Dias Contados

Finalizada em: 03/03/2023

Largo Grimmauld

Fazia bastante tempo que era amiga dos gêmeos Weasleys. Se não estivesse enganada, tudo começou no terceiro ano letivo em Hogwarts. Ela sempre gostou das brincadeiras que faziam e admirava a criatividade deles, que sempre era acompanhada com muita audácia e coragem, afinal não era em vão que eram da casa da Grifinória. Porém, com o tempo resolveu se aproximar deles, o que não era muito difícil, já que eram da mesma casa em Hogwarts.
Logo ficaram muito próximos, ao ponto de Fred e Jorge começarem a convidá-la para passar um período das férias na casa da família deles. Molly e Arthur, os pais dos gêmeos, sempre a trataram muito bem, tentando sempre acolhê-la como parte da família. Como de costume, eles a convidaram este ano também, porém deram um endereço diferente. A nova casa ficava mais distante do que a da família Weasley, pelo menos em comparação à de onde morava. Fred falou que iriam visitar o padrinho de Harry, e como Hermione iria junto também, achou que era melhor todos se encontrarem por lá. não questionou a mudança de planos e apenas agradeceu o convite, também o aceitando, claro. Ela ficou um pouco surpresa por Harry ter padrinho — achava que o garoto não tinha nenhum outro membro da família além de seus pais falecidos —, mas ficou feliz pela descoberta.
Assim que chegou a data combinada, ela se despediu de seus pais e usou a Rede de Flu, com a ajuda de sua lareira, para ir até o endereço. Citando claramente ‘largo Grimmauld, nº12’, sentiu um leve puxão atrás do umbigo e seus pés saírem do chão subitamente — já estava acostumada com a sensação, já havia usado o Pó de Flu com seus pais para uma viagem, mas definitivamente era uma sensação que não agrada a todos — ela chegou ao local sem nenhuma dificuldade. Saindo da grande lareira da casa que fora convidada, ela deixou cair a mochila com seus pertences no chão enquanto tentava tirar a palmadas o resto do pó que persistia em ficar na sua roupa.
— Você demorou bastante — falou uma voz alegre atrás dela. — Hermione e Harry já estão aqui há horas.
— Incrível como consegue se atrasar mesmo viajando de lareira em lareira — disse outra voz (idêntica a outra).
— Também senti saudade de vocês — sorriu ela enquanto se virava, dando de cara com Fred e Jorge.
— Fofa — caçoou Jorge, enquanto a amiga pulava nos braços dos dois. Os gêmeos retribuíram o abraço carinhoso da amiga. — Ai, meu pescoço, meu pescoço!
— Desculpa —, disse , percebendo que deve ter puxado com bastante força o pescoço deles para baixo. — Às vezes esqueço que tenho quase a metade da altura de vocês…
— Que isso — Fred deu com a mão —, nada que uma passagem no St. Mungus não resolva.
— Vem, vamos te mostrar seu quarto — Jorge começou a andar em direção ao corredor da casa enquanto ainda massageava sua nuca.
Fred carregava a mochila de enquanto ela explorava todo o lugar. Ela percebeu que havia muitos quadros pendurados nas paredes, mas a maioria deles dormiam. A casa parecia não ser habitada a muito tempo — havia bastante poeira —, mas mesmo assim era muito linda. Todo o ambiente tinha uma linda cor verde musgo, que contrastava com o chão de madeira envelhecido. O sol da tarde iluminava o teto, deixando o ambiente com uma luz levemente amarela.
— Aqui — disse Jorge abrindo a terceira porta do corredor, que esticou o outro braço como forma de convite para ela entrar.
— Se precisar de mais alguma coisa não nos chame — disse Fred naturalmente, enquanto largava a mochila no chão.
— Vocês são insuportáveis — riu , sabendo que Fred estava apenas brincando. — Muito obrigada.
— Depois de ajeitar todas as suas coisas — começou Jorge —, desça lá embaixo para ficar com a gente, beleza?
apenas assentiu com a cabeça enquanto dava um grande sorriso para seus amigos. Ela estava muito feliz em revê-los.
Após os gêmeos fecharem sua porta, deixando-a sozinha, ela resolveu tirar suas roupas da mochila e colocá-las nas gavetas do grande armário que se encontrava no recinto. O quarto era lindo aos olhos dela. As cores quentes eram harmônicas e entravam em um perfeito contraste com a mobília.
Após alguns minutos, quando terminou de organizar todos seus pertences, ouviu uma conversa bastante alta vindo no andar abaixo do dela. Mas além de conversas, havia bastante risadas. Ela lembrou do convite de seus amigos e decidiu descer para cumprimentar o resto das pessoas. Assim que chegou na sala de estar, lá ela encontrou todos os Weasleys com a companhia de Hermione e Harry. Todos descansavam no grande sofá e poltronas dispostas no recinto, exceto por Gina e Hermione, que insistiram em se sentar no tapete felpudo e macio no chão. cumprimentou eles, que logo corresponderam animadamente. Ela passava de pessoa para pessoa, distribuindo abraços e beijos. Porém apenas quando restou o último abraço, o de Rony, ela enxergou através da porta de passagem para a cozinha um baixo vulto preto em movimento perto do fogão.
— Não sabia que seu padrinho tinha um cachorro, Harry — disse olhando para o grande cachorro, que agora a encarava com a língua para fora.
— Han? — disse ele olhando para trás, acompanhado do olhar dela. — Ah, sim. Ele adora animais.
ouviu os risos de Fred e Jorge em suas costas, mas ela não se importou.
— Vem aqui — falou com um largo sorriso, ficando de joelhos e batendo com suas mãos nas próprias coxas.
O convite que ofereceu para o cachorro funcionou, pois o mesmo veio em rápidas pisadas para ela. O cachorro de porte grande era ainda mais fofo de perto. Seus pelos eram longos e negros, a língua do mesmo lambia desesperadamente as mãos e os braços dela enquanto afagava levemente a parte de trás de suas orelhas. A pelagem do animal era um pouco bagunçada e havia alguns nós.
— Você é tão fofo — disse ela com uma voz aguda e alegre enquanto o cachorro subia em cima dela, focando as lambidas em suas bochechas. — Qual seu nome? Han, quem você é?
As risadas de Fred e Jorge ficaram mais evidentes neste momento. Quando se virou para olhá-los, percebeu que todos seguravam risadas, falhando miseravelmente quando viram a expressão confusa dela.
— Que foi? — perguntou ela desviando o olhar do cachorro.
— Um assassino — riu Fred, enquanto fingia esfaquear Jorge com um jornal enrolado na mão. Jorge colocou a língua para fora e fechou os olhos, fingindo estar morto.
apenas os encarou confusa enquanto Gina gargalhava se apoiando no ombro de Hermione, que tampava a boca com a mão numa risada silenciosa.
— Black. Sirius Black — falou Harry enquanto gargalhava. — Ele é meu padrinho.
— Como? — torceu o nariz com as últimas palavras ditas por Harry.
Um animal… padrinho de Harry?
A mão que antes acariciava os pelos do cachorro, agora estavam paradas no ar. Assim que ela se virou para ver onde o animal se foi, não viu nada além do vento à sua frente. Ela ainda estava de joelhos à procura do animal, quando se deparou com um homem alto saindo da cozinha, usando somente um roupão cinzento que ficava preso em sua cintura acentuada. Ele era muito bonito, tinha cabelos longos e escuros. A jovem supôs que a idade dele fosse perto dos trinta, ele era mais velho que ela. ficou hipnotizada com a aparência dele. Ainda estava ajoelhada quando ele se aproximou em direção a ela, o que fez com que seu rosto ficasse na mesma altura dos quadris do homem. Ele a encarou com um sorriso de canto de boca. Minha nossa. Assim que se tocou de como aquela cena poderia ser mal interpretada por alguém que olhasse de fora, ela se pôs de pé o mais rápido que conseguiu.
— Não sabia que era animago… hm… prazer — gaguejou , esticando a mão direita para Sirius de uma forma bastante desajeitada, sua voz havia saído mais como um suspiro. — Prazer em conhecê-lo, senhor.
O homem soltou uma risada com a atitude da menina. conseguiu sentir o cheiro de vinho que saía dos lábios dele, que só fez com que ela se sentisse ainda mais atraída. Normalmente não ficava tão inquieta na presença de algum homem como ficou naquele momento.
— Olha só como ela ficou nervosa — riu Jorge dando cotoveladas no irmão.
— Essa foi a melhor ideia que já tivemos — gargalhou Fred. — A cara de é impagável.
— E vimos tudo de camarote! — Os irmãos deram um aperto de mão em comemoração.
apenas olhou para eles com uma feição incrédula, vendo que todos gargalhavam da cena, principalmente Harry, que ficava olhando para o padrinho. Quando desviou novamente o olhar para Sirius, percebeu que o roupão que ele usava deixava uma porcentagem de seu peito à mostra. Ele possuía algumas tatuagens distribuídas no local.
Como queria dedilhar todas as linhas daquelas tatuagens...
— Ok, ok. Acho que já foi o suficiente — gritou Sirius gesticulando com as mãos para que todos parassem. — É um prazer conhecê-la também, — a última frase foi dita de um volume mais baixo para que somente ela ouvisse, com que fez que sua voz ficasse mais grave, levemente rouca.
sentiu alguns de seus fios da nuca se arrepiarem quando Sirius disse seu nome. O homem teve que se curvar um pouco quando se dirigiu a ela, já que era notavelmente mais alto. A garota não sabia o que dizer em resposta.
— Tá bom, já deu — disse Molly batendo levemente no ombro de Jorge para que ele parasse de rir. — Vamos comer, já está tudo pronto lá na cozinha.
foi a primeira a se dirigir à cozinha, não conseguia fazer contato visual com ninguém. Muito menos com ele. Normalmente levaria aquela situação como uma brincadeira idiota. Já estava acostumada com elas, afinal, Fred e Jorge eram reis nisso.
Harry sentou ao seu lado na mesa, enquanto no outro ficou Jorge. Sirius, por sua vez, se sentou na ponta.
Todos comiam e conversavam de forma animada. Molly reclamava com Arthur sobre as fadas mordentes que estavam presas nas cortinas do quarto, já ele afirmava que era melhor se livrar do bicho papão antes, que estava preso debaixo de alguma estante.
Talvez fosse a noite mal dormida de , mas ela poderia jurar que quando todos estavam muito ocupados conversando ou comendo — como Rony —, viu Sirius lhe dar uma piscadela. A parte inferior do abdome de gelou com a cena.
Quando eles terminaram de comer, cada um se dirigiu a algum cômodo da casa com a varinha em mãos. Sirius precisava da ajuda de todos para se livrar das pragas que a antiga casa possuía.
— Aqui, querida. Vá para o quarto lá de cima, o da direita — disse Molly entregando-lhe um livro grosso. — Vai precisar disso para se livrar das fadas. Elas estão nas cortinas... mas confio em você. Tenho certeza que vai conseguir!
— Pode deixar — falou a garota verificando o título do livro, era de Gilderoy Lockhart, “Guia de pragas domésticas”.
subiu as escadas entrando no quarto que Molly lhe mandou ir. Assim que se enfiou dentro dele, fechou a porta atrás de si. Ela percebeu que as longas cortinas de cores escuras estavam em um leve movimento. Até poderia ser o vento, mas as janelas estavam fechadas. Ela ouviu uma pequena risada estridente, percebendo que algo sobrevoou para o fim da cortina. Com o medo percorrendo suas veias, a jovem começou a folhear o livro tentando procurar algum feitiço de como acabar com as pragas. Assim que achou o capítulo que comentava sobre tal praga, ela segurou com bastante força a sua varinha, apontando em direção às fadas. Ela sentiu um pesado empurrão no nariz, fazendo com que ela caísse em direção ao chão. Assim ela percebeu que algo havia cortado a parte de cima de sua sobrancelha, estava bastante ardente aquela área.
— AI! — gritou ela enquanto a fada se segurava em seu cabelo a puxando para cima.
Ela sentiu um fio de algum líquido espesso e quente escorrer em direção a sua têmpora quando a porta foi aberta de supetão. Ela sentiu alguém puxar a fada para longe dela e dizer algum feitiço, fazendo com que a praga caísse no chão paralisada.
continuava zonza do acidente. Tudo havia acontecido tão rápido…
— Você está bem? — sentiu uma mão levantar seu queixo delicadamente, era Sirius. Sua expressão era de pura preocupação.
— Ah, sim… — murmurou ela para o homem ajoelhado à sua frente. — Estou ótima.
— Aquela fada tinha uns dentes afiados, hein? — falou ele de uma forma simpática enquanto ajudava ela a se levantar.
— Acho que sim — falou encostando no líquido que agora escorria em direção a suas bochechas. Era sangue.
— Vamos ao banheiro — disse Sirius envolvendo seu braço esquerdo por volta da cintura dela. — Te ajudo com isso.
Se fosse sincera consigo mesmo, ela diria que mal conseguia sentir a dor do corte, mas não por causa da adrenalina, e sim por causa do local da mão de Sirius estava. Os dedos dele são uma ótima distração…
Longos segundos se passaram até que eles adentraram em um pequeno banheiro. A luz do mesmo era um pouco fraca e vacilante, mas era o suficiente. O banheiro era tão bonito quanto o resto da casa, com um grande espelho preso em uma das paredes, com moldura preta. Em um dos cantos, havia uma banheira feita de uma prata envelhecida.
— Sente-se — falou Sirius apontando para o mármore da pia. Ela obedeceu o comando. — Eu devo ter alguma poção para ferimento por aqui…
Sirius estava vasculhando o armário que estava em cima da pia, sem necessidade de se esticar para alcançá-lo devido à altura dele.
— Aqui — sorriu ele tirando um pequeno frasco na parte de cima. — Acho que isso vai ajudar.
Ele abriu o conta-gotas se aproximando dela, ficando entre suas pernas. Ele a encarou por um momento lhe dando um pequeno sorriso. Sirius colocou sua mão esquerda na bochecha de , fazendo com que ela virasse o lado do ferimento para ele. A jovem sentiu o corte arder de leve quando o líquido do frasco a atingiu, mas logo passou.
— Foi rápido, não? — murmurou ele, fechando o frasco e guardando-o. — Agora só limpar o sangue.
Ele tirou uma flanela fina de cor clara do mesmo armário, fazendo uma sútil fricção em sua bochecha enquanto sua outra mão segurava a lateral do pescoço de . Era impossível seus pelos ficarem mais arrepiados do que já estavam. Sirius tinha uma beleza que ela nunca viu antes. A barba mal feita lhe marcava o maxilar, deixando seu rosto harmonioso. Os olhos dele eram cativantes e sedutores, que possuíam uma cor cinza escuro quando suas sobrancelhas estavam tensionadas em foco. Sua boca entreaberta lhe mostrava os caninos pontiagudos que possuía, e seus lábios eram cheios e rosados, extremamente convidativos.
— Me desculpe por hoje cedo.
— Quê? — falou desviando o olhar dos lábios para os olhos dele.
— Por ter escutado o Fred e Jorge — ele sorriu, provavelmente percebendo o lugar que ela estava encarando alguns segundos atrás. — Eles me disseram que seria uma boa ideia… que seria engraçado. Eu não queria te deixar sem graça, entende?
— Não, não — sorriu ela. — Foi muito engraçado, na verdade. Eu só fiquei um pouco nervosa, eu acho. Quer dizer, eu nem te conhecia…
perdeu a fala quando Sirius começou a deslizar a mão para a lateral de sua cintura. Ela conseguia sentir a respiração quente dele batendo em sua bochecha enquanto ele se aproximava. A jovem fechou seu olhar quando sentiu ele depositar um macio beijo em seu pescoço.
— Gostei de te ver ajoelhada para mim — sussurrou ele perto de seu ouvido.
Ela o puxou para que ficassem frente a frente novamente. colocou uma mecha dos cabelos negros de Sirius de trás da orelha, logo descendo as pontas de seus dedos pelo abdomen do homem.
não sabia dizer de onde havia tirado a coragem para o que estava prestes a fazer, mas ela nunca deixa uma boa oportunidade passar.
— Talvez possa ver de novo… — falou enquanto seus dedos meneavam no cós da calça de Sirius, fazendo-o alargar um belo sorriso.
Subindo sua mão, na parte de baixo do umbigo, ela conseguia sentir seus curtos pelos pinicando-a. notou um grande volume roçando em sua coxa. Sirius gostou da sensação dos delicados dedos dela em seu corpo, fazendo-o se perguntar se seriam tão delicados assim quando estivesse em torno dele.
Seus lábios começaram a roçar um no outro, porém sem beijar, apenas sentindo as respirações pesadas um do outro. As mãos dele começaram a apertar a lateral de sua coxa, fazendo com que ela levantasse seu quadril para um melhor encaixe. Com a nova posição dos quadris, ambos conseguiam sentir um ao outro de forma ainda mais profunda.
— SIRIUS — gritou Arthur Weasley na parte externa do banheiro, dando fortes socos na madeira da mesma. — Está aí? Preciso da sua ajuda lá embaixo! A Molly tentou enfrentar o bicho-papão sozinha, eu falei que não era uma boa ideia...
Porra… — disse Sirius com uma voz muito baixa, somente para , mas a próxima frase foi dita em um só grito. — Só um pouco!
Sirius se afastou dela, abaixando a barra de sua camisa, para tentar disfarçar o volume entre suas pernas.
— Ainda bem que trancou a porta — disse com um sorriso de canto.
Ele abafou sua risada enquanto a ajudava a descer do balcão.


Insônia

não podia deixar de sentir um leve desapontamento. Já fazia dois dias que Sirius não falava com ela, estava mais do que necessitada pela sua presença. Todas as vezes que ela tentava se aproximar de Sirius, talvez tentar falar com ele sobre aquela noite, sempre aparecia alguém a impedindo.
Para distrair sua mente do animago, sempre ajudava Arthur com as pragas, pelo menos no que ela conseguia. havia apelado até mesmo para as partidas de xadrez bruxo com Fred e Jorge. Ela pensou, por um momento, contar para seus amigos sobre o que aconteceu entre ela e Sirius, mas sempre desistia. Seria uma péssima ideia, respondia sua sanidade. O jeito com que Sirius não se prontificou a conversar com ela em nenhum momento levou ela a pensar se aquilo tudo não passou de um erro.
Na noite seguinte, sua mente não a deixava descansar. Ela estava fervendo em ideias e pensamentos. A luz da lua iluminava seu quarto de uma maneira aconchegante. O silêncio mostrava que todos já estavam dormindo. Seu maldito subconsciente trouxe a memória de Sirius novamente.
O cheiro dele, a maciez de seus cabelos, sua boca roçando em seu pescoço. Os dedos firmes enquanto tocavam sua cintura. Será que seriam tão fortes enquanto ele os enfiava dentro dela?
sentiu seu líquido escorrer sobre a virilha. Ela precisava do toque dele novamente ou ela iria enlouquecer. Ela olhou em volta, vendo que estava sozinha no quarto. Não seria uma má ideia…
Ela subiu sua mão em direção ao seu seio esquerdo, vendo que seu mamilo já estava entumescido, começou a fazer movimentos circulares neles, apertando de leve. Sua mão direita desceu, passando levemente em suas coxas, indo em direção ao meio delas. Com o dedo indicador e médio, começou a fazer movimentos de trás para frente por cima do pijama que usava, percebendo que o tecido já estava úmido e quente. O prazer que ela sentia triplicou quando imaginou que suas mãos eram a de Sirius, ou até mesmo a língua dele. Sentindo que não aguentaria aquela sensação, ela precisava de um alívio imediato, Então ela começou a arrancar suas vestes de dormir.

Sirius, assim como , não estava conseguindo dormir. Seu cérebro não parava de pensar.
Não é a primeira vez que Sirius dá em cima de alguém e depois se esquiva da pessoa. Sempre corria, escapava e fugia do compromisso. Adorava quando as mulheres estavam peladas em sua cama e gritavam seu nome, mas odiava o dia seguinte, sempre tendo que aturá-las e aguentar a forma em que elas eram grudentas, quase como se elas não entendessem o significado de casual.
Mas ele estava assustado, quando lhe deu bom dia na manhã seguinte — após o episódio do banheiro — era impossível ele disfarçar o sorriso que lhe brotou. Chegando até a ficar inquieto e ansioso nas vezes em que tentava puxar assunto com ele, mas no fim sempre aparecia algum membro da família dos ruivos para se intrometer ou até mesmo para afastar os dois. Que Merlin os ajudem, já que Sirius estava à uma gota da água para mandá-los à merda por afastá-los.
Para aliviar a sua falta de sono e distraí-lo dos pensamentos voltados à , ele achou que uma xícara de chá quente talvez poderia ajudá-lo. Com isso em mente, começou a descer as escadas, indo em direção à cozinha. Assim que deu o primeiro gole, ele sentiu o efeito começar, como seus olhos, que agora estavam um pouco mais pesados e relaxados. Olhando no relógio, viu que eram quase quatro da manhã. Quando terminou de beber toda a bebida, subiu as escadas da forma mais silenciosa possível, não querendo acordar ninguém. Quando chegou perto da terceira porta do corredor, ouviu um som que lhe chamou atenção. Não chegava a ser um grito, mas definitivamente era um gemido. Ele não sabia de quem era aquele quarto, mas o som vinha de uma mulher.
Sirius… — ouviu a voz rouca de proferir no meio de um longo gemido.
O homem gelou. estava… se tocando? Se sim, ela estava pensando nele? Sirius sentiu um movimento no meio de suas pernas. Quando olhou a região, viu a enorme ereção que havia se formado. Não era para menos, os gemidos de eram os mais lindos que ela já ouviu, juraria ao bruxo mais poderoso por essa afirmação. Talvez sua próxima atitude seria a de um completo idiota, talvez ele começou a pensar com a outra cabeça, mas algo involuntário o levou à encostar no trinco da porta. Ele pensou duas vezes se realmente deveria girá-la, mas… que mal teria? Com um movimento sutil, ele abriu a porta em uma pequena fresta. A visão que teve o deixou boquiaberto. estava deitada na cama, totalmente nua em sua frente, ainda proferindo gemidos arrastados e roucos. O dedo médio dela completamente molhado fazia movimentos circulares na região do clitóris enquanto seus olhos estavam fechados e sua boca formando um perfeito “O”. Sirius não sabe direito o que o levou a tomar a ação seguinte, mas quando se deu por si já tinha entrado no quarto da garota e fechado a porta por trás.
Os olhos amendoados de se arregalaram quando viu Sirius a sua frente, encarando-a. Ela se apoiou em seus cotovelos, tirando a mão de cima de si, ao mesmo tempo em que tentava puxar a coberta para cobrir seu corpo nu. Ela começou a se questionar a quanto tempo ele estava ali, e suas bochechas coraram com o pensamento de que ele a observava bem antes. viu que Sirius soltou um pequeno ar de seu nariz e girou levemente sua cabeça para o lado.
— Estava pensando em mim? — Sirius sorriu maliciosamente, enquanto encarava o estado em que estava. Seus cabelos levemente ondulados estavam bagunçados, e por mais que ela puxou a coberta para cobrir-se, a imagem dela nua não saia de sua mente.
— Que? — disse com uma voz fraca encarando-o. — Não, não. Claro que não. Eu só estava…
— Não precisa mentir — cochichou Sirius se aproximando dela. — Posso te ajudar… se quiser.
olhou lentamente Sirius da cabeça aos pés, causando nele um leve arrepio. A jovem percebeu o volume que vinha de sua virilha e o olhou com um sorriso de canto.
— Parece que gostou do que viu — murmurou ela, sem tirar os olhos da ereção dele.
— Como não iria gostar? — falou ele sentando-se aos pés da cama.
Sirius começou a escalar o colchão indo em direção à , as pontas dos dedos da mão subiram do tornozelo até a lateral do quadril dela. A jovem notou a sensação gélida que percorria sua coluna com o toque. Quando ele ficou por cima, encostou sua mão em cima na palma dela, aquela que estava usando. Sirius chupou os dedos umedecidos do gozo de , passeando sua língua por toda a área, sem querer desperdiçar nenhuma gota. Ele parecia estar se deliciando, o que fez com que a garota ficasse absorta.
— Você tem um gosto muito doce, sabia? — sussurrou ele roucamente, devido a excitação.
Sirius, sem querer perder tempo, a puxou para um rápido beijo. A língua dele adentrou sua boca em movimentos necessitados. parou de se sentir exposta com a presença dele, então empurrou a coberta para longe de seu corpo, fazendo com que ele abrisse um sorriso durante o beijo, porém sem pará-lo. A mão dele, que antes estava segurando seu rosto, começou a descer em direção ao seio da jovem. Ele começou a fazer movimentos lentos para provocá-la.
— Agora ninguém vai nos interromper —, sussurrou ela durante o beijo.
esticou sua mão para a mesa de cabeceira, tentando encontrar sua varinha. Quando ela não estava conseguindo achar somente pelo tato, separou o beijo virando seu rosto para achar o objeto. A boca de Sirius desceu para o pescoço dela, beijando toda sua extensão, por vezes mordendo-a, que soltava um suspiro toda vez.
Abaffiato — falou ela, usando o feitiço para que ninguém pudesse ouvir o que aconteceria nas próximas horas.
Sirius a olhou com um sorriso largo, que a mesma retribuiu.
— Boa ideia — murmurou ele. — Não gosto da ideia de alguém mais escutando seus gemidos além de mim.
achou ele muito mais atraente naquela posição, com os lábios umedecidos e vermelhos por causa dos beijos. Sem aguentar um segundo longe de seus lábios, ele voltou a atenção para o pescoço dela, deixando mordidas e selinhos enquanto ela puxava de leve os fios de sua nuca. Sirius tirou uma pequena parte de sua língua lambendo lentamente da clavícula até a parte de trás da orelha de , e quando chegou ao lóbulo, chupou-o.
Ela começou a adentrar sua mão na parte interna das vestes dele, arranhando de leve a lateral de seu tronco conforme o beijo se tornava mais rápido. Sirius se separou dela por um momento, retirando depressa a parte de cima de sua roupa. ficou entretida com a visão do peitoral dele, com as tatuagens que cobriam todo seu peito, deixando ele ainda mais hipnotizante. A visão da jovem nua com as pernas abertas logo abaixo dele, encarando boquiaberta seu corpo seminu fez Sirius pensar em como ele era o homem mais sortudo naquele momento. O corpo dela era digno de uma deusa, suas curvas acentuadas eram mais que perfeitas sobre a luz que vinha da janela, e os fios de cabelo bagunçados tinham um formato e movimento único, a tornando sem igual.
— Você é a mulher mais linda que já vi —, disse sinceramente.
Sirius se aproximou dela novamente e começou a abocanhar seus seios, ela soltou um gemido abafado com a sensação da saliva dele em seu mamilo. Quando terminou de dar atenção para ambos, ele começou a descer em direção para o meio de suas coxas, sempre deixando um rastro de saliva. Sirius nunca sentiu sua calça tão apertada quanto no momento em que viu por completo. Ele lambeu ela desde a entrada da vagina até o clitóris, fazendo com que ela agarrasse seus fios durante um longo gemido. O gosto dela era único para ele, o que o incentivava a acelerar os movimentos circulares na região certa.
— Isso — gemeu ela. — Não para!
Tomando aquilo como encorajamento, enfiou dois dedos na entrada dela, fazendo-a gritar com o atrito. Ele abocanhou seu clitóris enquanto curvava os dedos, alcançando perfeitamente o ponto G da garota. gemia manhosamente quando começou a puxar os cabelos dele para mais perto de si. Ele percebeu que estava perto do ápice dela quando sua perna tremeu levemente, então começou desacelerar os movimentos de forma lenta. Quando ele parou por completo, o viu novamente em cima dela.
— O que está fazendo? — perguntou a jovem, sentindo falta da língua dele em seu corpo.
— Calma — respondeu ele se divertindo com a indignação da jovem, lhe dando um rápido selinho. — Quero gozar junto com você, sentindo sua boceta me apertar…
Sirius retirou a parte de baixo de suas veste, finalmente liberando seu membro ansioso por ela. viu que ele já estava com um pré-gozo, ele devia ter ficado excitado em chupá-la. Com a mão esquerda, ele segurou o pescoço da moça, que fechou os olhos para sentir a ardência de seu toque. Sirius começou ameaçar penetrá-la, sentindo o líquido dela melar a sua glande.
— Porra, você está muito molhada — disse ele roucamente, ela sorriu em resposta.
Ele não estava conseguindo aguentar mais, então a penetrou com tudo, fazendo com que ela gritasse de prazer e dor enquanto arranhava suas costas. O motivo do desconforto no começo, pensou , vinha principalmente por causa do tamanho dele. O comprimento de Sirius conseguia empurrar completamente, fazendo com que ela afundasse as unhas em seu ombro. Ela envolveu suas coxas em volta do quadril do bruxo. Com mais espaço, Sirius conseguiu penetrá-la ainda mais fundo. gemia cada vez mais alto com as estocadas como forma de súplica para que ele fosse mais rápido. Os murmúrios de Sirius perto de seu ouvido a deixava mais extasiada pelo homem.
— Fica de quatro para mim — rosnou ele.
A jovem, sem desobedecê-lo, ficou rapidamente de joelhos enquanto ficava apoiada em seus cotovelos. Sirius tinha a visão completa de seu corpo por trás naquela nova posição. Ele segurou seu membro e esfregou em direção ao clitóris dela, fazendo-a se contorcer.
— Quero que rebole para mim — ordenou ele, segurando com a outra mão a bunda dela. — Agora.
começou a fazer movimentos ondulados com a coluna, formando um círculo perfeito com o movimento. Toda vez que arqueava a coluna, sentia ele roçar nos lugares certos de sua vulva. Era mais que torturante.
— Sirius — gemeu ela. — Por favor…
Ele entendeu o que ela queria dizer, então, com as duas mãos segurando firme as laterais de seu quadril, a penetrou de forma acelerada. enfiou as unhas no lençol que estava sob a cama. Conforme ele tomava mais velocidade, o atrito amoleceu seu corpo, deixando-a totalmente entregue a ele. Sirius segurou seu quadril ainda por cima, se enfiando nela. Os cotovelos de escorregaram, fazendo-a se apoiar somente pelo seu rosto e tronco enquanto seus braços estavam esticados. A expressão de prazer da jovem fez com que Sirius sentisse que seu orgasmo estava próximo.
— Goza para mim — pediu ele gemendo.
Sirius arrastou sua mão direita em direção ao clitóris dela, fazendo movimentos rápidos, imitando a velocidade que se enfiava nela. Sentindo os dedos de seus pés flexionarem e sua mão agarrar com mais impulso a veste da cama. O prazer que ela sentia se tornou excessivo, não aguentaria mais. Sirius sentiu as paredes dela o apertarem com força, então intensificou as investidas e a velocidade de seu dedo no clitóris de . Ele viu que ela gozou quando a respiração dela se tornou falha, ao mesmo tempo que seu líquido escorria nas suas pernas que vacilavam. Sirius continuou entrando e saindo dela, a fazendo gemer mais alto devido a sensibilidade. Quando sentiu rebolar para ele, deixando ela mais apertada com o movimento, se desfez dentro dela enquanto puxava com força seu cabelo.
Ele escorregou em cima dela, a fazendo se deitar por completo na cama. Os dois estavam descansando o corpo suado e tentando controlar a respiração. Ele continuava dentro dela, mas logo após saiu, ficando ao seu lado. Por um tempo, Sirius ficou encarando o teto, percebendo o que acabou de fazer.
— Isso foi…
— Muito bom — resmungou ela por causa da respiração falha.
— Sim — sorriu ele, olhando-a.
conseguia ficar ainda mais bela, os lábios rosados um pouco abertos tentando normalizar a respiração, já seu cabelo um pouco úmido devido ao suor. E o rosto avermelhado na parte das maçãs do rosto. Ele sabia que estava no mesmo estado que a garota, se não pior.
se virou para cima, encarando o teto junto com ele. Ela sentiu o braço dele a puxar para um abraço. Quando ela descansou a cabeça em seu peito, ela percebeu que nunca havia se sentido assim com mais ninguém. A garota acabou adormecendo, sua respiração ficando cada vez mais lenta enquanto escutava os batimentos cardíacos do bruxo.


Bicuço

Na manhã seguinte, acordou com a cama mais espaçosa do que na noite anterior. Sirius não estava mais ao seu lado.
Ela se espreguiçou na cama, esticando os braços e as pernas, acordando seus músculos. Ela conseguia ouvir conversas no andar abaixo, todos da casa já haviam despertado fazia um tempo. A jovem percebeu que continuava nua da noite anterior e agradeceu por ninguém ter vindo acordá-la. Assim que ficou devidamente pronta e vestida, desceu as escadas se deparando com todos na sala de estar.
— Bom dia — disse Jorge. — Achei que não iria descer, você foi a última a acordar.
— Dorminhoca — falou Fred, abraçando de lado como cumprimento. — Como foi a noite?
— Foi muito boa — disse , relembrando do episódio com Sirius.
Os gêmeos ficaram olhando para o sorriso dela quando Molly saiu da cozinha, vindo em direção deles.
— Bom dia, querida — disse Molly, apertando-a em um abraço maternal. — Quer café da manhã? Lamento dizer que todos nós já comemos, mas... Sirius pode te fazer companhia, ele ainda está lá na mesa.
— Sirius? — ficou receosa, mas seu estômago traidor roncou, pedindo por comida.
— Vá, vá logo. Antes que ele coma todo o bolo de caramelo. — brincou Molly, empurrando-a gentilmente em direção a cozinha. Provavelmente deve ter ouvido o estômago de .
A jovem apenas se direcionou à cozinha, se deparando com Sirius sentado em uma das cadeiras. Ele segurava uma taça.
— Meio cedo para vinho, não? — brincou ela.
Sirius desviou o olhar em direção a voz. Quando viu não conseguiu segurar o sorriso que brotou em sua face.
— Bom dia.
— Bom dia — respondeu , se sentando ao lado dele.
Ela resolveu acompanhar Sirius no vinho, servindo dois dedos do líquido avermelhado para ela.
— Na verdade, para você é meio cedo para vinho, — disse Sirius.
— Quem é você para me julgar? — sorriu ela. — Também está bebendo.
— Me refiro à sua idade.
— Ah —, desmanchou a expressão divertida que o olhava. Então, ela resolveu arriscar —, desde quando minha idade se tornou uma questão?
Sirius a encarou, com o cenho marcado. Não sabia o que responder a ela.
— Não devemos conversar sobre isso agora…
— Foi por causa da minha idade que não dormiu comigo ontem? Quer dizer… poderia pelo menos ter se despedido.
— Acho… acho que fiquei com medo de alguém entrar no seu quarto quando amanhecesse — foi a única coisa que ele conseguiu sussurrar, na qual também não era uma mentira. Realmente alguém poderia ter entrado no quarto dela enquanto dormiam juntos.
Assim como qualquer um poderia entrar na cozinha com eles conversando sobre o assunto.
— Você acha? — suspirou, acalmando-se. — Olha…
— Não comece — Sirius esbravejou, rangendo os dentes. — Não vamos conversar sobre isso, ok?
o encarava, sem palavras. Estava assustada.
— Desculpa… — murmurou ele, se arrependendo de ter levantado a voz com ela. — Só não vamos conversar sobre isso agora, tudo bem? Já pensou se algum deles escutassem, estão logo ali do lado, ... — sussurrou ele.
— Tudo bem —, murmurou ela.
Sirius se levantou da mesa, já havia terminado sua refeição. Já , tomou o café da manhã com a companhia do vinho que havia lhe servido, na qual ela se deu o luxo de repetir a bebida, era o que confortava ela no momento.


Horas depois, logo depois que o almoço foi servido. estava ajudando os gêmeos a vasculhar o pequeno jardim da casa de Sirius.
— Por que eu tenho que ajudar vocês mesmo nisso? — perguntou , que estava curvada em direção ao solo.
— Porque somos seus amigos. Que pergunta mais burra, .
— É, você já foi mais inteligente…
riu. Fred e Jorge também estavam curvados, olhando atentamente cada centímetro do gramado.
— Mas vocês nem me contam o porquê que precisam desse tal pequeno fruto vermelho.
— Você sabe que não podemos te contar.
— O máximo que podemos te contar é que iremos usar para um novo produto da nossa loja.
— Quando o primeiro produto estiver pronto, você será a primeira pessoa a saber.
A garota os encarou, incrédula.
— Prometemos —, Fred e Jorge falaram juntos.
Sem insistir mais, continuou vasculhando com os dedos entre as gramas recém cortadas. Até que sentiu algo espetar levemente seu dedo. Era um fruto, extremamente pequeno, porém pontiagudo, mas mesmo assim não chegou a perfurar sua pele.
— Acho que achei o que estão procurando —, disse ela vendo a expressão dos gêmeos mudarem para total atenção.
Tanto Fred quanto Jorge se levantaram rapidamente para o lugar em que ela apontou.
— Isso! — gritou Fred com um sorriso de orelha a orelha.
— Retiro o que disse sobre você. — disse Jorge, tirando um pequeno pano de dentro de seu bolso, enquanto Fred arrancava cuidadosamente os frutos e depositavam eles no tecido de Jorge. — É a garota mais inteligente de Hogwarts, .
— Eu ouvi isso — uma voz distante e feminina ressoou até eles.
— Poxa, Mione… — os gêmeos riram.
— Só por isso não vou convidar vocês para jogar Quadribol com a gente. — disse Gina, que segurava uma vassoura entre os braços.
— Beleza, vou pegar nossas vassouras. — Jorge se levantou e foi em direção a casa. Gina riu.
Todos já esperavam no meio do jardim quando Jorge voltou segurando os seus equipamentos e de seu irmão. O jardim não era muito grande, mas era o suficiente para um treino.
! — Rony gritou para ela, que já estava indo a caminho para dentro de casa. — Acho que deve ter mais uma vassoura antiga dentro do armário da cozinha, para você.
— Ah, não precisa. Eu já estou muito cansada. Fiquei muitos minutos agachada nesse maldito gramado por vocês — disse ela, apontando para Fred e Jorge.
— Tem certeza? — perguntou Gina. — Hermione é uma péssima jogadora, talvez possa substituir ela.
— EI! — Hermione deu um tapa no braço da amiga.
— Tenho certeza, fica para próxima — os tranquilizou rindo.
Quando fechou a porta da casa, ela massageou sua própria lombar. Realmente havia ficado muitos minutos agachada, sua coluna doía um pouco. Não iria aguentar nem um minuto se equilibrando numa vassoura.
Toda a casa estava muito quieta. A sala estava completamente vazia, assim como a cozinha. começou a se perguntar onde estavam Molly e Arthur… e também Sirius. A garota subiu as escadas à procura de alguém, até que ouviu um barulho muito alto vindo de um dos quartos, era muito agudo para ter vindo de um humano. Ela encostou o ouvido na porta, ouvindo um alto chiado, seguido por uma voz conhecida.
Não vou te dar mais que isso, você já comeu o suficiente. Quer engordar, é?
A garota abriu a porta, vendo um grande… nem sabia o que era aquilo. pensou em cavalo, mas a cabeça do animal com toda certeza não era de um cavalo. Parecia uma ave. Era uma mistura de uma ave com um cavalo. Não chegava a ser bizarro, o bicho até era fofo. Todo o corpo coberto por penas, ele possuía duas grandes asas, tão longas que, se o animal as abrisse dentro daquele quarto, provavelmente iria encostar nas duas paredes opostas. Também tinha quatro patas e um tronco parecido com o de um cavalo.
— É o Bicuço — Sirius falou para . Ele segurava uma grande caixa com algumas doninhas mortas, que serviam de alimentação para o animal.
Bicuço não tirou os olhos de . Os grandes círculos alaranjados do animal a fitavam, tentando descobrir quem era ela.
— Bicuço, essa é — Sirius disse ao animal, que não moveu um músculo. — Acho que… pode se aproximar um pouco, . Se quiser.
— Tem certeza?
Sirius fez que sim com a cabeça. Então ela o obedeceu, dando pequenos passos em direção ao cavalo/ave. Assim que ficou frente a frente com ele, Bicuço a encarou, após alguns longos segundos, na qual jurou que iria ser atacada por ele, Bicuço abaixou a cabeça em forma de cumprimento. Ela esticou a mão receosa e acariciou delicadamente o longo bico do animal.
— Ele gostou de você — Sirius sorriu, satisfeito com a cena. Ele depositou a caixa com a comida do animal em uma das altas mesas por alí.
— Como que você nunca me contou que tem um… O que ele é mesmo?
— Hipogrifo. Eles são bastante complicados no começo. Soube que um garoto foi atacado em Hogwarts quando Hagrid o levou para lá.
apertou a mandíbula. Lembrava muito bem do que aconteceu com Malfoy, e seu falso machucado. Harry havia lhe contado, mas não sabia que tinha sido por causa de um Hipogrifo.
— É um bom sinal ele não ter tentado te machucar, sabe — disse Sirius, com uma expressão divertida.
Era estranho o jeito com que ele a tratava, como se nada tivesse acontecido na manhã daquele mesmo dia. Apenas algumas horas haviam se passado, afinal.
— Onde está a Molly com o Arthur? — perguntou .
— Ah, eles saíram. Não faz muito tempo, foram comprar algo para matar as pragas do quarto deles. Algo assim.
— Oh.
— Onde está o resto? — perguntou Sirius.
— Jogando Quadribol lá fora.
Eles se encararam por alguns segundos. com uma expressão vazia. Se sentia um pouco estranha em relação a Sirius, principalmente pelo fato dele ter praticamente gritado com ela.
Sirius se sentou no chão, cruzando as pernas. o acompanhou, ambos ficando próximos de Bicuço, que agora estava deitado, descansando a cabeça em uma das patas.
— Me desculpe, . — Sirius cortou o silêncio. — Não deveria ter me estressado com você. Não merecia isso…
— Não, não merecia.
Sirius a encarou enquanto a quietude perdurava.
— Eu queria ter dormido ao seu lado ontem à noite.
— Eu entendo. Realmente tinha a chance de alguém entrar. Era arriscado.
— Pro inferno o risco! Olha, … talvez eu tenha ficado assustado. Não sei o que você deve ter pensado de mim.
— Como assim?
— Olhe para mim… Estou velho. Não sou mais um adolescente para agir como um. Entrando no seu quarto no meio da madrugada… ah! — Sirius tampou o rosto com suas mãos.
A expressão de desapontamento no rosto de Sirius quebrava o coração de .
— Você não é velho...
— Não pensei nas consequências quando a beijei, .
— Está arrependido? — a voz de vacilou, estava com medo da resposta.
— Quê? Não! Por que acha isso?
— Isso é uma pergunta séria? Séria mesmo? — foi a vez de levantar a voz. Tanto Bicuço quanto Sirius se assustaram. A expressão de confusão que o homem lhe deu foi o suficiente. — Sirius… você ficou sem conversar comigo por dias depois de me ajudar com as fadas. E quando finalmente decidiu se aproximar de mim de novo, foi através do sexo. Quando tentei conversar com você hoje de manhã você praticamente grita comigo! Como esperava que eu me sentisse?
Sirius a encarou, com medo. Quando viu fechar os olhos, tampando metade do rosto com uma das mãos, ele decidiu ficar mais perto dela. Encostou em uma das mãos da garota, que estava completamente fria.
— A culpa é minha . Sinto muito. Muito mesmo. — Sirius a olhou, se sentindo um completo idiota por ter feito uma garota como se sentir rejeitada. — Não fazia ideia que se sentia assim.
— Não é totalmente culpa sua… — murmurou ela. se sentiu melhor tendo aquele pequeno contato com ele. — Não havíamos conversado mesmo.
— Não pense que não tentei falar com você. Eu ficava nervoso só de perceber quando você se aproximava de mim. Nervoso num bom sentido... E quando finalmente tínhamos alguns poucos minutos para nós, sempre éramos interrompidos.
— Como pelo Rony, querendo comer antes do almoço —, riu.
— Por Merlin, aquele garoto não conseguiria achar os biscoitos nem mesmo se estivessem debaixo do nariz dele!
Eles riram. Realmente era verdade, Rony só conversava com Harry e Hermione. Se ele incomodasse Sirius seria para perguntar onde ficava a comida, e se estava tudo bem se ele pegasse alguns aperitivos antes do almoço.
Sirius sentiu um alívio no peito vendo o sorriso dela. ficava linda quando sorria.
, eu entendo se você não quiser me ver mais… Quer dizer, você é jovem, nem dezoito anos tem! Você possui a vida toda pela frente. Não sei como você pôde pensar em querer me beijar, sinceramente.
— Sirius, olhe para mim — viu ele desviar o olhar dos sapatos para os olhos dela. — Eu não me importo. Idade é só um número, não? Espero que não se importe também…
— O que importa é você não se sentir desconfortável. E, na verdade, acho que deixei bem claro ontem à noite que não estou desconfortável.
sorriu para Sirius, ele retribuiu. Nenhum ousou soltar a mão do outro.
— Mesmo assim, a diferença de idade entre nós é gritante. Você deveria ficar com algum garoto que estuda com você…
— Não é tão gritante assim. Você deve ter quantos anos… uns vinte e sete?
— Tenho trinta e seis — respondeu ele.
— Ah.
Nunca que diria que Sirius tinha mais que trinta anos. Obviamente ela sabia que ele não era um garoto, e sim um homem. A aparência de Sirius estava mais que mantida. Preservada. As maçãs do rosto salientes e os lábios avermelhados ainda mantinham um ar jovial.
— No que está pensando? — murmurou Sirius, com suas pálpebras que mais lembravam fendas.
— Em como, para mim, mesmo sabendo de sua idade, não muda absolutamente em nada a maneira de como me sinto em relação a você.
— Isso é bom? — Sirius tinha um sorriso bobo enquanto mantinha o olhar em .
— Claro — riu.
Sentiu a mão de Sirius apertar em volta da sua, ela se aproximou ainda mais dele, seus joelhos roçando.
— Olha, eu mantenho o que disse, você não é velho. E eu nunca, nunca mesmo, preferiria ficar com algum garoto estúpido de Hogwarts do que ficar com você aqui.
— Sirius a encarou com um olhar intimidante —, preste atenção no que vai dizer a mim agora.
O homem enroscou as mãos na cintura de , uma delas apertou a lateral de seu quadril, trazendo-a para cima dele. A garota logo aproximou seu quadril no dele, com Sirius ficando no meio de suas coxas. Ela sentiu o hálito fresco dele bater em seu pescoço com a aproximação. As ondas escuras do cabelo dele contrastando sua pele clara.
— Tem certeza que isso não te incomoda? — Sirius olhava para cima, encarando cada expressão que ela fazia. sorria maliciosa para Sirius, enquanto ele abraçava sua cintura.
— Nunca estive tão confortável quanto estou agora, Sirius. — Respondeu , sendo absolutamente sincera em suas palavras.
Ele não esperou nem um segundo para colar seus lábios no de . O coração de Sirius martelava seu peito quando sentiu a maciez da boca da jovem em contato com a sua.
Por sua vez, pensou em aprofundar mais o beijo, enlaçando seus dedos finos nas longas mechas do cabelo de Sirius. Quando ele desceu uma de suas mãos para a bunda de , Bicuço a empurrou com uma de suas asas. Ela apenas não despencou por causa de Sirius, que dava apoio para ela.
— Que foi? — ele olhou bravo para Bicuço. — Ela gosta quando faço isso, ok? — Sirius desceu novamente uma das mãos acariciando a bunda dela, olhando em desafio para o animal.
Bicuço soltou um longo som de seu bico em reprovação e voltou a descansar a cabeça em cima das patas dianteiras.
— Acho que ele quer dizer que precisamos de privacidade.
— Concordo com ele — Sirius falou, apertando delicadamente a bunda de .
— Ok, vem — ela riu.
Quando saíram do quarto onde ficava Bicuço, perceberam que ainda estavam sozinhos. Nenhum som chegou até eles.
— Acho que ainda estão jogando — disse —, é um jogo um pouco demorado.
— A gente saberia se a Molly e o Arthur tivessem voltado.
A mão de encostou no rosto de Sirius, ela sentiu a barba por fazer dele a pinicar. Ele logo encaixou as suas mãos no quadril da garota, as curvas dela eram mais que sedutoras. A garota, sem esperar, ficou nas pontas dos pés e grudou seus lábios no dele. Seus joelhos vacilaram quando a língua dele entrou em contato com a sua. O toque de Sirius subiu para o sedoso cabelo dela. arfou quando sentiu ele dar um leve puxão em seus fios. Ela não aguentava mais, começou a empurrá-lo, o que fez com que Sirius entrasse em contato com uma das portas do corredor.
— Vamos pro seu quarto — arfou a garota.
Não foi difícil localizá-lo, já que pendurado à porta que Sirius havia se chocado havia uma plaquinha com a identificação de seu nome. Ambos adentraram o cômodo aos beijos e carícias, assim que o bruxo desviou a atenção para seu pescoço através de morididas, observou que, por dentro, o quarto dele era realmente muito aconchegante. Com a cabeceira esculpida junto à cama, que era iluminada por vários lustres de velas, deixando todo o lugar com uma meia-luz no tom de dourado.
Sirius agarrou a bunda de com força, marcando a pele da jovem.
— Preciso de você — murmurou o bruxo. — Agora…
— Não tenha pressa — brincou a garota.
empurrou delicadamente ele até a beira da cama, fazendo com que ele se sentasse na mesma. Assim que ela sentou em cima do quadril de Sirius, ele jurou que não havia sensação melhor do que aquela. Com os quadris largos em movimento sobre sua ereção e os lábios doces em contato com o seu num beijo de perfeito encaixe.
— Já faz alguns bons minutos que Molly e Arthur saíram, eles podem voltar à qualquer momento… — cochichou Sirius, sendo logo interrompido por mais um beijo quente de .
— Ainda temos tempo para isso — proferiu de forma maliciosa, se levantando de cima dele e removendo as vestes de Sirius, o deixando apenas com a peça íntima. Depois disso, focou em retirar as suas vestes, ficando exatamente como ele, apenas com as roupas de baixo.
O bruxo, ainda sentado à beira da cama, puxou a parte de trás do joelho de , que estava de pé na frente dele. Com apenas a perna direita dobrada, o calcanhar descansava em cima da cama enquanto ela permanecia à sua frente, ele iniciou uma trilha de beijos por toda a parte interna da coxa da jovem.
Quando os beijos úmidos começaram a ficar muito perto do monte de Vênus, decidiu fazer algo a respeito.
— Sirius — murmurou ela, puxando levemente os longos fios de Sirius. — Pare.
— Está ruim? — perguntou ele, genuinamente.
deixou escapar uma curta risada.
Como ele poderia cogitar a ideia daquilo estar, de alguma forma, sendo ruim para ela?
— Longe disso… — iniciou ela, com um sorriso de canto. — É a minha vez hoje.
tirou a sua perna de cima da cama, se ajoelhando na frente de Sirius. Suavemente, ela iniciou a deslizar suas mãos pelas coxas dele e, assim que atingiu a última veste de Sirius, ela percebeu o largo volume que se encontrava ali. Com ajuda do homem, ela finalmente removeu a única coisa que impedia o toque da pele com a pele.
O membro dele estava ansioso pelos próximos movimentos de . Ele nunca mentiria que não havia imaginado essa cena antes. Com ajoelhada à sua frente, com os olhos levemente arregalados encarando-o despido. Seus dedos explorando a área antes que sua boca.
Ela começou os movimentos em seu escroto, colocando cada bola em sua boca de cada vez. Após subir lentamente com a língua por toda a pele do corpo do membro, ela depositou um delicado beijo na glande dele. Assim que se deu início ao movimento de sobe e desce, ela sentiu Sirius segurar seu cabelo, ajudando-a com a velocidade de sua boca em seu corpo. Com tal atitude, ela aumentou a pressão de sua boca no prepúcio, usando sua mão para tocar o que não cabia dentro de si, sempre acompanhando os movimentos junto com a de seu lábio. Com a outra mão, ela estimulou o saco de Sirius, dando uma prazerosa pressão.
Ele estava prestes a explodir com a excitação que lhe causava. Normalmente mulheres não gostam quando pegam nos cabelos delas no momento do oral, porém não se importou, muito pelo contrário, ela apreciou a motivação. Aquilo era mais que excitante para Sirius, mais que prazeroso…
Sem conseguir se conter mais, Sirius fodeu a boca dela sem hesitar, sentindo a pressão de seu comprimento contra o fundo da garganta de . Quando atingiu o auge, gozou em seus lábios com os olhos fechados, apenas idolatrando as sensações que o orgasmo lhe causava.
Quando abriu os olhos, observou a mesma visão que o paraíso teria, ele tinha certeza disso. Os lábios de escorrendo seu líquido esbranquiçado, as sobrancelhas juntas devido ao prazer que sentiu junto com ele. A conexão de seus olhares…
Mesmo que uma gota tenha escorrido pelo seu queixo, a garota engoliu o restante, apreciando o gosto maravilhoso que Sirius tinha.
— Você é perfeita — arfou Sirius, de forma mais honesta possível.
não teve tempo para respondê-lo, já que ambos conseguiram escutar a porta da frente ser aberta, indicando que alguém havia entrado para dentro de casa. Se eram Molly com o Arthur ou Hermione e Harry com os irmãos Weasleys eles não sabiam, mas de uma coisa eles estavam certos: realmente houve tempo o suficiente para o que planejou.


Última Noite

, quando acordou na manhã seguinte, ainda se lembrava dos suspiros causados por Sirius Black. Se lembrava de como a respiração dele se tornou ofegante junto com a sua. Em como todo seu corpo se tornou necessitado do de Sirius, e bastava tais memórias surgir para que ela precisasse dele novamente.
Foi difícil disfarçar os olhares e insinuações durante a hora do café da manhã e almoço com todos juntos à mesa. Mas acredita que ninguém notou nada de estranho nela, e ela se apegava a este pensamento.
Essa seria a última noite que ficaria de estadia no largo Grimmauld, nº12. As férias já estavam no fim e o início de um novo período do ano letivo já estava para iniciar. Ela mal podia esperar para voltar para Hogwarts, mesmo que fosse ser seu último ano lá.
Tudo que estava em seus planos para ser feito nas férias com seus amigos foi realizado. Bom, pelo menos a maioria… Ela não conseguiu vencer sequer uma jogada do xadrez de bruxo, nem jogou Quadribol com seus amigos. Mas não se sentia mal, afinal, também não estava em seus planos dormir com o padrinho de Harry Potter, e olhe só para ela hoje.
É estranho como todos tem a necessidade de se sentir no controle de tudo, principalmente nos detalhes. As melhores coisas acontecem sem planejamento.
Depois de ter jantado e de ajudar a Molly na cozinha, resolveu deixar suas malas prontas para a viagem que faria na manhã seguinte, afinal era uma tarefa demorada, e além disso, ela odiava deixar as coisas para última hora.
Conforme suas roupas estavam devidamente dobradas e separadas dentro das várias malas, ela viu que o sol já estava se pondo através da janela, deixando a mobília do quarto com uma iluminação dourada e quente.
deu um pulo assustada quando ouviu a porta abrir de supetão.
— E aí, o que tá fazendo? — disse Gina de forma animada, descansando metade de seu tronco no batente da porta.
— Ah… é você — respirou pelo nariz, aliviada — Quase me mata de susto!
— É a primeira vez que alguém fica desapontada em me ver —, brincou a ruiva com um sorriso de canto estampado na face.
— Não é isso, eu só achei que… Seria outra pessoa.
— Eu sei, só estou brincando com você — riu Gina, entrando no ambiente e se sentando na cama. — Espera… Quem você achou que seria?
Gina estava com uma expressão animada no rosto.
— Você não está apaixonada por algum dos meus irmãos, está? — Era impossível os olhos da ruiva estarem mais arregalados do que naquele momento.
— Quê? — fez uma cara de escárnio, quase que involuntário. — Claro que não, eca…
As duas acabaram rindo.
— Acredite em mim, o afeto que tenho pelos gêmeos é o mesmo que você tem por eles — explicou . — Os considero como irmãos.
— Bom, pelo menos você tem juízo… — respondeu Gina, arrancando um sorriso de .
— Por que me perguntou isso? — não se conteve em perguntar.
— Não sei… Você anda meio alheia ultimamente… Sorridente — Gina brincou com um fiapo que soltava da colcha que cobria a cama. — Achei que algum sortudo tivesse roubado seu coração.
— EI, ! — As vozes dos gêmeos surgiram do corredor. agradeceu por não ter que entrar nessa conversa sobre esse assunto com Gina.
— Lá vem… — sussurrou a ruiva apenas para .
— Tá fazendo o quê? — Jorge perguntou, apoiado na porta.
— Espera, já arrumou suas malas? — Emendou Fred, adentrando no quarto da garota.
— Mais ou menos, preciso organizar meus livros — respondeu .
— Olha só — iniciou Jorge, pegando os primeiros livros da grande pilha que se formava em cima da bancada de —, Oráculo dos sonhos, Desvendando o futuro e Guia de pragas domésticas.
— É… Não é à toa que você se dá bem com a Hermione, não é mesmo, ? — Brincou Fred.
abriu um sorriso para os amigos.
— O que querem? — Perguntou ela.
— Está todo mundo na mesa esperando vocês para começarem a comer…
— Vamo? — Enfatizou Fred.
— Certo, certo — Gina começou a andar em direção às escadas. — Vamos, antes que a gente seja as responsáveis pela morte por fome da nossa família!
— Da família toda eu não sei, mas a de Rony com certeza —, brincou Jorge.
— Ele só não comeu antes de nós se não mamãe furaria a mão dele com um garfo — riu Fred, que foi acompanhado pelo irmão.
Segundos depois entrou na cozinha, se sentando no seu lugar à mesa de sempre. Como de costume, metade de seu prato era coberto pelas batatas assadas de Molly, que na verdade tinham um sabor surpreendente.
Sirius, por outro lado, parecia bastante ansioso em sua cadeira. Com seus lindos olhos desviando dos outros e com uma mania que não o deixava aquietar sua perna, que balançava freneticamente de baixo da mesa.
sabia que ele estava mais que animado em passar esse período com a família. Ela ouviu a conversa dele com Harry na cozinha na outra noite — por trás da porta —, em como ele se sentia solitário preso dentro da casa de sua família. Mas hoje, durante a refeição, não viu nenhum sorriso sincero vindo dele, apenas aquele sorriso duro e social que oferecemos para desconhecidos na rua.
Por que ele parecia nervoso?

Alívio tomava o corpo e pensamentos de . Já havia finalizado suas malas, só faltava devolver o livro que Molly havia emprestado para ela no outro dia.
Logo em que ela saiu de seu quarto com o pesado livro em seus braços, ela viu que a porta de Sirius estava completamente fechada.
Não importa, eu estou indo ver a Molly, não ele.
desviou seus pensamentos do bruxo, mas era difícil, já que eles não haviam conversado desde aquele dia.
No outro lado do corredor, que se encontrava o quarto dos pais dos gêmeos, bastaram duas batidas para ela ser atendida.
— Ah — respondeu Arthur, vestindo um roupão listrado e com olhar pesado de sono —, o que faz aqui, ?
— Vim devolver o livro que Molly me emprestou no outro dia — disse ela, esticando o braço que o carregava.
— Oh — ela escutou o murmúrio de Molly vindo de dentro do quarto, provavelmente se levantando da cama. — Aí está ele! Estava ficando louca atrás do meu livro. Havia me esquecido de que emprestei ele para você!
— Me desculpe, eu deveria ter devolvido mais cedo…
— Bobagem! — Molly interrompeu delicadamente Ana —, espero que ele tenha te ajudado.
sabia muito bem que não havia. Ela procurou o maldito feitiço por cada capítulo e em nenhum momento ela achou algo sobre como acabar com as Fadas Mordentes. Mas ela se sentia grata por não tê-lo encontrado, afinal foi assim que ela conseguiu se aproximar de Sirius.
Pensando bem…
— Me ajudou sim, obrigada — sorriu , — não vou mais atrapalhar a noite de vocês. Afinal, temos que voltar para a casa amanhã, não é mesmo?
— Ah, com certeza! — Molly abraçou de canto. — Tenha uma boa noite, querida. Durma bem!
— Igualmente, Sra. Weasley — retribuiu o abraço. — Sr. Weasley.
— Boa noite, — respondeu Arthur.
Quando a jovem estava a dois passos de tocar no trinco de seu quarto, ela ouviu Molly chamar seu nome.
! Hm… querida — Molly, pela primeira vez desde que a conheceu, pareceu cuidadosa com as palavras que usou. — Acho que… você esqueceu isto dentro do livro.
Molly esticou a mão com um pequeno papel dobrado em direção à ela.
— Que isso?
Assim que pegou o papel e o abriu, ela estremeceu. A mensagem estava escrita em pena com a tinta ainda úmida, que dava a impressão de ter sido escrita em pouco tempo.
conseguiu ler claramente a frase “Boa noite, linda” escrita na caligrafia de Sirius.
— Alguém lhe escreveu isso? — Indagou Molly, desconfiada.
— De jeito nenhum! — Rapidamente respondeu . — Nunca vi isso antes, não faço ideia de quem tenha escrito… Vou jogar fora agora mesmo!
— Ah, tudo bem então — Molly pareceu mais tranquila. — Boa noite, querida!
Após Molly ter dado meia volta, esperou a porta do quarto do casal ser fechada para correr até a lixeira e jogar o papel no lixo. Porém, assim que descartou o pequeno bilhete, ela ouviu um som de tec em cima de sua mesa de cabeceira.
Era outro papel, desta vez dobrado ao meio, escondendo a escrita.
Quando se aproximou do papel, surgiu junto a ela uma pena — já úmida de tinta por causa da magia que a envolvia — repentinamente em cima de onde antes estava o bilhete. Quase como se o objeto tivesse se transferido de outro cômodo para o seu.
Desta vez, após ler a mensagem, ela não conseguiu esconder o largo sorriso em seu rosto.
“Não vai me desejar uma boa noite?”
No verso do papel a bruxa escreveu apenas um simples boa noite, deixando claro que não iria continuar o flerte, afinal ela realmente precisava acordar cedo no dia seguinte. Assim que terminou de escrever, o papel sumiu de sua delicada mão. Ela não estava conseguindo negar nem a si mesma que havia ficado feliz em pensar que ele se lembrou dela.
Foi somente o tempo de se enfiar nos meios das cobertas para o papel surgir novamente.
“Será que preciso ir até você ou vai vir descobrir a surpresa que preparei para você aqui no banheiro?”
Surpresa? De que ele estava falando?
levantou-se da cama rapidamente, se esgueirando pelo corredor da casa. Notou o silêncio e a escuridão que pairava por lá. Observando o relógio que estava pendurado na parede, viu que já passava da uma da manhã. Já estava bem tarde, o que fez pensar que todos já estavam dormindo.
Menos ele…
Ela cogitou bater na porta do quarto dele, porém Sirius havia mencionado algo no banheiro. Então foi para lá que ela seguiu seu caminho.
Antes de encostar no trinco, ela percebeu que o vão embaixo da porta era a única fonte de luz que fazia com que se enxergasse o corredor, deixando todo o ambiente em um eterno breu.
Assim que sentiu o gelado da maçaneta encostar em sua mão, ela abriu cuidadosamente a porta.
Uau.
Todo o banheiro estava sendo iluminado por velas, que estavam no chão e algumas na beirada da banheira, que dela vinha um cheiro perfumado e aromatizado.
Sirius. O Sirius.
Ele estava na banheira, vestindo nada. Apenas com algumas pétalas de flores que boiavam na água tampando uma porcentagem de sua pele.
— Achei que não iria vir — disse ele, com a voz arrastada.
— Estou aqui — abriu um sorriso de canto para o bruxo enquanto se apoiava na porta entreaberta, apreciando por mais alguns segundos o que estava a sua frente.
— Então, vai ficar só olhando? — Brincou ele a encarando completamente relaxado.
Quando fechou a porta, ela logo começou a retirar toda peça de roupa que cobria suas curvas, fazendo com que os olhos famintos dele vigiassem cada movimento delicado que seu corpo fazia.
Sirius teve que se conter como nunca antes precisou. Ver os mamilos de apontando para ele, quando o fino tecido da roupa que ela vestia dançava para fora de seu corpo, o fez pensar em mil inomináveis ideias que poderiam o levar à Azkaban de tão perversas.
Ver aquela deusa na terra se aproximando dele, abrindo suas pernas enquanto colocava uma de cada vez submerso na água morna da banheira o fez salivar.
Bastou segundos para que as bocas dos dois entrassem em contato. Ambas as línguas se esfregavam da maneira mais obscena e necessitada possível. As mãos largas de Sirius apertavam cada pedaço de carne do corpo de que encontrava, a levando à loucura.
Quando ela mudou a posição de seu quadril, se encaixando melhor em cima de Sirius, conseguiu sentir ele já pronto por ela.
Bastante pronto.
Sem perder mais tempo, a garota segurou o pau do bruxo e o encaixou em sua entrada já úmida. Assim que desceu e começou a se movimentar num ritmo constante, arrancou um gemido de Sirius. Conforme o movimento aumentava, ela começou a sentir um leve incômodo.
— Às vezes esqueço o quão grande você é — murmurou entre gemidos, sentindo sua entrada arder com o tamanho da largura dele.
O deboche do bruxo veio em um largo sorriso convencido, deixando à mostra aqueles dentes pontiagudos e atrativos que tanto gostava.
A mão de Sirius desceu e encontrou o monte de vênus da garota, com carícias precisas naquele seu lugar favorito.
— Isso ajuda?
apenas concordou com a cabeça, não conseguiu falar nada quando sentiu a dor mudar pro prazer.
— Use suas palavras, princesa — Sirius sussurrou, mas mesmo assim ela conseguia ver a dominância em seus olhos, que a encaravam.
— Sim, Sirius — gemeu longamente quando proferiu o seu nome.
Conforme o corpo dela subia e descia em cima do bruxo, ele começou a focar não somente no clitóris, mas também no mamilo já intumescido de .
Ela poderia jurar que estava prestes a explodir sentindo tudo ao mesmo tempo. Mal sabia que era possível seu corpo aguentar tanto prazer ao mesmo tempo. Sirius testava seus limites.
Quando ela olhou para baixo podia jurar que nunca viu algo mais lindo. Sirius com a boca em seu mamilo direito enquanto penetrava nela numa velocidade alucinadora. poderia gozar apenas com aquela visão.
Assim que as mãos de Sirius se voltaram para ajudar no ritmo que pulava em cima dele, percebeu que faltava muito pouco para ele atingir seu ápice. E ela se encontrava na mesma condição.
Bastou ouvir a voz autoritária do bruxo gemendo seu nome e falando instruções sórdidas para ela que sentiu todo aquele fogo se espalhar por seu estômago. Toda a deliciosa contração dela finalmente relaxando.
Ele sempre a deixava com as pernas bambas, mas nunca sentiu suas pernas tremerem tanto como naquela noite.
E em como aquela sensação era deliciosa pra caralho.
Com um último beijo lento e inebriante, Sirius jorrou dentro dela, até a última gota. Ele estava completamente louco por ela, e em como aquela foi a única boceta que o recebeu daquela maneira deliciosa.
Mesmo com o prazer correndo em suas veias, ela continuava sentindo o viciante cheiro de Sirius. Uma mistura de âmbar e um aroma alcoólico, quase como um vinho.
Assim que ambos se separam por falta de ar, ele acaricia a bochecha rosada de . Percebendo que os olhos da garota estavam com um brilho a mais, Sirius ficou bobo.
— Eu sei que hoje é o último dia de suas férias, e por isso queria algo mais especial. Não só por você, mas por mim também. Porque… Eu nunca gostei de alguém tanto quanto gostei de você. Quero que saiba que, por mais que ficaremos distantes por um tempo, não só por causa de você ir pra Hogwarts, mas também porque… Bom, não estou tecnicamente livre. Eu continuo sendo um fugitivo. Hoje não será nossa última noite, eu te prometo isso. Juro pela lua, pelo sol, por todas as estrelas que dividimos. Hoje não é a última vez que eu te beijo, e muito menos a última vez que te faço gemer meu nome.
solta uma leve risada com a última frase.
— Vai ser difícil sem você por perto… — confessa ela. — Acho que já estava até acostumada.
— Acredite em mim, será mais difícil para mim.
— Olha, é apenas alguns meses, não é?
— Sim, mas serão os meses mais longos da minha vida — Sirius encara os olhos dela, puxando para outro beijo.


FIM



Nota da autora: Se você leu minha história até aqui, quero que saiba que isso já significa muito para mim, agradeço do fundo de meu coração.
A primeira vez nunca nos esquecemos, mas e a última?
Foi assim que surgiu a ideia para ser escrita essa história. Na verdade, ela veio de um lugar muito pessoal, mais especificamente quando eu estava lendo o quinto livro da saga. Me perguntava como seria se os gêmeos tivessem uma melhor amiga e essa amiga passasse o período das férias com a família dos Weasleys (assim como a Hermione e o Harry passam). E o que aconteceria se essa tal amiga se apaixonasse pelo Sirius — assim como eu me apaixonei por ele quando estava lendo os livros.
Essa fanfic tem alguns easter eggs que somente quem leu a saga consegue perceber, mas mesmo que você tenha apenas assistido aos filmes ainda não irá estragar a magia dos livros quando você for lê-los.
Acredito que não seja surpresa para ninguém que o Sirius eventualmente morre na saga original — se você não sabia, foi mal pelo spoiler. Eu sempre senti que o personagem do Sirius merecia mais do que ele recebeu como personagem, e ter criado um par romântico para ele (para que ele possuísse esses pequenos dias de felicidade genuína, não somente por estar com sua família e amigos, mas também por finalmente se permitir estar apaixonado) foi bastante gratificante para mim, visto que ele morreu como fugitivo, já que nunca conquistou sua liberdade que tanto lutava, e muito menos conquistou seu sonho, que seria passar mais tempo com o Harry.



Outras Fanfics:
A Aposta [Restrita - Original - Shortfic].


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