Capítulo Único
Anoitecia em Tóquio, lojas e comércios fechavam. Já estava tudo no fim e para a felicidade do universitário apaixonado por design gráfico, não trabalharia ou gastaria seu tempo com clientes insatisfeitos, ele agora pôde deixar suas obrigações — tanto as de faculdade quanto do emprego — para zerar toda a franquia Yakuza até o amanhecer.
Aquele era mais um dia comum e calmo para o garoto que pedalava até o caminho de casa. Observava as flores das cerejeiras antes de o Sol desaparecer e poderia se dizer que as ver caindo sobre o pavimento lhe trazia certa paz.
era considerado o típico homem imaturo extrovertido que ama fugir das responsabilidades e é visto pelos pais como um desleixado. Claro que não se resumia apenas a isso, porém uma de suas características mais notáveis era o fato de não ver necessidade de socializar ou estar aberto para outro relacionamento, embora já estivesse naquela idade, afinal, tinha 22 anos. Tornava-se comum ser considerado anormal, ele saiu de casa cedo para criar sua independência, entretanto, cada vez mais complicava-se o seu dia a dia.
Viver e agir como um homem era uma droga, ainda mais quando se segue regras rígidas e severas da cultura japonesa, das inúteis e desgastantes, onde o rapaz sai cedo de casa para honrar sua família.
Deveria ter sido só mais uma pedalada rápida e convencional, já que ainda tinha trabalhos e atividades da faculdade por fazer. No entanto, o som de algo borbulhante vindo direto do estômago lhe chamou atenção. Ele estava com fome, o asiático mais pedia por manjus e balinhas de lichia.
Faminto, pedalou em direção à Candy A Go Go e já de longe avistou uma garota pouco conhecida e também aluna da faculdade saindo do estabelecimento, carregando sacolas em cada braço. parou sua bike, estacionando-a em um bicicletário qualquer, percebendo a nipo-americana acenar educadamente.
Eles não se conheciam realmente, mas a garota sabia que sempre estudou com desde o primário. Lucy se vestia toda bagunçada, agia igual a um personagem de filme antigo, sem contar as roupas que usava: um conjunto de vestido largo florido e blusa marrom feita em crochê.
— Olá, Lucy! — cumprimentou-a. — O que faz por aqui?
— Er... Voltando para casa. — Era complicado ambos manterem uma conversa fluída, pois aquela mulher era perdidamente apaixonada por aquele rapaz desde o ensino médio, portanto, não tinha a menor chance com ele. — Tive um dia longo e estressante após o trabalho.
— Então somos dois. — Ajeitou os óculos de grau arredondados caído por seu rosto assim como a franja castanha que insistia em cair sob as têmporas. — Brincar de “gente grande” não é nada divertido como na infância!
— Pois é! — Riu, cobrindo a boca pela vergonha, ela odiava seu sorriso metálico. — Às vezes tenho vontade de voltar naquela época para poder aproveitar minha inocência mais uma vez.
Ambos riram descontraídos e, devido à falta de assunto, ambos se despediram. adentrou na loja e a mulher andou para o caminho até sua residência, as dores nas costas matavam-na diariamente.
Quem era Lucy na verdade? Por que estava tão sem jeito perto daquele rapaz tão sério? Bom... Nem ela mesmo pôde ser sincera com o rapaz que amava. Lucy só sabia ser divertida e sarcástica com ele utilizando a vida dupla com a faceta heroica secreta “”. Até capaz de desfrutar suas noites entediantes no quarto.
Se comunicavam apenas em encontros casuais, ela não aceitava facilmente um relacionamento sério, o que chateia muito a mulher, pois sua responsabilidade como super-heroína destruía tudo que tinha direito.
Lucy e eram distintos demais e ambos não tinham quase nada em comum. Ela conhecia inúmeros fatos e curiosidades sendo alguém quem não gostava de ser, ele é sua kriptonita; ela é como uma amazona de Atena: se tiver o rosto revelado para um homem deve ser obrigada a amá-lo ou matá-lo.
A história de como encarnou seus poderes foi até engraçada por assim dizer. Num pacato dia chuvoso, a adolescente de dezesseis anos corria desesperada para declarar seu amor não correspondido por aquele rapaz que superou no passado, todavia, esbarrou em uma mulher de terceira idade, de aparência enrugada, olhos bicolores, cujas vestimentas pretas estavam encharcadas. Lucy só tinha duas opções: se declarar para ou ajudá-la a levantar. Parecia uma ilusão de ótica se fosse vista de longe: quando saiu do chão, aquela desconhecida não havia dito nada. A mulher entregou a ela um cordão prateado junto a um pingente de pedrinha azul celeste e de dentro daquela pedra surgiu uma força deveras inimaginável. Quando virou para os lados, a garota notou aquela senhora sumir em um instante.
Mas vozes vieram do muro e pôde encarar uma criatura mágica sobrevoando sobre si. No começo, achou ter alucinado demais, portanto, foi uma surpresa descobrir que o brilho azulado falava, Lightdragon era seu nome, um guardião e guia, e embora não sendo humano, Light e Lucy se entendiam completamente.
Light era de gênero masculino, parecia um Pokémon, pois geralmente se transformava em bizarros mascotes fictícios como disfarces.
Após a nipo-americana atravessar na calçada, lembranças e momentos memoráveis invadiram seus devaneios frequentes, porém Light — sensato como costumava ser — pulou em seu ombro em forma de elfo.
— Você ainda não desencanou desse garoto? — Indagou, sobrepondo o dorso no rosto. — Ele está longe de gostar da “Lucy”.
— Lucy Kaori Wilde nunca mereceu atenção. Mas você sabe que ele e a metade do mundo ama a “”. — Disse seu nome na terceira pessoa em meio ao sarcasmo deliberado.
Geralmente não entendia o porquê de ela ser tão amada e aplaudida por todo o povoado de Tóquio após enfrentar arruaceiros na porrada, ao invés de ser tratada como uma pessoal normal. Ela desejava ser reconhecida também fora do disfarce, todavia, agindo diferente ou tendo uma vida pessoal exaustiva.
Foi uma responsabilidade e tanta aceitar proteger sua nação, porém era obrigada a ser sigilosa com a sua identidade, pois se ela falasse, a pessoa sofreria problemas iguais aos da heroína.
Ser a e ser a Lucy. Todo dia surgiam pressões e dúvidas de ambas personas através do codinome menos discreto que demonstra a selvageria e sedução através das péssimas piadas e trocadilhos com o azul das madeixas onduladas.
Viver como a heroína de Tóquio era algo inexplicável, e dito por “inexplicável” era algo que ela não sabia como descrever. Lucy era sempre atirada e ácida dentro daquele uniforme, isso até mostrava um pouco de seu verdadeiro eu. Se iludia e sempre ansiava por um caso amoroso, mas era apenas um tópico, já que para e outros rapazes só existia a deusa maldita dos cabelos oceânicos.
Ninguém no mundo gostaria de mostrar sentimentos para uma asiática tão falante e amante de jogos retrô, aquele pedaço de inocência, sonhadora, querendo ser salva e amada por outro mascarado, a perfeita reencarnação de uma iludida atrás de um príncipe sentado em um cavalo branco, onde ambos são destinados a ficarem juntos em outra vida.
Ela imaginava diversas vezes como seria a reação de se ela falasse que era sua amiga colorida, entretanto isso aconteceria de um jeito bem estranho — encarar os cabelos escuros e a bochecha vermelha junto ao seu sorriso forçado — então parou de cogitar.
— Ai, ai. — O mascote revirou os olhos. — Você é mesmo um caso perdido. Parece que gosta de ser considerada uma foda.
Bom... Certamente ele não estava errado em comentar algo pesado em relação ao estudante bagunçar os sentimentos dele usando sua dona, não era certo apesar de ela usar a vida dupla como seu único alcance nas horas vagas.
— Isso se chama “realidade”, elfozinho. — Deu-se de debochada, tocando na cabeça da criatura com o dedo indicador. — O que você queria que eu fizesse?! Contasse para ele tipo assim: Ah, então, sabe... Tenho uma coisa para te contar Mako-chan! Eu, na verdade, sou a Lucy, aquela esquisita que tem uma queda por você desde o primário.
Riu consigo mesma, chegando finalmente em seu pequeno apartamento em Shibuya, deslizando a chave na porta.
— Lucy, por favor. — Light voltou a falar, flutuando pelo ar, transformando-se novamente na sua forma habitual. — Está só se desvalorizando e sabotando a si mesma. Ele precisa encarar a verdade! O “não” já está anotado na sua lista, falta apenas arriscar.
— Tem razão. — Ergueu a cabeça, olhando para o teto e depois para o chão. — Bom... Talvez eu faça isso! Será que ele vai me aceitar mesmo assim?
— Se eu fosse você, eu tentava. — Falou Light, sensato. — Siga o seu coração, embora não seja racional quanto a cabeça.
— É, vou mostrar para ele do que sou capaz. — Orgulhosa de si, tirou sua camiseta e calça, correndo para o banheiro para tomar uma ducha rápida, não se importando com as peças jogadas pelo chão da sala. — Vou tomar um banho e pensar mais nisso. Valeu, Light!
— De nada, eu acho. — Impressionado com tamanha empolgação, foi atrás de um kami kami para satisfazer o seu estômago.
Enquanto Kaori se banhava, a água morna percorria seu corpo. Era uma reflexão terapêutica através dos conflitos e dilemas que aquele rapaz tão desejável atraía. Foi agradável e tranquilo ficar com a mente aberta em meio aos desejos aflorando, afinal, não era mais uma criança, Lucy era uma adulta nada conservadora.
Imaginar aquele corpo esbelto e atlético dava nós na espinha. não tinha o hábito de frequentar a academia todos os dias, porém era inevitável não olhar o tronco tão definido e sexy que ele tinha. Uma vez, Lucy foi desafiada a invadir o banheiro masculino depois da educação física para roubar uma sunga de outro aluno, mas o que ganhou foi seu senpai saindo reluzente e molhado do chuveiro, lhe dando a visão daquele corpo sarado. Se permitiu analisar as costas e as nádegas tão alinhadas, os fios acastanhados espalhando as gotículas pelo chão. Faltou implorar dentro do armário que ele colocasse seus óculos no rosto.
Sua feição vermelha foi explícita, mas não pôde negar o sorrisinho ladino e sacana saído de seus lábios sem querer; estava sem chão e completamente excitada no início. A adolescência foi um pecado, mas graças às bênçãos de Buda, suas preces foram ouvidas.
Ela vivia como se estivesse dentro de um episódio de anime naquele clássico clichê onde o desejo sexual era caracterizado por sangramentos nasais ou desmaios com estrelas nas íris dos olhos para identificar algo chocante pegando-a desprevenida.
O tempo adiantou tão rápido que nem ela mesma notou a oportunidade, achava uma merda conseguir fazer sexo controlando outra pessoa na cama, mas soube dividir os problemas e desabafar tudo simples e abertamente — só quando não abre as pernas —, tinha um bom senso de humor. Procurava sequer algum defeito entre eles e ia tudo além do tato ou qualquer coisa relacionada a contato íntimo.
A nipo-americana raramente tinha o hábito de se masturbar pensando no rapaz; era só um privilégio chato conter orgasmos sozinha, aliviar tensões era um inferno! Explorar as principais zonas erógenas femininas gerava cansaço nela apenas ali mexendo seu mouse e virava de cara para a parede fria depois de um encontro casual lá embaixo com a mãozinha amiga, Lucy outrora virgem, contudo carente e insatisfeita.
A cama ficou espaçosa demais sem seu japonesinho acariciando seus cabelinhos azulados enquanto quase dormia sob a coxa dele cantarolando o refrão repentino de Mayonaka no Door.
Sorria e suspirava apaixonadamente ao se perder com tantas memórias doces dele. Terminando seu banho, a asiática vestiu suas roupas, secando os cabelos com a toalha. Aparentemente não estava exausta igual a todos os dias perseguindo vilões num jogo de gato e rato, ela estava pronta e tomou coragem após refletir várias vezes na confissão que faria para o rapaz.
“Light, mostre sua luz”, com o comando automático para se transformar, a heroína entrava em atenção junto à pose blasé exagerada para entrar em ação.
Não era burra quando se tratava de usar os poderes para resolver problemas pessoais. Isso lhe assombrava de vez em quando, entretanto, era a sua única chance de revelar a verdade antes que fosse tarde demais. Pulou da janela do quarto assim, seguindo em frente até a casa de .
[...]
nunca imaginou estar falando com aquela mulher tão estranha e calada inesperadamente. Alguma coisa nela lhe dava incômodos ou certa coincidência, pois aquela voz arrastada e doce quase era comparável com a de quem tinha curto-caso secretamente: . A super-heroína mais superestimada de todas as partes centrais da capital.
Ainda preso e admirado na conveniência de doces, começou a colocar tudo o que tinha vontade em seu carrinho, como vários doces, sorvetes e, por último, seu precioso refrigerante yummy para afogar os demônios de seu estresse matinal quando fosse preciso.
Logo guiava seu carrinho de compras em direção ao caixa, mas sem querer acabou esbarrando em uma pessoa para lá de familiar: Hitomi, que estava fazendo seu próprio estoque de chocolates com pedaços de frutas — eram os favoritos dela. Ela iria voltar ao trabalho em poucos minutos, pois seu turno da noite era bastante curto.
O relacionamento com sua ex-colega do fundamental estava mais para uma amizade de longa-data. Sempre que a encontrava, fazia caretas ou expressões faciais engraçadas para ela, gostava de ouvir sua risada.
— Yo, -kun! Que prazer revê-lo. — apertou a mão dela educadamente.
— Coincidência você estar por aqui. — Riu baixinho. — Como vai a vida, gatinha?
— Na medida possível... E você? Anda estudando muito? Namorando alguém especial? — Quando ouviu a garota mencionar aquilo, sua expressão se fechou aos poucos.
“Namorar outra pessoa está sendo uma decisão mais difícil do que eu imaginava.”
— Depois da , andei solteiro e trabalhando nos tempos vagos. Como de praxe. — Afirmou ele, sério. — Sabe como é, né?
Katsuo foi o único e primeiro término recente dele, e o chateava só de relembrar. A garota era de um lar deveras rígido e prepotente, vivia forçada a seguir rótulos que não queria e também foi mais um motivo de término, pois seus pais não queriam um relacionamento amoroso na vida universitária.
Ela prometeu para que sairia de Seul e voltaria por ele, entretanto, caiu em uma armadilha, descobriu que a sua ex se apaixonou por um outro rapaz, um cantor coreano de boyband R&B. no começo, riu, pensando que ela estava contando uma piada, mas realmente estavam juntos — típico fanzine ruim saído de um evento nerd.
As fotos do casal famoso surgiram em vários jornais e páginas de fandoms na internet. e Lee-Hyun, o ultimate de todo mundo, não estava mais solteiro. Ele só roubou a mulher que era de outro cara. Digno filho da puta milionário!
amou a garota com todo o seu coração. De vez em quando, sorria sozinho ao lembrar dela cozinhando Temaki de salmão só vestindo uma blusa dele ou dançando e fumando pela sala tocando versões japonesas de seus grupos K-pop.
“Azar no amor, sorte no anime”, sussurrou a frase icônica dos bons tempos. Era bem ridículo, porém qualquer coisa naquela época tão inocente também era: ele juntava vários meninos rejeitados pelas garotas porque só falavam sobre Naruto, Death note, Fairy Tail, One Piece, Bleach entre outros animes shounen que achava uma tremenda porcaria, ele só não mostrava sua opinião porque tinha medo de apanhar.
Num instante, viu a mulher rir diante de sua reação, percebendo apenas pelo tom da amiga como ela estava em relação à vida amorosa.
— Entendo como se sente... Estou casada mas também vivo dando sumiço no meu marido — Revelou, um pouco insatisfeita. — É verdade que a está namorando o Lee-Hyun do Sunrise Flower?
O japonês quase se alarmou pelo susto, seus olhos ficaram perceptivelmente maiores. Não esperava a notícia se espalhar.
— Deve estar feliz com ele. — Divagou, dando um passo à frente até a fila. — Não me importo.
— Hm... Tem outra pessoa? Ou está só me enrolando? — Sorriu ladino, reparando no semblante confuso do garoto. — Pode me contar se quiser.
— Você não entenderia. — revirou os olhos diretamente para a televisão ligada no noticiário que anunciava diariamente os maiores feitos dos super-heróis de Tóquio. A mascarada que tanto desejava mandava beijos para os telespectadores, saindo inesperadamente. — Não entenderia mesmo...
As lentes de seus óculos fitavam as curvas da azulada no traje colado. Soltou um riso sem querer, pois era impossível esquecê-la.
— Independente de quem for, espero não te abandonar por um idol. — Cutucou a ferida, dando leves tapas nos seus ombros. — Nos vemos por aí, preciso voltar à ativa.
— Bom serviço! — Acenou para a colega, olhando-a de relance.
Voltando sua atenção para ao caixa, ele pagou pelas compras e carregou as determinadas sacolas até sua bicicleta, sua próxima parada era chegar em casa.
Ou melhor... Jogar e se divertir sozinho pelo menos uma vez sem depender de ninguém.
mais se sentia nervoso lidando com tantas pessoas diferentes ao seu redor, elas não riam ou entendiam suas piadas. Só conseguia pensar e recordar da voz de dizendo que o amava e no mesmo segundo dizendo que nunca o abandonaria, uma tremenda montanha-russa de emoções invadia seu subconsciente.
Sonhava alto com a possibilidade de um dia poder amar aquela azulada fora da máscara, era irreal toda aquela fantasia. Algo o incomodava bastante, conseguia deixá-lo ansioso cada vez mais pela verdade.
Pedalava e ouvia músicas no seu iPod, tendo o apoio de suas mãos nas sacolas para que não caíssem dos guidões. Sua distração foram as cerejeiras caindo pelos seus ombros naquele outono tão pacato, a noite brilhava por Shibuya, sentia que viveria algo mágico e inesperado, só não sabia de fato a resposta, restou ver para crer.
Quando chegou em casa, tirou seu paletó e afrouxou a gravata, ficando apenas com sua camisa de botões de ombros à mostra. Jogou os trajes sociais pelo braço do sofá e colocou as sacolas no chão, retirando por fim seus sapatos de couro. Como a casa já estava toda organizada, restou guardar tudo nos armários e geladeira, exceto seu cigarro Sevenstars de filtro vermelho, o qual encaixou nos lábios, acendendo a chama que seus pulmões imploravam após horas lidando com a abstinência, ao que bronqueava Yoda, um felino rajado cinza, por seus miados em súplica para comer ainda mais. Depois que trancou a porta, se deitou exausto no sofá, ligando a televisão em algum programa aleatório do NHK.
Até o momento, não havia nenhuma novidade em seu celular enquanto apagava diversas notificações inúteis. Nem uma mensagem de seus pais ou de amigos. sabia ser extrovertido no mundo virtual, porém quando aquela colega mencionou sobre seu antigo relacionamento, ficou puto e sem chão; nem suas provas semanais on-line o deixavam tão enfurecido quanto ter aquela mascarada longe, pois só desejava saber a identidade dela.
Para passar o tempo, decidiu pentear os pelos de Yoda e tomar um banho. Mesmo debaixo do chuveiro, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a amante ou sua ex-namorada. Era um homem completamente confuso e sem saída.
Vestiu roupas leves e habituais, entrando no quarto, sentou-se na cama tendo como fonte de distração sua televisão de tela plana ligada com o seu PlayStation 4 Pro. Selecionou Yakuza 0 no menu de opções, estando animado após aguardar várias semanas chatas para poder finalmente zerar o tão bem falado jogo da SEGA.
Já tinha cumprido todas as suas tarefas e estar parado o deixava mais entediado do que ele estava antes, então jogar era seu único meio de tranquilidade para não acabar morrendo no antojo da noite.
Apertou start e começou sua jogatina, fazendo os mini-games do Karaokê e cantarolando Baka mitai, junto a Kiryu. Estava tudo nos eixos, até que sua janela foi aberta por uma invasora. O japonês sentiu mãos pequenas descerem até seu peitoral e um respirar fraco perto da orelha, fazendo-o se assustar um pouco, mas não totalmente, aquela mulher era intimidadora até demais para desconfiar.
A canção ainda soava pelo ambiente, criando um clima inesperado entre eles.
— Oyasumi... Mako-chan! — A azulada falou antes de aproximar os lábios no pescoço alvo de , dizendo em um tom levemente suave e sedutor.
Fingindo não dar muita importância, o maior então disse:
— Demorou muito para aparecer. — Respondeu seco, algo que ela gostava nele. — Estava perseguindo vilões, não estava?
— Oras... É o meu trabalho, pelo menos não esqueci do meu docinho. — Riu, dando um beijo estalado na bochecha rosada, se atrevendo bagunçar a sua franja. — Me atrasei? — Irônica e cheia de si, ameaçou a sentar entre suas pernas, colando mais seu corpo contra o dele.
— Não, não, você chegou muito tarde! — Pausou a partida, pegando-a pela cintura, tirando o corpo dela de cima do dele; a azulada deitou na cama emburrada. — Vou zerar Yakuza e você vai só ficar me olhando.
— Pff... Vai me trocar por um GTA japonês? — Indagou, incrédula, cruzando seus braços com uma expressão triste. — Tá falando sério?
— Yakuza não é um GTA! Começou errado. — A corrigiu, guiando Kiryu até a missão, ele parecia concentrado.
— Hm... Não brinca! — Apoiou uma das mãos no queixo. — Já que esse joguinho é tão importante, você não vai ligar se eu te der uma coisa enquanto faz as missões, né?
— Vai me dar o quê?
— Quer descobrir? — lambeu os beiços
— Só me diga do que se trata!
— Ai, como eu amo a sua curiosidade, Mako-chan. — Sussurrou atrevida, deslizando as mãos enluvadas pela coxa dele, chegando até a barra da camisa, arrastando-a com o dedo indicador, a levando até sua cabeça, arrancando-a, deixando a peça caída no chão. Sua amiga azulada teve a majestosa revelação daquele tanquinho que tanto amava, com a mão direita foi deslizando devagar até o cinto do rapaz, mas antes de ela o despir por completo, foi impedida ao ter sua mão parada pelo mais velho.
— Melhor não ir longe demais. — Estendeu as mãos até o queixo de , levando o olhar para ele. Ignorou rapidamente seu sermão, agachando no meio de suas pernas. — Sabe que nunca fiz isso com você... Bom, eu tentei sozinho em uma escapada ou outra nessa semana, mas só isso!
Pode até ser besteira mencionar isso, mas nunca foi de ser tocado pela garota desconhecida. Era algo que tinha muita vontade de experimentar, não apenas tê-la nua na cama e só fazer tudo sozinho, como era antigamente com a ex-namorada.
— A companhia da sua mão não foi o suficiente então? — Sorriu lasciva, mordiscando o lábio inferior. De modo lento, ficou de pé colando, seus peitos no peitoral do estudante, colocando os fios de cabelo atrás das orelhas. Não conseguia mais se concentrar, ele já tinha um jogo muito mais excitante: a heroína sexy de uniforme colado que empinava sua bunda e aumentava o busto. Quase um padrão de modelo Weekly jump. — Se eu roubar um beijo seu? Será que vai estar à minha altura?
— A que critério? — Ele ajeitou os óculos que caíam toda vez ao notar a heroína tatear os polegares no seu lábio. Estava doido para receber mais um beijo, louco para outro round, embora recusando e omitindo. — Sabe me dizer?
— Ao nosso, é claro! — A heroína respondeu dócil, porém sem deixar aquele toque de malícia, colocando as mãos na cintura fina. se divertia vendo o olhar de caindo sob seu corpo. Pobre coitado, parecia que nunca tinha visto uma mulher tão séria.
— Certo! — Ele respondeu, prontificando-se e se levantando. A nipo-americana não entendeu. — Então quero ver a sua surpresa da vez!
— Tem certeza?
— Claro que tenho! — Desistiu de prestar atenção na gameplay, aceitando a proposta da mascarada. — Você pediu, então eu quero ver do que é capaz!
— Oh... Tudo bem! Vou mostrar os meus truques secretos para você. — O empurrando devagar, ela levantou, saltando no colo do estudante igual a uma felina selvagem, notou a bunda rebolando na região pélvica pra cá e para lá.
A tensão sexual ali era gritante, e isso fazia a nipo-americana querer gargalhar aos montes, visto a reação do rapaz. Oras, ele era mais alto do que ela, mas ao mesmo tempo tão difícil. Era quase um pecado corrompê-lo em outros padrões... Então era exatamente isso que ela iria fazer!
Deslizou uma mão pelo pescoço dele e a outra virava gentilmente seu rosto para a altura dela, tirando os óculos de seu rosto fino e por fim lhe fazendo-o beijá-la.
Os lábios manchados de batom escuro eram deliciosos, assim como tinha experimentado várias vezes. Ela ditava o ritmo do beijo e, como ele pensava, continuava intenso logo de primeira vista. Sentia-se quente a cada momento, e isso só se intensificava com a mulher passando suas unhas grandes em seu pescoço e começo de costas, enquanto a outra mão partia direto para sua barriga, repleta de marcas de leves arranhadas. então quebrou aquele contato com as línguas, e só aquele roçar já havia feito ficar febril e animado outra vez, e, largando o controle de mão, o olhou por detrás da máscara.
Ele pedia por mais, e então a puxou mais para perto de si. , ainda perplexo e maravilhado com os toques dela em cada região do seu corpo, não conseguia parar de olhar para o decote alinhado da heroína, pedia para descer o zíper e ter aquele par de seios avantajados na sua cara.
— Você é bem mais ágil do que eu imaginava, docinho, mas vamos ter que fazer uma brincadeira melhor. — falou contra os lábios dele, depois deu um selinho breve, saindo de cima do japonês. — Tudo bem para você?
— Eu aceito tudo que você quiser, princesa... — Disse em transe, olhando-a com os olhos semifechados, fazendo dar um sorriso satisfeita.
— Ótimo... — Falou virando o rosto dele para frente, fazendo-o olhar para a própria virilha. A garota ajoelhou-se, dando, então, continuidade ao que fazia antes. — Agora olhe bem para si. Vai ver as maravilhas que eu posso fazer com você. — Disse orgulhosa, segurando o queixo de com a mão que passou pelo pescoço dele.
Com a outra mão livre, então a levou até a barra da calça do rapaz. Com uma agilidade que surpreendeu , ela arrancou seu cinto brutalmente e abriu o zíper da calça jeans e o botão de cima, liberando aquela área para e si. Vendo a cueca box preta já com a ereção proeminente do rapaz, deu uma risadinha lasciva que fez o japonês engolir seco e responder fisicamente a provocação, pulsando.
— Nossa. — falou, quebrando o silêncio, o que deixou o rapaz ainda mais nervoso, porém excitado por conta do tom de voz da garota. — Eu nem te toquei e você já está assim? — Ela provocou. não conseguia dizer nenhuma palavra, apenas deu um suspiro. — Tudo bem, vou entender isso como um sim. — A mascarada riu. — Mas e se eu fizer isso? O que será que vai fazer, hein, amor? — Despretensiosa, ela colocou a mão dentro da peça de roupa, tirando o órgão duro de lá, liberando-o daquela prisão de tecido.
— Ah, Sugoi! — Ele apertou o lençol do futon, sentindo seu membro enrijecer e latejar cada vez mais na mão da jovem.
— Então o gatinho aqui é sensível? — perguntou, e apenas concordou com a cabeça. — Que adorável! Vou amar brincar com você assim! — Seu tom soou sádico, e de forma inusitada o começou a liberar mais pré-gozo de sua glande, surpreendendo a azulada. — Então você gosta de quando eu sou malvada? Como você é sujo, Mako-chan! — O provocou, mordendo-o na orelha e apertando sua glande com o polegar, começando o movimento lento de masturbação. — Mas se você quer uma garota má... — Estalou um beijo na bochecha dele, aumentando aos poucos o movimento anterior. — Você vai ter!
seguia um ritmo médio com sua mão, enquanto o rapaz ofegava e sentia que sua cabeça ia para os ares com tudo aquilo. Seu órgão não parava de pulsar na mão da heroína, ansiando para chegar ao clímax logo. Com sua respiração descompassada e expressão de luxúria, experimentava um prazer que nunca havia tido antes. Queria mais. Queria estar dentro daquela mulher de novo, a foder de todos os jeitos possíveis. Pensar naquilo de olhos fechados como estava e sentir o toque da mão dela só o deixava mais louco ainda.
— ...— a chamou, segurando-a no braço. Estava bêbado de prazer.
— Eu não falei que você podia tocar em mim, ou falei? — Ela falou, diminuindo a velocidade da punheta que estava fazendo.
— Eu preciso de mais... — Pediu baixo, quase inaudível.
— O que disse? — A mascarada perguntou confusa.
— Eu preciso de mais. — falou sério, virando o rosto para frente ao dela, segurando a nuca da garota em seu ponto mais sensível e a ouvindo suspirar. — Me dê mais disso, por favor! — Ele suplicou com sua voz rouca, o que fez ficar mais excitada do que gostaria.
Eles se olharam por um momento, perdendo-se um na imensidão azul da outra. Não tinha o que fazer, estavam os dois em ponto de bala e a moça sabia disso. Seria rápido, então não teria problema. Em silêncio, a garota ainda ajoelhada na cama, baixou o tronco, ficando de quatro. Com a cabeça perto do membro dele, não tardou a começar o que não tinha terminado. jogou a cabeça para trás e colocou a mão direita no cabelo dela, ajudando no vai e vem rítmico que a jovem estava fazendo.
— Isso... Kimochi! — Ele grunhiu, entrelaçando a mão no cabelo dela, movendo sua cintura para cima e para baixo, estocando na garganta da garota.
Querendo agir mais, moveu sua mão esquerda para o zíper do uniforme, que estava caindo lentamente, tendo a visão gostosa de seu corpo atlético, era o desejo de qualquer homem os seios de bicos tão rosados. Mais abaixo, pôde encontrar e invadir sua intimidade escondida por uma simples calcinha que fora empurrada de um lado.
Ele seguiu sua intuição e deixou as bobagens que Hitomi falava sobre para trás, e então masturbou a jovem em seu próprio ritmo. Sentia seus dedos mais molhados e a asiática gemer ainda mais contra si, então sabia que logo ela ia gozar, assim como ele. Aumentou a velocidade das estocadas, sentindo o interior dela se contrair.
— Hmf, Mako-chan... — Lucy gemeu contra seu membro, o masturbando enquanto sentia o clímax vindo. — Eu vou gozar! — Avisou e num estalo de ideia, a fez voltar o chupar, e a penetrou com o dedo em seu ponto fraco, fazendo-a gozar no instante, melando sua mão.
— Agora você é uma boa menina. — Disse massageando os lábios inferiores dela com os dedos, agora a penetrando novamente e a fazendo gemer. — Seja uma boa garota e me faça gozar. — Entrelaçou os dedos na base dos fios azulados dela, ainda estocando sua boca. Deu um pequeno sorriso malicioso para a moça, que o olhou de forma surpresa, mas logo tratou de obedecer.
Lucy acompanhou o ritmo das estocadas e lubrificou bem com sua saliva todo o órgão do rapaz. Usava sua língua com destreza, passando-a na glande e no corpo, sentindo as veias latejando. Aquilo estava sendo o céu para o . Nenhuma punheta supera aquele boquete.
estava fodidamente intenso ao receber aquele oral tão gostoso de sua garota favorita, todavia sentia dó em vê-la gozar sozinha de joelhos, teria que pensar num perfeito grand-finale.
Através do sorriso malicioso, ele notava que qualquer coisa dele a agradava também, o rapaz, que não era bobo nem nada, então ordenou:
— Espera, levante-se. — Pediu, se controlando e viu a heroína sair da posição que estava para se aproximar dele.
— Você não quer mais? — Ao parar os movimentos, encarou as íris castanhas próximas ao seu rosto.
— Quero, mas é meio injusto ver você aí sofrendo. — Disse sincero. — Me deixe cuidar de você, quero fazer isso do nosso jeito.
— Tem certeza?
— Sim! Venha, baby, agora é minha vez de jogar este jogo!
— Acredito que esse tenha sido um dos melhores boquetes que eu tenha feito. — Lucy disse sorridente indo até ele.
— Eu adorei. — Ele disse sem jeito. — Nós nunca chegamos a esse passo, né?
— Chegamos e foi muito bom.
— Mas chega de enrolação... Agora eu quero ir até o fim!
— Hm, bom garoto!
se separou dele, ficando imóvel e levantando em sua frente, vestindo aquela calcinha azul encharcada, a máscara e as luvas bloqueando o tato e a cor de seus olhos, livre da roupa desconfortável que era obrigada a usar. mordeu os lábios, preso naquele paraíso erótico. Juntos no clima gelado e satisfatório, o japonês começou a brincar com os seios que ele tanto desejava, os apertando sem escrúpulos. arfava e se arrepiava a cada minuto com a língua áspera chupando seus mamilos, mexeu a cabeça para todos os lados que pôde, ele fazia um trabalho excelente. Vendo a sua amada desesperada e sedenta por mais, logo a empurrou, prensando-a no colchão, tendo seu peso contra o dela, dando um beijo casto na nuca delicada.
Não demorou para as unhas pegarem de jeito nas suas costas e a língua invadir seus lábios, beijando-os ferozmente, o que o deixou sem fôlego mais uma vez, partindo os toques para o pescoço, seguindo do colo dos seios e indo até a barriga, até chegar ao seu sexo.
Ao se livrar da calcinha, não demorou para chupá-la e fazê-la gemer alto. levantou a cabeça e segurou mais as costas dele graças ao prazer que sentiu, se entregando toda para o homem. foi perverso, dando atenção total ao clitóris sensível e conseguia intensificar tudo ao introduzir os dois dedos nela.
— Kimochi... Mako-chan, por favor não pare. — Implorou de olhos fechados, tombando a cabeça no travesseiro.
Ela amava ser tocada por aquele homem, nenhuma sensação era discutível quando o assunto era ser masturbada por . Foi como uma viagem sexual sem precisar fazer as malas. As pernas finas da parceira estavam bambas pelo calor excessivo, até que o estudante parou, fazendo-a soltar um gemido, querendo mais. Estava tão necessitada na hora, esquecendo da promessa que havia feito para si mesma.
— Se for para gozar, que seja também com você. — Ele falou pegando na cintura dela, abrindo um preservativo logo em seguida, colocando-o em seu pau dotado.
A azulada segurou seus ombros e apenas aguardou. então pôde enfim colocar gentilmente seu órgão dentro dela, vendo-a estremecer jogando a cabeça para trás. Ele pegou as pernas da asiática e as envolveu em sua cintura, começando os movimentos lentos.
estava quente e molhada, uma combinação que o atiçava. Após dar um grunhido, intensificou a velocidade e força das estocadas, fazendo sua parceira se segurar mais forte em seu pescoço.
Os dedos dele alcançaram seus seios os apertando e girando os mamilos em sentido anti-horário isso estimulou muito mais na penetração.
— Mako-chan, isso está muito bom!
— Você é uma mulher tão linda. — Gemeu junto a ela, levando sua boca até o pescoço dela, dando fortes chupões. — Eu quero te fazer feliz, feliz para caralho! — Mordeu sua orelha e apertou com força a bunda da nipo-americana com uma das mãos, enquanto a outra forçava sua cintura.
— Hmf... Daisuki! — a voz fina entre os gemidos baixinhos fizeram o rapaz sorrir vitorioso.
A sensação de ouvir tudo aquilo e vê-la o sujar inteiro fez gozar junto a ela em um grunhido fervoroso. Seus jatos eram intensos e seu órgão duro pulsava dentro dela, lhe causando mais prazer.
sentia seu íntimo quente, com um pouco de gozo saindo para fora de seu canal e a melando mais. Logo a soltou devagar, tirando seu membro de dentro dela aos poucos, fazendo seu sêmen em excesso escorrer por suas pernas. jogou o preservativo usado na lata de lixo, percebendo a heroína exausta deitando-se em frente a ele com as madeixas oceânicas jogadas em toda sua face. Os olhares de ambos eram distantes, se mantiveram sensíveis, sabia disso, todavia a moça estava escondendo algo.
— Você precisa descansar. — Beijou sua bochecha, abraçando-a por trás. — Acho que nós dois exageramos tanto que esquecemos de conversar.
— Te direi isso na hora certa. Mas primeiro... Preciso tê-lo aqui, porque não vou ter coragem de contar.
— Espero todo o tempo do mundo que precisar para saber quem você é. — Beijou sua testa. — Aishitemasu. — Sussurrou o mais baixo possível, não tinha coragem de dizer que a amava fielmente.
[...]
Ao vestirem suas roupas de volta quando se limparam após o ato, estava pensativa e de cabeça encolhida no ombro do estudante, que lhe fazia carinho nos cabelos e em sua bochecha com os dois anelares. A mascarada parecia relaxada, e estava adorando receber aqueles carinhos que estava acostumada, mesmo não tendo a coragem de contar para ele quem realmente era fora daquele corpo no qual pertencia apenas na sua imaginação.
— -kun... — O chamou cautelosa.
— Sim?
— Nossa vida sempre será voltada a isso? Uma noite de sexo e conversa?
A pergunta pegou o garoto de surpresa.
— Para ser sincero, também andei meio distraído. Fiquei refletindo este assunto no trabalho. — Acariciava o couro cabeludo com as costas da mão. — Minha vida anda uma merda, às vezes sinto falta da ex, às vezes penso em você. Estou me achando um caso perdido!
— Entendo como se sente. — Suspirou. — Quer mesmo saber por que não revelo a minha identidade para você?
— Nunca foi um pedido. É meu sonho saber quem você é! — Enfatizou contente. — Então me conta, por favor!
sentiu seu rosto vermelho por um segundo, mas de fato não era uma ideia ruim já que para ela estava faltando sinceridade entre eles. Já era a quinta vez que a garota transava e dormia com ele e sem com contar a verdade, e isso só tornava tudo ainda mais emocionante para ela.
Sem pensar mais, a asiática levantou de seu colo, engatinhando até a cabeceira. foi até a azulada e pegou na sua destra, entrelaçando seus dedos, engolia em seco, tinha medo do que diria.
— Pense comigo, e se eu fosse mais baixa? Uma colegial genérica saída de um Shoujo? — Deu pistas sobre sua personalidade, não entendeu direito.
— Como a Usagi Tuskino? — Referiu-se à personagem principal de Sailor Moon, depois completou com mais um personagem do anime. — Ou como a Minako Aino?
— Ami Mizuno. — Disse o único nome a pensar. — A Sailor Mercury! Ela tem poder de água e cabelo azul né?
— Verdade! — Riu. — Uma perfeita e linda garota de óculos!
— Linda não seria o termo. — Gesticulou nervosa. — Ela também pode ser, sei lá, uma stalker que te aguardou a vida inteira desde o ensino médio.
O garoto ergueu as sobrancelhas, surpreso.
— Nossa. — Exclamou. — Eu era feioso nessa época, usava um aparelho azul e ficava com os esquisitos. Bom, foi assim durante o primeiro ano, até eu conhecer a e ter me adaptado a outro estilo de vida.
— Você foi administrador do clube de esportes e jogador de baseball. — deixou escapar sem querer.
— O quê?! Como sabe disso?
— Ahn, eu disse algo errado? — Se assustou com a própria pergunta. — N-não, eu falei errado, não sou a Luc...
se prontificou e ajeitou os óculos, confuso pelas pistas da mascarada. A moça, ainda sem reação por isso, ficou com o semblante terrivelmente cabisbaixo, tinha vontade de enterrar sua cabeça dentro de um buraco fundo.
— Lucy Kaori Wilde? — Falou o nome da persona real, extremamente alarmado.
A azulada então assentiu que sim, saiu de cima da cama do estudante, ficando em pé para ele. Levantou a cabeça, por fim dizendo a palavra chave de destransformação: “Apagar Chamas”.
Toda a imagem bela e sensual que ela tanto escondia foi apagada de vez da memória dele. O rapaz ficou boquiaberto, sem palavras e tendo o coração acelerado e palpitando dentro do peito. As bochechas do rapaz se tornaram rosadas, não sabia de fato o que falaria para ela.
— Vai diga alguma coisa. — Falou chorosa, escondendo um lado da face com a mão. — Me desculpa por isso! Sei que estou longe de ter algo com você.
— Er... Eu não esperava, era, era, você esse tempo todo?! — Devastado com a verdade exposta em sua cara, faltavam palavras de sua boca. — Por que mentiu para mim?
— Desculpa! — Uma lágrima se atreveu a cair nos seus olhos.
— Pare de se desculpar! — Gritou, apertando os braços da jovem. — Vivi um romance proibido este tempo todo com a garota que sequer falava comigo? Eu joguei tantas cartas suas no lixo, te rejeitei e nem ao menos percebi você na minha vida.
— Porque você ama a e não eu! — Se afastou dele. — Mas eu te amo, sou a mesma pessoa! Você não percebe isso porque é um babaca egoísta! Um fodido e mal-amado!
— Espera, aonde você vai? — Seguiu os seus passos até a janela, ele pegou no seu punho, a impedindo de ir. — Não pode ir embora, precisamos resolver essa situação!
Ele foi calado com apenas um beijo de despedida, agarrou sua cintura e suas mãos subiam até as costas dela, mas a jovem o impediu e voltou respirar. A relação não daria certo, Light estava certo e chegou à conclusão que o deixaria pelo seu próprio bem.
— Isso é para proteger nós dois. — Disse por fim, encontrando a janela meio-aberta. — Não podemos ficar juntos, Sayonara, Mako-chan.
— Lucy!
Naquela noite, ela despareceu. O coração do rapaz doía profundamente pelo arrependimento, as mentiras sempre podem destruir qualquer segredo ou até mesmo um relacionamento. virou para a janela, encarando a noite estrelada e a nipo-americana sumindo com seu disfarce.
Um dia a teria de volta, mas teria que mudar o seu pensamento idiota e infantil para conquistá-la do zero. Todavia, em outra vida.
Ele estava apaixonado por Lucy.
Aquele era mais um dia comum e calmo para o garoto que pedalava até o caminho de casa. Observava as flores das cerejeiras antes de o Sol desaparecer e poderia se dizer que as ver caindo sobre o pavimento lhe trazia certa paz.
era considerado o típico homem imaturo extrovertido que ama fugir das responsabilidades e é visto pelos pais como um desleixado. Claro que não se resumia apenas a isso, porém uma de suas características mais notáveis era o fato de não ver necessidade de socializar ou estar aberto para outro relacionamento, embora já estivesse naquela idade, afinal, tinha 22 anos. Tornava-se comum ser considerado anormal, ele saiu de casa cedo para criar sua independência, entretanto, cada vez mais complicava-se o seu dia a dia.
Viver e agir como um homem era uma droga, ainda mais quando se segue regras rígidas e severas da cultura japonesa, das inúteis e desgastantes, onde o rapaz sai cedo de casa para honrar sua família.
Deveria ter sido só mais uma pedalada rápida e convencional, já que ainda tinha trabalhos e atividades da faculdade por fazer. No entanto, o som de algo borbulhante vindo direto do estômago lhe chamou atenção. Ele estava com fome, o asiático mais pedia por manjus e balinhas de lichia.
Faminto, pedalou em direção à Candy A Go Go e já de longe avistou uma garota pouco conhecida e também aluna da faculdade saindo do estabelecimento, carregando sacolas em cada braço. parou sua bike, estacionando-a em um bicicletário qualquer, percebendo a nipo-americana acenar educadamente.
Eles não se conheciam realmente, mas a garota sabia que sempre estudou com desde o primário. Lucy se vestia toda bagunçada, agia igual a um personagem de filme antigo, sem contar as roupas que usava: um conjunto de vestido largo florido e blusa marrom feita em crochê.
— Olá, Lucy! — cumprimentou-a. — O que faz por aqui?
— Er... Voltando para casa. — Era complicado ambos manterem uma conversa fluída, pois aquela mulher era perdidamente apaixonada por aquele rapaz desde o ensino médio, portanto, não tinha a menor chance com ele. — Tive um dia longo e estressante após o trabalho.
— Então somos dois. — Ajeitou os óculos de grau arredondados caído por seu rosto assim como a franja castanha que insistia em cair sob as têmporas. — Brincar de “gente grande” não é nada divertido como na infância!
— Pois é! — Riu, cobrindo a boca pela vergonha, ela odiava seu sorriso metálico. — Às vezes tenho vontade de voltar naquela época para poder aproveitar minha inocência mais uma vez.
Ambos riram descontraídos e, devido à falta de assunto, ambos se despediram. adentrou na loja e a mulher andou para o caminho até sua residência, as dores nas costas matavam-na diariamente.
Quem era Lucy na verdade? Por que estava tão sem jeito perto daquele rapaz tão sério? Bom... Nem ela mesmo pôde ser sincera com o rapaz que amava. Lucy só sabia ser divertida e sarcástica com ele utilizando a vida dupla com a faceta heroica secreta “”. Até capaz de desfrutar suas noites entediantes no quarto.
Se comunicavam apenas em encontros casuais, ela não aceitava facilmente um relacionamento sério, o que chateia muito a mulher, pois sua responsabilidade como super-heroína destruía tudo que tinha direito.
Lucy e eram distintos demais e ambos não tinham quase nada em comum. Ela conhecia inúmeros fatos e curiosidades sendo alguém quem não gostava de ser, ele é sua kriptonita; ela é como uma amazona de Atena: se tiver o rosto revelado para um homem deve ser obrigada a amá-lo ou matá-lo.
A história de como encarnou seus poderes foi até engraçada por assim dizer. Num pacato dia chuvoso, a adolescente de dezesseis anos corria desesperada para declarar seu amor não correspondido por aquele rapaz que superou no passado, todavia, esbarrou em uma mulher de terceira idade, de aparência enrugada, olhos bicolores, cujas vestimentas pretas estavam encharcadas. Lucy só tinha duas opções: se declarar para ou ajudá-la a levantar. Parecia uma ilusão de ótica se fosse vista de longe: quando saiu do chão, aquela desconhecida não havia dito nada. A mulher entregou a ela um cordão prateado junto a um pingente de pedrinha azul celeste e de dentro daquela pedra surgiu uma força deveras inimaginável. Quando virou para os lados, a garota notou aquela senhora sumir em um instante.
Mas vozes vieram do muro e pôde encarar uma criatura mágica sobrevoando sobre si. No começo, achou ter alucinado demais, portanto, foi uma surpresa descobrir que o brilho azulado falava, Lightdragon era seu nome, um guardião e guia, e embora não sendo humano, Light e Lucy se entendiam completamente.
Light era de gênero masculino, parecia um Pokémon, pois geralmente se transformava em bizarros mascotes fictícios como disfarces.
Após a nipo-americana atravessar na calçada, lembranças e momentos memoráveis invadiram seus devaneios frequentes, porém Light — sensato como costumava ser — pulou em seu ombro em forma de elfo.
— Você ainda não desencanou desse garoto? — Indagou, sobrepondo o dorso no rosto. — Ele está longe de gostar da “Lucy”.
— Lucy Kaori Wilde nunca mereceu atenção. Mas você sabe que ele e a metade do mundo ama a “”. — Disse seu nome na terceira pessoa em meio ao sarcasmo deliberado.
Geralmente não entendia o porquê de ela ser tão amada e aplaudida por todo o povoado de Tóquio após enfrentar arruaceiros na porrada, ao invés de ser tratada como uma pessoal normal. Ela desejava ser reconhecida também fora do disfarce, todavia, agindo diferente ou tendo uma vida pessoal exaustiva.
Foi uma responsabilidade e tanta aceitar proteger sua nação, porém era obrigada a ser sigilosa com a sua identidade, pois se ela falasse, a pessoa sofreria problemas iguais aos da heroína.
Ser a e ser a Lucy. Todo dia surgiam pressões e dúvidas de ambas personas através do codinome menos discreto que demonstra a selvageria e sedução através das péssimas piadas e trocadilhos com o azul das madeixas onduladas.
Viver como a heroína de Tóquio era algo inexplicável, e dito por “inexplicável” era algo que ela não sabia como descrever. Lucy era sempre atirada e ácida dentro daquele uniforme, isso até mostrava um pouco de seu verdadeiro eu. Se iludia e sempre ansiava por um caso amoroso, mas era apenas um tópico, já que para e outros rapazes só existia a deusa maldita dos cabelos oceânicos.
Ninguém no mundo gostaria de mostrar sentimentos para uma asiática tão falante e amante de jogos retrô, aquele pedaço de inocência, sonhadora, querendo ser salva e amada por outro mascarado, a perfeita reencarnação de uma iludida atrás de um príncipe sentado em um cavalo branco, onde ambos são destinados a ficarem juntos em outra vida.
Ela imaginava diversas vezes como seria a reação de se ela falasse que era sua amiga colorida, entretanto isso aconteceria de um jeito bem estranho — encarar os cabelos escuros e a bochecha vermelha junto ao seu sorriso forçado — então parou de cogitar.
— Ai, ai. — O mascote revirou os olhos. — Você é mesmo um caso perdido. Parece que gosta de ser considerada uma foda.
Bom... Certamente ele não estava errado em comentar algo pesado em relação ao estudante bagunçar os sentimentos dele usando sua dona, não era certo apesar de ela usar a vida dupla como seu único alcance nas horas vagas.
— Isso se chama “realidade”, elfozinho. — Deu-se de debochada, tocando na cabeça da criatura com o dedo indicador. — O que você queria que eu fizesse?! Contasse para ele tipo assim: Ah, então, sabe... Tenho uma coisa para te contar Mako-chan! Eu, na verdade, sou a Lucy, aquela esquisita que tem uma queda por você desde o primário.
Riu consigo mesma, chegando finalmente em seu pequeno apartamento em Shibuya, deslizando a chave na porta.
— Lucy, por favor. — Light voltou a falar, flutuando pelo ar, transformando-se novamente na sua forma habitual. — Está só se desvalorizando e sabotando a si mesma. Ele precisa encarar a verdade! O “não” já está anotado na sua lista, falta apenas arriscar.
— Tem razão. — Ergueu a cabeça, olhando para o teto e depois para o chão. — Bom... Talvez eu faça isso! Será que ele vai me aceitar mesmo assim?
— Se eu fosse você, eu tentava. — Falou Light, sensato. — Siga o seu coração, embora não seja racional quanto a cabeça.
— É, vou mostrar para ele do que sou capaz. — Orgulhosa de si, tirou sua camiseta e calça, correndo para o banheiro para tomar uma ducha rápida, não se importando com as peças jogadas pelo chão da sala. — Vou tomar um banho e pensar mais nisso. Valeu, Light!
— De nada, eu acho. — Impressionado com tamanha empolgação, foi atrás de um kami kami para satisfazer o seu estômago.
Enquanto Kaori se banhava, a água morna percorria seu corpo. Era uma reflexão terapêutica através dos conflitos e dilemas que aquele rapaz tão desejável atraía. Foi agradável e tranquilo ficar com a mente aberta em meio aos desejos aflorando, afinal, não era mais uma criança, Lucy era uma adulta nada conservadora.
Imaginar aquele corpo esbelto e atlético dava nós na espinha. não tinha o hábito de frequentar a academia todos os dias, porém era inevitável não olhar o tronco tão definido e sexy que ele tinha. Uma vez, Lucy foi desafiada a invadir o banheiro masculino depois da educação física para roubar uma sunga de outro aluno, mas o que ganhou foi seu senpai saindo reluzente e molhado do chuveiro, lhe dando a visão daquele corpo sarado. Se permitiu analisar as costas e as nádegas tão alinhadas, os fios acastanhados espalhando as gotículas pelo chão. Faltou implorar dentro do armário que ele colocasse seus óculos no rosto.
Sua feição vermelha foi explícita, mas não pôde negar o sorrisinho ladino e sacana saído de seus lábios sem querer; estava sem chão e completamente excitada no início. A adolescência foi um pecado, mas graças às bênçãos de Buda, suas preces foram ouvidas.
Ela vivia como se estivesse dentro de um episódio de anime naquele clássico clichê onde o desejo sexual era caracterizado por sangramentos nasais ou desmaios com estrelas nas íris dos olhos para identificar algo chocante pegando-a desprevenida.
O tempo adiantou tão rápido que nem ela mesma notou a oportunidade, achava uma merda conseguir fazer sexo controlando outra pessoa na cama, mas soube dividir os problemas e desabafar tudo simples e abertamente — só quando não abre as pernas —, tinha um bom senso de humor. Procurava sequer algum defeito entre eles e ia tudo além do tato ou qualquer coisa relacionada a contato íntimo.
A nipo-americana raramente tinha o hábito de se masturbar pensando no rapaz; era só um privilégio chato conter orgasmos sozinha, aliviar tensões era um inferno! Explorar as principais zonas erógenas femininas gerava cansaço nela apenas ali mexendo seu mouse e virava de cara para a parede fria depois de um encontro casual lá embaixo com a mãozinha amiga, Lucy outrora virgem, contudo carente e insatisfeita.
A cama ficou espaçosa demais sem seu japonesinho acariciando seus cabelinhos azulados enquanto quase dormia sob a coxa dele cantarolando o refrão repentino de Mayonaka no Door.
Sorria e suspirava apaixonadamente ao se perder com tantas memórias doces dele. Terminando seu banho, a asiática vestiu suas roupas, secando os cabelos com a toalha. Aparentemente não estava exausta igual a todos os dias perseguindo vilões num jogo de gato e rato, ela estava pronta e tomou coragem após refletir várias vezes na confissão que faria para o rapaz.
“Light, mostre sua luz”, com o comando automático para se transformar, a heroína entrava em atenção junto à pose blasé exagerada para entrar em ação.
Não era burra quando se tratava de usar os poderes para resolver problemas pessoais. Isso lhe assombrava de vez em quando, entretanto, era a sua única chance de revelar a verdade antes que fosse tarde demais. Pulou da janela do quarto assim, seguindo em frente até a casa de .
[...]
nunca imaginou estar falando com aquela mulher tão estranha e calada inesperadamente. Alguma coisa nela lhe dava incômodos ou certa coincidência, pois aquela voz arrastada e doce quase era comparável com a de quem tinha curto-caso secretamente: . A super-heroína mais superestimada de todas as partes centrais da capital.
Ainda preso e admirado na conveniência de doces, começou a colocar tudo o que tinha vontade em seu carrinho, como vários doces, sorvetes e, por último, seu precioso refrigerante yummy para afogar os demônios de seu estresse matinal quando fosse preciso.
Logo guiava seu carrinho de compras em direção ao caixa, mas sem querer acabou esbarrando em uma pessoa para lá de familiar: Hitomi, que estava fazendo seu próprio estoque de chocolates com pedaços de frutas — eram os favoritos dela. Ela iria voltar ao trabalho em poucos minutos, pois seu turno da noite era bastante curto.
O relacionamento com sua ex-colega do fundamental estava mais para uma amizade de longa-data. Sempre que a encontrava, fazia caretas ou expressões faciais engraçadas para ela, gostava de ouvir sua risada.
— Yo, -kun! Que prazer revê-lo. — apertou a mão dela educadamente.
— Coincidência você estar por aqui. — Riu baixinho. — Como vai a vida, gatinha?
— Na medida possível... E você? Anda estudando muito? Namorando alguém especial? — Quando ouviu a garota mencionar aquilo, sua expressão se fechou aos poucos.
“Namorar outra pessoa está sendo uma decisão mais difícil do que eu imaginava.”
— Depois da , andei solteiro e trabalhando nos tempos vagos. Como de praxe. — Afirmou ele, sério. — Sabe como é, né?
Katsuo foi o único e primeiro término recente dele, e o chateava só de relembrar. A garota era de um lar deveras rígido e prepotente, vivia forçada a seguir rótulos que não queria e também foi mais um motivo de término, pois seus pais não queriam um relacionamento amoroso na vida universitária.
Ela prometeu para que sairia de Seul e voltaria por ele, entretanto, caiu em uma armadilha, descobriu que a sua ex se apaixonou por um outro rapaz, um cantor coreano de boyband R&B. no começo, riu, pensando que ela estava contando uma piada, mas realmente estavam juntos — típico fanzine ruim saído de um evento nerd.
As fotos do casal famoso surgiram em vários jornais e páginas de fandoms na internet. e Lee-Hyun, o ultimate de todo mundo, não estava mais solteiro. Ele só roubou a mulher que era de outro cara. Digno filho da puta milionário!
amou a garota com todo o seu coração. De vez em quando, sorria sozinho ao lembrar dela cozinhando Temaki de salmão só vestindo uma blusa dele ou dançando e fumando pela sala tocando versões japonesas de seus grupos K-pop.
“Azar no amor, sorte no anime”, sussurrou a frase icônica dos bons tempos. Era bem ridículo, porém qualquer coisa naquela época tão inocente também era: ele juntava vários meninos rejeitados pelas garotas porque só falavam sobre Naruto, Death note, Fairy Tail, One Piece, Bleach entre outros animes shounen que achava uma tremenda porcaria, ele só não mostrava sua opinião porque tinha medo de apanhar.
Num instante, viu a mulher rir diante de sua reação, percebendo apenas pelo tom da amiga como ela estava em relação à vida amorosa.
— Entendo como se sente... Estou casada mas também vivo dando sumiço no meu marido — Revelou, um pouco insatisfeita. — É verdade que a está namorando o Lee-Hyun do Sunrise Flower?
O japonês quase se alarmou pelo susto, seus olhos ficaram perceptivelmente maiores. Não esperava a notícia se espalhar.
— Deve estar feliz com ele. — Divagou, dando um passo à frente até a fila. — Não me importo.
— Hm... Tem outra pessoa? Ou está só me enrolando? — Sorriu ladino, reparando no semblante confuso do garoto. — Pode me contar se quiser.
— Você não entenderia. — revirou os olhos diretamente para a televisão ligada no noticiário que anunciava diariamente os maiores feitos dos super-heróis de Tóquio. A mascarada que tanto desejava mandava beijos para os telespectadores, saindo inesperadamente. — Não entenderia mesmo...
As lentes de seus óculos fitavam as curvas da azulada no traje colado. Soltou um riso sem querer, pois era impossível esquecê-la.
— Independente de quem for, espero não te abandonar por um idol. — Cutucou a ferida, dando leves tapas nos seus ombros. — Nos vemos por aí, preciso voltar à ativa.
— Bom serviço! — Acenou para a colega, olhando-a de relance.
Voltando sua atenção para ao caixa, ele pagou pelas compras e carregou as determinadas sacolas até sua bicicleta, sua próxima parada era chegar em casa.
Ou melhor... Jogar e se divertir sozinho pelo menos uma vez sem depender de ninguém.
mais se sentia nervoso lidando com tantas pessoas diferentes ao seu redor, elas não riam ou entendiam suas piadas. Só conseguia pensar e recordar da voz de dizendo que o amava e no mesmo segundo dizendo que nunca o abandonaria, uma tremenda montanha-russa de emoções invadia seu subconsciente.
Sonhava alto com a possibilidade de um dia poder amar aquela azulada fora da máscara, era irreal toda aquela fantasia. Algo o incomodava bastante, conseguia deixá-lo ansioso cada vez mais pela verdade.
Pedalava e ouvia músicas no seu iPod, tendo o apoio de suas mãos nas sacolas para que não caíssem dos guidões. Sua distração foram as cerejeiras caindo pelos seus ombros naquele outono tão pacato, a noite brilhava por Shibuya, sentia que viveria algo mágico e inesperado, só não sabia de fato a resposta, restou ver para crer.
Quando chegou em casa, tirou seu paletó e afrouxou a gravata, ficando apenas com sua camisa de botões de ombros à mostra. Jogou os trajes sociais pelo braço do sofá e colocou as sacolas no chão, retirando por fim seus sapatos de couro. Como a casa já estava toda organizada, restou guardar tudo nos armários e geladeira, exceto seu cigarro Sevenstars de filtro vermelho, o qual encaixou nos lábios, acendendo a chama que seus pulmões imploravam após horas lidando com a abstinência, ao que bronqueava Yoda, um felino rajado cinza, por seus miados em súplica para comer ainda mais. Depois que trancou a porta, se deitou exausto no sofá, ligando a televisão em algum programa aleatório do NHK.
Até o momento, não havia nenhuma novidade em seu celular enquanto apagava diversas notificações inúteis. Nem uma mensagem de seus pais ou de amigos. sabia ser extrovertido no mundo virtual, porém quando aquela colega mencionou sobre seu antigo relacionamento, ficou puto e sem chão; nem suas provas semanais on-line o deixavam tão enfurecido quanto ter aquela mascarada longe, pois só desejava saber a identidade dela.
Para passar o tempo, decidiu pentear os pelos de Yoda e tomar um banho. Mesmo debaixo do chuveiro, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a amante ou sua ex-namorada. Era um homem completamente confuso e sem saída.
Vestiu roupas leves e habituais, entrando no quarto, sentou-se na cama tendo como fonte de distração sua televisão de tela plana ligada com o seu PlayStation 4 Pro. Selecionou Yakuza 0 no menu de opções, estando animado após aguardar várias semanas chatas para poder finalmente zerar o tão bem falado jogo da SEGA.
Já tinha cumprido todas as suas tarefas e estar parado o deixava mais entediado do que ele estava antes, então jogar era seu único meio de tranquilidade para não acabar morrendo no antojo da noite.
Apertou start e começou sua jogatina, fazendo os mini-games do Karaokê e cantarolando Baka mitai, junto a Kiryu. Estava tudo nos eixos, até que sua janela foi aberta por uma invasora. O japonês sentiu mãos pequenas descerem até seu peitoral e um respirar fraco perto da orelha, fazendo-o se assustar um pouco, mas não totalmente, aquela mulher era intimidadora até demais para desconfiar.
A canção ainda soava pelo ambiente, criando um clima inesperado entre eles.
— Oyasumi... Mako-chan! — A azulada falou antes de aproximar os lábios no pescoço alvo de , dizendo em um tom levemente suave e sedutor.
Fingindo não dar muita importância, o maior então disse:
— Demorou muito para aparecer. — Respondeu seco, algo que ela gostava nele. — Estava perseguindo vilões, não estava?
— Oras... É o meu trabalho, pelo menos não esqueci do meu docinho. — Riu, dando um beijo estalado na bochecha rosada, se atrevendo bagunçar a sua franja. — Me atrasei? — Irônica e cheia de si, ameaçou a sentar entre suas pernas, colando mais seu corpo contra o dele.
— Não, não, você chegou muito tarde! — Pausou a partida, pegando-a pela cintura, tirando o corpo dela de cima do dele; a azulada deitou na cama emburrada. — Vou zerar Yakuza e você vai só ficar me olhando.
— Pff... Vai me trocar por um GTA japonês? — Indagou, incrédula, cruzando seus braços com uma expressão triste. — Tá falando sério?
— Yakuza não é um GTA! Começou errado. — A corrigiu, guiando Kiryu até a missão, ele parecia concentrado.
— Hm... Não brinca! — Apoiou uma das mãos no queixo. — Já que esse joguinho é tão importante, você não vai ligar se eu te der uma coisa enquanto faz as missões, né?
— Vai me dar o quê?
— Quer descobrir? — lambeu os beiços
— Só me diga do que se trata!
— Ai, como eu amo a sua curiosidade, Mako-chan. — Sussurrou atrevida, deslizando as mãos enluvadas pela coxa dele, chegando até a barra da camisa, arrastando-a com o dedo indicador, a levando até sua cabeça, arrancando-a, deixando a peça caída no chão. Sua amiga azulada teve a majestosa revelação daquele tanquinho que tanto amava, com a mão direita foi deslizando devagar até o cinto do rapaz, mas antes de ela o despir por completo, foi impedida ao ter sua mão parada pelo mais velho.
— Melhor não ir longe demais. — Estendeu as mãos até o queixo de , levando o olhar para ele. Ignorou rapidamente seu sermão, agachando no meio de suas pernas. — Sabe que nunca fiz isso com você... Bom, eu tentei sozinho em uma escapada ou outra nessa semana, mas só isso!
Pode até ser besteira mencionar isso, mas nunca foi de ser tocado pela garota desconhecida. Era algo que tinha muita vontade de experimentar, não apenas tê-la nua na cama e só fazer tudo sozinho, como era antigamente com a ex-namorada.
— A companhia da sua mão não foi o suficiente então? — Sorriu lasciva, mordiscando o lábio inferior. De modo lento, ficou de pé colando, seus peitos no peitoral do estudante, colocando os fios de cabelo atrás das orelhas. Não conseguia mais se concentrar, ele já tinha um jogo muito mais excitante: a heroína sexy de uniforme colado que empinava sua bunda e aumentava o busto. Quase um padrão de modelo Weekly jump. — Se eu roubar um beijo seu? Será que vai estar à minha altura?
— A que critério? — Ele ajeitou os óculos que caíam toda vez ao notar a heroína tatear os polegares no seu lábio. Estava doido para receber mais um beijo, louco para outro round, embora recusando e omitindo. — Sabe me dizer?
— Ao nosso, é claro! — A heroína respondeu dócil, porém sem deixar aquele toque de malícia, colocando as mãos na cintura fina. se divertia vendo o olhar de caindo sob seu corpo. Pobre coitado, parecia que nunca tinha visto uma mulher tão séria.
— Certo! — Ele respondeu, prontificando-se e se levantando. A nipo-americana não entendeu. — Então quero ver a sua surpresa da vez!
— Tem certeza?
— Claro que tenho! — Desistiu de prestar atenção na gameplay, aceitando a proposta da mascarada. — Você pediu, então eu quero ver do que é capaz!
— Oh... Tudo bem! Vou mostrar os meus truques secretos para você. — O empurrando devagar, ela levantou, saltando no colo do estudante igual a uma felina selvagem, notou a bunda rebolando na região pélvica pra cá e para lá.
A tensão sexual ali era gritante, e isso fazia a nipo-americana querer gargalhar aos montes, visto a reação do rapaz. Oras, ele era mais alto do que ela, mas ao mesmo tempo tão difícil. Era quase um pecado corrompê-lo em outros padrões... Então era exatamente isso que ela iria fazer!
Deslizou uma mão pelo pescoço dele e a outra virava gentilmente seu rosto para a altura dela, tirando os óculos de seu rosto fino e por fim lhe fazendo-o beijá-la.
Os lábios manchados de batom escuro eram deliciosos, assim como tinha experimentado várias vezes. Ela ditava o ritmo do beijo e, como ele pensava, continuava intenso logo de primeira vista. Sentia-se quente a cada momento, e isso só se intensificava com a mulher passando suas unhas grandes em seu pescoço e começo de costas, enquanto a outra mão partia direto para sua barriga, repleta de marcas de leves arranhadas. então quebrou aquele contato com as línguas, e só aquele roçar já havia feito ficar febril e animado outra vez, e, largando o controle de mão, o olhou por detrás da máscara.
Ele pedia por mais, e então a puxou mais para perto de si. , ainda perplexo e maravilhado com os toques dela em cada região do seu corpo, não conseguia parar de olhar para o decote alinhado da heroína, pedia para descer o zíper e ter aquele par de seios avantajados na sua cara.
— Você é bem mais ágil do que eu imaginava, docinho, mas vamos ter que fazer uma brincadeira melhor. — falou contra os lábios dele, depois deu um selinho breve, saindo de cima do japonês. — Tudo bem para você?
— Eu aceito tudo que você quiser, princesa... — Disse em transe, olhando-a com os olhos semifechados, fazendo dar um sorriso satisfeita.
— Ótimo... — Falou virando o rosto dele para frente, fazendo-o olhar para a própria virilha. A garota ajoelhou-se, dando, então, continuidade ao que fazia antes. — Agora olhe bem para si. Vai ver as maravilhas que eu posso fazer com você. — Disse orgulhosa, segurando o queixo de com a mão que passou pelo pescoço dele.
Com a outra mão livre, então a levou até a barra da calça do rapaz. Com uma agilidade que surpreendeu , ela arrancou seu cinto brutalmente e abriu o zíper da calça jeans e o botão de cima, liberando aquela área para e si. Vendo a cueca box preta já com a ereção proeminente do rapaz, deu uma risadinha lasciva que fez o japonês engolir seco e responder fisicamente a provocação, pulsando.
— Nossa. — falou, quebrando o silêncio, o que deixou o rapaz ainda mais nervoso, porém excitado por conta do tom de voz da garota. — Eu nem te toquei e você já está assim? — Ela provocou. não conseguia dizer nenhuma palavra, apenas deu um suspiro. — Tudo bem, vou entender isso como um sim. — A mascarada riu. — Mas e se eu fizer isso? O que será que vai fazer, hein, amor? — Despretensiosa, ela colocou a mão dentro da peça de roupa, tirando o órgão duro de lá, liberando-o daquela prisão de tecido.
— Ah, Sugoi! — Ele apertou o lençol do futon, sentindo seu membro enrijecer e latejar cada vez mais na mão da jovem.
— Então o gatinho aqui é sensível? — perguntou, e apenas concordou com a cabeça. — Que adorável! Vou amar brincar com você assim! — Seu tom soou sádico, e de forma inusitada o começou a liberar mais pré-gozo de sua glande, surpreendendo a azulada. — Então você gosta de quando eu sou malvada? Como você é sujo, Mako-chan! — O provocou, mordendo-o na orelha e apertando sua glande com o polegar, começando o movimento lento de masturbação. — Mas se você quer uma garota má... — Estalou um beijo na bochecha dele, aumentando aos poucos o movimento anterior. — Você vai ter!
seguia um ritmo médio com sua mão, enquanto o rapaz ofegava e sentia que sua cabeça ia para os ares com tudo aquilo. Seu órgão não parava de pulsar na mão da heroína, ansiando para chegar ao clímax logo. Com sua respiração descompassada e expressão de luxúria, experimentava um prazer que nunca havia tido antes. Queria mais. Queria estar dentro daquela mulher de novo, a foder de todos os jeitos possíveis. Pensar naquilo de olhos fechados como estava e sentir o toque da mão dela só o deixava mais louco ainda.
— ...— a chamou, segurando-a no braço. Estava bêbado de prazer.
— Eu não falei que você podia tocar em mim, ou falei? — Ela falou, diminuindo a velocidade da punheta que estava fazendo.
— Eu preciso de mais... — Pediu baixo, quase inaudível.
— O que disse? — A mascarada perguntou confusa.
— Eu preciso de mais. — falou sério, virando o rosto para frente ao dela, segurando a nuca da garota em seu ponto mais sensível e a ouvindo suspirar. — Me dê mais disso, por favor! — Ele suplicou com sua voz rouca, o que fez ficar mais excitada do que gostaria.
Eles se olharam por um momento, perdendo-se um na imensidão azul da outra. Não tinha o que fazer, estavam os dois em ponto de bala e a moça sabia disso. Seria rápido, então não teria problema. Em silêncio, a garota ainda ajoelhada na cama, baixou o tronco, ficando de quatro. Com a cabeça perto do membro dele, não tardou a começar o que não tinha terminado. jogou a cabeça para trás e colocou a mão direita no cabelo dela, ajudando no vai e vem rítmico que a jovem estava fazendo.
— Isso... Kimochi! — Ele grunhiu, entrelaçando a mão no cabelo dela, movendo sua cintura para cima e para baixo, estocando na garganta da garota.
Querendo agir mais, moveu sua mão esquerda para o zíper do uniforme, que estava caindo lentamente, tendo a visão gostosa de seu corpo atlético, era o desejo de qualquer homem os seios de bicos tão rosados. Mais abaixo, pôde encontrar e invadir sua intimidade escondida por uma simples calcinha que fora empurrada de um lado.
Ele seguiu sua intuição e deixou as bobagens que Hitomi falava sobre para trás, e então masturbou a jovem em seu próprio ritmo. Sentia seus dedos mais molhados e a asiática gemer ainda mais contra si, então sabia que logo ela ia gozar, assim como ele. Aumentou a velocidade das estocadas, sentindo o interior dela se contrair.
— Hmf, Mako-chan... — Lucy gemeu contra seu membro, o masturbando enquanto sentia o clímax vindo. — Eu vou gozar! — Avisou e num estalo de ideia, a fez voltar o chupar, e a penetrou com o dedo em seu ponto fraco, fazendo-a gozar no instante, melando sua mão.
— Agora você é uma boa menina. — Disse massageando os lábios inferiores dela com os dedos, agora a penetrando novamente e a fazendo gemer. — Seja uma boa garota e me faça gozar. — Entrelaçou os dedos na base dos fios azulados dela, ainda estocando sua boca. Deu um pequeno sorriso malicioso para a moça, que o olhou de forma surpresa, mas logo tratou de obedecer.
Lucy acompanhou o ritmo das estocadas e lubrificou bem com sua saliva todo o órgão do rapaz. Usava sua língua com destreza, passando-a na glande e no corpo, sentindo as veias latejando. Aquilo estava sendo o céu para o . Nenhuma punheta supera aquele boquete.
estava fodidamente intenso ao receber aquele oral tão gostoso de sua garota favorita, todavia sentia dó em vê-la gozar sozinha de joelhos, teria que pensar num perfeito grand-finale.
Através do sorriso malicioso, ele notava que qualquer coisa dele a agradava também, o rapaz, que não era bobo nem nada, então ordenou:
— Espera, levante-se. — Pediu, se controlando e viu a heroína sair da posição que estava para se aproximar dele.
— Você não quer mais? — Ao parar os movimentos, encarou as íris castanhas próximas ao seu rosto.
— Quero, mas é meio injusto ver você aí sofrendo. — Disse sincero. — Me deixe cuidar de você, quero fazer isso do nosso jeito.
— Tem certeza?
— Sim! Venha, baby, agora é minha vez de jogar este jogo!
— Acredito que esse tenha sido um dos melhores boquetes que eu tenha feito. — Lucy disse sorridente indo até ele.
— Eu adorei. — Ele disse sem jeito. — Nós nunca chegamos a esse passo, né?
— Chegamos e foi muito bom.
— Mas chega de enrolação... Agora eu quero ir até o fim!
— Hm, bom garoto!
se separou dele, ficando imóvel e levantando em sua frente, vestindo aquela calcinha azul encharcada, a máscara e as luvas bloqueando o tato e a cor de seus olhos, livre da roupa desconfortável que era obrigada a usar. mordeu os lábios, preso naquele paraíso erótico. Juntos no clima gelado e satisfatório, o japonês começou a brincar com os seios que ele tanto desejava, os apertando sem escrúpulos. arfava e se arrepiava a cada minuto com a língua áspera chupando seus mamilos, mexeu a cabeça para todos os lados que pôde, ele fazia um trabalho excelente. Vendo a sua amada desesperada e sedenta por mais, logo a empurrou, prensando-a no colchão, tendo seu peso contra o dela, dando um beijo casto na nuca delicada.
Não demorou para as unhas pegarem de jeito nas suas costas e a língua invadir seus lábios, beijando-os ferozmente, o que o deixou sem fôlego mais uma vez, partindo os toques para o pescoço, seguindo do colo dos seios e indo até a barriga, até chegar ao seu sexo.
Ao se livrar da calcinha, não demorou para chupá-la e fazê-la gemer alto. levantou a cabeça e segurou mais as costas dele graças ao prazer que sentiu, se entregando toda para o homem. foi perverso, dando atenção total ao clitóris sensível e conseguia intensificar tudo ao introduzir os dois dedos nela.
— Kimochi... Mako-chan, por favor não pare. — Implorou de olhos fechados, tombando a cabeça no travesseiro.
Ela amava ser tocada por aquele homem, nenhuma sensação era discutível quando o assunto era ser masturbada por . Foi como uma viagem sexual sem precisar fazer as malas. As pernas finas da parceira estavam bambas pelo calor excessivo, até que o estudante parou, fazendo-a soltar um gemido, querendo mais. Estava tão necessitada na hora, esquecendo da promessa que havia feito para si mesma.
— Se for para gozar, que seja também com você. — Ele falou pegando na cintura dela, abrindo um preservativo logo em seguida, colocando-o em seu pau dotado.
A azulada segurou seus ombros e apenas aguardou. então pôde enfim colocar gentilmente seu órgão dentro dela, vendo-a estremecer jogando a cabeça para trás. Ele pegou as pernas da asiática e as envolveu em sua cintura, começando os movimentos lentos.
estava quente e molhada, uma combinação que o atiçava. Após dar um grunhido, intensificou a velocidade e força das estocadas, fazendo sua parceira se segurar mais forte em seu pescoço.
Os dedos dele alcançaram seus seios os apertando e girando os mamilos em sentido anti-horário isso estimulou muito mais na penetração.
— Mako-chan, isso está muito bom!
— Você é uma mulher tão linda. — Gemeu junto a ela, levando sua boca até o pescoço dela, dando fortes chupões. — Eu quero te fazer feliz, feliz para caralho! — Mordeu sua orelha e apertou com força a bunda da nipo-americana com uma das mãos, enquanto a outra forçava sua cintura.
— Hmf... Daisuki! — a voz fina entre os gemidos baixinhos fizeram o rapaz sorrir vitorioso.
A sensação de ouvir tudo aquilo e vê-la o sujar inteiro fez gozar junto a ela em um grunhido fervoroso. Seus jatos eram intensos e seu órgão duro pulsava dentro dela, lhe causando mais prazer.
sentia seu íntimo quente, com um pouco de gozo saindo para fora de seu canal e a melando mais. Logo a soltou devagar, tirando seu membro de dentro dela aos poucos, fazendo seu sêmen em excesso escorrer por suas pernas. jogou o preservativo usado na lata de lixo, percebendo a heroína exausta deitando-se em frente a ele com as madeixas oceânicas jogadas em toda sua face. Os olhares de ambos eram distantes, se mantiveram sensíveis, sabia disso, todavia a moça estava escondendo algo.
— Você precisa descansar. — Beijou sua bochecha, abraçando-a por trás. — Acho que nós dois exageramos tanto que esquecemos de conversar.
— Te direi isso na hora certa. Mas primeiro... Preciso tê-lo aqui, porque não vou ter coragem de contar.
— Espero todo o tempo do mundo que precisar para saber quem você é. — Beijou sua testa. — Aishitemasu. — Sussurrou o mais baixo possível, não tinha coragem de dizer que a amava fielmente.
[...]
Ao vestirem suas roupas de volta quando se limparam após o ato, estava pensativa e de cabeça encolhida no ombro do estudante, que lhe fazia carinho nos cabelos e em sua bochecha com os dois anelares. A mascarada parecia relaxada, e estava adorando receber aqueles carinhos que estava acostumada, mesmo não tendo a coragem de contar para ele quem realmente era fora daquele corpo no qual pertencia apenas na sua imaginação.
— -kun... — O chamou cautelosa.
— Sim?
— Nossa vida sempre será voltada a isso? Uma noite de sexo e conversa?
A pergunta pegou o garoto de surpresa.
— Para ser sincero, também andei meio distraído. Fiquei refletindo este assunto no trabalho. — Acariciava o couro cabeludo com as costas da mão. — Minha vida anda uma merda, às vezes sinto falta da ex, às vezes penso em você. Estou me achando um caso perdido!
— Entendo como se sente. — Suspirou. — Quer mesmo saber por que não revelo a minha identidade para você?
— Nunca foi um pedido. É meu sonho saber quem você é! — Enfatizou contente. — Então me conta, por favor!
sentiu seu rosto vermelho por um segundo, mas de fato não era uma ideia ruim já que para ela estava faltando sinceridade entre eles. Já era a quinta vez que a garota transava e dormia com ele e sem com contar a verdade, e isso só tornava tudo ainda mais emocionante para ela.
Sem pensar mais, a asiática levantou de seu colo, engatinhando até a cabeceira. foi até a azulada e pegou na sua destra, entrelaçando seus dedos, engolia em seco, tinha medo do que diria.
— Pense comigo, e se eu fosse mais baixa? Uma colegial genérica saída de um Shoujo? — Deu pistas sobre sua personalidade, não entendeu direito.
— Como a Usagi Tuskino? — Referiu-se à personagem principal de Sailor Moon, depois completou com mais um personagem do anime. — Ou como a Minako Aino?
— Ami Mizuno. — Disse o único nome a pensar. — A Sailor Mercury! Ela tem poder de água e cabelo azul né?
— Verdade! — Riu. — Uma perfeita e linda garota de óculos!
— Linda não seria o termo. — Gesticulou nervosa. — Ela também pode ser, sei lá, uma stalker que te aguardou a vida inteira desde o ensino médio.
O garoto ergueu as sobrancelhas, surpreso.
— Nossa. — Exclamou. — Eu era feioso nessa época, usava um aparelho azul e ficava com os esquisitos. Bom, foi assim durante o primeiro ano, até eu conhecer a e ter me adaptado a outro estilo de vida.
— Você foi administrador do clube de esportes e jogador de baseball. — deixou escapar sem querer.
— O quê?! Como sabe disso?
— Ahn, eu disse algo errado? — Se assustou com a própria pergunta. — N-não, eu falei errado, não sou a Luc...
se prontificou e ajeitou os óculos, confuso pelas pistas da mascarada. A moça, ainda sem reação por isso, ficou com o semblante terrivelmente cabisbaixo, tinha vontade de enterrar sua cabeça dentro de um buraco fundo.
— Lucy Kaori Wilde? — Falou o nome da persona real, extremamente alarmado.
A azulada então assentiu que sim, saiu de cima da cama do estudante, ficando em pé para ele. Levantou a cabeça, por fim dizendo a palavra chave de destransformação: “Apagar Chamas”.
Toda a imagem bela e sensual que ela tanto escondia foi apagada de vez da memória dele. O rapaz ficou boquiaberto, sem palavras e tendo o coração acelerado e palpitando dentro do peito. As bochechas do rapaz se tornaram rosadas, não sabia de fato o que falaria para ela.
— Vai diga alguma coisa. — Falou chorosa, escondendo um lado da face com a mão. — Me desculpa por isso! Sei que estou longe de ter algo com você.
— Er... Eu não esperava, era, era, você esse tempo todo?! — Devastado com a verdade exposta em sua cara, faltavam palavras de sua boca. — Por que mentiu para mim?
— Desculpa! — Uma lágrima se atreveu a cair nos seus olhos.
— Pare de se desculpar! — Gritou, apertando os braços da jovem. — Vivi um romance proibido este tempo todo com a garota que sequer falava comigo? Eu joguei tantas cartas suas no lixo, te rejeitei e nem ao menos percebi você na minha vida.
— Porque você ama a e não eu! — Se afastou dele. — Mas eu te amo, sou a mesma pessoa! Você não percebe isso porque é um babaca egoísta! Um fodido e mal-amado!
— Espera, aonde você vai? — Seguiu os seus passos até a janela, ele pegou no seu punho, a impedindo de ir. — Não pode ir embora, precisamos resolver essa situação!
Ele foi calado com apenas um beijo de despedida, agarrou sua cintura e suas mãos subiam até as costas dela, mas a jovem o impediu e voltou respirar. A relação não daria certo, Light estava certo e chegou à conclusão que o deixaria pelo seu próprio bem.
— Isso é para proteger nós dois. — Disse por fim, encontrando a janela meio-aberta. — Não podemos ficar juntos, Sayonara, Mako-chan.
— Lucy!
Naquela noite, ela despareceu. O coração do rapaz doía profundamente pelo arrependimento, as mentiras sempre podem destruir qualquer segredo ou até mesmo um relacionamento. virou para a janela, encarando a noite estrelada e a nipo-americana sumindo com seu disfarce.
Um dia a teria de volta, mas teria que mudar o seu pensamento idiota e infantil para conquistá-la do zero. Todavia, em outra vida.
Ele estava apaixonado por Lucy.