Único
Eu conheci Steve Rogers do jeito mais idiota possível.
Era um dia qualquer e por algum motivo eu estava com pressa. Com muita pressa. Carregava uma infinidade de sacolas com minhas compras para as semanas seguintes e andava rápido, olhando para o lado oposto da rua sempre que podia em uma tentativa de avistar algum táxi vazio, porque mesmo que eu morasse perto, meus braços já estavam me matando com todo aquele peso que eu achava que podia carregar.
Um deles virou na esquina, e eu corri um pouco, andando de costas, enquanto tentava fazer sinal, até que trombei com algo e caí no chão, de quatro, minhas compras se espalhando ao meu redor. Pela rigidez, eu achei que tinha sido um poste ou uma parede, mas me surpreendi quando ele pediu desculpas, prontamente me ajudando a levantar e juntar as compras.
Ele é… bem, você já pode imaginar. Ele é um colosso. Usava uma combinação simples de jeans, camiseta azul e boné, mas, ainda assim, minha respiração entalou na garganta quando o vi.
Ele ficou desesperado quando reparou minha meia calça rasgada na altura do joelho, a pele ralada sangrando um pouco, assim como a palma da minha mão direita, e se ofereceu para levar minhas compras até em casa. Primeiro eu desconfiei, achando que ele podia ser um psicopata apenas querendo saber onde eu morava, mas quando ele levantou um pouco a cabeça e eu pude encarar os olhos azuis preocupados, eu soube que estava perdida.
Ele se apresentou somente como Steve e carregou minhas compras como se fosse um saco de penas. Deixou as sacolas no chão da minha cozinha, certificou-se de que eu tinha lavado e feito curativo em ambos os meus machucados antes de sequer saber meu nome.
— . – eu me apresentei, enquanto ele ria desconcertado.
— Me ligue se precisar de alguma ajuda, . – e me entregou um cartão pouco antes de sair. E, é óbvio, eu passei os dias seguintes procurando uma boa desculpa para ligar para ele.
O nome no cartão dizia Steve Rogers e me soava conhecido, mas eu demorei muito a fazer a associação.
Eu desisti de buscar uma boa desculpa e fiquei com uma ruim mesmo. Telefonei três dias depois, dizendo que precisava de ajuda e que contaria tudo enquanto tomávamos um café no dia seguinte. Naquela quinta à tarde, enquanto eu tomava meu cappuccino e ele um café preto, Steve me perguntou no que eu precisava de ajuda.
— Uma amiga vai casar no fim do mês. – Eu comecei, no meu limite de cara de pau. – Preciso que você me ajude sendo meu acompanhante.
Ele sorriu um sorriso deslumbrante e eu tive uma síncope.
Foi em algum momento entre o nosso primeiro e segundo encontro que eu me dei conta que ele era aquele Steve Rogers. O Capitão América. O que tinha sido encontrado congelado no fundo do oceano. Apesar disso, quando nos encontramos de novo, preferi não falar nada sobre isso, porque ele também não havia tocado no assunto.
Nós éramos completamente diferentes. Steve falava quando precisava, eu adorava tagarelar. Eu era adepta de todas as mais novas tecnologias, ele ainda estava se adaptando à nova realidade. Ele era todo formal e eu era muito desbocada. Éramos dois produtos perfeitos de suas respectivas épocas, mas ele estava na época errada. E apesar disso, nos demos muito bem, rindo muito quando nos desencontrávamos em alguma coisa.
Tivemos uma série de encontros e cada vez que eu o via, mais fodida eu estava. Em primeiro lugar, porque ele era um cavalheiro de primeira classe, um estoque infinito de gentileza e elogios escondidos na manga. Em segundo lugar, porque o homem era gostoso demais e eu estava desesperada para tê-lo entre minhas pernas, mas, ironicamente, ele era cavalheiro demais pra isso.
Todo encontro era a mesma coisa. Steve me deixava na porta do meu apartamento, me dava um beijo de despedida, mas se mantinha afastado, as mãos respeitosamente posicionadas em minhas costas, e depois ia embora, me deixando sozinha, frustrada e subindo pelas paredes.
Cheguei a achar que ele não me desejava e era gentil demais pra dizer isso. Até que o casamento chegou. Eu escolhi um vestido azul claro, de tecido maleável que flutuava ao meu redor. Assim que Steve apareceu para me buscar, eu o vi abrir e fechar a boca algumas vezes, o pomo de adão subindo e descendo repetidamente antes de conseguir falar.
— Você está…
— Gostosa? – completei quando ele hesitou, vendo-o corar imediatamente.
— Deslumbrante. – ele sorriu, o tom rosado ainda em suas bochechas. Eu sorri de volta, aceitando o elogio.
Ele passou a noite toda bem próximo de mim, a mão sempre em minha cintura, lançando alguns olhares furtivos para o meu decote quando achava que eu não estava olhando. Ao me levar de volta pra casa, eu o convidei para entrar, como sempre, e dessa vez ele o fez. Steve me beijou contra a bancada da cozinha, todo o corpo colado no meu, mas logo foi embora, gaguejando uma despedida e me deixando em chamas.
Nosso próximo encontro seria minha cartada final.
Convidei-o para jantar em minha casa e ele aceitou. Chegou vestindo calça jeans, uma blusa azul marinho de botões e trazendo um buquê de flores para mim. Eu o recebi usando regata de cetim e mini saia de pregas, fazendo questão de cruzar as pernas quando nos sentamos para tomar uma taça de Chardonnay enquanto o salmão ficava pronto. Steve resistiu para não encarar, mas o fez mesmo assim.
Durante o jantar, eu percebi como ele quase não tocou no vinho.
— Sabe, eu escolhi o vinho porque combina com o salmão, mas tenho algumas cervejas na geladeira, se você preferir. – ele me olhou com confusão por um instante, mas depois sorriu, negando com a cabeça.
— Não é nada específico, é só que… eu não posso ficar bêbado. – suspirou, apontando de forma genérica para si próprio. – Por causa do soro. Não importa o quanto eu beba.
Foi a primeira vez que ele mencionou qualquer coisa relacionada à sua identidade de Capitão América.
— Nem um pouquinho? Nem um buzz?– ele negou com a cabeça. Eu suspirei, levando a taça à boca novamente. – Isso deve ser um saco.
Ao ouvir a resposta que provavelmente não esperava, Steve gargalhou, jogando a cabeça para trás, e eu ri junto, porque eram raros os momentos em que ele se mostrava realmente relaxado.
— Obrigado. – ele murmurou, ainda sorrindo um pouco, deixando os talheres de lado e esticando a mão sobre a mesa para segurar a minha.
— Pelo jantar?
— Por ter convidado o Steve Rogers e não o Capitão América. – ele piscou devagar, as orbes azuis brilhando serenas enquanto me olhava. Eu derreti por dentro. – E por nunca ter tocado no assunto, eu acho.
Eu levantei nossos dedos entrelaçados, beijando os dele, antes de sorrir de volta.
— Foi o Steve Rogers que me ajudou no dia que eu caí e foi ele quem me conquistou cada dia um pouquinho mais. E para ser muito sincera, eu levei um tempo pra me tocar quem você era. – Eu fiz uma careta e ele riu novamente. – Mas agora, espero que Steve Rogers goste de cheesecake de morango.
Entre uma garfada e outra de cheesecake e conversas sem sentido, eu me vi sentada no colo de Steve, uma perna de cada lado de seu corpo no sofá, enquanto nos beijávamos do jeito que eu sempre quis. Suas mãos passearam pelo meu cabelo, antes de descerem pelas costas e pararem incertas em minhas costelas. Eu estava apoiada em seu peito largo, aproveitando-me da posição para rebolar sobre a ereção que ele não tinha como disfarçar, nem se quisesse.
— Posso te fazer uma pergunta, Steve Rogers? – eu sussurrei contra seus lábios e rebolei mais uma vez, ambos deixando ofegos escaparem. Ele assentiu, os olhos ainda fechados. – Você já esteve com uma mulher antes?
Ele abriu os olhos devagar, olhando para mim sob os cílios, enquanto eu brincava com o primeiro botão de sua camisa. Ele apenas negou com a cabeça, um movimento mínimo e quase imperceptível, os olhos ainda travados nos meus.
— Me avise se você quiser que eu pare, ok?
Em vez de responder, ele fez um carinho suave em minha bochecha, me puxando em seguida para colar seus lábios nos meus de maneira suave, antes que sua língua pedisse passagem novamente. Eu concedi de bom grado, abrindo os botões de sua camisa para finalmente acariciar a pele de seu peito e abdômen. Ele posicionou a outra mão na base do meu seio, o polegar vagando timidamente até roçar em meu mamilo protegido apenas pelo tecido fino da blusa. Meu corpo inteiro se arrepiou com o simples ato e eu me forcei contra ele novamente. Steve pareceu gostar daquela reação, porque repetiu o feito, a outra mão espelhando o gesto em meu outro seio, me fazendo rebolar ainda mais sobre sua excitação.
Quebrei o beijo, sentando ereta sobre ele, antes de descer as alças da blusa que usava, removendo aquela barreira que havia passado a ser incômoda. Steve envolveu meus seios com ambas as mãos, acariciando-os devagar enquanto estudava minhas reações.
Eu estava perdida. Eu estava completamente perdida porque estávamos só na segunda base e eu já estava gemendo o nome dele.
Com as mãos em minhas costas, ele me guiou para frente para abocanhar o mamilo direito e eu fechei minha mão em um punho ao redor do seu cabelo agora bagunçado. Aquilo pareceu o incentivar, girando a língua pela aréola antes de partir para o outro seio. Suas mãos exploraram minhas coxas, parando ao encontrar as alças da cinta-liga que seguravam minhas meias sete oitavos.
Seus lábios libertaram meu mamilo e Steve encostou a testa em minha clavícula, olhando para baixo e, apesar de eu não ter visto, senti quando suas mãos subiram um pouco minha saia. Ele arfou, pela primeira vez forçando os quadris contra os meus. Mais tarde, ele me contaria como a cinta-liga era uma peça que havia povoado todos os seus sonhos eróticos desde a adolescência, sendo responsável por muitas de suas ereções matinais. As pontas de seus dedos se afundaram na carne de minhas coxas quando eu rebolei de novo, e ele recostou a cabeça no sofá atrás de si de olhos fechados, um ofego escapando de seus lábios.
Eu sabia que ele dificilmente daria o primeiro passo, então segurei uma de suas mãos e a guiei em direção à minha virilha. Seus olhos abriram tão rápido que eu quase pude ouvir o estalo e eu senti quando ele hesitou, então parei, tentando lhe dar um sorriso reconfortante, mas desesperada por dentro. Eu já estava latejando de tanto tesão e a ideia de parar agora me fazia querer arrancar meus próprios cabelos, mas precisava respeitar o tempo dele. Enquanto todas essas questões passavam pela minha cabeça na velocidade da luz, Steve me observava, o cenho um pouco franzido, os olhos azuis brilhando em minha direção. Seu peito subia e descia rápido, a respiração descompassada, e eu tinha certeza que ele estava com tanto tesão quanto eu.
Os lábios avermelhados se abriram e fecharam algumas vezes, como se ele estivesse buscando o que falar. A voz saiu quase num sussurro quando ele finalmente verbalizou.
— Eu não… – bufou, frustrado. – , você vai ter que me ensinar.
Eu sorri, descendo o rosto até o seu para beijá-lo, nossas línguas dançando juntas num ritmo calmo e gostoso. Quando quebrei o beijo, permaneci perto, encarando os olhos que seriam a minha perdição. Acariciei seu rosto recém barbeado antes de responder.
— Vou te ensinar tudo que você quiser aprender, Steve.
Ele sorriu pequeno, os olhos brilhando na minha direção. O clima pareceu mudar entre nós e eu podia ver no fundo daquelas orbes azuis que Steve confiava em mim. Beijei-o novamente, trazendo sua mão mais uma vez em direção a minha intimidade e, dessa vez, ele não resistiu. O simples roçar de seus dedos sobre minha calcinha me fez quebrar o beijo e gemer contra sua boca. Aquela seria uma noite e tanto.
— Não tem segredo. – Murmurei contra seus lábios, enquanto puxava minha calcinha para o lado – Eu prefiro que o toque seja suave.
Ele assentiu, meus quadris ondulando instintivamente quando seus dedos tocaram minha pele. Uma miríade de emoções passou por seu rosto enquanto ele me dedilhava, conhecendo a sensação, mas a principal delas ficou estampada em seu olhar: desejo. Eu estava completamente encharcada. Levei seus dedos até minha entrada, espalhando a umidade por todas as dobras. Guiei-o para que ele se movesse em círculos e soltei sua mão, deixando que Steve me masturbasse por conta própria. Ele explorou os grandes e pequenos lábios, mas quando seus dígitos roçaram meu clitóris, eu deixei escapar um gemido alto e minhas unhas fincaram em seus ombros, o que deve tê-lo assustado, porque ele parou imediatamente.
— Não, não, não, Steve, por favor, não pare. – Supliquei, sentindo seus músculos relaxarem sob minhas mãos. – É bem aí, esse é lugar que você tem que tocar.
E Steve moveu-se novamente, o dedo médio circulando meu clitóris em um toque leve, o ritmo sossegado me torturando de um jeito tão tão doce que eu queria que aquele momento durasse para sempre. Ele embolou o tecido da saia ao redor da minha cintura, observando atenciosamente enquanto me masturbava, volta e meia levantando os olhos para verificar minhas reações. Eu nunca havia me sentido tão exposta, tão vulnerável e com tanto tesão na minha vida.
— Um pouquinho mais rápido, Steve.
Ele obedeceu, e eu apoiei uma mão em seu peito, me mantendo estável enquanto rebolava contra seus dedos. Ele arfou, apertando minha bunda, e reparei que seus quadris se moveram um pouco em busca de atrito. Ele deveria estar desesperado dentro daquela calça, mas eu o recompensaria muito bem depois. Por agora, toquei sua mão novamente, guiando-o até que dois de seus dedos me penetrassem, a palma da mão pressionando meu ponto de prazer toda vez que ele colocava e tirava os dedos.
Eu pedi que ele aumentasse a velocidade novamente e Steve o fez. Com os joelhos apoiados no sofá, subi e desci os quadris contra sua mão, sabendo que eu não demoraria muito a gozar. O formigamento começou nas extremidades do meu corpo, caminhando lentamente até o centro e eu sabia muito bem o que viria a seguir. Apalpei um de meus mamilos inchados e Steve, como o aprendiz atento que era, repetiu a ação do outro lado, me fazendo gemer seu nome repetidas vezes.
— , como vou saber que você…
Antes que ele terminasse a frase, eu explodi. Curvei-me para frente, enterrando meu rosto em seu pescoço, a visão completamente branca por trás de minhas pálpebras fechadas enquanto cavalgava as ondas do orgasmo provocado por Steve. Ele me sustentou, me envolvendo pela cintura, seus dedos ainda se movendo e eu não tinha dúvida de que ele podia sentir minhas paredes internas os apertando, e rapidamente entendeu o que aquilo significava.
— …Oh.
Seus dedos não pararam por um instante, prolongando inconscientemente o meu orgasmo, até que segurei seu pulso, sinalizando silenciosamente que ele podia parar. Eu me agarrei a ele, meus seios pressionados contra o seu peito, e levei alguns segundos até que conseguisse falar de novo, aos quais ele aguardou pacientemente com os braços ao redor da minha cintura.
Assim que me recuperei, depositei uma série de beijos em seus ombros, pescoço e por todo o rosto, fazendo-o sorrir. Retirei completamente a blusa e a saia que estavam emboladas em uma confusão de tecidos em volta de minha cintura, dando-lhe melhor visão da cinta-liga preta e simples que eu usava. O rosto de Steve ficou completamente vermelho e eu não sabia dizer se era de timidez ou de tesão.
Desci minhas mãos pelo abdômen ridiculamente definido até alcançar o cós da calça jeans, observando sua reação ao abrir o botão e o zíper. Ele arfou, mas não deu sinal de hesitação, então continuei, deliciada com o gemido gostoso que ele deixou escapar assim que eu envolvi minha mão em sua ereção. Eu sorri, porque adorava um homem que não se continha na hora de gemer.
Ele primeiro observou minhas mãos subirem e descerem por toda sua extensão, rolando os olhos quando eu apertei um pouco mais o punho em volta da cabecinha. Comecei devagar, porque imaginei que ele não duraria muito e eu queria que Steve aproveitasse cada segundo de prazer que pudesse.
Foi quando cheguei meu corpo para trás, sentando em suas coxas para ter espaço o suficiente para acariciar suas bolas que ele quase perdeu o controle. Fechou os olhos com força, jogando a cabeça para trás enquanto apertava minhas coxas com força absurda. Ele deve ter percebido que me machucaria se continuasse, porque tirou ambas as mãos de mim rápido, apertando o sofá em vez disso. Um pouco mais de força e ele com certeza quebraria o móvel.
Todo seu corpo se contraiu e eu percebi que era muito mais de tensão do que prazer, estão aliviei meu toque, curvando-me até ele para beijar seu rosto.
— Você precisa relaxar, Steve. – beijei seu pomo de adão, que subiu e desceu ao meu toque. – Se você ficar tenso assim, não vai aproveitar nada.
— Eu não quero te machucar. – murmurou baixinho e quando levantei a cabeça, seus olhos me encaravam.
Eu sabia desde o início que ele era muito mais forte que qualquer homem normal e que qualquer movimento mal calculado poderia acabar comigo, literalmente. Apesar disso, algo no fundo de seus olhos me fazia ter certeza de que eu sempre estaria segura em seus braços. Sorri enquanto o respondia.
— Eu sei que você não vai me machucar. Eu confio em você, Steve.
Deixei que meus lábios encontrassem os seus, agora masturbando-o com um pouco mais de velocidade. Sentei em suas coxas com a coluna reta novamente, porque tinha percebido que ele gostava de observar. Toda vez que meus dedos circulavam sua glande, ele forçava os quadris pra cima, fazendo meus seios saltarem e ele pareceu gostar daquela visão também.
Senti seu pau pulsar em minhas mãos e sabia o que viria a seguir, mas nem em meus melhores sonhos podia imaginar o quão erótica aquela visão seria. Os cílios pesaram sobre os olhos, escondendo-os. A língua escorregou por meu nome algumas vezes antes que os lábios moldassem um formato de ‘o’ perfeito, deixando um grunhido escapar. O abdômen contraiu, forçando os quadris pra cima de forma errática uma última vez, enquanto ele se derramava em minhas mãos e pelo próprio torso, as mãos largas espalmadas contra minhas coxas e nádegas.
Eu ri de mim mesma quando percebi que estava pronta pra outra. Havia gozado há menos de dez minutos, mas lá estava eu toda molhada novamente e doida para ter Steve dentro de mim.
Esperei que sua respiração se acalmasse e ele finalmente abrisse os olhos para beijá-lo e murmurar que ia pegar uma toalha antes de me levantar. Limpei minhas mãos e seu abdômen e ele agradeceu, sorrindo pequeno e piscando os olhos devagar enquanto me encarava de forma serena, mas com muita intensidade. Levei um segundo para perceber que o sentimento daquele olhar era o mesmo com o qual eu o olhava: devoção.
— Quer ir pra cama?
Eu deixei a pergunta no ar, tentando não transparecer minha verdadeira intenção, mas pelo sorriso com o qual me respondeu, ele com certeza percebeu. Nos levantamos e o guiei em direção ao meu quarto, mas paramos no corredor quando Steve me abraçou por trás, enterrando o rosto em meu cabelo antes de beijar minha nuca, os braços ao meu redor enquanto suas mãos voltavam aos meus seios. Eu empinei a bunda na direção dele, me forçando contra sua pelve. Ele foi rápido em me girar, me segurando pelas coxas enquanto me levantava no colo e me beijava novamente.
Empurrei a camisa que ainda estava em seus braços para o chão e só me dei conta que já estávamos no quarto quando senti meu corpo ser depositado suavemente sobre o colchão. Ele chutou os sapatos e a calça para fora do corpo com agilidade, antes de se colocar entre minhas coxas, sustentando seu peso nos antebraços enquanto seu torso pairava sobre mim.
Na baixa luz do cômodo, eu o vi sorrir, enquanto minhas mãos dedilhavam o caminho até o cós da boxer que ele usava, mas Steve me interrompeu, falando em um sussurro.
— Tem uma coisa que eu quero tentar…
Eu assenti e o vi sentar sobre os calcanhares, as mãos nas laterais das minhas coxas. Soltou as alças da cinta-liga, as pontas dos dedos retirando uma meia de cada vez, a calcinha em seguida, da forma mais delicada possível, seus olhos explorando cada centímetro da minha pele. Ele deve ter percebido minha reação quando tocou a parte interna das minhas coxas porque foi ali que seus lábios roçaram primeiro quando ele se abaixou. O carinho era suave, só o suficiente para me fazer desejar muito mais.
Steve foi esperto, tocando os pequenos lábios com os dedos primeiro até encontrar o ponto que fez com que eu me contorcesse e eu o vi sorrir fraco, antes de levantar aqueles olhos curiosos em direção aos meus.
— Sabe como o sorvete derrete rápido nos dias de verão e você precisa lamber o que está escorrendo pela casquinha? Começa assim.
E Steve entendeu o recado, lambendo exatamente sobre meu clitóris e eu tive certeza que pude ver estrelas. Ele fez suas explorações por conta própria, mudando a direção do toque e aumentando a velocidade aos poucos enquanto eu agarrava seus cabelos, os gemidos escapando da minha garganta sem que eu tivesse nenhum controle.
— Você pode penetrar um dedo, se quiser.
Eu murmurei entre um gemido e outro, rolando os olhos pra dentro das órbitas quando Steve acatou meu pedido e eu o ouvi gemer contra minha pele, forçando seus próprios quadris contra a cama. Rolei minha pelve contra seu rosto, sabendo que estava puxando seu cabelo com força demais, mas sabia que ele aguentava. Supliquei que ele não parasse, minha voz por um fio, e ele continuou a lamber meu clitóris como se sua vida dependesse disso.
Eu estava na beira do precipício e Steve só precisou dar um último toque, aumentando o ritmo, para me fazer desabar. Eu praticamente gritei, apertando minhas coxas juntas e aprisionando Steve ali, enquanto gozava em sua boca e seus dedos, as mãos puxando o lençol da cama ou qualquer coisa que fosse para me dar estabilidade. Abri os olhos bem a tempo de vê-lo subir em minha direção, me beijando de forma faminta e compartilhando comigo o meu próprio gosto.
Alcancei a mesa de cabeceira, tirando da primeira gaveta a embalagem de preservativos e desenrolei um sobre seu pênis duro como aço, vendo-o ofegar, logo depois de jogar a boxer pelos ares. Eu fiquei por cima primeiro, segurando a ereção pela base até encaixá-la em minha entrada, e me sentei devagar, observando as reações de Steve. Ele fechou os olhos, os lábios separados, jogando a cabeça para trás.
— Oh, . – gemeu meu nome, quando eu comecei a me mover, murmurando uma série de coisas desconexas antes de continuar. – Isso é gostoso demais.
E eu concordava em gênero, número e grau. Rebolei primeiro devagar em seu pau, porque ainda estava me acostumando com a sensação de Steve me preenchendo por completo. Quando senti que já estava pronta, aumentei a velocidade e comecei a cavalgá-lo, as mãos dele me agarrando pela cintura para puxá-lo ainda mais contra si. O som da pele dele colidindo contra a minha se misturava aos nossos gemidos em uma sinfonia libidinosa de primeira qualidade.
Senti minhas coxas darem os primeiros sinais de cansaço e pedi a Steve que trocássemos de posição. Eu me deitei e ele se posicionou entre minhas coxas, me penetrando novamente, rápido e de uma vez só. Ele estocou com força contra mim algumas vezes, fazendo a cabeceira da cama bater contra a parede. Eu com certeza receberia reclamações pelo barulho.
— Use os quadris, baby. – murmurei assim que consegui juntar as palavras de um jeito que fizesse sentido. Com as mãos sobre os ossos de seu quadril, eu tentei mostrar como ele deveria se mover, mas quando ele finalmente conseguiu realizar o movimento, foi infinitamente melhor.
Quando Steve rolou os quadris contra os meus, a pele de sua pelve roçou contra meu clitóris já tão sensibilizado e meu corpo inteiro respondeu. Ele repetiu o movimento ao perceber que estava fazendo a coisa certa e aumentou a velocidade. Com a mão que não estava sustentando seu peso, Steve beliscou suavemente meus mamilos, os olhos brilhando de luxúria em minha direção.
Eu não achava que seria possível, mas lá estava eu, me encaminhando para o terceiro orgasmo, minhas unhas arranhando o torso musculoso enquanto eu choramingava.
— Por favor, Steve, por favor… – murmurei, em meio ao frenesi. – Eu vou gozar de novo, por favor, não p…
Antes mesmo de terminar a frase, atingi o êxtase. Todo o ar fugiu dos meus pulmões, como se estivesse me afogando. Eu o ouvir gemer junto de mim, mas podia jurar que tinha perdido os sentidos por um instante, todo o prazer causando uma agonia antes de se dissolver em calmaria, enquanto Steve estocava de forma descompassada, grunhindo meu nome como se fosse um mantra.
Ainda podia sentir as ondas de prazer quando Steve se retirou de mim, e eu rolei para o lado, esfregando as coxas juntas, a respiração saindo junto de um gemido enquanto todo o meu corpo tremia.
— ? Tá tudo bem?
Abri os olhos, encontrando-o deitado ao meu lado, o cenho franzido enquanto me olhava preocupado. Eu sorri, tranquilizando-o e o puxei para um beijo, colando seu corpo no meu, logo após sussurrar “tudo ótimo” em resposta.
Suspirei, meu corpo finalmente relaxando. Eu o ajudei a retirar a camisinha, dando um nó antes de descartá-la no banheiro. Voltei a deitar-me ao seu lado, a cabeça dele descansando em meu peito enquanto eu o acariciava na nuca. Eu julgava já o conhecer o suficiente para saber que havia uma pergunta silenciosa pairando no ar, e falei antes mesmo que ele a verbalizasse.
— Você é um ótimo aprendiz.
O corpo dele chacoalhou com a risada que deu, levantando o rosto para me encarar com aqueles olhos azuis novamente.
— Eu tive a melhor professora.
Não hesitei em beijar os lábios desenhados que estavam bem à minha frente, sem a mínima pressa.
— Tem mais uma lição sobre o relacionamento moderno que você precisa aprender. – sussurrei, depois de alguns minutos em silêncio dos quais ele passou desenhando alguma forma abstrata no meu abdômen e eu acariciava seus cabelos. – Você precisa fazer uma escolha e cada uma das alternativas quer dizer uma coisa diferente sobre nós.
Ele olhou pra mim, atento. Os benditos olhos azuis serenos prestando atenção como se eu fosse a coisa mais importante do mundo todo.
— Você pode escolher levantar, se vestir e ir passar a noite em seu próprio apartamento ou pode escolher ficar aqui a noite toda.
Ele piscou os olhos devagar, sonolento, antes de abrir um sorriso que fez meu coração errar uma batida.
— Eu não sei o que significa ir, – suspirou, sabendo que ainda tinha muito a aprender sobre o tempo em que tinha sido forçado a viver – mas eu escolho ficar.
Era um dia qualquer e por algum motivo eu estava com pressa. Com muita pressa. Carregava uma infinidade de sacolas com minhas compras para as semanas seguintes e andava rápido, olhando para o lado oposto da rua sempre que podia em uma tentativa de avistar algum táxi vazio, porque mesmo que eu morasse perto, meus braços já estavam me matando com todo aquele peso que eu achava que podia carregar.
Um deles virou na esquina, e eu corri um pouco, andando de costas, enquanto tentava fazer sinal, até que trombei com algo e caí no chão, de quatro, minhas compras se espalhando ao meu redor. Pela rigidez, eu achei que tinha sido um poste ou uma parede, mas me surpreendi quando ele pediu desculpas, prontamente me ajudando a levantar e juntar as compras.
Ele é… bem, você já pode imaginar. Ele é um colosso. Usava uma combinação simples de jeans, camiseta azul e boné, mas, ainda assim, minha respiração entalou na garganta quando o vi.
Ele ficou desesperado quando reparou minha meia calça rasgada na altura do joelho, a pele ralada sangrando um pouco, assim como a palma da minha mão direita, e se ofereceu para levar minhas compras até em casa. Primeiro eu desconfiei, achando que ele podia ser um psicopata apenas querendo saber onde eu morava, mas quando ele levantou um pouco a cabeça e eu pude encarar os olhos azuis preocupados, eu soube que estava perdida.
Ele se apresentou somente como Steve e carregou minhas compras como se fosse um saco de penas. Deixou as sacolas no chão da minha cozinha, certificou-se de que eu tinha lavado e feito curativo em ambos os meus machucados antes de sequer saber meu nome.
— . – eu me apresentei, enquanto ele ria desconcertado.
— Me ligue se precisar de alguma ajuda, . – e me entregou um cartão pouco antes de sair. E, é óbvio, eu passei os dias seguintes procurando uma boa desculpa para ligar para ele.
O nome no cartão dizia Steve Rogers e me soava conhecido, mas eu demorei muito a fazer a associação.
Eu desisti de buscar uma boa desculpa e fiquei com uma ruim mesmo. Telefonei três dias depois, dizendo que precisava de ajuda e que contaria tudo enquanto tomávamos um café no dia seguinte. Naquela quinta à tarde, enquanto eu tomava meu cappuccino e ele um café preto, Steve me perguntou no que eu precisava de ajuda.
— Uma amiga vai casar no fim do mês. – Eu comecei, no meu limite de cara de pau. – Preciso que você me ajude sendo meu acompanhante.
Ele sorriu um sorriso deslumbrante e eu tive uma síncope.
Foi em algum momento entre o nosso primeiro e segundo encontro que eu me dei conta que ele era aquele Steve Rogers. O Capitão América. O que tinha sido encontrado congelado no fundo do oceano. Apesar disso, quando nos encontramos de novo, preferi não falar nada sobre isso, porque ele também não havia tocado no assunto.
Nós éramos completamente diferentes. Steve falava quando precisava, eu adorava tagarelar. Eu era adepta de todas as mais novas tecnologias, ele ainda estava se adaptando à nova realidade. Ele era todo formal e eu era muito desbocada. Éramos dois produtos perfeitos de suas respectivas épocas, mas ele estava na época errada. E apesar disso, nos demos muito bem, rindo muito quando nos desencontrávamos em alguma coisa.
Tivemos uma série de encontros e cada vez que eu o via, mais fodida eu estava. Em primeiro lugar, porque ele era um cavalheiro de primeira classe, um estoque infinito de gentileza e elogios escondidos na manga. Em segundo lugar, porque o homem era gostoso demais e eu estava desesperada para tê-lo entre minhas pernas, mas, ironicamente, ele era cavalheiro demais pra isso.
Todo encontro era a mesma coisa. Steve me deixava na porta do meu apartamento, me dava um beijo de despedida, mas se mantinha afastado, as mãos respeitosamente posicionadas em minhas costas, e depois ia embora, me deixando sozinha, frustrada e subindo pelas paredes.
Cheguei a achar que ele não me desejava e era gentil demais pra dizer isso. Até que o casamento chegou. Eu escolhi um vestido azul claro, de tecido maleável que flutuava ao meu redor. Assim que Steve apareceu para me buscar, eu o vi abrir e fechar a boca algumas vezes, o pomo de adão subindo e descendo repetidamente antes de conseguir falar.
— Você está…
— Gostosa? – completei quando ele hesitou, vendo-o corar imediatamente.
— Deslumbrante. – ele sorriu, o tom rosado ainda em suas bochechas. Eu sorri de volta, aceitando o elogio.
Ele passou a noite toda bem próximo de mim, a mão sempre em minha cintura, lançando alguns olhares furtivos para o meu decote quando achava que eu não estava olhando. Ao me levar de volta pra casa, eu o convidei para entrar, como sempre, e dessa vez ele o fez. Steve me beijou contra a bancada da cozinha, todo o corpo colado no meu, mas logo foi embora, gaguejando uma despedida e me deixando em chamas.
Nosso próximo encontro seria minha cartada final.
Convidei-o para jantar em minha casa e ele aceitou. Chegou vestindo calça jeans, uma blusa azul marinho de botões e trazendo um buquê de flores para mim. Eu o recebi usando regata de cetim e mini saia de pregas, fazendo questão de cruzar as pernas quando nos sentamos para tomar uma taça de Chardonnay enquanto o salmão ficava pronto. Steve resistiu para não encarar, mas o fez mesmo assim.
Durante o jantar, eu percebi como ele quase não tocou no vinho.
— Sabe, eu escolhi o vinho porque combina com o salmão, mas tenho algumas cervejas na geladeira, se você preferir. – ele me olhou com confusão por um instante, mas depois sorriu, negando com a cabeça.
— Não é nada específico, é só que… eu não posso ficar bêbado. – suspirou, apontando de forma genérica para si próprio. – Por causa do soro. Não importa o quanto eu beba.
Foi a primeira vez que ele mencionou qualquer coisa relacionada à sua identidade de Capitão América.
— Nem um pouquinho? Nem um buzz?– ele negou com a cabeça. Eu suspirei, levando a taça à boca novamente. – Isso deve ser um saco.
Ao ouvir a resposta que provavelmente não esperava, Steve gargalhou, jogando a cabeça para trás, e eu ri junto, porque eram raros os momentos em que ele se mostrava realmente relaxado.
— Obrigado. – ele murmurou, ainda sorrindo um pouco, deixando os talheres de lado e esticando a mão sobre a mesa para segurar a minha.
— Pelo jantar?
— Por ter convidado o Steve Rogers e não o Capitão América. – ele piscou devagar, as orbes azuis brilhando serenas enquanto me olhava. Eu derreti por dentro. – E por nunca ter tocado no assunto, eu acho.
Eu levantei nossos dedos entrelaçados, beijando os dele, antes de sorrir de volta.
— Foi o Steve Rogers que me ajudou no dia que eu caí e foi ele quem me conquistou cada dia um pouquinho mais. E para ser muito sincera, eu levei um tempo pra me tocar quem você era. – Eu fiz uma careta e ele riu novamente. – Mas agora, espero que Steve Rogers goste de cheesecake de morango.
Entre uma garfada e outra de cheesecake e conversas sem sentido, eu me vi sentada no colo de Steve, uma perna de cada lado de seu corpo no sofá, enquanto nos beijávamos do jeito que eu sempre quis. Suas mãos passearam pelo meu cabelo, antes de descerem pelas costas e pararem incertas em minhas costelas. Eu estava apoiada em seu peito largo, aproveitando-me da posição para rebolar sobre a ereção que ele não tinha como disfarçar, nem se quisesse.
— Posso te fazer uma pergunta, Steve Rogers? – eu sussurrei contra seus lábios e rebolei mais uma vez, ambos deixando ofegos escaparem. Ele assentiu, os olhos ainda fechados. – Você já esteve com uma mulher antes?
Ele abriu os olhos devagar, olhando para mim sob os cílios, enquanto eu brincava com o primeiro botão de sua camisa. Ele apenas negou com a cabeça, um movimento mínimo e quase imperceptível, os olhos ainda travados nos meus.
— Me avise se você quiser que eu pare, ok?
Em vez de responder, ele fez um carinho suave em minha bochecha, me puxando em seguida para colar seus lábios nos meus de maneira suave, antes que sua língua pedisse passagem novamente. Eu concedi de bom grado, abrindo os botões de sua camisa para finalmente acariciar a pele de seu peito e abdômen. Ele posicionou a outra mão na base do meu seio, o polegar vagando timidamente até roçar em meu mamilo protegido apenas pelo tecido fino da blusa. Meu corpo inteiro se arrepiou com o simples ato e eu me forcei contra ele novamente. Steve pareceu gostar daquela reação, porque repetiu o feito, a outra mão espelhando o gesto em meu outro seio, me fazendo rebolar ainda mais sobre sua excitação.
Quebrei o beijo, sentando ereta sobre ele, antes de descer as alças da blusa que usava, removendo aquela barreira que havia passado a ser incômoda. Steve envolveu meus seios com ambas as mãos, acariciando-os devagar enquanto estudava minhas reações.
Eu estava perdida. Eu estava completamente perdida porque estávamos só na segunda base e eu já estava gemendo o nome dele.
Com as mãos em minhas costas, ele me guiou para frente para abocanhar o mamilo direito e eu fechei minha mão em um punho ao redor do seu cabelo agora bagunçado. Aquilo pareceu o incentivar, girando a língua pela aréola antes de partir para o outro seio. Suas mãos exploraram minhas coxas, parando ao encontrar as alças da cinta-liga que seguravam minhas meias sete oitavos.
Seus lábios libertaram meu mamilo e Steve encostou a testa em minha clavícula, olhando para baixo e, apesar de eu não ter visto, senti quando suas mãos subiram um pouco minha saia. Ele arfou, pela primeira vez forçando os quadris contra os meus. Mais tarde, ele me contaria como a cinta-liga era uma peça que havia povoado todos os seus sonhos eróticos desde a adolescência, sendo responsável por muitas de suas ereções matinais. As pontas de seus dedos se afundaram na carne de minhas coxas quando eu rebolei de novo, e ele recostou a cabeça no sofá atrás de si de olhos fechados, um ofego escapando de seus lábios.
Eu sabia que ele dificilmente daria o primeiro passo, então segurei uma de suas mãos e a guiei em direção à minha virilha. Seus olhos abriram tão rápido que eu quase pude ouvir o estalo e eu senti quando ele hesitou, então parei, tentando lhe dar um sorriso reconfortante, mas desesperada por dentro. Eu já estava latejando de tanto tesão e a ideia de parar agora me fazia querer arrancar meus próprios cabelos, mas precisava respeitar o tempo dele. Enquanto todas essas questões passavam pela minha cabeça na velocidade da luz, Steve me observava, o cenho um pouco franzido, os olhos azuis brilhando em minha direção. Seu peito subia e descia rápido, a respiração descompassada, e eu tinha certeza que ele estava com tanto tesão quanto eu.
Os lábios avermelhados se abriram e fecharam algumas vezes, como se ele estivesse buscando o que falar. A voz saiu quase num sussurro quando ele finalmente verbalizou.
— Eu não… – bufou, frustrado. – , você vai ter que me ensinar.
Eu sorri, descendo o rosto até o seu para beijá-lo, nossas línguas dançando juntas num ritmo calmo e gostoso. Quando quebrei o beijo, permaneci perto, encarando os olhos que seriam a minha perdição. Acariciei seu rosto recém barbeado antes de responder.
— Vou te ensinar tudo que você quiser aprender, Steve.
Ele sorriu pequeno, os olhos brilhando na minha direção. O clima pareceu mudar entre nós e eu podia ver no fundo daquelas orbes azuis que Steve confiava em mim. Beijei-o novamente, trazendo sua mão mais uma vez em direção a minha intimidade e, dessa vez, ele não resistiu. O simples roçar de seus dedos sobre minha calcinha me fez quebrar o beijo e gemer contra sua boca. Aquela seria uma noite e tanto.
— Não tem segredo. – Murmurei contra seus lábios, enquanto puxava minha calcinha para o lado – Eu prefiro que o toque seja suave.
Ele assentiu, meus quadris ondulando instintivamente quando seus dedos tocaram minha pele. Uma miríade de emoções passou por seu rosto enquanto ele me dedilhava, conhecendo a sensação, mas a principal delas ficou estampada em seu olhar: desejo. Eu estava completamente encharcada. Levei seus dedos até minha entrada, espalhando a umidade por todas as dobras. Guiei-o para que ele se movesse em círculos e soltei sua mão, deixando que Steve me masturbasse por conta própria. Ele explorou os grandes e pequenos lábios, mas quando seus dígitos roçaram meu clitóris, eu deixei escapar um gemido alto e minhas unhas fincaram em seus ombros, o que deve tê-lo assustado, porque ele parou imediatamente.
— Não, não, não, Steve, por favor, não pare. – Supliquei, sentindo seus músculos relaxarem sob minhas mãos. – É bem aí, esse é lugar que você tem que tocar.
E Steve moveu-se novamente, o dedo médio circulando meu clitóris em um toque leve, o ritmo sossegado me torturando de um jeito tão tão doce que eu queria que aquele momento durasse para sempre. Ele embolou o tecido da saia ao redor da minha cintura, observando atenciosamente enquanto me masturbava, volta e meia levantando os olhos para verificar minhas reações. Eu nunca havia me sentido tão exposta, tão vulnerável e com tanto tesão na minha vida.
— Um pouquinho mais rápido, Steve.
Ele obedeceu, e eu apoiei uma mão em seu peito, me mantendo estável enquanto rebolava contra seus dedos. Ele arfou, apertando minha bunda, e reparei que seus quadris se moveram um pouco em busca de atrito. Ele deveria estar desesperado dentro daquela calça, mas eu o recompensaria muito bem depois. Por agora, toquei sua mão novamente, guiando-o até que dois de seus dedos me penetrassem, a palma da mão pressionando meu ponto de prazer toda vez que ele colocava e tirava os dedos.
Eu pedi que ele aumentasse a velocidade novamente e Steve o fez. Com os joelhos apoiados no sofá, subi e desci os quadris contra sua mão, sabendo que eu não demoraria muito a gozar. O formigamento começou nas extremidades do meu corpo, caminhando lentamente até o centro e eu sabia muito bem o que viria a seguir. Apalpei um de meus mamilos inchados e Steve, como o aprendiz atento que era, repetiu a ação do outro lado, me fazendo gemer seu nome repetidas vezes.
— , como vou saber que você…
Antes que ele terminasse a frase, eu explodi. Curvei-me para frente, enterrando meu rosto em seu pescoço, a visão completamente branca por trás de minhas pálpebras fechadas enquanto cavalgava as ondas do orgasmo provocado por Steve. Ele me sustentou, me envolvendo pela cintura, seus dedos ainda se movendo e eu não tinha dúvida de que ele podia sentir minhas paredes internas os apertando, e rapidamente entendeu o que aquilo significava.
— …Oh.
Seus dedos não pararam por um instante, prolongando inconscientemente o meu orgasmo, até que segurei seu pulso, sinalizando silenciosamente que ele podia parar. Eu me agarrei a ele, meus seios pressionados contra o seu peito, e levei alguns segundos até que conseguisse falar de novo, aos quais ele aguardou pacientemente com os braços ao redor da minha cintura.
Assim que me recuperei, depositei uma série de beijos em seus ombros, pescoço e por todo o rosto, fazendo-o sorrir. Retirei completamente a blusa e a saia que estavam emboladas em uma confusão de tecidos em volta de minha cintura, dando-lhe melhor visão da cinta-liga preta e simples que eu usava. O rosto de Steve ficou completamente vermelho e eu não sabia dizer se era de timidez ou de tesão.
Desci minhas mãos pelo abdômen ridiculamente definido até alcançar o cós da calça jeans, observando sua reação ao abrir o botão e o zíper. Ele arfou, mas não deu sinal de hesitação, então continuei, deliciada com o gemido gostoso que ele deixou escapar assim que eu envolvi minha mão em sua ereção. Eu sorri, porque adorava um homem que não se continha na hora de gemer.
Ele primeiro observou minhas mãos subirem e descerem por toda sua extensão, rolando os olhos quando eu apertei um pouco mais o punho em volta da cabecinha. Comecei devagar, porque imaginei que ele não duraria muito e eu queria que Steve aproveitasse cada segundo de prazer que pudesse.
Foi quando cheguei meu corpo para trás, sentando em suas coxas para ter espaço o suficiente para acariciar suas bolas que ele quase perdeu o controle. Fechou os olhos com força, jogando a cabeça para trás enquanto apertava minhas coxas com força absurda. Ele deve ter percebido que me machucaria se continuasse, porque tirou ambas as mãos de mim rápido, apertando o sofá em vez disso. Um pouco mais de força e ele com certeza quebraria o móvel.
Todo seu corpo se contraiu e eu percebi que era muito mais de tensão do que prazer, estão aliviei meu toque, curvando-me até ele para beijar seu rosto.
— Você precisa relaxar, Steve. – beijei seu pomo de adão, que subiu e desceu ao meu toque. – Se você ficar tenso assim, não vai aproveitar nada.
— Eu não quero te machucar. – murmurou baixinho e quando levantei a cabeça, seus olhos me encaravam.
Eu sabia desde o início que ele era muito mais forte que qualquer homem normal e que qualquer movimento mal calculado poderia acabar comigo, literalmente. Apesar disso, algo no fundo de seus olhos me fazia ter certeza de que eu sempre estaria segura em seus braços. Sorri enquanto o respondia.
— Eu sei que você não vai me machucar. Eu confio em você, Steve.
Deixei que meus lábios encontrassem os seus, agora masturbando-o com um pouco mais de velocidade. Sentei em suas coxas com a coluna reta novamente, porque tinha percebido que ele gostava de observar. Toda vez que meus dedos circulavam sua glande, ele forçava os quadris pra cima, fazendo meus seios saltarem e ele pareceu gostar daquela visão também.
Senti seu pau pulsar em minhas mãos e sabia o que viria a seguir, mas nem em meus melhores sonhos podia imaginar o quão erótica aquela visão seria. Os cílios pesaram sobre os olhos, escondendo-os. A língua escorregou por meu nome algumas vezes antes que os lábios moldassem um formato de ‘o’ perfeito, deixando um grunhido escapar. O abdômen contraiu, forçando os quadris pra cima de forma errática uma última vez, enquanto ele se derramava em minhas mãos e pelo próprio torso, as mãos largas espalmadas contra minhas coxas e nádegas.
Eu ri de mim mesma quando percebi que estava pronta pra outra. Havia gozado há menos de dez minutos, mas lá estava eu toda molhada novamente e doida para ter Steve dentro de mim.
Esperei que sua respiração se acalmasse e ele finalmente abrisse os olhos para beijá-lo e murmurar que ia pegar uma toalha antes de me levantar. Limpei minhas mãos e seu abdômen e ele agradeceu, sorrindo pequeno e piscando os olhos devagar enquanto me encarava de forma serena, mas com muita intensidade. Levei um segundo para perceber que o sentimento daquele olhar era o mesmo com o qual eu o olhava: devoção.
— Quer ir pra cama?
Eu deixei a pergunta no ar, tentando não transparecer minha verdadeira intenção, mas pelo sorriso com o qual me respondeu, ele com certeza percebeu. Nos levantamos e o guiei em direção ao meu quarto, mas paramos no corredor quando Steve me abraçou por trás, enterrando o rosto em meu cabelo antes de beijar minha nuca, os braços ao meu redor enquanto suas mãos voltavam aos meus seios. Eu empinei a bunda na direção dele, me forçando contra sua pelve. Ele foi rápido em me girar, me segurando pelas coxas enquanto me levantava no colo e me beijava novamente.
Empurrei a camisa que ainda estava em seus braços para o chão e só me dei conta que já estávamos no quarto quando senti meu corpo ser depositado suavemente sobre o colchão. Ele chutou os sapatos e a calça para fora do corpo com agilidade, antes de se colocar entre minhas coxas, sustentando seu peso nos antebraços enquanto seu torso pairava sobre mim.
Na baixa luz do cômodo, eu o vi sorrir, enquanto minhas mãos dedilhavam o caminho até o cós da boxer que ele usava, mas Steve me interrompeu, falando em um sussurro.
— Tem uma coisa que eu quero tentar…
Eu assenti e o vi sentar sobre os calcanhares, as mãos nas laterais das minhas coxas. Soltou as alças da cinta-liga, as pontas dos dedos retirando uma meia de cada vez, a calcinha em seguida, da forma mais delicada possível, seus olhos explorando cada centímetro da minha pele. Ele deve ter percebido minha reação quando tocou a parte interna das minhas coxas porque foi ali que seus lábios roçaram primeiro quando ele se abaixou. O carinho era suave, só o suficiente para me fazer desejar muito mais.
Steve foi esperto, tocando os pequenos lábios com os dedos primeiro até encontrar o ponto que fez com que eu me contorcesse e eu o vi sorrir fraco, antes de levantar aqueles olhos curiosos em direção aos meus.
— Sabe como o sorvete derrete rápido nos dias de verão e você precisa lamber o que está escorrendo pela casquinha? Começa assim.
E Steve entendeu o recado, lambendo exatamente sobre meu clitóris e eu tive certeza que pude ver estrelas. Ele fez suas explorações por conta própria, mudando a direção do toque e aumentando a velocidade aos poucos enquanto eu agarrava seus cabelos, os gemidos escapando da minha garganta sem que eu tivesse nenhum controle.
— Você pode penetrar um dedo, se quiser.
Eu murmurei entre um gemido e outro, rolando os olhos pra dentro das órbitas quando Steve acatou meu pedido e eu o ouvi gemer contra minha pele, forçando seus próprios quadris contra a cama. Rolei minha pelve contra seu rosto, sabendo que estava puxando seu cabelo com força demais, mas sabia que ele aguentava. Supliquei que ele não parasse, minha voz por um fio, e ele continuou a lamber meu clitóris como se sua vida dependesse disso.
Eu estava na beira do precipício e Steve só precisou dar um último toque, aumentando o ritmo, para me fazer desabar. Eu praticamente gritei, apertando minhas coxas juntas e aprisionando Steve ali, enquanto gozava em sua boca e seus dedos, as mãos puxando o lençol da cama ou qualquer coisa que fosse para me dar estabilidade. Abri os olhos bem a tempo de vê-lo subir em minha direção, me beijando de forma faminta e compartilhando comigo o meu próprio gosto.
Alcancei a mesa de cabeceira, tirando da primeira gaveta a embalagem de preservativos e desenrolei um sobre seu pênis duro como aço, vendo-o ofegar, logo depois de jogar a boxer pelos ares. Eu fiquei por cima primeiro, segurando a ereção pela base até encaixá-la em minha entrada, e me sentei devagar, observando as reações de Steve. Ele fechou os olhos, os lábios separados, jogando a cabeça para trás.
— Oh, . – gemeu meu nome, quando eu comecei a me mover, murmurando uma série de coisas desconexas antes de continuar. – Isso é gostoso demais.
E eu concordava em gênero, número e grau. Rebolei primeiro devagar em seu pau, porque ainda estava me acostumando com a sensação de Steve me preenchendo por completo. Quando senti que já estava pronta, aumentei a velocidade e comecei a cavalgá-lo, as mãos dele me agarrando pela cintura para puxá-lo ainda mais contra si. O som da pele dele colidindo contra a minha se misturava aos nossos gemidos em uma sinfonia libidinosa de primeira qualidade.
Senti minhas coxas darem os primeiros sinais de cansaço e pedi a Steve que trocássemos de posição. Eu me deitei e ele se posicionou entre minhas coxas, me penetrando novamente, rápido e de uma vez só. Ele estocou com força contra mim algumas vezes, fazendo a cabeceira da cama bater contra a parede. Eu com certeza receberia reclamações pelo barulho.
— Use os quadris, baby. – murmurei assim que consegui juntar as palavras de um jeito que fizesse sentido. Com as mãos sobre os ossos de seu quadril, eu tentei mostrar como ele deveria se mover, mas quando ele finalmente conseguiu realizar o movimento, foi infinitamente melhor.
Quando Steve rolou os quadris contra os meus, a pele de sua pelve roçou contra meu clitóris já tão sensibilizado e meu corpo inteiro respondeu. Ele repetiu o movimento ao perceber que estava fazendo a coisa certa e aumentou a velocidade. Com a mão que não estava sustentando seu peso, Steve beliscou suavemente meus mamilos, os olhos brilhando de luxúria em minha direção.
Eu não achava que seria possível, mas lá estava eu, me encaminhando para o terceiro orgasmo, minhas unhas arranhando o torso musculoso enquanto eu choramingava.
— Por favor, Steve, por favor… – murmurei, em meio ao frenesi. – Eu vou gozar de novo, por favor, não p…
Antes mesmo de terminar a frase, atingi o êxtase. Todo o ar fugiu dos meus pulmões, como se estivesse me afogando. Eu o ouvir gemer junto de mim, mas podia jurar que tinha perdido os sentidos por um instante, todo o prazer causando uma agonia antes de se dissolver em calmaria, enquanto Steve estocava de forma descompassada, grunhindo meu nome como se fosse um mantra.
Ainda podia sentir as ondas de prazer quando Steve se retirou de mim, e eu rolei para o lado, esfregando as coxas juntas, a respiração saindo junto de um gemido enquanto todo o meu corpo tremia.
— ? Tá tudo bem?
Abri os olhos, encontrando-o deitado ao meu lado, o cenho franzido enquanto me olhava preocupado. Eu sorri, tranquilizando-o e o puxei para um beijo, colando seu corpo no meu, logo após sussurrar “tudo ótimo” em resposta.
Suspirei, meu corpo finalmente relaxando. Eu o ajudei a retirar a camisinha, dando um nó antes de descartá-la no banheiro. Voltei a deitar-me ao seu lado, a cabeça dele descansando em meu peito enquanto eu o acariciava na nuca. Eu julgava já o conhecer o suficiente para saber que havia uma pergunta silenciosa pairando no ar, e falei antes mesmo que ele a verbalizasse.
— Você é um ótimo aprendiz.
O corpo dele chacoalhou com a risada que deu, levantando o rosto para me encarar com aqueles olhos azuis novamente.
— Eu tive a melhor professora.
Não hesitei em beijar os lábios desenhados que estavam bem à minha frente, sem a mínima pressa.
— Tem mais uma lição sobre o relacionamento moderno que você precisa aprender. – sussurrei, depois de alguns minutos em silêncio dos quais ele passou desenhando alguma forma abstrata no meu abdômen e eu acariciava seus cabelos. – Você precisa fazer uma escolha e cada uma das alternativas quer dizer uma coisa diferente sobre nós.
Ele olhou pra mim, atento. Os benditos olhos azuis serenos prestando atenção como se eu fosse a coisa mais importante do mundo todo.
— Você pode escolher levantar, se vestir e ir passar a noite em seu próprio apartamento ou pode escolher ficar aqui a noite toda.
Ele piscou os olhos devagar, sonolento, antes de abrir um sorriso que fez meu coração errar uma batida.
— Eu não sei o que significa ir, – suspirou, sabendo que ainda tinha muito a aprender sobre o tempo em que tinha sido forçado a viver – mas eu escolho ficar.
FIM.
Nota da autora: Minha primeira fic aqui no FFOBS, finalmente. EU NEM ACREDITO QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO! Surtos à parte, eu estou muito feliz, de verdade, de ter colocado minha cara no sol hahaha
Muito obrigada por ter lido e espero, do fundo do coração, que você tenha gostado. Não se esqueça de deixar um comentário me dizendo o que achou, feedbacks são sempre bem-vindos.
Até a próxima!
Nota da Scripter: Meu deus O STEVE ATÉ TRANSANDO É FOFINHO! Eu não aguento! É por fics assim que eu QUASE amo o Steve, aiai!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Muito obrigada por ter lido e espero, do fundo do coração, que você tenha gostado. Não se esqueça de deixar um comentário me dizendo o que achou, feedbacks são sempre bem-vindos.
Até a próxima!
Nota da Scripter: Meu deus O STEVE ATÉ TRANSANDO É FOFINHO! Eu não aguento! É por fics assim que eu QUASE amo o Steve, aiai!