grupo do Face
Xx Fall




Nota da beta: Como você ousa acabar ai? Pode ir continuando, dona Fall, isso é maldade com a pobre beta e suas futuras leitoras ! DE nada, meu amor! Tamo junto sempre.

Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.






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