Home of Christmas

Última atualização: 05/01/2023

Capítulo Único

Olhando pela janela só consigo enxergar o branco sem graça da neve e alguns enfeites de Natal, Londres fica muito linda nessa época do ano, mas aparentemente nem isso consegue arrancar alguns sorrisos dos meus lábios. E é minha época preferida do ano.
Lembrar que essa seria a primeira vez que o Natal ia ser um pouco solitário desde que me mudei pra Inglaterra, estava me deixando em um emaranhado de tristeza.
Bom, talvez não tão solitário, já que havia um serzinho minúsculo na minha barriga.
Desde que havia terminado o namoro de quase três anos com , que ainda não sabia que seria pai, o pequeno humano que crescia em meu ventre tinha sido a única razão para que eu levantasse da cama todos os dias.
Saio das minhas divagações quando ouço meu celular tocando e o pego para desligar o alarme, o qual me recordava que já podia encerrar o meu trabalho na empresa, mas meu coração dispara quando vejo o nome de na tela.
Fico curiosa para saber o que tem para a dizer, mas não quero atender agora, então deixo o telefone tocar até que caia na caixa postal. Quando acontece, ele deixa uma mensagem.

‘’Por favor, me atende. Precisamos nos resolver, .
Me encontra 18;30 no lugar de sempre. ‘’


Eu não quero ir, mas meu lado racional me obriga a responder que sim. Afinal, ele ainda não sabe que estou grávida e não é algo que vou conseguir esconder para sempre. Também não posso privar minha criança de crescer sem um pai, eu sei o quanto é importante crescer ao lado de um.

‘’Saindo do trabalho, eu vou te encontrar’’

Flashback on
Eu e caminhávamos no shopping de mãos dadas rindo de um personagem propaganda de uma das lojas. O tal personagem foi chutado por uma menininha de mais ou menos 8 anos de idade após levar um susto do mesmo.
As compras de Natal estavam quase finalizadas, então não me importei quando disse que só faltara o presente de sua mãe para comprar e que eu poderia me sentar e descansar na praça de alimentação enquanto ele buscava uma joia que encomendou para ela.
Assim que me sentei no banquinho perto de uma das fontes, imediatamente meu celular vibrou com uma mensagem de Sandra, minha amiga.

‘’Não acredito que você não me contou que vai vir pra Espanha, ! Eu estou muito puta agora se quer saber, eu e o Asensio, não esperávamos essa trairagem dos nossos amigos mais próximos.
Ok, eu estou fazendo um pouquinho de drama agora.’’

‘’Hahaha, do que tá falando, amiga? Ficou maluca? Eu não vou pra Espanha!’’

‘’Que coisa feia, senhora . Nem tente me ludibriar. Estou chateada. -_-’’

E junto com sua mensagem, chegou um link de uma página que logo reconheci como sendo um dos jornais esportivos mais bem conceituados da Europa.
Foi bom estar sentada, porque eu consegui sentir minhas pernas falhando e se transformando em gelatina quando li a matéria que minha amiga mandou.

Jogador do ano e campeão da Champions na temporada 2020-2021 pelo Chelsea, será nova peça do elenco de gigante espanhol na próxima temporada. Confira abaixo:

No timing perfeito, vejo andando até mim com um sorriso no rosto, que vai se esvaindo quando percebe o misto de emoções no meu rosto.
— O que houve, amor?
— Nada, estou cansada das compras, quero ir pra casa.
— Eu te conheço, . Fala comigo o que deixou você assim.
— Nós conversamos no meu apartamento, .
— No seu? Por que vamos pra lá?
— Porque é minha casa. E eu quero deixar guardado os presentes lá.
Recebo uma expressão magoada do meu namorado, que logo desvia o olhar e começa a caminhar junto comigo em direção ao estacionamento.
Quando chegamos no local lotado de veículos, entramos na BMW e seguimos em silêncio durante todo o percurso até minha casa.
Há algum tempo, vem insistindo para que moremos juntos, dizendo que não vê motivo em eu continuar pagando aluguel sendo que sempre só ficávamos na casa dele. Ele também diz que somos uma pequena família, então só precisamos de um único lugar pra chamar de lar.
Eu sabia que falar desse assunto naquele tom, o deixaria chateado, porque estava me sentindo traída. Meu namorado ia para outro país e não pensou em sequer me contar sobre a novidade? Não levou minha opinião em conta pra tomar essa decisão? Não que eu fosse impedi-lo, mas nem um aviso sobre a negociação?
Fico tão imersa nesses pensamentos que nem percebo quando entramos na garagem do prédio.
Quando estaciona o carro, desafivelo o cinto e ando em passos largos até o elevador já aberto, sem conferir se ele estava atrás de mim. Entro no cubículo e logo depois, ele faz o mesmo trazendo todas as minhas bolsas de presentes, e por um minuto, fico com dó olhando-o todo tristinho de ombros caídos e com todas aquelas sacolas em mãos.
Não demora para que o elevador chegue e entremos no apartamento.
Ele leva todas as sacolas até o meu quarto e volta rapidamente pra sala, sentando-se no sofá perto do balcão, ao me ver em pé escorada no mesmo.
— Eu posso saber o que aconteceu? Por que tá tão magoada comigo?
— Quando é que você ia me contar sobre seus novos planos, ?
Digo ressentida, abrindo o celular e mostrando para ele a notícia que li a poucos minutos.
Ele olha e arregala os olhos, logo depois sua expressão muda. Seus olhos vão ficando mais opacos e sua boca se repuxa um pouco para baixo. Expressão de culpa.
Foi aí que caí na realidade e soube que isso não era uma brincadeirinha de mau gosto, era a verdade. E eu não queria ter que encarar ela.
— Eu posso explicar.
— Explicar o que? Que você simplesmente tomou uma decisão tão importante, que envolve uma mudança de país, sem nem ao menos avisar a pessoa que dorme todos os dias ao seu lado? Os três anos de relacionamento não valeram nada pra você?
— Não diga besteiras, . Você sabe que eu amo você mais que tudo nesse mundo.
— Esse é o tipo de amor que você diz ter por mim? Traindo minha confiança? , eu nunca pediria para você desistir de nada por mim, eu entendo a sua carreira e que seu trabalho exige coisas diferentes de trabalhos convencionais. Eu só queria que confiasse em mim e não que, na primeira oportunidade, você fosse mudar o rumo de sua vida pelas minhas costas.
— Era pra ser uma surpresa, eu não queria que você descobrisse desse jeito.
Olho para ele com uma expressão incrédula. Ele queria me fazer uma surpresa? Surpresa? Do tipo ‘’Oi amor, sabia que vou mudar de país para jogar em outro clube? Inclusive, estou indo pra lá agora. Beijo, tchau!’’?
— Eu ia conversar direito com você, mas confesso que fui meio inocente ao achar que nada sobre as negociações não iam vazar. -Ouço sua risada sem humor.
, você está se ouvindo? -Falei quase gritando.
— Claro, ué. Tem como você esfriar um pouco a cabeça e irmos para casa?
Meu Deus, quem é esse homem na minha frente? Agindo como se não fosse nada e eu estivesse brigando com ele por conta de uma toalha em cima da cama.
— Não, eu vou ficar aqui. Aqui é o meu lar, não no seu apartamento. Não quero mais conversar sobre nada, você já pode se retirar. — Disse encerrando a conversa.
Talvez tenha sido um pouco dura com ele e tive certeza disso quando o vi seus olhos transbordando uma tristeza imensa. Ele se levantou e partiu, levando consigo as migalhas que sobraram do meu coração.
Flashback off


***


Repasso toda a nossa última conversa mentalmente. Nem parecia o que conheço naquele instante e fiquei muito confusa com a postura dele diante de toda aquela situação, ele não tentou nem contornar a situação ou sequer me chamar para ir junto consigo.
Ainda não estava entendendo aquela história direito e, no fundo, eu sabia que aceitei ir ao seu encontro agora não só porque tinha que falar a ele sobre a criança em meu ventre, mas também porque tinha esperança de que ao menos ele me explicasse direito tudo o que o motivou a tomar tal decisão. Tanto a de se transferir, quanto a de esconder de mim.
Não é como se eu fosse odiar a ideia, afinal voltar para o país em que nasci e cresci, nunca foi algo que eu planejava, mas era porque estava em um relacionamento com . Não é que eu não gostasse de Londres e da Inglaterra, porque eu esse lugar, mas sentia falta da familiaridade e calmaria que eu só sentia em Madrid, mas eu jamais seria capaz de pedir a que mudasse todos os seus planos para voltar a Espanha comigo. Ele estava no Chelsea desde os 6 anos de idade e sabia como ele amava o clube em que jogava.
Dispenso meus pensamentos quando entro na cafeteria que ficava a duas quadras de distância ao prédio que eu trabalhava e o encontro sentado em uma mesa mais afastada.
O cheiro forte de café incomoda um pouco, mas não é nada preocupante ao ponto de me fazer passar mal.
Quando entro no seu campo de visão, vejo-o endireitar a coluna e, ao analisá-lo, concluo que está nervoso.
— Oi, ! Como você está?
— Bem, e você?
— Ótimo. Estou bem também.
Ele fala e me encara em silêncio. Vejo que tem duas xícaras em cima da mesa e me sento no sofá pequeno recostado na parede. Adoramos esse lugar, é bem confortável, ainda mais quando se tem escoliose.
— Tomei a liberdade de pedir seu café, o mesmo de sempre.
— Obrigada.
Não me importo de estar sendo seca, não acho que ele mereça outra parte de mim agora.
— Acho que você precisa de algumas explicações, não é? — Vejo um sorriso sem graça se formar em seus lábios.
— Por favor.
— Bom, eu vou explicar tudinho desde o início e já adianto que vai ser uma história um pouquinho longa. Mas eu peço que escute até o final, , por favor.
— Fala logo, . — Bradei já estressada com a demora e o vejo fazer uma careta antes de continuar.
— Já disse que queria fazer uma surpresa, né? Mas pelo visto você não entendeu o porquê disso. Eu quero pedir desculpas, . Eu não deveria fazer algo tão grande imaginando que você aceitaria tudo numa boa e me sinto muito mal por isso. Você tem todo o direito de ficar chateada comigo. Você se lembra da última vez que estivemos em Madrid? — Ele me pergunta e, quando assinto, volta a falar. — Seus olhos sempre brilham quando desembarcamos lá e naquela vez não foi diferente. Sei o quanto você ama aquela cidade com todo o seu coração e que, se não fosse por mim, você já teria pedido transferência do seu emprego há muito tempo para voltar. — Abriu um sorriso melancólico.
— Não quero que você coloque todo esse peso nos seus ombros, não haja como se eu fosse infeliz aqui, porque não sou. Você sabe disso.
— Eu sei disso, , mas também sei que você achava Londres mais atrativa quando era adolescente. — Soltou uma risadinha me fazendo repuxar os lábios em um sorriso de canto também. — Enfim, naquela mesma viagem, eu ouvi você, Sandra e sua mãe conversando e uma fala sua ficou na minha cabeça por muito tempo e eu repito muitas vezes ela na minha cabeça. Você disse que amava Madrid e que seria incrível poder criar os filhos na mesma cidade em que você nasceu e cresceu, aumentar a família, mas que não conseguia falar sobre isso comigo, porque sabe como amava o Chelsea e seria incapaz de me pedir para abandonar esse lugar.
Meu coração chega a errar as batidas. Lembro desse dia como se fosse ontem, quando abri o jogo com minha mãe e minha melhor amiga sobre o desejo de criar meus filhos no mesmo lugar em que nasci e cresci, rodeados de um ambiente familiar. Todos sabem do meu amor por minha cidade e não faço questão de esconder de ninguém.
— Eu nunca deixaria você aqui e nunca quis te pressionar a nada.
— Eu sei disso, meu amor. Você sabe que eu também sempre amei Madrid, por isso nunca recusei nenhuma proposta sua para acompanhá-la todas as vezes em que foi visitar sua família. E foi por isso que quando recebi a proposta do Real Madrid, eu não pensei duas vezes antes de dar o aval para o início as negociações. Não leve a mal, eu amo o Chelsea e tudo o que ele representa pra mim, foi o clube que me criou, me viu crescer e ainda sonho em poder encerrar minha carreira nesse lugar que tanto fez por mim, mas é uma oportunidade única na minha carreira, já que em um time como o Real, é mais provável de eu conseguir realizar o sonho de conquistar o The Best. Além de que, se eu aceitasse, isso significaria fazer a mudança para a Espanha e ainda realizar algo que você quer muito aí no fundo do seu coração, que é voltar para o seu lar. Nossas almas estão tão interligadas, que até nossos sonhos e metas se entrelaçam.
Não sei quando comecei a chorar, mas só me dou conta quando sinto uma lágrima descendo pela minha bochecha esquerda.
, eu... Me desculpa por ter sido tão rude com você aquele dia. Eu estava tão magoada por você ter escondido algo tão grande de mim que...
Ele pegou minha mão em cima da mesa e começa a acariciar meus dedos com os seus.
— Não precisa se desculpar, meu amor. Eu não tinha nada que ter planejado algo tão grande e significativo pelas suas costas e ainda achar que você tem que aceitar tudo tranquilamente. Me desculpa mesmo, .
— Eu só desculpo se você também me desculpar, meu amor. — Rimos juntos enquanto ele sai da cadeira em minha frente para se acomodar no sofá ao meu lado, me abraçando. — Eu vou contigo para onde quiser, . Você é o meu lar.

***


Entramos na casa de com várias sacolas de presentes que recebemos dos familiares. Como todo ano desde que nos conhecemos, passamos o dia de Natal na casa dos pais de .
O dia foi incrível, melhor ainda passar com os sobrinhos do meu namorado, que penduravam em nós dois sempre que podiam e falavam sobre como éramos os tios favoritos. Como se não soubéssemos que falavam isso só pra arrancar chocolates de nós sem seus pais verem. Crianças...
Inclusive, hoje é o dia em que ficará finalmente sabendo que vamos ter uma dessas juntos. Preparei uma surpresa para ele e ficou escondida na minha gaveta de absorventes, já que ele nunca mexia lá. Uma surpresa simples, mas muito significativa para o nosso relacionamento.
Enquanto ele deixava as sacolas no quarto de hóspedes, corri em direção ao nosso quarto para pegar a caixa com o presente. Assim que peguei o embrulho, voltei a passos apressados para a sala e esperar meu namorado.
Mas quando cheguei, vi parado em frente a nossa árvore de Natal, se destacando na frente das luzinhas de pisca pisca. Seus olhos vidrados em mim, pareciam nervosos.
, quanto te contei aquele dia sobre a proposta vinda de Madrid, talvez eu tenha omitido uma parte.
— O que? — Sussurrei estranhando aquilo agora.
— Já fazia um tempo que eu queria fazer isso e receber aquela proposta só me motivou ainda mais. , desde o dia em que conheci você eu soube que queria ter você ao meu lado para o resto da minha vida, não sei como você não fugiu assustada quando te falei isso na segunda semana em que estávamos nos vendo. — Rimos juntos e meus olhos começam a acumular uma pequena quantidade de lágrimas nos cantos. Lembrava bem desse dia e como achei que era maluco. Paguei minha língua. — A questão é que eu não consigo mais me ver longe de você, nem por um dia sequer. Quero compartilhar todos os momentos do resto da minha vida com você, minhas conquistas, sonhos, desejos e também quero ser a pessoa com quem você compartilha essas mesmas coisas. Eu amo você demais, mi amor.
As lágrimas já escorrem molhando meu rosto por inteiro, culpa dos hormônios da gravidez, e ainda se intensificam mais ainda quando vejo ajoelhar na minha frente e estender uma caixinha de veludo com um anel dentro. Uma pedra verde única, minha cor preferida.
O presente em minha mão fica pesado, mas me recuso a deixá-lo no sofá. Sorrio em meio ao choro.
— Escolhi fazer isso hoje porque o Natal tem um significado muito importante de familiaridade para nós e tudo o que eu disse se resume em uma vontade que me toma por completo não somente essa época, mas por todos os dias. Quero que sejamos uma família. Quero ter filhos com você e quero passar o resto das nossas vidas fazendo que você se sinta a pessoa mais amada do mundo todo. Você me disse que aquele dia quando voltamos que eu sou o seu lar e é com todo o meu coração que eu digo o mesmo. Você é o meu lar, mi amor. Casa comigo, ?
Ajoelho junto a ele e estendo uma mão para meu namorado. Ops, noivo.
— É claro que eu aceito, ! Eu amo amar você! — Digo abrindo um sorriso de orelha a orelha e abraço o homem mais lindo do mundo, ele coloca o anel em meu dedo anelar e concedo a ele um beijo apaixonado. Depois que nos soltamos, tiro os braços em volta dele e ofereço a caixa embrulhada na minha mão. — Esse é o meu presente, que deixei para entregar hoje pelo mesmo motivo que me pediu em casamento. Acho que nossa família não vai demorar a crescer.
Vejo sua expressão se iluminar quando entende o significado de minhas palavras. Seus olhos vão imediatamente para minha barriga e o homem se apressa em abrir a caixa.
Quando se depara com o presente, um body de bebê com tema natalino, seus olhos se enchem de lágrimas e seus braços voltam a me envolver.
— Eu vou ser pai? Amor, vamos ser pais!
— Sim, nós vamos ter um bebê! — Exclamo animada ainda tentando controlar as lágrimas de emoção.
— Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! Nossa família está crescendo!
Ele se levanta, me pega no colo e me coloca delicadamente sobre o sofá. Quando me vê confortável, ele se agacha e levanta minha blusa, dando início a uma série de beijos na minha barriga descoberta enquanto sussurra o quanto nos ama.
É, acho que posso me acostumar com isso. Lar.

***


3 anos depois...

, se você continuar com essa correria vai derrubar a árvore de Natal da sua avó!
Falei um pouco mais alto para o meu filho, que corria atrás do cachorro de minha mãe pela sala da casa dela.
— Vou pegar ele para dar um banho, mi amor. surgiu de algum lugar que não vi e se aproximou para me dar um beijo. Logo depois, saiu para buscar e aprontá-lo para a ceia de Natal.
Três anos desde que me pediu em casamento e que descobriu que seríamos pais. Como o tempo passou rápido.
Madrid tinha feito muito bem para nós.
Antes de sair de Londres, pedi demissão da editora em que trabalhava, porque durante a gravidez queria me dedicar a concluir meu livro que há tempos era somente um arquivo do computador. me incentivou muito nesse período e antes de nascer, voltei a editora que antes trabalhava, mas desta vez para publicar o meu primeiro livro. E quem diria que o meu primeiro livro, que quase desisti em última hora de publicá-lo por medo, iria se tornar best-seller? Era um sonho se tornando realidade.
O primeiro ano tinha sido um pouco difícil pro , era reserva no Real Madrid e entrou no meio da temporada. No primeiro jogo que entrou como titular, fez um gol e deu uma assistência, mas não conseguiu evitar que a eliminação nas quartas de final da Champions League. E como reserva, foi campeão da La Liga naquele ano.
O segundo ano foi bem melhor, conseguiu um espaço no time e foi o meio campista titular durante toda a temporada. Líder em assistência no campeonato espanhol e na Champions, foi campeão das duas competições.
O terceiro ano foi mágico. como titular absoluto, junto a sua equipe, foi campeão da La Liga, Copa del Rey e Champions League. Deste último, foi o artilheiro e melhor jogador da competição, conquistando assim o tão sonhado The Best da FIFA e a famosa Bola de Ouro.
Nossos sonhos sendo conquistados nos fazem ter certeza de que acertamos na nossa escolha de mudarmos para Espanha três anos atrás.
Fizemos um casamento pequeno somente com familiares e poucos amigos 3 meses depois do pedido de , e eu nunca estive tão bonita em um vestido como fiquei no meu vestido de noiva com uma barriguinha que ainda abrigava o . Foi um dos dias mais especiais de nossa vida.
Depois que nasceu, nossa relação ficou ainda mais forte. O companheirismo e devoção transbordavam em nós dois.
era a cara do pai e tinha puxado dele o amor por futebol. Meu filho poderia passar horas e horas no nosso quintal com jogando bola e vibrando com o pai toda vez que ‘fazia um gol’’. Apesar de que ele poderia passar horas e horas fazendo absolutamente qualquer coisa com o pai. Ele era muito apegado a , um grande puxa saco. Carreguei nove meses e enfrentei um parto de mais de 14 horas para isso. Supera, !
Saio dos meus pensamentos quando escuto a voz de me chamando no segundo andar da casa de minha mãe.
Subo as escadas e quando entro no quarto, vejo em pé ao lado da cama.
— Onde está o ? — Pergunto abraçando meu marido e sinto um beijo em meus cabelos.
— Arrumei ele e pedi seu pai para tomar conta dele enquanto eu entrego seu presente. — Disse e levantei a cabeça para olhar meu marido.
Ele se solta de meu abraço e me mostra a caixinha de veludo na sua mão.
Assim que ele abre, vejo um cordão dourado com um pingente também dourado. O pingente continha uma palavra escrita. Home.
— Três anos atrás dissemos que éramos lar um do outro. E isso sempre fez muito sentido para mim. Me peguei lembrando dessa época esses dias e não consegui pensar em presente melhor para dar a você hoje, no nosso feriado preferido. Você é meu lar.
— E você o meu, amor.
Emocionada e com lágrimas nos olhos, envolvo ele em um abraço forte. Esse homem me transforma em uma chorona.
— Falando nisso, bem que esse lar podia crescer mais um pouco, né? ia amar um irmãozinho.
Solto uma gargalhada. Faz um tempo em que ele vem me pedindo para termos mais um bebê usando como desculpa.
— Veremos, . Veremos.


FIM



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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