Finalizado em:24/04/2021

Capítulo 1 - “Onde foi que fui amarrar a minha égua?”

Oi, eu sou a .
Vou conversar um pouco com você, que está aqui lendo.
Pois é.
Tô aqui na porta de uma festa hiper barulhenta – e tenho que levantar junto com as galinhas (de tão cedo) amanhã. Mas ao invés de estar em casa, bem confortável, abraçada com meu travesseiro – estou servindo de babá pra marmanjo.
Se bem que esse guri aqui, tá mais pra escoteiro mirim, que para lobo mau. Marmanjo, ele? Não. Ele tem que comer muito arroz com feijão, até parecer adulto.
O filho da mãe é bonitinho.
Mas tá bêbado igual um gambá. Não posso simplesmente deixa-lo aqui, ou será que posso?
divagava se seria cruel demais, simplesmente deixar aquele fedelho cheirando a talco, sozinho na calçada daquela festa. Estava quase dando uma risada de bruxa má, quando ele balbuciou algo – no que parecia ser chinês! Ah vá! E ainda por cima é estrangeiro.
quis se alto estapear, quando prestou atenção ao rosto do garoto – ele não é chinês, eu já vi esse cara em algum lugar! Japonês, quem sabe? De onde ela conhecia aquele japonês é que ela não fazia ideia.
Pois bem, não tendo muito o que fazer – o cara tinha simplesmente apagado – começou uma verdadeira romaria na rodovia em busca de um taxi.

“__ Você vai sobreviver, garoto sem nome. Isso se eu não te matar, por você estragar minha noite de folga.”


Capítulo 2 - "Click"

Ah se eu soubesse que um simples click me traria tanta dor de cabeça... teria jogado minha câmera pela janela!
Oh Deus – agora a dramática estou sendo eu! Isso é contagioso. Deus nos livre.

[...]


변백현 (Byun Baekhyun) acordou... mas o chão parecia girar a seu redor. Uma dor excruciante transpassando sua fronte.

— Ommo, quem bateu na minha cabeça?

Ah, o belo adormecido acordou!? Perfeito, vou arrancar o couro dele!
não estava nem um pouco paciente... ou caridosa naquela manhã.

— Oi garoto. Tá vivo ainda — é um milagre.

Baekhyun semicerrou os olhos e tentou focar a dona daquela voz cheia de sarcasmo.

— Fale devagar, meu inglês é... ruim.

E essa agora!? O que um japonês faz perdido em Brasília, uma vez que não fala português (meio óbvio) e ainda por cima, não fala inglês? É o fim do mundo.
O estoque de paciência dela estava no fim.
Mas o bonitinho não parecia se afetar.
Bonitinho.
Qualquer um diria que esse diminutivo ridículo é um sinônimo para “feio arrumadinho”. Mas nesse caso não é bem assim. A peste do asiático é lindo — de verdade, mas é assim, todo pequenininho.

— What’s your name, punk? (Qual seu nome, fedelho?)
— Hey, não precisa me xingar. É só falar devagar. Eu tô de ressaca, minha cabeça parece que vai explodir... e se perigar, temos a mesma idade. Então pega leve. Ah, meu nome é Baekhyun. Eu sou coreano – nem chinês, nem japonês. Próxima pergunta?

Mas veja bem... esse moleq... esse cara ainda acha que pode bancar o marrento, ah!

— Você sabe onde está, pentelho?

Uma expressão de pânico quase cômica surgiu no rosto dele, ao responder:

— Não, não faço ideia de onde estou.

.
Fotógrafa.
Freelancer.
Ou seria mendiga em jornais e revistas Brasil a fora? Ela não saberia dizer.
A real é que vivia numa corrida louca, passava mais tempo em aeroportos, que propriamente nos locais em que era contratada para fotografar.
Estava com 29 anos, muitas dívidas e uma vontade doida de largar tudo e fugir pra Bali na Indonésia. Ou sei lá, finalmente ir embora de uma vez para Paris na França.
Mas quem ela queria enganar? Era uma pessoa responsável – e estava careca de saber que não faria nada disso (tipo, largar tudo e sumir do mapa.)
Ela tinha resgatado um coreaninho maluco de uma festa esquisita a que fora convidada. Até aí, nada de novo debaixo do sol. Só que agora, o garoto não queria sair do seu pé!

“— Onde eu fui amarrar a minha mula? Mal posso tomar conta de mim mesma, como vou dar asilo a um estranho? Ainda mais que não fala a minha língua?”

Ela não tinha tempo para lidar com outro ser humano naquele momento. Tinha problemas de sobra e uma senhoria que não permitia que ela tivesse um gato de estimação, que dirá dar guarida a um garoto que estava claramente encrencado e muito longe de casa.
Tinha algo nele que a deixava profundamente desconcertada.
Ele escondia alguma coisa, mas não parecia disposto a contar pra tão cedo, o que quer que fosse que o impedia de sair de seu diminuto apartamento.

— Bâe... Béak
— Baekhyun.
— Que seja! Você não pode ficar aqui.
— Eu sei. Mas acontece que eu não tenho pra onde ir.

Na lata.
A expressão de cãozinho pidão o estava ajudando e muito! Quem resiste ao olhar triste de um cãozinho perdido? Estava arrasando seu coração... ou quase. Tinha um coração de pedra, tinha que ter:

— Cara, não tem ninguém procurando por você?

Enquanto isso Baek pensava: “— Ter até tem. Mas não quero ser encontrado.”

— Eu sei lá. Vim de São Paulo pra cá, para fazer umas fotos. Me perdi da minha comitiva.

“Comitiva.” — Ele anda com um bando de babuínos por acaso? Nhá...”

— Espera, você é modelo?
— Sou, por quê? Não pareço com um?

Ah essa não, tinha ferido os sentimentos do garoto. Por isso ele lhe encarava tão sério.

— É que você é um tanto... hummm como posso dizer... fora dos padrões.
— O quê? Você é maluca por acaso?
— Por que enfezadinho? Você é baixinho. Eu estou acostumada com modelos de sei lá, dois metros de altura? Você está fora dos padrões. Sou fotógrafa, não discuta comigo.
— E você fotografa exatamente o quê? Já que seres humanos parece não ser a sua área de atuação. — Ficou francamente esnobando a altivez de .

Ele estava caçoando de sua cara? É isso mesmo, Brasil?
Tudo estava tranquilo. Até ele aceitar aquele trabalho em São Paulo. Daí tudo virou de ponta cabeça. Não fazia ideia de onde estava. Tinha uma certeza apenas:
Havia uma turma barra pesada a sua procura. Baek não estava nem um pouco a fim de ser encontrado por eles. No auge do desespero ele pensou: “— Eu quero a minha mãe!”
Eu não estava mentindo – sou um modelo masculino muito conceituado. Ele recapitulava — não sou modelo de passarela, nisso essa brasileira maluca tem razão, sou menor que os outros, logo não faz sentido esbanjar minha beleza angelical no meio dos modelos mais altos. É desperdício.
Mas nas campanhas publicitárias, eu era de longe o mais requisitado.
Costumava ser assim.
Até eu vir pra cá.
E uma gangue de traficantes de seres humanos me dopar e tentar me sequestrar. Eu escapei por pouco. Acontece que eles me seguiram (e à minha equipe) até aqui. Brasíilià, ou sei lá qual é o nome dessa cidade.
Foi pura sorte acordar no sofá dessa estranha.
Bem, com certeza é muito melhor do que acordar num porão escuro.
O que certamente iria acontecer se aqueles bandidos tivessem me pego.


Capítulo 3

Baek (é mais fácil reduzir do que tentar falar o nome dele!) me fez um resumo do que aconteceu com ele. Eu não acreditei muito não, sabe? Mas me pergunto porque ele se daria ao trabalho de mentir pra mim, e inventar uma história mirabolante dessas.
Eu não sou importante.
Mas ele, pelo visto é.
Uma olhada de relance no Instagram dele – e tudo o que ele disse me pareceu verdade.
Tava tudo em chinês (oops... coreano) ou sei lá o quê. Mas as matérias em inglês, davam conta do DESAPARECIMENTO dele.
E que a família, empresários e o caralho a quatro estavam loucos sem notícias.
Estranho é que ele não me parecia muito disposto a dar sinal de vida pros parentes e tudo mais. Pra ele, fazia muito mais sentido matar a minha senhoria de um enfarto, quando ela desse as caras sem ser convidada, e se deparasse com ele só de toalha zanzando pelo meu apartamento.
Eu também não sei quando eu concordei com isso – sabe, dele ficar aqui.
Talvez tenha sido quando eu finalmente dei algum crédito pra história macabra dele – com sequestradores, tentando pegar ele e transformar em escravo sexual ou sabe-se Deus mais o quê. Esse tipo de coisa escabrosa REALMENTE acontece. Só foi um pouco difícil acreditar nele, porque vocês imaginem, ele é todo estridente e tem os dois pés fincados no drama.
Achei que ele estava exagerando. Mas quando pesquisei sobre o assunto – vi que o coreaninho tava mais era certo de estar apavorado.
Enfim, não estou achando mais tão incômodo assim ter ele por perto.
E ele é esforçado, o danado. Já até arriscou dizer algumas frases em português (e eu me seguro pra não rir, apesar de ser bem engraçado).

♫ Amor da minha vida;
Daqui até a eternidade;
Nossos destinos foram traçados na maternidade. ♫




A muito custo fiz o coreano estridente e cabeça dura, ligar pra família dele. Observei que ele não fez questão nenhuma de dar maiores explicações pra eles. Nada. Nem uma mísera esperança de quando ele ia desencantar da minha casa – e finalmente se mandar daqui.
Gosto de morar sozinha – será que vou ter que desenhar?
Além do mais, a senhoria do meu prédio é uma megera venenosa e do mau. Se ela sonhar que tem um cara aqui, ela não só vai pedir meu apartamento, como provavelmente vai pendurar minha cabeça e pedir para atirarem dardos nela.
Eu estou exagerando? Talvez, parece que isso é contagioso.
Acho que estou com um pouco de medo.
Medo de admitir que a presença dele aqui já não me irrita tanto assim. E que a emoção de ter uma pessoa completamente clandestina – bem debaixo do nariz daquela bruaca, é estranhamente excitante.
Mas acho que não é nada disso que realmente me assusta.
Se eu for muito, mas muito franca mesmo diria que é porque é quase impossível não olhar pra ele e ficar hipnotizada. Ele é bonito, ele é lindo demais, dá vontade de bater nele!
Eu sou louca. Alguém me segura!!! Preciso de um abraço. Ou de uma camisa de força, o que vier primeiro.



Não quis dar uma data precisa ao meu agente, pro meu retorno à Coreia do Sul. Que coisa, nunca vejo nada dos países em que visito a trabalho! Estou cansado disso. E por mais que a noona seja esquisita – além de três anos mais velha que eu – gosto do jeito dela.
Ou talvez eu só esteja cansado do assédio das outras garotas.
Essa noona é diferente. Ela fala o que vem na cabeça! A maioria das coisas eu não entendo mesmo. Outras parecem ofensas, mas não tenho como saber. De uns dias pra cá, percebi uma mudança sutil na maneira que ela me trata. Acho que estou conseguindo derreter a pedra de gelo que ela tem no lugar do coração.
A noona é diferente.
É legal pegar no pé dela. Mulheres independentes me fascinam. Ela vive berrando que eu sou exagerado! O que será isso?

♫ Paixão cruel desenfreada. Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras... Minhas mancadas ♫


Não vendo outra alternativa, se pôs a apresentar a cidade pro coreaninho. Não podia prendê-lo eternamente em seu diminuto apartamento!? Também não podia restringi-lo a seu bairro – ele estava habituado a coisa muito mais fina, ainda mais sendo modelo. Pelo pouco que ele tinha revelado, ele era super badalado.
De um jeito estranho, a “paixão” que Baekhyun despertava nas outras garotas, começou a afetar e ela se pegava o observando atentamente quando achava que não seria notada.
Ele era tão bonito, que a deixava meio enjoada – ai meu Deus!!!
Sem que soubesse muito bem como ou porque, contou pra ele sobre seus sonhos. Sair de casa foi o primeiro passo. Tudo bem que tinha uma senhoria que Deus me livre! Porém contava com o fato dela ser uma exceção, e as senhorias não serem todas assim.
Era muito requisitada no trabalho que se dignou a fazer – fotografar coisas. Já que gente mesmo, ela não curtia muito não. O que ela definitivamente não tinha dado fé, é que Baekhyun ficava mais envolvido por ela a cada dia e atrasava o que podia sua partida. Assim, só pra ficar mais um pouquinho perto dela.

♫ Exagerado!? Jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado!?
Adoro um amor inventado... ♫


Capítulo 4

O divisor de águas aconteceu numa noite em que os dois pediram pizza e cerveja. Queriam pôr a culpa no álcool, pra não ter que admitir que fizeram aquilo de caso pensado.
Baek era realmente muito fraco para bebidas alcóolicas (*falo nada, também sou.) em dado momento, no segundo pedaço de pizza e na metade da segunda cerveja, falou que não era tão boa ideia beber tão depressa, ao que Baek retrucou que se ficasse bêbado ela poderia tirar o excesso de álcool do corpo dele fazendo boca-a-boca.

— Olha, até que não é má ideia. — Acho que a também estava ficando bêbada. Só pra completar depois — É uma péssima ideia!? — E começou a rir.
— Deveria rir mais, noona. Você fica muito bonita assim, totalmente relaxada.

Antes que ela pensasse em algo ferino e mordaz pra responder — ele foi mais rápido, calou seus lábios com um beijo.
Começou como um beijo casto.
Mas de uma hora pra outra, se transformou em qualquer coisa — menos em um beijo sem intenção alguma. Tudo se alterou, quando abriu a boca em meio ao beijo, a intenção dela era protestar.
Mas não foi assim que Baekhyun encarou. Pra ele foi mais como um convite, pra que invadisse a sua boca e devorasse seu interior. Com um desejo de quem já não fazia aquilo há um tempo — mas tinha muita experiência.
Eles estavam sentados no tapete da sala, usando a mesa de centro de para abrigar as caixas de pizza, bem como as garrafas de cerveja — sentados naquela altura mesmo, ignorando o sofá.
Não sabendo bem como aconteceu, (*tse sei.) foi parar sentada no colo de Baekhyun, enquanto correspondia ao beijo com tudo de si.
Sem parar pra respirar, ele tirou a camiseta de , revelando uma lingerie bege sem graça que ela usava. Todavia, isso não era impedimento algum, uma vez que a intenção clara dele era tirar aquela peça do corpo dela o quanto antes.
Seus planos foram adiados por uma senhoria muito curiosa, que ouviu um barulho e resolveu checar:

— É que eu ouvi barulho de vozes. Daí lembrei que você mora sozinha. Ora, você pediu pizza, srta. ? — E olhou de um jeito pidão pra pizza, que jazia ali, abandonada.
— Foi o entregador — Porque estava se explicando? — quer levar um pedaço? Realmente é muita coisa pra uma pessoa só.

Chegava a quase se odiar, enquanto proferia essas palavras e vestia atrapalhadamente sua camiseta — enquanto a senhoria pidona, literalmente invadia seu apartamento.
Quando ela foi embora — levando metade de sua pizza — decidiu uma coisa: ia transar com Baekhyun. Uma que era muita afronta ela só vir reclamar de barulho agora, justamente na noite da pizza! Dois, estava muito afim.

“— Ninguém me segura!”

♫ Quem um dia irá dizer que existe razão, nas coisas feitas pelo coração – e quem irá dizer que não existe razão... ♫


fechou a porta e se encostou.
Toda aquela euforia do beijo tinha passado — estava novamente vestida, mas a vontade não tinha passado. Depois de experimentar o gosto da boca dele, queria mais era saber se ele era assim um furacão em outras áreas (*Se é que vocês me entendem.)
Sem saber muito bem o que a aguardava, foi pro quarto. Desde que ele veio pra li, ele ficava no sofá. Mas como sua senhoria, também era uma velha xereteira — tinha quase certeza que era lá que Baekhyun estava.
Bingo!
Baek estava lá — deitado em sua cama, sem camisa, com um travesseiro onde ela estava. E não era só ela que estava morrendo de vontade.
veio até ele, e antes de o beijar novamente comentou casualmente:

— Onde paramos?

O que o fez dar um sorriso luminoso.
Ela tirou a camiseta que vestia outra vez. Quando ia tirar o sutiã, foi interrompida por ele:

— Eu faço isso, noona.

Após tirar o sutiã do caminho, apreciou a vista dos seios nus dela, antes de abocanhá-los e dela soltar um gemido.

—Você é muito linda, noona. — Ele dizia entre uma sugada e outra.

se sentia molhar apenas com as palavras dele. Aquela insanidade em seus seios era novidade. Sentia a umidade em seu sexo aumentar, a ponto de molhar seu short de pijama —uma vez que a calcinha já era.
— Já está assim? — Sem que ela se desce conta, as mãos dele adentraram seu short, atestando o quanto ela estava entregue. Sensível, frágil e extremamente excitada.
— Acho consigo gozar apenas com a sua boca em mim... Ahhh

Ele realmente não avisou, mas enquanto ela estava de olhos fechados aproveitando as sugadas fortes que ele dava em seus seios — ele já estava nu sob os lençóis.
Ele abandonou seus seios quando ela já estava na beira. Só pra engolir em seco e depois salivar ao ver o que estava guardado a sete chaves em seu colo.

— É tudo seu, noona. Eu vou te “recompensar” agora.

A voz dele estava falhando, acho que ele estava fazendo um grande esforço pra se controlar.
Ele não pôs tudo da primeira vez. Antes, prendeu as pernas em torno da cintura dele. Aí o barulho começou de verdade!? A cama batia na parede — mas nenhum dos dois ligava.
Todos os sons eram indistintos — pele com pele, beijos ardentes, em todos os lugares. Estavam conectados demais um ao outro, pra se importar se iam ser ouvidos ou não.
Ademais, morava sozinha, não?
Melhor aproveitar.

♫ “O Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar — ficou deitado e viu que horas eram. Enquanto Mônica tomava um conhaque num outro canto da cidade — como eles disseram.” ♫


O dia amanheceu.
acordou com um sonar em seus ouvidos. Constatou duas coisas ao acordar: seus lençóis estavam muito grudentos. Em algum momento, os fluidos de ambos se misturaram.
Dois: dormia no peito dele — e sob as cobertas estava peladíssima!
Seria menos engraçado, se ele não estivesse dormindo de boca aberta! Aquele cara que estava ali adormecido, lembrava vagamente o expert em sexo que ela, casualmente esbarrou na noite anterior...
Memórias recentes.
É incrível como há uma linguagem anterior à falada. Quando ele pediu que ficasse ajoelhada na cama, não teve qualquer dificuldade em compreender o que ele queria. E quando ele veio por trás dela, a subjugando e ao mesmo tempo, dando tudo de si — ela novamente sentiu aquela alegria insuportável;
Ele chocava os quadris aos dela, ao mesmo tempo que a cama acompanhava seus movimentos. À medida que seu vai e vem prosseguia, ele se tornava mais frenético, intenso, desvairado...
Não sabia que estava tão à beira, quando sentiu o ápice chegar — uma sensação de alívio, junto com uma sensação de paz, o que trouxe seu corpo de volta ao presente. Isso e ter caído de bruços, enquanto o esperma dele, junto com algo parecido à clara de ovo, se mesclavam e escorriam por suas pernas bem-feitas.
Mas a vontade que estava dele, estava longe de se liquidar.

— Eu quero que você deite, Baek.
— Eu faço o que você quiser, noona. — Ele a encarava com uma expressão tão grande de desejo, que é quase como se ele já soubesse o que pretendia fazer.

Sem questionar, ele deitou-se na cama a espera dela. rastejou pelo corpo dele, beijando suas pernas e barriga, vendo o quanto o pênis dele se animava com pouco.

— Não seja assim, noona. — Ele reclamava baixinho da tortura em forma de carícias que ela estava lhe fazendo. — O que está na sua cabeça, huh?

Tolinho...
Ela preferia fazer, ao invés de falar.
Sem esperar convite, ela sentou-se em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo. E uma vez mais, sentiu aquela sensação indistinta, de serenidade e furor — sem saber qual das duas era mais forte.
Enquanto ele a preenchia, sentiu que tudo os levaria aquele momento. Ela se soltou completamente. se mexia freneticamente em cima dele. Baek estava maravilhado com a visão que tinha — os cabelos dela, tão grudados na testa quanto os seus — os seios rijos de prazer, se balançando enquanto ela o cavalgava, o suor que brotava em gotas em ambos os corpos.
Em dado momento ele se sentou — pois ela precisou apoiar suas mãos em seus ombros, enquanto ia e vinha no pênis dele. Os sons indistintos ficavam cada vez mais altos e agudos.

— Isso noona, estamos quase lá.

Seu baixo ventre sofria espasmos, enquanto seu corpo se apertava em torno dele — soube que estava prestes a gozar pela assinatura dele — suas veias engrossaram, e como se fosse possível, ele ficou ainda maior. Logo depois, jatos quentes de esperma inundaram seu interior.
Não soube reafirmar quantas vezes e em quantas posições diferentes, transaram naquela noite. Era quase como se quisessem descontar em uma noite só, meses de desejo reprimido. Em algum momento, o sono levou vantagem e surpreendeu os amantes. O que nos leva diretamente ao dia seguinte.
o observava dormir, e aquela névoa de encantamento não passava, então um sorriso se desenhou na face dele — sem que Baek abrisse os olhos:

— O que tanto observa, noona?

Ela deu um tapa em seu braço.

— Que susto!? Tinha esquecido por um minuto que você é uma peste!

Ele a agarrou sem a menor sutileza.

— Posso sentir seus olhos em mim, noona.

Eles estavam novamente se encarando. seria capaz de chorar — ele estava ainda mais bonito que na noite anterior.

— O que vamos fazer, Baekhyun? — Ela perguntava mais pra si mesma, que pra ele. — Esquecer a noite passada?
— É o que você quer? Esquecer? — Ele perguntava com uma expressão grave, preocupada.
— Não. É o que você quer?

Ele respondeu beijando-a. Ela sentiu que ele estava excitado de novo.

— Mas já? — Ela apertava o membro dele sob as cobertas, o que o fazia gemer.
— Em outras circunstâncias — Ele respondeu — Acordando de pijama naquele sofá duro... isso seria pouco provável.

Ela lhe teria dado outro tapa, se ele tivesse permitido.

— Mas ao acordar em uma cama macia, com uma mulher nua em cima de mim, acordar assim — apontou pro seu falo em riste — era certo.
— Ah é? — Ela deu um sorriso repleto de promessas — E o que vamos fazer a respeito?

Ele jogou o lençol no chão, puxando-a pelas pernas pra sentar no colo dele.

— Baek — E as palavras se perderam.

Por essa ela não esperava, ele a invadiu com seu pênis flamejante, ardendo de desejo. E enquanto os dois se encaixavam, voltando a gemer — ele a fazia estremecer. revirava os olhos, tamanho era o prazer que sentia, à medida que ele entrava e saia. Cada vez mais intenso.

— Baek — Ele lhe roubava as palavras, o ar, beijando-a loucamente — Onde você aprendeu a fazer isso! — A última sentença foi gritada.
— Ah, noona... seu problema é pensar demais.

Tornou a beijá-la. Ele ia cada vez mais profundamente.
Quando achou que fosse morrer de tesão — atingiu o ápice. Ter um orgasmo, não era necessariamente uma coisa fácil. O cara tem que mandar muito bem, pra conseguir tal feito — e não adianta nada ser “grande” e não saber o que fazer.
Por isso Baekhyun era um mistério ainda maior. Ninguém daria nada pelo que ele tinha no meio das pernas. Como estavam enganados, todos estavam — inclusive ela.

— Meu Deus, o que foi isso?

Sua respiração ainda estava irregular. Ele apenas deu um sorriso convencido.

— Mas espera, os asiáticos não tem um pipi pequeno?
— Noona, você vem me perguntar isso agora? — E desatou a rir.
— Isso é sério, Baek!? — Ela lutava pra não rir também.
— Sei lá, nunca estive com um homem. — Bem na cara.
— Baek... — Ela disse negando com a cabeça, em tom de repreensão.
— Adoro quando você diz meu nome assim, noona. — E voltou a beijá-la.


Capítulo 5

♫ “Por você eu largo tudo — vou mendigar, roubar, matar. Até nas coisas mais banais — pra mim é tudo ou nunca mais...” ♫


Enquanto isso, a pressão pra ele voltar era imensa.

— 백, 브라질은 아주 멀다! 나는 네가 돌아 오기를 바래!
(— Baek, o Brasil é muito longe! Eu quero que você volte!)

“— E o que eu quero não importa.”

— 우리는 전에이 대화를했습니다. 나는 언제 돌아갈 지 — 언제 알지 못한다.
(Já tivemos essa conversa antes. Eu vou voltar – só não sei quando.)

Ele respondia nervoso, mordendo as palavras.
Desligou logo em seguida.
Ouviu alguém girar a chave da porta da entrada. Mas pela suspeita da pessoa, deduziu que não era . A senhoria — ela tinha uma chave mestra. O bizarro, é que não sabia.
Ele não foi pego por um triz.
Se escondeu no banheiro.

— Acho que estou ouvindo coisas. — Ouviu a velha senhora balbuciar.

Não teria passado disso, se uma marca na parede não os tivesse denunciado.

— Eu sabia!? — A mulher faltou pouco comemorar — Um homem esteve aqui. A srta vai ter muito o que se explicar.

Oops.
estava cansada, havia trampado o dia todo. Ao avistar Baekhyun com um avental — e nenhuma ideia do que estava fazendo, não resistiu:

— O que você está aprontando, Baekhyun?

Ela veio até ele e antes de cumprimenta-la com um beijo, Baek comentou casualmente:

— É surpresa, noona. Está com fome?

arqueou as sobrancelhas ao responder:

— Sim, mas não necessariamente de comida. — E o olhou sugestivamente.
— Sossega o facho, mulher! Eu não vou a lugar nenhum.

Na verdade, não conseguiu parar de pensar nele um minuto sequer. Tanto, que a primeira coisa que fez ao sair do trabalho — foi passar numa farmácia, e comprar um estoque de camisinhas.

“— Não posso engravidar agora.”

Era uma precaução a mais. Ainda mais quando se tem uma tentação tão grande, zanzando por aí. Como o que ele estava preparando — estava qualquer coisa, menos comestível — acabaram por pedir hamburgueres e refrigerante.
Entre umas mordidas nos hamburgueres ele comentou como quem não quer nada:

— Sua senhoria já sabe que estou aqui.
— O quê? — Ela quase cuspiu o refrigerante.
— Ela veio mexer nas suas coisas, quando você não estava. Deduziu pelo rombo que a cama fez na parede.
— Ela te viu? — abandonava seu pedaço de hamburguer.
— Acho que não.
— Bem — Dizia enquanto se punha de pé — Acho que tenho que procurar outro apartamento então.

Dizia e se dirigia ao quarto. Pôs a cabeça na porta, pra encará-lo:

—Você não vem?
— Eu não ia não, noona. Você parece tão cansada.
— Cansada eu realmente tô, Baek. E estou prestes a perder meu apartamento porque você está aqui. Nada melhor que fazermos uma despedida à altura, não concorda?

estava transtornada. Era uma mulher jovem, e agora que tinha achado um espécime que valia a pena — tinha os planos brutalmente mudados por uma senhoria intransigente, que se recusou a resolver o quer que fosse com ela. Ah, a locatária não perdia por esperar.
Enquanto isso Byun assentia ao ir até ela:

— Concordo. Se concordo, noona.

Algumas camisinhas usadas depois, estavam deitados. Baek alisava suas costas com uma mão, enquanto a outra ele entrelaçava com a dela.

— Acho que te conhecer foi a melhor coisa que me aconteceu, noona.

Baek estava sendo sincero — o que lembrou que ela estava prestes a perder muito mais que o apartamento — ia perder ele também. Em outra ocasião teria ficado extremamente aliviada, não o conhecia — puxa vida!?
Ainda que ela tivesse ficado irritada cor sua senhoria por desrespeitar o seu espaço e usar sua chave extra, pra xeretar em suas coisas quando ela não estava. Sentiria-se mais leve por contar sobre ele.
Porém, a realidade é que leve era a última palavra que usaria para descrevê-la agora. Estava furiosa com a invasão. E a conclusão que aquela velha abelhuda chegou?

“— Quantas vezes ela fez isso?” — não tinha como saber.

se habituou a morar sozinha, a não prestar contas de sua vida a ninguém. Mas agora tinha Baekhyun — ele a pusera em um limbo. Se toparam por acidente, conviveram por conveniência (por parte dele — queria mais era sossego e que desse o fora o mais rápido possível) droga!
Constatar por A + B que ia perde-lo, além de seu apartamento — a deixou triste ao invés de com raiva.

— Você vai ter que voltar pra Coreia do Sul, Baekhyun — e eu — As palavras lhe fugiam, enquanto uma vontade imensa de chorar, se apoderava dela — não sei se posso ficar sem você.
— Shiii... pronto — Ele a ninava como um bebê — Eu estou aqui, noona...

Ele a acalentava. Colhia suas lágrimas com beijos muito ternos.
não percebeu a mudança — a sutil mudança entre os beijos ternos e acolhedores, para beijos ardentes e apaixonados. Quando deu por si, estava correspondendo aos beijos de forma selvagem e primitiva, enquanto seu corpo instintivamente se entregava ao dele.
No momento em que se encaixaram, Baekhyun firmou as mãos em seus quadris — enquanto ela subia e descia. Ele sumia e reaparecia em seu íntimo — apenas sentia o êxtase daquele momento, enquanto movia os quadris contra os dele incansavelmente.
Seus lábios procuravam os dele, enquanto prosseguiam com aquela litania.
E outra vez, aquela euforia insuportável — aquele sentimento indistinto que a levava entre o céu e o inferno — a luta por alívio, enquanto ele agarrava seus quadris, como se disso dependesse sua vida. Trazia o corpo dela, o mais junto do seu que fosse possível.
Independente de estarem sentados na cama — com toda aquela movimentação, ela batia furiosamente contra a parede. Baekhyun reviraria os olhos, se não estivesse com eles muito bem fechados. Deixava o trabalho de revirar os olhos — ante a intensidade das sensações do mais puro prazer — com ela. Ele abandonou seus lábios por um instante, pra sugar seus seios com força.
encarou a cabeça inclinada de Baekhyun pros seus seios, ele circulava as aureolas com a língua e dava pequenas mordidas e puxadas nos bicos — seu baixo ventre reverberava as provocações em seus seios — então sentiu as veias dele se dilatarem e ele praticamente dobrar de tamanho, enquanto seu interior o apertava, para então ambos terem um orgasmo espantoso.
Gozaram como nunca antes — gemendo arrastado — como se o mundo tivesse acabando.
Logo após atingirem esse momento apoteótico, enquanto ele ainda jorrava seu esperma em seu interior — vieram aos olhos de lágrimas inexplicáveis. De uma tristeza antecipada:

noona? — Um alarmado Baekhyun saio de dentro dela, e perguntou atarantado — Eu te machuquei?
— Não Byun. — Ela conseguiu responder. — Você também foi uma das melhores coisas que me aconteceram... sniff
— Então, porque está chorando noona?
— Porque sou ridícula e estou apaixonada. E mais, não posso ficar você.

A raiva estava voltando — ainda bem, a raiva é mais útil que o desespero.

“— E mais, não posso engravidar agora.” Conquanto, ela só reafirmou isso pra si mesma, enquanto encarava suas pernas e o triângulo no meu delas, em que insistiam em escorrer um rastro de gozo.
— Vem noona — Ele estendeu a mão pra ela. — Precisamos de um banho antes de dormir.

♫ “Eu nunca mais vou respirar — Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome, se você não me amar ♫”


estava exausta. Todavia, não podia adormecer com as sementes dele ainda em seu interior — já que da última vez, tão intensa quanto as outras, abriram mão do preservativo.
Mas também não dispunha de disposição ou força para mais nada.
Percebendo que não ia se levantar — Baek a carregou até o banheiro.
Chegando lá — lavou os cabelos dela muito gentilmente, passou o sabonete líquido de pêssego em todo o seu corpo — e tomou uma ducha fria.
Não interessa o quanto pudesse estar cansada — ela ainda era extremamente sedutora. Por isso, Baek tomou um banho frio, para civilizar as coisas. Quando estava com ela, estava sempre em ponto de bala.
Não lembrava de outra mulher ter esse efeito sobre ele.
Trocou os lençóis — já dormia a sono solto. Mas uma vez pegou-a no colo, a fez segurar-se em seu pescoço. Deitou-a no colchão macio, cobriu a ambos, e adormeceu junto a ela.

♫ “Amor da minha vida daqui até a eternidade
Nossos destinos foram traçados na maternidade.” ♫




Capítulo 6

E mais uma vez era cedo pela manhã — estavam deitados em sua cama decentemente vestidos com pijamas — acordou primeiro.

“— Engraçado, não lembro de ter me vestido, depois de...” — não foi capaz de completar os pensamentos. As marcas ainda estavam em seu corpo.

Sabia que tinha que trabalhar sair de uma vez daquela cama — que era uma espécie de convite velado às maiores obscenidades com ele — e iniciar seu dia. Mas seu cérebro se recusava a raciocinar. Em vez disso, memorizava através do tato, os contornos do rosto dele.
Era uma indecência um homem ser tão bonito!
Ainda mais com aquela boca sempre vermelha, o sangue fluindo por cada poro, o fazendo vender saúde. Estava quase se rendendo ao desejo de lhe dar um beijo de bom dia, quando ele a surpreendeu a puxando pra ficar embaixo dele — e dando ele, o beijo de bom dia.
Depois de corresponder com todas as suas forças, ela reclamou:

— Baek, assim não vale...
— Só mais cinco minutinhos, noona...

Ele não fazia ideia do que ela estava falando. E ela — será que sabia? A intenção dela era essa mesma, enchê-lo de beijos. Nada disso tinha importância, ele já tinha voltado a dormir.

“— Sempre sinto seus olhos em mim, noona.” — Certa vez, o ouviu dizer — Acho que deve ser pra valer.

tinha trabalho aquele dia — fotografar um parquinho, cheio de crianças — além do mais, tinha que encontrar outro apartamento. E se certificaria em não ficar refém de ninguém. Não que fosse ficar muito mais tempo com Baekhyun. De certa forma, é como se ele estivesse escapando por seus dedos. “— Como chegara àquele paradoxo? De querer expulsá-lo de qualquer maneira — a não querer que ele vá embora de jeito nenhum?” Os dois eram adultos.
Porém, não queria mais ter uma senhoria fofoqueira, que queria apenas uma desculpa pra entrar em seu lar, sem convite. Estava sendo muito severa? Talvez. Mas não ia deixar aquela invasão barato.

♫ “Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram” ♫


Demorou, porém, a senhoria veio pedir explicações pra sobre a brecha na parede (sei...), além de um barulho infernal advindo do apartamento dela desde aquele dia. Era insistente. E sempre no mesmo horário — o meio da noite! — Que acinte! Pessoas decentes deveriam estar dormindo!?
ouviu tudo o que ela tinha a dizer — todas as reclamações — até aquele momento.

“Pessoas decentes” — era impressão sua, ou além de todas as reclamações, a senhoria a estava chamando de indecente?
— Basta, Sra. Cruz.
— Não me interrompa, eu não terminei de falar srta. !?

E essa agora — a mulher estava irritada — Só pode ser falta de sexo.

— É que é meio engraçado ouvir a senhora falando de decência, quando é evidente que a senhora a esqueceu em algum lugar, enquanto vasculhava meu apartamento sem a minha permissão.
— O quê? — A mulher se encontrava de olhos arregalados, atônita demais pra responder. Baek ria tampando a boca, imaginando as reações dela.
— Sim. De que outra forma a senhora saberia que tem uma parte perfurada na parede do meu quarto? E que ela fica próxima à cama? A senhora nunca veio até meu quarto, como podia saber?

A mulher não teve resposta.
Ela se recompôs um pouco — apenas pra levar outra saraivada de afirmações ácidas — Vejam só:

— Mas e os barulhos? Uma hora pareciam gemidos abafados. Outra hora, parecia um terremoto!? Sua cama não parava quieta um segundo?!
— Meu Deus — Como a senhora vem falar de decência, quando não se desligava dos “sons do meu apartamento” um minuto sequer? — a encarou com uma expressão que era pura ironia.

A mulher se encolheu toda.

— Não que seja realmente da sua conta — começou — mas estou sim com um cara.
— Você sabe que é EXPRESSAMENTE PROIBIDO namorados pernoitarem, !?
— É, eu sei.
— Então? — A mulher perguntava e reafirmava vitoriosa. Achava que pararia de ver o cara, estava tranquila com isso.
— Por isso mesmo, eu paguei o depósito por outro apartamento.

O queixo da velha senhora caiu.

— Lhe entregaria as chaves agora, mas pretendo encaixotar tudo antes. Vou me mudar, Sra. Cruz! — a encarava — Para um lugar que meu namorado fique à vontade pra passar a noite. E mais, que os nossos sons não perturbem os vizinhos!

Dito isso, pôs a velha senhora porta-a-fora.

♫ “Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?” ♫


Capítulo 7

♫ “Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar” ♫


Baek veio até ela — estava escorada na porta fechada, pronta pra receber o carinho dele. Baek a abraçou e antes de lhe dar um beijo, afirmou em tom brincalhão:

— Você é má, noona.
As palavras foram engolidas, pelo desejo pungente nos dois. Não tinha nem meia hora desde que ela tinha chegado. Sentia todo o seu corpo pulsar de desejo. Seu coração estava a mil.
“Namorado”

Ele tinha uma vaga ideia do que isso queria dizer.
Infelizmente não poderia participar da alegria dela. Quando ela se mudasse, ele provavelmente retornaria à Coreia do Sul — tinha compromissos a honrar, além do mais sua casa era lá.
Suas férias no Brasil tinham acabado — mas como dizer isso a ela?
Que além de sua noona, também havia se tornado sua sarang?

♫ “E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz” ♫


Ele entendeu perfeitamente o que eles estavam protagonizando, quando ouviu a música “Eduardo e Mônica”. Baek entendeu quase todas as expressões ali — quase, porque tinha umas que eram impossíveis de compreender!? Não era só porque ele era coreano não — era porque nem os brasileiros sabiam do que Renato Russo estava falando.
O significado ficou mesmo na época que a música foi escrita.
Daí entendeu também, o significado de “datado” — percebeu que da obra de Renato, bem pouca coisa era datada. O que não acontecia com as “novidades” que as rádios alardeavam.
Era quase como viver em um mundo paralelo.
Assim como a garota da letra, era mais velha que ele. Tinha empregos distintos — porém na mesma área. Enquanto ela ficava encarregada de fotografar coisas — ele era o fotografado.
E fazendo assim como quem não quer nada — ele pegou sua câmera. Fez algumas fotos de seu rosto — ela parecia gostar, disso e outra área que era melhor manter longe das câmeras.
Apesar do comportamento arrojado — vide a despachada que ela deu na senhoria futriqueira, era uma garota muito tradicional. Do tipo que você apresenta pra sua mãe.
Baek gravou um vídeo curto pra ela.


Capítulo 8

Dentre outras coisas — Ele revelou que teve muita sorte de conhecê-la.
Eis o conteúdo do famigerado vídeo:

“Noona, quando você estiver vendo esse vídeo, provavelmente vou estar longe. Mas uma vez você tem razão, — tenho que voltar pra Coreia — não tem mais como adiar. Sei que vai ficar triste como minha partida súbita, porém não quero que você fique. Cada minuto passado ao seu lado, valeu a pena. No fim das contas ficar totalmente bêbado naquela festa, não foi de todo ruim — me fez te conhecer. Me fez conhecer uma parte do seu país, que de outra forma eu não conheceria. Eu não quero que esse vídeo fique longo sarang, eu vou voltar. Porque tenho a impressão que também não vou conseguir viver sem você.”

chorou abraçada a sua câmera.

♫ “Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado...” ♫


Quem estava sendo a exagerada agora, heim? não conseguia parar de chorar — que vergonha. E o quê, em nome de Deus era sarang?
Noona (노나) era alguma coisa como pessoa mais velha e também — uma forma carinhosa de tratamento. Mas sarang (사랑) não podia ser — Baek tinha mesmo a chamado de amor?
Não demorou nada para as fotos que ele fez no Lounge da Prevé Alliance, em Los Angeles viessem à tona e ele conquistasse a todos com seu carisma. Era quase como se ele seduzisse as câmeras. Cada novo take era mais apaixonante que o anterior.
Ela sentia muito a falta dele. Em coisas bobas, como decidir qual seria o jantar. Ele sempre queria fazer aqueles miojos pavorosos — com muita água, pouco sal e muita mais muita, pimenta.
Não sabia que os coreanos eram tão apimentados. Também não sabia que a tara deles, é equivalente à nossa — podendo até se equiparar. Ah, tinha tanta coisa que ela não sabia!? Por mais que não tivesse lembranças dele no novo apartamento — as lembranças que partilhou com ele no apartamento antigo permaneciam em sua mente, que mantinha tudo vívido e multicolor;
No cheiro dele em suas roupas;
Na saudade lascinante que ele provocava.
E essa agora — porque ele a chamou de sarang, se sabia que ia embora?
Pesquisa de mercado — desde já, agradeço demais quem puder ajudar.

“♫ Eduardo e Mônica era nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês ♫”


Nas horas mais inconvenientes, pegava a si mesma lembrando dele e de suas manias. Como o de ficar apertando os botões do controle remoto sem parar, nunca ficando em um canal só, (meu pai assiste assim, e é uó!). Ai.
Ou quando Baek colocava aqueles pés gelados em contato com a carne morna de suas pernas, apenas para vê-la gritar de susto!? (Ela lhe dava uma série de tapas, para ele não ser tão otário — mas acabavam se beijando);
Quando Baek chegava de fininho na cozinha — ela vencia a disputa de quem ia cozinhar (ou no caso, ligar para o iFood) e beijava seu pescoço. Aquilo a deixava pegando fogo, não importa o quão cansada estivesse — e ele sabia disso.
Desaprendeu a dormir sozinha.
Acordava no meio da madrugada. Ia pra sala na esperança de encontra-lo lá, atormentando o pobre controle da tv. Tudo tinha perdido a graça, desde que ele tinha ido embora.
Resistia o quanto podia — até sucumbir e assistir o vídeo que tinha deixado outra vez — As fotos, tudo. E recomeçava outra vez, num martírio sem fim. Essa era única forma de pegar no sono outra vez.

“♫Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol de botão com seu avô♫”


Seul — Coreia do Sul.

Enquanto isso, uma das distrações de Baekhyun eram os jogos online. Contudo, mesmo eles o estavam deixando entediado. A verdade é que marcou seu nome no peito dele — como um ferro em brasa, e era impossível tirá-lo de lá.
Se ele fosse bem sincero — admitiria que não queria tirar de sua vida — ela era independente, dona e senhora de si mesma, não precisava de Byun pra nada. Se ela o queria em sua vida era por livre e espontânea vontade — não porque necessitasse dele pra alguma coisa, principalmente pra lhe dar autoconfiança, isso tinha de sobra.
Não, o queria por não precisar dele.
Era perfeitamente capaz de ser feliz sozinha. Todavia, queria dividir esse sentimento com ele. E se sentir amada e desejada — era algo que apenas ele era capaz de expressar. Era como se ambos tivessem falando com o corpo, algo impossível de ser dito em voz alta.
estava sofrendo pela ausência dele. Baekhyun não estava muito diferente — ele estava enlouquecendo com a distância.
As garotas que se atiravam pra cima dele, não podiam ser mais insípidas.
Para ser sincero, uma mulher nua podia desfilar em sua frente, que ele ia bocejar e fazer uma expressão tão grande de descaso e tédio — que faria a garota nua ficar constrangida e finalmente cair em si.
Nada do que estava ali animava Baekhyun.
Era bem simples até — nenhuma delas era .
A menos que ele fizesse alguma coisa — nada ia acontecer — com isso em mente, ele sumiu outra vez.
Precisava urgentemente falar com .
Sua .


Capítulo 9

♫ “Paixão cruel desenfreada,
Te trago mil rosas roubadas,
Pra desculpar minhas mentiras,
Minhas mancadas” ♫


“— Ai que cara chato! Meu, é sério — vai embora!
— Não antes de você prometer que vai me dar uma chance!”

E ainda era birrento — ou melhor, um bebê chorão.
Se Baek pudesse vê-la agora — aquela garota cheia de fibra e coragem já era. E tudo por causa de um cara! É revoltante!? Também — culpa do coração. Inventou de amar alguém que está literalmente do outro lado do planeta!?
Mas ele se esforçava.
Pra entendê-la, quando ela não estava pra muito papo. Entender nosso idioma – que a gente está tão habituado, que não percebe que pra um estrangeiro é difícil pra caramba!? Assim como achava o hangul uma invenção do capeta (combinava muito com Baekhyun — ele só podia escrever naquela língua impossível, assim como falar).
Trabalhava como um autômato, toda a sua alegria tinha embora na mala do Baekhyun. Ainda lembrava daquela discussão — em que havia tirado uma foto dele, e apagado logo em seguida. Isso deixou o coreaninho muito fulo!
Ele ficou reiterando, que eu não sabia fotografar pessoas e tals — e eu fiquei furiosa, claro! Estávamos na rua e em dado momento, não aguentei o mandei ele ir embora. Hoje eu me pergunto: “Pra onde ele iria? A criatura tava na minha casa!?”
Eu rio entre lágrimas. Eu rio ao lembrar o tempo que passamos juntos. Choro quando lembro que ele foi embora. Estava prestes a seguir essa rotina, quando a campainha tocou e atrasou meus planos um pouquinho.
Qual não foi minha surpresa ao atender.

noona, é aqui que você veio morar agora? Deu um trabalhão pra achar.

“♫ Jogado aos teus pés
Baby, eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado, yeah ♫”


seguiu seu coração. Antes mesmo de ter consciência do fato, se atirou nos braços dele, lhe dando um abraço apertado.

— Noona, eu sei que você sentiu minha falta — mas você está me apertando tanto, que eu não consigo respirar.

não tinha prestado atenção nisso, a vontade de abraçar e apertar cada cantinho dele, era maior. Mesmo assim, ela afrouxou seu aperto, não o soltando se vocês querem saber. Tinha que ter certeza que ele era de verdade, oras.
Fechou a porta com um empurrão dado por seu pé.
Baekhyun estava com uma mala pequena, com quatro rodinhas. Ela precisaria de pelo menos cinco daquelas, caso viajasse.

— Porque está encarando tanto a minha mala? — ele riu, fazendo graça.
— É que tenho a impressão de que você não veio pra ficar — ela continuava observando a mala. — Na verdade, acho que vai ficar menos tempo que antes.

Ela estava séria agora.

— Como pode dizer isso noona? Se me lembro bem da última vez, estava só com a roupa do corpo.

E riu ainda mais.

— Não brinque assim, Baek — ela estava triste.
— Me pegou — ele sentou no sofá e abriu os braços pra que ela se aconchegasse, e ela assim o fez.
— Eu quero que você conheça o meu país — ela ouvia o coração dele bater — e eu tenho compromissos na Ásia, que infelizmente não posso cancelar.
— Seja claro comigo, Baek. Você não quer cancelar.
— Tá bem. Eu não quero cancelar. Está melhor assim, noona?
— Melhor não tá, né? Mas está mais honesto.
— Eu vim te buscar.
— Posso parar pensar a respeito da sua proposta?
— Claro que pode!
— Podemos namorar enquanto isso? — lhe lançava olhares libidinosos, especialmente pra sua boca, na esperança de que ele tivesse com tanto desejo quanto ela. Estava sentada em seu colo, desde que ele chegou. Podia sentir pelo tremor em suas pernas — além do início de uma ereção nele.

Não havia muita coisa a fazer. Ele não respondeu — apenas se levantou e a seguiu até o quarto. A saudade que sentia dele, fazia seu peito se fechar e sua paciência chegar a 0%.

♫ E quem um dia irá dizer,
Que existe razão nas coisas feitas pelo coração
E quem irá dizer, que não existe razão♫


Queria tirar o pijama de uma vez, além daquelas roupas dele — que a impediam de ter acesso a seu corpo. Byun era mesmo uma peça rara. Fez com que ela tirasse o short do pijama, e ficasse com a calcinha e a blusa do pijama. já não tava entendendo mais nada. Só quando ele começou a lamber e puxar os bicos de seus seios, foi que notou que ele deu um jeito de abaixar as alças da blusa e deixá-la ainda mais quente — se é que isso é possível.
Sem pressa nenhuma — ainda que simulasse que o cavalgava vez ou outra — Baekhyun foi se despindo e a ela. Quando ele tocou em uma área sensível de , soube que nunca estiveram tão prontos.
veio até ele, se encaixou em seu membro e o espetáculo começou.
As gotas de suor que brotavam no corpo dos amantes, os cabelos emaranhados, enquanto as bocas se beijavam ruidosamente — abafando os gritos e gemidos. Ela subia e descia em cima dele — a fricção dos sexos de moderada, passou a visceral, tornando-se insana. Ele ajuntou suas mãos em cima do bumbum dela — foi quando uma sensação de alívio junto com um imenso prazer, veio trazer novamente lucidez aos amantes — eles atingiram o ápice no mesmo instante.
Depois disso, ela se deitou paralela a ele. Seu corpo inteiro brilhava de suor, seus seios estavam ainda maiores. Ele foi descartar a camisinha e ela ficou o observando. Baekhyun era muito magrinho. No entanto se tornava um gigante em momentos como aquele. Ele sabia muito bem o que estava fazendo.
fechou os olhos por um momento, pensando na proposta dele. Nunca tinha cogitado ir pra Coreia do Sul — também nunca tinha namorado um coreano antes. Pensando nisso, não percebeu quando ele voltou — e ficou observando seu corpo — sem censura e sem timidez nenhuma.
Baekhyun não mantinha registro, ou talvez ele tivesse tudo sob controle, safado — mas ao observá-la assim como veio ao mundo — não pode evitar se sentir novamente excitado.
Ela subitamente abriu os olhos e o viu novamente com uma ereção.

— Amor, você não cansa nunca? — foi até ele, o beijando e apertando suavemente seu membro o fazendo gemer.
— Quando estou contigo, eu só desligo quando durmo — ele respondia em meio aos beijos.

quis fazer algo diferente. Sem maiores explicações, pediu que ele se sentasse na cama. Entrelaçou suas pernas nas dele, enquanto os braços de ambos os firmavam. Os sexos de ambos se encontraram — e tão natural quanto respirar — se encaixaram. Em dado momento daquela brincadeira insana, Baekhyun pôs as mãos dele em seus olhos. Ela apenas repetiu o que ele fez. No quarto reverberava apenas os gemidos e sussurros de desejo — e isso partia de ambos.
Não aguentando mais nenhum segundo daquilo — de observar os sexos se chocar e se tocar sem nunca alcançar o ápice — Baekhyun abandonou sua posição original, passando a deitar-se por cima dela — descruzando suas pernas, e tomando seu lugar em meio as pernas dela.
À medida que o orgasmo se avizinhava, as pernas de tremiam, e seu órgão genital se apertava cada vez mais em torno dele. Não foi só a assinatura dele que foi reconhecida de cara — o fato do pênis dele engrossar e praticamente dobrar de tamanho — mas o fato de todas as vezes em que transaram, ter um orgasmo.

♫ Por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais ♫


Um tempo depois, sob as cobertas, nos braços um do outro.

— Byun, eu pensei que ia morrer de tristeza. Eu sentia muito a sua falta.
— Pois bem, sarang — eu estou aqui agora. E preciso mesmo saber se você está disposta a me acompanhar.
— E eu tenho uma dúvida — coçava a cabeça e exibia uma expressão arteira — se bem que, é mais uma curiosidade.
— Que dúvida, sarang? — Baekhyun não prestou atenção na cara de quem vai aprontar dela, e pôs-se a exibir uma expressão preocupada.
— Quero saber qual a sensação de chupar um cara — ela saiu com essa da uma forma tão natural que chegou a ser surpreendente.
— É o quê? — ele não acreditava em seus ouvidos.
— Eu quero te chupar, posso?
— Pode, mas... — ele estava surpreso.
— Mas?
— As garotas não odeiam fazer isso?
— Odeiam. Mas veja bem, eu nunca fiz. Queria apenas saber como é...

Ele descobriu a ambos. era uma caixinha de surpresas...
Ela começou beijando e lambendo a base do pênis dele, o desejo que sentia só se acirrava cada vez mais. À medida que Baek ia ficando excitado, ele fechava e apertava os olhos — enquanto suspirava alto.
parou o que estava fazendo e o chamou:

— Baek?
— Hum? — ele abriu os olhos.
— Quero que você fique de olhos abertos — e baixou a boca pra glande inchada dele.

Vez ou outra, ela raspava os dentes, só pra vê-lo se contorcer de desejo. Soube que ele tinha chegado ao limite, quando suas veias engrossaram — e jatos quentes de sêmen inundaram sua boca. Seu pênis ficou do mesmo tom de seus lábios.

— Não precisa engolir, se não quiser — que fofo, ele ainda se mostrava preocupado com ela.
— Eu quero — ela sorveu cada gota. — É amargo...
— Eu vi em algum lugar — ele troçava — que é doce, ou salgado, não sei ao certo. Meninas experientes são más e iludem as outras — ele manteve uma expressão, que era uma junção de levado com bagunceiro — Então, sem mais dúvidas?
— Sim. Mas vou ter que fazer mais vezes, pra chegar a alguma conclusão. Como está não gosto, nem desgosto. — o olhava sugestivamente.
— Quem é o pervertido de nós mesmo? — ele ria gostoso. — noona, eu nem cheguei a te dizer — ele exibia um semblante sério diferente do brincalhão de segundos atrás — minha vida perdeu o rumo, quando eu voltei pro meu país. Não dá pra viver bem, se a dona do seu coração está do outro lado do mundo. noona, você vai vir comigo? Pelo amor de Deus?
— É claro que eu vou contigo, seu idiota! Eu te disse sim, desde o momento que você entrou em minha vida.
— Então, eu aceito ser seu parceiro pra testar chupadas e afins, outras vezes — Baekhyun é assim — perde o amigo, mas não perde a piada.

“Coreano tarado — e eu estou me revelando tão tarada quanto ele.”


Capítulo 10

“Eu consegui conquistar muitas de minhas metas e objetivos. Porém, o mais notável disso tudo foi realizar um sonho que eu nem lembrava mais que eu tinha. Foi diferente do que eu imaginei? Completamente. Mas foi tão bom — que sinto que preciso contar para vocês.”


Diário da .



Seul — Coreia do Sul.

foi com Baekhyun, era um pouco diferente de ir pra França? Sem dúvida. Todavia também era uma viagem internacional — não contem pra ninguém, mas era a primeira viagem desse tipo que fazia — todas as outras, tinham sido a trabalho e todas em solo brasileiro.
Ela não conhecia os lugares que fotografou — tinha mania de ficar trancada no hotel, quando não estava trabalhando. Era uma versão menos badalada — e bem menos famosa de Baekhyun. Conhecia como ninguém sua cidade natal, Brasília — isso afirmava com orgulho, conhecia da Asa Sul à Asa Norte, como a palma de sua mão. Porém, seus atributos geográficos terminavam aí.
A Coreia do Sul era distinta em vários aspectos. O primeiro que notou foi como as quatro estações do ano são bem marcadas. Chegaram a Seul no inverno. Nevava incessantemente e ao contrário do que supôs, os flocos de neve, não são como gotas d’água congelada. Na verdade, cada floco têm um desenho único.
A constatação desse fato a surpreendeu e a fez esboçar uma reação de choque. Era por isso que quem nunca tinha visto um floco de neve — ficava tão impressionado — eram de uma beleza ímpar. E assim como Baekhyun, eram uma prova de que Deus existe — e mais — o todo poderoso gosta de coisas bonitas!
Baekhyun uma vez na vida, observava o mundo pela ótica dela, a neve nunca representou coisa alguma pra ele. Mas ao observar a reação quase infantil dela, sentiu uma sensação boa aquecer seu coração.

— Vamos sarang, assim vamos acabar pegando um resfriado — ele insistia pra que fossem pro seu apartamento o quanto antes.

“É uma época de clima temperado — onde a poluição dá as caras — em um país tão evoluído tecnologicamente a conta tinha que vir de alguma forma. E vinha! Em forma de fuligem, fumaça e partículas microscópicas invisíveis a olho nu — o que justificava aquela máscara hospitalar horrorosa, que os sul coreanos usavam.”


Diário da .



Primavera


Sem elas — as benditas máscaras — não dá pra respirar. Finalmente entendi a sensação de liberdade que Baekhyun alardeava aos quatro ventos — não dá pra viver sem respirar!? Acabei com uma gripe de primavera — o certo seria, gripe de inalar poluição — mas enfim. Até esse episódio infeliz, me recusava terminantemente a usar uma daquelas mascaras bizarras. Aderi depois disso.
Pensei mesmo que Byun ia me torturar com aquelas sopas horríveis, que ele costumava fazer, ai. Mas ele foi um enfermeiro exemplar. Sei lá — talvez ele tenha tido pena de mim — ou talvez aquele coreano pervertido me quisesse saudável outra vez pra brincar comigo. A gente se divertia demais.

Lembranças de uma noite qualquer


Certa vez, estávamos encadeados tão intensamente — a movimentação em cima da cama foi tão forte — que ela quebrou!? Simplesmente cedeu!? O estrado partiu levando o colchão ao chão. Acabou com o clima — ao menos pra mim. O Byun caiu na risada.

— Tá rindo de quê, idiota? Nós acabamos de quebrar a sua cama!?
— Desculpa noona, mas a sua expressão foi em segundos de êxtase para confusão, e acabou me distraindo completamente!? — continuou gargalhando.
— Não tem graça, Byun. — Baekhyun? — o desgraçado tinha desaparecido do meu campo de visão.

Alguns minutos depois.

— Quer continuar a festa, noona? — ele me apareceu com um colchonete enrolado, tipo um tablado — o que eu ia responder pra aquilo? Eu não tive um orgasmo, a droga da cama quebrou antes disso.

Ele estendeu o colchonete no chão, ao lado da cama e pediu pra que eu me deitasse nele.

— O que você vai fazer, Byun?
— Você confia em mim? — me estendeu a mão. Tenho que dizer que a expressão no rosto dele, revelava que ele tinha todas as péssimas intenções do mundo comigo.
— Não sei não. — Me deitei no colchonete.

Ele dobrou meus joelhos, fez com que minhas pernas ficassem paralelas a ele. Deus do céu, meu sexo estava pulsando. E ele sabia disso, Byun preenchia um vazio que eu nem sabia que existia. Mansamente — me fez entrelaçar seu quadril com minhas pernas — me fazendo arquear o corpo quando ele invadiu meu interior.
Tudo que se podia ouvir naquele apartamento, eram nossos gemidos, cada vez mais aflitos em busca de alívio. Baekhyun segurava meu quadril com ambas as mãos — quando estávamos as portas de ter um orgasmo — ele pôs uma mão no meu quadril e a outra descansou em meu seio.
A sensação de tê-lo dentro de mim — enquanto ele possuía meu corpo e mente, foi demais pra aguentar — eu tive um orgasmo devastador, sendo seguida de perto por ele.
Depois foi que notei que não tínhamos usado nada — pílula, camisinha, nada! — ou seja, o melhor que podia sair do nosso momento de diversão era uma gravidez. O pior — eu nem quero imaginar.

— O que foi, sarang? De repente, você ficou séria.
— Nós não usamos proteção, Baek.
— E daí? Sempre achei que você era do tipo, que quando resolvesse ter um filho — faria uma produção independente — e riu malicioso.
— Isso não tem graça, Baek. Além do mais é uma coisa terrível de se dizer, principalmente para uma garota preocupada que acabou de transar contigo. — E amarrou a cara, se deitando na cama quebrada e se cobrindo em seguida — sozinha.

Um tempo depois.

— Sarang?
— Que? — ainda estava chateada com o que ele disse.
— Posso deitar perto de você?
— Se você quiser — ah, tanto faz. — ainda estava muito irritada com o que ele disse.
— Sarang? — disse sussurrado rente ao seu ouvido.
— O quê, Baek? — disse no mesmo tom, traindo levemente que ainda estava zangada com ele.
— Desculpe pelo que eu disse, noona. Às vezes não sei o que você viu em mim. — Ele mordia sua orelha sem tração, apenas pra chamar-lhe atenção. — Além do mais, não estou preparado pra ser pai, eu ainda sou filho.
— Eu também, Baek. Eu também.
— Você perdoa o meu deslize?
— Está perdoado. Agora vamos dormir, que amanhã acordamos cedo.

Sem que ela protestasse, ele juntou o máximo que pode seus corpos, num abraço reconfortante — e pôs seus braços ao redor dela, as mãos repousando em seu ventre como se ela já carregasse um herdeiro deles.

“♫ E por você eu largo tudo:
Vou mendigar, roubar, matar,
Até nas coisas mais banais — pra mim é tudo ou nunca mais. ♫ ”


“Viver em um novo país é um desafio. Mas tudo compensa se tem um nativo à sua espera. É clichê? Demais. Todavia, também é o modo mais fácil de aprender um novo idioma — namore um nativo do país oras!”

Diário da .

Verão


conseguiu um emprego permanente na National Geografic — Korea, e nunca tinha fotografado como agora. A natureza naquele país era tão exuberante! Nunca deixava de surpreendê-la.
E se tinha linhas de trem — metrô, que seja — ligando o país de uma ponta a outra, esqueceram de avisar os estrangeiros que era um país predominantemente de montanhas. Ou seja, você tinha que descer um monte de escadarias, pra chegar ao metrô e depois ao trabalho — e subir tudo outra vez no fim do dia.
Só que aí você vai estar cansado, acabado, querendo chorar de exaustão — foi assim nos primeiros meses. Mas todo o sacrifício valia a pena, quando chegava em casa e era recebida com um abraço quentinho do seu amado e um sorriso acolhedor.
É muito fácil respeitar quem você ama — quem diria? — eu vivo isso.
Baekhyun conhecia Seul, como a palma de sua mão. Ele era com Seul igualzinho a mim com Brasília — que saudade da minha cidade. Mas eu esqueço rápido desse sentimento, sabe? Meu coração está aqui. É difícil resistir aos encantos dele, ainda mais que eu nem tento — eu me rendo sempre.
Baek me levou pra conhecer Jeju Island — e me levou ao parque dos amantes — foi somente depois de ir a esse parque — que tem esculturas gigantes de casais tendo relações — que eu entendi que os coreanos são mais parecidos com os brasileiros do que eu imaginava. Eles apenas são mais reservados.
Mas em se tratando de estar a sós entre quatro paredes — o céu é o limite. Certa vez, ele me perguntou o que eu vi nele — eu estava novamente o observando. Não sei ao certo, mas me apaixonei por ele assim que o focalizei — já notaram o quanto esse homem é bonito? Eu podia fazer amor com ele agora mesmo.
Estávamos andando por Seongnam — uma cidade satélite de Seul, menos agitada que a capital, mais igualmente majestosa. Andávamos de mãos dadas, não era preciso informar ninguém — qualquer um que nos visse, saberia que formávamos um casal. E entre experimentar comidas típicas nas feiras e andar por aí sem rumo, vi uma casa antiga. Quis vê-la por dentro, era ainda mais fascinante do que imaginei. Possuía cinco quartos, sendo que um deles tinha um banheiro privativo — suponho que seja o quarto do casal. Além de outros dois banheiros, uma cozinha e uma sala — era imensa. E no mesmo instante me liguei aquela casa. Ela seria o meu padrão de casa coreana. Além do mais, tinha um quintal enorme, com vasilhames de cerâmica milenares, que guardavam condimentos e eram conservados fechados apenas com o frio que fazia a noite.

Baekhyun observando :


Ela olhava a casa do mesmo jeito que olhava pra mim — com um brilho diferente no olhar. Se eu acreditasse nessas coisas — diria que era quase com encantamento. A casa estava à venda, os filhos daquele casal já estavam crescidos — foram perseguir seus próprios sonhos.
noona, se esforçava — mas seu coreano ainda era muito superficial — eles não eram bobos, perceberam nossa troca de olhares apaixonados. Então a esposa no casal, se aproximou de mim:

— Olha se você não puder comprar a casa pra sua amada, tudo bem. Agora, se essa ideia passou pela sua cabeça, recomendo que você o faça. A menina gostou muito da casa — além disso é perfeita pra criar filhos.

Ele sorriu encabulado. Já tinha decidido comprar a casa. E sendo bem sincero, não era porque era uma casa tradicional de arquitetura coreana, muito bonita. Era porque tinha quatro quartos sobressalentes — o que significava que poderiam ter pelo menos quatro filhos muito bem instalados — espaço não seria problema.
“Homens — sempre pensando com a cabeça de baixo”

“♫ Jogado aos seus pés,
Com mil rosas roubadas
Exagerado ♫”


“Ok, — não surta! É muita coisa para a minha pobre alma processar. Minha paixão por Baek está em alta todo o tempo, tanto que acho que da última vez que transamos oops... aconteceu alguma coisa. Mas não tenho certeza — não surta — até parece que você não estava super afim, rummm.”


Diário da (Sim, ela estava pirando!)



Outono


As coisas estavam mais loucas do que nunca. Na redação da National Geografic — Korea, e nas diversas sessões de fotos que Baekhyun fez. O apartamento dele em Seul — era uma caixa de fósforos, literalmente. Cabia inteiro, com todas as suas repartições na sala do apartamento dela em Brasília. Menos espaço nesse caso — significava que sempre sabia onde ele estava.
A noite anterior tinha sido hardcore — tinham feito tantas estripulias que não confiava em suas pernas — o chamou cedinho:

— Baek.
— Hummm — ele bocejou sonolento.
— Preciso da sua ajuda amor — falou apontando para as próprias pernas. Elas estavam dormentes, talvez não devesse tê-lo atiçado tanto — ela sorriu de um modo travesso.
— O que você quer que eu faça, noona?
— Me carregue até o banheiro. Não confio em mim mesma pra andar até lá.

O banheiro era realmente minúsculo. Mas a água do chuveiro fez seu trabalho — renovando todos os seus músculos — me deixando nova em folha. Baek estava inexplicavelmente desconfortável.
Tanto que sua expressão facial o traía — assim como suas mãos — que cobriam seu sexo.

— O que tem aí, que eu já não tenha visto, Baek? — ela caçoava da atitude dele.
— Nada noona, me deixa.

Mas é claro que ela não ia deixar. Começou um esforço direcionado, pra tirar as mãos dele da frente do seu falo. E ela tanto insistiu que num momento de distração — ele tirou as mãos da frente de seu corpo — revelando uma senhora ereção.

— Baek! — ela ria as gargalhadas, quando notou que tinha vencido a pequena disputa deles.
— Eu sempre fico assim, quando você está por perto noona.

beijou seu queixo — depois sua bochecha — parando em sua boca. Trocaram um beijo apaixonado embaixo do chuveiro. Que não só não aplacou a fúria do desejo, como o deixou trezentas vezes mais forte.
Não se contentando mais apenas com beijos — Baek a encostou na parede, suas costas coladas ao peitoral dele. Fez com que ela ficasse empinada pra ele, ajeitou seu falo abaixo dela — e se beijaram ainda mais furiosamente, enquanto ele ia e vinha.
As coisas se tornaram tão intensas, que ele segurou seu ventre à medida que aprofundava suas investidas — o chuveiro continuava ligado. O banheiro virou uma confusão esfumaçada, povoada de gemidos agudos em estardalhaço.
Quando estavam prestes a atingir o orgasmo — ele fez com que ela espalmasse suas mãos na parede — e as cobriu com as dele. Ela ainda estava com a cabeça virada pra ele, beijava sua boca efusivamente, e no momento em que gozou, seus joelhos cederam.
Teria caído se as mãos dele não fossem suficientemente rápidas para pegarem-na.

— Eu disse que não confiava em minhas pernas pra sustentar — ela falava e o encarava enigmaticamente.
— Mesmo assim — era a vez de ele devolver o olhar enigmático — aceitou transar comigo outra vez, sem pestanejar.
— Em você eu confio.

“Alarme falso — não estou grávida. Só que daí eu não sei: — Me sinto deprimida? Ou dou uma festa? — alguém me explica.”


Diário da (o relógio biológico está deixando a bichinha meio louca)



Inverno


Foi durante o inverno que conheci os pais de Baekhyun. Ao passo que seu pai gostou de mim na hora, com a mãe dele a história foi outra. As mães brasileiras são super protetoras com suas crias — as coreanas então, nem se fala — tive que conquistar o afeto da minha sogra, já que o filho dela, esse eu conquistei há muito tempo!
No inverno eu fui apresentada a temperaturas negativas, ventos enregelantes e em como dormir de conchinha é bom. As roupas de inverno são um charme a mais. Qualquer pessoa pode ficar bem, usando as roupas certas.
Só que entrar embaixo de um edredom elétrico, acompanhada pela pessoa por quem você é completamente apaixonada — não tem preço.
Constatei que o Baek estava falando sério — de ficar excitado sempre que eu estava por perto — quando, numa manhã fria e preguiçosa, toquei seus testículos e eles estavam muito mais ativos do que eu pensei:

— Meu bem, nós acabamos de acordar — disse entre um bocejo e outro.
— Eu sei — bocejou também — Não consigo evitar, desculpe. Sempre que seu quadril esbarra em mim eu fico doido.

Beijei sua boca — não cansava de beijar ele — e vocês já devem imaginar o que fatalmente aconteceu. Meu homem precisava de mim. Transamos em baixo do edredom quentinho.
Foi durante o inverno também que o Baekhyun me contou que comprou aquela casa — aquela que vimos juntos. Ele gostava de me ver chorar, não é possível!? Por enquanto a casa estava em meu nome, resolvi interromper a notícia:

— Porque fez isso, Baek? — meus olhos já estavam cheios de lágrimas.
— Porque te amo, -ah. A casa é meu presente pra você.

Nesse ponto, eu já estava chorando de soluçar.

— Além do mais — ele me olhou sugestivamente — a casa tem quatro quartos, além do nosso. Depois de nos casarmos, pretendo colocar um pouco de vida naquele lugar.
— Então é melhor nos apressarmos — falei num fio de voz.

Ele me encarou sem entender.

— Eu estou grávida, Baek.


Bônus

“Depois de ficar enorme e me sentir igual a uma pata choca — tive bebê. É uma experiência traumatizante — embora distante — principalmente agora que Taeyo vai completar três anos. Não sei não — mas suspeito mesmo que o Baek queira encher essa casa de crianças. Ah, se Deus não tivesse feito fazer sexo uma coisa tão divertida — com certeza eu me recusaria. No entanto, parte da graça está em ficar sensível e entregue assim pra ele.”

Diário da (Depois de ser mamãe)



Só recentemente o casal ternurinha pôde aproveitar a casa — Taeyo começou a dormir a noite inteira — e foi acomodado em um dos quartos. Mas vocês acham mesmo que eles não se desdobravam pra namorar enquanto o primogênito ainda estava no quarto com eles?
Ledo engano — os dois tinham acabado de se casar — o fato de já estar grávida, é detalhe.
Numa noite dessas, o acariciava — e sabia que ele estava prestes a gozar — porque seu pênis estava viscoso, molhado, cada vez maior vibrando em suas mãos:

— Não venha ainda, meu bem. — pedia. — Põe a camisinha, estou muito afim de te ter pra mim.
— Não vou usar preservativo amor, quero gozar muito dentro de você — te quero gravidinha de novo.
— Mas amor, nós deixamos de trocar fraldas ontem! — não podia acreditar.
— Não quero que a diferença de idade entre nossos filhos seja muito grande... — ela me beijava e hipnotizava.
— Quantos filhos você pretende ter criatura? Baek, criança é caro!
— A gente vai ter quantos vierem — Arregalei os olhos — A gente pode bancar.

Ainda estava alarmada com aquele papo — logo não me atentei a situação em que estávamos — sem a menor cerimônia, Baek me fez tomar o lugar dele na cama. E antes que eu dissesse que aquilo era uma conversa de maluco — ele me penetrou.
Daí, eu até me esqueci do que a gente estava falando. Era como se meu corpo tivesse recebido um comando — no momento que o membro dele adentrava meu íntimo, eu o prendia e impedia de sair. Baek ficava insano — eu não ficava muito diferente.
Nós vibrávamos. Acompanhava suas estocadas absorvendo o impacto que elas produziam.

— Oh meu Deus, Baek! — dei um grito agudo.
— Shiii querida — ele abafou meus gemidos com beijos — não vamos acordar o Taeyo, não é mesmo?

Ele continuou me beijando, dando tudo de si — até que num último impulso de seus quadris — veio o orgasmo. Estávamos acabados — suados, os cabelos grudados na testa, os lençóis completamente bagunçados.
Algum tempo depois:

— Que negócio é esse, de ter quantos filhos vierem, seu doido?
— Ainda tem três quartos vazios... — ele sorria quadrado.
— Seu pervertido! — eu mesma ria.
— Nós sempre podemos construir mais um quarto ou dois...
— Você é doido mesmo. Vai ter que arrumar outra esposa!?
— Eu amo apenas você, noona. E vou te convencer — é divertido te convencer.
“— Descarado.”

e Baekhyun — são a prova de quando é pra ser, nada impede. Eles se casaram, tiveram filhos — ela ensinou sua língua e cultura pros filhos. E isso apenas os beneficiou. Eles falavam coreano e português — e por decisão de ambos, se estabeleceram na Coreia.
Iam ao Brasil regularmente. Baek nunca perdeu o sotaque — o que apenas atraia , cada dia um pouco mais. Eles seriam eternos namorados. Seu, Eduardo — e ela, sua Mônica.

“♫ E quem um dia irá dizer que
Existe razão nas coisas feitas pelo coração
E quem irá dizer que não existe razão ♫”


Fim.



Nota da autora:Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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