Único
I.
A luz fluorescente do escritório do FBI era a única coisa que iluminava durante a madrugada silenciosa. O relógio na parede marcava 2:30 da manhã, e ela continuava imersa em pilhas de papéis e telas de computador. tinha decidido ficar até tarde para estudar o caso mais intrigante de sua carreira. O criminoso conhecido apenas como Sombra tinha uma habilidade implacável em fugir de todas as armadilhas que ela vinha criando nos últimos meses. Cada novo relatório, cada pista encontrada parecia levar a uma nova encruzilhada, e a frustração de não conseguir avançar a estava consumindo.
Ela simplesmente não conseguia prender ele.
Na tela do computador, uma foto borrada de um homem encapuzado piscava intermitentemente. A imagem era uma das raras que havia conseguido recuperar das suas atividades ilícitas. A agente se perguntava sobre a verdadeira face por trás do capuz e, mais importante, quais eram os motivos que impulsionaram o homem a entrar no mundo do crime.
— Você precisa dormir, . – disse para si mesma enquanto desligava o computador e bocejava de tanto cansaço.
trancou sua sala e parou em frente a máquina de refrigerante pensando se tomava um energético para conseguir dirigir ou pegar um táxi para casa. Ela optou por dar a vitória ao cansaço e pediu um táxi do outro lado da rua. Ela não gostava que soubessem que ela trabalhava ali. Ainda mais no meio da madrugada.
Ela chegou em casa e tomou um banho bem quente e foi deitar na sua cama, mas antes que pudesse fechar os olhos, o barulho da notificação do seu celular chamou sua atenção e ela foi ver quem mandava mensagens naquela hora.
“Eu sei quem você é, şekerim. Você não vai me pegar tão fácil quanto pensa. Vi quando estava na máquina de refrigerantes. Boa escolha. Energético faz mal a saúde e você estava cansada de tanto saber de mim. Amei o dossiê. Peguei ele pra mim assim como todo resto.
Sombra.”
saltou da cama e pegou o celular com as mãos trêmulas. A mensagem a deixou em choque, ela sabia exatamente quem era o Sombra. Seu verdadeiro nome era Yılmaz. O dossiê que ele mencionou era a prova crucial contra ele, e agora parecia que ele havia conseguido fugir com os papéis de dentro do FBI.
A tela se iluminou com mais uma mensagem.
“Calma, şekerim. Não precisa ficar assustada... Adorei as cores do lençol, combinam com você. Tente me achar. Você tem quinze minutos. Tic tac.”
olhou para os lados tentando entender a situação. O quarto estava silencioso, exceto pelo zumbido baixo do ar–condicionado. Ela respirou fundo, tentando acalmar o coração acelerado. A mensagem era clara: ele estava observando–a. Mas, onde?
Ela tirou a pistola de dentro da gaveta e caminhou devagar para fora do quarto. Com a arma em punhos, ela começou a procurar por ele dentro de casa. No escritório, no banheiro, na varanda, no rooftop, no quarto de hóspedes….Quando chegou na sua sala, ela o encontrou sentado no sofá. Ele era alto, com o corpo definido, olhos claros que contrastavam perfeitamente com a cor do seu cabelo. Algo puxado entre o loiro e o ruivo. Ele também tinha barba por fazer, o que o deixava ainda mais bonito.
— Şekerim, finalmente nos conhecemos. — Ele riu sarcástico.
— Do que me chamou? — perguntou entre os dentes.
— Şekerim. — riu. — Esqueci que você é estadunidense, desculpa. Şekerim significa meu amor, meu docinho.
— Não sou seu docinho, muito menos, seu amor.
— Ainda.
manteve a arma apontada para , seus olhos se estreitando em desconfiança. Ela sabia que não podia subestimar aquele homem. se levantou lentamente do sofá, as mãos erguidas em um gesto de rendição, mas o sorriso de escárnio ainda estava em seus lábios.
— Não se preocupe, não vou machucar você, .
— Como sabe meu nome? – indagou.
— Sei de muitas coisas. – respondeu.
— Fique onde está, . — Ela avisou, mantendo a arma firme. Ele arqueou uma sobrancelha. – Também sei o seu.
— Ah, şekerim, você realmente acha que precisa disso para me parar? — Ele deu um passo à frente, ignorando o aviso da policial.
não recuou, mas sua mente trabalhava a mil por hora. era perigoso, mas ele parecia mais interessado em jogá–la em um jogo psicológico do que em qualquer confronto físico.
— Você não me conhece tão bem quanto pensa. — Ela respondeu com frieza, seus olhos nunca deixando os dele.
Ele sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos, e deu mais um passo na direção da morena. O coração de bateu forte, mas ela se manteve firme. estava perto o suficiente para que ela pudesse sentir o calor do corpo dele.
— Talvez eu não conheça... ainda. — murmurou, sua voz baixa. Ele estendeu a mão e, com um movimento lento, gentilmente afastou a arma dela. , hesitante, permitiu, sentindo uma mistura de raiva e confusão ao perceber que, de alguma forma, ele estava no controle e ela, perdendo o dela.
— O que você quer de mim? Me assustar? — A voz de soou mais suave do que ela queria, quase como uma súplica.
olhou nos olhos dela, sua expressão se suavizando por um breve momento. Ele aproximou o rosto do dela, tão próximo que ela podia sentir a respiração dele contra a sua pele.
— Quero que pare de me perseguir, . — Ele sussurrou, inclinando lentamente. – Vai ficar cada dia mais difícil me pegar…Isso se eu não te pegar primeiro. — disse subindo as mãos por trás da coxa da agente.
não se moveu, mas seu coração estava um turbilhão. Ela sabia que aquilo era um jogo, mas sentiu uma atração inescrutável por ele. roçou os lábios nos dela, primeiro de leve, quase como se pedisse permissão. Quando ela não recuou, ele aprofundou o beijo, segurando–a pela nuca com uma firmeza que a fez estremecer.
correspondeu ao beijo, sentindo–se perdida naquele momento. O mundo ao seu redor parecia desaparecer, e por um breve momento, ela se permitiu esquecer quem ele era e o perigo que ele representava. Finalmente, se afastou, seus olhos queimando nos dela.
— Isso é apenas o começo, şekerim. — Ele murmurou, com um sorriso de triunfo. Ele jogou o capuz na cabeça e pulou pela janela dela. Quando ela correu para ver o caminho que ele seguiu, ele já tinha desaparecido.
sentiu–se dividida entre a raiva e a atração. Sabia que ele era seu inimigo, mas havia acontecido algo entre eles que não podia ser negado. E isso a assustava mais do que qualquer arma ou ameaça. Quando ela voltou para a cama, em vez de dormir, ficou revivendo o beijo que havia compartilhado com . O corpo dele cobrindo o dela, a boca habilidosa, e o cheiro amadeirado que ele exalava. Ela se virou na cama, tentando afastar esses pensamentos, mas só conseguia imaginar como seria se tivessem ido além de um beijo.
Ela sabia que não deveria se deixar levar por essa provocação. Mas, ao mesmo tempo, a curiosidade a consumia. E se eles tivessem se entregado um ao outro? E se ela tivesse deixado que ele a guiasse ainda mais fundo?
O rosto dele voltou à sua mente, aquele sorriso de canto de boca, o olhar penetrante que parecia enxergar além do que ela mostrava.
Ela suspirou, finalmente aceitando que o sono não viria mais. Decidiu se levantar, buscando um copo d'água na cozinha. Talvez isso conseguisse acalmar os seus pensamentos. Mas, enquanto caminhava pelo apartamento silencioso, não podia evitar o toque fantasma dos lábios dele nos seus, a sensação dos braços fortes envolvendo–a.
Ao voltar para a cama, segurando o copo d'água, ela encarou o teto, tudo o que podia fazer era se deixar levar pela intensidade das lembranças, tentando entender o que o futuro poderia lhe reservar.
Finalmente, fechou os olhos, não para dormir, mas para mergulhar mais fundo nas imagens que sua mente criava.
II.
No dia seguinte, acordou mais cedo que o normal, tentando escapar dos pensamentos que a atormentavam desde a noite anterior. Vestiu suas roupas de corrida e saiu, o ar frio da manhã servindo como um alívio mais do que bem–vindo. Mas, mesmo assim, não conseguiu afastar a presença dele de sua mente. ou melhor, Sombra não a deixava em paz, nem mesmo em seus sonhos.
Ela sonhou com ele, sentindo as mãos dele percorrendo seu corpo, cada toque despertando sensações que ela nunca tinha sentido com homem nenhum. Seus lábios exploravam cada centímetro do corpo dela, enquanto ele a dominava completamente, tornando impossível para ela resistir. O sonho era tão vívido que ainda podia sentir o calor dele em sua pele.
parou de correr abruptamente, suas pernas tremendo, e apoiou as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego. O esforço físico não tinha sido suficiente para espantar a memória daquela noite.
Então caminhou até uma cafeteria, pediu um copo grande de café e voltou para casa. Em seguida, entrou no chuveiro e tomou um banho quente antes de ir para o escritório do FBI. Ela sabia que se estivesse ocupada com o trabalho, seria impossível ela pensar nele.
Após sair do seu banho, ela optou por um terno preto, simples, mas profissional. Enquanto se maquiava pelo espelho, seu telefone vibrou em cima da cama.
“Precisamos de você aqui o quanto antes. Temos uma nova pista.”
Ela sorriu, pegou sua bolsa, verificou se sua arma estava no coldre, e saiu de casa em direção ao escritório, onde o trabalho a esperava. A cidade começava a despertar, e o trânsito estava começando a ficar agitado, mas ela sabia que nada como um novo dia para colocar a consciência dela no lugar.
Ao chegar ao escritório, foi recebida por Mark, que a aguardava com uma expressão séria.
— Encontramos algo importante… – ele disse, enquanto a levava para a sala de reuniões.
Lá, as luzes estavam apagadas, exceto pelo brilho de uma tela onde uma foto estava projetada. Era ele. Com o rosto totalmente descoberto. Ela sentiu o estômago apertar. Ela só não sabia qual das razões.
— Isso acabou de chegar. — ele continuou, apontando para a foto. — A verdadeira face do Sombra.
— Ótimo equipe, bom trabalho. – ela disse olhando todos. – Vamos armar para termos certeza que dessa vez ele não vai escapar. – Não contei antes para ninguém se frustrar, mas ele esteve aqui. Levou todo nosso dossiê, então vamos ter que começar do zero.
A sala explodiu em xingamentos e murmúrios de desânimo, coçou a testa com a unha devagar pensando em como contornar a situação.
— Eu sei que é chato, mas não podemos nos dar ao luxo de perder tempo lamentando. Vamos usar isso a nosso favor. Se ele tem o dossiê, ele acha que tem vantagem sobre nós. Mas nós temos algo que ele não tem…Determinação e inteligência. Somos o FBI, temos os melhores homens e mulheres conosco. Primeiro, vamos revisar tudo o que lembramos. Vamos mapear todas as informações que ainda temos. Ele pode ter levado o dossiê, mas não levou o nosso talento.
Um dos integrantes, Jack, levantou a mão hesitante.
— E se ele já estiver usando as informações contra nós? — A pergunta pairou no ar
— Se ele estivesse agindo, já saberíamos. O fato de não termos sinais de movimento indica que ele ainda está planejando seu próximo passo. E é aí que nós entramos. Se ele tem o nosso dossiê, sabemos exatamente o que ele sabe. Vamos dividir as tarefas. Cada um vai se concentrar em sua especialidade e trazer todas as informações. Não vamos apenas reconstruir o que foi perdido; vamos melhorar e estar um passo à frente. Não vamos deixá–lo escapar desta vez.
III.
Algumas semanas depois, eles tinham um novo dossiê sobre , e guardou–o dentro do cofre em sua sala, que só abria com reconhecimento de retina, garantindo que seria impossível para roubar dessa vez. A equipe trabalhou arduamente para reconstruir cada detalhe, adicionando novas informações e estratégias para capturar . Desta vez, eles estavam mais preparados, mais determinados.
Naquela noite, novamente ficou na sala até tarde, revisando o dossiê mais uma vez. Cada página era meticulosamente detalhada, cada plano cuidadosamente elaborado. Ela sabia que era inteligente, talvez mais do que qualquer um deles, mas também sabia que ele era arrogante.
"Você acha que está segura? Sempre há um caminho. Sempre estou a dois passos de você. Dentro da sua cabeça. Mas, confesso que queria estar em outros lugares…Está linda hoje com essa cacharrel preta."
sentiu um calafrio encontrar sua espinha. Olhou pela janela da sala, instintivamente checando as câmeras de segurança pelo computador. Tudo parecia em ordem, mas a sensação de que algo estava observada não a deixava.
"Não tenho tempo para os seus joguinhos, ." Ela digitou uma resposta rápida.
"Me chamando pelo nome, isso é muito sexy, şekerim."
Ele estava tentando desestabilizá–la, mas ela não deixaria isso acontecer de novo. Desligou o telefone e tentou focar novamente no trabalho, mas a mensagem continuava a ressoar em sua mente.
Enquanto caminhava pelos corredores, o telefone vibrou novamente. o olhou com desconfiança e viu que era uma notificação de localização. O local era um café discreto a algumas ruas de distância. A mensagem incluía um convite.
"Vamos conversar. Sem câmeras, sem distrações."
Ela hesitou por um momento, ponderando se deveria ou não ir. Mas a curiosidade e a necessidade de resolver a situação a empurraram para fora do prédio.
O café era pequeno e aconchegante, com luzes baixas e um ambiente tranquilo. entrou, observando atentamente o lugar para garantir que não havia nenhuma armadilha. Ela encontrou sentado em uma mesa no canto, olhando para o menu com um semblante tranquilo.
— Olá, . — levantou o olhar e sorriu.
se aproximou, mantendo uma expressão neutra.
— , não tenho muito tempo. O que você quer?
— Ah, sempre tão direta, şekerim. — Ele se levantou e puxou uma cadeira para ela. — Por favor, sente–se.
hesitou, mas finalmente se sentou, observando atentamente.
— O que você tem a dizer?
se recostou na cadeira e a observou com um olhar calculista.
— Eu só queria esclarecer algumas coisas. Acredito que temos um mal–entendido aqui. Eu peguei o dossiê e vocês fizeram outro? Me magoou. – disse botando a mão no coração.
franziu a testa, ouvindo a provocação de . Ele estava se aproveitando da situação, jogando com suas emoções.
— Imagina sua decepção quando for preso. — retrucou, cruzando os braços.
riu, um som que parecia mais uma provocação do que uma reação genuína.
— Şekerim, você percebeu que já é a segunda vez que você fica cara a cara comigo e não me prende? — Ele se inclinou para frente, seu olhar desafiador e sedutor. — Não acha que é hora de reconsiderar suas estratégias?
sentiu uma onda de frustração misturada com algo inesperado. Era difícil ignorar o charme e a confiança de , mesmo quando ele estava sendo insuportavelmente provocador.
— Não estou aqui para jogar seu jogo, . — Ela respondeu, tentando manter a calma, mas sua voz traía uma fraqueza. — Se você tem algo a dizer, apenas diga.
se inclinou ainda mais, seu rosto agora a poucos centímetros do dela. O ar entre eles estava carregado de tensão e eletricidade.
— Eu só queria esclarecer algumas coisas. — Ele sussurrou, a voz baixa e sedutora. — Como você consegue me deixar tão interessado, mesmo quando tenta me prender?
sentiu um frio na barriga, o olhar de era hipnotizante. Ela estava tão perto que podia sentir a temperatura do corpo dele.
— E por que eu deveria acreditar nesse papinho? — Ela perguntou, a voz quase um sussurro, enquanto seu coração acelerava.
levantou a mão, tocando o rosto de com a ponta dos dedos de forma suave, um gesto inesperado que a fez prender a respiração.
— Porque, şekerim, eu sei que você e eu daríamos certo.. — Ele se inclinou ainda mais, os lábios quase tocando os dela. — E eu sei que você sente o mesmo que eu.
estava à beira de perder a compostura. O desejo e a frustração se misturavam em um turbilhão de emoções. Sem pensar, ela se inclinou e encontrou os lábios de . O beijo foi intenso e carregado de uma paixão que ela não sabia que tinha, um impulso dado pela tensão acumulada e pela atração mútua. reagiu imediatamente, envolvendo os braços em torno dela e aprofundando o beijo.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes. olhou para , seus olhos brilhando com uma mistura de surpresa e desejo.
— Isso... — começou, mas as palavras fugiram dela.
— Agora que estamos em sintonia, talvez possamos começar a resolver o que realmente importa. — Ele murmurou, ainda segurando seu rosto com ternura.
— Então, vamos ver o que você tem a oferecer. — Ela disse, com um tom mais suave e decidido, enquanto se afastava ligeiramente.
— Você tem um agente duplo. Aposto que não sabia dessa, şekerim. Como acha que tenho fugido de vocês por tanto tempo?
ficou em silêncio tentando processar a informação. Um agente duplo seria uma boa resposta para sua desvantagem constante nas operações. Isso explicaria como tudo tem dado errado. A revelação fazia todo o sentido, mas, ao mesmo tempo, era devastadora. Se havia um traidor entre eles, isso significava que ninguém era totalmente confiável, que qualquer um poderia ter plantado ele lá dentro duas vezes.
sentiu uma onda de raiva misturada com desespero. Mas ela sabia que perder a calma agora não ajudaria.
— Quem é?
— Você vai ter que descobrir sozinha.
sabia que, a partir daquele momento, nada mais seria o mesmo. Ela estava em uma corrida contra o tempo.
IV.
Alguns meses depois…
Desde que revelou a que havia um agente duplo em sua equipe e que ele o ajudava a escapar tão rapidamente das suas mãos, ela não conseguia mais confiar em ninguém. Trancou-se em sua sala e limitou as conversas ao estritamente necessário. Em casa, estudava cada passo que haviam dado, tentando descobrir quem poderia estar contra eles. Nada fazia sentido, especialmente o fato de que ela não conseguia parar de pensar nele.
Enquanto caminhava de um lado para o outro, tentando organizar seus pensamentos, foi interrompida pelo som inesperado da campainha. Franziu o cenho, hesitando por um momento antes de ir atender. Ao abrir a porta, encontrou sua equipe reunida na entrada, todos com expressões sérias e preocupadas.
— , precisamos conversar. — disse Sarah.
Os outros membros da equipe, Mark, Jack e Jenna, assentiram em silêncio, indicando que a preocupação era compartilhada por todos.
Ela deu um passo para trás, permitindo que todos entrassem, e os conduziu para a sala de estar. Depois de uma breve troca de olhares entre eles, Mark, sempre o mais direto, tomou a iniciativa.
— , notamos que você tem agido de forma diferente nos últimos dias…— começou ele. — Você se isolou, mal fala com a gente, e isso está nos preocupando. Sabemos que algo aconteceu, mas você precisa nos contar o que foi. Somos uma equipe. Apesar de ser nossa chefe, ainda somos a sua equipe.
sentiu a culpa lhe corroer ouvindo as palavras de Mark, mas ainda estava em dúvida para compartilhar o que tinha acontecido.
— ou Sombra, como quiserem chamar, me mandou uma mensagem que há um agente duplo na nossa equipe. Ele afirmou que essa pessoa foi a responsável por ajudá-lo a escapar tantas vezes, mesmo quando estávamos tão perto de capturá-lo. Desde então, não consigo mais confiar em ninguém... nem mesmo em vocês.
— Um agente duplo? Na nossa equipe? , isso... isso é grave. – disse Sarah
— Eu sei. — respondeu . — E essa ideia tem me tirado o sono. Comecei a ver suspeitas em todos, questionando cada movimento, cada palavra. E isso me levou a me afastar, a tentar entender quem poderia ser... mas quanto mais eu pensava, menos fazia sentido.
— , nós precisamos te contar algo que descobrimos. – Jack disse limpando a garganta.
Ele trocou um olhar significativo com os outros antes de continuar.
— Depois que percebemos que você estava agindo de forma estranha, decidimos investigar o que poderia estar acontecendo. Sabíamos que tinha algo a ver com , então analisamos tudo o que tínhamos sobre ele. — Mark tomou a palavra novamente, reforçando o que Jack dizia.
— Examinamos todos os registros, todas as comunicações e as movimentações da equipe nos últimos meses. E o que descobrimos foi que ele mentiu para você, . Não há nenhum agente duplo entre nós.
— Pense nisso, . é um mestre da manipulação. Ele sabia que se plantasse a dúvida, poderia desestabilizar você e, consequentemente, todos nós. Ele queria que você começasse a desconfiar de todos nós, que se isolasse, para que ficássemos mais vulneráveis. – Jenna, que até então observava atentamente a reação de , argumentou.
— Ele sabe o quanto você é forte e determinada, . Mas também sabe que, se conseguir quebrar a sua confiança, ele terá uma vantagem. Era esse o plano dele. Fazer você questionar tudo e todos ao seu redor. – Sarah se aproximou de , colocando uma mão gentil em seu ombro.
sentiu um misto de alívio e raiva crescer dentro de si. Alívio por saber que sua equipe permanecia fiel, e raiva por ter caído no jogo de . respirou fundo, sentindo o peso que carregava para começar a se dissipar.
— Vocês têm razão. Eu não deveria ter duvidado de vocês. Obrigada por terem vindo, por terem esclarecido isso. Vamos acabar com , juntos.
Com uma nova determinação em seus olhos, sabia que, apesar do golpe, estava pronta para enfrentar o desafio. E desta vez, ela tinha sua equipe ao lado, mais forte do que nunca.
Quando eles foram embora, resolveu que ia tirar isso a limpo com . Ela pegou seu celular e mandou uma mensagem.
“Precisamos conversar. Sobre o agente duplo.”
A mensagem veio logo em seguida.
“Estou na fábrica desativada da cidade. Te mandei a localização.”
— Peguei você. — ela disse baixo.
trocou de roupa e entrou no carro e partiu para a fábrica. Ela ia prender ele sozinha. Tinha virado logo pessoal.
V.
o seguiu até uma antiga fábrica desativada à beira da cidade. Ela entrou devagar, sabendo que ele não estava longe. O ambiente estava escuro, com apenas a luz da lua filtrando através das janelas quebradas, criando sombras nas paredes. Ela desligou o celular e seguiu seus instintos.
seguiu o som dos passos dele, adentrando cada vez mais na antiga fábrica. O lugar, há muito tempo abandonado, servia como um esconderijo perfeito para ele. Ela subiu as escadas e encontrou o mesmo sentado numa mesa, como se estivesse esperando por ela. Ele estava lá, recostado, como se aquele caos fosse seu santuário. Ao perceber sua presença, ele se virou lentamente para encará-la, um sorriso irônico se formando em seus lábios.
parou, com o coração acelerado e a mente em conflito. Prender ele sempre fora sua missão, mas o que acontecia entre eles a deixava dividida. A intimidade que compartilhavam a colocava em uma encruzilhada. Respirando fundo, ela sabia que precisava tomar uma decisão, mesmo que isso custasse mais do que ela estava preparada para perder.
— Você realmente está determinada, não é? Agora é saber se vai conseguir me prender, agente.
— Eu vou. — respondeu, mantendo a firmeza em sua voz enquanto se aproximava. — E agora, é o fim para você. Mentiu pra mim sobre minha equipe.
De repente, ele deu um passo em direção a , sua presença dominando o espaço. Sem pensar, se viu atraída por ele, sua determinação começando a vacilar. A proximidade deles fez com que os sentidos de fossem inundados com uma mistura de perigo e desejo. Ele a olhou diretamente nos olhos, e por um breve instante, o tempo pareceu parar.
— Achou mesmo que eu não atrapalharia vocês? Eu sabia que se fingisse que tinha um espião na sua equipe, você ficaria desestruturada. O que você realmente quer, ?— ele sussurrou, sua voz suave e tentadora.
—Você quer me prender, ou há algo mais que você deseja?
A pergunta a fez hesitar. Ela estava dividida entre seu dever e uma atração crescente que a desafiava. A responsabilidade de cumprir sua missão e a necessidade de justiça estavam em conflito com a intensidade do momento. A sensação de estar tão perto de um homem que representava tudo o que ela deveria combater era avassaladora.
Ele se inclinou lentamente, e , perdida em seus olhos, não conseguiu recuar. Ela agarrou seu rosto e seus lábios se encontraram em um beijo inesperado, profundo e carregado de emoção. O contato foi intenso, misturando a adrenalina do perigo com um desejo crescente. Ele a pegou pelas pernas e caminhou até a mesa com ela, a sentando na beirada. Ela mordiscou a boca dele tirando uma linha fina de sangue. Ele arfou e imprensou o corpo contra o dela, a fazendo sentir sua excitação na cintura. mordiscou a própria boca e tirou as roupas que usava ficando só com uma lingerie vermelha de renda. sorriu com a imagem à sua frente e tirou as dele, ficando só com uma boxer preta.
Domada pelo desejo e pela proibição do momento, ela se aproximou dele e se ajoelhou sorrindo. Contornando a cabeça do pau dele com a língua, ela o engoliu devagar. O mesmo jogou o quadril para frente dando mais acesso a boca da mulher. Ela o encarou por alguns segundos e continuou o estimulando com a boca. Ele era grande em todos os sentidos.
Ela respirou fundo e o enfiou até no final da garganta e quando o tirou da boca, só havia uma linha de saliva unindo os dois. Ela o olhou safada e voltou a engolir o pau dele, sem tirar os olhos do homem na sua frente. Uma de suas mãos estava ajudando ela a chupá—lo enquanto a outra segurava sua perna.
— Cacete, . Quero que se toque enquanto faz isso, você consegue? Mas se gozar, a gente vai parar aqui. — ordenou. — Quem vai te fazer gozar aqui dentro sou eu.
Como se fosse um fantoche, ela abriu as pernas o suficiente para descer a mão entre suas coxas, colocando a peça íntima de lado e enfiou o dedo anelar e o do meio em si mesma. Ela tentava controlar a boca e os dedos ao mesmo tempo. Nem ela sabia como estava fazendo isso se a cada estocada que dava em si fazia seu estômago se apertar. Ela continuou o boquete até começar a sentir líquido pré—gozo dele chegar na sua garganta e o estimulou ainda mais rápido, fazendo com que ele gozasse na sua boca. Ela limpou o canto dos lábios e subiu beijando o corpo dele até chegar na sua boca com um beijo fervoroso. O loiro a pegou pelas pernas e a sentou de novo na mesa. Ele enfiou os dedos dentro da calcinha da morena e a rasgou. Ela não se importava com quantas peças ele rasgaria, apenas queria ele. Ela tirou o próprio sutiã e o jogou em qualquer canto.
— Abre as pernas pra mim.
Ela abriu as pernas e foi a vez dele se ajoelhar, lambendo toda sua extensão a fazendo gemer tão alto que fez eco dentro do lugar. Ela nunca tinha sido chupada com tanta vontade, ela o agarrou pelo cabelo e rebolou no seu rosto fazendo seu nariz encostar no seu ponto mais sensível enquanto ele mordiscava seus lábios devagar. Quando ele enfiou a língua dentro dela, sentiu seu corpo se contrair e gozou com vontade, sentindo seu corpo relaxar. Ele se afastou rapidamente apenas para pegar a carteira no bolso de trás da calça, mostrando um pacote pequeno nas mãos. Ele ficou entre as pernas dela e sorriu malicioso.
— Camisinha. — ela o encarou confusa. — Ando prevenido, şekerim.
Ela revirou os olhos pelo apelido e o chamou pelo dedo. Ele se aproximou enquanto ela abria o pacote com o dente e a deslizou por completo nele. Depois de o cobrir com a camisinha, ele a penetrou de uma vez só, a fazendo gritar pelo seu tamanho. Ele sorriu satisfeito mordendo a boca enquanto a mulher na sua frente respirava pesado.
— Porra. Eu não vou conseguir…— choramingou
— Vai sim. Você vai me engolir inteiro com essa sua bocetinha apertada.Você nunca mais vai querer outro pau te comendo. Quando você gozar, vai ser por minha causa, e por causa do meu pau.
Por mais que pudesse ter doído, o prazer de sentir ele dentro de si era muito melhor do que se isso fosse incomodar no dia seguinte. Depois de estar completamente dentro dela, ele saiu e entrou mais uma vez. começou a se movimentar com um vai e vem curto e lento, alternando os movimentos. Ela arranhou as costas dele enquanto ele puxava o cabelo dela e marcava o pescoço da mesma com os dentes. Ele entrava e saía de uma vez só, sem pudor. Ele podia sentir ela o engolir até o talo. O barulho dos corpos batendo um contra o outro só aumentava o desejo dos dois. Era gostoso, era mútuo, era proibido. Ele soltou o pescoço dela para observar seu rosto e encontrou os olhos dela olhando de volta, cheios de luxúria e desejo compartilhado. Ela mordeu a boca e chegou perto do ouvido dele fazendo um pedido.
— Me come por trás.
Ele assentiu hipnotizado pelo pedido e saiu dela rápido, ele a levou até o braço do sofá de corino e a mesma se empinou para trás e deitou o resto do corpo no objeto. Ele mordeu a boca e deu um tapa forte na bunda dela, que soltou um gritinho de prazer. Ele afastou novamente as pernas dela e a penetrou por trás. Ela estava completamente exposta, vulnerável. Naquela posição, parecia que ele conseguia ir ainda mais fundo dentro dela, como se fosse possível. Ele a segurou pelos seios e fazia movimentos de sobe e desce com ela. aproveitou para estimular pelos mamilos e começou a brincar com os dois. Fazendo com que ela gemesse ainda mais.
— Porra, şekerim, você é tão gostosa. Sua boceta apertando meu pau tá me deixando louco.
— Me fode com bastante força, vai.
— gemeu. — Bem aqui. — ela desceu uma das mãos dele e a posicionou no seu clitóris.
— Quer que eu te foda igual uma vagabunda, é? — disse puxando o cabelo dela até ela ficar cara a cara com ele. – Então eu vou te foder como você quiser, mas quero te ouvir gemendo meu nome.
beijou com força e com a mão livre começou estimular seu clitóris com lentidão enquanto continuava metendo dentro dela. Completamente entregue, ela começou a gemer o nome dele, o que fez ele gemer junto com ela. Os corpos dos dois já estavam suados e eles não tinham nenhuma intenção de parar.
— Tira a camisinha. — pediu. – Eu sei que você não tem nada, eu também não. – Ele a olhou confuso. — Investiguei tudo sobre você, lembra?
Ele saiu de dentro dela e jogou a camisinha em qualquer canto. Ela deitou no sofá e esperou ele meter. Ele deslizou para dentro dela com mais facilidade dessa vez devido ela estar pingando de excitação.
—Você é muito gostoso, sabia? — disse gemendo. — Se eu soubesse que você fodia tão bem, tinha te caçado antes.
— Porra ….Não fala assim. — gemeu escondendo o rosto nela.
— Não aguenta? — provocou
Ele a olhou desafiador e saiu bem devagar, voltando a meter ainda mais lento, a torturando. A morena rebolou devagar ele a beijou. Os dois se movimentaram juntos, esquecendo que são de mundos completamente diferentes. Ele continuou por mais algumas vezes até que ele sentiu o gozo dela lambuzando seu pau. Ele sorriu vitorioso e continuou empurrando contra ela. Ele aproveitou e a marcou nos ombros com os dentes. Ele queria que ela lembrasse no dia seguinte que ele esteve nela. De todos os jeitos.
— Goza em mim, . — ela pediu mansinho.
Ele mordeu os próprios lábios e continuou metendo, dessa vez agarrando os quadris dela com força e a fodeu até que ele explodiu dentro dela, gemendo seu nome. Quando ele saiu de dentro dela, o gozo dos dois estava misturado e escorrendo de dentro dela. Ele se abaixou e chupou o líquido dos dois, levando até a boca da morena. Os dois se beijaram até que os batimentos deles se recuperaram. Ele ajudou ela a se vestir e deu um beijo casto nos seus lábios.
— Você realmente vai me prender depois de gozar desse jeito comigo? – ele perguntou, seu tom desafiador e provocativo, enquanto fechava o sutiã dela.
— Você ainda terá que responder por seus crimes. Mas não hoje.
— Mal posso esperar pelo nosso próximo encontro — ele disse com um sorriso malicioso, piscando antes de desaparecer nas sombras. — Da próxima vez, use um conjunto preto. Tenho certeza de que você vai ficar ainda mais irresistível.
Enquanto ele desaparecia na escuridão, revirou os olhos sorrindo e balançou a cabeça, tentando não dar ouvidos ao que ele disse. Mas a forma como ele disse, o tom de voz rouco, deixava claro que ele estava falando sério. suspirou, ainda sentindo o coração acelerado. Ela entrou no seu carro e enquanto dirigia de volta para casa, prometeu a si mesma que da próxima vez, talvez, ela usasse aquele conjunto preto. Afinal, não custava nada testar as intenções dele... e, quem sabe, as suas próprias.
A luz fluorescente do escritório do FBI era a única coisa que iluminava durante a madrugada silenciosa. O relógio na parede marcava 2:30 da manhã, e ela continuava imersa em pilhas de papéis e telas de computador. tinha decidido ficar até tarde para estudar o caso mais intrigante de sua carreira. O criminoso conhecido apenas como Sombra tinha uma habilidade implacável em fugir de todas as armadilhas que ela vinha criando nos últimos meses. Cada novo relatório, cada pista encontrada parecia levar a uma nova encruzilhada, e a frustração de não conseguir avançar a estava consumindo.
Ela simplesmente não conseguia prender ele.
Na tela do computador, uma foto borrada de um homem encapuzado piscava intermitentemente. A imagem era uma das raras que havia conseguido recuperar das suas atividades ilícitas. A agente se perguntava sobre a verdadeira face por trás do capuz e, mais importante, quais eram os motivos que impulsionaram o homem a entrar no mundo do crime.
— Você precisa dormir, . – disse para si mesma enquanto desligava o computador e bocejava de tanto cansaço.
trancou sua sala e parou em frente a máquina de refrigerante pensando se tomava um energético para conseguir dirigir ou pegar um táxi para casa. Ela optou por dar a vitória ao cansaço e pediu um táxi do outro lado da rua. Ela não gostava que soubessem que ela trabalhava ali. Ainda mais no meio da madrugada.
Ela chegou em casa e tomou um banho bem quente e foi deitar na sua cama, mas antes que pudesse fechar os olhos, o barulho da notificação do seu celular chamou sua atenção e ela foi ver quem mandava mensagens naquela hora.
“Eu sei quem você é, şekerim. Você não vai me pegar tão fácil quanto pensa. Vi quando estava na máquina de refrigerantes. Boa escolha. Energético faz mal a saúde e você estava cansada de tanto saber de mim. Amei o dossiê. Peguei ele pra mim assim como todo resto.
Sombra.”
saltou da cama e pegou o celular com as mãos trêmulas. A mensagem a deixou em choque, ela sabia exatamente quem era o Sombra. Seu verdadeiro nome era Yılmaz. O dossiê que ele mencionou era a prova crucial contra ele, e agora parecia que ele havia conseguido fugir com os papéis de dentro do FBI.
A tela se iluminou com mais uma mensagem.
“Calma, şekerim. Não precisa ficar assustada... Adorei as cores do lençol, combinam com você. Tente me achar. Você tem quinze minutos. Tic tac.”
olhou para os lados tentando entender a situação. O quarto estava silencioso, exceto pelo zumbido baixo do ar–condicionado. Ela respirou fundo, tentando acalmar o coração acelerado. A mensagem era clara: ele estava observando–a. Mas, onde?
Ela tirou a pistola de dentro da gaveta e caminhou devagar para fora do quarto. Com a arma em punhos, ela começou a procurar por ele dentro de casa. No escritório, no banheiro, na varanda, no rooftop, no quarto de hóspedes….Quando chegou na sua sala, ela o encontrou sentado no sofá. Ele era alto, com o corpo definido, olhos claros que contrastavam perfeitamente com a cor do seu cabelo. Algo puxado entre o loiro e o ruivo. Ele também tinha barba por fazer, o que o deixava ainda mais bonito.
— Şekerim, finalmente nos conhecemos. — Ele riu sarcástico.
— Do que me chamou? — perguntou entre os dentes.
— Şekerim. — riu. — Esqueci que você é estadunidense, desculpa. Şekerim significa meu amor, meu docinho.
— Não sou seu docinho, muito menos, seu amor.
— Ainda.
manteve a arma apontada para , seus olhos se estreitando em desconfiança. Ela sabia que não podia subestimar aquele homem. se levantou lentamente do sofá, as mãos erguidas em um gesto de rendição, mas o sorriso de escárnio ainda estava em seus lábios.
— Não se preocupe, não vou machucar você, .
— Como sabe meu nome? – indagou.
— Sei de muitas coisas. – respondeu.
— Fique onde está, . — Ela avisou, mantendo a arma firme. Ele arqueou uma sobrancelha. – Também sei o seu.
— Ah, şekerim, você realmente acha que precisa disso para me parar? — Ele deu um passo à frente, ignorando o aviso da policial.
não recuou, mas sua mente trabalhava a mil por hora. era perigoso, mas ele parecia mais interessado em jogá–la em um jogo psicológico do que em qualquer confronto físico.
— Você não me conhece tão bem quanto pensa. — Ela respondeu com frieza, seus olhos nunca deixando os dele.
Ele sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos, e deu mais um passo na direção da morena. O coração de bateu forte, mas ela se manteve firme. estava perto o suficiente para que ela pudesse sentir o calor do corpo dele.
— Talvez eu não conheça... ainda. — murmurou, sua voz baixa. Ele estendeu a mão e, com um movimento lento, gentilmente afastou a arma dela. , hesitante, permitiu, sentindo uma mistura de raiva e confusão ao perceber que, de alguma forma, ele estava no controle e ela, perdendo o dela.
— O que você quer de mim? Me assustar? — A voz de soou mais suave do que ela queria, quase como uma súplica.
olhou nos olhos dela, sua expressão se suavizando por um breve momento. Ele aproximou o rosto do dela, tão próximo que ela podia sentir a respiração dele contra a sua pele.
— Quero que pare de me perseguir, . — Ele sussurrou, inclinando lentamente. – Vai ficar cada dia mais difícil me pegar…Isso se eu não te pegar primeiro. — disse subindo as mãos por trás da coxa da agente.
não se moveu, mas seu coração estava um turbilhão. Ela sabia que aquilo era um jogo, mas sentiu uma atração inescrutável por ele. roçou os lábios nos dela, primeiro de leve, quase como se pedisse permissão. Quando ela não recuou, ele aprofundou o beijo, segurando–a pela nuca com uma firmeza que a fez estremecer.
correspondeu ao beijo, sentindo–se perdida naquele momento. O mundo ao seu redor parecia desaparecer, e por um breve momento, ela se permitiu esquecer quem ele era e o perigo que ele representava. Finalmente, se afastou, seus olhos queimando nos dela.
— Isso é apenas o começo, şekerim. — Ele murmurou, com um sorriso de triunfo. Ele jogou o capuz na cabeça e pulou pela janela dela. Quando ela correu para ver o caminho que ele seguiu, ele já tinha desaparecido.
sentiu–se dividida entre a raiva e a atração. Sabia que ele era seu inimigo, mas havia acontecido algo entre eles que não podia ser negado. E isso a assustava mais do que qualquer arma ou ameaça. Quando ela voltou para a cama, em vez de dormir, ficou revivendo o beijo que havia compartilhado com . O corpo dele cobrindo o dela, a boca habilidosa, e o cheiro amadeirado que ele exalava. Ela se virou na cama, tentando afastar esses pensamentos, mas só conseguia imaginar como seria se tivessem ido além de um beijo.
Ela sabia que não deveria se deixar levar por essa provocação. Mas, ao mesmo tempo, a curiosidade a consumia. E se eles tivessem se entregado um ao outro? E se ela tivesse deixado que ele a guiasse ainda mais fundo?
O rosto dele voltou à sua mente, aquele sorriso de canto de boca, o olhar penetrante que parecia enxergar além do que ela mostrava.
Ela suspirou, finalmente aceitando que o sono não viria mais. Decidiu se levantar, buscando um copo d'água na cozinha. Talvez isso conseguisse acalmar os seus pensamentos. Mas, enquanto caminhava pelo apartamento silencioso, não podia evitar o toque fantasma dos lábios dele nos seus, a sensação dos braços fortes envolvendo–a.
Ao voltar para a cama, segurando o copo d'água, ela encarou o teto, tudo o que podia fazer era se deixar levar pela intensidade das lembranças, tentando entender o que o futuro poderia lhe reservar.
Finalmente, fechou os olhos, não para dormir, mas para mergulhar mais fundo nas imagens que sua mente criava.
II.
No dia seguinte, acordou mais cedo que o normal, tentando escapar dos pensamentos que a atormentavam desde a noite anterior. Vestiu suas roupas de corrida e saiu, o ar frio da manhã servindo como um alívio mais do que bem–vindo. Mas, mesmo assim, não conseguiu afastar a presença dele de sua mente. ou melhor, Sombra não a deixava em paz, nem mesmo em seus sonhos.
Ela sonhou com ele, sentindo as mãos dele percorrendo seu corpo, cada toque despertando sensações que ela nunca tinha sentido com homem nenhum. Seus lábios exploravam cada centímetro do corpo dela, enquanto ele a dominava completamente, tornando impossível para ela resistir. O sonho era tão vívido que ainda podia sentir o calor dele em sua pele.
parou de correr abruptamente, suas pernas tremendo, e apoiou as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego. O esforço físico não tinha sido suficiente para espantar a memória daquela noite.
Então caminhou até uma cafeteria, pediu um copo grande de café e voltou para casa. Em seguida, entrou no chuveiro e tomou um banho quente antes de ir para o escritório do FBI. Ela sabia que se estivesse ocupada com o trabalho, seria impossível ela pensar nele.
Após sair do seu banho, ela optou por um terno preto, simples, mas profissional. Enquanto se maquiava pelo espelho, seu telefone vibrou em cima da cama.
“Precisamos de você aqui o quanto antes. Temos uma nova pista.”
Ela sorriu, pegou sua bolsa, verificou se sua arma estava no coldre, e saiu de casa em direção ao escritório, onde o trabalho a esperava. A cidade começava a despertar, e o trânsito estava começando a ficar agitado, mas ela sabia que nada como um novo dia para colocar a consciência dela no lugar.
Ao chegar ao escritório, foi recebida por Mark, que a aguardava com uma expressão séria.
— Encontramos algo importante… – ele disse, enquanto a levava para a sala de reuniões.
Lá, as luzes estavam apagadas, exceto pelo brilho de uma tela onde uma foto estava projetada. Era ele. Com o rosto totalmente descoberto. Ela sentiu o estômago apertar. Ela só não sabia qual das razões.
— Isso acabou de chegar. — ele continuou, apontando para a foto. — A verdadeira face do Sombra.
— Ótimo equipe, bom trabalho. – ela disse olhando todos. – Vamos armar para termos certeza que dessa vez ele não vai escapar. – Não contei antes para ninguém se frustrar, mas ele esteve aqui. Levou todo nosso dossiê, então vamos ter que começar do zero.
A sala explodiu em xingamentos e murmúrios de desânimo, coçou a testa com a unha devagar pensando em como contornar a situação.
— Eu sei que é chato, mas não podemos nos dar ao luxo de perder tempo lamentando. Vamos usar isso a nosso favor. Se ele tem o dossiê, ele acha que tem vantagem sobre nós. Mas nós temos algo que ele não tem…Determinação e inteligência. Somos o FBI, temos os melhores homens e mulheres conosco. Primeiro, vamos revisar tudo o que lembramos. Vamos mapear todas as informações que ainda temos. Ele pode ter levado o dossiê, mas não levou o nosso talento.
Um dos integrantes, Jack, levantou a mão hesitante.
— E se ele já estiver usando as informações contra nós? — A pergunta pairou no ar
— Se ele estivesse agindo, já saberíamos. O fato de não termos sinais de movimento indica que ele ainda está planejando seu próximo passo. E é aí que nós entramos. Se ele tem o nosso dossiê, sabemos exatamente o que ele sabe. Vamos dividir as tarefas. Cada um vai se concentrar em sua especialidade e trazer todas as informações. Não vamos apenas reconstruir o que foi perdido; vamos melhorar e estar um passo à frente. Não vamos deixá–lo escapar desta vez.
III.
Algumas semanas depois, eles tinham um novo dossiê sobre , e guardou–o dentro do cofre em sua sala, que só abria com reconhecimento de retina, garantindo que seria impossível para roubar dessa vez. A equipe trabalhou arduamente para reconstruir cada detalhe, adicionando novas informações e estratégias para capturar . Desta vez, eles estavam mais preparados, mais determinados.
Naquela noite, novamente ficou na sala até tarde, revisando o dossiê mais uma vez. Cada página era meticulosamente detalhada, cada plano cuidadosamente elaborado. Ela sabia que era inteligente, talvez mais do que qualquer um deles, mas também sabia que ele era arrogante.
"Você acha que está segura? Sempre há um caminho. Sempre estou a dois passos de você. Dentro da sua cabeça. Mas, confesso que queria estar em outros lugares…Está linda hoje com essa cacharrel preta."
sentiu um calafrio encontrar sua espinha. Olhou pela janela da sala, instintivamente checando as câmeras de segurança pelo computador. Tudo parecia em ordem, mas a sensação de que algo estava observada não a deixava.
"Não tenho tempo para os seus joguinhos, ." Ela digitou uma resposta rápida.
"Me chamando pelo nome, isso é muito sexy, şekerim."
Ele estava tentando desestabilizá–la, mas ela não deixaria isso acontecer de novo. Desligou o telefone e tentou focar novamente no trabalho, mas a mensagem continuava a ressoar em sua mente.
Enquanto caminhava pelos corredores, o telefone vibrou novamente. o olhou com desconfiança e viu que era uma notificação de localização. O local era um café discreto a algumas ruas de distância. A mensagem incluía um convite.
"Vamos conversar. Sem câmeras, sem distrações."
Ela hesitou por um momento, ponderando se deveria ou não ir. Mas a curiosidade e a necessidade de resolver a situação a empurraram para fora do prédio.
O café era pequeno e aconchegante, com luzes baixas e um ambiente tranquilo. entrou, observando atentamente o lugar para garantir que não havia nenhuma armadilha. Ela encontrou sentado em uma mesa no canto, olhando para o menu com um semblante tranquilo.
— Olá, . — levantou o olhar e sorriu.
se aproximou, mantendo uma expressão neutra.
— , não tenho muito tempo. O que você quer?
— Ah, sempre tão direta, şekerim. — Ele se levantou e puxou uma cadeira para ela. — Por favor, sente–se.
hesitou, mas finalmente se sentou, observando atentamente.
— O que você tem a dizer?
se recostou na cadeira e a observou com um olhar calculista.
— Eu só queria esclarecer algumas coisas. Acredito que temos um mal–entendido aqui. Eu peguei o dossiê e vocês fizeram outro? Me magoou. – disse botando a mão no coração.
franziu a testa, ouvindo a provocação de . Ele estava se aproveitando da situação, jogando com suas emoções.
— Imagina sua decepção quando for preso. — retrucou, cruzando os braços.
riu, um som que parecia mais uma provocação do que uma reação genuína.
— Şekerim, você percebeu que já é a segunda vez que você fica cara a cara comigo e não me prende? — Ele se inclinou para frente, seu olhar desafiador e sedutor. — Não acha que é hora de reconsiderar suas estratégias?
sentiu uma onda de frustração misturada com algo inesperado. Era difícil ignorar o charme e a confiança de , mesmo quando ele estava sendo insuportavelmente provocador.
— Não estou aqui para jogar seu jogo, . — Ela respondeu, tentando manter a calma, mas sua voz traía uma fraqueza. — Se você tem algo a dizer, apenas diga.
se inclinou ainda mais, seu rosto agora a poucos centímetros do dela. O ar entre eles estava carregado de tensão e eletricidade.
— Eu só queria esclarecer algumas coisas. — Ele sussurrou, a voz baixa e sedutora. — Como você consegue me deixar tão interessado, mesmo quando tenta me prender?
sentiu um frio na barriga, o olhar de era hipnotizante. Ela estava tão perto que podia sentir a temperatura do corpo dele.
— E por que eu deveria acreditar nesse papinho? — Ela perguntou, a voz quase um sussurro, enquanto seu coração acelerava.
levantou a mão, tocando o rosto de com a ponta dos dedos de forma suave, um gesto inesperado que a fez prender a respiração.
— Porque, şekerim, eu sei que você e eu daríamos certo.. — Ele se inclinou ainda mais, os lábios quase tocando os dela. — E eu sei que você sente o mesmo que eu.
estava à beira de perder a compostura. O desejo e a frustração se misturavam em um turbilhão de emoções. Sem pensar, ela se inclinou e encontrou os lábios de . O beijo foi intenso e carregado de uma paixão que ela não sabia que tinha, um impulso dado pela tensão acumulada e pela atração mútua. reagiu imediatamente, envolvendo os braços em torno dela e aprofundando o beijo.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes. olhou para , seus olhos brilhando com uma mistura de surpresa e desejo.
— Isso... — começou, mas as palavras fugiram dela.
— Agora que estamos em sintonia, talvez possamos começar a resolver o que realmente importa. — Ele murmurou, ainda segurando seu rosto com ternura.
— Então, vamos ver o que você tem a oferecer. — Ela disse, com um tom mais suave e decidido, enquanto se afastava ligeiramente.
— Você tem um agente duplo. Aposto que não sabia dessa, şekerim. Como acha que tenho fugido de vocês por tanto tempo?
ficou em silêncio tentando processar a informação. Um agente duplo seria uma boa resposta para sua desvantagem constante nas operações. Isso explicaria como tudo tem dado errado. A revelação fazia todo o sentido, mas, ao mesmo tempo, era devastadora. Se havia um traidor entre eles, isso significava que ninguém era totalmente confiável, que qualquer um poderia ter plantado ele lá dentro duas vezes.
sentiu uma onda de raiva misturada com desespero. Mas ela sabia que perder a calma agora não ajudaria.
— Quem é?
— Você vai ter que descobrir sozinha.
sabia que, a partir daquele momento, nada mais seria o mesmo. Ela estava em uma corrida contra o tempo.
IV.
Alguns meses depois…
Desde que revelou a que havia um agente duplo em sua equipe e que ele o ajudava a escapar tão rapidamente das suas mãos, ela não conseguia mais confiar em ninguém. Trancou-se em sua sala e limitou as conversas ao estritamente necessário. Em casa, estudava cada passo que haviam dado, tentando descobrir quem poderia estar contra eles. Nada fazia sentido, especialmente o fato de que ela não conseguia parar de pensar nele.
Enquanto caminhava de um lado para o outro, tentando organizar seus pensamentos, foi interrompida pelo som inesperado da campainha. Franziu o cenho, hesitando por um momento antes de ir atender. Ao abrir a porta, encontrou sua equipe reunida na entrada, todos com expressões sérias e preocupadas.
— , precisamos conversar. — disse Sarah.
Os outros membros da equipe, Mark, Jack e Jenna, assentiram em silêncio, indicando que a preocupação era compartilhada por todos.
Ela deu um passo para trás, permitindo que todos entrassem, e os conduziu para a sala de estar. Depois de uma breve troca de olhares entre eles, Mark, sempre o mais direto, tomou a iniciativa.
— , notamos que você tem agido de forma diferente nos últimos dias…— começou ele. — Você se isolou, mal fala com a gente, e isso está nos preocupando. Sabemos que algo aconteceu, mas você precisa nos contar o que foi. Somos uma equipe. Apesar de ser nossa chefe, ainda somos a sua equipe.
sentiu a culpa lhe corroer ouvindo as palavras de Mark, mas ainda estava em dúvida para compartilhar o que tinha acontecido.
— ou Sombra, como quiserem chamar, me mandou uma mensagem que há um agente duplo na nossa equipe. Ele afirmou que essa pessoa foi a responsável por ajudá-lo a escapar tantas vezes, mesmo quando estávamos tão perto de capturá-lo. Desde então, não consigo mais confiar em ninguém... nem mesmo em vocês.
— Um agente duplo? Na nossa equipe? , isso... isso é grave. – disse Sarah
— Eu sei. — respondeu . — E essa ideia tem me tirado o sono. Comecei a ver suspeitas em todos, questionando cada movimento, cada palavra. E isso me levou a me afastar, a tentar entender quem poderia ser... mas quanto mais eu pensava, menos fazia sentido.
— , nós precisamos te contar algo que descobrimos. – Jack disse limpando a garganta.
Ele trocou um olhar significativo com os outros antes de continuar.
— Depois que percebemos que você estava agindo de forma estranha, decidimos investigar o que poderia estar acontecendo. Sabíamos que tinha algo a ver com , então analisamos tudo o que tínhamos sobre ele. — Mark tomou a palavra novamente, reforçando o que Jack dizia.
— Examinamos todos os registros, todas as comunicações e as movimentações da equipe nos últimos meses. E o que descobrimos foi que ele mentiu para você, . Não há nenhum agente duplo entre nós.
— Pense nisso, . é um mestre da manipulação. Ele sabia que se plantasse a dúvida, poderia desestabilizar você e, consequentemente, todos nós. Ele queria que você começasse a desconfiar de todos nós, que se isolasse, para que ficássemos mais vulneráveis. – Jenna, que até então observava atentamente a reação de , argumentou.
— Ele sabe o quanto você é forte e determinada, . Mas também sabe que, se conseguir quebrar a sua confiança, ele terá uma vantagem. Era esse o plano dele. Fazer você questionar tudo e todos ao seu redor. – Sarah se aproximou de , colocando uma mão gentil em seu ombro.
sentiu um misto de alívio e raiva crescer dentro de si. Alívio por saber que sua equipe permanecia fiel, e raiva por ter caído no jogo de . respirou fundo, sentindo o peso que carregava para começar a se dissipar.
— Vocês têm razão. Eu não deveria ter duvidado de vocês. Obrigada por terem vindo, por terem esclarecido isso. Vamos acabar com , juntos.
Com uma nova determinação em seus olhos, sabia que, apesar do golpe, estava pronta para enfrentar o desafio. E desta vez, ela tinha sua equipe ao lado, mais forte do que nunca.
Quando eles foram embora, resolveu que ia tirar isso a limpo com . Ela pegou seu celular e mandou uma mensagem.
“Precisamos conversar. Sobre o agente duplo.”
A mensagem veio logo em seguida.
“Estou na fábrica desativada da cidade. Te mandei a localização.”
— Peguei você. — ela disse baixo.
trocou de roupa e entrou no carro e partiu para a fábrica. Ela ia prender ele sozinha. Tinha virado logo pessoal.
V.
o seguiu até uma antiga fábrica desativada à beira da cidade. Ela entrou devagar, sabendo que ele não estava longe. O ambiente estava escuro, com apenas a luz da lua filtrando através das janelas quebradas, criando sombras nas paredes. Ela desligou o celular e seguiu seus instintos.
seguiu o som dos passos dele, adentrando cada vez mais na antiga fábrica. O lugar, há muito tempo abandonado, servia como um esconderijo perfeito para ele. Ela subiu as escadas e encontrou o mesmo sentado numa mesa, como se estivesse esperando por ela. Ele estava lá, recostado, como se aquele caos fosse seu santuário. Ao perceber sua presença, ele se virou lentamente para encará-la, um sorriso irônico se formando em seus lábios.
parou, com o coração acelerado e a mente em conflito. Prender ele sempre fora sua missão, mas o que acontecia entre eles a deixava dividida. A intimidade que compartilhavam a colocava em uma encruzilhada. Respirando fundo, ela sabia que precisava tomar uma decisão, mesmo que isso custasse mais do que ela estava preparada para perder.
— Você realmente está determinada, não é? Agora é saber se vai conseguir me prender, agente.
— Eu vou. — respondeu, mantendo a firmeza em sua voz enquanto se aproximava. — E agora, é o fim para você. Mentiu pra mim sobre minha equipe.
De repente, ele deu um passo em direção a , sua presença dominando o espaço. Sem pensar, se viu atraída por ele, sua determinação começando a vacilar. A proximidade deles fez com que os sentidos de fossem inundados com uma mistura de perigo e desejo. Ele a olhou diretamente nos olhos, e por um breve instante, o tempo pareceu parar.
— Achou mesmo que eu não atrapalharia vocês? Eu sabia que se fingisse que tinha um espião na sua equipe, você ficaria desestruturada. O que você realmente quer, ?— ele sussurrou, sua voz suave e tentadora.
—Você quer me prender, ou há algo mais que você deseja?
A pergunta a fez hesitar. Ela estava dividida entre seu dever e uma atração crescente que a desafiava. A responsabilidade de cumprir sua missão e a necessidade de justiça estavam em conflito com a intensidade do momento. A sensação de estar tão perto de um homem que representava tudo o que ela deveria combater era avassaladora.
Ele se inclinou lentamente, e , perdida em seus olhos, não conseguiu recuar. Ela agarrou seu rosto e seus lábios se encontraram em um beijo inesperado, profundo e carregado de emoção. O contato foi intenso, misturando a adrenalina do perigo com um desejo crescente. Ele a pegou pelas pernas e caminhou até a mesa com ela, a sentando na beirada. Ela mordiscou a boca dele tirando uma linha fina de sangue. Ele arfou e imprensou o corpo contra o dela, a fazendo sentir sua excitação na cintura. mordiscou a própria boca e tirou as roupas que usava ficando só com uma lingerie vermelha de renda. sorriu com a imagem à sua frente e tirou as dele, ficando só com uma boxer preta.
Domada pelo desejo e pela proibição do momento, ela se aproximou dele e se ajoelhou sorrindo. Contornando a cabeça do pau dele com a língua, ela o engoliu devagar. O mesmo jogou o quadril para frente dando mais acesso a boca da mulher. Ela o encarou por alguns segundos e continuou o estimulando com a boca. Ele era grande em todos os sentidos.
Ela respirou fundo e o enfiou até no final da garganta e quando o tirou da boca, só havia uma linha de saliva unindo os dois. Ela o olhou safada e voltou a engolir o pau dele, sem tirar os olhos do homem na sua frente. Uma de suas mãos estava ajudando ela a chupá—lo enquanto a outra segurava sua perna.
— Cacete, . Quero que se toque enquanto faz isso, você consegue? Mas se gozar, a gente vai parar aqui. — ordenou. — Quem vai te fazer gozar aqui dentro sou eu.
Como se fosse um fantoche, ela abriu as pernas o suficiente para descer a mão entre suas coxas, colocando a peça íntima de lado e enfiou o dedo anelar e o do meio em si mesma. Ela tentava controlar a boca e os dedos ao mesmo tempo. Nem ela sabia como estava fazendo isso se a cada estocada que dava em si fazia seu estômago se apertar. Ela continuou o boquete até começar a sentir líquido pré—gozo dele chegar na sua garganta e o estimulou ainda mais rápido, fazendo com que ele gozasse na sua boca. Ela limpou o canto dos lábios e subiu beijando o corpo dele até chegar na sua boca com um beijo fervoroso. O loiro a pegou pelas pernas e a sentou de novo na mesa. Ele enfiou os dedos dentro da calcinha da morena e a rasgou. Ela não se importava com quantas peças ele rasgaria, apenas queria ele. Ela tirou o próprio sutiã e o jogou em qualquer canto.
— Abre as pernas pra mim.
Ela abriu as pernas e foi a vez dele se ajoelhar, lambendo toda sua extensão a fazendo gemer tão alto que fez eco dentro do lugar. Ela nunca tinha sido chupada com tanta vontade, ela o agarrou pelo cabelo e rebolou no seu rosto fazendo seu nariz encostar no seu ponto mais sensível enquanto ele mordiscava seus lábios devagar. Quando ele enfiou a língua dentro dela, sentiu seu corpo se contrair e gozou com vontade, sentindo seu corpo relaxar. Ele se afastou rapidamente apenas para pegar a carteira no bolso de trás da calça, mostrando um pacote pequeno nas mãos. Ele ficou entre as pernas dela e sorriu malicioso.
— Camisinha. — ela o encarou confusa. — Ando prevenido, şekerim.
Ela revirou os olhos pelo apelido e o chamou pelo dedo. Ele se aproximou enquanto ela abria o pacote com o dente e a deslizou por completo nele. Depois de o cobrir com a camisinha, ele a penetrou de uma vez só, a fazendo gritar pelo seu tamanho. Ele sorriu satisfeito mordendo a boca enquanto a mulher na sua frente respirava pesado.
— Porra. Eu não vou conseguir…— choramingou
— Vai sim. Você vai me engolir inteiro com essa sua bocetinha apertada.Você nunca mais vai querer outro pau te comendo. Quando você gozar, vai ser por minha causa, e por causa do meu pau.
Por mais que pudesse ter doído, o prazer de sentir ele dentro de si era muito melhor do que se isso fosse incomodar no dia seguinte. Depois de estar completamente dentro dela, ele saiu e entrou mais uma vez. começou a se movimentar com um vai e vem curto e lento, alternando os movimentos. Ela arranhou as costas dele enquanto ele puxava o cabelo dela e marcava o pescoço da mesma com os dentes. Ele entrava e saía de uma vez só, sem pudor. Ele podia sentir ela o engolir até o talo. O barulho dos corpos batendo um contra o outro só aumentava o desejo dos dois. Era gostoso, era mútuo, era proibido. Ele soltou o pescoço dela para observar seu rosto e encontrou os olhos dela olhando de volta, cheios de luxúria e desejo compartilhado. Ela mordeu a boca e chegou perto do ouvido dele fazendo um pedido.
— Me come por trás.
Ele assentiu hipnotizado pelo pedido e saiu dela rápido, ele a levou até o braço do sofá de corino e a mesma se empinou para trás e deitou o resto do corpo no objeto. Ele mordeu a boca e deu um tapa forte na bunda dela, que soltou um gritinho de prazer. Ele afastou novamente as pernas dela e a penetrou por trás. Ela estava completamente exposta, vulnerável. Naquela posição, parecia que ele conseguia ir ainda mais fundo dentro dela, como se fosse possível. Ele a segurou pelos seios e fazia movimentos de sobe e desce com ela. aproveitou para estimular pelos mamilos e começou a brincar com os dois. Fazendo com que ela gemesse ainda mais.
— Porra, şekerim, você é tão gostosa. Sua boceta apertando meu pau tá me deixando louco.
— Me fode com bastante força, vai.
— gemeu. — Bem aqui. — ela desceu uma das mãos dele e a posicionou no seu clitóris.
— Quer que eu te foda igual uma vagabunda, é? — disse puxando o cabelo dela até ela ficar cara a cara com ele. – Então eu vou te foder como você quiser, mas quero te ouvir gemendo meu nome.
beijou com força e com a mão livre começou estimular seu clitóris com lentidão enquanto continuava metendo dentro dela. Completamente entregue, ela começou a gemer o nome dele, o que fez ele gemer junto com ela. Os corpos dos dois já estavam suados e eles não tinham nenhuma intenção de parar.
— Tira a camisinha. — pediu. – Eu sei que você não tem nada, eu também não. – Ele a olhou confuso. — Investiguei tudo sobre você, lembra?
Ele saiu de dentro dela e jogou a camisinha em qualquer canto. Ela deitou no sofá e esperou ele meter. Ele deslizou para dentro dela com mais facilidade dessa vez devido ela estar pingando de excitação.
—Você é muito gostoso, sabia? — disse gemendo. — Se eu soubesse que você fodia tão bem, tinha te caçado antes.
— Porra ….Não fala assim. — gemeu escondendo o rosto nela.
— Não aguenta? — provocou
Ele a olhou desafiador e saiu bem devagar, voltando a meter ainda mais lento, a torturando. A morena rebolou devagar ele a beijou. Os dois se movimentaram juntos, esquecendo que são de mundos completamente diferentes. Ele continuou por mais algumas vezes até que ele sentiu o gozo dela lambuzando seu pau. Ele sorriu vitorioso e continuou empurrando contra ela. Ele aproveitou e a marcou nos ombros com os dentes. Ele queria que ela lembrasse no dia seguinte que ele esteve nela. De todos os jeitos.
— Goza em mim, . — ela pediu mansinho.
Ele mordeu os próprios lábios e continuou metendo, dessa vez agarrando os quadris dela com força e a fodeu até que ele explodiu dentro dela, gemendo seu nome. Quando ele saiu de dentro dela, o gozo dos dois estava misturado e escorrendo de dentro dela. Ele se abaixou e chupou o líquido dos dois, levando até a boca da morena. Os dois se beijaram até que os batimentos deles se recuperaram. Ele ajudou ela a se vestir e deu um beijo casto nos seus lábios.
— Você realmente vai me prender depois de gozar desse jeito comigo? – ele perguntou, seu tom desafiador e provocativo, enquanto fechava o sutiã dela.
— Você ainda terá que responder por seus crimes. Mas não hoje.
— Mal posso esperar pelo nosso próximo encontro — ele disse com um sorriso malicioso, piscando antes de desaparecer nas sombras. — Da próxima vez, use um conjunto preto. Tenho certeza de que você vai ficar ainda mais irresistível.
Enquanto ele desaparecia na escuridão, revirou os olhos sorrindo e balançou a cabeça, tentando não dar ouvidos ao que ele disse. Mas a forma como ele disse, o tom de voz rouco, deixava claro que ele estava falando sério. suspirou, ainda sentindo o coração acelerado. Ela entrou no seu carro e enquanto dirigia de volta para casa, prometeu a si mesma que da próxima vez, talvez, ela usasse aquele conjunto preto. Afinal, não custava nada testar as intenções dele... e, quem sabe, as suas próprias.
Fim!
Nota da autora: Oi, oi, meninas! Espero que vocês tenham curtido essa fic!
Quero agradecer a todas as meninas que leram e opinaram nela, sem vocês, Günah não ia existir. Espero também que vocês tenham gostado do meu casal, querem ver eles de novo? Comentem no disqus ou deixem um recadinho pra mim no meu insta de autora: aurynwrites.
Qualquer erro de português que encontrem, me avisem!
Beijos e até a próxima!
Nota da scripter: Não tem de que kkkkkkk e MUITO OBRIGADA POR ESCREVER COM O NOSSO NAMORADO HAHA.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Quero agradecer a todas as meninas que leram e opinaram nela, sem vocês, Günah não ia existir. Espero também que vocês tenham gostado do meu casal, querem ver eles de novo? Comentem no disqus ou deixem um recadinho pra mim no meu insta de autora: aurynwrites.
Qualquer erro de português que encontrem, me avisem!
Beijos e até a próxima!
Nota da scripter: Não tem de que kkkkkkk e MUITO OBRIGADA POR ESCREVER COM O NOSSO NAMORADO HAHA.