Hottest Day of Spring

Última atualização: 22/01/2024

um

Eddie olhou para o pacote de camisinhas que tinha em mãos, ponderando a situação por um instante, antes de sair do quarto.
Se ele soubesse que ser chamado ao escritório da conselheira do Hawkins High School no início do ano letivo mudaria tanto sua vida, ele teria ido visitar a mulher por conta própria muito antes. Foi naquela segunda-feira chuvosa de outono que a Sra. Kelly o inscreveu no programa de tutoria da escola. Meio à contragosto, Eddie apareceu na biblioteca no dia seguinte, decidindo aproveitar aquela chance de possivelmente melhorar suas notas e finalmente se livrar do ensino médio.
Afinal, aquela era a terceira vez que ele estava fazendo o último ano. Já era o suficiente.
O que ele não esperava, no entanto, é que a pequena gênia vestida de cores pastéis da cabeça aos pés, sua nova tutora, iria virar sua vida de cabeça para baixo.
Porque lá estava ele, agora, cerca de sete meses depois, com as mãos suadas escorregando no volante da sua van enquanto ele estacionava na rua de trás da casa de .


*

— Estacione na rua de trás — ela tinha instruído com um sussurro, entre um beijo e outro, quando se despediram no dia anterior no estacionamento do colégio, a van de Eddie dando-lhes cobertura o suficiente para não serem vistos. — Meus pais não vão estar em casa, mas a vizinha da frente é uma fofoqueira.
Ele riu baixinho, segurando-a pelas laterais do pescoço e plantando vários beijos rápidos pelo rosto da garota. Ela suspirou quando os beijos desceram para seu pescoço, mas continuou a falar.
— Tem uma entrada na cerca dos fundos da casa dos Wheelers, passe por ali. Depois atravesse pela cerca viva, a janela logo em cima é a minha. Dá pra subir pelas treliças, mas cuidado com as flores da minha mãe ou ela vai perceber. — Eddie murmurou, em concordância, mas os lábios dele estavam sugando a pele logo acima de onde o pescoço e o ombro de se encontravam. Ela respirou fundo, mas o cutucou na costela. — Você prestou atenção?
Ele afastou o rosto só o suficiente para olhar nos olhos da garota, encontrando-a com o cenho franzido, mas manteve os quadris colados nos dela.
— Rua de trás, fundo dos Wheelers, cerca viva, treliças, cuidado com as flores — ele repetiu, com um sorriso zombeteiro. — Eu sempre presto atenção em tudo o que você fala, princesa.
rolou os olhos, sorrindo em seguida. Ainda assim, o vinco de preocupação continuava na testa dela. Eddie beijou o local suavemente, antes de levantar o queixo dela com o indicador, fazendo-a olhar nos olhos.
— Você sabe que não precisa se arriscar assim, né? — O tom de voz dele era suave. — Eu posso revisar sozinho em casa com as listas de exercício que você me deu.
— Eu quero ter certeza de que você aprendeu tudo antes da última prova — ela justificou. — E meus pais vão ficar fora até tarde, só precisamos ter cuidado na hora que você chegar e sair. Além disso — ela acrescentou, com um sorrisinho travesso no canto dos lábios —, eu não ia perder a oportunidade de te dar uns beijos.
Eddie espelhou o sorriso dela, deixando a garota encerrar a distância entre os dois, os lábios macios encontrando os seus e movendo-se com familiaridade.



*

Ele desceu da van, observando ao redor por qualquer par de olhos curiosos, mas a rua estava vazia. O pequeno portão na cerca dos Wheelers não foi difícil de achar e, chegando nele, percebeu que o trinco estava aberto.
Fez o possível para entrar sem fazer barulho. Como um dos poucos metaleiros da cidade, ele já não era muito bem visto. Se fosse pego invadindo uma propriedade alheia, sua fama com certeza não ia melhorar. Mas, a essa altura do campeonato, o que ele não faria para passar algumas horas na companhia de ?
Especialmente depois de tudo que ela tinha feito por ele. Meses dedicando-se a ajudá-lo a estudar e entender todos aqueles assuntos que ele tinha certeza de que nunca utilizaria na vida real. Eddie sabia que, inicialmente, ela só tinha se candidatado a ser tutora porque precisava de alguns créditos a mais para a candidatura na faculdade, mas ela já tinha os conseguido muito antes do recesso de inverno e, ainda assim, continuou insistindo nele.
Mesmo quando todo mundo — inclusive ele próprio — julgava o garoto um caso perdido.
Enquanto caminhava o mais furtivamente que conseguia pela propriedade dos Wheelers, ele pôde ver a janela de aberta na casa ao lado e a treliça por onde deveria subir para o segundo andar. A cerca viva estava só alguns passos à sua frente, mas ele se assustou quando, ao olhar ao redor de novo, deu de cara com Nancy à sua frente, por trás do vidro da janela que dava para a sala de estar dos Wheelers.
Ele congelou com o susto, mas reparou que Nancy estava fechando as cortinas, como se ele nem estivesse ali. Ao vê-lo parado, um animal assustado sob os faróis de um carro na estrada, ela levantou as sobrancelhas, sinalizando a janela de e murmurando um “anda logo!” sem som, antes de fechar a cortina de vez.
Eddie passou pela cerca viva, se escondendo ali por um minuto para esperar seu coração se acalmar antes de subir pela treliça. Ele riu consigo mesmo, avaliando o próximo desafio à sua frente.
— Ah, — murmurou, sob a respiração, finalmente agarrando a treliça de madeira para escalar, tomando cuidado com as flores da Sra. —, as coisas que eu faço por você...
Eddie já estava quase no alto, quando seu pé escorregou e ele xingou baixinho, agarrando-se à madeira com mais força antes de continuar. A cabeça de apareceu na janela aberta logo acima, o cabelo caindo em cascata ao redor do rosto dela, emoldurando um sorriso enquanto ela estendia a mão para ele.
Eddie sorriu, sabendo que estava completamente perdido. Ele faria qualquer coisa por .


*

conferiu mais uma vez seus flashcards, os dedos passando pelas bordas das fichas sem que ela estivesse realmente prestando atenção nelas.
Fazia cerca de uma hora que seus pais tinham saído de casa para comparecer a um jantar de negócios de seu pai numa cidade próxima. Ela sabia que esses eventos costumavam ir até tarde e foi por isso que ela convidou Eddie para estudar com ela aquela noite.
Era assim que tinha começado. Toda terça-feira, eles estudavam juntos por duas horas na biblioteca. Depois, eles passaram a estudar juntos também nos tempos livres que tinham durante a semana. Durante o recesso de inverno, ela convidou Eddie para fazer parte do grupo de estudos que participava e ele aceitou. Mas, com o tempo, as sessões de estudos vieram acompanhadas de muitos minutos conversando e descobrindo mais um sobre o outro, antes de se tornarem sessões de amassos escondidos pelo colégio.
Não é que o que tinham fosse um segredo. Nancy, sua melhor amiga, sabia. Os meninos do Hellfire Club sabiam. Os colegas que faziam parte do grupo de estudos também sabiam. E, embora fossem um casal muito incomum e que não pareciam combinar nem um pouco, com usando suas roupas floridas e em tons claros e Eddie coberto de jeans, preto e couro da cabeça aos pés, ninguém se importaria. Eles não seriam assunto pelos corredores e, se fossem, talvez duraria um dia ou dois antes que alguma líder de torcida fizesse qualquer coisa terrivelmente desinteressante e se tornasse a fofoca da escola pelo próximo mês.
A verdade é que havia algo de muito excitante em fazer as coisas escondidas.
E embora Nancy adorasse dizer que Eddie estava levando para o mal caminho, a garota sabia a verdade: que tinha sido ela a dar o primeiro passo em tudo que envolvia o relacionamento deles.
Eddie flertava com ela, é claro. Ele tinha deixado bem claro, mesmo que silenciosamente, o interesse por ela. O olhar que às vezes se demorava nos lábios dela, ou, quando se tornaram mais próximos, como ele casualmente caminhava ao lado dela com os ombros se tocando e tinha todo aquele cavalheirismo que ele adorava exagerar quando carregava a mochila lotada de livros da garota, ou abria a porta do carro para ela.
Mas ele nunca tomava a iniciativa. Tinha sido quem tinha encerrado a distância entre os dois no dia em que se beijaram pela primeira vez, no lago. Ela tinha o puxado para dentro do armário de limpeza no colégio alguns dias depois. Ela tinha se sentado no colo dele naquele dia em que tiveram uma sessão de amasso tão acalorada no banco do carona da van que Eddie tinha gozado dentro das próprias calças.
percebeu, com o passar do tempo, que não era que Eddie não sentisse a vontade de ter a iniciativa. Ele tomava as rédeas da situação, mas só depois que dava o primeiro passo, preferindo que ela ditasse o ritmo das coisas. Mesmo sabendo que ela não era a garota puritana e tão inocente quando suas roupas mostravam, Eddie sabia que ela tinha menos experiência e não queria sugerir nada que fosse desconfortável para ela.
Toda vez que Eddie hesitava ou se refreava, ele o fazia por respeito.
E era exatamente isso que fazia seguir em frente, tão ousada como nunca tinha arriscado ser, porque Eddie a fazia se sentir segura.
Um barulho do lado de fora da janela chamou a atenção da garota, tirando-a de seus pensamentos. E quando olhou do lado de fora, estendendo a mão para ajudar Eddie a entrar, o sorriso deslumbrante que ele deu fez toda a tensão de arriscar que os vizinhos o vissem e a denunciassem para seus pais se dissipar.
estava completamente perdida, porque faria tudo de novo se isso significasse ver aquele sorriso mais uma vez.
Eddie escalou para dentro do quarto com facilidade, parando em frente à garota.
— Seus pais deviam dar um jeito nessa treliça. — Ele apontou com o polegar para a janela atrás de si. franziu o cenho, levemente confusa. — Qualquer maluco pode invadir seu quarto, sabia disso?
sorriu, se aproximando para envolvê-lo com os braços pelo pescoço.
— E o que um maluco iria querer invadindo meu quarto?
— Muitas coisas. — Ele a abraçou pela cintura, o tom de voz sugestivo. — Forçar você a estudar com ele, roubar uns beijos de vez em quando... Vai saber o que se passa pela cabeça dessa gente. Sorte a sua que eu estou aqui pra te defender.
Ela deixou uma risadinha escapar enquanto ele agitava as sobrancelhas, gostando de fazê-la rir. Eddie afastou uma mecha do cabelo macio, colocando-o atrás da orelha da garota, antes de plantar um beijo suave nos lábios dela.
estava sempre cheirosa, mas naquela noite havia algo de diferente. Não era o perfume de sempre e, a julgar pela pele macia e os cabelos ainda úmidos, ele deduziu que ela tinha saído do banho há pouco tempo. Ele se questionou se aquele era o cheiro que estaria impregnado nos lençóis em que ela se deitava todas as noites, o odor suave de sabonete e shampoo de morango.
Ele partiu o beijo, mais cedo do que gostaria, antes que seu corpo começasse a reagir àqueles pensamentos. Além do mais, não era para isso que estava ali e não queria dar a impressão errada a .
— Eu espero que seus flashcards estejam prontos, porque eu vim aqui decidido a acertar todas as suas perguntas! — Ele a sacudiu um pouquinho, fazendo-a rir, antes de se afastar para tirar a jaqueta e os tênis.
Ele tomou um momento para observar o quarto rapidamente, os tons de azul e rosa bebê por todo o lado: nas paredes, roupas de cama, alguns poucos bichos de pelúcia e no tapete felpudo ao redor da cama. E, como ele esperava: livros. Muitos deles, amontoados em uma estante e em cima dela, na mesa de cabeceira e na escrivaninha.
— Eu pensei num método de incentivo e recompensa pra te ajudar a memorizar a matéria — falou, guiando Eddie para sentar-se na cadeira em frente à escrivaninha. E, mesmo que ele não estivesse vendo o rosto dela, havia um sorriso em sua voz que o fez estremecer.
— E que método seria esse?
Ela estava em pé atrás de Eddie agora, as mãos descansando sobre os ombros dele com suavidade. E talvez se estivesse de frente para ele, não teria conseguido juntar coragem o suficiente para dizer as palavras que saíram de sua boca.
— Toda vez que você acertar uma questão, eu abro um botão.
Eddie se virou para encarar tão rápido que ele ficou surpreso de que seu pescoço não tenha estalado. Ela o encarou de volta, observando os olhos arregalados e o queixo caído, enquanto ele observava o que ela estava usando: um cardigã leve, completamente abotoado, uma camisa de botões fechada até o colarinho e a saia jeans curta com cinco grandes botões na parte da frente.
O rosto de Eddie se contorceu antes de finalmente olhá-la no rosto. Ela se perguntou se, mesmo com só os abajures e a luminária da escrivaninha acesa, ele conseguia ver o rubor que fazia com que suas bochechas queimassem.
— São muitos botões — ele comentou, tentando parecer casual, mas sem sucesso. engoliu seco, passando o peso do corpo de uma perna para a outra, sentindo o rosto esquentar.
— São botões suficientes pra te garantir um A nessa prova.
— A? — A careta dele se intensificou. — Mas C também é bom. C merece uma recompensa, não acha?
Ela rolou os olhos, sem conseguir conter uma risada. Aproximou-se da escrivaninha para pegar suas fichas de estudo e, quando se curvou sobre Eddie, o cabelo dela escorregou de seus ombros como uma cortina de veludo, acertando-o no rosto e envolvendo-o com aquele cheiro que ele tinha aprendido a adorar. Ele fechou os olhos por um segundo, apreciando aquele momento, mas logo se afastou de novo, sentando-se na cama com a pernas cruzadas debaixo do corpo.
— Vamos parar de papo furado e andar logo com isso? — ela falou, num tom de falsa ralhação. — Além do mais, eu estou com calor e você é a única pessoa que pode me ajudar com isso.
Eddie olhou para ela com um sorriso maldoso, mas não viu, porque já estava de olho em seus flashcards, pronta para fazer a primeira pergunta. Mesmo tentando se esconder atrás das fichas, Eddie ainda conseguiu ver as bochechas coradas da garota.
Ele suspirou em silêncio enquanto ela lhe fazia a primeira pergunta, pensando que aquela seria uma noite muito longa. E a tortura nem havia começado ainda.


dois

Foram necessárias cinco respostas certas para que se livrasse do cardigã.
Ela comemorou cada resposta certa com um sorriso, mas abriu cada botão sem fazer alarde e Eddie evitava deixar seu olhar se demorar muito nela enquanto ela o fazia, porque percebeu que a deixava nervosa.
E agora ela estava deitada de bruços na cama, os joelhos dobrados e os pés balançando no ar inocentemente, como se não estivesse com três botões da blusa abertos, a barriga descoberta pressionando contra o colchão. Como se não estivesse torturando Eddie a cada segundo.
Na posição em que estava, a saia subiu um pouco e Eddie deixou seus olhos vagarem por ali enquanto ela estava distraída arrumando em duas pilhas as questões que ele acertou e as que errou.
Ele quis se levantar da cadeira, ir até ela e deixar seus dedos correrem pela parte de trás das coxas, subindo devagar até a popa da bunda que a saia deixava à mostra, num toque leve que ele sabia que ia fazer com ela desse uma risadinha que logo se transformaria num suspiro.
Pensar nos suspiros de o transportou no tempo até uma semana antes.


*


O interior da van estava quente.
Já era fim de tarde e a temperatura do lado de fora começava a cair, mas ainda assim parecia que a pele de Eddie estava em chamas e a responsável por isso era .
Sentado no banco do carona, Eddie tinha em seu colo, as mãos nos quadris da garota enquanto ela o beijava fervorosamente. O local onde as coxas de o envolviam e o ponto exato onde a pelve dela descansava sobre a sua eram a origem do calor que se espalhava lentamente pelas suas entranhas, fazendo os braços e pernas formigarem de leve.
Já fazia um bom tempo que ele tinha desistido de tentar manter longe o suficiente para que ela não percebesse sua ereção. Ou tinha sido apenas alguns minutos? Certamente pareciam horas. Agora, ele estava ativamente puxando a garota em direção ao seu corpo, querendo o peso quente do corpo dela exatamente onde ele latejava.
Quando ela partiu o beijo para respirar, Eddie manteve os lábios na pele dela, descendo-os e espalhando beijos por todo o pescoço e ombro da garota, antes de dar atenção ao outro lado também. suspirou quando as mãos largas dele apertaram sua cintura com mais força e, sem querer, encontraram uma brecha entre o tecido da blusa e o short de cintura alta. Os dedos entraram por ali, curiosos, subindo pelas costas e espalmando a pele macia e quente.
Eddie precisou conter um gemido quando suas mãos exploradoras descobriram que estava sem sutiã.
Ele descansou a testa no ombro dela, respirando fundo por um segundo, antes de plantar um beijo casto na clavícula e arrastar os lábios pescoço acima até encontrar os de novamente, a língua dela recebendo a sua com um suspiro.
Com as pontas dos dedos, suavemente, ele percorreu a coluna da garota de cima à baixo e de volta para cima, sentindo-a se arrepiar sob o seu toque e sorriu em meio ao beijo, sugando o lábio inferior dela entre os seus.
Antes que pudesse de refrear, seus dedos vagaram preguiçosamente para as laterais do torso de document.write(Layla), espalmando as costelas, os polegares brincando perigosamente sob os seios da garota. Como ela não protestou, Eddie continuou, subindo-os milimetricamente até que...
— Eddie, espera... — ela pediu, partindo o beijo, e ele imediatamente tirou as mãos de dentro da blusa da garota, trazendo os braços para envolvê-la pela cintura.
— Foi mal, foi mal — ele murmurou baixinho, contra os lábios dela. — Eu me empolguei, desculpa.
— Não é isso, é que... — Quando ela expirou, parecendo levemente frustrada, ele se afastou o suficiente para olhá-la no rosto, encontrando um vinco entre as sobrancelhas que ele acariciou com o polegar levemente.
— Tá tudo bem, a gente não precisa continuar se não quiser — sussurrou, mesmo que tudo que ele mais quisesse era continuar.
— É só que eu não tenho os peitos como as garotas das suas revistas. — deixou escapar num único fôlego, os olhos fechados, porque ela sabia que perderia a coragem de falar se não fosse assim.
Eddie sentiu as bochechas esquentarem, dessa vez de constrangimento, por saber exatamente do que estava falando. As revistas que ele mantinha debaixo da cama. Aquelas que ele tinha chutado discretamente sob o móvel quando ele levou ao seu quarto para emprestar a ela o seu exemplar de “O Hobbit”.
Bom, pelo jeito, não tão discretamente assim.
Ele segurou pelas laterais do rosto, deixando um beijinho rápido no nariz dela que a fez sorrir, antes de abrir os olhos.
— Nem as garotas das revistas tem peitos como os das garotas das revistas — ele começou, mas resolveu mudar o caminho quando viu a cara levemente confusa que ela fez. — A questão é que peitos são ótimos em todos os tamanhos.
Dessa vez, ela gargalhou, jogando a cabeça para trás, e ele a segurou pela cintura para equilibrar o corpo dela.
— Esse é o tipo de coisa que alguém que está doido para ver os meus peitos diria. — Ela levantou uma sobrancelha. Eddie fingiu-se de ultrajado.
— Eu nunca mentiria pra você! — Um sorriso atrevido se espalhou pelo rosto dele. — Então, em nome de continuar te dizendo somente a verdade, eu confesso que estou, sim, doido pra ver os seus peitos. Mas só quando você quiser me mostrar.
E pontuou a frase com um selinho rápido nos lábios dela.
assentiu, sorrindo, e fez um carinho suave na bochecha dele, vendo-o fechar os olhos e descansar o rosto contra a mão que o acariciava.
Assim que parou de sentir o toque, Eddie abriu os olhos e inspirou com força quando encontrou abrindo o primeiro botão da blusa. Ele observou com atenção cada botão ser aberto, alternando entre o rosto dela e o local onde os dedos trabalhavam.
Ela parou ao abrir o último botão, a respiração pesada, a blusa ainda cobrindo os seios, mas expondo uma faixa de pele entre o pescoço e a barriga. Mais devagar do que realmente gostaria, Eddie correu os nós dos dedos na pele exposta, de baixo para cima, com cuidado para que os grandes anéis que usava não a arranhassem, até atingir o topo da blusa e empurrá-la delicadamente para o lado, revelando um dos seios pequenos ao mesmo tempo em que a garota fechava os olhos, a respiração falhando um pouco.
Dedilhou ao redor, os dedos parecendo flutuar sobre a pele de suavemente, até finalmente espalmar a carne com cuidado, sentindo o mamilo endurecer contra a palma de sua mão quando tomou a boca dela em um novo beijo lascivo.
A outra mão repetiu a mesma coreografia, antes de apertar suavemente ambos os biquinhos entre os polegares e os indicadores, o que fez com que se agarrasse ao seu pescoço e quebrasse o beijo para derramar um suspiro delicioso contra os lábios dele.
Eddie sentiu-se latejar dentro das calças. Ele tinha certeza de que agora podia senti-lo cutucando-a na coxa.
Ele desceu os lábios pelo pescoço e peito de mais uma vez, até abocanhar o mamilo esquerdo, lambendo-o com a língua relaxada enquanto o polegar massageava o mamilo direito em movimento circulares e a garota choramingou baixinho, segurando os cabelos na nuca de Eddie com o punho fechado e movendo os quadris contra os dele, minimamente, mas o movimento não passou despercebido pelo garoto.
Ele inspirou com força, a mão livre apertando a lateral do quadril de e incentivando-a a repetir o movimento. E ela o fez, com um pouco mais de confiança, arrancando de Eddie um grunhido baixo.
Sugando com um pouco mais de força antes de liberar o biquinho com um estalo, ele seguiu para o outro seio, dessa vez utilizando a mão livre para inclinar o torso de para trás, sustentando-a enquanto a garota ondulava os quadris contra os dele.
Eddie sentiu quando algo se contraiu em seu abdômen, mas não deu atenção, porque tinha deixado escapar o primeiro gemido e o som pareceu ecoar infinitamente entre as orelhas do garoto, instigando-o a continuar chupando um dos mamilos com vontade enquanto o outro era massageado em movimentos circulares.
apertou-o entre as coxas, os quadris ondulando com mais firmeza contra os de Eddie enquanto o agarrava pelo cabelo da nuca, sem ter noção da força que estava utilizando. Ela não sabia, mas aquilo estava empurrando Eddie para ainda mais perto do precipício. A única coisa que sabia era que havia uma queimação entre suas coxas que, quando friccionada contra Eddie, ao mesmo tempo a aliviava e a deixava necessitando por mais. Então ela continuou impulsionando os quadris, sendo incentivada pelos grunhidos dele que reverberavam ao redor do mamilo que ele sugava com vontade.
Eddie foi pego de surpresa pelo orgasmo que o atingiu com força. Ele agarrou-se à cintura de com as duas mãos, sentindo o corpo estremecer, e apoiou a testa no esterno dela, deixando escapar um gemido estrangulado. se assustou, parando de se movimentar e abraçando-o pelos ombros com cuidado. Levou alguns segundos para ela entender o que tinha acontecido.
Houve um breve silêncio, enquanto Eddie levantava o torso para apoiar as costas contra o banco novamente, a respiração ainda alterada, mantendo o corpo de colado ao seu. Alguns instantes depois, ele começou a rir e se afastou o suficiente para olhá-lo no rosto, afastando uma mecha de cabelo rebelde que grudava na testa dele por conta do suor.
— Da última vez que isso aconteceu, eu devia ter uns 14 anos — ele comentou, um sorriso preguiçoso se espalhando pelo rosto, depois de dar um selinho rápido na garota. — Porra, você me faz perder todo o controle.
— E isso é bom? — ela indagou, um sorriso pequeno no canto dos lábios.
O sorriso de Eddie se alargou.
— Isso é ótimo.



*


— O que você acha?
Ele foi arrancado de suas memórias pela pergunta de document.write(Layla), mas não fazia ideia do que ela estava falando.
— Foi mal, princesa, eu dei uma viajada...
A garota sorriu ao ouvir o apelido que agora ele usava com tanta naturalidade.
— Eu disse que a próxima leva de questões é um pouco mais difícil. Quer repassar as questões que você não acertou, ver se consegue se lembrar a resposta de alguma delas?
Era impressão dele ou ela estava lhe dando mais chances de abrir mais botões? Eddie não conseguiu refrear um sorriso ao ter esse pensamento, mas não disse nada a document.write(Layla). Apenas assentiu.
— É uma boa ideia.
— Como se chama o processo de polinização das gimnospermas?
Ela rolou o corpo na cama, apoiando o peso em um dos braços e ficando de frente para Eddie. Ele curvou-se para frente, apoiando os cotovelos nas coxas e apertando os olhos com as mãos abertas, numa tentativa de não olhar para a barriga exposta de document.write(Layla), além de tentar se concentrar na questão.
— Eu tenho certeza de que você sabe essa — ela incentivou, um sorriso na voz sendo perceptível mesmo que Eddie não estivesse olhando para ela.
Ele procurou em suas memórias, respirando fundo, em busca de qualquer coisa que pudesse ajudá-lo. Havia uma imagem de na floresta, os cabelos brilhando iluminados pelo sol que passava entre as árvores enquanto ela apontava para um pinheiro. Ela estava concentrada, explicando sobre a evolução daquele tipo de plantas, mas Eddie estava completamente hipnotizado. Ele só conseguia se lembrar de e de como ela era deslumbrante. Se lembrava das bochechas coradas depois da caminhada, do sorriso quando o sol finalmente saiu detrás das nuvens e dos lábios dela enquanto ela explicava a...
— Anemofilia! — ele deu um grito, batendo a palma da mão na coxa com um estalo e rindo alto em seguida.
deu um pulo da cama, correndo em direção a ele para colocar uma das mãos sobre a boca do garoto, rindo baixinho enquanto pedia silêncio. Com a boca coberta, ele pediu desculpa com os olhos, arrancando mais uma risadinha dela.
Foi só quando tirou a mão, devagar, que ela se deu conta de que tinha se sentado de lado no colo de Eddie e, automaticamente, o garoto envolveu a cintura dela com os braços.
— Já que eu estou aqui, vou deixar você abrir o próximo botão.
— Posso escolher?
— Sim, mas só um.
Eddie soltou a cintura de para observá-la, sabendo exatamente o que queria fazer. Tocando primeiro o joelho da garota, ele subiu os dedos devagar pela coxa, antes de parar na bainha da saia que tinha embolado um pouco quando ela se sentou no colo dele, quase deixando a calcinha à mostra. Ele escolheu o botão mais baixo da saia que ela usava, abrindo-o devagar antes de observar rapidamente a curva no alto das coxas, onde elas se uniam na virilha, por debaixo do tecido. A pele de estava completamente arrepiada.
— Eu devia ganhar um beijo por ter acertado essa também, não acha? — ele levantou o rosto, com um sorriso pidão.
— Não tente distorcer as minhas regras, Munson. — Ela fingiu irritação, segurando-o pelo queixo com o indicador e o polegar, mas sorriu em seguida, levantando-se do colo dele. — Você já escolheu o seu botão.
Ele deixou escapar uma expiração junto a uma risada fraca. era uma delícia quando assumia o controle.


três

Restava apenas um botão fechado na saia de .
Ela tinha mudado de lugar, deixando a cama de lado para se sentar na poltrona na parede oposta, propositalmente atrás de Eddie. E quando ele fez menção de se virar, ela não deixou.
Não que houvesse algo o impedindo de verdade, mas Eddie acatou o pedido dela, mantendo-se com as mãos sobre a escrivaninha e em nenhum momento se moveu como se fosse olhar na direção dela. Mesmo com toda aquela pose de fora da lei, ele era muito bom em seguir regras. Pelo menos as regras de .
O motivo que fez se esconder atrás dele foi porque, mesmo que Eddie já tivesse a visto seminua antes, parecia diferente passar tanto tempo despida sob a visão atenta dele. Mesmo vestida, o garoto tinha um jeito de observá-la que parecia que ele conseguia ver tudo o que acontecia debaixo da pele dela: o coração batendo acelerado quando ele sorria, os hormônios inundando suas veias, o fato de que ele agora ocupava noventa por cento dos pensamentos que ela tinha em um dia. Ter aquele par de olhos castanhos correndo por seu corpo despido parecia vulnerável demais para aguentar por muito tempo, então ela se rendeu à insegurança e se escondeu.
E agora, vestindo nada mais que a saia jeans desabotoada, sentada na poltrona com as pernas dobradas escondendo o torso nu, o queixo apoiado nos joelhos, se sentiu um pouco tola. E, quando Eddie acertou mais uma questão, ela se perguntou por que estava fazendo aquilo.
Observou a silhueta do garoto sentado há pouco mais de um metro, o cabelo caótico, os dedos tamborilando na superfície do móvel à sua frente. Ela pensou na expressão confusa e o sorriso adorável que ele deixou aparecer na primeira vez que ela o beijou. Ou como ele às vezes a olhava como se ela tivesse acabado de descobrir vida na lua.
sorriu sozinha, logo depois de fazer mais uma pergunta a Eddie. Racionalmente, ela sabia que aquela insegurança não fazia sentido nenhum, não quando se tratava de Eddie Munson, porque tudo que ele fazia, desde o dia que se viram pela primeira vez na biblioteca, era deixar confortável e garantir que ela estava se sentindo segura.
Foi aí que ela teve certeza de que não estava fazendo aquilo por Eddie. Estava fazendo por si mesma.
Porque, por mais que ela tivesse vestido a armadura de garota puritana que tinham lhe dado desde sempre, ela adorava ver o olhar de puro desejo nos olhos de Eddie. Ela gostava de ouvi-lo ofegar quando os beijos ficavam mais intensos, gostava da textura dos anéis mornos toda vez que ele a tocava e a sensação dos lábios dele ao redor de seus mamilos tinha a deixado em chamas a semana inteira.
E mesmo que ainda se sentisse tímida e talvez um pouco ansiosa, ela decidiu que seguiria em frente com seu plano.
— Então... só por curiosidade, quantos botões faltam? — ele perguntou, a voz um pouco afetada. se levantou, deixando a saia para trás, e caminhando até ele.
— Se acertar essa questão, eu te falo.
— Você tá distorcendo as regras do jogo ao seu favor, isso não é justo.
se abaixou, parando com a boca perto da orelha dele, afastando o cabelo do garoto para que ele sentisse seu hálito roçando na pele quando retrucou.
— O jogo é meu, eu posso fazer o que quiser — falou suavemente, plantando um beijo preguiçoso no pescoço de Eddie.
Ela viu quando a mão dele caiu do móvel para seu colo, apertando suavemente o volume que ele tinha nas calças. colocou a mão sobre a dele, dando mais um aperto leve, antes de guiar a mão dele para a mesa mais uma vez. O ar chiou na garganta dele quando ele inspirou com força.
— A resposta?
Eddie respirou fundo, segurando a borda da mesa à sua frente como se, caso soltasse, fosse perder o equilíbrio. Ele respondeu muito pausadamente.
— Por acaso é esqueleto apendicular?
— Essa é a sua resposta ou você está me perguntando? — Ela mordeu o lóbulo da orelha dele. A cabeça do garoto pendeu para trás, descansando no ombro de .
— Resposta — disse, somente, como se não conseguisse mais formular frases inteiras.
A garota sorriu, descendo as mãos que antes descansavam nos ombros de Eddie pelo peito e abdômen dele. Ela sentiu quando ele prendeu a respiração, logo assim que ela alcançou o topo da calça jeans, desfazendo o cinto antes de abrir o botão da calça. Com a névoa de tesão que havia em sua cabeça, Eddie não percebeu que os dedos dela estravam levemente trêmulos.
— Os meus botões acabaram — justificou-se.
Ela se levantou, assistindo o pomo de adão dele subir e descer, as pálpebras pesando sobre os olhos. Eddie soltou um riso torturado, o topo da cabeça agora descansando no abdômen de , parada atrás dele.
— Porra, princesa... eu não sabia que você era tão cruel.
— Me desculpa, não foi minha intenção torturar você. — Ela se pôs ao lado de Eddie, mas quando o garoto abriu os olhos, qualquer palavra que havia em sua boca evaporou.
não usava nada além de uma calcinha simples, os cabelos longos cobrindo os seios, e Eddie achou que ela se parecia com uma daquelas pinturas renascentistas em seus livros de história, ou como as ninfas descritas nos livros de fantasia que ele tanto gostava. Ela fazia beicinho, ainda se desculpando por alguma coisa que ele nem se lembrava mais do que era.
Ficando de frente para ela, mas ainda sentado na cadeira, ele assistiu quando as bochechas dela assumiram um rubor profundo, aquele que ele sempre achava que destacava a cor dos olhos dela. fez menção de cobrir o torso, sentindo-se tímida sob o escrutínio de Eddie, mas ele a segurou pelos quadris, trazendo-a para perto para poder traçar um caminho de beijos que foi de um lado ao outro do abdômen da garota.
Ela ofegou quando os lábios dele entraram em contato com a pele dela, subitamente sensibilizada por todas as sensações que ele causava. Ela estava extremamente consciente dos lábios macios, da dureza dos anéis onde as mãos dele a seguravam nos quadris, das cócegas que o cabelo dele fazia em contato com a pele dela. suspirou, o que chamou a atenção de Eddie e ele a puxou suavemente para frente, para que se sentasse em seu colo, mas ela resistiu.
Segurando-o pelas mãos, a garota sinalizou silenciosamente para que ele se levantasse e, quando ele o fez, ela caminhou lentamente de costas até a cama. Eddie a seguiu como se estivesse sob o efeito de um feitiço, os olhos brilhando, sem desviar de por um só segundo.
Quando sentiu o colchão entrar em contato com a parte de trás de suas pernas, se sentou, mas Eddie permaneceu em pé na frente dela por um instante. Ele acariciou o rosto da garota, o polegar correndo suavemente pela bochecha e pelo lábio inferior antes de descer a mão pelo pescoço dela. Eddie hesitou por um segundo, olhando-a nos olhos, esperando pela confirmação silenciosa de que podia seguir em frente. E, assim que assentiu, ele empurrou devagar o cabelo para trás dos ombros, finalmente expondo os seios dela.
Sentindo a pele se arrepiar, a garota subiu as mãos pelas coxas cobertas de jeans à sua frente, até atingir a bainha da camiseta que Eddie usava, empurrando-a um pouco para cima. Ele estremeceu levemente quando as pontas dos dedos tocaram seu abdômen, compreendendo o pedido mudo e tirando a camiseta pela cabeça com um movimento só.
Eddie permaneceu imóvel, a respiração pesada, enquanto se aproximava para beijar seu peito, as mãos puxando-o pelas costelas para subir na cama. E ele quase o fez, chegando a apoiar um joelho sobre o colchão, mas parou no último segundo.
— Eu vou tirar o cinto pra fivela não te machucar, pode ser?
assentiu, inclinando-se para trás, o corpo apoiado nos cotovelos, enquanto observava Eddie retirar o acessório de couro. Havia um calor constante entre suas coxas que pareceu crescer a cada instante e aumentou exponencialmente quando o cinto atingiu o chão, as correntes tilintando por um instante. Eddie se curvou sobre ela, os lábios finalmente encontrando os da garota e ambos arfaram quando envolveu os quadris dele com as pernas, puxando-os em direção aos seus.
Ele tomou um tempo para beijá-la sem pressa, saboreando os lábios macios, deixando a língua dela dançar sobre a sua antes de descer os beijos pelo pescoço, apreciando toda e qualquer pele que encontrava para beijar, antes de abocanhar um dos mamilos, fazendo arfar, o som reverberando pela coluna de Eddie até se concentrar em seu baixo ventre.
Fazia uma semana desde que Eddie havia tomado seus seios com a boca dentro da van, mas aquela era a única coisa em que tinha conseguido pensar nos dias que seguiram. Ainda assim, a lembrança não fazia jus ao ato em si, porque agora que ela tinha Eddie com os lábios e a língua em sua pele de novo, era muito melhor do que ela se lembrava.
Ela puxou os quadris dele em direção aos seus com as pernas, enroscando-as na cintura do garoto, e a ereção dele roçou contra o ponto que era a origem de todo o calor no corpo de . Ela já tinha beijado outros garotos antes, já tinha até transado com um namorado que teve por um breve período, mas com Eddie era diferente. Às vezes, bastava que ele olhasse para ela para que a garota se sentisse esquentar sob a pele. Mas com os lábios e a língua habilidosa trabalhando em um mamilo, os dedos em outro, ela se sentia febril, estremecendo de calor.
E piorou quando Eddie espalmou uma de suas nádegas, forçando a ereção contra ela mais uma vez. Ela podia jurar que os grandes anéis que ele usava estavam pegando fogo e deixariam marcas na pele dela.
Os dedos dele encontraram a costura da calcinha simples de algodão, traçando uma linha sob o tecido, testando as águas para saber a reação de . E quando a garota não protestou, ele dedilhou ao redor de toda a borda da peça, descendo dos quadris, pelas nádegas, levantando e segurando contra o seu peito uma das pernas dela para ter acesso à virilha, onde ele continuou traçando apenas a borda da calcinha, mas já estava ofegante.
Quando Eddie ousou tocar o centro da peça, suavemente, com o polegar, ele percebeu que o tecido já estava úmido. A garota estremeceu com o toque, agarrando a colcha ao lado de seu corpo com uma das mãos, forçando os quadris contra o dedo de Eddie em busca de mais contato. Ele obedeceu, continuando a correr o polegar levemente, de cima para baixo, sentindo a ereção latejar em seu baixo ventre enquanto arfava sob o corpo dele.
Eddie sugou com mais força o mamilo que tinha na boca, antes de libertá-lo, a falta do calor fazendo abrir os olhos para observá-lo, bem a tempo de assistir quando o garoto assoprou o mamilo úmido com sua própria saliva, um sorriso diabolicamente lindo estampado na cara, arrepiando-a dos pés à cabeça.
achou que fosse derreter. Achou que todo seu corpo fosse se transformar naquele líquido viscoso que umedecia sua calcinha, onde o polegar de Eddie continuava a torturando, mesmo quando ele subiu o corpo para beijá-la nos lábios novamente.
Até que ele parou.
Eddie se afastou, ajoelhando-se entre as coxas dela, depositando um beijinho no joelho de antes de deixar ambas as mãos sobre os quadris da garota de novo.
— Eu posso tentar uma coisa? — se viu concordando antes mesmo de saber do que se tratava. — Me avise se quiser que eu pare, ok? Você pode me dar três tapinhas no ombro a qualquer momento e eu paro.
Ela assentiu, sentindo-se inquieta, querendo as mãos dele em seu corpo de novo. Mas assistiu, com a respiração pesada, enquanto Eddie tirava os anéis, um por um, depois o colar com o pingente de palheta que ele carregava, colocando-os todos sobre a mesa de cabeceira, antes de voltar a atenção para ela de novo.
Pairando sobre os ossos do quadril de , os dedos dele encontraram a costura de cima da calcinha e engancharam-se ali, puxando o tecido para baixo numa velocidade dolorosamente lenta. Ele manteve os olhos no rosto dela o tempo todo, atento a qualquer mudança que informasse que devia parar. Mas tudo que houve foi um olhar curioso e almejante que vagou dos olhos de Eddie, para as mãos dele e de volta para o rosto do garoto. Ela levantou os quadris da cama, ajudando-o a se livrar da peça, antes que ele a empurrasse delicadamente pelas pernas dela.
O garoto apoiou as mãos no colchão, ao lado do corpo de , e curvou-se para a frente, dando um selinho nos lábios da garota, depois um beijo suave entre os seios dela e ainda outro sobre o umbigo antes de se posicionar entre as pernas dela.
— Tudo bem? — ele indagou baixinho, antes de beijar a parte interna da coxa que agora ele tinha apoiada no ombro.
— Sim — ela respondeu, assentindo, a respiração ruidosa na garganta.
Eddie sorriu, os olhos dele finalmente deixando o rosto de e vagando até a virilha da garota. Ele tentou controlar sua respiração descompassada enquanto acariciava os pelos no monte de vênus, antes de descer os dedos e finalmente tocar as dobras úmidas, circulando os dedos devagar enquanto assistia os olhos de pesarem, os lábios se separando com a promessa de um gemido que ela só deixou escapar quando Eddie desceu a boca sobre ela.
O corpo de foi tomado por um arrepio quente que a sacudiu levemente da cabeça aos pés. Eddie a lambeu devagar, testando as reações da garota. Ele sorriu quando a ponta de sua língua encontrou o conjunto de nervos que a fez derramar um gemido longo e obsceno, concentrando-se ali, lábios e língua e sucção suave; qualquer coisa para ouvir gemer novamente.
Ele descobriu que aquela não era uma tarefa difícil. De olhos fechados, deixava escapar dos lábios os gemidos mais deliciosos enquanto o garoto a chupava, a língua movendo-se incessantemente ao redor do clitóris e sobre ele. Eddie permaneceu observando o rosto dela o quanto podia, forçando a ereção contra o colchão em busca de qualquer alívio que pudesse encontrar.
Alternou a carícia, lambendo-a próximo à entrada, antes de subir com lambidas amplas até o clitóris e, ao receber um gemido particularmente sôfrego, continuou, perguntando-se se deveria arriscar mais.
A verdade é que Eddie nunca tinha ficado com uma garota mais nova que ele e, muito menos ainda, uma garota inexperiente. Ele estava acostumado a ir para outras cidades em shows e festivais, seu jeitão de bad boy que adorava flertar com todo mundo parecia atrair muito as mulheres mais velhas. E ele não podia reclamar, porque tinha aprendido muito com elas, sobre si mesmo, sobre o corpo feminino, sobre prazer e sobre comunicação.
E quando se tratava de , tudo o que ele queria era ter certeza do que ela queria. Que estivesse confortável para dizer que não, mas também para dizer que sim. O quão longe ela desejasse ir, era o quão longe Eddie estava disposto a levá-la.
E, naquele momento, um olhar para o rosto de lhe disse tudo o que ele precisava saber: ele podia dar um passo adiante. Era isso que estava descrito na expressão de prazer estampada no rosto da garota.
Então ele trouxe um dedo para circular a entrada dela, mais uma vez testando a reação de . Ela respondeu separando um pouco mais as coxas. A resposta dela tinha sido muito sutil, mas Eddie já estava acostumado a lê-la.
Devagar e com muito cuidado, ele penetrou somente uma falange e recebeu como recompensa o movimento dos quadris dela, que ondularam contra o rosto dele. Foi quando ele curvou o dedo para cima, pressionando em direção ao osso púbico que a garota perdeu o controle.
Era uma ótima notícia que os pais dela tivessem saído, porque qualquer pessoa na casa teria ouvido a sequência de gemidos agudos que deixou escapar. E por mais que estivesse desesperado para enfiar a mão nas calças e se masturbar aos sons dos gemidos de , ele se manteve exatamente onde estava, o dedo curvado dentro dela, os lábios presos ao redor do clitóris enquanto ele o circulava com a língua.
Não demorou muito para que se desfizesse. Ela gozou com um último gemido longo, apertando o dedo de Eddie dentro de si, enquanto o clitóris latejava contra a língua dele. O garoto ainda a lambeu mais algumas vezes, vendo-a estremecer toda vez que tocava o clitóris novamente, mas decidiu não superestimulá-la.
Com a respiração pesada e ruidosa, o corpo parecendo ter se tornado gelatina, abriu os olhos devagar, assistindo Eddie se levantar, limpando a boca com o antebraço, antes de vir em direção a ela.
— Você é perfeita, princesa. — Ele depositou um beijo em cada mamilo, sorrindo, antes de beijá-la nos lábios e descobriu, surpresa, que podia sentir o próprio gosto na língua dele.
Sentindo-se ainda um pouco fraca, apenas abraçou-o pelo pescoço com os braços levemente flácidos e sentiu Eddie soltar um pouco do peso do torso sobre ela. A garota respirou fundo, afundando o rosto na curva do pescoço dele, sentindo-se estranhamente confortada com o peso de Eddie sobre si.
Alguns instantes depois, Eddie rolou para o lado com cuidado, deitando-se no colchão, mas trazendo uma das mãos de com os dedos entrelaçados nos seus. Deu um beijo no dorso da mão dela antes de segurá-la sobre o próprio peito nu e respirar fundo.
Ele estava dolorosamente duro, mas queria que aquela noite fosse somente sobre . Fechou os olhos por um instante, o polegar acariciando o pulso da garota, mas não ajudava que o cheiro dela estivesse em todo lugar, nos lençóis em que ele estava deitado, em seus dedos, o gosto dela em sua boca.
Ele duvidava que um dia iria esquecer o quão macia e quente era a carne de .
Sentiu o colchão mover-se e a mão de se foi. Ele imaginou que ela fosse ao banheiro ou que fosse vestir-se, mas ao invés disso, ele sentiu o peso da garota sentada sobre sua pelve e arfou, abrindo os olhos rapidamente para encontrar , ainda completamente nua, o rosto suado e corado do orgasmo tido há pouco, sentada sobre a sua ereção.


quatro

Eddie tinha um sonho recorrente.
Desde que as aulas recomeçaram depois do recesso de inverno e ele se viu passando muito mais tempo com , pelo menos duas vezes pela semana ele sonhava com ela.
Primeiro, ele sentia o peso e o calor sobre sua pelve. Depois, o cheiro do shampoo de morango. Quando abria os olhos, o cabelo de estava em todos os lugares enquanto a garota se curvava sobre ele. Eddie a segurava pela lateral do rosto, beijando-a delicadamente nos lábios e sorria, rolando os quadris contra os de Eddie. E então ele acordava, sempre com uma ereção fazendo volume em sua cueca.
Da primeira vez que aconteceu, ele se sentiu desconfortável estando próximo a quando ele sabia que a primeira coisa que tinha feito no dia tinha sido se masturbar pensando nela.
Quando eles finalmente se beijaram, algumas semanas depois, Eddie achou que o sonho iria parar, mas ele continuou. Desde então, religiosamente, o sonho estava lá, sempre pelas manhãs, logo antes do despertador tocar.
Mas a ideia de sonhar com sentada em seu colo era completamente diferente de ter a garota nua em seu colo, dando-lhe um sorriso que era metade tímido, metade malicioso, que com certeza seria o motivo da ruína de Eddie.
Ele arfou, as mãos segurando-a pelas coxas, antes que se apoiasse no peito dele para beijá-lo nos lábios, fazendo-o ofegar quando roçou levemente os quadris contra os dele. Ela afastou o cabelo de Eddie para beijá-lo no pescoço e ele manteve os olhos fechados, tentando controlar a respiração que deixava seus pulmões de forma irregular, mas não estava facilitando. Não quando ela sugou a pele logo abaixo da orelha dele com força, muito menos quando ela se sentou e terminou de desfazer o zíper já meio aberto do jeans dele.
— Você trouxe camisinha? — ela perguntou baixinho, ao mesmo tempo em que as mãos pequenas começavam a empurrar a calça e a samba-canção para baixo.
Eddie abriu os olhos num estalo, segurando-a pelos pulsos para interromper o movimento, sentindo-se um idiota.
— Não.
Ele tivera o pacote em mãos, algumas horas atrás, antes de sair de casa. Ficou parado, olhando para a embalagem por cinco minutos inteiros, considerando se devia ou não a levar. Por um lado, ele queria estar preparado caso a oportunidade surgisse. Por outro, não tinha prometido nada além de ajudá-lo a revisar a matéria da prova de Biologia e uns beijos. Então, tomando sua decisão, Eddie jogou o pacote de preservativos em cima da cama e saiu em direção à casa de .
O queixo da garota caiu.
— Por que não? — Eddie percebeu quando ela se encolheu um pouco, parecendo subitamente insegura. Ele suspirou, sentando-se no colchão para aproximar o rosto dela.
— Que tipo de babaca eu seria se viesse aqui esperando por sexo? — Ele beijou-a na bochecha, estudando as reações dela de perto. Os olhos de estavam em todo lugar menos nos olhos dele. Quando falou de novo, a voz era quase um sussurro.
— Eu pensei que... — suspirou. — Você não quer?
— Tá brincando? — Ele deixou escapar uma risada estrangulada, passando um braço ao redor dos quadris de para trazê-la mais perto do torso dele e, consequentemente, contra sua ereção. — Você me deixa louco, princesa, não consegue sentir? Eu tô duro desde a hora que você se livrou daquela blusa. Só a sugestão de estar dentro de você... porra!
Ele arrastou os lábios contra o rosto de , arfando quando ela rebolou contra ele mais uma vez, pressionando os seios contra o peito dele. Eddie a abraçou, as mãos largas acariciando as costas da garota de cima a baixo.
— Mas eu não quero que você se sinta pressionada a transar. — Ele levantou o queixo dela com o indicador, fazendo-a olhar nos olhos dele. — Não quero que faça isso só porque eu quero. Minha prioridade é fazer você se sentir bem, ok?
assentiu, com uma sensação de formigamento tomando seu peito que transbordou num sorriso. Eddie sorriu também, o polegar acariciando a bochecha dela enquanto ele lhe dava um selinho demorado.
Mas, como uma lâmpada se acendendo no escuro, uma lembrança passou pela cabeça de .
— Embora eu ache seu discurso terrivelmente fofo — ela começou, os lábios ainda grudados nos dele —, eu acabei de me lembrar de uma coisa.
Antes que Eddie pudesse responder à provocação ou perguntar do que se tratava, a garota se levantou do colo dele rapidamente e ele riu quando a assistiu correr pelada até uma porta que ele imaginou que fosse o banheiro.
Durante o recesso de primavera, a irmã mais velha de , Diana, tinha voltado para casa da faculdade. A mais nova tinha comentado sobre Eddie com a irmã, que já o conhecia. Ela era a presidente do Hellfire Club quando o garoto entrou no ensino médio e, ao contrário do que imaginou que faria, a irmã apenas sorriu, murmurando algo como “ele é um cara legal” antes que elas começassem a se atualizar de outros assuntos. Mas quando a mais velha estava se despedindo para voltar para a faculdade, assim que abraçou , ela murmurou um “deixei um pacote de camisinhas pra você na última gaveta do banheiro”, antes de se afastar, dar uma piscadela e entrar no carro, acenando inocentemente.
Na época, achou que ela era maluca. Agora, enquanto revirava a gaveta do banheiro que um dia tinha sido compartilhado com a irmã, fez uma nota mental de fazer a torta preferida da irmã quando ela viesse visitar novamente.
De volta ao quarto, ela encontrou Eddie sentado com as costas contra a cabeceira de sua cama e escalou sobre ele, sentando-se em seu colo novamente, o pacote com seis camisinhas na mão.
Os olhos dele estavam mais escuros que o normal, a malícia fazendo-os brilhar enquanto encarava com uma pergunta não enunciada, um sorriso pequeno no canto dos lábios.
— Não é porque eu me sinto pressionada, é porque eu realmente quero. — Ela sentiu as bochechas queimarem, mas manteve o olhar no dele. — Eu quero você, Eddie.
Ele a segurou pelo rosto, beijando-a com o máximo de delicadeza que conseguia considerando o estado de tesão em que estava. Concentrou-se na língua morna e macia roçando contra a sua, acariciando os ombros e o pescoço com as pontas dos dedos calejados da guitarra, antes de afagar os cabelos macios que sempre o deixavam com vontade de enrolar o punho neles e segurá-los com firmeza.
— Deite-se — ela pediu, dando um tapinha na lateral do corpo dele e Eddie obedeceu, sem questionar.
Ela puxou o jeans justo e a cueca pelas coxas e Eddie os chutou para fora do corpo assim que atingiram seus joelhos, antes que se sentasse em suas coxas novamente. Movendo-se centímetro por centímetro, ela o tomou nas mãos pela primeira vez, observando quando Eddie engasgou uma respiração e fechou os olhos.
Ele estava duro como aço, mas a pele era macia ao toque. correu as duas mãos ao longo da extensão, passando o polegar em volta da cabecinha úmida e Eddie estremeceu. Ela sorriu, gostando de assisti-lo tão entregue e tão sujeito à vontade dela.
Eddie abriu os olhos devagar, encontrando os olhos de atentos em seu rosto, e os dois sorriram juntos. Ele não queria apressar as coisas, mas a pressão das mãos dela na cabeça de seu pau estava o deixando louco, então ele alcançou o pacote de preservativos, destacando um da cartela. Abriu a embalagem com os dentes, mas a garota pegou a camisinha da sua mão antes que ele tivesse tempo de colocá-la.
— Você sabe como...?
— Sei.
— Ok.
Eddie a observou, observando as mãos pequenas desenrolarem a camisinha sobre seu pau, e suspirou. Ele se segurou pela base, a outra mão na coxa de quando ela levantou os quadris, guiando-os até a ereção de Eddie e colocou a mão entre os dois para posicioná-lo em sua entrada, antes de abaixar os quadris devagar, sentindo-se preenchida por ele.
Ele deixou escapar um gemido indecente, que se enroscou na coluna de e se assentou nos músculos que o mantinham preso dentro de si. Talvez ele fosse um pouco menor, mas definitivamente era mais grosso que seu ex-namorado, fazendo com que ela se sentisse cheia ao ponto de estar quase sobrecarregada.
Debaixo dela, Eddie estava se contorcendo, as mãos apertando com força a junção das coxas com os quadris, a respiração fazendo ruído no peito dele.
, você já fez isso antes? — ele indagou, a voz estrangulada, o rosto contorcido de prazer, mas ainda assim olhando para ela com gravidade. — Por favor, não minta sobre isso, princesa...
— Sim. — Ela corou, mas ele não sabia dizer se era timidez ou prazer. — Tem alguma coisa errada?
— Porra, você é tão apertadinha que parece... — A voz dele sumiu aos poucos, as pálpebras pesando um pouco antes que ele abrisse os olhos novamente e encarasse a garota. — Eu tô machucando você?
— Você tá me apertando com muita força. — Ela bateu no dorso de uma das mãos dele. Eddie diminuiu a força da pegada imediatamente.
— Foi mal, me desculpa. — Ele arfou por ar quando rolou os quadris num movimento pequeno. — Me dê três tapinhas se precisar que eu...
Mas a frase morreu na boca dele quando subiu e desceu no seu colo, sendo substituída por um grunhido. Ele sentia os músculos dela resistindo toda vez que seu pau entrava e saía da garota, o aperto fazendo com que Eddie visse estrelas por trás das pálpebras.
Ele a ajudou a se mover com as mãos que estavam nas coxas dela, aproveitando o impulso para ondular os quadris contra os dela em movimentos longos e preguiçosos. Ele sabia que se fosse um pouco mais rápido, não duraria muito.
, porém, estava completamente alheia a isso. Ela girou os quadris, sentindo a grossura de Eddie pressionando todos os lugares certos e apoiou as mãos no abdômen dele, aumentando o ritmo. A cabeça pendeu para frente quando ela percebeu que, naquele ângulo, sua pelve roçava contra a de Eddie toda vez que ela descia o corpo, comprimindo o clitóris com uma pressão deliciosa.
Eddie juntou o cabelo que havia caído como uma cortina ao redor dela, segurando-o com um punho ao lado da cabeça dela e, embora sentisse que estava perigosamente perto do limite, não conseguiu pedir para ela parar. Não quando agora ele observava o cenho franzido, os olhos fechados e os lábios separados, a cara de prazer dela sendo o suficiente para fazê-lo perder toda a sanidade.
mordeu o lábio inferior, refreando um gemido, as unhas cravando no abdômen de Eddie e embora fosse quase impossível pedir para ela parar, ele queria aproveitar daquela sensação por mais tempo.
Ele bateu três vezes na coxa de e ela parou imediatamente, abrindo os olhos para encará-lo. Ela retirou Eddie de dentro de si antes de se curvar para frente, beijando-o na bochecha.
— Tá tudo bem?
Eddie era uma bagunça de respiração ofegante e grunhidos, mas assentiu para a garota, envolvendo-a pelo pescoço para lhe dar um beijo antes de conseguir reunir a voz para falar.
— Eu só preciso de um minuto. Não ia durar muito se continuasse nesse ritmo. — Ela assentiu, descansando a testa contra a dele.
— Podemos trocar de posição? Minhas pernas estão cansadas — ela sussurrou e Eddie sorriu, feliz em saber que ela estava se comunicando.
Ele rolou os corpos dos dois no colchão, ajeitando os travesseiros sob para garantir que ela estava confortável. Ela agradeceu com um sorriso e um beijinho, antes que Eddie se ajoelhasse entre as coxas dela.
Ele segurou o membro pela base, roçando-o em toda a boceta de antes de penetrá-la novamente, mergulhando bem devagar no calor da garota. Ela estava mais relaxada agora e os músculos tinham cedido um pouco, mas ainda era uma delícia.
Apoiando as mãos nas laterais do corpo de , ele curvou-se para frente, aproveitando-se da nova posição para beijá-la enquanto investia num ritmo mediano. As mãos de o seguraram pela nuca.
— Ah, princesa — ele murmurou contra os lábios dela, entre um beijo e outro, sabendo que suas estocadas estavam começando a aumentar de ritmo de novo. — Você sabe que é gostosa pra caralho, não sabe? Vai me deixar completamente louco...
sorriu, sugando o lábio dele com força para dentro da boca, arrancando mais um gemido estrangulado de Eddie. Ela trouxe as duas pernas dobradas para cima, envolvendo-o pelo torso e afundando os calcanhares na lombar dele. Com a abertura e novo ângulo, algo dentro dela se contorceu quando Eddie investiu de novo, fazendo com que derramasse um gemido que quase foi a ruína do garoto.
Ele precisou parar de novo, sentando-se sobre os calcanhares, mas dessa vez ele continuou tocando a boceta de , aproveitando o momento para observar a camada de suor que fazia com que a pele dela brilhasse. Ele abocanhou um dos mamilos, ao mesmo tempo que circulava o clitóris e, quando agarrou o cabelo em sua nuca, ele não resistiu, penetrando-a de novo até o fundo com um movimento só.
— Eddie!
O garoto sorriu em resposta ao gemido de , apoiando-se em um dos antebraços enquanto estocava num ritmo descontrolado, a outra mão entre os corpos deles roçando o nervo sensível de , mas ele já estava perdendo as forças.
— Eu preciso da sua ajuda. — Ela abriu os olhos sob as pálpebras pesadas, bêbada de tesão, ao ouvir a voz entrecortada dele. — Eu preciso que você se toque pra mim. Pode fazer isso, princesa?
Ela assentiu com um murmúrio agudo e seus dedos pequenos substituíram os de Eddie, que deu um último beliscão em um dos mamilos, antes de firmar as duas mãos no colchão e sustentar o corpo para continuar investindo contra .
A cabeceira da cama bateu contra a parede duas, três, quatro vezes, mas nenhum dos dois pareceu se importar.
— Oh, Eddie — ela choramingou, puxando-o pela nuca para trazer o rosto dele para perto do seu. Ela o beijaria se o ritmo deles não fosse tão rápido, mas se contentou em ter os lábios dele roçando em sua bochecha toda vez que ele estocava. — Eu acho que vou...
Ela engoliu seco, sem completar a frase.
— Vai gozar pra mim, princesa? — A voz dele era grave e entrecortada pela respiração ofegante. — Vai gozar pra mim mais uma vez enquanto eu te fodo e você esfrega seu próprio grelinho?
não teve tempo de responder, porque o orgasmo a atingiu com força, fazendo todo o seu corpo se contrair de uma vez. Ela abriu a boca, mas nenhum som saiu. Ainda assim, Eddie reparou que, enquanto a boceta dela o espremia deliciosamente, os dedos dela continuaram se movendo sobre o clitóris.
Ele xingou baixinho, entregando-se ao prazer e gozou três estocadas depois, mantendo-se dentro dela enquanto ainda se masturbava e o orgasmo dela pareceu durar para sempre, o corpo se sacudindo várias vezes com os tremores secundários do gozo, cada um deles apertando Eddie mais uma vez dentro dela.
Quando ela finalmente parou, como se qualquer estímulo fosse demais naquele momento, Eddie trouxe a mão com os pequenos dedos melados e levou até a boca, lambendo-os devagar até que estivessem limpos. abriu os olhos, observando-o em silêncio, ainda se sentindo aérea com a força de seu orgasmo.
Eddie se deitou sobre ela, ainda mantendo o membro mergulhado no calor da garota, respirando fundo enquanto esperava seu coração voltar a bater numa velocidade que não parecesse a turbina de um avião prestes a decolar. Pressionado contra o peito dele, o coração de batia tão ou mais acelerado ainda.
Quando sentiu que conseguia se mover, o abraçou pelos ombros, murmurando baixinho no ouvido dele.
— Meu Deus...
Os dois riram juntos, os corpos sacudindo levemente com as risadas, e Eddie recuou o suficiente para beijá-la nos lábios. Ele rolou o corpo, trazendo o dela junto, para que se deitassem de lado, um de frente para o outro, e manteve os quadris unidos.
Na nova posição, com a cabeça de apoiada em um de seus braços, ele acariciou os cabelos, o rosto, pescoço e distribuiu uma série de beijos onde seus lábios conseguiam alcançar. A garota sorria, o observando e retribuindo seus beijos, ainda sob o efeito do torpor pós-sexo.
Ela era perfeita, Eddie constatou. Com a pele corada, o suor fazendo os cabelos grudarem no pescoço, com cheiro de sexo na pele. Ela era macia como as pétalas de uma flor enquanto ele era só espinhos e aquilo fazia com que ele quisesse protegê-la a todo custo. era perfeita e ele poderia passar o resto dos seus dias a admirando, observando cada pequeno detalhe, e não se cansaria nunca.
— Você está bem? — ele perguntou, colocando uma mecha atrás da orelha dela e acariciando a bochecha. não respondeu verbalmente, mas sorriu, o peito dela colando no peito de Eddie, como se qualquer centímetro afastada dele fosse longe demais.
Mas apesar de querer ficar ali para sempre, Eddie precisou se afastar. Ele retirou-se de dentro dela ouvindo arfar suavemente, tomando cuidado para a camisinha não escapulir e dando um nó no látex sob o olhar atento da garota.
— Posso usar seu banheiro?
— Sim. — Ela apontou para a porta onde tinha entrado alguns minutos antes. — Fique à vontade.


*


estava com a cabeça deitada em seu peito e Eddie corria os dedos entre os fios macios da garota. As pernas dela estavam entrelaçadas nas suas, ambos ainda nus sobre a cama. A julgar pela respiração calma dela, já estava dormindo há alguns minutos.
Eddie sabia que precisava ir embora, mas não tinha forças para sair dos braços de . Ele tinha ouvido quando os pais dela chegaram, o carro estacionando na garagem, depois a conversa abafada, passos no corredor e uma porta se fechando. Decidiu que esperaria um pouco mais até que o casal estivesse dormindo, mas ele sabia que aquela era uma desculpa para ficar mais tempo com a garota, mesmo que ela já estivesse adormecida.
Ele se perguntou onde aquilo iria dar.
Desde o início do ensino médio, ele mantinha uma caixinha com todo o dinheiro que podia juntar, direcionado para um objetivo fácil, mas complexo: sair de Hawkins. Mais especificamente, ir para Chicago. E alguns meses atrás, a possibilidade de deixar tudo para trás o animava mais do que o álbum novo da sua banda preferida, mas agora deixar tudo para trás significava deixar também e ele descobriu que não estava pronto para isso.
Não que ela fosse continuar em Hawkins. A garota já tinha sido aceita em pelo menos cinco universidades espalhadas pelo país e pensar nisso também o assustava. Que ela poderia, dentro de poucos meses, estar há milhares de quilômetros de distância dele era assustador para caralho.
se moveu em seus braços, tremendo um pouquinho e ele decidiu que era hora de se mexer.
— Tá com frio? — sussurrou e ela levantou a cabeça para olhá-lo, os olhos sonolentos, antes de confirmar.
— Pode fechar a janela pra mim?
Eddie levantou-se, vestindo sua samba-canção antes de fechar a janela. puxou as cobertas para se cobrir, mas antes disso, Eddie voltou com a sua própria camiseta nas mãos, ajudando-a a se vestir. Ela levantou os braços e deixou que ele passasse a camiseta por eles como uma criança, o que fez Eddie sorrir um pouco.
Ele se deitou de volta na cama, sob as cobertas, com a promessa de que ficaria só por mais vinte minutos.
? Tá acordada?
— Tô — respondeu, em um murmúrio sonolento.
— Se eu me der bem nessa prova e for aprovado, você vai ter que ir em a encontro comigo.
suspirou, os olhos já fechados enquanto respondia.
— Então é melhor você começar a planejar, porque eu tenho certeza de que vai dar tudo certo.
Eddie sorriu, deixando um beijo nos cabelos da garota. Se acreditava nele, então ele também poderia acreditar.


cinco

— Eddie?
A primeira coisa que ele sentiu foi o peso e o calor sobre sua pelve. Havia também um cheiro de shampoo de morango que parecia estar em todos os lugares ao seu redor. Algo fazia cócegas em seu rosto e, quando abriu os olhos, ele descobriu que era o cabelo de , caído ao redor do rosto da garota como uma cortina de veludo.
Ela sorriu, antes de beijá-lo em ambas as bochechas e nos lábios. Eddie segurou-a pelas coxas, forçando os quadris contra os dela e foi só então que ele se deu conta de que aquilo não era um sonho.
Ele estava no quarto de e a noite anterior tinha realmente acontecido. E ele tinha certeza disso porque a garota estava usando a sua camiseta do Metallica. Pela janela, ele podia ver que o céu dava indícios de que ia começar a clarear em breve e tanto a casa, quanto a rua lá fora estavam no mais absoluto silêncio.
— Merda, eu preciso ir embora — ele murmurou, sentando-se, mas o empurrou de volta para o colchão.
— A gente ainda tem alguns minutos — ela sussurrou de volta. — Além do mais, tem uma coisa que eu quero tentar.
Eddie franziu o cenho, confuso, mas aceitou de bom grado quando a garota se curvou para frente para beijá-lo. Ele suspirou, acariciando o cabelo dela quando afastou o rosto, deixando vários selinhos nos lábios dele antes de começar a descer.
Ele só entendeu o que ela estava fazendo quando a garota se ajoelhou entre suas pernas, o rosto já na altura do umbigo dele. Eddie arfou quando ela beijou a trilha rala de pelos em seu baixo ventre enquanto puxava o elástico da cueca para tomar o membro meio endurecido dele nas mãos.
A luz do abajur na mesinha de cabeceira ainda estava acesa da noite anterior e foi ela que iluminou o rosto de quando ela levantou os olhos para Eddie, como se confirmasse se podia seguir em frente. Com cuidado, ele reuniu o cabelo dela na mão esquerda, tirando-o da frente do rosto da garota tanto para não a atrapalhar quanto para conseguir vê-la melhor. Aquela foi toda a resposta que precisava.
Primeiro, ela o abocanhou meio incerta, e Eddie inspirou ruidosamente.
A boca dela era quente e macia como ele esperava que fosse. Ela tentou colocá-lo por inteiro na boca, sem sucesso, engasgando-se de leve.
— Você pode colocar só a cabecinha na boca, se quiser — ele sussurrou, guiando a mão que ela tinha deixado no alto da coxa dele para a base de seu pau, mostrando como ela devia movê-la.
passou a repetir o movimento sozinha, os lábios e a língua agora concentrados na glande do garoto, e ela levantou os olhos em busca de mais orientação. Aquela imagem fez Eddie rolar os olhos sob as pálpebras.
— Isso, princesa. Tenha cuidado com os dentes. Você tá indo muito bem.
Ela afastou a boca dele para sorrir, mas logo o devorou de novo, enquanto a mão direita trabalhava em toda a extensão.
Eddie perguntou-se que boas ações ele tinha feito para merecer acordar com um boquete de , mas ele não conseguia se lembrar de nada. Não havia nada em sua mente que não fosse a língua macia ondulando naquele ponto sensível na parte debaixo da glande.
Não demorou muito para que Eddie começasse a deixar escapar aqueles grunhidos graves que descobriu que adorava. Eles ecoavam no silêncio e pareciam preencher todo o espaço do quarto. Uma das mãos dele estava enrolada em seu cabelo, puxando um pouco, mas com uma pressão que era agradável. Ela começava a desconfiar que Eddie tinha um ponto fraco pelos seus cabelos, porque ele sempre dava um jeito de tocá-lo.
Ela apertou as coxas juntas quando Eddie puxou seu cabelo com um pouco mais de força, gemendo um pouco mais alto. Ela o olhou, se dando conta de que ele estava de olhos fechados, completamente perdido nas sensações.
— Eddie, não podemos fazer barulho — ela pediu, tirando-o da boca, mas estimulando a glande com a mão.
— Foi mal, eu não... — Ele abriu os olhos, olhando para ela por um segundo antes de grunhir de novo. — Vem aqui.
sorriu, começando a subir pelo corpo dele devagar, mas Eddie a puxou para cima com mais urgência, beijando-a com força. As mãos dele encontraram os mamilos sobre a camiseta, estimulando-os através do tecido.
— Não dá pra você me chupar com essa boca maravilhosa de manhã cedo e esperar que eu faça silêncio.
Tinha alguma coisa diferente desse Eddie para o Eddie da noite passada, ela percebeu. Talvez fosse o sono que deixava o toque dele mais desleixado, mais errático, mais urgente. Talvez fosse porque, quando ele enfiou a mão sob a blusa para encontrá-la sem calcinha, ele não estava mais a tocando como se ela fosse uma bonequinha de porcelana. Eddie estava tocando-a como se ela fosse uma mulher.
E era divino. Os dedos dele vagaram até a fenda de , para trazer a umidade e espalhar por toda a boceta dela, antes de aprisionar o clitóris entre o indicador e o dedo do meio, esfregando-o suavemente, enquanto arfava dentro da boca dele.
Ela ainda podia sentir uma leve ardência da noite anterior, mas ela o queria dentro de si novamente. Queria saber se esse Eddie menos preocupado iria fodê-la com mais força ou se manteria o ritmo da noite anterior. queria tudo que ele tivesse a oferecer.
Mas antes que ela se manifestasse, Eddie alcançou o pacote de camisinhas, abrindo a embalagem de qualquer jeito e vestindo uma sobre si apressadamente.
— De costas pra mim, princesa.
obedeceu, sentindo Eddie abraçá-la de conchinha logo depois. Ele tomou alguns minutos beijando-a no pescoço, provocando os mamilos sobre a camiseta e circulando o clitóris dela com as pontas dos dedos, antes de guiar seu pau até a entrada de e penetrá-la devagar.
Os dois arfaram juntos, mas a boca de Eddie estava colada no ouvido de , então ela conseguia ouvi-lo com todos os detalhes. Quando ele inspirava com força, quando suspirava, quando engolia em seco e quando murmurava obscenidades.
Era parecido com a noite anterior, mas ao mesmo tempo tão diferente. Todo o corpo de Eddie estava grudado no dela e ele se movia em movimentos curtos e rápidos. Mesmo que continuasse sendo cuidadoso, ele não estava o tempo todo procurando por um sinal de que devia parar.
O braço que estava sob a cabeça de curvou-se, adentrando pela gola da camiseta para beliscar os mamilos de leve e, como resposta, empinou mais o corpo em direção a ele, fazendo Eddie rir no seu ouvido. Ela tentou se impulsionar como podia tentando mover o corpo em direção a ele e, quando o movimento tornou difícil, Eddie abandonou os mamilos para deixar a mão ao redor da garganta de .
Ele não apertou como ela imaginou que ia fazer, só manteve os dedos ali, e ela percebeu que a sensação era estranhamente reconfortante.
Mas Eddie diminuiu o ritmo, movendo-se mais devagar quando se deu conta de que só estava correndo atrás de seu orgasmo e não era isso que ele queria. Ele queria aproveitar , sentir o corpo dela colado no seu e curtir aquele momento que ele não tinha ideia de quando se repetiria.
A garota, no entanto, estranhou a mudança brusca de ritmo.
— O que houve, Eddie?
— Nada pra você se preocupar. Só quero te aproveitar sem pressa. — Ele beijou-a logo atrás da orelha. — Essa sua boceta apertadinha é uma delícia. Porra, você é toda deliciosa, princesa.
Ele agarrou a coxa de que não estava contra a cama, puxando-a para cima e mantendo mais aberta para que seus dedos pudessem roçar no clitóris da garota. Eddie aproveitou o espaço para dar tapinhas leves com as pontas dos dedos sobre o ponto sensível e aquilo tirou o restinho de sanidade de , que derramou um gemido agudo.
— Oh, meu Deus, Eddie, isso!
Ele subiu a mão que a segurava pelo pescoço para cobrir a boca dela.
— Caralho, você vai acordar a rua inteira. — A voz dele estava arrastada quando falou, os lábios roçando na orelha de . Ela respirou fundo, querendo protestar pelo fato de que ele tinha parado de tocá-la, mas não teve tempo para isso. — Eu continuo se você prometer que vai ficar quietinha. Consegue fazer isso por mim?
Ela assentiu, a cabeça tão nublada de tesão que concordaria com qualquer coisa que Eddie dissesse. Ainda assim, esforçou-se para fazer silêncio quando ele voltou a dar aqueles tapinhas tão suaves, mas que a davam tanto prazer. Ela colocou a mão para trás, fincando os dedos na coxa dele para descontar a frustração de não poder gritar.
Eddie gozou primeiro, reprimindo um grunhido que se transformou em um som gutural baixo que fez o peito dele vibrar contra as costas delas. Ele parou de estocar, mas os dedos continuaram estimulando , no mesmo ritmo, até que ela atingisse o orgasmo, o corpo estremecendo, mas sem deixar escapar um só barulho pela boca. Eddie manteve a mão espalmada na boceta dela, sentindo-a latejar, prolongando o prazer com o estímulo suave.
Eles permaneceram na mesma posição, deixando o corpo relaxar aos poucos, Eddie tirando a mão da boca da garota para abraçá-la pelo torso. Ele espalhou alguns beijos pelos ombros e pescoço dela, fazendo-a rir fraquinho. Ela poderia ficar ali o dia inteiro. Ele poderia ficar ali pra sempre.
Mas, quando se virou de frente para ele, ela se deparou com a janela e o dia já claro lá fora. Eddie viu quando as feições dela passaram de relaxadas para assustadas em menos de um segundo.
— Droga, Eddie, já tá de dia! — Ela levantou-se da cama com um pulo, mas continuou sussurrando. — Meu pai acorda super cedo, você precisa ir!
E então sucedeu-se uma correria silenciosa dos dois dentro do quarto, juntando as peças de roupa e acessórios de Eddie — inclusive a camiseta que usava, que ela arrancou pela cabeça rapidamente e jogou na direção dele. Ela vestiu um roupão de banho que estava pendurado em um gancho perto da porta, mas não se deu o trabalho de fechá-lo.
Já parado em frente à janela aberta de novo, com as roupas vestidas de qualquer jeito e o cinto ainda aberto, o segurou pelo rosto para beijá-lo. Ela tinha a intensão de ser um beijo rápido, mas ele a agarrou pela cintura, antes de espalmar as mãos nas nádegas nuas e aproveitar de um momento de descuido da garota para chupar rapidamente um dos mamilos que tinha se arrepiado.
— Você precisa ir! — Ela deu um tapa fraco no ombro dele, rindo, mas Eddie ainda chupou o outro mamilo antes de deixar um selinho rápido nos lábios dela, um sorriso safado estampado na cara dele.
— Você é irresistível, .
E com isso ele colocou o corpo para fora da janela, pisando nas treliças cuidadosamente para não acertar nenhuma flor, mas subiu o corpo mais uma vez, deixando algo que foi entre um beijo desleixado e uma lambida na boca de e a garota precisou reunir toda a sua força de vontade para não o puxar de volta para dentro. Ela riu sozinha, voltando-se para dentro do quarto; era a cara de Eddie ir embora e deixá-la excitada e querendo mais.
Assim que Eddie chegou ao chão, ele olhou para cima, mas não estava mais lá. Foi surpreendido, porém, com uma mão cobrindo sua boca e puxando-o para trás em direção à cerca viva onde ele tinha se escondido na noite anterior.
— Que porra é essa? — ele exclamou, com um sussurro raivoso, quando Nancy entrou em seu campo de visão, pedindo silêncio.
— Que porra é essa digo eu! — ela rebateu, no mesmo tom de voz que ele. — Vocês ficaram loucos? Já tá de manhã, era pra você ter ido embora de madrugada, sem ninguém te ver!
Apesar do esporro, Eddie sentia que nada podia abalar seu humor naquela manhã.
— A gente se distraiu. — Um sorriso de lado apareceu nos lábios dele e Nancy fez cara de nojo. — Você parece estranhamente experiente no assunto, hein, Wheeler?
— Cala a boca, Munson. — Ela olhou entre as tábuas da cerca de madeira. — O Sr. já está tomando sua xícara de café da varanda, como todo dia. Eu vou distraí-lo e você sai pelo mesmo lugar onde entrou. Mas precisa ser rápido!
Ele assentiu, esperando a melhor amiga de cumprimentar o pai da garota com um “bom dia, Sr. !” animado demais para Nancy Wheeler. Ainda assim, ele não esperou para saber o resultado. Correu pela propriedade dos Wheelers, saindo pelo portão nos fundos e conseguiu chegar até sua van sem cruzar com nenhum morador curioso.
Eddie suspirou, um sorriso bobo nos lábios enquanto dava a partida. Ele sabia que tinha tirado a sorte grande.


*


, Nancy está aqui!
— Pode pedir pra ela subir, mãe.
ouviu os passos apressados na escada, depois a porta do seu quarto sendo aberta enquanto ela saía do banheiro, uma toalha enrolada em seus cabelos.
— Dormiu bem essa noite, princesa? — Nancy provocou, encostada na porta por onde tinha entrado, os braços cruzados em frente ao peito.
Bastou um olhar para a melhor amiga para uma risadinha borbulhar no peito de , sentindo o rosto corar quando flashes da noite anterior piscaram diante dos olhos dela.
— Melhor impossível. — Nancy rolou os olhos, mas acabou sorrindo também. A amiga, porém, fez uma careta logo assim que desencostou da porta.
— Meu Deus, esse quarto está com cheiro de sexo — ela cochichou, indo em direção à janela para abri-la. — Você precisa trocar as roupas de cama antes que sua mãe entre aqui.
assentiu, puxando os lençóis da cama. Nancy só se aproximou para ajudá-la quando a garota pegou as cobertas limpas no armário.
— Eu estava saindo cedo para correr hoje pela manhã e precisei ajudar o seu lover boy a fugir, porque seu pai já estava na varanda quando ele pulou da janela — Nancy comentou, ajudando a a esticar um lençol sobre o colchão. — Foi por muito pouco! Por que você o deixou ficar até de manhã?
— A gente se distraiu. — deu um sorrisinho e Nancy rolou os olhos.
— Ugh, ele disse exatamente a mesma coisa! — A garota se jogou sobre o colchão da amiga assim que terminaram de trocar as roupas de cama. — E aí, valeu a pena o risco?
— Valeu. — se jogou ao lado dela com um suspiro, sorrindo.
— Foi melhor do que com o Patrick?
— Muito melhor! — fez careta ao se lembrar do ex-namorado. — Com Patrick era meio desengonçado e embaraçoso, mas com Eddie foi...
— Por favor, não dê detalhes, eu não preciso de detalhes.
— Eu não vou te dar detalhes! — Ela empurrou Nancy suavemente com o ombro, o que fez a amiga rir. — É só que... eu não sei explicar, mas me senti muito à vontade com Eddie.
Nancy virou o rosto, encarando a lateral do rosto da amiga, e levantou o torso, apoiando o peso em um cotovelo.
estava apaixonada.
Nancy podia ver isso nos olhos brilhantes, no pequeno sorriso pendurado no canto dos lábios da amiga, no fato de ela estar há meses ajudando Eddie com os estudos e de como ela se arriscou para recebê-lo em casa. Não era por créditos extras, nem só por sexo. estava apaixonada por Eddie, mas parecia ainda não ter descoberto isso. Então, ao invés de dizer isso a ela, Nancy preferiu continuar no caminho mais prático.
— Vocês usaram camisinha? Fez xixi depois do sexo?
assentiu para as duas coisas, rindo um pouco. Mesmo sendo da mesma idade que ela, Nancy sempre agia como uma irmã mais velha. Talvez fosse força do hábito, já que ela tinha dois irmãos mais novos. E desde que Diana tinha se mudado para frequentar a faculdade, alguns anos atrás, ela não se importava de ter alguém que fizesse as vezes da irmã.
— Bom, pelo menos sabemos que se o assunto da prova de Biologia for anatomia, Eddie com certeza vai tirar um A+.
— Nancy! — reclamou, jogando um travesseiro no rosto da amiga com pouca força, mas as duas caíram no colchão, rindo logo em seguida.


epílogo

Às segundas-feiras, Eddie e não se encontravam antes do almoço, porque seus horários eram completamente diferentes. Ainda assim, em geral, quando se viam no refeitório, só trocavam acenos de longe, Eddie numa mesa com o resto do Hellfire Club e em outra com uma mistura entre a equipe do clube de debate e os alunos que faziam parte do jornal.
Geralmente, quando entrava no refeitório, Eddie já estava lá com suas ovelhinhas — como ele costumava chamar os garotos mais novos —, mas, naquele dia, o Hellfire estava sem o seu líder na cabeceira da mesa.
Ela olhou ao redor, estranhando, mas sentou-se na mesa de sempre, levantando a cabeça de dois em dois minutos para buscar por ele. sabia que o resultado da prova de Biologia sairia naquele dia, a nota que os dois estavam tão ansiosos para saber. Aquela que definiria se Eddie finalmente deixaria o ensino médio ou não.
A prova tinha sido na segunda anterior, um dia depois que ele foi salvo por Nancy de ser pego fugindo do quarto de não tão sorrateiramente quanto imaginava. Eddie achava que tinha acertado algumas coisas na prova, mas não tinha certeza se era o suficiente para atingir o C que ele precisava.
E agora Nancy estava falando sobre algum problema que tinha dado na impressão do último jornal, mas estava distraída se perguntando onde Eddie estava, concordando com a amiga esporadicamente, sem prestar muita atenção. Mas ela ficou mais atenta quando o olhar de Nancy vagou dela para alguma coisa atrás de si e virou-se para ver do que se tratava.
Eddie estava caminhando até ela, fechando a distância entre os dois com poucos passos.
— Você me deve um encontro, . — Ele sorriu, colocando um papel na frente do rosto e levou um tempo para entender que aquilo era a prova dele. No canto direito superior da folha, estava a nota: B+.
A garota deu um grito animado, pulando para abraçar Eddie e ele foi rápido em segurá-la pelas coxas ao redor do próprio torso. segurou-o pelo rosto, beijando o garoto na testa, nas bochechas e nos lábios, enquanto ele gargalhava. Nenhum dos dois pareceu notar o silêncio que se abateu nas mesas mais próximas ou nas dezenas de pares de olhos que observavam, chocados, o casal incomum.
— Eu acabei de sair do escritório da Sra. Kelly — explicou, colocando-a no chão, mas mantendo os braços ao redor da cintura de . — Ainda faltam algumas provas, mas eu já tenho créditos o suficiente para ser aprovado.
— Eddie, isso é incrível! — Ela o beijou nos lábios de novo, afastando-se só o suficiente para observar o sorriso do garoto. — Eu tô muito orgulhosa de você.
— O mérito é todo seu. — Ele colocou uma mecha do cabelo de atrás da orelha, acariciando a bochecha da garota logo em seguida.
— Não é, não. Eu posso até ter ajudado, mas o mérito é seu.
— É nosso, então. Eu acho que nós fazemos uma ótima dupla, princesa.
Ela sorriu com o tom galanteador, mas sabia que era verdade. e Eddie faziam uma ótima dupla.


*


— E quais são seus planos agora você já é praticamente um homem livre?
Eddie riu, segurando-a pela cintura enquanto a garota tinhas as pernas envolvidas no torso dele, o corpo jogado para trás e os braços abertos na água. Eles decidiram comemorar a boa notícia aproveitando a tarde de calor no lago.
— Eu preciso me manter no papel de garoto exemplar e continuar frequentando as aulas até o fim do semestre. — riu porque a ideia de “garoto exemplar” e Eddie Munson combinadas na mesma frase parecia absurda. — Depois disso eu vou à formatura assistir o melhor discurso que Hawkins High já viu e também pretendo dançar com a minha garota no baile, que por acaso é a melhor oradora de todos os tempos...
— Você nem sabe ainda o que eu vou dizer no discurso! — Ela gargalhou, levantando o corpo para abraçá-lo.
— Mas eu tenho certeza de que vai ser incrível.
Ele deu um selinho em e ela voltou a se curvar para trás, Eddie segurando-a pela cintura para girar os corpos dos dois na água.
— E depois disso?
A pergunta veio carregada com um sentimento agridoce. Eles estavam evitando o assunto, dando voltas ao redor dele por quase um mês, mas agora não havia mais como evitar. Ele permaneceu em silêncio por um tempo, observando o rosto de enquanto ela olhava para o céu, os passarinhos cantando nas árvores ali perto, como se prolongar aquele momento e não dizer as palavras que precisava dizer fosse trazer algum alívio. Com um suspiro, Eddie começou a responder num tom de voz baixinho.
— Eu vou deixar Hawkins assim que as aulas acabarem.
voltou os olhos para ele, o cenho franzido, mas esperou que ele continuasse.
— Eu tenho planos de sair daqui desde que comecei o ensino médio, e já tenho uma grana guardada que deve cobrir minhas despesas iniciais. Mas se eu chegar a Chicago no início do verão, tenho muito mais chances de conseguir algum emprego, mesmo que temporário, do que se eu esperar até o outono e...
Eddie parou de falar quando percebeu que tinha se levantado mais uma vez, olhando para ele com uma cara indecifrável.
— O que foi que você disse?
— Que no início do verão...
— Não isso, a parte sobre Chicago. Você vai pra lá?
Eddie franziu o cenho, assentindo. Mas começou a sorrir e o riso dela logo se transformou numa gargalhada, a cabeça pendendo pra trás e deixando Eddie mais confuso do que estava antes.
— Eddie, eu vou para a Universidade de Chicago! — ela explicou, agarrando-o pelos ombros, chacoalhando o garoto. — Tomei a decisão nesse fim de semana.
A única reação que Eddie teve foi deixar o queixo cair um pouco. o abraçou, pressionando o peito contra o dele, os lábios se chocando.
— Eu achei que você fosse para Berkeley. — Ele finalmente sorriu, abraçando-a pela cintura.
— Mudei de ideia, a Universidade de Chicago tem um ótimo programa de PhD. Se eu já estiver por lá, vai ser mais fácil depois.
Eddie riu, rolando os olhos. Era típico de nem ter entrado na graduação ainda e já estar pensando no doutorado.
— Ok, pequena gênia, mas antes de pensar no PhD, que tal se você simplesmente curtisse suas férias de verão?
— Na verdade, eu me inscrevi em um curso de verão em Chicago.
Eddie gargalhou.
— Bom, pelo menos você ainda tem os dias mais quentes da primavera pra aproveitar antes de partir.
sorriu, maliciosa, apertando as pernas ao redor de Eddie.
— Eu pensei que o dia mais quente da primavera tinha sido quando você foi estudar lá em casa.
— A primavera não acabou, eu tenho certeza de que ainda podemos quebrar esse recorde.


fim



Nota da autora: E assim chegamos ao fim dessa história que foi super delicinha de escrever. (coro de 'aaaahhhh' triste ao fundo)
Muito obrigada a todo mundo que escolheu passar um tempinho com esses dois fofos e com a minha história. Espero que vocês tenham curtido ler tanto quanto eu curti escrever! 🧡
Desejo um bom verão e um ótimo 2024 cheio de luz, amor, dinheiro e tesão pra vocês hahahha.
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Nos vemos por aí ;)



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