Desejo & Álcool

Última atualização: 04/09/2021

Capítulo único

Quando se passa muito tempo em um relacionamento e ele acaba de uma forma na qual te faz se sentir insuficiente, você passa então por várias fases até realmente superar. E mesmo assim nem sempre consegue realmente superar.
Eu posso dizer que estava bem - já tinha se passado sete meses desde o término -, ou eu realmente tinha superado ou apenas estava me enganando. Passei um mês inteiro chorando, me lamentando e xingando, até que minhas amigas me deram um ultimato e eu realmente precisava voltar para a realidade. Por mais que ainda doesse, minha vida não tinha parado. Foi aí, então, que me recompus e segui em diante, agora com a certeza de que, para mim, relacionamentos não aconteceriam nem tão cedo.
Iria curtir minha vida, aproveitar o que no tempo que estivesse relacionada com alguém não consegui, e deixar as coisas fluírem em seu estado natural, sem forçar nada. Deixar ao comando do destino fazer o que ele praticamente quisesse.
Era mais um final de semana em que eu já tinha terminado meu trabalho e tinha chegado em meu apartamento, fechando a porta de entrada, já tirando os sapatos de salto alto de meus pés. Eu gostava da minha profissão como corretora de imóveis, mas era muito cansativo, eu chegava em casa todo santo dia com os pés doendo de ter ficado o tempo todo em pé - apresentando casas - e de salto alto nos pés.
Me joguei no sofá, pegando o celular e discando os números do celular da minha amiga, , a qual não demorou muito e atendeu a chamada.
- Oi, minha vida - ela toda animada atendeu o celular.
- Oi, amor.
- No que posso te ajudar?
- Então, abriu um barzinho há pouco tempo e queria saber se você quer ir comigo lá essa noite.
- , infelizmente hoje vou ficar te devendo.
- Por quê? - Fiz biquinho, mesmo sabendo que ela não veria.
- Hoje foi bem puxado o dia e amanhã tenho que levantar mais cedo que o normal.
- Sério mesmo?
- Infelizmente, mas, olha, se divirta bastante.
- Você sabe que não vai ser a mesma coisa sem você, amiga.
- Não deixe de se divertir por minha causa.
- Vou tentar.
- Não, você vai conseguir.
- Está certo. Vou me arrumar, beijos.
- Beijos, meu amor.
Fui para meu quarto e separei minha roupa, um vestido soltinho, não muito curto, e como sempre, sapato de salto alto. Eles podiam acabar comigo, mas não conseguia deixar de usá-los.
Assim que tomei um banho bem relaxante e terminei de me arrumar, peguei as coisas necessárias que iria levar e saí de casa.
Preferi pedir um táxi, porque caso eu acabasse extrapolando meus limites na bebida, não teria que deixar meu carro ali e ter que voltar depois só para buscá-lo.
Quando o táxi parou na frente do local, paguei, saí e fechei a porta, arrumando parte do meu vestido em seguida.
Na porta de entrada havia dois seguranças, eles me entregaram uma pulseirinha, liberando minha entrada em seguida.
Assim que entrei e vi o local lotado, me concentrei em uma coisa: achar o bar.
Com o alvo localizado, fui até lá, esbarrei em umas pessoas e com muita educação fui pedindo licença, até que finalmente consegui chegar até ali, me sentei e respirei fundo, no segundo seguinte o bartender estava à minha frente, sorrindo. Não tive como não ficar uns segundos paralisada só observando a beleza daquele homem.
Ele não era só um pedaço de mau caminho, era o caminho todo.
- O que a senhorita deseja? - Ele espalmou as mãos no balcão e não pude não reparar em seus braços, nos quais seus músculos ressaltaram na camiseta preta meio justa.
- Uma bebida. Forte, de preferência.
- Já vai começar extravasando?!
- Hoje acho que posso. Pelo menos uma – ele soltou uma risada nasalada e foi preparar meu drink.
Assumo também que quando ele deu as costas para mim eu observei seu bumbum, e não era nada mal.
Uns minutos depois o mesmo bartender voltou, passou um pano no balcão a minha frente e depositou uma taça de bebida à minha frente.
- Um Apple Martini para a senhorita – o sorriso continuava em seu rosto.
- Obrigada – peguei a taça e dei um gole, a bebida era muito boa. – Incrível.
O bartender me olhava atentamente.
- Sabia que você iria gostar – ele disse, risonho.
- Acertou em cheio – pisquei para ele. - O que tem neste drink exatamente?
- Vodca, licor de maçã e cointreau.
- Muito bom mesmo. Aceito outra - sorri, inocente e ele concordou.
Logo ele estava entregando mais uma taça com a bebida, e em seguida foi atender outros pedidos.
Continuei no bar, bebendo uma bebida devagar e pensando um pouco na vida, acabei optando por não ir para a pista de dança naquele dia.
Quando vi que o álcool já começava a subir à minha cabeça, fui até o banheiro.
Tinha algumas mulheres ali conversando e outras retocando a maquiagem, me esquivei de algumas e consegui alcançar uma pia vazia com espelho, onde molhei um pouco meu rosto e nuca, me recompondo melhor. Em seguida peguei papel toalha, enxuguei meu rosto e nuca, olhando uma última vez no espelho.
Ao sair do banheiro, olhei em direção ao bar e não tive vontade de voltar ali, o que significava que minha noite tinha terminado - era o que eu achava -, mais cedo, porém tudo bem.
Passei pela porta de entrada do pub já com o celular em mãos, pronta para chamar um táxi. Solicitei o mesmo e fiquei a espera, até que escuto alguém ao meu lado dizer:
- Já vai embora? - virei meu rosto na direção da pessoa e encontrei o bartender que havia me atendido naquela noite.
- Sim, acho que já deu por essa noite - sorri e ele me acompanhou. - E você, já está indo embora também?
- Estou, sim.
- Interessante. - Fiquei curiosa com algo, mas deixei para lá.
- O que é interessante? - por sorte ou não, ele acabou perguntando.
- Eu pensava que todo bartender esperava o local fechar para sair.
- Geralmente eu fico. Mas tem sábados que levanto mais cedo para trabalhar, e amanhã é um desses sábados.
- Seu patrão é bem legal, para te liberar antes da hora.
- É, ele é bem legal - ele sorriu com sua frase de uma forma que eu percebi que alguma coisa tinha ali.
- Você está esperando um táxi também?
- Na verdade não, meu carro está logo ali no estacionamento – interessante... - Você está esperando um táxi?
- Estou, e ele está demorando mais que o normal.
- Se quiser, posso te dar uma carona - o olhei, meio desconfiada e ele pareceu ler minha mente. - Garanto que não sou um psicopata.
- E como posso ter certeza?
- Terá que, dessa vez, confiar para saber - ri com seu sorriso desafiador.
- Acho que você vai vencer, já que meu táxi não chega.
- Perfeito – o olhei com um olhar semicerrado, mas sorrindo. - Se quiser podemos ir até a minha casa, e te faço outra bebida.
- Eu aceito, mas a bebida não vai precisar. Obrigada - eu já tinha plena ciência do que iria acontecer na casa dele, e a bebida antes mesmo que eu recusasse não iria acontecer de qualquer forma.
- Meu carro está logo ali - ele indicou e eu o segui, cancelando o táxi.
Entramos no carro e no caminho até sua casa conversamos um pouco, parecia que ele realmente não era um psicopata, sorri levemente ao pensar isso.
Chegando em sua casa, em um bairro ótimo da cidade, ele desceu primeiro quando estacionou na garagem. Indo até o lado do passageiro onde eu estava e abrindo a porta para que eu descesse, com o braço esquerdo ele enlaçou em minha cintura, me afastando um pouco para que pudesse, com a mão direita, fechar a porta do carro. Feito isso, ele voltou a me puxar de leve até ele, me deixando entre ele e o carro, mas bem pertinho dele principalmente nossos rostos e lábios.
- Chegamos - ele disse em tom baixo, muitas vezes parando seu olhar em minha boca.
- Eu percebi - respondi também em tom baixo, sorrindo e ele sorriu junto.
O clima foi acontecendo conforme nossos olhares corriam pelo rosto e lábios um do outro, e pensávamos o que queríamos daquela noite.
A ponta de seu polegar foi suavemente até meus lábios, onde ali, com calma, os traçou.
Eu já começava a ficar ansiosa e ter aquele homem a minha frente bem pertinho de mim, seu queixo se inclinando em minha direção para me beijar, não ajudava em nada.
- Eu não aguento mais esperar para sentir suas mãos passeando por todo o meu corpo - falei sussurrando e pude ver seus olhos, antes claro, escurecem ainda mais com minha fala.
Foi o suficiente para que ele quebrasse os milímetros que restavam dos meus lábios até os dele.
O beijo era calmo mas profundo, o calor começava a tomar meu corpo todo e tudo o que eu queria era estar ainda mais perto dele, porém aquilo não era mais possível, estávamos perto demais já.
Sua mão direita continuava na lateral do meu rosto, enquanto sua mão esquerda, que antes segurava minha cintura, foi até o meio das minhas costas para que pudéssemos aprofundar ainda mais o beijo, enquanto me puxava para ainda mais perto de seu corpo.
Partimos o beijo por somente alguns segundos para que pudéssemos recuperar o fôlego, a tempo dele dizer:
- Você pode sentir, o que está fazendo comigo?! - me limitei em somente assentir com a cabeça, enquanto puxava o ar com força, quando sua mão das minhas costas foram até minha coxa a apertando e a puxando para ele, sendo pressionada contra seu corpo novamente, dessa vez sentindo melhor sua excitação.
Nossos lábios novamente contra o outro em um beijo, foi a vez de sua mão direita sair da lateral de meu rosto e ir até minha coxa e a apertar, me indicando para que tomasse impulso e entrelaçasse minhas pernas em sua cintura, e foi exatamente o que fiz.
Paramos o beijo novamente só para que ele conseguisse abrir a porta da garagem que dava acesso direto para a casa, o que ele acabou até fazendo meio sem jeito por eu estar em seu colo e distribuindo beijos de suas bochechas até seu pescoço. Mas ao conseguir abrir, voltamos a nos beijar outra vez, agora ele tomando total controle de para onde iríamos, e onde faríamos aquilo pouco me importava, eu só queria ter aquele homem sem roupas para mim.
Ele cortou o beijo para que pudesse subir as escadas sem que acidentes acontecessem, e foi o momento em que aproveitei para voltar a brincar com seu pescoço distribuindo beijos ali, enquanto eu podia sentir ele respirando de forma pesada.
Agora dentro do quarto, que eu julgava ser o dele, ele me tirou de seu colo e me prensou contra a parede.
Seus beijos foram da minha boca para o pescoço, dando leves beijos no local, me fazendo contorcer entre seu corpo e a parede, respirar ficou ainda mais difícil quando seus beijos viajaram do meu pescoço para meu colo.
O bartender pegou meus braços com certa força e me virou de frente para a parede me colocando de costas contra seu peito, elevando meus braços até a parede acima da minha cabeça.
Suas mãos passeavam pelo meu corpo, apalpando cada centímetro dele e toda aquela ansiedade que eu tinha ao ter suas mãos dessa forma em mim não foi de forma alguma decepcionado. Perdi o fôlego quando, com certa firmeza, ele segurou um de meus seios, distribuindo beijos molhados em meu pescoço, ele parou ao colocar seus lábios em minha pele, sussurrando em meu ouvido:
- Essas paredes são bem grossas. O que significa que eu quero te ouvir gritar meu nome.
Se eu não estivesse apoiada na parede e sendo apoiada por suas mãos, eu estaria no chão, pois minha pernas falharam pela rouquidão de sua voz em meu ouvido, seus toques e suas palavras.
Não precisou de uma resposta da minha parte para que ele tomasse a frente das ações seguintes, senti sua mão descer com certa calma por minha coxa até a barra da saia do vestido que usava, e adentrando, consequentemente a levantando uns centímetros.
Ele não tinha pressa alguma em cada ação e movimento que fazia, principalmente quando o assunto era me provocar. E seguindo com essa mesma calmaria e com certa pressão, ele passou suas unhas curtas na parte interna da minha coxa direita. Joguei minha cabeça para trás, encostando no ombro dele.
Sua atenção era focada em me levar ao limite.
Soltei um gemido quando o senti brincar com o polegar por dentro do cós da minha calcinha. Eu já tinha perdido total controle sobre meu corpo, a única coisa que eu tinha plena ciência era do quanto eu o desejava.
Seus dedos desceram devagar por minha intimidade ainda por cima do tecido fino da calcinha rendada que eu usava. Um gemido escapou de minha garganta ao sentir seus dedos esfregarem com calma o ponto sensível da minha intimidade. Aquilo era tão bom que eu implorava sem dizer em palavras para que ele não parasse. Mas não fui atendida, sua mão saiu dali, me deixando frustrada.
Ele me virou novamente, me fazendo ficar de frente para ele. Ao olhar em seus olhos, eu podia ver tamanho tesão que ele sentia. O momento em que senti seus dedos novamente em minha região íntima, tremi em expectativa de que, daquela vez, os dedos estariam dentro de mim, mas tudo o que ele fez foi agarrar com força uma lateral da peça íntima e com força puxar-lá do meu corpo, fazendo a mesma se rasgar, em surpresa eu prendi parte da respiração, voltando assim que vi seu sorriso de canto.
Eu não podia mais perder tempo, eu não queria mais perder tempo. Com pressa, agarrei a bainha de sua camiseta preta e com sua ajuda, a peça foi parar em qualquer canto daquele quarto.
Espalmei minhas mãos em seu abdômen e fui descendo até o cós da sua calça, onde eu passava, minhas unhas arranhavam sua pele, assim recebendo alguns gemidos de sua parte.
Abri seu cinto, o retirando dos passadores da calça e joguei para longe, voltei a agarrar o cós de sua calça, o puxando para mais perto do meu corpo, sua mão direita espalmada na parede e seu rosto bem próximo do meu, me dando total acesso a seus lábios, colando assim meus lábios aos seus.
Enquanto nos beijávamos, abri o botão de sua calça e o zíper em seguida, estava pronta para empurrar a peça para baixo e retirá-la do corpo dele, mas antes, adentrei minha mão em sua cueca, o sentindo arfar durante o beijo, quando sentiu minha mão tocar seu membro e fazer movimentos de vai e vem devagar. Mordi meu lábio inferior, constatando com o toque o tamanho de sua extensão.
Não durou muito minha provocação, pois ele retirou minha mão de seu membro, afastou nossos lábios, pegando na barra da saia do meu vestido e assim o puxando para cima, tirando do meu corpo e o jogando em qualquer canto dali.
Vi seus olhos brilharem quando se deparou com meus seios livres, que por conta do vestido não era necessário usar sutiã.
Ele voltou a passar seu braço por volta da minha cintura e com a outra mão passar por minha coxa, me fazendo entrelaçar outra vez minhas pernas em sua cintura. Dessa vez o caminho que fizemos foi curto, da parede até a cama que estava bem próximo dali.
Na cama deitada com ele por cima de mim, voltei minha atenção a sua calça e peça íntima, que já estava mais do que na hora de sair de seu corpo. Eu estava ali totalmente exposta para ele, sem nenhuma roupa, eu o queria da mesma forma: sem nenhuma roupa para mim. Com as mãos empurrei sua calça jeans junto com a peça íntima que ele usava, e então ele tratou de fazer o resto, arrancando e caindo aos pés da cama.
Seus lábios deram total atenção ao meu colo, revezando entre um seio e outro, me fazendo contorcer e agarrar com força os lençóis com a mão. Em momentos ele sugava meu seio, em outra sua língua fazia círculos no bico.
Seu membro roçava em minha coxa, e em alguns momentos em minha parte íntima, me fazendo gemer, eu precisava dele e o mais rápido possível, eu precisava senti-lo.
Enlacei minhas pernas em sua cintura, para que ele acabasse logo com aquela tortura, e me preenchesse.
Sem palavras a mais, somente com aquele gesto, foi suficiente para que ele entendesse o recado de que eu o queria naquele exato momento e assim ele fez, soltei um gemido mais alto quando o senti me preencher e ele agarrou minha mão nos lençóis, as entrelaçando, os movimentos em seguida foram alternados entre mais lentos, mais rápidos e profundos, quando eu realmente gritava por seu nome, implorando para que ele não parasse.
Eu estava inebriada tamanho prazer e tesão, eu mexia meus quadris junto com ele, sentindo-o ir cada vez mais fundo e mais rápido.
Com mais uma estocada forte e se segurando dentro de mim por uns segundos, eu cheguei em meu clímax, gemendo mais alto, me contorcendo contra seu corpo e seu membro, o levando ao clímax em duas estocadas seguintes.
Com a respiração mais calma após o clímax, ele se jogou ao meu lado na cama, se cobrindo da cintura para baixo e cobrindo parte do meu corpo também.
- Isso foi realmente incrível - falei, sorrindo para ele, que ainda respirando ofegante, sorriu.
- Tenho que concordar.
Sorri para ele de volta, e minutos depois, quando tinha recuperado meu fôlego, me levantei da cama e comecei a caçar minhas roupas ou o que sobrou delas, que no caso foi somente meu vestido. Peguei minha calcinha para colocá-la na bolsa, que tinha caído e ficado no andar de baixo mesmo.
Ele somente me acompanhou e no andar de baixo, quando estava pronta para ir embora, com o táxi já acionado sem mesmo que ele soubesse que havia chamado um, paramos na porta de entrada.
- Eu posso te levar até em casa?! - falou, escorado na porta já aberta.
- Não precisa, obrigada, o táxi já está a caminho - fiquei um tempo em silêncio, até voltar a falar: - Espero que não me leve a mal por já estar indo embora, é que é melhor assim.
- Eu entendo, não fique preocupada - sorriu, doce, eu lhe retribui o sorriso. - Sexo casual.
Até fiquei mais aliviada por ele ter entendido aquela parte, que havia sido apenas sexo, incrível, porém sem pressão para um passo maior.
- Tchau.
- Tchau.
Assim me despedi, quando o táxi estacionou na rua em frente a sua casa. Virei as costas e segui até o veículo, sem olhar para trás, sem perguntar seu nome, ou pegar seu número de telefone. O que ficaria dele seria as memórias incríveis daquela noite incrível.

Duas semanas depois…

Antes de seguir para o trabalho, passei na cafeteria que sempre passava, tinha até de certa forma virado uma cliente vip, porém não era para menos, eles tinham os melhores cafés e bolinhos da cidade.
Fiz meu pedido e escolhi uma mesa mais ao fundo da cafeteria, eu preferia sair mais cedo de casa e tomar meu café tranquila do que sempre levar para viagem. Esse deveria ser um dos dias em que somente aprecio meu café, enquanto observava o lado de fora da janela de vidro da cafeteria, as pessoas indo e vindo nas calçadas, mas eu precisava adiantar o trabalho, então eu checava e respondia e-mails enquanto comia. Mas fui interrompida quando ouvi alguém me chamar, e ao olhar para a pessoa em pé à minha frente, sorrindo de lado, fiquei surpresa. Era uma cidade grande demais para nos esbarrarmos assim.
- Menina do bar?! – Será que esse mundo realmente era tão pequeno assim?
As duas semanas que haviam passado, não tinha retornado para o pub por conta do cansaço do trabalho. Mas meu corpo ainda reagia às lembranças daquela nossa noite.
- Oi. Ahn, o que faz aqui? – fechei meu computador, prestando atenção somente nele.
- Só vim pegar um café, como faço todos os dias - ele sorriu, meio sem jeito ao dar uma resposta óbvia a minha pergunta meio tonta.
- Todos os dias você vem até essa cafeteria?
- Sim. Essa mesma em que estamos - Ele parecia meio confuso, e eu ainda não acreditava naquela coincidência.
De alguns caras que eu conheci por uma noite, eu nunca havia me encontrado com eles por acaso na cidade. Por isso minha surpresa, ainda mais em saber que ele frequentava a mesma cafeteria que eu, todos os dias, assim como eu fazia também.
- Desculpa, é que eu venho aqui todos os dias também. E nunca havia te visto antes.
- Então temos algo em comum - seu sorriso alargou e eu não pude evitar de sorrir também.
- E você está indo para o pub agora?
- Na verdade não, lá só abre de noite. De manhã e de tarde eu sou engenheiro.
- Isso é legal, um engenheiro que também é bartender.
- Não só bartender.
- Como assim?
- Na verdade, eu sou o dono daquele pub - ele deve ter notado minha cara de surpresa. Ele sabia me surpreender. - Não fico só na administração, eu ajudo em tudo.
- Isso é incrível - era realmente incrível. - Bom, eu também infelizmente preciso ir trabalhar.
Falei, conferindo as horas no relógio e mais um pouco eu iria me atrasar.
- Nos esbarramos por aí de novo qualquer dia.
- Quem sabe. Tchau.
- Tchau.
E assim, com minhas coisas arrumadas, lancei um último olhar e sorriso para ele e saí da cafeteria.
No final de semana daquela mesma semana que havia encontrado o bartender - e dono do pub - na cafeteria, recebi a ligação da minha amiga, , pedindo para que eu a acompanhasse até o pub. Eu não estava tão afim de sair de casa, era um dos dias em que queria somente aproveitar meu sofá, ficando totalmente largada nele, mas ao mesmo tempo seria bom ir para extravasar a semana cansativa que havia tido no trabalho.
Ela até marcou de se arrumar comigo em meu apartamento, e eu topei.
Assim que chegamos ao pub, na qual fomos de táxi mesmo que eu tivesse deixado avisada que não iria extrapolar os limites na bebida naquela noite. Fomos direto para o bar, bom, foi me puxando até o bar. Assim que chegamos no balcão, ela faltou se deitar nele, enquanto eu já me sentei em um dos banquinhos disponíveis ali.
E daí que a maior parte das vezes eu já chego nos lugares procurando lugar para sentar? Isso não quer dizer nada.
E adivinha quem foi que nos atendeu?
Isso mesmo, o bartender gostoso que eu não acharia ruim se tivéssemos mais uma daquela noite que tivemos na casa dele.
- O que irão querer? - seu sorriso foi de orelha a orelha quando ele me viu sentadinha ali, também o olhando, sorrindo.
- Tequila, por favor. – pediu.
- Tequila saindo.
- Meu Deus, que gato. – falou em tom meio baixo por ele estar de costas, porém próximo da gente, pegando somente dois copinhos de shot e a garrafa.
- Muito gato. - concordei falando em um tom de voz mais baixo.
- Tequila para as moças – ele colocou os copinhos em nossa frente, os enchendo da bebida, piscando para mim em seguida.
- Eu vou para a pista de dança, você vem? - me chamou, depois de virar o shot de bebida, e eu fiquei meio na dúvida, porém concordei e segui ela.
Quando a música que eu amava dançar acabou, saí da pista indo novamente direto para o bar.
Voltei a me sentar na parte do bar onde o bartender estava com as mãos espalmadas no balcão, me esperando sorrindo de lado. Eu tinha percebido, enquanto dançava, seus olhares nada discretos para mim, mesmo que a dança não tivesse sido daquelas sensuais.
- O que vai agora?
- Uma água.
- Você quem manda.
No lugar onde estava mesmo, ele só se agachou um pouco e pegou uma garrafinha de água logo embaixo do balcão.
- Sua amiga parece empolgada e se divertindo bastante. – Olhei para a pista de dança e encontrei dançando e rindo com uns rapazes e moças.
- Parece que sim – soltei uma risada, voltando a olhar para ele.
- Você estava ótima dançando também.
- Não seja bobo, eu sei que danço mal.
- Não mesmo - ele olhou ao redor enquanto se apoiava no balcão sobre os cotovelos e se aproximava ainda mais de mim. Instintivamente me aproximei mais também. - Você não tem ideia do que fez comigo. Estou literalmente me segurando para não te agarrar aqui, agora mesmo e arrancar esse vestido do seu corpo. - Me arrepiei da cabeça aos pés com tom de sua voz rouca e suas palavras.
- Por que ainda não arrancou? - falei em tom de voz baixo também, vendo seus olhos escurecerem com a minha resposta.
Aos tropeços por estarmos aos beijos, ele fechou a porta de uma sala mais afastada do bar, onde provavelmente deveria ser o seu ou um dos escritórios do pub. A passos cegos, fui indo para trás enquanto ele ia me levando com seu corpo para trás, senti a borda de uma mesa bater em minhas coxas. Foi no mesmo momento em que sem ver o que estava fazendo, ele simplesmente passou o braço esquerdo pela mesa derrubando parte das coisas que tinha ali em cima. Com pressa por precisar dele em mim naquele mesmo momento e para que ninguém nos interrompesse antes que tivéssemos terminado, desci minhas mãos até soltar o botão e descer o zíper de sua calça jeans. Pude sentir muito bem, ele estava tão excitado quanto eu.
Sua boca distribuía beijos molhados por várias partes do meu pescoço, me dando quase certeza de que marcas iriam ficar. Cada uma de suas mãos foram até as alças do meu vestido, onde sem nem hesitar, ele as puxou para baixo, as levando até meus braços e deixando meus seios expostos. Seu olhar novamente brilhou ao vê-los e um arrepio tomou conta da minha nuca, não segurei um gemido quando senti sua boca fazer um trabalho espetacular em uma dos meus seios, enquanto sua mão apertava com firmeza o outro.
Eu já não aguentava mais esperar, estava transbordando de puro desejo e excitação por ele, se eu não o tivesse dentro de mim naquele mesmo instante, eu poderia explodir. Peguei em seu rosto e o levei até mim, ficando a poucos milímetros da minha boca até a boca dele e disse com total afirmação: - Preciso de você dentro de mim, agora - enfatizei bem o "agora".
Ele, graças aos céus, entendeu bem o recado e não perdeu tempo, me virou de costas para ele, deslizou suas mãos por minhas costas expostas e afundou o punho em meus cabelos, me pressionou para baixo me fazendo deitar e me pressionando contra a superfície da mesa.
Com a mão livre, que não segurava meus cabelos, ele levantou a saia do meu vestido, terminou de baixar suas roupas e um gemido alto saiu da boca de ambos quando ele me preencheu fundo.
Eu segurava firme a borda da mesa a minha frente, enquanto ele estocava com força e fundo, eu estava delirando. Escutar os gemidos delirantes dele de prazer só me excitava ainda mais, me fazendo ficar cada vez mais pertinho de atingir o clímax.
Senti-lo dentro de mim era uma sensação muito louca, e me fazia perder totalmente o controle.
Um gemido alto escapou do fundo de minha garganta quando o clímax me atingiu, no mesmo momento em que ele estocou mais fundo e com força, se mantendo parado uns segundos ali dentro de mim, consequentemente, ao retrair minha parte íntima, ele também atingiu o clímax.
- Cada vez que fazemos isso, fica ainda melhor – ele sorriu, enquanto ajeitava a cueca e a calça em seu corpo, eu já estava virada de frente para ele, ajeitando meu vestido e cabelo.
- Concordo plenamente.
Parecia algo incrível, quanto mais eu o tinha, mais eu o desejava.
- Preciso ir - falei, sorrindo, pegando minha bolsa e colocando sobre o ombro.
- Te acompanho - ele apontou com a mão em direção a porta, indicando que eu fosse primeiro assim que a abriu.
- , se já não foi embora, deve estar me procurando feito doida.
- Se precisar te levo para casa.
- Não quero te tirar ou te distrair do seu trabalho outra vez.
- Desconheço distração melhor que essa, principalmente quando é com você.
Não consegui reprimir um sorrisinho com sua última fala.
- Obrigada. Mas eu acho ou pego um táxi.
- Tem certeza?
- Sim.
- Tchau - parei quando enfim lembrei de uma coisa, que passei a ficar muito curiosa para saber.
- Eu até agora não sei o seu nome.
- Me chamo . E o seu?
- - ele sorriu de lado, assentindo. - Até, .
- Até mais, - meu nome ficava tão melhor saindo da boca daquele homem, que eu poderia escutá-lo repetir uma noite toda.

- Até que enfim consegui fazer contato com a senhorita, - atendi ao celular na manhã seguinte, mais dormindo que acordada.
- Desculpa, eu saí por um momento daquela muvuca que estava no pub ontem.
- Você do nada sumiu, não consegui te achar nos lugares - sorri com a lembrança da transa incrível com Aiden. - Mas me diz, como é transar com aquele bartender gato?
- Como você...?
- Eu vi, amiga, quando você e ele estavam indo para um canto mais reservado.
- É totalmente incrível - falei, rindo e passando a mão no rosto, tirando os cabelos que caíram ali.
- Ah, sua safada.
- É absurda a maneira que ele desperta em mim meus instintos mais sacanas.
- Então quer dizer que não é a primeira vez que vocês dormem juntos?
- Não. E quanto mais eu o tenho, mais eu o quero.
- Meu Deus, amiga. Só cuidado para não se apaixonar, hein?!
- Pode deixar, me apaixonar não está nos planos. Estamos nos divertindo dessa forma.
- É possível, sim, Charlotte. Mas não seria de todo ruim pra ti, ter ele todo dia.
- Não mesmo, mas paixão agora não é prioridade.
Assim que encerrei a chamada com , meu estômago deu sinal de vida. Era hora do café da manhã.
Fiquei um tempo observando minha cozinha, tentando criar coragem para cozinhar o que eu estava sentindo vontade, porém demoraria muito tempo e eu estava faminta, o melhor então seria comprar já pronto. Fazendo isso, me troquei e saí do apartamento, rumo a padaria mais próxima, que eu sabia que tinha os melhores bolos e pães.
Chegando assim em frente da padaria meu celular apitou indicando um novo email, curiosa para saber sobre o que se tratava, fui olhar na barra de notificações no mesmo instante que abria a porta da padaria, quando então acabei trombando com alguém.
Ao erguer meu rosto e prestar atenção no que fazia, para pedir desculpas, eu teria engasgado se estivesse tomando algum líquido.
Quando foi que o mundo encolheu tanto?
- ?! Puxa quanto tempo – ele me pegou ainda mais de surpresa, me abraçando, mas retribui o abraço normalmente para não ser mal educada.
- Alex?! O que-o que faz por aqui? - detalhe o bairro que ele morava era na outra ponta da cidade, meio longe dali do meu bairro.
- Ouvi tanto falar desse lugar, que aproveitei que não tinha trabalho hoje e vim verificar pessoalmente.
- Legal.
- Foi até bom que nos encontramos.
- Por quê? - eu já não achava tanto.
- Eu gostaria muito de falar com você?
- Sobre o que seria?
- Não quer fazer o pedido e escolhemos uma mesa, então aí podemos conversar melhor?!
- Tudo bem - será que seria uma boa ideia?
Com calma fiz meu pedido no balcão, enquanto ele escolhia uma mesa, com o pedido em mãos, só assim fui até ele, que foi cavalheiro e puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar.
Antes que ele se sentasse, me pediu um minuto, indo até o balcão, e trouxe consigo em seguida um pedaço grande da torta doce que sempre pedíamos nos lugares que íamos e tinha dessa torta, e dividimos, quando ainda estávamos nos relacionando.
- A sua torta preferida – ele colocou o prato no meio da mesa.
- Obrigada – sorri, gentil a ele.
- Como estão as coisas, ?
- Estão bem. Melhores do que o esperado.
- Fico muito feliz por saber – ficamos uns segundos sem dizer nada.
- Então, o que você queria conversar comigo? – tomei um gole do meu café.
- Eu andei pensando muito, nesses dias em que ficamos longe um do outro. E percebi muitas coisas, mas a principal delas é que... É você que eu quero ter ao meu lado. Sempre foi você, .
- Quer dizer que você quer reatar?
- Sendo bem direto, sim - fiquei uns segundos sem dizer nada, processando aquilo tudo somente.
- Olha, Alex, você quando pediu aquele tempo, eu tive que seguir minha vida, em alguns aspectos tive até que refazê-la. E agora tudo está diferente, não é mais a mesma coisa. Eu não sou mais a mesma de antes.
- O que você quer dizer com isso?
- Que eu não tenho mais a mesma certeza de que é realmente isso que quero para mim.
- Acho que entendo - seu sorriso murchou um pouco, e apesar de tudo eu não queria vê-lo mal.
- Olha, sendo direta e sincera: eu não te amo o suficiente para me casar com você, Alex. Não como eu te amava antes.
- Eu entendo de verdade, afinal, eu que fiz aquela merda.
- Você precisava daquilo, não podíamos casar sem antes termos total certeza do que estávamos fazendo.

De noite, ao reviver aquela manhã e aquela conversa que tive com Alex, percebi que eu precisava muito me distrair. Então me arrumei e sem contatar , perguntando se ela queria ir junto comigo, eu fui até o pub. E assim que eu cheguei, fui direto e já me sentei no banco do bar e logo veio até mim.
- Olá, . O que vai querer para hoje? - seu sorrisinho de canto se desfez quando ele provavelmente percebeu que meu humor não estava o mesmo de quando sempre nos víamos.
- Oi. Eu quero, por favor, uma bebida bem forte.
- O que aconteceu para já começar chutando o balde?
- Quero chutar quem praticamente me chutou um dia.
- Tudo bem – e então eu percebi como aquela frase saiu.
- Não é exatamente assim. Eu não fui exatamente chutada, pediram um tempo.
- Você foi chutada.
- É. Eu fui. - me entregou a bebida e espalmou as mãos no balcão. - Mas por que ele vem agora com papinho e querendo reatar?
Tive que falar quase gritando pois a música que começava estava bem mais alta do que tocava anteriormente, e ele parecia não estar me entendendo bem. Ele olhou dos seus dois lados, me olhando em seguida.
- Tudo bem, vem comigo - ele acenou, saindo andando até sair de trás do balcão, mas não sem antes parar em um moço, cochichando algo em seu ouvido, fazendo o mesmo acenar em concordância com a cabeça. Quando saiu, foi até mim, pegou minha mão e foi me guiando até o lado de fora do pub.
- Para onde estamos indo?
- Para minha casa, poderemos conversar melhor lá. Te faço mais bebidas se quiser.
Não protestei, seria melhor assim, eu queria conversar e no pub não estava sendo um ótimo lugar para aquilo no momento.
Chegando em seu carro, ele abriu a porta do passageiro para mim, a fechando quando entrei e deu a volta, entrando no lado do motorista.
Chegando em sua casa, parou na garagem, descemos e eu já fui invadida por lembranças da noite que nos conhecemos e fomos parar ali na sua casa.
Ao passar pela porta da garagem para dentro da casa, as lembranças ficaram ainda mais fortes e vívidas.
- Vamos até a cozinha. Vou preparar bebida e você me explica melhor isso que aconteceu.
No momento em que ele preparava bebida, não falávamos sobre exatamente nada, eu só sabia observar os movimentos que seu corpo e principalmente seus braços faziam. Sua concentração estava total nas bebidas e aquilo já estava acendendo uma chama em meu corpo.
Com as bebidas em mãos, fomos até a sala e nos sentamos no enorme e macio sofá.
- Agora pode me explicar como e por que foi chutada.
- Eu o amava pra caramba, achava que estava feliz e principalmente que estava o fazendo feliz também, mas em um simples dia, ele chegou em mim e disse que seria melhor darmos um tempo. Para sabermos então se era realmente aquilo que queríamos. Se queríamos um ao outro.
- E hoje ele te ligou?
- Não. Nós nos encontramos por acaso na rua - tomei um gole da minha bebida e ele fez o mesmo.
- E pediu para voltar com você?
- Sim - outro gole na minha bebida.
- É bem simples na verdade, ele só se cansou das outras mulheres, e então depois de farrear quer agora voltar com a segunda opção, que é você.
- Eu não vou voltar com ele, não o amo o suficiente para me casar com ele.
- Vocês estavam noivos? - Sua cara de surpresa foi evidente.
- Sim. Esse tempo foi realmente bom, percebi que não o amo, não mais.
- Mas ainda pensa nele?
- Agora, sim. Por ele ter aparecido e pedido pra voltar. Não consegui pensar em outra coisa a tarde toda, se não nisso.
Ficamos uns segundos calados, até ele voltar a falar:
- Mas tem tantas outras coisas melhores para se pensar - entendi o que ele quis dizer, principalmente ao ver seus olhos mais escuros e seu sorriso de canto.
- E não é que você está certo?!
Sorri, dando o primeiro passo, agarrei com certa força a gola de sua camiseta e o puxei para mim, encontrando nossas bocas em um beijo, que num passe de mágicas se tornou urgente e quente.
Passei minha perna direita por seu corpo, me sentando em seu colo. Um de seus braços estava em torno de meu corpo me puxando para ainda mais perto dele, enquanto a outra mão segurava com firmeza meus cabelos. Por sorte nossos copos de bebida haviam sido deixados na mesinha de centro antes do beijo começar, se não já teríamos os derrubado.
Eu fazia com meu corpo movimentos de vai e vem, a fim de fazer bastante fricção entre nossas partes íntimas e mesmo estando de roupas eu podia sentir muito bem que já estava pronto para mim, assim como eu já ardia por ele. Com essa fricção consegui arrancar muitos gemidos de , que durante o beijo mordia meu lábio inferior e o puxava com os dentes.
Eu já não via a hora de arrancar todas as roupas dele e tê-lo nú só para mim. Mas antes disso eu tive uma grande ideia.
Agarrei a barra da camiseta que ele vestia e não pensei duas vezes em tirá-la de seu corpo. Grudei novamente nossos lábios em um beijo mais curto dessa vez, pois desci lentamente minhas mãos por seu abdômen e as subi arranhando ali de leve, recebendo dele um suspiro profundo.
Queria muito continuar ali em seu colo, mas ansiosa para o que eu iria aprontar, saí de cima de seu colo, recebendo da parte de um grunhido de insatisfação, porém um olhar flamejante e curioso em seguida, ao me ver de joelhos em sua frente, entre suas pernas.
Ao colocar minhas mãos sobre o cós da calça jeans que ele usava, pude reparar nitidamente em seus olhos que ele me esperava sem fôlego de tanta ansiedade. Abri o zíper e o botão, saboreando o longo e profundo gemido que ele soltou, o fazendo assim agarrar a almofada que estava ao seu lado.
Com a calça já bem longe do seu corpo, a única coisa que ainda faltava no corpo dele era a peça de roupa íntima na qual ainda não iria tirar. Passei as mãos devagar por sua excitação, o vendo agarrar com ainda mais força a almofada, eu mal tinha começado e ele já estava pulsando.
A cada movimento e apertadinha que eu dava em seu membro por cima da peça íntima, seu olhar ficava ainda mais em pura chama.
Satisfeita ao torturá-lo um pouquinho por cima daquela peça íntima, resolvi que era hora de dar adeus, que com a ajuda dele ela foi parar ao chão rapidinho. Meu corpo se arrepiou quando de sua boca com a voz rouca saiu um palavrão, ao sentir minha boca ali, onde ele tanto me desejava. Comecei bem devagar, atenta a cada gemido e gesto que fazia, com a mão que ele não agarrou a almofada, ele levou até meus cabelos, segurando boa parte que conseguia e ali me ajudou nos movimentos, mas era eu quem a todo momento dava os comandos. Quando eu queria vê-lo gemer mais alto, aumentava os movimentos, quando queria vê-lo implorar, diminuía.
Uma tortura que eu estava me deliciando.
Ao perceber que ele estava prestes a chegar ao orgasmo, parei o que fazia com a boca, passando minha mão por toda sua extensão em um vai e vem duas vezes, recebendo um gemido sôfrego de frustração, mas eu não queria que ele chegasse ainda, não sem que estivesse dentro de mim.
Com a excitação nas alturas, ele voltou a me agarrar e me puxou de volta até seu colo, onde as pressas tirou minha roupa.
- Eu vou te foder com tanta força, que você vai esquecer que conheceu aquele idiota - um suspiro sôfrego escapou de minha garganta com a intensidade e seriedade de suas palavras e tom de voz.
Minhas roupas voaram para todos os cantos daquela enorme sala, mas eu estava ocupada demais me contorcendo em seu corpo - enquanto sua mão e boca dava total atenção aos meus seios já sem sutiã -, para pensar naquilo naquele momento.
Ele inverteu as posições me colocando deitada no sofá e ficando por cima dessa vez, me deu um beijo e mordendo meu lábio inferior em seguida.
- Eu volto em um segundo - disse, rindo de lado, típico riso de que ele iria aprontar.
Poucos segundos depois ele voltou, dessa vez segurando uma garrafa de tequila na mão, fiquei bem curiosa para saber o que ele faria com aquilo.
voltou a se ajeitar entre minhas pernas, chegando perto da minha boca mordendo meu lábio e falando:
- Está pronta, baby, para brincar de body shot?
Sem esperar resposta, se afastou de meus lábios, e observei ele em seguida derramando uma quantidade bem generosa de tequila em minha barriga. Suspirei fundo, sentindo a bebida um pouco gelada - mesmo estando fora da geladeira - em contato com meu corpo quente pelo tesão.
Ele sugou com delicadeza, mas com muita sensualidade a bebida da minha barriga, em seguida passou a língua pela minha pele, subindo para meus seios, onde o passou pelo bico de um seio para em seguida sugá-lo com vontade, me fazendo fechar os olhos e erguer meus quadris em direção ao seu membro latejante.
Seu ato seguinte foi derramar mais tequila em mim, dessa vez no outro seio, sem se importar se iria derramar bebida no tecido do sofá. A quantidade que ficou no meu seio e não escorreu ele sugou, me levando ao delírio total.
colocou uma quantidade de tequila em sua boca, vindo até minha boca e colou nossos lábios, onde ali no beijo pude provar da tequila.
Colocando a garrafa de tequila na mesinha de centro, ele voltou a descer seus beijos e mordiscadas na minha pele, chegando ao pé da minha barriga, eu já não conseguia mais respirar direito por tamanha expectativa do que ele faria em seguida.
Agarrando com força minhas coxas, ele as beijou, dando leves mordidas ali. Mas o que ele fez em seguida, arrancou um gemido alto de mim, me fazendo arquear as costas e com uma mão agarrar o encosto do sofá ao meu lado. Seu lábios em minha intimidade me levavam ao inferno me deixando em chamas para em seguida me levar ao céu.
Ele sabia tão bem o que estava fazendo, e não satisfeito adicionou também dois dedos em mim, fazendo meus dedos se apertarem com mais força no tecido do sofá.
Minha outra mão livre foi até seus cabelos, os apertando sem muita força.
Minhas costas arqueavam, gemidos altos saíam de minha boca, minha respiração era cada vez mais pesada conforme fazia um trabalho fantástico no meio de minhas pernas com a boca e os dedos.
Quando ele percebeu que eu iria chegar ao clímax, ele parou, subindo seu rosto até o meu novamente, sorrindo ainda mais malandro.
- Por que parou?
- Porque você só irá chegar gozar quando eu estiver dentro de você. Quero te sentir se contorcer e se contrair sobre mim.
Após sussurrar sobre meus lábios, ele me beijou de forma mais quente.
Assim troquei nossas posições o fazendo deitar no sofá e eu ficando por cima sobre ele.
Ao se proteger devidamente como das outras vezes, espalmei minhas mãos em seu abdômen e fui descendo meu quadril, me encaixando perfeitamente nele. Suas mãos apertavam com mais força minha cintura.
Em movimentos frenéticos de sobe e desce, alternando entre mais lentos e mais rápidos, ajudava movimentando também seus quadris.
Eu estava tomada por inteira, por desejo e prazer, que mantinha mais meus olhos fechados, e minha boca entreaberta.
Em um movimento, se sentou no sofá, ainda comigo em seu colo, os barulhos que fazíamos se tornaram ainda mais altos, mas mal conseguimos pensar nos vizinhos que podiam estar ouvindo.
Seus lábios se grudaram aos meus em um beijo.
Mais gemidos e suspiros preenchiam cada mínimo cantinho daquela sala, era difícil reprimir qualquer gesto e som de prazer.
Alguns momentos ele voltava a sugar meus seios e pescoço, na qual eu não tinha certeza que não iriam ficar marcas depois.
Eu sentia que estava cada vez mais próxima do clímax, passei assim meus braços por volta do pescoço de .
- Deus… você é incrível - ele disse, sussurrando em meu ouvido, seus lábios tocando a pele da minha orelha.
Em mais alguns movimentos de vai e vem, cheguei ao orgasmo me agarrando a ele, e gemendo em seu ouvido, o sentindo se agarrar e se apertar a mim também, chegando também ao orgasmo.
Com o corpo totalmente relaxado, continuei ali por um pequeno tempinho, sentada em seu colo com o corpo sobre o dele, abraçada a ele.
- Você desperta em mim um lado que eu não conhecia. Um fogo que acende e transborda - uma combinação de nervosismo e empolgação reviram meu estômago, ao ouvi-lo dizer aquilo, seguido de um beijo profundo.

Semanas depois…

Um tempo se passou, eu e muitas vezes ainda havíamos nos encontrado e consequentemente acontecido sexo louco, selvagem e marcante, mas há uns dias eu não havia conseguido aparecer no pub, estava enrolada com algumas pendentes e novas coisas no trabalho, e a festa do meu aniversário, a qual quis fazer algo bem extravagante de tantos detalhes, mas que seria no terraço do prédio dela. Então eu tive que ajudá-la a organizar e montar tudo. Eu até estava com saudades de falar com , não só saudades da conversa em si, vou confessar. Mas como não tínhamos trocado números de telefone, acabamos por ficar esse tempo sem nos ver. E quando eu ia na cafeteria era sempre bem mais cedo, então aí é que não nos encontrávamos mesmo.
O dia da festa tinha chegado, eu já tinha dado uma boa volta pelo terraço e cumprimentado o maior número possível de pessoas que eu conhecia e até as que eu não conhecia, mas que tinha vindo com outras pessoas.
Eu então resolvi dar um tempinho e descansar, nisso me apoiei no guarda corpo do terraço, observando a magnífica vista que eu tinha bem a minha frente da cidade. Era um sábado e o sol já estava começando a querer se pôr e por um momento, depois de tanto tempo, olhei para dentro de mim mesma e pude perceber o quanto eu estava feliz. Eu podia ter terminado um relacionamento de tanto tempo, que muitos julgavam ser para vida toda, estava tendo somente encontros casuais com uma pessoa incrível, mas de qualquer forma eu estava me transbordando de felicidade.
- O que está se passando nessa cabecinha brilhante? - chegou até mim, me entregando uma garrafa de cerveja, que aceitei de bom grado.
- Por incrível que pareça, nada preocupante - sorri, dando um gole na cerveja.
- Deixa eu ver se adivinho - ela fechou os olhos, fingindo ler minha mente. - Você está pensando no bartender bonitão.
- Quase lá.
- Vocês conseguiram se encontrar durante essas semanas?
- Infelizmente não.
- Puxa, justo quando você estava mais precisando dos dotes dele na cama.
- , sua tarada - ri e ela sorriu meiga.
- É sério, amiga, você estava muito estressada e precisava relaxar.
- Eu estava e estou bem, obrigada.
- Mas por falar no bonitão, olha ele ali - ele apontou e eu segui com o olhar.
Lá estava ele todo lindo, abrindo uma cerveja enquanto conversava com uma pessoa que… espera aí…
- Aquele não é o Alex? - perguntou, surpresa ao vê-lo conversando com , eu fiquei ainda mais surpresa que ela.
- Você o convidou?
- Não, gata, só convidei o bartender. Ele deve ter vindo com amigos em comum de vocês - fazia sentido, de amigos em comum até que tínhamos bastante. - Bom, eu vou dar mais uma rodada por aí. Fica bem.
- Tudo bem.
Voltei então a prestar atenção na paisagem à minha frente até que senti alguém parar ao meu lado, minha esperança era que fosse mas o perfume que a pessoa usava não era o dele.
- Parabéns, . Espero que não se incomode de eu ter vindo.
- Não, tudo bem. E obrigada - sorri para ele.
- Você se importa de conversarmos em um lugar mais calmo?
- Claro, vamos lá.
Fui na sua frente até a escada de incêndio em um lugar mais afastado de onde a festa acontecia.
Ali então conseguimos acertar coisas pendentes que ainda poderiam haver entre nós.
- Eu sinto muito, Alex, por isso. Mas tenho certeza que você irá encontrar uma pessoa ainda melhor que eu.
- Não, você é única, . Alguém melhor será difícil.
- Mas não é impossível.
- Qual é o nome dele? - Alex me perguntou, me deixando um pouco confusa.
- O nome de quem?
- Do cara que você está apaixonada.
- Quem disse que estou apaixonada por alguém?
- É que você parece diferente. Você fica com esse lindo brilho nos olhos quando está apaixonada - eu não estava apaixonada por ninguém, e se eu estivesse eu mesma ainda não sabia.
- Não é amor. É só que consegui tirar um pequeno tempinho e percebi o quanto eu estou feliz.
- E eu fico muito feliz por você.
- Obrigada. Foi bom o tempo que passamos juntos, só não era para acontecer de irmos mais longe nisso.
- Foi ótimo o tempo que te tive ao seu lado. Obrigado.
- Não há o que agradecer - me levantei da escada e ele também, ficamos um de frente para o outro.
- Tem sim, você me fez feliz.
- Você também me fez feliz. - Por fim dei um abraço nele, era oficialmente uma despedida. Não sei quanto a nossa amizade, mas ao relacionamento que um dia tivemos.
Saí do abraço, subindo as escadas, olhando para ele uma última vez e sorrindo antes de voltar para a festa.

Joguei em direção à cama e ele caiu sentado na mesma, com certa pressa, sem muita paciência para tanto tempo de preliminar, já o querendo ardentemente, tirei a camiseta que ele usava e me arrumei em seu colo, ficando bem colada ao seu corpo. Grudei nossos lábios novamente em um beijo urgente, o qual ele correspondia a altura.
Mas eu ainda não conseguia parar de pensar no que Alex tinha dito em relação a eu estar apaixonada, aquilo realmente havia me deixado intrigada. E se eu realmente estivesse e não soubesse? foi o cara com quem mais havia ficado naqueles últimos tempos, mas eu não sentia que estava apaixonada por ele.
- Está tudo bem? - perguntou quando ele percebeu que eu parei um pouco enquanto ele beijava meu pescoço.
- Estou, sim.
- Pode me falar a verdade, se quiser - sua mão foi até a lateral do meu rosto, fazendo carinho no local.
- É que... E se um dia a gente acabasse se apaixonando um pelo outro? O que aconteceria depois?
- Como assim, depois?
- O que você faria?
- Eu não sei.
- Por quê?
- Não quero mais ficar sozinho, mas não tenho ideia de como deixar alguém entrar.
- Bom, quando souber. Você sabe onde me encontrar - falei baixo com nossos lábios se tocando. O sorriso que ele deu em seguida aqueceu meu coração. Eu soube que ele realmente me procuraria quando descobrisse.
Levantei de seu colo, peguei sua camiseta que estava no chão, e estendia minha mão para ele.
- Vem, vamos voltar para a festa - ele aceitou de bom grado minha mão. E assim voltamos para festa sem pensar em muitas coisas naquele momento.
Ninguém precisava sair com o coração partido, quando soubéssemos como amar alguém de novo e como deixar alguém entrar, tentaremos juntos. Enquanto isso, sem cobranças e rótulos, se não estávamos onde deveríamos estar, o destino ia se encarregar de nos levar até lá.




Fim



Nota da autora: Sem nota.

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