Fake As Hell

Finalizada em: Agosto de 2024

Capítulo Único


Faltando pouco menos de dez minutos para a coletiva de imprensa, caminhava nervoso de um lado para o outro, não contendo a ansiedade de acabar logo com todo o alvoroço que estava na sala de imprensa. Ele sabia o quanto era importante que tudo ocorresse bem. Não bem, mas que fosse algo perfeito para que a imprensa não tivesse nenhuma suspeita do que estava acontecendo nos bastidores. Lançando um olhar para o celular ele notou que havia uma mensagem de lhe dando forças para suportar todas as perguntas e questionamentos sobre a turnê. Ele sabia que era necessário essa distância entre eles nesse momento delicado, entendia o quanto era complicado manter esse relacionamento escondido de todo o mundo. Queria que ela estivesse lhe dando todo o amor e apoio que precisava, mas o fardo de esconder esse relacionamento entre as sombras era algo que ele precisava manter por mais um tempo. Não sabia exatamente quanto, mas em algum momento ele pretendia expor para todos o que estava sentindo. O amor intenso e o brilho em seus olhos toda vez que estava perto dela, o desejo de abraçá-la em público e dizer para que todos pudessem ouvir que o motivo do seu sorriso era simplesmente por tê-la em sua vida. Hoje ele sentia saudades e esperança que num futuro não tão distante ele pudesse fazer essa revelação que finalmente havia encontrado a mulher de seus sonhos e que seu nome era . Gritar que ela tinha o melhor sorriso do mundo, o perfume que lhe tirava o chão e o beijo mais quente e doce que um dia sentiu. conseguia fazer com que ele sentisse todas essas sensações e emoções ao mesmo tempo, não era apenas pensamentos de uma pessoa que estava apaixonada e sim de alguém que estava amando com todas as suas forças e seus limites. Ele a amava. De todo o coração, de todas as maneiras e queria que o mundo aceitasse esse amor.
J-Hope que sempre foi o mais alegre e confiante nesse momento estava do outro lado com a mãos no bolso olhando pela janela parecendo tão aleatório, , , e estavam sentados olhando para o celular e um pouco mais a frente Namjoon discutia os últimos detalhes da coletiva com o assessor.
— Chegou a hora, — ele disse, rolando os olhos para cada um deles. — façam o que combinamos, não mudem o roteiro e não tentem falar mais do que o necessário.
Ele levantou o braço, apontando para a porta. Como se estivessem indo para uma guerra todos soltaram um pequeno suspiro, sentindo a tensão no ar naquele momento que começaram a caminhar. A única preocupação no momento era saber se realmente estava preparado para enfrentar o público naquele momento. Ele surgiu um pouco mais atrás de cabeça baixa usando óculos escuros, calça jeans e uma blusa de frio branca. Dessa maneira era quase possível dizer que ele estava bem. O corpo estava, mas sua mente definitivamente estava em outro.
— Tudo bem, ? — perguntou, segurando levemente no ombro do amigo. Tae estava muito preocupado, ele sabia o quanto era difícil demonstrar que está tudo bem quando na realidade o mundo em sua cabeça está desabando. Ele compreendia o sentimento que sentia mais do que qualquer outra pessoa, ele também lutava contra o amor que sentia por todos esses anos. Privou-se de qualquer sentimento, contato ou atração com a garota por medo que algo acontecesse à ela. O medo o afastou todos esses anos de viver um grande romance com a mulher de seus sonhos, esse medo de machucá-la em algum momento. Medo de um dia as coisas fugirem do controle, e ela ser usada como uma ferramenta para jornais, revistas e sites de fofocas.
— Não, — ele respondeu, agora parando de frente para a porta fechada. — vamos responder o que combinamos e acabar com isso de uma vez. J-Hope, Namjoon, , e se entreolharam sem saber o que responder. A porta foi aberta e longe só foi possível escutar gritos, choros e vários flash sendo disparados na direção deles. A multidão de fãs se juntaram em um coro, gritando pelo nome de cada integrante enquanto caminhavam lentamente para o palco principal. abaixou a cabeça, escondendo-se atrás dos amigos para que não fosse notado pelo público eufórico que agora gritava histericamente o nome de Jung. Namjoon, líder do grupo, cumprimentou os jornalistas cordialmente e virou-se para as fãs, começando o discurso de desculpas pelo cancelamento de última hora de todos os shows que estavam marcados para os próximos três meses.
— Eu sinto muito por esse cancelamento repentino, entendo o quanto todos estão decepcionados com isso. — Ele disse, apoiando uma das mãos no ombro de J-Hope que estava sentando ao seu lado, balançando a cabeça concordando com cada palavra que estava sendo dita por Rap.
— ARMYS, VOCÊS SÃO NOSSAS VIDAS. — interrompeu, fazendo um coração com as mãos e nesse momento o fandom explodiu em gritos de desespero por aquele momento tão inesperado. acompanhou a empolgação do amigo também, fazendo o mesmo gesto e outro surto coletivo começou a ecoar por todos os lados do salão.
— Prometo que estamos marcando novas datas para que ninguém fique triste. Tudo o que desejamos é fazer com que vocês se sintam felizes com a nossa música. — Namjoon terminou o discurso com um coração.
O grupo foi aplaudido durante um certo tempo e foi preciso que pedissem silêncio para que se iniciasse todas as perguntas dos jornalistas que pareciam ansiosos e sem paciência.

Uma hora depois a coletiva já se encontrava no fim, perguntas sobre o cancelamento da turnê. Problemas de saúde, desentendimentos com outros grupos. Nada foi deixado de lado, carreira, vida pessoal, fãs, produtora. Todos tentavam procurar por um furo de reportagem para estampar a capa de suas revistas no dia seguinte, qualquer furo era o suficiente para um escândalo mundial. Todo o escândalo necessário para colocar em perigo a carreira de anos do grupo. Todos seguiam o roteiro sem falhar em nenhuma resposta como havia sido instruídos pelo assessor, todas as respostas foram dadas de maneira que não fosse interpretadas erradas ou que levassem a acreditar que havia algo a mais para ser explicado. O grupo estava em perfeita sintonia, J-Hope ao longo dos minutos se soltou um pouco mais para tirar a atenção que iniciava toda vez que uma pergunta era direcionada para . Ele sabia que tinha que ajudar o amigo de qualquer maneira.
— Noto que o está diferente hoje, — um repórter interrompeu o colega de profissão ao lado enquanto o outro perguntava para qual era a próxima parceria do grupo. Nesse instante todos ficaram em silêncio, virando-se imediatamente para o repórter que mantinha a mão levantada. — Aconteceu alguma coisa com você? Está se sentindo bem? Não deixei de notar que você está com um aspecto triste.
, que estava sentado ao lado de , ficou tenso ao perceber que a respiração do amigo ficou mais pesada naquele instante.
— Impressão, apenas. — cortou, respondendo na sequência quando notou que apenas sorriu e levantou os ombros, não sabendo o que responder.
— Toda a turnê foi cansativa pra todos nós. — Foi a vez de completar, mas notou que o repórter ainda estava incomodado com pois não tirou por um segundo os olhos do companheiro de grupo.
, você pode responder algumas perguntas? — Iniciando o desespero dos outros integrantes, todos os outros repórteres se viraram para encarar o amigo no momento que ele moveu-se lentamente, ajeitando o microfone a altura da sua boca.
— Claro. — Ele concordou, balançando a cabeça.
— O que nós vamos fazer? — perguntou entre resmungos para J-Hope e . Namjoon e se entreolharam sem saber o que fazer naquela altura. Não tinha muito o que ser feito, estava mantendo o olhar para o repórter, esperando que iniciasse o rodeio de perguntas que gostaria tanto de fazer.
… — , ao seu lado, começou a ficar preocupado.
— É verdade que você está namorando? —
A pergunta foi direta, sem rodeios e sem qualquer enrolação.
O medo percorreu entre todos os outros integrantes e fez com que Namjoon olhasse diretamente para eles, reprovando qualquer súbita reação desesperada.
— Não! — respondeu direto, frio.
— Alguns tabloides americanos apontaram que você tava com um “affair” em Nova York, inclusive relataram que vocês jantaram no Carmine's Italian Restaurant.
precisou respirar fundo para controlar um pouco sua voz, sabendo que agora era o momento dele mostrar ao grupo que ele era capaz de controlar a situação da melhor maneira possível. Ele sorriu antes de bagunçar o cabelo e olhou diretamente para todas as câmeras que filmavam aquela coletiva. O silêncio percorreu por todo o salão e algumas fãs começaram a gritar nervosas que não aceitavam que aquilo fosse verdade. Gritaram o nome de várias vezes, tornando-se impossível que ele não notasse a desaprovação do público diante daquela pergunta.
, você está em um relacionamento escondido? — Novamente outra pergunta. Todos os olhares agora curiosos esperavam que ele pudesse começar a responder de uma vez por todas. Ele parecia estar em um conflito, mas por incrível que pareça ele não demonstrou o desespero tendo algum espasmo ou reação inesperada.
— O seu silêncio é uma confirmação? — Provocou, achando engraçado a maneira que ele estava em silêncio sem se mover um milímetro do lugar.
— Não… — começou a falar, mas foi interrompido por um grito de uma fã que estava totalmente descontrolada. Ele olhou para a garota que estava chorando muito e entre gritos ela suplicava que fosse mentira tudo aquilo. Mesmo sentindo o desespero dela por entre os gritos, manteve o seu olhar preso ao rosto da garota que agora estava ficando vermelha a cada minuto, ele ficou sem reação, esperando encontrar a melhor resposta enquanto ela se atirava ao chão. Não queria que ela ficasse decepcionada, não queria ver os amigos preocupados e tensos daquela maneira. Queria que fosse possível esconder todo aquele sentimento que existia por . Sentimento que estava sufocando a cada minuto ao pensar no formato do seu rosto e o gosto dos seus lábios. Ele sentia saudades do calor do seu corpo, do perfume e do sorriso que acalmava seu coração sempre quando estava passando por algum problema. Perdido em meio a todo aquele sentimento, buscou um ponto fixo para olhar preparando-se para responder a todos que agora começaram a ficar impacientes com a demora.
— O único relacionamento que eu tenho são com as Armys. — Ele respondeu, passando a língua pelos lábios. Sorrindo. Esse comentário foi o ápice necessário para que todo o fandom voltasse a gritar palavras de amor e a jogar corações para ele que observava a reação do grupo que se encontrava agora mais calmo. A garota que estava chorando abriu um enorme sorriso, balançando pra ele uma enorme faixa escrito “eu te amo” e aquilo o atingiu de uma maneira que foi preciso de muito esforço para saber que estava no caminho certo. tinha consciência que era necessário acalmar as fãs para que ele pudesse conseguir responder de maneira calma e tranquila. A reação que elas tiveram era exatamente o que em sua cabeça estava imaginando, todo o grito, súplica, dor, xingamentos. Elas não estavam dispostas a aceitar que ele ou qualquer pessoa do grupo tivesse uma vida amorosa. Era nítido o amor descontrolado e enlouquecedor que sentiam por eles, e ele não podia fazer que com esse amor se quebrasse dessa maneira. Namjoon respirou aliviado, sabendo que ele estava no controle da situação e que iria se sair bem para driblar todas as perguntas. Por outro lado Tae não tirou a atenção de , notando o quanto ele estava nervoso sendo obrigado a mentir daquela maneira. Não somente ele, mas como todos os outros integrantes sabiam que era verdade sobre esse jantar, e também verdade que estava em um relacionamento. — Não tenho o direito de amar ou ter mais alguém na minha vida a não ser a minha carreira. — soltou um enorme suspiro triste. — Não é verdade que eu estava com uma “affair” em Nova York, nem ao menos consigo amar alguém nesse momento. Meu coração é todo voltado para a música. Relacionamentos são complicados e eu dúvido que um dia vou encontrar alguém para amar dessa maneira.
O grupo de repórteres que antes estavam calmos começaram a ficar agitados ouvindo atentamente todas as respostas, não soube se estava fazendo o certo, mas sentiu a necessidade também de protegê-la daquele mundo. Ele não se sentia no direito de tornar a vida de exposta da maneira que era a sua, não tinha o direito de amar dessa maneira. Namjoon sentiu-se surpreso com aquela atitude e lentamente abaixou a cabeça demonstrando alívio e preocupação na repercussão que aquilo tornaria daqui algumas horas.
— Você então está falando que nunca vai namorar ou amar ninguém? — Outra pergunta foi feita agora por repórteres da Dispatch News.
— Não quero que ninguém se envolva comigo dessa maneira. Não tenho tempo para estar com alguém, não tenho tempo nem ao menos pra sentir qualquer coisa. É complicado você ter sentimentos sabendo que a sua vida é tão exposta dessa maneira. — respondeu não dando espaço para qualquer outra pergunta. O coração parecia acelerar a cada minuto quando ele lembrava dos olhos de na pista do aeroporto. A lembrança queimou em sua garganta e ele sentiu vontade de gritar para o mundo que a deixassem em paz, que não a machucasse novamente.
— Amar? O dia que eu pensar em amar alguém eu quero ter a certeza que além desse sentimento eu vou ter condições de me dedicar a esse amor, que eu vou conseguir proteger esse sentimento de tudo e de todos.
lutou por frações de segundos contra algumas lágrimas que começaram a percorrer por debaixo dos óculos, seu emocional estava ficando fraco com o passar dos minutos e ele sabia que era o momento de encerrar antes que pudesse cometer qualquer erro. Não era o momento para chorar ou fraquejar, agora era o momento exato para proteger o seu amor. E ele faria qualquer coisa que estivesse ao seu alcance para que ela ficasse segura.
— O dia que deixarmos nossas carreiras vai ser o momento exato de amar outra pessoa. — quebrou o silêncio, respondendo na esperança de colocar um ponto final na coletiva. Nada mais era preciso ser dito, sabia que em algum lugar da cidade estaria nesse momento sofrendo com todas aquelas mentiras que ele havia acabado de falar. Mas, era essa mentira que usaria para que ela ficasse bem e segura.
A notícia parecia nunca estar se apagando e de todos os lados notas diferentes e histórias totalmente inventadas de tablóides sobre o cancelamento da turnê do grupo. jogou uma revista em cima da mesa sentindo-se frustrado e com saudades de estar e vivendo novamente toda aquela tensão de estar em shows, aeroportos e programas de TV. Aquele enorme frio que sentia na barriga ao pisar no palco antes de começar o show. E até mesmo aquela confusão que os companheiros causavam no palco. Seus pensamentos mudaram de repente quando escutou um barulho vindo do andar de cima. parecia estar arrastando alguma coisa ou então quebrando parte do quarto. Ele arregalou os olhos assustado e correu para saber o que estava acontecendo com aquele barulho todo.
Sabia que não tinha sido uma das melhores ideias convidar a namorada para passar o fim de semana com ele.
— Meu amor? — Ele chamou, batendo de leve na porta fechada. — Está tudo bem?
— TUDO SIM! — Ela gritou de dentro, seguido de um enorme estouro.
— O que você está fazendo? — tentou girar a maçaneta da porta e logo percebeu que estava trancada. — , o que você está aprontando?
me dê alguns minutos, por favor. — pediu baixinho, aproximando o rosto da porta. — Eu quero que você faça um favor, me traga duas taças que estão no segundo armário da direita na cozinha.
— TAÇAS? — Ele engasgou com aquele pedido. — Você vai beber?
, não faça perguntas. — Ela colocou parte da cabeça para fora e o encarou. — Estou fazendo alguns testes no quarto e preciso muito de duas taças.
— Sabia que às vezes eu tenho medo de você? — Ele franziu a sobrancelha e se virou, indo em direção da cozinha. Minutos depois ele estava subindo escada com as duas taças que ela havia pedido.
— Obrigada, meu amor. — Ela deu uma piscadinha para ele, pegando-as. — Agora quero que você desça e continue fazendo qualquer coisa que goste.
— Não enquanto eu não descobrir o que você está fazendo. — Ele negou, balançando a cabeça. — Primeiro é todo esse barulho, depois duas taças. E estou sentindo cheiro de algo queimando.
, eu não vou colocar fogo na casa. — riu ao ver sua preocupação. — Preciso ficar alguns minutos sozinha e depois te mostro o que estou preparando para você.
— Você vai me matar com duas taças e depois vai me cremar? — Ele arregalou os olhos. — O que eu fiz de mal para você? Precisamos discutir a relação. — simplesmente ignorou qualquer comentário dele e voltou novamente a trancar a porta. resmungou por mais longos minutos e logo se cansou de ficar esperando, indo se deitar no sofá para esperar o tempo passar.
Ao longe ele ainda escutava alguns barulhos pelo andar de cima e, em um determinado momento, pôde jurar que falava com alguém. Aquilo estava ficando extremamente estranho e assustador. De repente as luzes se apagaram por completo, ficando totalmente escuro na sala e nos demais cômodos. Ele ficou estático, começando a procurar pelo bolso o celular para iluminar parte do caminho.
, acabou a energia. Fique onde você está que vou te pegar. — Ele começou a andar cuidadosamente para as escadas e foi subindo com muito cuidado para não tropeçar. — Mas que bela hora para isso acontecer. — Enquanto ele subia reclamando, percebeu que tudo estava calmo. Os barulhos haviam sumido e através de algumas frestas da porta uma luz estava saindo.
— Tem alguma coisa estranha acontecendo. — Ele cochichou, olhando aquela luz. — Muito estranha mesmo.
! — o chamou do lado de dentro. — Feche os olhos.
— Por quê? — Ele estranhou ainda mais. — Você vai sair e acertar um bastão na minha cabeça? Essa não cola mais.
— Cala a boca e fecha os olhos. — não estava mais pedindo, pelo tom de sua voz, estava mandando. — AGORA!
— Ai, meu deus! — não protestou mais, fechando os olhos imediatamente e escutou o click da porta se abrindo.
— Segure minhas mãos. — Ela pediu, encostando levemente suas mãos na dele. — Fique de olho fechados.
— O que você vai fazer comigo? — estava trêmulo demais, caminhando para dentro do quarto. Ao entrar conseguiu escutar uma música familiar e o aroma do lugar era delicioso. — Não acredito que você... — ele disse abrindo os olhos e o choque foi enorme ao se deparar com o seu quarto totalmente modificado.
O choque do momento o fez reparar em todos os detalhes do quarto. Suas pernas estavam trêmulas demais para conseguir mover sequer um músculo do lugar. Fechou os olhos lentamente, pensando em estar adormecido e quando voltou a abrir viu algumas velas espalhadas pelo local, a cama estava do outro lado do quarto e bem ao centro no chão estava coberto por pétalas de rosas e enormes lençóis de seda cobrindo uma fina camada de espuma. Ao lado, havia rosas vermelhas e duas taças.
Seu coração começou a acelerar a cada instante que ele estava parado, analisando tudo atentamente. A melodia da música era doce e suave, combinando com o momento. Uma garrafa de vinho estava em cima da cômoda, esperando para ser aberta.
Ainda boquiaberto com aquilo tudo, se virou lentamente para e se deparou com a namorada usando uma camisola de seda preta, totalmente provocante. Teve que respirar fundo algumas vezes, se controlando para não perder a cabeça definitivamente. não falou nada, apenas se aproximou dele lentamente, encostando seu rosto ao dele. A música tomou conta do lugar e ambos se abraçaram, movendo-se no ritmo. Ainda de rostos colados, tocava gentilmente as costas de suas mãos carinhosamente no rosto dele. girou o corpo um pouco, parando de frente para ela, olhando dentro dos seus olhos.
Seu cabelo estava um pouco de lado, do jeito que ela mais amava. Todo aquele clima estava bom demais para ele. Pela primeira vez sentiu a necessidade e o desejo de passar o resto de sua vida ao lado daquela garota bem a sua frente.
O calor do corpo dela contra o seu o fazia perder todos os sentidos. Estando ao seu lado, ele não poderia desejar qualquer outra coisa na vida a não ser apenas mais alguns instantes ao seu lado. também parou, olhando dentro dos seus olhos. O choque e todas as emoções começaram a aflorar por todas as partes do seu corpo e ela precisou respirar algumas vezes para conter a enorme emoção que estava sentindo. Ficaram longos minutos trocando olhares de carinho e paixão. sentiu um frio na barriga subindo, não sabia ao certo o porquê de estar nervoso daquele jeito. Logo as mãos suaves de estavam tocando seu rosto e ela ainda não havia dito uma palavra sequer. Totalmente em silêncio, ela passou os dedos pelos lábios dele, acariciando-os delicadamente. Delineou com as pontas dos dedos todo o contorno do seu rosto.
O contato da sua pele o estava deixando atordoado a cada minuto, seu corpo não respondia mais aos seus atos, seus pensamentos não eram outros, a não ser todos voltados para . O perfume que saía de sua pele era como um convite para ele. Naquela noite, ele pôde perceber e sentir coisas que jamais ousou pensar que sentiria por outra pessoa.
— Eu te amo. — Ele disse, passando os lábios pelo dela. — Amo mais do que tudo.
— Eu também te amo mais do que tudo. — Ela falou, selando novamente aquele beijo.
— Amor, desculpa por eu ser um frouxo e não assumir nosso relacionamento, não é justo e certo.
, eu entendo. Sei o quanto essa vida pública é complicada, e no momento tudo o que eu preciso é ter você comigo. — Ela, o puxou para mais perto. — Eu estou com você e te amo, demais. E sinto o quanto você me ama também, no momento certo vamos assumir esse amor. Por enquanto, quero apenas sua boca, seu corpo e muito amor. — o olhar marcante e sugestivo fez com que o namorado soltasse uma risada.
— Não foi você que disse que falsidade e pessoas falsas vão para o inferno? — Ele questionou prendendo o olhar diretamente para os lábios da garota.
— Como o ditado diz "Tá no inferno, abraça o capeta. — Uma gargalhada alta soltou da garota fazendo que ambos começassem a rir juntos. — Agora vem com amor e beijos...
— Amor. Beijos. E...— As mãos de começaram a percorrer debaixo da camisola, deixando um pouco mais ofegante. — Muito. Muito molhada. E quente. — Os beijos dele começaram a ficar mais intensos e violentos conforme o deslizar de suas mãos por toda sua pele. , com um pouco dificuldade, conseguiu se livrar das calças que ele estava usando, pressionando mais e mais o seu corpo contra o dele. Suas mãos começaram a percorrer ferozmente por suas costas, fazendo se arrepiar e soltar pequenos gemidos pelo canto da boca.
Ele, gentilmente, a segurou no colo e caminhou para a cama que estava no chão. Para que ela não se machucasse, posicionou seu corpo em cima do dela com todo o cuidado.
— Meu deus! Assim você me mata! — suspendeu um pouco o rosto, procurando por seus lábios enquanto uma das mãos deslizava pelo seu peito, acariciando-o. Queria sentir cada parte do seu corpo!
— Não tem mais volta, bebê! — Ele disse, levantando lentamente a camisola dela. Ele deslizou a língua pela barriga da garota, brincando um pouco com movimentos circulares em volta do seu umbigo. Em seguida, direcionou gentilmente suas carícias para suas pernas e fechou os olhos, segurando firme os braços dele enquanto ele trilhava suas coxas com beijos e pequenas mordidas.
Por fim, puxou sua calcinha para o lado quando voltou a subir, colocando a língua na pele sensível de seu seio ao se enterrar dentro dela, fazendo-a levantar seus ombros da cama com as mãos em punho em seus cabelos enquanto ele a lambia, usando sua boca e língua. Suas mãos agarraram seus quadris, mantendo-a imóvel enquanto ele repetia o movimento mais e mais até ela fechar os olhos, gritando seu nome.
A tensão que ele sentia foi transferida para ela, e ela podia sentir cada centímetro do desejo que ele sentia também. A maciez de sua pele aumentando ainda mais a sensação enquanto moviam-se um sobre o outro. ofegou, enrolando as pernas em torno de seus quadris e ele pôde sentir sua respiração ficar mais rápida a cada instante. Ele queria que durasse para sempre, mas quando a sentiu tremer em torno dele novamente, ele perdeu seu próprio controle e a seguiu. gemeu baixinho quando apoiou a cabeça ao lado de seu ombro, pensando que seu coração fosse sair pela boca enquanto seu corpo tentava se recuperar.
— Eu te amo. — Ele disse, ficando ali ouvindo seus corações batendo juntos. A cada batida era como se fosse algo além do que pudesse explicar. Além do que pudesse imaginar. Além do que pudesse sentir.
— Eu também te amo. — Ela tocou suavemente seu cabelo, e os olhos de fecharam-se curtindo o prazer que lhe dava.


Fim



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro no layout dessa fanfic, notifique-me somente por e-mail.