ASMR Call

Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo 1

Chamando


:_ Não, não e não – bato o pé teimosa – ! Não vou fazer isso! Não estou tão desesperada a esse ponto!

:_ Ah! Qual é, ! Até parece que você vai se casar com o cara que vai te atender. E também isso não é o fim do mundo, de qualquer modo, como acha que encontrei . “Me perdendo na estrada da vida” como meu irmão vive dizendo, é que não foi.

:_ O relacionamento de vocês tem muito o que se questionar – resmungo exausta tanto da conversa como da recém chegada da faculdade para casa – E você tão pouco me convenceu. Sexy Call? É sério? Pelo o amor de Deus!

:_ Ai! Você é chata! Eu hem, vou te contar! Estou querendo te ajudar, o ingrata. Você nem ao menos teve uma relação descente durante sua vida toda. Dois beijos só, misericórdia, isso é o cúmulo. E também não estou te levando a um motel com um estranho, que bem provavelmente iria te estuprar. É apenas uma ligação... – estreito os olhos em sua direção com indignação, como se aquilo fosse a coisa mais inocente do mundo, mas logo ela se retrata – Quente... mas ainda assim continua sendo apenas uma ligação. Seu corpo continuará imaculado e seu bendito lacre também.

Olho desconfiada e não muito certa para ela. Estava assustada, não podia esconder isso. Ela tenta me convencer levantando suas sobrancelhas bem feitas e irritadiças pra mim. O que sinceramente acabou piorando minha decisão.

:_ Vou pensar no seu caso – tento desconversar ao murmurar tal mentira.

:_ Aham... – obviamente ela não acreditou – Então, vou deixar o número aqui em cima do centro de mesa até você decidir. Mas vou recomendar de novo, a companhia telefônica Sexy Call é tudo o que você precisa para essa carência de homem que vive fingindo que não tem. Só uma ligação é o que peço, e sua amiga aqui vai ficar muito feliz – reviro os olhos com sarcasmo.

Logo depois dessa conversa ‘produtiva’, foi embora afirmando que iria para casa receber: “o meu macho”, como ela mesma disse.

Não vou mentir, durante o dia todo aquele número sobre a mesa de centro me incomodou e quando não estava ocupada fazendo meus afazeres domésticos meus olhos caiam sobre o indefeso papel na qual me dava ganas de amassá-lo e o destinar a conhecer a lixeira da cozinha.

Mal caiu a noite e lá estava eu com o papelzinho entre os dedos, desconfiada como se na verdade estivesse vendo três dígitos 6, e não meia duzia de números diferentes. Isso se for contar o DDD que vem na frente, mas isso é muito pouco relevante comparado a quem poderia ser no outro lado da linha.

Nervosa mordo as pontas das unhas já curtas. E me repreendo várias vezes por estar mesmo considerando a oferta de , sentindo meu rosto quente pelo desconhecido, o que inevitavelmente faz a imaginação fluir como nunca.

Carência de homem. Foi o que ela disse. Não dava para disser que é de toda uma mentira. O que ela não desconfia é que não seria no plural da coisa toda e sim de um apenas, ou não desconfia ou esconde muito bem. Não sei. Prefiro acreditar que não. Enfim... Como dizia, essa carência da qual falava é justamente por causa de um homem que para o meu azar - ou sorte, vai saber... - se senta atrás de mim em uma das aulas compartilhadas da faculdade.

E então praticamente, quando tenho aulas junto com ele, fico dura que nem estátua na minha carteira. Mal consigo respirar direito achando que fazia muito barulho, como se ele pudesse também escutar meu coração a mil por hora. Inevitavelmente corava com qualquer coisa, quando ele falava casualmente comigo; quando tocava em mim sem querer; quando podia sentir sua respiração quente em meus cabelos quando se inclinava sobre sua mesa; quando pegava no flagrante os meus olhos sobre si; quando soltava aquele maldito sorriso de lado que fazia qualquer calcinha se encharcar na hora, mesmo claro, quando esse sorriso nem é pra mim. E, consequentemente, quando mau notava meu sorriso ia junto.

Resumindo, mal podia o encarar que já tremia na base.

É muito triste minha vida de solteira, que nem faz ideia. E possivelmente eu seria uma entre mil que sente a mesma coisa, por nada mais nada menos que: .
me mataria se soubesse desse meu crush, que somente me conectava a ele pelas proximidades de nossas cadeiras e... só, nada mais. Sem cantadas, indiretas, conversas. N-A-D-A. E não ter feito absolutamente nada é o que acabaria em cova com ela, esse tipo de situação definitivamente pra ela é inadmissível. Sem perdão.

Qual é?! Até eu penso assim e não agilizo o negócio! Como disse antes de tudo isso, aquele homem me desestabiliza, me tira de órbita só por estar por perto. Imagina se realmente estivéssemos juntos? Assim meu coração não aguenta. É um sonho de consumo feminino.

Deixando esses pensamentos de lado, decidida, disquei rapidamente o número do papel e cliquei em chamar sem ter chance de desistir. Entrei em pânico, enquanto escutava aquele sonzinho de fundo que indicava que no outro lado estava chamando o indivíduo.

Caralho tá atendendo!

???:_ Alô coração o...

Surtei!

Com minhas mãos trêmulas, na hora do desespero, desliguei na cara do sujeito. Dei um berro no calor do momento e larguei o celular sobre o sofá como se estivesse contaminado. Fiquei encarando atrás do sofá o smartphone, como se a qualquer momento o carinha no outro lado tivesse a ousadia de retornar.

Do nada ele começou a vibrar e a tocar Britney Spears - Circus para chamadas recebidas, outro berro estridente ecoou pela casa pelo susto que levei. Vagabundo, como tem coragem?!

Dei a volta no móvel e fiquei hesitante se atendia ou não. O celular estava de costas então não sabia quem ligava de verdade. Tremendo que nem uma vara peguei o celular e virei com tudo, na mesma hora cai sentada no sofá suspirando de alívio.

:_ O que você quer ?! Quer me matar do coração?!... – coro bruscamente ao lembrar que o estranho havia me chamado com essa palavra de modo íntimo.

:_ Credo! Porque esse nervosismo todo? Não me diga que atendeu?! Mas pela sua reação... Foi tão ruim assim? – perguntou quase desapontada.

:_ Não faço ideia pra falar a verdade. Desliguei na cara dele quando atendeu. Foi agora pouco...

:_ Não acredito que fez isso. Desligue esse celular agora e vá ligar para o cara. JÁ! – bronqueou como se eu fosse uma menina levada.

:_ Estou apavorada! – tentei argumentar.

:_ Não quero nem saber. Vai logo que essa é sua oportunidade de ouro. Confie em mim.

E então... nada. Ela desligou me deixando no vácuo. Aquela cabrita me paga!

Fui parar no meu quarto. Pra pelo menos me sentir mais confortável e menos constrangida do que ficar no meio da sala e talvez alguém aparecer de repente. Com a sorte que estou hoje, é bem capaz de isso acontecer mesmo.

Disquei de novo o número e fiquei encarando o celular por um tempo, buscando coragem para fazer o que nunca na minha vida pensaria em fazer. Sentei sobre a cama e joguei um foda-se ao apertar sobre a tela em chamar. Apenas em escutar esse barulho de fundo de chamada, estava me colocando em uma situação de quase enfarte ou como se estivesse preparando meu pobre coração para tal fato.

Quase meio minuto e já estava pensando se as minhas esperanças de ser salva desse pecado estavam acontecendo.

Não vai atender filho da puta?! Gritei em mente começando a me irritar.

???:_ Alô?

Quase derrubei o celular no chão. Aí meu coração! Terminei de pagar a última parcela semana passada, meu Deus quase tive um treco.

???:_ Alô?! – ele estava começando a ficar irritado... mas, nossa que voz é essa?

:_ Oi – digo tímida pelo efeito de sua voz.

Ouço um pigarrear do outro lado, quase sorrio ao imaginar o homem se endireitar ao me ouvir.

???:_ Oi. Desculpa – murmurou encabulado, que gracinha – É que você desligou na minha cara antes e achei que fosse trote de um amigo aí... – ele se enrolava para contornar o momento constrangedor enquanto eu corava por ter feito isso com ele e ainda, na cara de pau, retornar depois.

:_ Não tem problema. É que antes eu queria colocar no viva-voz e acabei desligando sem querer – cara, que mentira mais lavada! – E então... – ajeitei um pouco a voz enquanto me movimentava um pouco desconfortável – Como isso funciona?

???:_ Nossa isso começou muito esquisito. Me sinto sem jeito agora, devo confessar que isso é novo pra mim.

:_ Sem problema – repeti já me sentindo estranha com essa conversa, não era pra gente estar falando putaria numa hora dessas? – E aí? – perguntei de novo.

???:_ Você poderia passar pra mim uma foto sua, ? – corei na hora.

Nossa, assim na lata? Sem rodeios me pedindo nudez? Fiquei muda por um tempo até ele retornar a dizer.

???:_ Digo, uma normal... é claro, apenas de rosto – pelo visto ele entendeu o segundo sentido de suas palavras anteriores e tentou se explicar, fiquei roxa pela insinuação de que fiquei a entender que sou pervertida – Sabe, para ter inspiração essas coisas...

:_ Ahn... Cla-claro – gaguejei ridiculamente – Pra onde mando? Digo e-mail, Face... Whats? – ouvi uma risada baixa do outro lado, mexi nos cabelos nervosa e esfreguei minhas pernas uma na outra.

???:_ Pode ser por e-mail, é melhor para manter descrição da minha identidade. Tem papel com você?

:_ Manda.

Peguei meu bloco de notas em cima do criado mudo que sempre deixo a disposição e escrevi rapidamente o que ele falava. Puxei o notebook e mandei uma foto minha para o seu e-mail. Até que ousado, mesmo ele me pedindo uma normal de rosto. Na foto estava de biquíni na praia, com uma saída de praia branca quase transparente de botões todos abertos, no que mostrava meu corpo todo, biquíni branco superior com uma argolinha de prata entre os bojos e estampado no inferior de amarrar nas laterais.

Esperei por uns instantes, para descobrir sua reação, no que não tardou a vir. Ouvi um ruído seguido de um som abafado, ergui as sobrancelhas curiosa para saber o que estava acontecendo. Acho que ele deve ter afastado o telefone ou algo assim.

Silêncio...

De repente ouço algo cair e um som abafado. Estranhei os ruídos e seu palavrão que veio de sequencia. Mais alguns barulhos.

:_ Alô? – chamo pensando que ele deve ter me esquecido aqui.

???:_ Oi – sua fala afoita me deixa com uma pulga atrás da orelha – Nossa, você me surpreendeu . Não vou mentir, gostei mesmo da surpresa.

:_ Obrigada – coro de novo.

Porque ele fica me chamando assim? É vergonhoso, penso cobrindo com uma mão o meu rosto.

???:_ Vamos começar, amor?

Vou desmaiar de constrangimento. Resmungo um sim e ele ri. Sabe aquela risada baixa e rouca que arrepia até os últimos pelos do braço? É essa mesma.

???:_ Onde você está agora? Para fantasiarmos juntos.

:_ Estou em casa. N-no meu quarto – esfrego as pernas uma na outra nervosa.

???:_ Ótimo. Isso é muito bom – diz rouco e sedutor.

Jesus Cristo!

???:_ Quero que deite, amor. De preferência use fones de ouvido para a nossa noite ser mais... Prazerosa – sussurrou a última palavra maliciosamente, engulo em seco – Se estiver com um travesseiro com você, para abraçar, será melhor ainda – ouvi um rangido de cama se movendo no outro lado – Quero que me sinta, aí com você – seu sussurro me faz ferver.

Deito na cama com as pernas bambas. Jogado em cima da cama, alcanço os fones de ouvido, conectando ao celular. Pego o travesseiro ao lado e agarro, apertando os dedos desnecessariamente forte. Devo admitir, o homem é bom de papo.

:_ Como devo chamá-lo? – pergunto tentando disfarçar a agitação em que meu corpo entrou.

???:_ É uma boa pergunta... hmn – pausou por um momento – Que tal... . É a cor do meu cabelo, porque não.

:_ ? – perguntei extasiada, testando o nome.

:_ Ouvindo de você assim é excitante – sua voz luxuriosa veio pelo fone esquerdo me arrepiando por inteira.

Fechei os olhos involuntariamente ao ouvi-lo tão bem, dava até para imaginá-lo a centímetros do meu rosto sussurrando sacanamente para me provocar. Soltei um gemido sem querer.

:_ Algo me diz que essa noite vai ser tão inesquecível pra mim quanto para você – sons de tecido deslizando, ELE ESTÁ TIRANDO A ROUPA?! – Feche os olhos, .

Seu sussurro foi tão baixo que se eu não tivesse de fone nem teria escutado, acabei movendo meu corpo sentindo minha pele pegando fogo só com a PRÉ-preliminares.

Mesmo a distância, era como se realmente estivesse bem em cima de mim. A ilusão que os fones faziam, mexendo com os sons como se a pessoa do outro lado estivesse perto, longe, em cima, nos lados; era muito perto da realidade. Facilmente confundível. Como ele conseguia fazer aquilo?

:_ O que pretende fazer comigo, ? – inacreditavelmente ousei na voz maliciosa, fechando os olhos como ele pediu.

Meu corpo vibrou de excitação ao ouvi-lo rugir baixo, no pé da cama. Podia até ver. Era tão irreal.

:_ Vou ficar louco assim, amor.

Um rangido de cama se ouviu, como se invadisse minha própria cama. Meu sorriso de satisfação foi inevitável.

:_ Sabe o que pretendo fazer com você? – sua respiração pesada me afetava, tendo calafrios pelo corpo todo – Quero mergulhar tão fundo em seu corpo gostoso e fazê-la gritar até ficar rouca de tanto tesão.

Puta-Que-Pariu!

Fiquei roxa de vergonha depois dessa. Minha garganta produziu um tipo de ronronar como efeito, enquanto me recuperava dessa promessa devassa.

:_ É mesmo? Então vem .

:_ Que tesão – soltou entre dentes, acho que isso ele disse mais pra si mesmo, meu ego inflo na hora.

Estalos de beijos começaram a ser distribuídos abaixo do meu rosto. Mesmo não sentindo nada em contato, meu corpo se arrepiava a cada beijo. Pelos sons podia imaginar que era na zona do pescoço e colo. Minha coluna arqueou em uma busca frustrada pelo seu toque.

:_ Tira a camisa pra mim, meu amor – sussurrou em meu ouvido com aquela voz selvagem.

Levantei quase que na hora, arranquei a blusa e joguei... só Deus sabe onde. Já me sentia febril para saber o que vinha a seguir.

:_ Pronto , pode vir – pedi sôfrega.

:_ Muito melhor assim. Olha só que linda que você é. Por mim ficaria o dia inteiro com o seu seio em minha boca – ele assoprou, isso fez minha nuca se arrepiar.

Mais beijos. Dessa vez tinha certeza que era nos meus seios. Suas mãos deslizavam pela minha pele. Um som baixo de elástico se produziu. Automaticamente tirei o sutiã e minhas próprias mãos voaram pra cima dos montes. Outro gemido.

:_ Isso . Gemi pra mim. Só pra mim – sua voz rouca me fez gemer de novo – O que será que temos aqui em baixo? – perguntou divertido.

Seus beijos foram diminuindo de volume e indo mais pra baixo. Meus joelhos se levantaram, se esfregando um no outro contendo a excitação crescente entre as pernas.

:_ Olha só o que eu descobri. Isso aqui no seu quadril é uma manchinha de nascença ou só uma poeirinha atrevida que se fixou em você, amor? Vamos ver...

Um forte chupão estalou. Uma de minhas mãos abandonou o seio na hora e correu direto para a anca esquerda onde estava a minha marca de nascença, me contorci excitada abrindo a boca como resposta ao corpo. Apertei com força meu quadril e desci até a coxa por cima da saia vermelha.

:_ Posso saber o que mais falta para tirar? – sua voz saiu abafada, ele estava sobre meu ventre provavelmente com a boca ocupada.

:_ A... a sa... saia – digo sôfrega e aos gemidos contidos.

:_ E o que mais neném?

Caralho! Que tortura!

:_ A calcinha – digo num sussurro extremamente tímido em um só fôlego para não gaguejar.

:_ Saia e calcinha – analisou com cuidado, experimentando suas palavras – Assim fica fácil demais – dessa vez sua voz veio pelo meu lado direito, tremi inteira com sua analise – Nervosa?

:_ Um... um pouco – suspirei contida.

:_ Posso tirar?

:_ Hmhrm – confirmei em um resmungo envergonhado.

Ele se moveu direto pra baixo, um tecido deslizou e acompanhei tirando a saia.

:_ Tão molhada, e só pra mim – dizia com orgulho.

Levantei a coluna soltando um suspiro extasiado. Logo veio o leve som da calcinha sendo puxada, o suficiente, imagino eu, para sua mão adentrar. Meus dedos foram junto e constatei o óbvio, como ele mesmo disse, eu me encontrava encharcada.

:_ Se sente bem? – era uma pergunta retórica – Consegue sentir o quão bom isso é? – subiu de novo, perto do meu rosto.

Pude ouvir um som abafado lá em baixo e então veio algo pegajoso. Ele havia espalmado minha intimidade e estava brincando com ela. Um gemido alto escapou por entre meus lábios, ao esfregar o meu polegar sobre o clitóris e apertá-lo.

A essas horas minha mente não conseguia mais aceitá-lo longe, minha cabeça já confundia tudo o que fazia misturado ao que ele praticava. Não aceitava mais que era as minhas próprias mãos que estavam sobre mim e sim ele a me torturar gostosamente.

:_ Gosta meu amor? Está tão molhada – o som pegajoso não parava, me fazendo enlouquecer – Será que isso é tão gostoso como você?

Bem acima do meu rosto, ele chupou os dedos demoradamente. Um suspiro cortado saiu por entre meus lábios secos, molhando-os em desespero.

:_ Deliciosa – sussurrou em confidencia.

:_ Chega – minha voz entrecortada pediu, na verdade implorou – Não me torture mais .

:_ Por que diz isso? Eu nem comecei – se divertia com o meu sofrimento.

Soltei um resmungo frustrado.

:_ Te quero, vai logo – pedi manhosa.

:_ Tão linda! Você não tem ideia do quanto a quero só pra mim, meu amor. Gosto de saber que sente o mesmo.

Ouvi um rasgo forte. A calcinha não existe mais, às pressas expulsei a pequena peça por entre minhas pernas. Sentindo meu sexo pulsar descontroladamente, pousei minha palma sobre ela esfregando os dedos pra cima e pra baixo.

:_ Aqui? Ou aqui? Sua voz, gosto do que ouso – disse entre dentes, junto do movimento de entra e sai de seus dedos – Não consigo resistir. Incrível, está transbordando – algo molhado se sobressai – Nesse ritmo, vai sujar o lençol.

Muitos gemidos meus veio atropelando um atrás do outro.

:_ Isso, amor. Vem! Me deixe ouvi-la muitas vezes. Deixe vir! – me acompanhou ao soltar um gemido rouco, baixo e grosseiro.

Não aguentei e enfiei um dedo de uma vez dentro de mim. Senti uma leve dor que me vez parar. Quase fiz a besteira de eu mesma tirar a minha virgindade com os dedos.

:_ O que houve ? Parou porque? – questionou preocupado.

:_ Não dá – quase chorei frustrada.

:_ O que?

:_ Não consigo fazer sozinha. Dói.

:_ Não entendo, amor. O que quer me dizer?

:_ E... eu, não. Nunca fiz. Doeu porque... so... sou pura. Nunca fiz – nervosa tentei explicar, porém me atrapalhei ao dizer.

Ele ficou quieto por um tempo, logo veio um chiado esquisito.

:_ Fala sério? – perguntou sério, claramente não estava a me zombar – Digo... Uau – soltou surpreso.

:_ Me perdoe por incomodá-lo, eu...

:_ Não, nem pensar que vai desligar agora. Agora sim a quero mais que tudo. , quero te amar tanto hoje, que repetiria todos os dias de minha vida essa dose maravilhosa. Lhe prometo hoje um orgasmo enlouquecedor, o que você me diz? Humn? – sua excitação era quase palpável.

:_ Tu... tudo bem – soltei o ar que só agora percebi que tinha prendido – O que eu faço? – pergunto assustada e aos poucos perdendo aquele incêndio abrasador que senti a minutos atrás.

:_ Deixe comigo minha paixão, vou cuidá-la e tratá-la como deve ser. Como sempre mereceu – sua voz chegou tão perto que podia dizer que ele tocou nossos narizes sutilmente.

Em um só suspiro, puxando todo o ar de seus pulmões, me beijou. Por pouco acreditei em seu toque. Para não me sentir vazia pousei meus dedos sobre meus lábios para haver algum peso. Agarrei a almofada mais forte. Eu queria ele ali, nunca na minha vida desejei que alguém me tocasse daquele jeito como gostaria.

:_ Me espere um pouco, não demoro – o rangido da cama veio bruscamente.

Quase soltei um grunhido de advertência, mas quando escutei o que veio a seguir foi inevitável não ficar excitada. O som estrondoso do metal do cinto e o barulho do botão seguida do zíper, me fez remexer ansiosa. Sua calça caiu para meu deleite.

:_ Estava tão apertado, – admitiu em meio a respiração pesada e forte – Me sinto muito melhor – voltou a subir sobre mim, mais devagar para a minha sanidade.

Quis tocá-lo. Nunca me senti tão fraca pela falta da presença de alguém.

:_ Tudo bem?

:_ Uhum.

:_ Abra as pernas pra mim, meu amor – podia jurar que ele falava contra meus lábios.

Ainda com a palma da minha mão sobre meu sexo, abri lentamente as pernas não conseguindo conter os gemidos de agrado. Ele se abaixou sobre mim, tocando nossas peles de leve, deu para sentir que sustentou seu peso nos braços ao ouvir os rangidos da cama ao lado da minha cabeça. Suas respirações cortadas atingiam em meu rosto rubro.

:_ Posso? – sua pergunta saiu em um sopro baixo.

:_ Vem – respondi igualmente.

Ele prendeu a respiração. E algo em baixo entrou, foi um som diferente que nunca ouvi, poderia descrevê-lo como pegajoso, apertado, abafado, escorregadio e ouso dizer que é quente. O som da cama movendo, o acompanhou. Foi breve. Não é difícil imaginar o que era aquilo. E com certeza ele entrou pouca coisa ao ouvir um gemido meu mais forte, por ter apertado meu dedo sobre a vulva.

:_ Tão apertada... – comentou com aquela voz excitada de prazer – Tudo bem?

:_ S-sim.

:_ Vou ir mais um pouco, não se preocupe, vou com calma. Pouco... a pouco... certo?... – sua respiração estava fora de ordem – Abre... um pouco mais – soprou em meu ouvido esquerdo.

Resmunguei um positivo e ele continuou. Pelo movimento seguinte um de seus braços se apoiou acima da minha cabeça e a outra segurou o lado da minha cintura, penso eu sobre a marca de nascença. Podia até sentir seu aperto.

Seu membro deslizou lentamente por dentro de mim até se silenciar por completo. Em um só fôlego, ele soltou o ar preso de sua garganta em um grunhido de satisfação. Instintivamente apertei as coxas, prendendo minha mão entre elas onde os dedos ainda se mexiam.

:_ Boa menina – mal saiu sua voz.

Seus beijos vieram para acalmar meu coração acelerado e meu espírito agitado. Suas mãos deslizando demoradamente sobre minha pele quente e arrepiada. Seu fôlego atingindo meu colo em tempos alternados. Da nossa cintura pra baixo um silêncio aterrorizador que já estava começando a me perturbar. E a sensação de preenchimento, era inegável.

:_ Por favor – implorei por ele apertando o travesseiro contra mim, mexendo a cintura em agonia.

:_ Tão quente... – gemeu com um tom de aflição – Não aguento mais – sua garganta travou.

O som pegajoso no início do vai e vem lento dele, descarregou ondas de eletricidade pelo meu corpo todo. Minhas mãos não conseguiam ficar quietas, ora ou outra apertava o travesseiro, passava pelo meu corpo na lateral, deslizava pelo seio; em quanto a outra, pressa, se movia entre as minhas pernas.

:_ Caralho!... – grunhiu entre dentes – Tão... bom!

:_ Ahh! – gemi alto para que escutasse.

:_ Isso... Ah... Vem comigo amor – os sons das molas da cama continuavam lentas, acompanhando a nossa dança sensual – Céus! Ah... – mordeu meu ombro.

:_ Mais... mais... mais – sussurrava em delírio.

Seu ritmo aumentou de velocidade para um movimento médio. Suas mãos deslizaram até chegar em minhas cochas e cravarem ali. Sua cabeça ficou apoiada em meu ombro, tirando sua boca da mordida e soltando vez ou outra um rosnado grosseiro.

Minha mão agarrou a ponta de cima do travesseiro. Por alguma razão quis tocar seus cabelos e puxá-los com força. Meu gemido seguinte veio sonoro e longo, sentia que estava perto.

:_ Droga!... Está me apertando... – um grunhido furioso dele trovejou contra a minha garganta – Po-porra que delícia.

:_ Ma-mais rápido.

Senti minhas pernas trêmulas. A sensação dos músculos do corpo travando vinham em tempos desregulados, tensos. Meu coração pulava no peito, querendo saltar pra fora. Meu corpo banhado pelo suor do prazer.

:_ Me perdoe... por ficar um pouco... mais rude.

Ele junto da cama aceleraram o ritmo para um mais frenético, louco, desesperado. Muito firme. Seus rugidos violentos junto ao seu frenesi constante, se tornaram uma canção de luxúria aos meus ouvidos sensíveis a sua voz gutural e selvagem.

:_ Quero te esfolar tão duro... Fazer tantas coisas... – ele já se encontrava fora de si, e não nego, gosto disso e meu ventre contraindo era prova disso.

De pano de fundo, a cama também rangia acompanhando nossos corpos unidos. União Perfeita. Lá de vez em quando a cabeceira batia contra a parede. As mãos dele, pelo que pude ouvir, também não paravam quietas, como se buscasse seu maior ponto de prazer, mas sempre que chegava lá queria mais.

Eu podia sentir, faltava muito pouco.

:_ Gosto.. de você. Gosto de você – repetia rouco – Gosto mesmo... muito de você – fez uma pausa para o seu grunhido, os movimentos ficaram mais firmes – Te amo – disse rude entre dentes colado ao meu ouvido, um arrepio automático e forte trovejou atravessando meu corpo inteiro.

Foi o bastante para que explodisse.

Meu corpo todo entrou em erupção. Minhas vistas embaçaram por alguns segundos. Minha boca em um “0” perfeito ao soltar um gemido alto, longo e sonoro. Sentindo o ventre tremer em contrações constantes. Minha mão por pouco quase ultrapassou a fronha do travesseiro, esmagado contra o meu peito. Entre minha pernas o óbvio orgasmo que me lambuzou os dedos.

Eu conhecia esse tipo de sensação. O orgasmo clitóriano. Sendo bem sincera, não sou tão santa para nunca ter experimentado tal coisa. Mas nunca senti esse tipo de prazer tão no alto.

Ele continuava a estocar furiosamente, soltando palavrões em intervalos distintos, uma arfada forte em cada golpe. Ainda podia sentir o líquido escorrer por entre os meus lábios vaginais, sensíveis ao tato. Não demorou muito e ele também alcançou o seu esperado ápice, abafando contra o meu pescoço o seu rugido.

De pernas cruzadas, para manter aquele alívio, deslizei as mãos preguiçosamente sobre mim. Em qualquer espaço onde havia pele se encontravam eriçados. Deslizando a mão desde a nuca, pescoço, colo, o vale dos seios, ventre, a marca e depois em movimentos aleatórios por todo o corpo onde pudesse alcançar deitada.

ainda se encontrava sobre mim, podia ouvir sua respiração pesada, tentando se acalmar. Ele fazia alguns movimentos, lentos, para sentir até no fim o prazer absoluto. Me beijou calmamente, quase podia sentir sua língua deslizar sensualmente pela minha boca. Tão incrível. Distribuiu alguns beijos pelo meu rosto, terminando até o pescoço. Me cheirou um pouco, me deixando arrepiada. Depois pude até sentir sua língua deslizar pelo meu maxilar até a minha orelha direita.

:_ Você é incrível – sussurrou cansado.

Sorri pelo elogio constrangida. Me sentia ótima. Mais nada...

Descruzei as pernas sentindo leves tremores pela área sensível. Um gemido tímido saiu pelos meus lábios preguiçosos. Ele saiu de cima de mim, pelo que eu pude notar, com certa relutância. Ouvi-o se vestir lentamente, calça, o bendito cinto que inicialmente me excitou e a camisa - deduzi que fosse.

:_ Está tão tarde assim? – algo metálico tilintou - seu relógio de pulso - ele estava surpreso de verdade – Queria poder ficar com você até amanhã. Mas infelizmente tenho que levantar cedo. Acho uma pena nós acabarmos aqui a nossa brincadeira. Realmente gostei de você. Espero que me ligue mais vezes – confirmei sem pensar – E antes que eu me despesa, tenho um presentinho meu pra você no retorno do seu e-mail. Espero que goste – se apoiou na beirada da cama e me beijou calmamente – Até gata.

:_ Até a próxima – o seduzi ao chamar seu “nome”.

Abri um largo sorriso ao ouvi-lo soltar aquela maravilhosa risada rouca.

:_ Mal vejo a hora, .

A chamada caiu.

Ainda com aquele largo sorriso que não conseguia mais largar, fiquei um bom tempo esparramada pela cama. Pensando no que acabei de fazer. No que mais tarde eu sabia que acabaria envergonhada pelo resto do dia e olhe lá a semana toda de brinde.

Não vou mentir que no começo, eu ficava imaginando que conversava com . Mesmo sabendo que ele nunca me diria aquelas coisas na cara lavada. Mas com o passar das conversas - e ações - não conseguia mais enxergá-lo ali comigo, sua imagem se apagou por algum motivo desconhecido, perdendo sua importância de um só puxão ao qual cultivava. E temo pelo pior.

Me apaixonei de verdade por um completo estranho.

Por telefone!

Levantei depois de longos minutos, abri a aba aberta do meu e-mail indo direto para o perfil do - a foto de perfil era um gato preto de olhos âmbar. E ali pude notar um arquivo que foi entregue a poucos minutos. Abri e recebi a mais deliciosa surpresa. Corei insuportavelmente.

Uma foto dele. Pelo menos de sua boca para baixo. Era impossível identificar sua face.

Ele se encontrava deitado em uma cama vermelha sem camisa, com a braguilha aberta de sua calça jeans mostrando a cueca Calvin Klein preta. Suas pernas cruzadas em formato de quatro esticava a braguilha pretensiosamente e uma deliciosa ereção escondida que atiçava a imaginação de como seria vê-lo nu. Uma das mãos por debaixo da cabeça e a outra... Deus me abana!... na ponta do dedo brincava com uma trilha de gozo em seu abdômen sarado e gostoso. Sem mencionar seu sorriso lindo e safado ao tirar a abençoada foto.

Ele não fez isso... Ele estava mesmo... Na hora em que a gente fazia?...

Não... Sim?

Tapei meu rosto envergonhada, mordendo a boca nervosa e risonha pela ousadia. Logo lembrando da sua voz a minutos atrás. Fechei os olhos ainda não acreditando.

Olhei de novo a foto, me imaginando se o pegasse de verdade. Como o pegava! Mas então recordei de sua despedida e meu sorriso foi morrendo aos poucos aos constatar algo que não percebi a princípio.

:_ Mal vejo a hora,

Eu tinha certeza que não disse a ligação toda. Tive todo o cuidado. Mas então...

:_ COMO ELE SABE MEU NOME?!


Capítulo 2

Por um Fio


As sete da manhã, na faculdade de Seul. entrava em sua sala irradiando uma aura tão brilhante que chegou a chamar a atenção dos seus colegas de turma. Distraída andou até sua mesa sem perceber a presença de um certo rapaz atrás de si. Ao sentar o notou quando ele passou ao lado da sua carteira, constatando de cara que perderá aquele baque que sempre sentia ao vê-lo.
Sorriu pra si mesma por ter tido aquela paixão fraca pelo seu parceiro de sala. Se achando tola. Mas agora ela sabia a sensação de verdade que era o amor.
:_ Você está diferente hoje – incrivelmente ele começou a dialogar.
Para teste definitivo, o que nunca tinha feito, ela se virou olhando cara a cara o rapaz. E se impressionou ao não sentir nada. Ele mais surpreso ainda ao vê-la tão desinibida, tão diferente daquela garota tímida que vivia constrangida pelos cantos.
:_ Superei uma fase – sorriu doce para o rapaz – E se quer saber, estou me sentindo ótima.
Era nítida a cara dele de surpresa pela nova personalidade de . Tão aberta e acessível. O leve sorriso de canto dele não teve seu mesmo efeito e ela não se aguentava de tanta felicidade pelas novas descobertas.
pós ambas as mãos sobre a boca, apoiando os cotovelos. Encarou-a fixamente, os olhos dela não vacilaram como de costume.
:_ Gostei de sua nova “eu” – comentou simplesmente.
:_ Obrigada – agradeceu nem um pouco abalada.
Se virou pra frente, olhando o professor Lee entrar na sala, encerrando aquele pequeno monólogo na qual sua escolha foi decisiva. Até a hora do almoço tudo ocorreu normalmente, tirando algumas vezes em que participava nas aulas com os colegas. Puxando alguns rostos curiosos com a personalidade mais envolvente dela, diferente da garota que conheciam quieta no seu canto.

Depois de almoçar junto de suas amigas e Sulli. As três ficaram pelo corredor da faculdade a discutir os fatos de ontem da garota. Uma e outra vendo suas amigas abafar uma risada repentina ou exclamação exagerada que lhe arremetiam a garganta.
:_ Eu não falei que ia valer a pena? – jogou convencida observando as feições coradas da amiga.
Sulli:_ está diferente, mais confiante.
:_ Será porque? – debochou mandando aquele olhar cúmplice para a inocente Sulli que corou até os pés.
:_ Admito que foi por causa dele. Ai, ai... – suspirou audivelmente – Queria pelo menos vê-lo uma vez, foi tão maravilhoso.
Sulli:_ Você se apaixonou por ele, ?
:_ Ihhh! Tô vendo que o negócio foi grave...
Amber:_ Quem é que teve uma paixão grave? – se intrometeu no meio toda animada como sempre.
:_ Amber você perdeu mô bafão. tá apaixonada.
Amber:_ Quem é o meliante? – questionou empolgada.
:_ Vocês vão saber agora mesmo. Fui eu que dei o número pra garotinha aqui. Eu-sei-quem-é – disse pausadamente cutucando a onça com vara curta.
:_ Você sabe?! – exclamou ficando histérica ao vê-la alcançar seu celular de suas próprias mão – , não!
:_ Vamos ver... contatos – mexia com dificuldade por causa da outra a tentar lhe arrancar o aparelho.
:_ Me devolve, – choramingou quase se esperneando.
:_ Achei! Humn, hein – cochichou para mandando aquele olhar safado. Ela corou na hora e petrificou-se.
:_ Não ousaria...
:_ Nunca duvide de Seo – chacoalhou o celular na mão e apertou em chamar.
Um grito ensurdecedor irrompeu o corredor.
As duas morenas que observavam tudo, caíram na risada.
:_ Viva voz... – cantarolando a opção do celular, o apertou.
:_ !!! – elevou uma oitava de voz, quase chorando de frustração.
???:_ Alô?
Era ele, pensaram. As quatro prenderam a respiração. estava vermelha de vergonha, lançando um olhar furioso para a loira. A voz dele estava um pouco mais rouca devido ao sono. E por fundo sabiam que estava dirigindo.
:_ Bom dia, bela adormecida – consultou a hora, faltando pouco para as dez – O que vai fazer a tarde, – lançou um olhar sugestivo para amiga, acentuando o apelido. ficou roxa, cobrindo os olhos.
:_ Humn? – resmungou confuso – o que está fazendo com esse número? Trocou de novo por acaso? – questionou debochado.
:_ Ora, não seja malvado – ele riu.
:_ Daqui a pouco estou chegando aí. Meu irmão esqueceu o trabalho dele em casa, aproveito e falo com você sobre... ahn... O que você quer afinal?
:_ Sobre uma certa garota que você andou conversando ontem, ela quer te conhecer.
:_ Não, não – sussurrava apavorada entrando em pânico.
:_ Tudo bem.
quis morrer nessa hora. Mas não sabia por qual motivo, se era por causa do que ele respondeu, se era por vergonha ou medo do que está por vir.
:_ A gente se vê depois, Taemin – desligou.
As três olharam chocadas para .
Amber:_ Mentira!
Sulli:_ O irmão do ?! Da nossa turma?! – olhou para que estava petrificada no lugar.
:_ Quem diria que ia acabar se apaixonando justo por Taemin – chegou perto, só para ela ouvir – E ainda irmão do seu antigo crush.
tentava balbuciar qualquer coisa, mas nada saia.
Amber:_ gostava do ? – entrou no cochicho.
Sulli:_ Nunca ia desconfiar. Achei que você o odiasse já que nunca olhava pra cara dele.
:_ Pois é. Mas era exatamente o oposto. Eu já desconfiava faz tempo – disse orgulhosa como se acabasse de desvendar o mistério do século.
:_ Me apaixonei por Taemin?
Não acreditava no que tinha descoberto, longe da decepção claro, pois já o virá de longe apenas uma vez na sua vida e de relance. Não lembrava de muita coisa.
:_ Meu Deus – cobriu a boca abobalhada.
Amber:_ Arrependida?
:_ Não, só não sei o que pensar – sorriu sem motivo – Nossa. Taemin...
Nessa hora, passou pelas meninas a passos duros e feições furiosas, até ser perdido de vista ao virar o corredor a esquerda. Confusas olharam uma pra outra se perguntando o que tinha ocorrido. As meninas notaram pela janela do corredor, um carro estacionar na rua em frente. Como estavam no térreo do prédio, puderam ver Taemin saltar pra fora do Audi. Ao vê-lo corou extremamente.
Pelo pátio, as meninas viram andar agressivo até ele. Que até então, não havia notado a áurea maligna o rodeando, chegando a sorrir para o caçula. Deu para ver que Taemin ia dizer algo para o irmão menor, mas foi bruscamente parado ao receber um gancho de direita.
As quatro garotas arregalaram os olhos assustadas, abafando um grito na garganta, observaram ainda agarrar a camisa do homem alguns centímetros mais alto, chacoalha-lo e a lhe gritar algo que elas não conseguiram identificar dentro do edifício.
O silêncio reinou no pátio. Os estudantes encaravam a cena espantados. Era estranho ver o perder a cabeça do nada, pois ele era conhecido pela sua calma.
Soltando uma arfada forte, correu pra fora. As meninas perdidas no que estava acontecendo, reagiram um pouco atrasadas e foram atrás da garota.
:_ Já chega, parem! – corria aos gritos – Por favor, chega!
Os alcançou se enfiando no meio dos dois, bem na hora em que levantou a mão fechada de novo contra o irmão. Ele hesitou na hora, apertando o punho com força pela frustração. Ela percebendo isso usou a seu favor o momento, empurrando os dois com seus braços, aumentando a distância entre eles.
:_ Por favor, chega – olhou para o caçula que se encontrava de rosto tingido de vermelho pela irá.
Ele dirigiu sua atenção para a moça entre eles, apertando o maxilar, rangendo os dentes. Deu as costas e soltou um brito de raiva. Ela pode ver bem os ombros tensos, os punhos fechados agressivamente e o corpo a tremer. Ainda não satisfeito, apontou um dedo na cara do irmão em ameaça, com os olhos carregados em cima dele.
:_ Não pense que terminamos aqui! – forçou um passo em sua direção mesmo sentindo as mãos trêmulas da menina assustada tentando lhe segurar no lugar – De todos os limites que poderia passar essa foi a pior! E nunca vou perdoa-lo por isso! Sorte sua que alguém interveio por você ou eu te arrebentava a cara!
Assim como tinha chegado, levou sua turbulência dali. Entrando no prédio, empurrando com grosseria a porta de entrada. Ainda petrificada no lugar, sentiu uma mão em seu ombro. Olhou sobre ele e se deparou com Taemin a lhe olhar compadecido. Mesmo mostrando um espanto enorme pelas reações do irmão. Mas logo tomado pela compreensão.
Pela confusão, ela pode notar que Taemin não reagirá da pior forma, ficando em seu lugar, parecia tentar absorver o que tinha acontecido sem acreditar. Confusão e desentendimento era o que mostrava.
Taemin:_ Me desculpe pelo meu irmãozinho. Ele nunca foi desse jeito, me espanta vê-lo dessa forma. Mas posso entender seus motivos.
:_ O que houve? – perguntou constrangida pela proximidade.
Taemin:_ É um assunto que não cabe a mim dizer. Apenas ele poderia explicar, provavelmente daqui uns bons dias, é melhor – franziu as sobrancelhas em duvida – Eu acho.
:_ Entendo – ela ficou a pensar sobre as motivações do outro a cometer tais atos em público.
Taemin:_ Ahn... – olhou para o chão desconcertado, os vários papéis espalhados pela calçada a voarem com o vento ameno – Me ajuda? – pediu envergonhado recolhendo alguns.
:_ Cla-claro – se abaixou tímida catando os papéis.
Ao término de pegar as folhas travessas que lhes fugiam a mão, num total de doze páginas escritas. Taemin olhou os vários papéis sem saber como organiza-los devidamente. Lançou um sorriso amarelo para a menina a sua frente e estendeu o maço.
Taemin:_ Você poderia entregar isso pra mim? Tenho certeza que ele saberá o que fazer com isso. Ele esteve tão empenhado essa semana para terminar que achei uma pena desperdiçar um esforço tão bem trabalhado – sorriu amável, mesmo com o notável hematoma que se formava ao lado do seu queixo.
:_ Sem problemas, Taemin.
Taemin:_ Você é um , – pousou a mão sobre a cabeça da garota, constrangendo-a – Espero podermos nos ver de novo em uma situação menos embaraçosa – se aproximou deixando um beijo quase tocando o canto dos seus lábios e... simplesmente ficou ali.
:_ Si-sim – virou um pimentão ao sentir um sorriso dele contra a sua pele.
Ele se afastou e pode notar que ele observava alguma coisa atrás dela, mas logo seus olhos se fixaram em si. Deixando de presente pra ela um sorriso safado antes de se virar e ir embora no seu carro. Ela ficou imóvel por um bom tempo até ser desperta pelos gritos histéricos das garotas.
Amber:_ Meu Deus! O que foi isso?!
:_ Minha filha, ficou moscando! Deveria ter tirado no mínimo uma casquinha do boy magia!
Ela se quer conseguia responder, levou uma de suas mãos até seu coração descontrolado e sorriu como uma boba apaixonada que era. Suas amigas compreensivas, entenderam que ela precisava de seu momento para “viajar nas nuvens”. Mas logo já a puxavam para entrarem para as aulas que começariam dali a poucos minutos.
Ela tinha mais uma aula com o professor Lee, ela tinha se esquecido completamente desse detalhe. Mas foi bem conveniente para poder conseguir entregar o trabalho para .
:_ O seu trabalho, – estendeu para o rapaz sentado que estava esfriando a cabeça voltado para o teto.
:_ Jogue no lixo – nem se dignou a mira-la.
:_ Não seja ignorante, – depois dessa resposta o abriu os olhos com os cenho franzido – Seu irmão veio aqui de boa vontade para te entregar, ele me disse no quanto você se empenhou em terminar isso e acha um desperdício um esforço tão grande jogado fora.
:_ Não ligo – emburrou a cara teimoso, desviando para outro lugar.
Ela não acreditava naquilo, ainda não satisfeita sentou em sua carteira e começou a organizar os papéis em ordem o mais possível do coerente. Mas nem que entregasse a força ele ia receber pelo menos a nota merecida, mesmo que ela ache não valer a pena, faria isso por Taemin.
Grampeou e entregou ao professor junto do seu, quando este pediu o trabalho da classe. Recebendo do parceiro de sala um: “intrometida”.

Outro dia, voltava da biblioteca entre as trocas de salas e caminhava para a próxima aula. De repente foi abordada por quatro garotas que a empurraram bruscamente em direção ao vestiário de educação física que estava ali perto.
:_ Mas o que é isso?! – disse atordoada com as coisas que aconteciam tão rápido.
Rachel:_ Guarde a entrada – disse para uma menina de cabelo rosa pastel, então se virou pra ela com aquele sorriso debochado – Ora querida. Não se faça de sonsa, nós viemos acertar as contas.
:_ O que? Co-como assim, o que eu fiz? – olhava assustada as garotas que se aproximavam.
Rachel:_ Isso é pra você aprender a não aborrecer oppa. Ficamos sabendo que ele está furioso por sua culpa, nós vimos o seu estado.
:_ Não entendo...
Rachel:_ Você logo entenderá. Peguem ela – ordenou sem tirar os olhos de cima da menina.
:_ Espera! NÃO!!!

estava sozinho na aula extra de taekwondo, em uma sala privada dos alunos combatentes do torneio acadêmico. E sim, ainda estava furioso. O saco de areia sofria com seus golpes impiedosos. Seus socos davam a impressão que estouraria a qualquer momento. Seu dorso nu suava, o calção do treino obviamente úmido. Suas mãos cobertas por luvas de dedo e meias que só cobriam seus calcanhares não ajudam muito para suprir a dor que sentia. Tanto por dentro como por fora.
Junto de um rugido, lançou seu último chute horizontal que chegou a envergar estupidamente ao meio o saco de areia. Cansado, parou o balançar do saco de pancadas preso pelas correntes. Encostou a testa sobre o couro negro e ficou a respirar pesadamente sobre ele, acalmando suas feras interiores.
Na calmaria e silêncio na sala do tatame, pode-se ouvir a gritaria no andar de cima. Frustrado com o infortunoso incômodo secou o rosto e o dorso coberto pelo suor sem nem um pingo de paciência, vestiu uma regata e saiu pra ver o que causava tamanha algazarra. Mal sabia ele que não se tratava de alunos arruaceiros e sim uma rixa da qual uma mau podia se defender.
Presa contra a parede, chorava pela dor de seu corpo ferido e os cabelos, antes compridos, espalhados aos montes pelo chão. Sim, haviam cortado grosseiramente suas longas mechas com uma tesoura afiada na qual, por hora, também ameaçavam cortá-la fisicamente.
Nayeon a portadora da tesoura, loira de mechas roxas, apontou a “arma” para a menina tremula. Pegou-a pelos desregulados cabelos rosas e a jogou contra a pia na frente do espelho, onde pela primeira vez viu seu estado lastimável.
Nayeon:_ Quero ver agora alguém conseguir olhar para essa sua cara horrorosa.
Rachel:_ Ficou um bom trabalho amiga – aprovou a ruiva
soube, naquele momento, que não havia chorado pela verdadeira dor. Não se reconhecia e isso era doloroso, pior era o estado de seu adorado cabelo, no qual viveu para deixá-lo do jeito que sua falecida mãe tanto adorava.

“Minha florzinha é tão bela de cabelos longos”

Foi dolorosa a lembrança, as lágrimas a caírem como lava sobre seu rosto não aliviavam a crescente amargura. Envergonhada pela quebra da promessa, puxou desajeitadamente o capuz do casaco, cobrindo a sua cabeça até acima dos olhos. Rachel observando o gesto, riu sonoramente, não se aguentava olhando a garota a tremer e a soluçar.
Puxou a garota pelo casaco bruscamente até que a olhasse. E com os olhos injetados de maldade, sorriu cinicamente ao dizer.
Rachel:_ Oh... O que isso? Tem um bicho no seu rosto. Deixe-me matá-lo pra você.
Levantou a mão bem no alto, pronta para acertar um tapa bem dado. apertou os olhos esperando, estava muito ferida para reagir como antes estava fazendo, três era demais.
:_ Se eu fosse você, não faria isso Rachel – aquela voz grave retumbou como uma sirene, colocando as garotas num súbito pânico.
aproveitando a distração da ruiva, empurrou-a de seu agarre e correu para uma das cabines do vestiário, mesmo sentindo uma dor aguda no joelho esquerdo. Por pouco perdeu as forças no meio do caminho, mas conseguiu e se trancou lá dentro.
Rachel ainda atordoada com o intruso, corada, sorriu docemente para o rapaz de rosto frio, que ainda estava com o braço preso pela garota que ficou encarregada de cuidar da entrada. De um puxão brusco ele se soltou da garota, lhe mandando um olhar congelante que a fez recuar instantaneamente.
Rachel:_ oppa, o que faz aqui no vestiário feminino? – sua voz incrivelmente mudou para uma mais aguda, doce.
:_ Rachel, deixe de ser dissimulada! – rosnou incomodado – Odeio gente falsa! – mirou a terceira garota de cabelos tingidos de loiro, segurava um celular na mão, estava gravando percebeu – Me de isso! – tomou sem modos de sua mãos – Fiquem aqui! – mandou sério.
Guardou o celular no bolso frontal, caminhou até a cabine fechada e tocou levemente sobre a porta. Ouvindo do outro lado os soluços da menina.
:_ Ei. Está tudo bem, pode sair. Elas não vão mais te incomodar.
Não recebendo nenhuma resposta, subiu a cabine, ficando pendurado sobre a porta apoiando o pé sobre o batente. E viu a garota sentada no chão, percebendo que aquele cubículo era maior que os outros por ser devidamente para cadeirantes.
:_ Menina. Tudo bem? – curvou pra frente querendo vê-la melhor.
apertou o capuz na cabeça, tentando parar os soluços constantes. Não queria encara-lo. Não queria ver ninguém.
O rapaz ficando preocupado, escalou pra cima, pulando em frente a garota. Abriu a porta, para ficar de olho nas garotas do lado de fora, e agachou na frente da até então desconhecida. Tentou tocá-la, porém ela encolheu assustada.
:_ Ei. Não se preocupe. Não vou te ferir. Pode olhar pra mim? – falava baixo.
Demorou um pouco, mas ela acabou cedendo, afrouxando as mãos do capuz e eventualmente os braços da frente do rosto. E ali ele pode mirar um par de olhos verdes. Seus olhos arregalados pela surpresa e espanto mostraram que a reconheceu.
:_ ?
Ela fez que ia se tampar novamente, porém ele foi mais rápido segurando suas mãos.
:_ Espera. Deixe-me vê-la?
Ele aproximou a mão de seu rosto, mas antes que chegasse perto levou um tapa em sua mão.
:_ Me deixe em paz! – tentou se afastar – Não quero que ninguém me veja assim. SAIA! – lágrimas escorreram de seu rosto.
:_ Ei. Ei. Se acalme. Não quero te causar nenhum mal. Vamos, me deixe vê-la para cuidar de você?
chorou, esfregando seus olhos. esperou paciente. E ao vê-la se acalmar depois de um tempo, ela concordou. Ele não precisava ser um gênio para saber que a haviam machucado antes mesmo de querer ver o seu estado, contudo nada poderia o preparar para aquilo que via, seu espanto foi notável ao encarar boquiaberto o seus cabelos cortados de modo desregulado e sem cuidado. chorou ainda mais, escondendo seus olhos entre as palmas de suas mãos.
As garotas do lado de fora, notaram a tremenda tensão que se instalou ali dentro, principalmente o corpo tenso do rapaz agachado em frente a considerada inimiga. Um grito sufocado delas entalou na garganta ao vê-lo sair da cabine como um animal feroz e agarrar Rachel pelos ombros e empurra-la grosseiramente contra os armários do vestiário. Nesse momento a garota que guardava a porta fugiu com medo, praticamente correndo.
Rachel:_ ? – via assustada o rosto sombrio do rapaz, aqueles olhos tão profundos e furiosos em cima dela.
:_ Rachel... – mirou-a rangendo os dentes – Humn?... “O que isso? Tem um bicho no seu rosto. Deixe-me matá-lo pra você”.
A ruiva arregalou os olhos, observando ele levantar seu punho e ficando mais assustada ao vê-lo fechar os dedos ao invés de abrir a palma como o esperado. Outro grito agora exaltado das garotas ecoou no vestiário quando ele socou sem piedade, porém acertando o armário atrás da ruiva. A mão dele amassou a porta de metal de um dos armários, a poucos centímetros de acertar Rachel.
Ela até aquele momento, fitava-o mortificada. Rija que nem uma pedra, sua boca escancarada pelo pânico. Uma única lágrima escorreu pelo seu rosto frio e pálido. E quando esta caiu, seus joelhos começaram a oscilar.
:_ Você tem muita sorte de não ser homem. Teve sorte que fui educado pela minha mãe para respeitar as mulheres – seu sussurro tenebroso e rouco ecoava pelos ouvidos assustados das garotas presentes naquele vestiário, até sentia – Porém Rachel, se você ou uma de sua corja se quer se aproximar de para algum mal, eu juro por Deus que esqueço a etiqueta e você nunca mais vai esquecer o que é apanhar de verdade – sondava o rosto dela de perto, junto com os seus rosnados – E é bem provável que vou pra cadeia com o maior gosto. Você está me entendendo? – ela meneou suavemente – AGORA SUMA DA MINHA FRENTE ANTES QUE EU PERCA O RESTO DA MINHA PACIÊNCIA! – praticamente berrou contra o rosto dela.
Ela encolheu na hora, apertando os olhos. Ele deu espaço e Rachel saiu correndo aos prantos. O olhar raivoso dele passou para as garotas ali ainda presentes e não foi preciso disser um “a” para elas saírem correndo dali também.
Com o corpo tremendo pelo súbito estado de nervos, se apoiou com a mão no armário olhando em direção da cabine. Ele não conseguia enxerga-la, mas ele sabia que ela não sairia tão cedo dali com ele próprio dentro do vestiário depois de fazer tal cena. Soltou um palavrão ao notar a merda que acabara de fazer. Encostou o corpo todo nos armários ao lado do amassado que fez, frustrado esfregou os cabelos agitados, vendo aquilo percebeu o quão foi imprudente.
Soltando o ar pela boca com exasperação, esfregou o punho que começava a ficar dolorido. Depois de esperar por um tempo, para o seu próprio corpo se acalmar do nervosismo, caminhou de volta para a cabine encontrando abraçada aos joelhos. Apertou os dedos no braço e se abaixou.
:_ – sua voz falhou tomado pela vergonha – Me perdoe, não foi minha intenção assustá-la – pós a mão fechada em frente a boca, um gesto típico de timidez nos homens.
Ela o fitou, mas não disse nada, nem demostrou algum tipo de medo.
:_ Você está bem? – perguntou observando algumas feridas visíveis como o pequeno hematoma na têmpora esquerda – Posso? – apontou.
assentiu, ele tocou suavemente a ferida e ela fez uma careta.
:_ Dói muito?
Ela meneou a cabeça de novo se afastando um tantinho pela dor, segurando a mão dele para afastá-lo. Com a mão masculina dele entre as suas, acariciou as dobras dos dedos ralados e vermelhos. Sorriu e o fitou.
:_ Obrigada . Não precisava mas... – sua voz falhou por um instante – Obrigada.
Ele apenas sorriu contido, mirando sua mão entre as pequenas dela, mexendo suavemente os dedos para demonstrar que estava tudo bem. Nesse instante, o sinal tocou novamente, agora para a saída dos alunos.
:_ Consegue ficar de pé?
Se levantou deixando sua mão dolorida com ela e oferecendo a outra como apoio. constrangida pegou sua mão sem hesitar. Ele a puxou a equilibrando em si. Contudo um gemido de dor escapou pela boca dela, quando seu joelho não aguentou o peso de seu próprio corpo e por instinto se segurou no ombro dele para não despencar no chão. a segurou na cintura rapidamente.
:_ Desculpa – sussurrou vermelha.
:_ Não se preocupe com isso. Consegue andar?
Ele sabia que ela havia forçado o joelho quando correu para a cabine naquele hora. tentou um passo e vacilou feio, segurando um grito pela fisgada forte. Suas mãos apertaram a regata do rapaz com força e seus olhos humedeceram embaçando sua visão momentaneamente. Arfou pesadamente.
:_ Não consigo fazer sozinha. Dói – disse sentindo aquela agonia crescente.
:_ Sem problemas. Vou cuidar de você. Vou levá-la a enfermaria da faculdade.
Sem pedir licença, passou o braço esquerdo atrás das costas dela e a outra nas dobras dos joelhos arrancando uma exclamação surpresa da menina ao levantá-la no ar. Os braços femininos se prenderam medrosamente no seu pescoço.
Ao observar aonde foi parar a situação, corou por estar nos braços de alguém pela primeira vez. alheio aos pensamentos dela, caminhou em direção a saída do vestiário.
:_ Espera! – falou exaltada – Não quero sair desse jeito, que me olhem assim. Estou horrível. Vão me zombar, rir ou terem pena de mim – o abraçou, apertando os dedos.
:_ Entendo – suspirou pensando em algo – Faz o seguinte... – tentou olhar pra ela, mas não teve sucesso já que ela estava sobre seu ombro – Puxe sua touca e se esconda aí mesmo – riu com o que disse – Afinal ninguém precisa saber quem é você, certo?
Ela assentiu, fazendo o que havia sugerido. Para ter certeza de que ninguém a reconheceria, com o braço em volta dele, nas pontas dos dedos segurou o capuz puxando até a altura do seu nariz e a boca praticamente colou contra o pescoço dele. Quente constatou envergonhada.
Com um pouco de dificuldade, conseguiu abrir a porta e saiu. Os corredores estavam abarrotados de gente e os dois inevitavelmente chamavam atenção. Principalmente , por parte do público feminino que o observavam pela primeira vez com uma menina em uma situação considerada muito íntima.
???:_ oppa, quem é essazinha aí?! – uma se atreveu a pergunta-lo zangada, no qual foi prontamente ignorada.
???2:_ Mas quem será essa garota? Nunca vi oppa com uma mulher antes.
???3:_ Quem é a tua mina, ? – um dos garotos que olhavam a cena questionou com segundas intenções.
No qual segundos depois caíram na risada. não entendeu o porquê, mas imaginou que ele estava com a cara zangada por estarem zombando dele. Mal sabia ela que na verdade, o corredor inteiro olhavam admirados para o de rosto vermelho, corado. Todos estavam chocados com o que seus olhos viam desacreditados.
Taehyung:_ meu brother, quem é a guria? O que está fazendo com ela? – chegou junto do rapaz nos seus costumeiros “berros”.
:_ Não toque nela, bastardo – rugiu entre dentes para o amigo imperativo.
não sentiu toque algum, mas imaginou que o rapaz a ameaçou de lhe arrancar sua touca. Até que não duvidava já que ele era conhecido por ser tão impulsivo. Ela se encolheu o abraçando mais forte. E Taehyung percebeu a mudança repentina no rosto sério do amigo para uma mais constrangida.
Taehyung faltou se acabar de rir se não tivesse recebido o “cala boca” mudo do . ele levantou a mão pedindo tempo, se controlando de sua crise de riso, tentando não soltar som algum de sua boca.
Taehyung:_ Você é uma figura, – respirou fundo disfarçando seus risos.
:_ Ora! Sai da frente! – grunhiu incomodado.
Taehyung:_ Juízo, hein. Tome cuidado com a mocinha misteriosa – se afastou sorrindo movendo a cabeça em negação.
apresou os passos, pois já se sentia desconfortável pelo que estava passando. Em poucos minutos, parou em frente a enfermaria ao qual entrou às pressas. Soltou a menina em uma das macas e se afastou um pouco.
:_ Obrigada , pela ajuda – sorriu.
:_ De nada – desviou os olhos para os quadros da sala soltando um suspiro – Foi mais constrangedor do que pensei – passou a mão pelos cabelos desalinhados – Não sou muito fã de chamar a atenção.
:_ Sinto muito.
:_ Não, isso foi uma exceção. Não me arrependo se é o que quer saber – a fitou nos olhos – Vou chamar a enfermeira – saiu fechando a porta atrás de si.

Naquele dia, não o viu mais. Como ele disse, tinha chamado a enfermeira e junto dela veio sua amiga . Que a fez mil perguntas quando viu o estado do seu cabelo e hematomas.
Passou três dias em casa se recuperando dos ferimentos. Seu cabelo, deu seu jeito e por mais estranho, mesmo com aquele aperto no coração, tinha gostado do resultado. Ficou sabendo pelas meninas, que Rachel e sua trupe haviam sido denunciadas para a diretora no dia seguinte dos fatos, só não ouve envolvimento da polícia por não ter um registro de denúncia da própria vítima.
Resultado. Cinco dias de detenção, fazendo trabalhos comunitários na zona escolar nos períodos de aula.
No quarto dia, se arrumou para a faculdade e partiu. Nos portões da universidade, chamou a atenção de muitas pessoas, principalmente daquelas que a conheciam em sala de aula. Andando pelos corredores, um rapaz do primeiro ano quase deixou cair suas coisas no chão, ficando atrapalhado ao observar bobo a figura que exalava feminilidade.
???:_ Que é isso cara – murmurou abobalhado.
???2:_ Aquela ali não é a ? – uma garota questionou para alguém ao qual não soube dizer quem era.
???3:_ O que aconteceu com ela? Está tão diferente.
:_ Miga! Que escândalo! Olha só pra você, está maravilhosa. Olhando bem, eu não sei porque, mas você fica muito melhor de cabelo curto. Mais mulher, sabe?
:_ Obrigada – sorriu tímida em sua curta saia preta de pregas, cropped branco, jaquetinha de couro, sapatilha vermelha e gargantilha de gatinho feito de pedras verde e branco transparente – Decidi dar uma mudada no visual, também achei que fiquei bem melhor com o cabelo assim. Me parece que fiquei mais madura, não sei.
:_ Mais sexy, isso sim.
:_ Não diga essas coisas – pediu vermelha.
:_ Aff! Tem coisas que nunca muda mesmo – fitou o rosto vermelha da colega.
:_ Me deixa – abanou a mão.
Na hora do almoço não foi diferente, sua nova personalidade ainda mais chamativa e atraente, se tornou um ímã para teste de sanidade masculina.
Amber:_ Vocês não vão acreditar! A Luna me contou que o irmão dela, o mais novo, gamou em você minha garotinha. Me contou que quando chegou aqui não tirou os olhos de você, ele mesmo disse que vai “entrar na briga”. Ele quer te conhecer.
:_ Você está falando daquele que mais parece que tem um coração de pedra? Quem diria.
Sulli:_ Sehun?
Amber:_ Esse mesmo.
Naquele instante, um rapaz desconhecido de cabelos castanhos se aproximou. Sem dizer nada, estendeu um papel para entregando-o e se foi.
Amber:_ Eu hein.
:_ Vamos, leia o que tem aí.
:_ Bando de curiosas. Espera aí – desdobrou o pequeno papel.

“Já faz algum tempo que venho te observando. Querendo te conhecer, saber mais de suas nuances.
No começo achava que era pura proteção, por ser aquela garota tão gentil, visivelmente imaculada pelas desprezíveis mãos masculinas. Sim, infelizmente sou um deles.
Por isso me convenci que era melhor deixar desse jeito. Afinal não sou o único que pensa assim. Não lhe peço que fique comigo, apenas saiba que gosto de você.
Eu poderia ser mais profundo, mas seria perda de tempo, sei que seu coração foi fisgado assim como o meu. Esse amor que sente, a deixou bonita, liberta, mais independente, muito bela aos meus olhos.
Teria sido maravilhoso se tudo isso fosse pra mim.
Então, por isso te peço. Agarre esse sentimento, não tenha medo. E não se esqueça, se nada ser certo.

Estarei aqui por você”

Sehun

Sulli:_ Meu Deus, é tão lindo.
:_ Gente eu tô chocada – olhava o papel ainda duvidando das letras.
Amber:_ Para um cara com coração de pedra. Esse tem meu respeito...
sorriu. Não tinha o que dizer, afinal quem não gosta de saber que alguém cuida de você?
Na volta para as salas depois do almoço, chegou a ver o Sehun, compartilhando com ele um sorriso tímido.
Ao término dos dois últimos períodos de aula, saiu caminhando pelos corredores. Encontrando no caminho Rachel e suas colegas. Alguns alunos chegaram a parar para ver o desenrolar da história, na maioria aqueles que sabiam o que tinha ocorrido entre as meninas que ali se encaravam.
Rachel:_ Parece que está cumprindo suas palavras – olhou sobre o ombro de .
E ela olhou para trás, fitando chegar até elas em passos lentos. Voltou-se para a ruiva, o alvo do rapaz.
:_ O que você quer aqui, Rachel? – não tirava os olhos severos dela, parando ao lado de .
Rachel:_ Um assunto particular que quero ter com ela – contrariando suas próprias leis, ela parecia muito calma.
:_ Acha mesmo que vou deixá-la sozinha com vocês? Se tem algo a falar que seja bem aqui – disse ríspido.
:_ , me deixe resolver isso – gentil tocou no seu braço – Pode dizer Rachel – tomou um passo a frente.
A ruiva um pouco estranha aos olhos dos ouvintes presentes, mexeu a boca algumas vezes. Como se estivesse com receio, se preparando para falar. Mas em fim, tomando coragem, enquanto enrolava uma mexa de cabelo entre os dedos, desabafou.
Rachel:_ Quero pedir perdão – não conseguiu encarar ela – E as meninas também.
Meninas:_ Desculpa – as três envergonhadas disseram juntas na beira do choro, inclinando para frente em reverência.
Rachel:_ Levamos nosso carinho por oppa longe de demais. Percebemos o quão ruim fizemos, no quanto a prejudicamos. Nos perdoa ? – corada, falava com sinceridade mirando seus olhos.
Os alunos em volta, olharam espantados para a ruiva. Nunca a viram engolir o orgulho e pisotear seu ego assim do nada.
:_ Não só a perdoo como também te devo um agradecimento, Rachel. Você e a suas amigas – as garotas olharam admiradas para ela – Digo isso porque a muito tempo eu vivia presa a promessa que fiz a minha falecida mãe, manter meu cabelo intacto – tocou seus repicados e curtos fios com um sorriso – Mas vocês quatro me libertaram da minha gaiola, me puxaram pra vida aqui fora. E querem saber? Eu amei meu cabelo assim. Obrigada! – reverenciou elas.
As garotas ficaram paralisadas. Logo o primeiro soluço veio e as outras acompanharam. Choravam comovidas, felizes, com o coração leve.
:_ Gostaria de pedir suas amizades. Sei que não começamos com o pé certo, mas sei que vamos nos dar bem. E Rachel, queria também lhe dar um conselho no qual aprendi recentemente. Eu sei que “essa você”, não é a sua verdadeira face. Não precisa mais se esconder. Mostre para todos o que guarda aí dentro, que mais gente irá te amar do jeito que você é. Essa “Rachel” magnífica que eu sei que está aí. Quem sabe assim até mesmo passe a amá-la, ou então você perceba aquela pessoa que sempre esteve seu lado – olhou discretamente sobre o ombro da ruiva, enxergando Mark fitando tudo o que estava acontecendo, cuidando – Protegendo você, te esperando.
Rachel chorou mais ainda quando estendeu as mãos pedindo um abraço. Ela correu para seus braços aos prantos, soluçando repetitivamente descarregando suas mágoas, frustrações, tristezas e tudo que a incomodou.
:_ Eu também já sofri esse tipo de paixão. Consegui superar, pois estou apaixonada. Amando de verdade – puxou o rosto da ruiva entre as mãos, para olhá-la – Eu agora sei o que é amor. Não é incrível?
Rachel acenou positiva, com os seus olhos sendo enxugados pela mais nova amiga.
:_ Abra seu coração, certo? Busque aquele que te ame de verdade, que te valorize. Então será feliz.
Rachel:_ Obrigada – agarrou ela em outro abraço apertado.
se sentindo muito realizada, chamou com acenos de mão as outras garotas que observavam tudo com os olhos húmidos e as palmas apertadas no busto.
Meninas:_ !
Aquele abraço coletivo cheio de esperança, arrancou salvas de palmas dos alunos e alguns professores que perceberam a movimentação naquele corredor. E ali no meio ainda se podia ouvir a repetitiva palavra perdão entre lágrimas, os repetitivos agradecimentos sem fim e a ousada frase “te amamos”.
O que elas menos esperavam, é que naquele mesmo corredor, fazia crescer o orgulho e o amor no coração pulsante de dois homens. Ficando ainda mais apegados naquela peculiar garota.

As cinco garotas ficaram ali conversando. Os alunos em volta se dispensou dali rumo ao lar. Porém aqueles dois homens ficaram.
Se passou demoradas meia hora e elas finalmente se despediram com abraços e beijos. E quando pensaram que ela ficaria sozinha apareceram , Amber e Sulli a dizer para a Haruno o quanto estavam orgulhosas. Um pensamento muito bem compartilhado por eles.
Elas saíram juntas do prédio e quase chegando aos portões, um deles tomou coragem e foi atrás. Era sua única chance, pensou.
???:_ !
Elas se viraram para o rapaz, que desacelerava os passos ao se aproximar delas. O olhando, esperando que falasse.
???:_ Tenho algo a te dizer. É muito importante, poderia me acompanhar?
:_ Claro – se virou para as meninas – Vão na frente garotas, encontro vocês depois.
Não esperou resposta, apenas seguiu o rapaz que a aguardava. Ela poderia até chutar que estava ansioso, mas era um aposta duvidosa já que era “dele” que estava falando.
:_ Para onde vamos?
???:_ Em um lugar especial pra mim.
:_ Por que tem que ser especial? – o olhou interrogativa.
???:_ Você vai ver – sorriu deixando um ar de mistério.
:_ É muito longe? Por que já não adianta o negócio? – não era novidade nenhuma pra ele a curiosidade ao qual ela mal sabia esconder.
???:_ Calma, preciso estar lá pra te contar – segurou o riso ao vê-la emburrada.
Não demorou muito e os dois chegaram em uma praça, porém de frente para o mar. Se sentaram em um banco, exatamente o que fica virado para as águas da baía. Um cercado separava a praça de uns poucos metros abaixo, era uma espécie de mirante, mais alguns metros de terra e então o mar.
:_ Aqui é muito bonito, já passei em algumas ocasiões. Mas nunca havia parada de fato pra ver isso – se referiu a paisagem que tinham naquele momento – Esse lugar é seu cantinho especial?
???:_ Hmn – moveu levemente a cabeça confirmando – Aqui me sinto mais em paz, me acalma. Na maioria das vezes quando tenho algo para resolver de extrema importância, o faço bem aqui – indicou o banco abaixo deles – E em algumas vezes, dependendo do assunto, me da coragem.
:_ Do que você quer me falar, ?
:_ Ouvi falar que você conversou com o meu irmão por telefone. O que você acha dele?
:_ Bom... – na hora ela lembrou sobre a “conversa” que trocaram há alguns dias, será que sabia sobre que tipo de assunto os dois abordaram? Pensou ela – No momento sinto um grande carinho por ele, de um modo nada convencional – riu – Nos conhecemos por telefone pra falar a verdade – o viu se abaixar, apoiando seus braços nas pernas – Olha... me desculpe dizer isso. Eu sei que vocês brigaram, não sei o motivo, mas... eu acabei me apaixonando pelo seu irmão, Taemin.
:_ Meu amigo vivia dizendo o quanto sou inexpressivo, o quanto sou difícil de dizer o que sinto. Acho que agora estou sendo bem visível, não é? – a olhou – Você não sabe o quando me dói te ouvir falar isso.
Seus olhos verdes se abriram de surpresa. Os dois se fitando em dimensões diferentes. Procurando respostas.
:_ Não entendo. Como assim... Isso do nada?
:_ Pode ter certeza. Não foi do nada e sim sempre.
Ela não podia ficar mais mortificada do que agora. Se ela soubesse muito antes, achava que poderia haver algum tipo de chance entre os dois.
:_ Sinto muito. Estou amando seu irmão agora e... – ele começou a rir – Por que está rindo?
:_ É aí que se engana – ela o olhou confusa – Você está amando é o .
:_ Como você sabe sobre... Ele te contou?!
:_ Na verdade se você falasse isso com ele, Taemin não ia entender nada.
:_ Como assim?
:_ , há alguns dias te fiz uma promessa – ela o olhou curiosa com a repentina mudança de assunto, não se lembrava disso – E ainda pretendo realizá-lo.
:_ Que promessa?
Ele deslizou o braço ao longo do encosto atrás dela, chegou perto de seu ouvido e sussurrou a frase que nem a bela imagem do mar a sua frente foi capaz de imunizar seu súbito calor.

:_ “Quero mergulhar tão fundo em seu corpo gostoso e fazê-la gritar até ficar rouca de tanto tesão”.


Capítulo 3

Um Louco Amor


:_ ? – não teve coragem de olhar em seus olhos.
:_ Ouvindo de você assim é excitante – não resistiu em provocá-la, tentou segurar um sorriso convencido ao observar o rosto dela corar.
:_ Isso não é possível. Não consigo acreditar... Como? ... s-só pode ser um sonho – tapou os olhos constrangida.
:_ Então quer dizer que andou sonhando comigo, mocinha?
:_ Não! – se exasperou morrendo de vergonha – Não quis dizer isso!
:_ Calma, só estou te provocando – riu do constrangimento dela – Ainda não caiu a ficha que era eu que estava lá com você? Enquanto você se contorcia naquela maldita cama e eu me tocava por ti? Sofrendo, longe de suas mãos.
:_ , pa-para. Por favor, já chega.
:_ Não consigo mais guardar – seu tom provocador mudou para um mais terno – Tenho que dizer. Você disse que me... que ama o . Mas... e eu? – pegou sua mão e a pousou sobre seu peito – O que você sente por esse fraco coração que só se alegra quando você está por perto?
Ela não conseguiu conter suas lágrimas ao sentir seu coração pulsar sem controle contra a palma de sua mão.
:_ Ficaria tão feliz se pudesse ficar junto de você. Esperei por tanto tempo...
:_ Eu... – recolheu sua mão – Não sei se acredito... então... Prove pra mim, que o que amo é você.
:_ Uma prova? – ficou surpreso, porém pensou um pouco sobre o assunto – Tem uma coisa... que nunca tinha dito pra quase ninguém, apenas minha mãe já o ouviu, porém poucas vezes. Não é exatamente uma prova como me pede, mas é algo que faz um tempo que ando querendo dizer – ele estava sem jeito, movendo os dedos aleatoriamente – Espero que me ouça e o guarde com carinho, que eu sei que vai o fazer – olhou profundamente para ela, demorando mais em seus lábios. A boca dele se moveu algumas vezes sem nada a dizer e enfim desabafou – Te amo.
sufocou seus soluços em suas mãos juntas contra a sua boca. sorriu amável, compreendia que este tipo de sentimento era forte e abalador.
:_ Ainda não... – ele perdeu o sorriso em confusão – Preciso de mais – ainda chorava, não se preocupava mais em enxugá-las.
:_ Mais provas?...
:_ Me beije – pediu ela, o interrompendo.
Em um suspiro de alívio, ele a tomou suavemente puxando-a com a mão atrás de sua nuca. Em um momento, apenas tocou suas testas, um respirando o ar do outro, cálido. O polegar dele acariciou a macia bochecha da mulher enquanto seus lábios conheciam os dela em um resvalar lento, quente, acolhedor. Apenas toques sutis.
O primeiro encaixe se misturou a um suspiro profundo de ambos. Se separaram apenas um centímetro, o suficiente para um sorriso masculino fugir sem permissão. A segunda união foi o que bastou para não se largarem mais. Os lábios se movendo um contra o outro, molhado, suave, gentil, aveludado. Como puderam não se conhecerem antes? Os predestinados amantes apaixonados?
A cada momento o beijo ganhando mais paixão, mais sincronia. A mão masculina a se embrenhar entre os curtos fios, parecendo que queria se fundir a ela. Mesmo quando aquele era apenas um beijo inocente ao qual nem se aprofundou devidamente.
Suas mãos percorreram novos caminhos em terrenos inexplorados, pelo menos as alcançáveis. Estavam em praça pública, lembraram.
:_ Va... vamos sair daqui.
Ela assentiu anuviada perto do rosto dele, que sorriu e roubou um selinho seu. Ele levantou segurando sua mão, entrelaçou seus dedos e a levou dali em direção ao seu lar. No caminho, promessas eram feitas através de olhares de desejo, contudo mal podiam esconder aquele clima tenso que pairava no ar.

Chegando no apartamento dele, atravessaram pela porta enroscados em um beijo afoito cheio de pressões corporais e suspiros afobados. O fechou a porta com o pé, logo tateando desajeitadamente a fechadura e a trancando as pressas. Não queria que ninguém atrapalhasse. A jaqueta da mulher voou pela sala. Ele empurrou o corpo feminino até a parede mais próxima e a prensou fortemente contra a estrutura fria.
Estava acontecendo tudo rápido de mais.
A cada momento o beijo ficava mais selvagem, ela tentava o acompanhar com a mesma empolgação, as respirações cortadas no rosto um do outro. As mãos mais ousadas beirando ao desespero. A língua dele invadiu a boca dela sem permissão que logo foi correspondido de imediato, ao qual ele pôde sentir que foi acolhido como nunca antes o foi. Eles já viam que aquela dança sensual ía durar a noite toda.
O primeiro puxão no cabelo o fez recuar pela força exercida, soltando um grunhido aborrecido, mas logo abafando ao sentir uma ousada mordida na boca. Lenta e erótica. Sorriu excitado, querendo pagar na mesma moeda, agarrou de repente uma de suas coxas a segurando em sua cintura, se encaixando gostosamente entre suas pernas. gemeu surpresa, ficando quente pela posição em que se encontrava. Era difícil não poder notar a dureza a tocando tão perversamente, na verdade, esmagando seria o termo correto.
Ele começou a ficar agoniado, precisava senti-la em seu corpo, necessitava de tato nem que fosse pouca coisa. A mão masculina largou a perna dela, ficando surpreso ao sentir ela se agarrar na sua bunda, não querendo se soltar dele. Sem perder tempo, suas mãos seguraram a barra do cropped e lá se foi outra peça perdida na sala. não queria ficar pra trás e tentou puxar a regata com as mãos trêmulas, sem muito sucesso. Ele a ajudou a tirar arrancando a peça incomoda pelas costas, arremessando pelo ombro o bolo mal feito.
A mão grande deslizou por baixo da coxa agarrada nele, deslizando até a bunda redonda apertando-a com força. E a outra mão abraçou-a, sentindo seu calor corporal. Pele com pele. Tão quente, pensou. sentindo uma angústia crescente em seu baixo ventre, não conseguindo mais se controlar se moveu contra a pélvis dele como uma serpente. Foi o suficiente para o incentivar a friccionar em resposta.
Começou meio tímido, ele queria ver a reação da mulher em seus braços, afinal nem todas gostavam desse tipo de carinho. Contudo o gemido contido que miou contra seus lábios foi o bastante para pegar mais força e pressão no que fazia. O melhor sexo afoito sem penetração que ele teve na vida, na verdade era a primeira vez que sucumbia aos seus instintos primitivos daquele jeito. Em outras horas sentiria vergonha... talvez amanhã, mas não hoje.
Ela arranhava seu peito excitada, podia sentir seu pau separar os lábios vaginais, mesmo com a calcinha atrapalhando, mas de resto era só, já que ela usava a abençoada saia. Sua peça favorita de agora em diante, pensava ele.
Naquela hora a boca dele a devorava, roubando seu alento. Seus rostos corados agora era uma mistura de calor e pelo óbvio que estava por vir. O que sinceramente, mal podiam esperar.
:_ Preciso de você... agora.
Suas respirações cortadas mescladas com seu sussurro rouco a fez se impulsionar para cima, abraçando com suas pernas o tronco nu, um tronco maravilhoso diga-se de passagem. Espalhando ainda mais o suor do prazer entre os dois amantes. O segurou firme com as mãos espalmadas na bunda da moça indo em destino ao seu próprio quarto. Os dois acabaram rindo quando ele tropeçou no tapete do corredor, nenhum dos dois se feriu, mas foi engraçado por causa da afobação de ambos.
Entrando no enorme quarto, mudou seu curso indo direto para uma cômoda alta de cinco gavetas. Sentou-a sobre o móvel de costas para um espelho de um metro quadrado, no qual teve a grande surpresa ao descobrir nas costas dela uma tatuagem que pegava boa parte do ombro direito até mais ou menos a terceira costela. Vários galhos finos transbordando flores Smeraldo azul celeste* (notas finais), desde o estágio do botão até a flor com pétalas faltando.
Adorou aquele pequeno segredo, a deixava tão diferente de quando a enxergava antes, uma selvageria oculta naquele corpo tão inocente. No mesmo instante sua boca tocou o ombro estreito com seus dedos acompanhando sobre a tatuagem. Os lábios finos passaram em uma breve passagem pelo seu pescoço, deixando como lembrancinha seu hálito quente e sua língua áspera, ali marcados com beijos e leves mordidas. As sapatilhas caíram no chão. Os gemidos finos contra seu ouvido o deixavam louco, a pegada de suas mãos ficaram mais firmes na cintura delgada e na tatuagem que mal cobria a palma de sua mão. Sua boca correu faminto pela linha de seu ombro, no processo escorregou a alça do sutiã para o lado com os dentes, descendo em seguida para a delicada clavícula voltando o caminho para o colo.
Ela submersa pelas carícias, envolveu o cabelo negro entre seus dedos, enquanto sua outra mão percorria o abdômen trincado. Era tão diferente os sentimentos que a atingiam, as sensações eram muito mais acessíveis, o calor misturado de ambos, os fluidos corporais juntos, tudo era compartilhado com a euforia daquele momento. Muitas vezes mais intensa comparado a ligação que tiveram dias atrás.
Os dedos dele seguiu pelo vale da coluna ansioso, contornando o fecho do sutiã, libertando-a daquela peça ordinária. Mais uma vez seus corpos se encontraram em um abraço apertado, os seios esmagados contra o peito dele e mais a imagem através do espelho de suas costas nuas com a bela tatuagem, o fez sentir como se carregasse uma rocha entre as pernas. Seus dedos passearam pelas suas pernas com pressões subindo desde o joelho até a bunda firme por debaixo da saia. Sua boca ocupava seu colo, espalhando beijos molhados pelo seu pescoço, as vezes mordendo a pele salgada. Seus dentes se arrastaram pela linha do maxilar, capturando seus lábios faminto.
:_ Por... por favor, ... Me toque – seu sussurro rouco arranhou suas cordas vocais enviando ondas de arrepio pelo corpo feminino.
As mãos hesitantes dela tocaram seu abdômen nas pontas das unhas, sentindo em resposta um suspiro forte em seu pescoço. Os dedos finos brincaram na zona de perigo, o provocando ao puxar o cós do calção de treino. Seus pés roçavam nas pernas dele, de cima pra baixo o tentando, causando arrepios involuntários.
:_ ...
Sua voz foi cortado pelo rugido que retumbou em sua garganta, a pequena mão atrevida tinha adentrado seu calção apertando o monte dolorido de excitação. A ousadia não fora tanta ao ponto de tocá-lo como devia, já que foi por cima da boxer, mas foi o bastante para o delírio de seu parceiro. Ele apoiou sua cabeça em seu ombro, observando com os olhos nublados a pequena mão agindo entre os dois, apertando seu falo de cima pra baixo em um movimento lento porém apertado. A respiração forte dele atingia com exasperação no colo dela, onde sua mão apertava com certa força na coxa da mulher tentando reprimir os seus grunhidos.
:_ Não... aguento mais – sussurrou quase em desespero.
Uma de suas mãos alcançou os curtos fios, os prendendo entre os dedos. Puxou seu rosto de encontro ao seu, chocando seus lábios ruidosamente. As pressas agarrou a barra da saia e puxou com certa força, arrancando a peça pelas longas pernas macias. Se afastou apenas um passo para observá-la, aquela visão que teve não se apagaria tão cedo de sua mente. Apenas de calcinha e meia-calça; ela esfregava os joelhos um contra o outro, roçando as coxas roliças em movimentos perigosos para sua cabeça poder aguentar; a tatuagem através do espelho marcada como uma eterna fotografia aos seus olhos; o suor percorrendo seu colo; o balançar hipnotizante dos seios medianos de bicos rosados acompanhando a respiração ofegante; o pano molhado em seu ponto pulsante, porém sobre tudo isso aquele olhar felino que ela o mandava matava tudo, até sua sanidade. Tão sexy, pensou.
:_ Tão minha... – sussurrou avançando nela com a mesma empolgação de antes.
Ele puxou a mulher prendendo em sua cintura e mais que excitada abraçou-o com as pernas. andou alguns passos para trás até cair na cama com ela sentada em seu colo, os dois ofegaram de satisfação ao sentir os sexos tão perto um do outro, esmagados. se moveu sobre ele lentamente, em círculos, para trás e pra frente arrancando suspiros fortes dele contra a sua boca que por sua vez segurava com firmeza sua cintura delgada.
:_ Car... caralho! Não faz assim...
Ela tomou mais força no rebolado, beijando-o com fúria. No ímpeto que os corpos quentes tomavam, o girou sobre ela, caindo os dois de atravessado na cama. Ele atacou seu pescoço com um chupão forte, agitado seu corpo ainda agia como um homem primitivo em busca do prazer junto de sua companheira.
:_ Ti... tira – pediu quase sem fôlego.
Seus pequenos pés puxaram desajeitados para baixo o calção de treino pelas pernas robustas do rapaz. O primeiro tato mais perto de se tocarem estava os separando por apenas os incômodos tecidos de suas peças íntimas, ao qual estavam tendo ganas de tirar. As pernas dela circularam a cintura de , fazendo-o gemer de aprovação. A mão dele espalmou sem nenhum pudor em um dos seios da mulher em um aperto gostoso tanto para os dois.
Sentir a pele macia entre os dedos dele o excitava, ao ponto de trocar a mão pela boca imediatamente, enquanto sua mão conhecia o outro seio. A garota foi ao delírio sentindo a língua macia e húmida dele a tocando com tanta volúpia e ainda com ele a friccionar sua pélvis contra ela, em movimentos contínuos, fortes, com pressões a cada vinda como se quisesse unir os dois de uma vez por todas.
:_ Es-espera... espera... – agitado, grasnou alguma coisa ao qual ela não entendeu, encostando a testa sobre seu ombro – Me deixe ficar mais calmo... Eu quero fazer isso direito... – suspirou frustrado consigo mesmo – Droga! Isso está indo rápido de mais – resmungou.
Rolou para o lado dela esfregando o rosto vermelho pelo calor. Ela pôde perceber por um breve momento as mãos trêmulas dele antes de levá-las as têmporas, talvez ele estivesse nervoso ou agitado, mas ela preferiu pensar que eram ambas.
:_ Olha só o que você faz comigo. Me faz fazer coisas que não tenho intenção... Você me provoca e... Céus.
Quando ele se virou na direção dela apoiando o braço para observá-la, ele tomou uma de suas mãos enlaçando seus dedos. Puxou para junto de seu peito acariciando o dorso com círculos leves.
:_ Consegue sentir? – perguntou em meio fôlego depois de um tempo olhando para as mãos juntas.
:_ O seu coração? – sorriu sentindo o seu órgão bater descontrolado contra a sua mão.
:_ Também – riu de sua própria observação – Mas falo desse laço invisível que há entre nós – moveu os dedos simbolizando o que falava – Que nos faz querer ficar.
:_ É um sentimento bom, como uma corrente que nos uni ao qual podemos sentir até o seu peso – sorriu ao vê-lo plantar um beijo no dorso de sua mão – , queria te dizer minha resposta.
:_ Resposta? – questionou confuso.
:_ O que eu sinto pelo seu fraco coração – abafou uma gargalhada ao vê-lo corar, os olhos fugindo pra qualquer lugar constrangido – Nossos pensamentos estão conectados. Estamos no mesmo barco, amor – ele por um instante ficou surpreso.
:_ Diz de novo – pediu baixo, se aproximando.
:_ Estamos no mes...
:_ A última palavra.
Ela entendeu o que quis dizer e sorriu mais ainda ao respondê-lo com gosto.
:_ Meu amor.
:_ Sim... sou seu.
Ele pendeu sobre ela encontrando a sua boca com um beijo apaixonado, lento, porém cheio de segundas intenções. Sua mão a levantou pela lombar, colando seus corpos febris naquele ambiente exalando a paixão. A boca escorregou para a bochecha dela, deslizando os lábios pelo seu rosto em uma carícia suave. Sua mão corria preguiçosa sobre o corpo seminu da mulher, marcando cada ponto que agradavam seus dedos. E ali de súbito ele a tocou intimamente sem pudor, puxando a calcinha de lado acertando em cheio o monte de Vênus. O gemido fino soou baixinho no ouvido dele. Molhada com os seus fluídos, ele moveu seu polegar em círculos em seu centro pulsante, arrancando mais gritinhos dela. A boca dele desceu pela sua garganta, sentindo as vibrações através da pele salgada. Abaixou mais fechando a boca ao redor do seio intumescidos, sentindo o corpo dela arquear em sua direção, extasiada com o calor da língua que a envolvia.
As mãos dela se fecharam entre os fios de cabelo, puxando-o mais contra si, em um puxão forte. A respiração quente que atingia sua pele, a arrepiava, comandando o corpo a seguir os movimentos eróticos que ele fazia. Descendo, beijando e deixando rastros de saliva pelo caminho e curvas com a sua língua. Desceu ainda mais, agora em linha reta atravessando o ventre chapado, chegando perigosamente da calcinha. Um beijo molhado foi plantada sobre a divisa da alça e o pano fino da calcinha de renda, arrancando um suspiro forte e assustado da garota que levantou o tronco de supetão o olhando ali entre suas pernas.
:_ , nã-não precisa... – por reflexo suas pernas tentaram se fechar, sem grande avanço, pois ele a segurava firmemente pelos joelhos.
:_ Relaxa – disse devagar sentindo as pernas dela tensas – Ninguém nunca te tocou assim? – mordeu seu lábio inferior enquanto puxava a calcinha pelas alças finas, constrangendo-a.
:_ Sa-sabe que não... – resmungou brava.
:_ Boba, eu sei – riu e lembrou daquela risada grave e rouca que ele dava no telefone, igualzinho, gostosa de se ouvir – Gosto de saber que é minha. Que terá todas as suas primeiras vezes comigo.
:_ E quem disse que você terá todas elas – sorriu marota se vingando ao vê-lo em confusão.
:_ Como assim?! – franziu o cenho com um início de irritação, parando sua tarefa com a retirada da calcinha que ficou presa nas panturrilhas.
:_ Já tive algumas primeiras vezes antes de você... – ela não conseguiu segurar um grito extasiado quando ele enfiou de uma vez o seu dedo médio dentro dela.
:_ Menina malvada – murmurou sombrio em seu ouvido metendo devagar dentro dela enquanto seu polegar trabalhava no clitóris no mesmo ritmo – Isso agora é meu – com um sorriso travesso, com a outra mão puxou a calcinha pelo resto do caminho, guardando na cômoda que estava ao lado deles.
ficou sem palavras tanto pelo prazer que sentia com os dedos mágicos quanto pela ousadia do seu em roubar sua peça íntima.
:_ Me diga. Que primeiras vezes são essas. Humn? Alguém mais já te tocou assim?
:_ Já... e bem aí... – gemeu arranhando o braço dele quando ele acrescentou mais um dedo e acelerou os movimentos.
:_ É mesmo? E quem foi o cretino?! – rugiu enciumado.
:_ Posso afirmar... que ela tem mãos bem mais gentis... que as suas.
Por um momento ele travou. Ele não ouviu errado, não é? Olhou para ela e viu que seus olhos verdes não mentiam.
:_ E-ela?! – gaguejou ridiculamente, já imaginando tal cena erótica. Duas mulheres se tocando sem nenhum pudor invadiu sua mente.
:_ Minha ginecologista, bobo – ela percebeu um brilho diferente no olhar dele e esse mesmo brilho se esvair de imediato ao ouvir a realidade, tirando-o de suas fantasias.
:_ Você é muito má – sussurrou contra a sua pele arrepiada – Me fez pensar em coisas sujas. O que devo fazer à esse respeito? Humn...
Sem esperar de verdade por uma resposta, ele separou bruscamente suas pernas, deixando-a aberta diante aos seus olhos escuros e astutos.
O tom rubro voltou ao rosto feminino, ao senti-lo beijar seu ventre e descer sinuosamente lhe provocando sensações nunca antes experimentadas. O jeito provocador que ela havia adotado a minutos evaporou naquele quarto caliente, assumindo sua verdadeira timidez ao qual tentava suprir.
:_ Calma... Confie em mim. Não se preocupe, não te prometo nada mais que prazer.
Molhou os lábios com a língua, logo mordendo a boca de modo provocador. “Como ele podia ser tão gostoso fazendo só isso?!” se questionou vendo-o se abaixar sobre si.
Ele dobrou um de seus joelhos e com uma de suas mãos prendeu-o sobre o colchão e a outra perna jogou sobre seu ombro ao deitar para ficar mais acomodado entre suas pernas. Abraçando-a pela coxa roliça, e os dedos desse mesmo braço abriu os pequenos lábios. O hálito quente bateu sobre seu sexo, um gemido soou acompanhando os tremores de seu ventre.
:_ ... – chamou baixinho.
Por reflexo tentou fechar as pernas, porém estas estavam presas fortemente. Sua coluna arqueou ao sentir a língua volumosa tocá-la tão intimamente. Quente e húmida, constatou trêmula. Seus dedos finos se fecharam em seus próprios cabelos curtos, como se fazendo isso pudesse conter a turbulência que atingia seus pensamentos. Seus gemidos eram trêmulos, agudos, com algumas vezes parecendo que lhe faltava ar. E em meio a aquelas devastações de sentimentos, ela estava em uma situação de indecisões sobre:
1° mal conseguia comandar seu corpo, pois estava tão sensível, que não sabia se o esmagava entre suas pernas ou o afastava.
2° ficava pra lá de quente com aqueles olhos dilatados sobre si enquanto a devorava literalmente, que por sua vez, o rosto ficou tingido pelo rubro por culpa da vergonha que a tomava com aquele abismo sem fim a encarando.
E 3°, não tão menos importante, eram suas próprias mãos ao qual mal podia decidir onde se segurar... arranhar... apertar... puxar... ahn... enfim, é por essas ondas...
Os grunhidos dele ao sorver seus fluídos à estavam deixando louca. Aquela maravilhosa língua girando dentro dela, saíndo e entrando... e entrando mais fundo ainda, até poder sentir os dentes dele raspando na vulva pulsante, seu grito fino foi inevitável ao acompanhar os seus leves tremores. Porém isso foi pouco quando ele a tocou alguns centímetros pra cima dentro dela, acertando em cheio seu ponto G, açoitando-o sem piedade. Por Deus, como ela quis gritar, mas sua voz não saía nem se quisesse. Seu corpo inteiro convulsionou violentamente e mesmo assim ele não parava. A lombar dela arqueou, sua voz engasgada ainda ficava presa. Três segundos e então veio o grito desesperado acompanhado pelo orgasmo surreal. Ele teve que abraça-la com força pelas pernas para não sair do lugar, não querendo perder aquele néctar que tanto desejava há alguns anos atrás. E beberia de sua fonte.
:_ Gostosa – murmurou entre dentes selvagem, ali estava ele de novo.
Ele subiu pelo corpo miúdo ainda trêmulo, distribuindo pequenos beijos por onde passava, alcançando a sua boca no que ficou viciado em poucos segundos de contato. Calmo, compartilhando com ela seu próprio gosto em meio a dança de suas línguas.
Deixou um último beijo em seu nariz e se levantou, ficando de pé encima da cama. Admirou-a por um instante vendo como seus joelhos se esfregavam, como seus olhos verdes caíam sobre seu corpo, como seu rosto tingia ao vê-lo se insinuar pondo ambos os polegares nas laterais de sua box vermelha. O sorriso presunçoso dele foi grande ao abaixar a peça até os seus pés, mordendo a boca para abafar a risada ao se levantar e vê-la com as mãos tapando a face extremamente corada e encolhendo as pernas.
:_ Vamos. Uma hora ou outra vai acabar vendo, é melhor se acostumar cedo – provocou.
:_ Tô com vergonha! – lamuriou entre as mãos.
:_ Espia então – incentivou.
Por entre os dedos viu. E arregalou os olhos assustada ao vê-lo se masturbar majestosamente.
:_ Gosta do que vê? – questionou cafajeste, soltando um riso nasal mostrando os dentes retos por entre os finos lábios.
Ele tocava a ponta dura com o polegar, logo deslizando devagar pelo membro onde se encontrava algumas veias salientes o adornando. “Grosso”, foi a primeira coisa que ela pensou. Até apostaria seu rim se tentasse contorna-lo com sua mão, as pontas de seus dedos não se tocariam por pouco.
Como ainda ela estava deitada de atravessado sobre a cama, desceu do colchão esticando a braço até a gaveta da cômoda, anteriormente onde a calcinha roubada foi guardada, do lado desta pegou sua carteira sacando dali um preservativo sabor morango. Sem comentários sobre porque de tal escolha...
Ele prendeu o pacotinho entre os dentes enquanto se sentava sobre seus calcanhares. ainda se escondia entre seus dedos envergonhada.
:_ – cantou seu nome com a voz abafada pela embalagem.
Suas mãos grandes deslizaram suavemente sobre os calcanhares, subindo vagarosamente sobre as panturrilhas tensas. Separando devagar os joelhos juntos enquanto percorria o caminho do pecado.
:_ Hey, – insistiu em um chamado baixo – Olhe pra mim – começou a engatinhar por cima dela – Não consigo acreditar que está com vergonha logo agora depois que te chupei.
:_ ! – reclamou ficando roxa.
:_ Vamos, olhe, não vou te morder – chegou perto de seu rosto ao dizer – A não ser que queira, eu não ía reclamar – provocou, arrastando seus dentes sobre o ombro desprotegido – Se quiser também, eu iria gostar bastante se tocasse ao em vez de apenas olhar.
Ele riu ao levar um leve tapa no ombro.
:_ Oi – brincou ao pescar seus olhos sobre os seus.
:_ Oi – fez bico tirando devagar as mãos do rosto, tímida.
:_ Se sente melhor? – beijou seus lábios carinhoso quando ela afirmou acanhada – Não precisa olhar, apenas sinta. Ok? – dizia enquanto distribuía pequenos beijos no rosto corado da bela mulher.
:_ Uhum.
:_ Vamos fazer dessa noite inesquecível. Você vai gostar. Mas primeiro vamos nos proteger. Por mais que seja tentador, é muito cedo pra mim ter a benção de ser pai.
Piscou um dos olhos pra ela se sentando novamente, alcançando a embalagem que tinha deixado ao seu lado. Notando o olhar curioso dela sobre si, ele levantou as sobrancelhas risonho.
:_ Quer tentar? – ofereceu com ousadia o pacotinho.
:_ E-eu posso?
:_ Deve.
:_ Me ensina? – falou ela, logo notando algo obscuro dominar o olhar do .
:_ Sem dúvida – apertou os lábios contendo um gemido rouco.
Estendeu o pacotinho, pousando na palma da mão dela. Instruindo como deve abrí-lo. Achando graça do constrangimento e as carretas que ela fazia ao tirar a camisinha de látex grudenta. o olhou esperando instruções do que fazer.
:_ Primeiro gire a ponta.
:_ E agora?
:_ Coloque-o na cabecinha do meu pau.
enrubesceu instantaneamente com tamanho palavreado sujo. Ele não resistiu por muito tempo e riu abafado pela reação da mulher que se tornava um pimentão na sua frente.
:_ para!
:_ Desculpa, não resisti. Vamos, mas vai com calma. Meu parceiro é sensível, amor – roubou um selinho para tirar o bico da mulher, que ao seu ver é gracioso.
se aproximou acanhada. Com as mãos um pouco trêmulas pôs na “cabecinha do pau” dele.
:_ Segure a ponta e deslize pra baixo agora – murmurou rouco ao senti-la o tocar.
Ele suspirou audivelmente ao sentir a palma da mão dela deslizar sobre seu membro que latejava de angústia. Não conseguindo mais segurar o desejo forte que tentava conter desde o início, avança sobre ela, beijando-a calorosamente. Empurrou o corpo dela até cair sobre sua silhueta com curvas perigosas para a sua cabeça aguentar. Os gemidos dela perfuravam seu íntimo, o enlouquecendo.
:_ – sussurrou com os olhos dilatados o fitando intensamente.
O polegar dele pressionou seu sexo, apenas para constatar a humidade perfeita para que entrasse. Puxou uma de suas coxas ao lado de sua cintura, brincando com a entrada. se sentia desesperada para senti-lo de uma vez e antes mesmo que implorasse para que ele se enterre de uma vez em si, ele a penetrou devagar e tortuosamente. Soltando o ar esbaforido em seu colo ao chegar na metade do caminho.
Céus! Como ele a esticava tão gostosamente. Um gritinho agudo preencheu o quarto quando ele de um só golpe a preencheu. Milhões de estrelas encheram seus olhos e uma sensação de... de... nem sabia do quê, mas era algo tão bom que queimava seu peito. Tê-lo dentro de si era como se encontrasse finalmente uma outra parte esquecida de si mesma, tão importante que fazia sorrir por finalmente ter encontrado o lhe faltava.
Era essa a sensação que diziam ao encontrar a sua alma gêmea? Parecia tão guichê, mas um sentimento tão certo.
O corpo dele vibrou sobre si, parado. Mas tão angustiado tal como ela. O nariz lhe acariciava o rosto, suas respirações quentes batia no rosto um do outro, palavras sussurradas do se ouvia no silêncio do quarto perguntando “se estava tudo bem”. Distribuindo pequenos beijos pela pele salgada e ao capturar os lábios, se moveu, deslizando e arremetendo devagar novamente.
Um gemido rouco junto ao uma exclamação feminina sobressaiu em um eco pelo cômodo. Bom de se ouvir, constataram. Os finos dedos da mulher apertaram os ombros do rapaz, incentivando. Mesmo que sentisse um pequeno incomodo entre as pernas.
se movia lentamente, a poucos centímetros do rosto dela, ele a olhava nos olhos. Apertando o cenho, refreando seus instintos selvagens, apertando os punhos um ao lado do corpo dela e a outra ao lado da cabeça. não sentiu quando seus olhos inundaram, escorrendo pela face e se perdendo em seus cabelos curtos. O se sentindo fraco ao vê-la assim, beijou o rosto dela carinhosamente, bebendo de suas lágrimas desejando tirar a sua dor, passando-as a si mesmo.
Em meio às carícias suaves, puxou o rosto dele para um beijo molhado e cheio de paixão. Era bom poder sentir o corpo dele por cima, pensava ela. Acolhida, amada, protegida. Sentimentos bons a assaltavam ao que eram acolhidas com grande amor. Ela sabia que tinha nascido para amar, apenas não imaginava que seria com tanta intensidade.
Apertando a cintura dela entre os dedos firmes, investia com um pouco mais de ânimo, em um ritmo considerado normal. As exclamações e gemidos dela aumentaram, apertando os cabelos dele entre seus dedos finos.
:_ – sussurrou chamando-a.
Ele sofria. Por Deus, ele estava sendo praticamente mastigado pelo interior dela. Uma doce tortura. conseguiu sentir ir mais fundo, quando ela o abraçou com as pernas em volta de sua cintura. Ofegante, o corpo dele vibrava junto ao dela, nas investidas agarrou uma de suas pernas presa em si para ganhar impulso, ganhando mais força e velocidade.
Por três segundos segurou a respiração, soltando logo em seguida na curva do pescoço dela, exasperado. O som molhado e o encontro dos dois corpos suados se sobressaia no quarto, uma música erótica para os dois amantes. Eles se amavam afinal. mordeu o ombro dela ao almentar gradativamente a velocidade. Lambeu a marca que deixou ali, arrastando os dentes pela pele sedosa dela. Arfando alto a cada investida.
o abraçou pelo pescoço, recebendo um beijo afoito dele. Raspando suas unhas curtas no couro cabeludo dele, puxando-o pela nuca. Ela já conseguia sentir que estava vindo e estava perto.
:_ !...
Em um movimento rápido ele virou os dois, sentando na cama com ela por cima. Se arrastou um pouco no colchão até a cabeceira, colocando um travesseiro em suas costas.
:_ Se segure na cabeceira da cama, .
se agarrou na beira do desespero o móvel de madeira, apertando entre seus finos dedos, sentindo o prazer a se arrebatar pelo seu corpo como um incêndio abrasador. a ajudou a se mover segurando seus quadris, subindo e descendo rapidamente. Ele estava indo ao delírio por pode-la sentir tão mais fundo, que ele até podia jurar que sentia o colo do útero dela.
:_ Gostosa...
Vê-la se balançar em cima de si, em um vai e vem alucinante era seu oásis de fantasias realizadas. Seu desejo mais íntimo... pelo menos um deles. E ao senti-la o apertar entre as paredes vaginais, sugando-o, o fez soltar um urro selvagem, seu pescoço e rosto ficaram vermelhos ao investir em um frenesi louco.
Ela berrava pela sensação que à atingia, quase se desfalecendo sem forças e trêmula. E então seu orgasmo estourou como uma avalanche nunca sentida antes, todos os dedos dos pés encolheram até doer, inundando seu interior e molhando o com os seus fluídos. Seu grito saiu sufocado e sem ar, ainda se prolongando enquanto ele arremetia velozmente dentro dela sem descanso. Ele não demorou para chegar ao seu clímax, derramando dentro dela em um jato forte e quente.
Sua boca tomou a dela, abraçando-a enquanto a sentia rebolar sobre si lentamente, o provocando. não conseguiu conter o sorriso, finalmente ela era sua. Ela também mal conseguia descrever tamanha felicidade que preenchia seu coração.

***

As cortinas balançavam com o menear do vento, uma frisa fresca visitava o quarto onde um jovem casal apaixonado dormiam abraçados. O dormia sereno sobre o ombro da namorada, enquanto a mesma acordava com o piar dos pássaros.
observou encantada a figura dormir sobre si. Parte de seu cabelo, um pouco menos de um palma de comprimento, cobria metade de seus olhos deixando visível apenas seu olho direito e um leve vislumbre do outro. Seus dedos não resistiram a tentação de tocá-lo, deslizando pelos fios carinhosamente. Em sonhos, suspirou profundamente apertando o braço em volta dela se aconchegando no busto da mulher.
Pesado. Riu baixinho a garota.
Mordendo o lábio inferior, uma ideia a ocorreu naquele momento. Alcançando seu celular na cômoda ao que havia deixado nesta madrugada, chacoalhou o aparelho para entrar na câmera automática, apertou o modo foto de perfil e estendeu o braço no lado esquerdo. Batendo uma selfie dos dois deitados.
Grande foi sua surpresa ao ver a foto tirada e encontrar o de olhos abertos com cara de sono.
:_ Que você está fazendo?
Meu Deus! Como não corar?
:_ Ahn... É que... sabe... você estava tão bonitinho aí... não sei... resolvi tirar uma foto – fez bico – Está bravo? – perguntou acanhada.
:_ Por que ficaria? Você é minha namorada, pode tirar fotos minhas quantas quiser – bocejou.
:_ Sério?
:_ Afinal olho por olho, dente por dente. Eu também tenho fotos suas aqui comigo. Tirei hoje de madrugada quando você dormiu – disse naturalmente.
:_ O.. o quê? Como... deixa eu ver.
:_ Depois, mas não vou apagar. Que até aposto que você também não vai se livrar dessa que acabou de tirar – sorriu presunçoso.
:_ Chato – inflo as bochechas, corando – ... ainda não consigo entender.
:_ O que?
:_ Como era você no telefone, se o número é do seu irmão? até ligou pra ele confirmando essa tese.
:_ Um dia ouvi Taemin conversando na sala com um amigo, Onew o nome dele. Meu irmão contou a ele o que sentia por você, mas aquele desgraçado já sabia sobre o meu interesse em você a muito tempo. Eu pensava que tinha sido meu erro ter contado a ele sobre esse tipo de assunto. E acabei me deparando com um irmão fura olho, tsc! Quis me vingar – bufou se sentando na cama – Teve uma vez que Taemin deixou seu celular em casa carregando. E tive minha oportunidade de sacanear com ele quando o celular começou a tocar, vi um número não registrado nos contatos e imaginei que seria uma das clientes de Taemin na Sexy Call. Não tenho orgulho nenhum com ele trabalhando nesse tipo de coisa – resmungou em confissão – E então quando eu mal percebi era você ligando, decidi naquele instante que ele não relaria um dedo em você e prometi a mim mesmo que aquela ligação seria inesquecível tanto pra mim quanto pra você.
:_ Mas o que foi aquilo no outro dia? Quando Taemin veio na faculdade e você brigou com ele? Por que não me contou que era você?
:_ Bom... – desviou os olhos corando para o deleite de – Eu quis ver como você reagiria no outro dia, sinceramente gostei de ver o resultado, pensar que fui eu que fiz aquilo com você me encheu de ego, entende? Na hora do almoço eu quis conversar com você mas acabei ouvindo o que não queria.
:_ Oh Deus – lembrou da amiga dizendo que ela estava apaixonada por Taemin, gritando na verdade no meio do corredor – Foi por isso...
:_ Ouvir que você gostava do meu irmão acabou comigo e quando o vi chegar na faculdade, perdi a cabeça. Não pensei direito no que estava fazendo e quando vi já tinha feito. Bati nele em plena raiva sem remorsos. Botei pra fora em gritos tudo o que sentia naquele momento.
:_ ...
:_ Porém depois dessa tempestade me arrependi do que fiz, principalmente na sua frente. Não queria que você conhecesse esse meu lado... mal – apertou os olhos franzindo as sobrancelhas – A imagem que ficou cravado na minha cabeça de seus olhos refletidos de medo me encheu de recentimento e amargura de mim mesmo. Ao me confrontar na sala isso acabou piorando.
:_ D-desculpa, ...
:_ Está tudo bem, já passou.
:_ E Taemin, como ele se sente sobre isso? Afinal...
:_ Ah não – abanou uma das mãos, fazendo careta – Aquele cabeça de fuinha. Mentiroso. Ele planejou isso desde o começo com a .
:_ O que?!
:_ Ele me confessou isso quando nós chegamos em casa e ameacei de o acertar no nariz quando viemos da faculdade naquele dia. Fiquei chocado no começo. Depois entendi tudo quando tinha lembrado da cena no pátio, quando ele se inclinou sobre você. Simulando um beijo – corou ao recordar disso – Nem preciso dizer o quanto fiquei possesso.
:_ Bom o importante é que agora estamos juntos. E desde o começo o homem certo pra mim esteve sempre comigo. Mesmo eu não sabendo.
:_ É mesmo?
Puxou-a deitando sobre seu colo, apoiando a cabeça dela sobre o braço. O sorriu e a beijou levantando suavemente pelas pontas dos dedos seu queixo fino.
:_ , fiquei curiosa com uma coisa. As meninas me diziam que doía muito na primeira vez de uma mulher, bom... – desviou os olhos constrangida – Tirando o incômodo, não doeu de verdade. Porquê?
:_ Não faz assim garota.
:_ Humn?
:_ Você me dizendo assim fico quente – murmurou sobre seu rosto, observando as maçãs ficarem vermelhas ao mesmo tempo que ele segurava o riso – Mas é por causa disso – se afastou um pouco mostrando um “V” com os seus dedos.
:_ Quê? – olhou confusa.
:_ Foram eles que lhe tiraram sua virgindade de verdade.
:_ Como?! – ela visivelmente ficou escandalizada.
:_ Acho que não deve lembrar, mas logo que usei esses dedos a chupei certo. Camuflando sua dor com o prazer – pra ele era difícil explicar enquanto a via ficar roxa de vergonha.
Tentação.
:_ De qualquer modo não entraria fácil se não tivesse ajuda. Certo?
:_ Uhmm – resmungou – Eu poderia ter morrido sem saber disso.
:_ Mas não teria graça se você não viesse com essa curiosidade que tanto amo.
Ela sorriu grata acariciando o rosto dele com carinho. Porém tão logo aquele clima foi cortado com o quarto sendo invadido por Taemin. Saudando o casal animadamente.
Taemin:_ Bom dia, casal vinte.
Um grito feminino ecoou pelo quarto assustada. Puxando o edredom até a cabeça, morrendo de vergonha ao ser pega aos amasso e seminua. Apenas com uma grande camisa branca de cobrindo o corpo.
:_ Taemin! Bate na porta sua porra! – atacou nele o relógio despertador de cima da cômoda.
Taemin:_ Auch! – reclamou de dor ao receber a pancada na cabeça – Foi mal.
:_ O que você quer? – resmungou ajeitando o edredom em volta dos dois, especialmente dela que não havia saído de baixo.
Taemin:_ Vim chama-los para tomar café antes de ir a faculdade, maninho tolo. Não vão pensar que iram cabular aula para ficar de namorico por aí.
:_ Que seja, vaza logo – corou com o comentário do irmão.
Taemin soltou uma risada soltando uma provocação em seguida.
Taemin:_ Valeu a pena ter dado um empurrãozinho, já era hora de vocês dois ficarem juntos – piscou um dos olhos fechando a porta.
tirou a coberta espiando a porta, aliviada pela saído do mais velho. Desviou os olhos encontrando vermelho, igualmente envergonhado.
:_ Esse Taemin...
:_ Seu irmão gosta muito de você, não é mesmo? – apesar do constrangimento que passou, ela notou isso.
Taemin amava , ao ponto de fazer qualquer coisa por ele.
:_ Humn, digamos que ele tem um jeito peculiar de demostrar isso.
:_ Você também herdou esse jeito – ele riu concordando – Não é maravilhoso? Quem diria que eu acabaria me apaixonando duas vezes pela mesma pessoa.
:_ E agradeço por isso. Te amo, – beijou-a.
:_ Também te amo, .


Fim



Nota da autora: A flor Smeraldo, que significa esmeralda em italiano, é uma planta fictícia parte de um conto italiano (A lenda de La Cittá di Smeraldo). A flor passou a ser sinônimo de uma sinceridade que não pode ser mostrada.
A flor é o principal item na Era do Álbum Wings do BTS, junto da Máscara. Mostrando a importância do amor próprio.
BTS - The Truth Untold (A lenda de La Cittá di Smeraldo é contada nessa música no ponto de vista do homem do castelo).

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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