Como Eu Conheci Sua Mãe

Finalizada em: 21/04/2018

Capítulo Único

Fili estava sentado na poltrona na sala, cachimbo na mão e pequenas baforadas de fumaça saindo de seus lábios finos.
A chuva caía forte do lado de fora, mas dentro da casa tudo era diferente.
Havia luz e calor.
A voz suave e feminina cantava silenciosamente na cozinha, enchendo o coração do jovem anão de conforto.
Fili a amava com todo o coração, assim como amava sua pequena família.
Fili olhava as chamas dançantes da lareira e logo seus olhos foram desviados para as duas crianças que brincavam sobre a o tapete de lã de ovelha.
e estavam brincando e murmurando entre si. , o mais velho, brincava com seu boneco de madeira feito por Bifur. Embora sua pouca capacidade de se comunicar, o anão velho com um machado quebrado em sua cabeça era habilidoso em seu trabalho.
Por outro lado, , sua pequena princesa, brincava com sua boneca, feita pelas mãos habilidosas do alegre Bofur.
Fili sorriu um sorriso cheio e puro em seu rosto bonito.
O príncipe anão suspirou feliz, levando novamente o cachimbo à boca.
Seus pensamentos vagaram para longe e ele se perguntava o que seu irmão estaria fazendo.
E sorriu.
Provavelmente seu irmão moreno estaria enchendo Tauriel de atenção. Sua cunhada estava grávida de sua primeira criança e Kili não tirava o sorriso do rosto.
Tudo estava bem, após a batalha sangrenta e dolorosa, ambos saíram vivos.
"A linha de Durin não seria tão facilmente quebrada" - Pensou ele orgulhoso.
Thorin sobrevivera à Batalha dos Cinco Exércitos e ao orc pálido, Azog, que agora se encontrava no inferno de onde jamais deveria ter saído.
Thorin estava vivo e forte para desgosto de Daín, seu primo, que havia voltado para as Colinas de Ferro sem nada a não ser a vergonha de não ter vindo antes ao socorro da linha de Durin.
Erebor e Dale prosperaram sobre o cuidado da mão firme do Rei Sob a Montanha.
A atenção de Fili foi puxada quando ouviu seus dois filhos cochicharem e apontarem para o pai.
Os brinquedos esquecidos no chão.
Logo, pulou e sentou-se na perna do pai.
era uma menina doce, mas feroz, assim como a mãe. Conseguia ser travessa quando queria. Traço que Fili orgulhosamente sabia que era seu.
era sério, travesso e geralmente conseguia esconder bem as travessuras. Protetor com as mulheres da casa, embora sua altura não passasse da cintura de seu pai.
também se sentou sobre a outra perna do pai.
- O que vocês precisam, meus pequenos?
- Eu não sou pequeno - Resmungou o garoto com os braços cruzados e um biquinho.
Fili riu. Kili era uma péssima influência.
- Queremos uma história Adad. - Pediu suavemente. Os olhos brilhantes e ele não podia ajudar.
sabia o que os olhos de cachorrinho faziam a seu pai. Ela o tinha na palma da mão e ele sabia disso. Ela era sua pequena princesinha afinal.
- Vocês querem uma história? - Perguntou Fili animado. Sua jovialidade dificilmente seria perdida.
- Sim! - Gritaram os dois, esquecendo-se de sua birra.
- Então veremos por onde começar...
A atenção agora estava concentrada no anão de cabelos loiros.
Sem saber que estava sendo observado, a mulher mais velha estava encostada no batente da porta, um sorriso em seu rosto maior que podia imaginar.

(...)

O fogo estava baixo e as crianças lutando contra o sono. Os olhos ainda arregalados com a história de como seu pai e parentes chegaram à Rivendell.
- ... E então, ela apareceu do nada e ajudou tio Bilbo a enganar os grandes Trolls. Ela era como o Sol. Bonita e valente. Eu estava extasiado.
Ele suspirou.
- E então ela nos ajudou a sair dos sacos fedorentos e virou-se para o grande mago cinzento...
- Desculpe-me Gandalf, meu amigo, eu estou atrasada. - Uma voz feminina saiu da cozinha, alertando Fili e as crianças sonolentas de sua presença.
- Amad - Sussurrou para a mãe, estendendo os braços. A mulher pegou a filha e sussurrou baixinho.
- Hora de dormir, meus príncipes e minha princesa. - sorriu suavemente para o marido com os olhos cheios de devoção.
Fili, com o pequeno no colo, se ergueu. Os lábios se tocaram com o de sua mulher que já estava de pé.
- E foi assim que conheci a sua mãe. - Disse Fili sorrindo, fazendo a pequena e sonolenta soltar uma gargalhada baixa.
O casal andou pelo corredor de pedra iluminado e levaram as crianças para seus quartos.
Após deixar seu filho, Fili saiu, fechou suavemente a porta e esperou por que colocava sua filha na cama.
Assim que ela saiu pela porta, Fili lhe deu um sorriso que a fez tremer. Ela sempre reagia a sua presença.
Com um sorriso cheio de orgulho, ele a puxou em seus braços e sem aviso lhe beijou lenta e profundamente.
Sem nem mesmo tempo para respirar, ele lhe pegou no colo fazendo-a soltar um suspiro surpreso.
- Eu te amo, minha guerreira.
- Eu te amo, meu Príncipe.




Fim.



Nota da autora: Nunca me conformei com o final de O Hobbit.
Thorin, Fili e Kili morrem. A linha de Durin acaba e Daín fica com tudo? Acho muito triste. Sem contar que Fili é um amorzinho.
Espero que gostem!!



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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