Hawkeye & Harpy: Budapest Mission

Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Budapeste, Data Desconhecida

Mesas espalhadas, pessoas correndo, tiros soando para todos os lados, corpos caídos. Aquele definitivamente não era o resultado que a dupla de espiões esperava naquela noite. Com toda certeza estavam ferrados, tudo que tinham que fazer era serem discretos, proteger o alvo, voltar para o hotel e passar o relatório da missão.

— Eu não conto se você também não contar. — dizia enquanto se protegia dos tiros atrás de uma mesa de madeira.
— Ótima ideia, só temos um problema. — Barton olhou para sua parceira e mostrou o último cartucho de balas.
— Você já fez mais com bem menos, Gavião — a disse e ouviu o som oco da arma indicando o fim de sua munição.

Os dois se entreolharam. Sem dúvidas, agora estavam ferrados. Ou encontravam um modo de fugir, ou partiam para um combate físico. Naquela altura do campeonato, o vestido de se encontrava parcialmente destruído, a mulher tendo que rasgar metade do tecido para se mover melhor e deixar suas pernas livres para correr.

— No três. — Clint mostrou três dedos para sua pupila, enquanto assistia a mulher prender o cabelo firmemente.

Ao fim da contagem, o casal saiu de seu esconderijo e avançou com brutalidade para cima do grupo de atiradores no salão de festas.


[…]


abriu a porta do quarto de hotel o mais rápido que pôde, levando em conta o peso do loiro sendo apoiado por ele. Num descuido da mulher, o rapaz havia sido atingido e, agora, tinha uma ferida de tamanho considerável nas costelas.

— Devia pensar em fazer um regime — a zoou o tutor enquanto o ajudava a se sentar na cama. — Tira a blusa.
— Eu sei que você quer me ver sem roupa, mas podia ser mais delicada. — Barton riu e, no mesmo momento, fez uma careta de dor.

rolou os olhos em desaprovação para a provocação feita por Clint. A mulher correu até o banheiro, pegando o kit de primeiros socorros embaixo da pia. Voltou para o quarto já sem o vestido destruído e os cabelos ainda presos. Clint nem teve tempo de absorver aquela cena – claro que já havia visto a mulher de lingerie –, mas não queria dizer que não se sentia perigosamente tentado a tocá-la de formas que só tinha feito em sua mente.

— Eu mandei tirar a blusa, Barton! — a vociferou, brava, tirando o loiro de seus pensamentos.
— Você podia ao menos me ajudar, a culpa foi sua. — Barton disse, emburrado, enquanto tirava a peça de roupa com cuidado para não atingir o ferimento.

A cena que se seguiu depois foi uma mistura de resmungos de dor de um Barton parcialmente raivoso pela situação, uma já impaciente com a teimosia do homem e um ferimento sendo limpo e suturado às pressas para que tudo acabasse logo.

— Terminei, seu chorão — a mulher se levantou e tirou as luvas ensanguentadas da mão. — Bom, não corre mais risco de morrer. Vou tomar banho.


[…]


(Se preferir ler a cena com a música a seguir: Ariana Grande - Let Me Love You)

Céus, aquelas palavras causaram mais efeito em Clint do que o homem gostaria de admitir. Imaginar a cena da mulher naquele banheiro, com a água escorrendo em seu corpo, o vapor lhe rodeando, fazendo tudo parecer ainda mais pervertido na cabeça dele. O barulho do chuveiro sendo aberto foi o suficiente para despertar o loiro de seus devaneios e fazê-lo levantar, indo até a porta do banheiro e parando por um segundo. O que iria dizer? Que queria tomar banho com ela? Iria levar um soco, com certeza.

... — Clint começou a falar quando a porta foi aberta pela mulher que lhe encarava.

encarava o homem à sua frente com o coração acelerado. Sairia apenas para pegar a roupa que esquecera de levar para o banheiro. Nunca lhe passou pela cabeça a mínima chance de Clint estar do lado de fora lhe chamando. Tudo aconteceu num piscar de olhos – em um minuto, estava parada na porta do banheiro. No outro, estava sendo conduzida de volta ao local, com as mãos de Clint em sua cintura lhe guiando até seu corpo atingir delicadamente a parede fria. O frio do azulejo entrando em contato com seu corpo quente fez com que todos os seus pelos se arrepiassem e dessem a Clint a melhor das visões que já tivera da mulher.

— Você não me esperou pra tirar a meia-calça — o loiro disse se aproximando da mulher à sua frente, que parecia incapaz de formar qualquer frase naquele momento. — Não vou fazer nada se você não quiser.

ainda se sentia incapaz de falar naquele momento. Seu corpo não havia desabado apenas pelo fato de que Barton estava segurando-a firme. O corpo da mulher pareceu agir por impulso próprio, as mãos indo de encontro aos ombros de Clint e o puxando para mais perto de si. Sentir seu corpo parecia uma necessidade forte que, se não fosse atendida, lhe causaria danos sérios.

— Você tá falando muito e fazendo pouco, Barton — a sussurrou no ouvido de seu tutor e pôde sentir as mãos em sua cintura a apertarem mais.

A água quente do chuveiro fazia com que o ambiente ficasse quente e nublado, deixando ambos com os corpos suados, sem nem ao menos terem feito alguma coisa a mais. A toalha que cobria o corpo da mulher havia sido retirada do caminho por um Clint ansioso pelo que aconteceria a seguir. Seu corpo respondendo automaticamente às mãos da mulher indo de encontro com sua calça, que lutava bravamente contra o volume que se formava por baixo do tecido. O casal de espiões ignorava completamente o fato de que aquilo não deveria acontecer – eram tutor e pupila, agentes de uma organização que daria um jeito de os dois sumirem do mapa se descobrissem sobre aquilo tudo. Mas, depois de anos de provocações, era normal que perdessem a linha da razão por um momento. Poderiam se preocupar com as consequências depois. Depois que explorassem o corpo um do outro, depois que Clint marcasse cada canto da pele branca da mulher com apertos e chupões, depois que estragasse as costas do homem com suas unhas.

— Eu não conto se você também não contar — o homem repetiu a frase da e recebeu um sorriso safado em resposta.
— Ótima ideia. — disse antes de acabar com a distância entre suas bocas.

Foi como uma explosão dentro de seus corpos, a adrenalina correndo por suas veias. As mãos de Clint se encaixando perfeitamente embaixo das pernas da mulher, fazendo-a gemer e se enlaçarem ao seu corpo rapidamente. A água molhando os dois, deixando tudo mais quente e prazeroso. Clint não sabia onde parar as mãos, queria descobrir e tocar o máximo de pele da mulher que fosse possível. Começou por seus ombros, descendo o caminho e deixando apertos firmes em seus seios, e continuou o percurso até sentir necessidade de tocá-la mais do que com suas mãos.
era só sensações naquele momento, seu corpo respondia aos toques de Clint instantaneamente. Não sabia bem onde colocar as mãos, queria deixar o homem marcado de todas as formas. Quando sentiu a boca do loiro envolver um de seus seios, soltou um gemido que estava preso em sua garganta há muito tempo. Queria poder proporcionar ao homem o mesmo prazer que estava recebendo, na mesma intensidade. Então, decidiu que era sua vez que mostrar do que era capaz. Por um minuto, o loiro ficou confuso quando a mulher se soltou de seu corpo e ficou em pé, para segundos depois, empurrar o homem até a parede e começar uma trilha de beijos em seu corpo.

— Já sonhou com isso, não foi? — a mulher falava conforme seus lábios deixavam rastros pelo peitoral de Clint.

O homem se sentia paralisado. Claro que já havia sonhado com aquilo. Por várias noites se pegou sozinho em seu quarto, acordando de um sonho pervertido com , no qual a mulher finalmente podia ser sua das formas mais vulgares e libidinosas possíveis. Durante três anos, esteve segurando seus pensamentos e desejos para se encontrar ali, naquele banheiro, com a mulher tocando seu ponto mais sensível e lhe causando sensações únicas.
Estava cansado daquela brincadeira. Precisava dela tanto quanto ela precisava dele. Em um ato rápido e até meio bruto, Clint prensou o corpo de no box de vidro. Segurou-a com firmeza antes de finalmente juntar seu corpo ao dela da forma mais carnal que podia naquele momento.

— Isso é muito melhor do que os meus sonhos, senhorita ! — o loiro sussurrou em seu ouvido antes de começar a se movimentar.

Os gemidos, os toques e as sensações que dividiam eram perfeitos. Era como se seus corpos estivessem se preparando o tempo todo para se unirem como um só. O tempo parecia ter parado ali, deixando ambos aproveitarem o momento que estavam vivendo e se conhecendo fisicamente. Demonstrando um ao outro o quanto tinham desejos reprimidos durante todo aquele tempo que estiveram juntos no mesmo recinto.



[…]


Meia hora – ou talvez uma – havia se passado desde que e Clint se perderam um no outro naquele banheiro. Ambos agora de banho tomado, roupas vestidas, curativo refeito em Clint e um silêncio massacrante no quarto. O peso do que havia acontecido finalmente caía sobre seus ombros, deixando a dupla um tanto quanto preocupada e com receio de se falarem – ou até mesmo de fazerem algo a mais de errado.

— Temos um acordo, então. — foi a primeira a se pronunciar depois de algum tempo. — Isso nunca aconteceu.
— Nunca. — Barton concordou, meio à contragosto da mulher. — O que acontece em Budapeste, fica em Budapeste.





Fim?



Nota da autora: Descobri nesse spin-off de H&H (um tanto quanto safadinho) que eu não tenho habilidades para descrever momentos calientes. Mas a ideia não foi contar em detalhes como foi a primeira vez do nosso casal de passarinhos, gente! A ideia desse pedacinho da história foi mostrar o momento em que eles finalmente se deixaram levar, depois de tanta provocação um com o outro. Deixem seus comentários me xingando, elogiando, surtando. Obrigada por lerem!

Outras Fanfics:
Inter Mundos [Heróis - Marvel - Em Andamento]
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