Clube dos Corações Solitários

Última atualização: 22/05/2024

Capítulo Um

O quão solitário é um coração recém partido?
Essa era a pergunta que não parava de rondar minha mente nos últimos meses.
Já fazia três meses que minha vida havia virado de cabeça para baixo após descobrir traições recorrentes da pessoa que eu mais confiava no mundo. Três longos meses de sofrimento e dor. Três meses que pareciam longos demais para continuar doendo e três meses curtos demais para conseguir superar.
Todos me diziam que passaria. Que uma hora pararia de doer e que eu superaria e seguiria em frente. Até mesmo que agora quem poderia quebrar corações era eu.
Mas eu me sentia um caco. Um pequeno caco tentando encontrar todos os outros que haviam se partido e se perdido ao longo do caminho desde que presenciei a cena do grande amor da minha vida com minha dama de honra, minha melhor amiga.
Sim, eu sei que pode parecer exagero. Que não machuca tanto e que eu preciso seguir minha vida. Isso era algo que todo mundo também me dizia. Mas eu já estava tão apegada a esses sentimentos ruins que me sentia em um ciclo vicioso entre lágrimas e garrafas de vinho.
A verdade era que eu nem sabia se queria mesmo parar de sentir tudo isso.
Esse era mais um dos dias que eu passava sentada no quarto que deveria ser do nosso bebê, com as fotos de nosso casamento ao meu redor, apreciando cada detalhe daquele dia tão planejado e almejado por mim.
As flores haviam sido delicadamente decididas nas cores azuis e brancas, para combinar com os vestidos das madrinhas, que eram da mesma cor. A mesa de doces era separada entre doces finos normais e doces finos sem lactose, pois minha sogra não podia comer.
E todos aqueles detalhes me machucavam cada vez que eu pensava neles.
E, sem mais demora, novas lágrimas começavam a rolar pelo meu rosto. Eu estava cansada desse ciclo, muito cansada. Mas parecia que quando mais eu lutava para sair dele, mais me enterrava em sentimentos e emoções indesejadas.
"Vá procurar um terapeuta". Era o que meu irmão me dizia. Porém eu ainda não me sentia pronta para isso.
"É que você não se ajuda". Falava meu pai, cansado de me ligar noite após noite e escutar minha voz embargada pelo telefone.
", vá procurar outro homem. Tem tantos por aí!". Minha avó suplicava enquanto eu apenas sorria e acenava falsamente.
Eu concordava com todos. Mas no fim não seguia nada do que me diziam. Pois encarar a dor e lidar com ela como uma pessoa madura doeria muito mais e eu não sabia se realmente aguentaria o baque.
David havia sido meu primeiro namorado. Meu primeiro beijo. Meu amor de infância. Ele e meu irmão eram melhores amigos desde sempre e é claro que eu, cinco anos mais nova, babava por ele cada vez mais enquanto ia crescendo e descobrindo o mundo das paixões.
Ele demorou um pouco para me notar. Mas quando completei a maioridade ele se declarou para mim, em uma festa de ano novo, dizendo que sempre havia me visto, mas que queria esperar o momento certo para ficarmos juntos. Claro que tudo isso foi dito no meio de uma embriaguez, mas eu havia ansiado aquele momento por tanto tempo, que não esperei um segundo para dizer que sim e iniciar uma relação entre nós dois.
Gustave, meu irmão, ficou maluco quando soube e o socou no rosto tão forte, que quebrou o seu nariz, fato esse que voltaria a acontecer quase cinco anos depois.
Elisa, por sua vez, havia se aproximado de mim na escola. No ensino médio, para ser mais precisa. Com seus lindos cachos e olhos azuis ela conquistava quem quisesse com sua beleza e carisma. Enquanto eu era apenas a amiga chaveirinho, que a seguia para cima e para baixo, sendo sua fiel parceira.
"Eu vou ser a madrinha dos filhos de vocês!". Foi o que ela me disse quando confidenciei minha primeira vez com David, afinal, eu ainda era virgem quando iniciamos nosso relacionamento. E eu concordei, dizendo que não havia ninguém mais perfeito para o momento.
Faltava cinco dias para nosso segundo aniversário de casamento. Eu preparava uma surpresa para ele, com direito a espumante e banheira com espuma. Havia preparado uma viagem para nós dois, iríamos para a praia, destino tão querido por nós dois.
Ele dizia que estava preparando uma surpresa para mim também.
Eu havia saído mais cedo do trabalho aquela tarde e fui para casa. Estranhei o seu carro estar na garagem e ainda mais ao ver a moto de Elise estacionada na frente do prédio onde morávamos juntos.
Assim que adentrei no apartamento avistei a cena que você já deve imaginar qual foi.
Após o choque, corri para fora e para longe. Corri o mais que minhas pernas podiam aguentar. E então caí no choro e no chão. E ninguém veio atrás de mim para se justificar.
Dois após o ocorrido, David se mudou, pegou apenas suas roupas e disse que iria morar com Elisa. Que lamentava o que tinha acontecido, mas que não podia mandar no coração. Que sua vida agora seria ao lado dela, vivendo tudo o que havíamos planejado por cinco anos e me deixando despedaçada para trás.
Não estava presente quando meu irmão quebrou o seu nariz pela segunda vez, mas admito que gostaria de ter visto a cena. Talvez fizesse meu coração se alegrar um pouco.
Mas não foram só coisas ruins que aconteceram após isso. Por precisar me ocupar meus pensamentos e também para não deixar meus gatos e eu morrermos de fome, me vi obrigada a trabalhar dobrado para sustentar o que antes era dividido em dois.
Horas e horas extras de trabalho me resultaram em uma promoção. Antes eu era apenas uma funcionária qualquer na empresa de administração onde trabalhava, agora gerenciava o setor. O que me causava muito mais dor de cabeça do que qualquer outra coisa, mas já era um bom começo. Ou melhor, recomeço.
E então era assim que eu passava meus dias. Trabalhando como uma louca de dia e chorando até desidratar de noite. Não é exatamente o que você imagina estar fazendo no auge dos seus vinte e dois anos, mas era o que restava para mim.
Eu sabia que havia um mundo grande lá fora para explorar e tentar coisas novas. Mas o medo que me acompanhava a cada novo passo de meus dias me impedia de fazer qualquer coisa além do que eu já havia me habituado.
Então me contentava com o que estava acontecendo, enquanto guardava tão profundamente meus desejos dentro de mim, que sonhava com todos eles se concretizando noite após noite.
E essa era mais uma dessas noites em específico. Fergus e Jocelyn se acomodaram em mês pés, ronronando confortavelmente em seu sonho profundo, e o rosto de Adam Sandler e Drew Barrymore estampavam minha TV. Como se fosse a primeira vez costumava ser um dos meus filmes favoritos. Hoje em dia eu o assistia para ansiar e imaginar como seria minha vida se eu perdesse minha memória.
Talvez decidiria seguir uma carreira diferente, arquitetura quem sabe, ou até mesmo jornalismo. Mas administração havia sido minha escolha acadêmica e profissional, pois David tinha planos de montar uma empresa de contabilidade e precisaria de alguém para auxiliá-lo. Porém, planos esses que jamais saíram do papel. O que me levava a uma nova onda de frustração e tristeza, pois até mesmo isso eu havia feito por ele. O quão longe dos seus sonhos você consegue ir por causa do amor?
Adormeci com esse questionamento rondando minha mente.

Capítulo 2

No dia seguinte acordei me sentindo mais disposta do que o normal. O que me causou um estranhamento tão grande que precisei de um tempo para adaptar com essa sensação de disposição que não me acometia fazia algum tempo.
O relógio marcava nove horas da manhã quando finalmente levantei. Era sábado, o que significava que não precisaria ir para o trabalho e que teria todo o dia para ficar de preguiça em casa.
Decidi que começar o dia com um café preto e sem açúcar seria uma boa opção para tentar manter meu pico de animação.
Fergus decidiu que seria uma boa ideia ficar roçando e enrolando seu rabo pelas minhas pernas enquanto a água passava pelo pó do café e eu esperava pacientemente para iniciar o dia.
- Miau – disse ele assim que estava com a xícara em mãos.
- Eu sei, preciso dar um jeito na minha vida – respondi de forma séria e ele rebateu na mesma entonação, dando de costas logo em seguida.
O observei caminhar lentamente para longe de mim. E só então percebi o quão patética parecia ao estar conversando com meu gato. Talvez eu precisasse de um contato humano. Digo, de verdade, não apenas o estritamente profissional que eu estava tendo.
Talvez uma visita surpresa ao meu pai o fizesse feliz e até mesmo o surpreenderia.
Houve um tempo em que eu era fã de surpresas e adorava planejá-las com antecedência. Principalmente para ver as expressões de felicidade no rosto de quem as recebia. Talvez esse sentimento nesse dia me auxiliasse a tentar me reconectar comigo mesma.
Arrumei-me, vestindo roupas apresentáveis e um par de tênis confortáveis. Havia decidido ir caminhando até a sua casa para pegar um pouco de sol na minha pele pálida.
- Fergus, volto no final do dia – anunciei para meu gato que repousava preguiçosamente em sua caminha. – Por favor, se comporte.
Ele nem se moveu.
Saí de casa, torcendo para não encontrar nenhum vizinho conhecido no caminho do meu andar até o térreo. Apesar de estar precisando ver pessoas, não precisava de pessoas enxeridas querendo saber de como estavam as coisas entre mim e meu ex-marido.
Por sorte, não encontrei ninguém e suspirei aliviada ao dar de cara com a rua movimentada e sua costumeira agitação. Meus pés então começaram a me levar pelo caminho conhecido por mim em direção a casa de meu pai.
Papai não morava muito longe de mim, mas a pé dava quase meia hora de caminhada. Ele dizia que queria estar perto de mim o suficiente para me dar espaço pessoal e, ao mesmo tempo, estar disponível para me auxiliar no que eu precisasse quando eu casasse e saísse de casa.
Aproveitei a caminhada para apreciar as vitrines de lojas e confeitarias, coisa que eu já não fazia há algum tempo. Acabei me demorando um pouco mais na minha loja de calçados favorita. Meu irmão costumava me chamar de centopeia em nossa adolescência, por sempre ter um par de sapatos novos e lindos em meu guarda-roupa. Agora eu me dividia entre alguns poucos que eu ainda guardava algum sentimento de conforto.
Observei a vitrine com calma e interesse. Muitos dos que ali estavam não eram necessariamente o meu estilo, se é que eu ainda tinha um, mas o desejo de entrar e provar alguns não me impediu de entrar e dar um sorriso tímido para a vendedora que veio prontamente me atender.
- Bom dia, você deseja algum modelo em específico? – Questionou-me enquanto eu observava as prateleiras abarrotadas.
- Hã – cocei a nuca, sem saber direito o que lhe dizer. – O que você acha que combina comigo?
A vendedora me lançou um olhar estranho e se demorou no meu rosto, provavelmente se questionando se o que eu estava falando era sério. Ao perceber que eu realmente esperava que ela fizesse isso, um sorriso sincero tomou conta de sua boca alegremente pintada de vermelho.
- Estou vendo que você é mais discreta, certo? – Perguntou me olhando dos pés a cabeça e eu concordei. – Que número você calça?
- 37. – E assim que respondi ela virou e foi procurar calçados enquanto eu procurava um lugar confortável para me sentar.
Tamborilei os dedos em meus joelhos e olhei para os lados, aguardando a volta da vendedora.
Até que meu olhar caiu cuidadosamente em um par de pernas altas e desengonçadas que adentrou a loja com um sorriso no rosto.
- Bom dia – disse o rapaz em questão para a outra vendedora que foi recebe-lo. – Eu gostaria de ver aquele par de sapatos vermelhos que está na vitrine. Preciso do número 36.
A vendedora assentiu e lhe respondeu que logo voltaria com o seu pedido. Enquanto isso eu ainda o observava atentamente, sem conseguir desviar o olhar de seus lindos cabelos que lhe caíam nos ombros.
Demorei-me mais um pouco em sua aparência até me dar conta que talvez eu já estivesse o encarando a tempo demais e baixei o olhar para minhas próprias mãos, me sentindo envergonhada.
Encarei minhas unhas que não viam um bom esmalte fazia algum tempo, sem deixar de pensar no cara mais bonito que eu já tinha visto em meses.
- Bom dia, tudo bem? – Ergui o rosto ao perceber que falavam comigo e encontrei o mesmo rapaz que eu admirava segundos antes, sentado no banco ao meu lado.
- Bom dia – cumprimentei num meio sorriso.
- Está um lindo dia, não acha? – Olhou para fora apreciando o sol e eu concordei com um aceno de cabeça, sem saber muito bem o que lhe dizer.
Não tive que me preocupar em pensar o que eu lhe responderia, pois no instante seguinte a vendedora que me atendia apareceu com algumas caixas de sapato.
- Trouxe esses para você ver o que prefere – disse ela já tirando algumas sandálias das caixas.
Comecei a verificar o que era mais do meu gosto e fui provando as que eu achava que melhor combinariam comigo. Enquanto isso o rapaz ao meu lado olhava o sapato vermelho que tinha pedido.
- É para sua namorada? – A vendedora o questionou e eu não pude evitar de prestar atenção.
- É para o pedido – ele anunciou se mostrando muito orgulhoso e eu murchei um pouquinho.
Parei para apreciar a sandália preta e branca que estava em meus pés enquanto a vendedora dizia que combinava muito comigo e que ficaria perfeita em um barzinho à noite.
- Ela tem razão – o rapaz voltou a puxar assunto.
- Com um vestidinho curto, você vai ficar um arraso – a vendedora disse e eu mexi o pé, concordando.
- Acho que vou levar essa então – falei e ela comemorou.
- Eu acho que o vermelho também ficaria lindo em você – falou o rapaz e eu o encarei com a sobrancelha levantada.
- Ele tem razão – repetiu a vendedora o que ele tinha dito minutos antes. – Vou pegar um par para você provar.
E se sumiu antes mesmo que eu pudesse recusar. Olhei para o rapaz que parecia não saber parar de sorrir.
- Sua garota é realmente muito sortuda – falou a outra vendedora e ele encolheu os ombros, se sentindo elogiado.
- Eu é que sou muito sortudo por tê-la em minha vida – suspirou apaixonado e eu senti uma pontada em meu peito, por já ter ouvido a mesma frase antes.
- E você, vai usar em algum encontro também? – A vendedora me questionou.
- Eu? Ah não, ainda não sei muito bem onde usar – falei pela primeira vez desde que toda aquela cena havia tido início.
- Então vê se acha logo alguém! – Disse o rapaz rindo.
Sorri em resposta, novamente sem saber o que lhe responder.
Minha vendedora não demorou a aparecer com o tal sapato vermelho e, com a insistência de todos ali, o calcei.
- Coloca os dois! – Disse a vendedora. – Assim você tem uma ideia melhor.
Calcei o par, ficando na altura do rapaz agora e dei alguns passos, verificando se me adaptaria a eles.
- Leva o vermelho, sério! – Exclamou o rapaz. – Poucas pessoas ficam tão bem de vermelho.
- Ele tem razão – as duas vendedoras falaram juntas.
- Tá bom, me convenceram – cedi aos pedidos. – Vou levar os dois!
As vendedoras comemoraram e ressaltaram que havia sido uma boa escolha, provavelmente estando mais felizes pela comissão que conseguiriam com as vendas do que outra coisa. Mas também não fazia muita diferença para mim, não é?
- Obrigada pela ajuda – disse por fim ao rapaz que sorriu abertamente e me estendeu a mão.
- Foi um prazer – apertei seus dedos. – Sou Sam.
- – respondi.
- A gente se vê por aí, – falou por fim e eu concordei, seguindo o meu caminho em direção ao caixa para finalizar minhas compras enquanto ele finalizava as dele.
Não pude deixar de ficar pensando em seus gestos gentis e educado enquanto observava meu cartão de crédito ser passado na maquininha e me questionar o por que é que caras legais assim sempre estavam comprometidos ou eram gays.
Não consegui encontrar uma resposta e saí da loja com o vislumbre do seu sorriso em minha cabeça.


A casa do meu pai não ficava muito longe de onde eu estava, então não tardou muito para que eu chegasse em frente ao portão de cor azul e também que fosse recebida com uma grande festa pelos cachorros de meu pai.
Pouco tempo depois, meu pai também se juntou a festividade e me puxou para dentro, sem saber se me perguntava o que eu estava fazendo ali ou se apenas aproveitava o fato curioso e inédito de eu ter saído de casa sem que alguém tivesse me obrigado a isso.
- Vem, senta aqui – disse ele me empurrando para seu sofá arranhado e comido pelos bichinhos de estimação. – Eu vou fazer um chá. Vê se não sai daí!
Neguei com a cabeça tentando esconder um sorriso um pouco desconfortável que brincava no canto de meus lábios. Papai também tinha medo de que eu me arrependesse de estar ali e me levantasse para ir embora a qualquer momento.
Encostei-me no sofá e cruzei as pernas, respirando o ar fresco da casa que costumou ser meu refúgio por tanto tempo antes de eu sair e resolver morar sozinha. Deixei meus pensamentos viajarem pelos quadros e porta-retratos espalhados pela sala de estar. A maioria das fotos eu estava presente com minha antiga franjinha na testa e alguns dentes faltando.
Demorei-me na que marcava o aniversário de nove anos de meu irmão. Ele me abraçava de maneira desajeitada enquanto soprava um grande bolo enquanto meus pais sorriam atrás de nós dois. Aquela havia sido a nossa última memória boa de família. Dois meses após a festa, minha mãe arrumou suas malas e saiu pela porta, jamais voltando ou mandando um cartão postal para avisar onde estaria ou se estava viva.
Talvez fosse de família ser abandonado pelo seu cônjuge como se a vida fosse um caderno onde páginas eram arrancas e novas histórias eram escritas, sem nenhuma ligação com o que acontecera antes.
Soltei um suspiro com tal pensamento e sorri fraco para meu pai que voltava com dois pires e xícaras de chá fumegante em cima de cada um.
- Erva-doce, o seu favorito – disse ele se sentando à minha frente.
- Adoçado com mel? – Perguntei aproximando a xícara de meu nariz e aspirando o doce aroma do chá.
- Sem dúvida – respondeu-me, sabendo que eu apenas tomava chá com mel em sua casa, numa lembrança de uma infância distante e cheia de significado e saudade.
Suspirei novamente, dessa vez de alegria e alívio enquanto aproveitava a doce xícara de chá. Um silêncio confortável pairou sobre nós dois.
- E então? – Começou meu pai após vários goles. – A que devo a sua ilustre presença?
Papai me encarava com curiosidade e eu dei de ombros, como se fosse apenas mais uma visita casual e como se eu o visse todos os dias.
- Fiquei com saudade – falei com simplicidade e ele ergueu a sobrancelha esquerda, não acreditando em minhas palavras. – É sério. Eu... senti que precisava sair um pouco de casa também.
Seus ombros caíram num alívio imediato. Aquilo era o que ele queria ouvir.
- Que bom que você está aqui – disse ele por fim. – Você não faz ideia de como isso me deixa feliz, minha filha.
- Eu vou tentar ser mais presente. Prometo.
Ele me estendeu sua mão calejada e eu a aceitei de bom grado, aproveitando o momento e o lugar, de onde eu jamais deveria ter saído.


Continua...



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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