Finalizada em: 23/05/2018

Capítulo Único

ATUALMENTE
havia chego com alguns minutos de antecedência. Apesar de já não morar mais tão perto do Starbucks, como há alguns anos, estava ansiosa para aquela noite, para aquele encontro. Ela sempre ficava ansiosa, na verdade. Sempre ficava ansiosa para ver ele.
Normalmente ela perdia algum tempo para se arrumar, para escolher uma boa roupa e uma maquiagem casual, não importando se seus encontros eram em restaurantes caros ou apenas idas ao cinema no dia mais barato da semana. Mas não naquele dia. Naquele dia ela tinha escolhido uma roupa específica, uma roupa especial, a qual ela sabia que somente eles dois entenderiam o significado da escolha.
Apesar de ser verão, dentro do Starbucks o ar condicionado deixava o clima fresco, o que possibilitou que vestisse seu moletom surrado, junto com a calça jeans rasgadas e o novo par de all star, já que o antigo tinha sido jogado fora. E mesmo que tivesse lavado o cabelo mais cedo naquele dia, preferiu apenas por fazer um coque frouxo e passar maquiagem leve, nada além de rímel e base.
- Vou esperar meu namorado chegar para fazer o meu pedido, obrigada. – ela respondeu ao atendente que havia ido até a sua mesa.
não estava atrasado, ela estava adiantada, mesmo ela sabendo que chegaria em cima da hora combinada, afinal, ele sempre fazia isso.
A escolha do local para se encontrarem tinha significado para eles, um significado que apenas eles entendiam e ninguém mais. Não que eles se importassem com a dificuldade das pessoas em aceitar que o local preferido do casal era um Starbucks.
- Oi, amor.
olhou para trás. vestia jeans e camisa branca, uma camisa que ela também sabia que não tinha sido escolhida aleatoriamente.
Ela se levantou para cumprimenta-lo, trocaram um beijo rápido e um abraço mais demorado e apertado do que esperava para o simples cumprimento do momento.
- Está tudo bem? – ela perguntou.
- Sim, claro. – ele puxou a cadeira para que ela se sentasse. – Já fez o seu pedido? – perguntou se sentando de frente para ela.
- Ainda não, estava esperando por você.
Ele não respondeu àquilo. Apenas balançou a cabeça concordando com o que foi dito.
- Vou fazer nossos pedidos. – ele disse. – O mesmo de sempre?
- O mesmo de sempre. – ela respondeu.
seguiu para o caixa para fazer os pedidos de sempre. Sim, eles tinham o hábito de frequentar aquele café, então sim, eles tinham um pedido especial, o pedido de sempre.
Ainda sentada na mesa perto da janela, via na fila no caixa. Mesmo depois de tanto tempo ela não conseguia acreditar que aquele homem ainda estava ao seu lado. Nem mesmo acreditava na forma na qual aquilo aconteceu, na forma em que eles aconteceram. Se tivesse que falar sobre como conheceu , diria que o conheceu em uma fanfic do mundo real, a qual ainda vivia até hoje.

SEIS ANOS ATRÁS
A consequência de se morar perto da faculdade é que a pessoa passa a não se preocupar mais com o horário em que precisa acordar, já que em cinco minutos ela pode estar sentada na sala de aula, apenas desejando poder morar um pouquinho mais longe da faculdade, apenas para poder ter uma desculpa para chegar atrasada.
Já a consequência de não se preocupar mais com o horário em que precisa acordar para ir à aula, é a falta de preocupação – ou tempo – em que se arrumar para ir para a faculdade. Quer dizer, se uma pessoa acorda quinze minutos antes da aula começar, não é como se ela pudesse perder tempo jogando roupas na cama enquanto escolhe a blusinha do dia.
E a consequência de já não se preocupar mais com o tipo de roupa usada para ir à aula, é que a despreocupação é estendida para qualquer situação, já que a pessoa passa a realmente não se importar com a sua roupa para ir aqualquer lugar, ainda que esse lugar seja um café muito bem frequentado por pessoas muito bonitas e preocupadas em escolher uma boa roupa para vestir.
E foi por este motivo que naquela manhã – na qual deveria estar na faculdade, mas acabou desistindo da ideia por já estar atrasada para a primeira aula – que foi até o Starbucks próximo de onde morava, vestindo nada além de um moletom, jeans rasgados e all star que não eram lavados desde que foram usados pela primeira vez. E se não tinha paciência para escolher um look mais elaborado, quem dirá paciência para lavar o cabelo e secar o cabelo. Então apenas fez um coque frouxo no topo da cabeça, pegou o celular que ainda não havia acabado de carregar, as últimas notas de dinheiro que tinha em sua carteira e saiu de casa.
O caminho era realmente curto, já que morava a poucos metros do Starbucks. E como aquele parecia ser seu dia de sorte, não precisou esperar muito tempo na fila para fazer seu pedido, nem mesmo precisou aguardar longos minutos para ter seu pedido pronto. Tudo estava saindo perfeitamente bem naquele dia – tirando o fato de ela ter se atrasado para a aula, mesmo morando a cinco minutos da faculdade – até que deu dois passos para trás. Sim, apenas dois passinhos, mas que foram o bastante para que a pessoa atrás dela reclamasse em voz alta.
virou-se depressa, quase derrubando o próprio café, pensando em pedir desculpas por ter trombado na pessoa atrás de si, quando percebeu que seus dois passinhos inocentes foram os responsáveis pelo estranho atrás de dela ter a camisa branca manchada de café e ter seus materiais escolares esparramados pelo chão.
- Meu deus, me desculpa, moço!
O moço estava meio perdido entre afastar a camisa suja de café quente da pele e se abaixar para pegar seu material no chão. Imediatamente também se abaixou, pronta para ajuda-lo, quando tudo o que fez foi, acidentalmente, bater sua cabeça na dele. O moço reclamou de dor novamente e caiu sentado, igual a ela, que levou a mão na testa, esfregando o local. Antes que ele pudesse se levantar, entretanto, foi mais rápida voltou à sua tarefa de recolher seu caderno e livros, colocando as canetas espalhadas de volta no estojo dele.
- Aqui. – ela disse lhe entregando depois de ajuda-lo a se levantar. – Caramba, me desculpa mesmo!
Quando o moço levantou a cabeça para olhá-la, ainda esfregando o local da batida na cabeça, pôde olhá-lo pela primeira vez. Acontece que o moço não era apenas um cara que havia trombado acidentalmente e derramado café quente na sua camisa, mas era um cara muito, mas muito bonito mesmo. E isso deixou com as bochechas coradas, porque ela percebeu, naquele momento, que a calça jeans rasgadas que havia escolhido usar naquele dia ainda tinha uma mancha de massa de tomate que havia derrubado na semana passada, seu moletom já não cheirava amaciante, e seu cabelo realmente precisava ser lavado.
- Tudo bem... – ele respondeu sem prestar muita atenção. Olhou para o copo de café que ainda tinha nas mãos, agora vazio, e então para a roupa novamente. – Droga! – falou baixinho para si mesmo.
- Não, não está tudo bem. – ela disse de imediato, com a voz alta. – Caramba, eu derrubei todo o seu café! – disse o óbvio, mas apenas porque não conseguia parar de falar naquele momento, porque precisava se desculpas, mesmo que as pessoas ao redor a olhassem como se ela fosse uma louca. – Vou comprar um novo café para você!
- Não se preocupe, não é necessário. Essas coisas acontecem...
É claro que ele estava sendo muito educado com ela, muito mais do que ela merecia, na verdade.
- Não, é o mínimo que eu posso fazer. – ela respondeu. – Qual tinha sido o seu pedido?
O moço muito bonito pareceu sem graça em lhe responder, e tentou novamente a convencer de que comprar um novo café não era necessário, mas não poderia deixa-lo ir embora daquele jeito. Aquilo era o mínimo que ela poderia fazer para compensá-lo pela bagunça que tinha causado.
- Um café com chocolate, por favor. – ela disse ao atendente no caixa. Ele ficou a olhando como se não entendesse o seu pedido, quando lhe respondeu relutante:
- Moça, não temos no menu café com chocolate.
Foi a vez de olhar confusa para o atendente. E antes que ela pudesse se virar e perguntar novamente ao moço muito bonito qual tinha sido seu pedido, ele se adiantou:
- É... Na verdade é cappuccinocomchocolate. – ele respondeu. – Para viagem, por favor.
Como se já não estivesse sem graça o bastante, se desculpou novamente, dessa vez com o atendente. Estava envergonhada e nervosa pelo acidente, e nem mesmo estava prestando atenção nas coisas ao seu redor. Mas prestou atenção quando o moço muito bonito olhou no relógio com a testa enrugada, preocupado com o horário. Provavelmente estaria atrasado – por culpa dela, é claro – para estar em algum lugar importante.
- Desculpe novamente pelo acidente. – ela disse baixo, enquanto aguardava ao seu lado que o cappuccino ficasse pronto.
- Essas coisas acontecem. – ele respondeu novamente, mas não deixou de olhar para as horas com a testa enrugada.
- Você está muito atrasado? – ela perguntou preocupada, mas também curiosa. Por algum motivo queria saber mais sobre ele, queria poder ouvir mais a sua voz e manter uma pequena conversa, se possível.
- Como? – ele voltou os olhos para ela, arrumando os óculos no rosto antes de responder. – Ah, não, não estou. Mas acho que vou ficar porque teria que voltar para casa para trocar de roupa, e moro longe daqui.
Nesse momento o cappuccino com chocolate ficou pronto, e o entregou para o moço bonito à sua frente.
- Obrigado. – ele agradeceu. Ele colocou a mochila nas costas, pegou seu material em cima da mesa e virou-se para ir embora. Quando abriu a boca para se despedir de , ela falou antes dele:
- Posso arrumar uma camisa seca para você. – ela disse depressa. – Moro aqui perto, e posso te ajudar com isso.
O moço muito bonito pensou em negar a oferta, afinal, nem mesmo conhecia aquela garota. Mas então olhou novamente no relógio e fez as contas, mentalmente, de quanto tempo levaria para voltar para casa e então ir para a faculdade novamente. Ele tinha um seminário importante para apresentar naquele dia, e aquilo estaria valendo metade da sua nota final na disciplina. Perder aquele seminário, ou mesmo chegar atrasado, não era uma opção.
- Não vou incomodá-la?
- Claro que não, fala sério! – ela respondeu alto demais. – Eu te sujei todo, o mínimo que posso fazer é ajudá-lo com isso.
Ela tomou a frente, seguindo para a saída quando olhou para trás. O moço muito bonito ainda estava parado, olhando para ela e então para o relógio novamente. Com um suspiro ele a seguiu, certo de que não poderia se arriscar a perder o seminário para o qual se preparou por dois meses.
- Então vamos. – ele disse a alcançando.
A caminhada de volta para casa nunca pareceu tão longa. Foram cinco minutos que pareciam durar horas, apenas porque estava em conflito com seus sentimentos. Sentia-se envergonhada e queria se redimir pelo que tinha feito, mas ao mesmo tempo queria passar mais um tempo com o estranho moço bonito. De onde aquilo estava vindo?
Quando chegaram à casa que dividia com mais duas amigas, pediu para que o moço muito bonito – e que ainda não sabia o nome, ela percebeu apenas naquele momento – a esperasse na sala.
- Pode deixar as suas coisas em cima do sofá. Eu já volto.
Ela correu para o quarto e pegou uma camisa deixada por quando havia dormido lá na semana passada.
Aproveitou para se olhar no espelho, apenas para constatar que a mancha na sua calça não era pequena como ela desejava que fosse, e que seu cabelo – há dois dias sem lavar – estava realmente precisando de um banho. Ela tirou o moletom com pressa, ficando apenas com uma blusinha de alça preta, básica e sem graça. Passou o rímel nos cílios e pensou em passar blush nas bochechas, mas já estava corada demais para isso. E sabendo que não teria tempo – e nem motivo – para tentar se arrumar mais, apenas voltou para a sala, onde o moço-muito-bonito-porém-ainda-sem-nome a esperava olhando as fotos que tinham coladas na parede.
- Aqui está a camisa. – chamou sua atenção. Pensou em chamá-lo de “moço”, mas não achou que seria legal. – Pode se trocar no banh...
Ela não pôde terminar a sua fala, entretanto. Não apenas porque o moço-muito-bonito-porém-ainda-sem-nome não estava interessado em saber onde o banheiro ficava, mas porque o moço-muito-bonito-porém-ainda-sem-nome simplesmente tirou a camisa ali mesmo, na frente dela, com direito a retirar a camisa em câmera lenta, desabotoando botão por botão, estendendo os braços bem torneados para trás, e também com direito a contração do abdômen totalmente definido – podia dizer isso com certeza – o que a deixou totalmente sem fala, estática no mesmo local e com a boca seca.
- Obrigado. – ele disse após terminar de abotoar os botões, botões estes que odiou profundamente. – Espero que o seu namorado não ache ruim você ter me emprestado uma camisa dele.
- Eu não tenho namorado. – ela respondeu automaticamente, sem realmente prestar atenção no que ele falava. Ainda estava com a imagem de seu corpo fixo em sua mente, e essa imagem tomava cada pedacinho da sua atenção, mesmo se esforçando para voltar ao presente. – não é meu namorado, é namorado da . é minha amiga, moramos juntas. Também moramos com , mas também não tem namorado, mesmo que esteja ficando com um cara estranho há alguns meses. Moramos juntas nós três, mas não . é namorado da , mas ele não mora aqui. Moramos apenas eu, e .
quis se bater naquele momento apenas para parar de falar coisas sem importância. De onde tinha vindo aquilo?
O moço-muito-bonito-porém-ainda-sem-nome sorriu para ela ao final da sua fala. O sorriso começou tímido, com um simples repuxar do canto dos lábios, porém logo se tornou um sorriso largo que evoluiu para uma risada, a qual foi seguida por .
- Desculpe, acho que falei demais. – ela disse ainda rindo.
- Não se preocupe, é bom saber que não é seu namorado. – ele respondeu. E sentiu que naquele momento foi a primeira vez que o moço-muito-bonito-porém-ainda-sem-nome a olhava de verdade. Porque foi a primeira vez que ela sentiu suas bochechas corarem não por ter trombado nele, ou por ter derrubado seus materiais, ou por ter sujado toda a sua roupa com café quente. Não, naquele momento ela sentiu as bochechas coradas pela intensidade da troca de olhares.
- Me chamo . – ele disse lhe estendendo a mão.
, ela repetiu em pensamentos. Danielé um nome muito bonito para um cara muito bonito.
- E o seu?
- O quê? – ela perguntou confusa, enrugando a testa. Estava com os pensamentos nublados, ainda pensando em e no seu nome muito bonito, no seu corpo muito bonito...
- Qual o seu nome? – ele perguntou novamente.
- . , na verdade. Mas você pode me chamar de .
sorriu novamente.
- Prazer em te conhecer, .
poderia apenas tê-la agradecido pela camisa emprestada – ainda que a camisa não fosse dela – e ter corrido para o seu seminário. Mas não estava disposta a deixa-lo ir embora tão rápido assim. Não porque queria que ele perdesse seu seminário, mas apenas porque queria conhece-lo mais. Saber apenas o seu nome não era suficiente, ela queria mais. E foi por esse motivo que se ofereceu para pagar pela lavagem de sua camisa.
- Isso não é necessário. – ele respondeu.
- Preciso recompensá-lo de alguma forma. Eu arruinei a sua camisa e quase fiz com que você se atrasasse para o seu compromisso. – ela disse ainda sem graça, porém torcendo para que ele aceitasse sua oferta. Ter a oportunidade de vê-lo mais uma vez era o que ela queria naquele momento.
- Não se preocupe com a minha camisa, porque ela não é minha, de qualquer forma. – ele disse rindo. – É do meu primo, dividimos um apartamento.
- Bem, então acho que preciso me desculpar com o seu primo.
- Ele está viajando, nem vai ficar sabendo desse pequeno acidente.
então percebeu que suas desculpas para vê-lo novamente tinham chego ao fim. Ele não queria que ela ficasse com sua camisa apenas como desculpa para encontra-lo novamente quando fosse devolvê-la.
Antes que pudesse falar qualquer outra coisa – como se despedir dele, por exemplo, porque não tinha mais nada em mente para que pudesse continuar aquela conversa – foi mais rápido.
- Mas se você ainda quiser me recompensar, podemos nos encontrar no final de semana no Starbucks, e então você pode me pagar por outro cappuccino.
Espera... Ele estava a chamando para sair?
- Eu já paguei outro cappuccino pra você. – ela comentou com um pequeno sorriso brincando nos lábios.
- Bem, então acho que é a minha vez de pagar um para você. Sabe como é, apenas como forma de agradecimento pela sua ajuda hoje.
E então percebeu que sim, ele queria vê-la novamente, o que foi uma sorte, porque ela nem mesmo precisou pensar duas vezes antes de combinar de encontra-lo no mesmo Starbucks, no dia seguinte, no final da tarde.

ATUALMENTE
voltou com dois cappuccinos com chocolate e dois pães de queijo em uma bandeja. Quando se sentou, foi ele quem começou a conversar, contando para sobre sua semana no escritório, sobre as muitas matérias que ainda tinha para estudar no doutorado e a falta de tempo, além de reclamar pelo aumento no preço do xerox da faculdade.
- Fala sério, é um absurdo o preço que cobram! – ele disse. – Com todo o dinheiro que gasto lá daria para ir a um happy hour toda sexta-feira.
- Como você é exagerado. – respondeu rindo.
E então ele mudou de assunto, e passou a falar de , noivo de , melhor amiga de . Depois que começaram a namorar, e passaram a ter uma amizade sustentada pelos interesses em comum quando o assunto era super-heróis e filmes geeks. continuou contando sobre sua semana sem parar, parecendo eufórico demais, mexendo as mãosa todo momento, ora e outra arrumando os óculos no rosto e jogando os fios de cabelo de um lado para o outro. Senão o conhecesse, diria que ele parecia nervoso, mas afastou os pensamentos, pois sabia que não havia motivo para isso.
Após terminarem de tomar seus cappuccinos com chocolate, tomou a frente para puxar a sacola que guardava em baixo da mesa, escondida de . Sim, eles haviam combinado não trocar presentes – como combinavam todos os anos – mas ela não havia cumprido o combinado, simplesmente porque sabia que ele também não o cumpriria.
- Espero que você goste. – ela disse enquanto ele abria o embrulho do presente com as mãos tremendo minimamente. – Vi que seu perfume estava acabando e pensei em comprar outro.
- Obrigado, meu amor, não precisava. – ele respondeu sem olhar realmente para ela, já que seus olhos estavam voltados para baixo. Novamente levou a mão nos óculos e os arrumou, ainda que não estivessem fora do lugar.
- , está tudo bem? – perguntou preocupada.
- Sim, está... – ele respondeu aéreo. E então levantou a cabeça e fixou seus olhos nos dela e assim ficou por longos segundos, apenas a apreciando. – Eu sei que combinamos em não trocar presentes este ano, mas também sabia que você não iria cumprir o combinado. – ele disse brincando, o que tirou uma risadinha da namorada. – E eu não sabia o que te dar de presente. Pensei em comprar um perfume, talvez aquela bota, que custa mais caro que o meu e o seu fígado juntos, que você tanto quer, mas não achei que fossem presentes dignos a expressar o quanto sinto por estar comemorando seis anos ao seu lado.
- ... – falou baixinho, apenas desejando poder abraçar o namorado naquele momento e dizer que sim, ela se sentia exatamente da mesma forma.
- Os últimos anos ao seu lado foram os melhores da minha vida, exatamente porque eu tinha você. Minha visão preferida durante a manhã é você ao meu lado na cama, e meu som preferido é a rua risada. Eu poderia reconhecer a sua voz há quilômetros de distância simplesmente porque o meu corpo reage a cada pedacinho seu. E eu os amo, amo cada parte sua, cada aspecto da sua personalidade. Eu amo você, .
se sentiu uma boba por querer chorar naquele momento, mas era mais forte que ela. e ela não tinham muitos momentos de declarações mútuas, eles nunca viram necessidade em precisar reafirmar o relacionamento que tinham. Eles sabiam quem eles eram e conheciam o que eles tinham. Por meio de gestos eles demonstravam o amor que tinham um pelo outro, e isso era suficiente, era o bastante para eles.
- Então...– ele continuou - Eu pensei, qual seria a melhor forma de demonstrar o quanto eu a amo e o quanto quero continuar ao lado dela por muitos e muitos anos?
então se levantou, dando os dois passos que o separavam de , parando na frente dela. Sua mão – tremendo muito mais do que antes - foi para o bolso da calça jeans e de lá retirou uma caixinha branca.
- ...
- Os seis anos que passei ao seu lado foram incríveis, e eu quero que esses anos se multipliquem. Eu quero ficar ao seu lado para sempre, e quero você junto a mim em todos os momentos da minha vida. Então... – como em uma cena de filme água com açúcar, se abaixou sobre o joelho e abriu a caixinha que tinha em mãos. – , você aceita passar o resto da sua vida ao meu lado? Você aceita se ca...
- Sim! – ela disse alto, jogando-se contra o corpo dele e o abraçando com força. – Nossa, é claro é que sim!
Eles podiam ouvir as pessoas no Starbucks aplaudindo – exatamente como num filme da sessão da tarde e com direito a final feliz – mas não poderia se importar menos com a atenção que recebia. Porque seu noivo estava ali em seus braços, dizendo o quanto a amava enquanto lhe beijava carinhosamente, e ela sabia que ele ficaria ali para sempre, assim como ela, que não tinha intenção de ir a lugar nenhum – pelo menos não sem o amor da sua vida.


Fim.



Nota da autora: Fala sério, quem não ama um romance bem clichê, água com açúcar e com direito a final feliz? E já que estamos falando em romance clichê, porque não clichê com direito a coque frouxo e Starbucks? (Que atire a primeira pedra quem nunca foi ao Starbucks e esperou encontrar o boy dos seus sonhos por lá, hahaha). Espero que vocês tenham gostado da fanfic, ela foi escrita com muito carinho e amor!
Não se esqueçam de deixar um comentário pra lá de lindo pra deixar uma autora pra lá de feliz! <3
Beijos de luz
Angel





Outras Fanfics:
LONGFIC:
Tempo Certo (Outros – Em Andamento)

SHORTFICS:
Babá Temporária (Outros – Finalizadas)
Welcome To a New World (Mclfy – Shortfics)
Elemental (The Originals –Shortfics)

FICSTAPES:
10. What If I (Ficstape #036 – Meghan Trainor: Title)
06. Every Road (Ficstape #58 – The Maine – Black & White)

MUSIC VIDEO:
MV: Change (Mv Kpop - Shortfic)
MV: Run & Run (Mv Kpop - Shortfic)
MV: Hola Hola (Mv Kpop - Shortfic)

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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