Capítulo Único
13 de outubro de 2018
— Conversar sobre o quê? Aliás, bom dia! Tudo bem com você? Dormiu bem?
Eu podia vê-la revirando os olhos do outro lado da linha, dentro da minha cabeça. Provavelmente arrumando o café da manhã na cozinha, de regata verde musgo e calça de flanela branca. Os cabelos presos e um coque feito de qualquer jeito mesmo, linda!
Se você me pedisse: “, descreva a em cinco palavras...”. Eu obviamente diria que ela é:
1. Linda;
2. Empoderada;
3. Inteligente;
4. Independente;
5. Eu já disse independente, inteligente e linda?
Agora eu te pergunto: o que uma mulher dessas viu num cara como eu? E, na verdade, como eu posso me descrever? Um cara de inteligência mediana, inseguro, ansioso, pessimista, esquisito para dizer o mínimo… Eu sou exatamente o oposto da … e o engraçado é que a nossa química não tem muita explicação, ela simplesmente aconteceu!
Eu confesso que me pergunto todos os dias como foi que as coisas entre nós aconteceram e perduram há quatro anos e meio. Todos os dias a gente acaba se desentendendo por algo que diverge de forma catatônica entre as nossas personalidades, que não se aceitam.
E o mais impressionante — e que não entra na minha cabeça (dura) — é como ela consegue dormir tão tranquila e serena após nossas batalhas, em como as coisas funcionam de forma tão simples e unificada dentro da cabecinha dela. Não há sofrimento, não há angústia, não há um mínimo sinal de desespero, nem sequer de raiva.
Isso tudo me incomodava de uma forma visceral e egoísta até! Eu sou um bebê chorão que sofre até pelas coisas mais banais do mundo. Um livro ou filme bem-feitos ou de temática humana demais, coisas banais que aconteciam com amigos ou familiares, e especialmente as nossas brigas, que mexiam de forma quase incontrolável com todo o meu sistema nervoso.
Sistema nervoso esse que funcionava de forma totalmente oposta ao de , que é desprovida de qualquer tipo de apego superficial e “nada saudável” (palavras da mesma) que a sociedade nos impôs desde os mais primórdios dos tempos. Desapegada, feita para voar, para sair do chão, para ir longe…
— Que horas você quer me ver?
— Podemos ir ao Lounge, em vez de ficarmos aqui, o que acha?
— Ao Lounge? O Lounge é o restaurante das ocasiões especiais! O que você quer me contar no Lounge?
Arqueei uma sobrancelha e gargalhou despreocupada, enquanto tomava um gole de algo, que eu presumi ser leite morno.
— Sim! Tenho algo de muito especial para compartilhar hoje, e você tem de ser o primeiro a saber!
— Vou ser pai? — foi a minha vez de gargalhar enquanto a ouvia me repreender do outro lado – Me desculpe, sei que não gosta dessas brincadeiras!
não quer ser mãe, — tampouco eu quero ser pai – pelo menos isso. Ela não gostava nem de tocar no assunto “crianças”. Creio eu que tudo isso vem da relação conturbada que ela teve com a mãe, quando ela era viva. Ela dizia que nunca foi planejada, muito menos querida. Apesar disso, foi a única filha a cuidar dela quando ela esteve doente e perto da morte.
é a pessoa mais altruísta que eu já eu conheci, ela não só cuidou da mãe como a amou da forma mais bonita.
Assim como ela também me ajuda muito com todos os meus transtornos e traumas, sempre me dando todo o apoio nas crises que ela presencia.
Eu sei que ela não tem culpa da minha doença, nem de eu ser assim, e sei que ela se esforça, mas às vezes eu sinto que ela poderia fazer mais por mim, assim como eu faço por ela. Já me disseram que eu sou egoísta por pensar assim, inclusive compartilha dessa opinião, já me dizendo uma vez que, se eu acho que ela não faz nada por mim, nós deveríamos terminar.
E eu, claro, fiquei impressionado em como parecia que para ela o simples fato de terminar um relacionamento de anos – não estou dizendo isso por ser um relacionamento comigo, estou dizendo que mesmo que fosse outro cara – fosse a coisa mais simples do mundo e não a afetasse em nada.
Eu entendo que na verdade a certa é ela, terminar um relacionamento não deve ser encarado como o fim do mundo, existem recomeços, e quem sempre me fala isso é a minha terapeuta, que foi indicada por . Às vezes acho que ela e combinam o que deve ser dito a mim em cada sessão, de tão parecidas que são e de tão iguais os pensamentos… Caso esteja se perguntando, eu sofro de Distúrbio de ansiedade generalizada, que é basicamente um estado de ansiedade e preocupação constante sobre diversas coisas da vida. É um estado que aparece constantemente e vem acompanhado de alguns dos seguintes sintomas: irritabilidade, dificuldade em concentrar-se, inquietação, fadiga, humor deprimido e entre outras (e várias coisas).
Eu sei que não deve ser nada fácil lidar com alguém como eu, com distúrbios mentais e etc. Mas ao mesmo tempo é algo que as pessoas precisam entender: que ninguém escolhe ser assim, não foi minha opção desenvolver uma doença. Se tudo isso se tratasse de uma simples escolha, eu tenho certeza que doenças como essa não existiriam! É preciso de todo o apoio, paciência e amor da família, amigos e companheiros(as). Minha família não mora aqui, e eu mal tenho contato com eles. Meu pai eu não faço a menor ideia de quem seja, minha mãe se casou com outro homem e cuida mais dos filhos dele do que de mim, amigos eu não tenho um sequer, tenho dificuldades em manter as pessoas ao meu lado entretidas por muito tempo, sou enjoativo, monótono e as pessoas se cansam. Menos …
***
“Eu queria ser igual você, que já se alinhou, seguiu com a vida. Mas eu sou ele, eu sou daqueles que se desfaz com todos os finais...”
20 de Fevereiro de 2019
— Me desculpe ligar hoje de novo! Você deve estar cansada!
— Estou sim, ! Você também deve estar, que horas saiu do hospital?
Respirei fundo sentindo minhas têmporas doerem, a boca também estava seca. Eu havia tido outra crise de ansiedade em menos de dois dias, e com essa acabei indo parar no hospital.
E, detalhe, uma vizinha já idosa e sua filha que me levaram ao hospital, tendo em vista que eu não tinha ninguém que fizesse isso por mim. As crises estavam ficando mais frequentes e mais intensas, as terapias e os remédios já não surtiam o mesmo efeito, e eu sentia falta dela como se me faltasse um órgão, nada no mundo amenizava a minha dor e toda a sensação de impotência e insuficiência que eu sentia.
Aqui no Brasil eram 08 da manhã em ponto e lá eram 12 da tarde, e eu sei que o turno dela começa às 13, então ela deveria estar a caminho do trabalho, afinal eu podia ouvir o barulho ao redor.
— Está no metrô? — questionei, mudando de assunto como se fosse adiantar alguma coisa.
— Estou! Você já meio que deve ter decorado a minha rotina, não é? — ela soltou um risinho.
Sorri do outro lado da linha, esse era um bom sinal, tendo em vista que todas as outras vezes que nos falamos foram apenas para discutir ou brigar feio.
— Acho que sim! Pelo menos eu sei que você trabalha de segunda a sexta, com algumas folgas intercaladas aos sábados e domingos. Você entra às 13h, daí, é claro, e sai às 22h.
— Sim...
Silêncio.
— Você não respondeu a minha pergunta!
Eu sabia que ela voltaria a esse assunto, então cocei a cabeça e soltei um suspiro demorado.
— Eu saí do hospital agora há pouco, só tomei um banho e liguei para você.
— , você mal descansou! Você precisa seguir a sua vida! Não tem problema nenhum me mandar mensagens, curtir minhas postagens, e até me ligar vez ou outra! O que você não pode é ficar nesse ciclo vicioso e deixar isso tomar conta da sua vida!
Eu fiquei em silêncio. Não há nada que ela nunca tenha me dito, aliás, não só ela. Minha terapeuta repete essas mesmas coisas todas as sessões. O problema é que eu não conseguia e, no fundo, bem no fundo, sabia. Ela sabia que seria assim desde que decidiu tomar as decisões que tomou.
Eu nunca lidei bem com términos, com fins, com despedidas. Eu só tinha a , mais nada, mais ninguém! Eu jamais, em todos os 4 anos que vivemos juntos, imaginei que ela, por mais independente que fosse, por mais desapegada, me deixaria assim… Era o sonho dela, eu sei! Mas e os nossos sonhos? E tudo que a gente planejou e tinha até então, já conquistado juntos? Ela abriu mão de tudo, tão fácil… E eu fiquei, choramingando pelos cantos, com vontade de explodir o avião que ela embarcaria.
***
“Mas eu sou ele, eu sou daqueles que chora e cai quando cê não quer mais!”
De volta à 13 de outubro de 2018
— O de sempre? — eu perguntei abrindo o cardápio — Ou vai querer variar hoje?
Eu a fitei e ela passou a língua pelos lábios, e eu sabia que, quando isso acontecia, é porque havia algo de errado.
— Aconteceu alguma coisa? Te trouxe aqui porque você disse que tinha algo para me falar, e que era especial, pensei que quisesse comemorar!
— E eu quero! Mas te conheço o suficiente para saber que não vamos comemorar!
— Eu tô preocupado… Deveria?
— Eu sei que está! Te conheço como a palma da minha mão!
— E você vai falar agora ou vai esperar que eu tenha uma crise de ansiedade?
Ela respirou fundo e eu vi seus olhos marejarem, foi nesse momento que meu coração começou a acelerar gradativamente e minhas mãos a formigarem. Que diabos estava prestes a acontecer?
— Eu vou para Portugal em dezembro, ! Eu consegui o intercâmbio pela faculdade!
Foi a vez dos meus olhos marejarem e a minha boca secar. Ela não podia estar falando sério!
— O que você disse? — eu senti meu tom de voz subir algumas notas.
Ela arregalou os olhos.
— Você vai para Portugal? Tipo, em dezembro? Em dois malditos meses? Há quanto tempo você sabe disso? Porque, sinceramente? Eu te conheço o suficiente para saber que você não iria de uma hora para outra e esse intercâmbio não sairia assim, faltando dois meses para você partir.
— ! — ela sussurrou.
— ? — eu me alterei sentindo as veias das minhas têmporas saltarem.
Algumas pessoas presentes na parte onde estávamos direcionaram seus olhares curiosos, algumas sobrancelhas arqueadas numa espécie de pré julgamento, aí sim meu coração parecia querer saltar fora da minha pele e músculos.
— Sim, ! Você precisa se acalmar, eu vou lhe explicar tudo!
— Então eu estava certo? Você está planejando isso tudo a quanto tempo, ?
— Há um ano, ! Eu fiz minha inscrição há um ano, quando saiu um dos editais!
— Um ano, ? E só passou pela sua cabeça me contar essa merda toda faltando dois meses para você ir?
Eu gargalhei alto, voltando a chamar a atenção toda para nós dois.
— , por favor! Eu não sei aonde estava com a cabeça quando pensei em te dar essa notícia logo aqui!
— Eu não sei aonde você estava com a cabeça ao me dar essa notícia faltando apenas dois meses para você ir embora!
— Eu não estou indo embora, ! Eu vou fazer um intercâmbio!
— E sejamos bem honestos, , você acha que vai voltar?
Ela ficou em silêncio, e eu senti a primeira lágrima descer quente sobre o meu rosto. Não me dei ao trabalho de limpar, apenas me levantei e disse a ela que precisava de um ar, e precisava ficar sozinho.
***
"Eu podia ser como você, com todo o seu carisma que cativa! Eu podia ser igual você, mas a minha latência é tão nociva! Mas eu sou ele, eu sou aquele que se retrai... Não me olha demais…"
01 de dezembro de 2018
Mas sorria, e posava para as fotos com as amigas e amigos, não a vi derramar nenhuma lágrima durante os minutos em que a observei de longe. Ela estava realmente feliz, e eu senti meu coração se partir em pedacinhos. E, quando ela disse que ia embora, eu me senti um lixo de pessoa, por não ser capaz de mantê-la por perto.
E eu me sentia um completo inútil da cabeça aos pés. Só queria sair correndo dali, ir para casa e chorar até virar pó. O pessoal que passava pelo aeroporto vislumbrava a cena, todos os amigos dela ali, alguns chorando, outros sorrindo mais que a própria , haviam flores soltas, buquês, bichinhos de pelúcia, carta… Eu achei aquilo tudo muito exagerado, e era como se nada daquilo tudo representasse de verdade a … As pessoas olhavam, riam, apontavam, cochichavam e uma senhora chegou até a questionar do meu lado se ela era alguém famosa, e a outra apenas disse que ela parecia ser somente uma pessoa muito querida e que deixaria saudades.
Criei coragem e caminhei até a pequena multidão em volta dela. Quando me reconheciam, os amigos davam espaço para que eu me aproximasse melhor.
— Talvez você volte, quando mais nada aqui for seu.
Silêncio.
— O que eu realmente quero que você saiba é que não importa o tempo que passe, o que aconteça ou o que a vida nos ensine. Não interessa quem somos ou quem vamos nos tornar. O que vale é o que carregamos dentro de nós, . E você guarde isso na memória para todo o sempre, eu vou carregar junto comigo todos os dias!
Eu balancei a cabeça enquanto sentia meu cérebro se mexer lentamente. Minha enxaqueca atacaria em qualquer minuto, eu tinha certeza!
— Os monstros na minha cabeça sempre souberam que eu iria perder você no final.
Ela respirou fundo, passou a língua sobre os lábios e me fitou nos olhos. Eu desviei, é claro! Nunca gostei quando me olhava profundamente nos olhos, aliás, não só , eu me sentia exposto e vulnerável demais quando o faziam.
— Você sabe que nós não precisamos nos despedir assim, !
— Mas eu não quero me despedir, ! É esse o ponto, é esse o problema! Você parece não entender!
Todos nos olhavam, e eu sabia que ela estava constrangida e muito incomodada com a situação, mas eu precisava falar sobre aquilo agora ou talvez nunca mais tivesse a oportunidade. Eu precisava tentar fazê-la mudar de ideia.
Mas, dentro do meu peito, eu já sabia que seria impossível, eu a conhecia bem o suficiente para saber que era impossível.
— Podemos nos abraçar pelo menos?
Eu permiti que ela envolvesse seus braços em volta do meu pescoço e coloquei minhas mãos em sua cintura, fechando meus olhos. O perfume dela invadiu os meus sentidos pela última vez…
***
"Mas eu sou ele, eu sou aquele... Fiquei pra trás,você nem lembra mais!"
18 de Maio de 2019
Eu não sabia muito bem o que fazer com os meus dias, que ficavam cada vez maiores, cada vez mais vazios. Não só os meus dias, a minha existência também.
Eu via meus colegas de trabalho, faculdade e vizinhos se preocuparem (pela primeira vez em anos), e tentarem dar um jeito na bagunça que estava minha sala, meu banheiro, minha cozinha, meu quarto, varanda e vida…
Liara, minha colega de faculdade, deixou algumas compras sobre a bancada que dividia a cozinha da sala enquanto eu olhava para ela desajeitado e envergonhado, terminando de colocar o restante das compras sobre o sofá.
— Tem certeza que vai ficar bem aqui sozinho? Eu posso ficar se quiser! Fazer um chá, te ajudar a guardar as compras.
Todos diziam que ela estava afim de mim, eu preferia ignorar os boatos, e, caso fosse verdade, infelizmente ela não seria correspondida. Eu amava e, enquanto esse fato não mudasse, eu não queria e não me envolveria com ninguém. Voltei a pensar nela e ouvi Liara me chamar a atenção.
— Desculpe, Liara! Não precisa ficar! E nem se preocupar comigo! Eu agradeço muito a ajuda com as compras!
— Qualquer coisa, liga! — eu assenti enquanto abria a porta do meu apartamento para ela.
Sentei-me no sofá sentindo meus olhos marejarem enquanto me lembrava mais uma vez de .
Abri o instagram e lá estava uma postagem dela, com um cara. O mesmo cara que ela estava tirando fotos há três meses ou algo assim.
Resolvi que precisava falar com ela, nem que fosse para me despedir de uma vez por todas.
Abri a direct e comecei a escrever:
“Eu quero ser como você:
A vida é chata sem você. Eu senti sua falta. É claro que eu senti sua falta! Eu sabia que sentiria, mas não foi do tipo: “hey, tivemos momentos legais, vamos manter contato…” Não foi assim. Foi mais tipo: “não consigo comer, não consigo dormir, eu não me lembro mais como sorrir”. Mais ou menos assim… Eu acho que, quando você foi embora, levou meu coração com você, e sinceramente, ? Acho que vou sentir sua falta para sempre! As coisas não são do mesmo jeito que eram antes. Você nem ia me reconhecer mais. Eu guardei tudo dentro de mim durante esses três meses, e, embora eu tenha tentado, tudo desmoronou. O que isso significou pra mim será eventualmente uma lembrança. Eu tentei tanto e cheguei tão longe, mas, no fim, isso não tem mais importância. Sim. Sim, eu te amo. Ver você com esse cara foi e tem sido a minha ruína, mas não da forma que seria há alguns anos ou meses atrás. A dor que eu sinto é diferente, e acho que, mesmo que eu tentasse te explicar, você não entenderia. O ciúme corrói todas minhas certezas, eu me excluo por não ter sua beleza! A obsessão me dói, faz com que eu me exceda. Você é uma pessoa boa, essa é só minha defesa! Quero que saiba que toquei minha vida, como você pediu por vezes e vezes. Não abandonei a faculdade, não sai do trabalho, não larguei a terapia e não pretendo. Não vou deixar minha vida em suas mãos! Sempre me disseram que eu ia enlouquecer se eu continuasse me espelhando em você. Mas posso te pedir uma coisa? Por favor me ensina a ser assim como você!”
Eu não sei se ela vai ler algum dia, e muito menos se vai me responder. Mas eu senti que talvez estivesse pronto para me despedir, finalmente. Não que eu fosse esquecê-la. Isso eu sei que não e não sei quanto tempo vou levar para conseguir.
Só achei importante que ela soubesse que eu queria ser como ela.
FIM.
Nota da autora: Sem nota.
Nota da beta: Achei que precisava comentar aqui o quanto essa história me tocou. No começo, fiquei um pouco incomodada com as atitudes de , mas sabia que tinha a ver com o que ele estava passando e acabei até pegando as dores dele no final. Você conseguiu descrever tudo com maestria e sensibilidade, Betiza, ficou lindo, apesar de triste. Ficou real. E preciso admitir que deixei umas lágrimas escaparem com essa mensagem dele no final. É ótimo saber que ele conseguiu superar e seguir em frente, apesar de tudo. Ficou linda demais, parabéns! <3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Nota da beta: Achei que precisava comentar aqui o quanto essa história me tocou. No começo, fiquei um pouco incomodada com as atitudes de , mas sabia que tinha a ver com o que ele estava passando e acabei até pegando as dores dele no final. Você conseguiu descrever tudo com maestria e sensibilidade, Betiza, ficou lindo, apesar de triste. Ficou real. E preciso admitir que deixei umas lágrimas escaparem com essa mensagem dele no final. É ótimo saber que ele conseguiu superar e seguir em frente, apesar de tudo. Ficou linda demais, parabéns! <3