Capítulo Único
Eu tinha me mudado para os Estados Unidos há mais ou menos sete meses. Minha mãe era enfermeira e meu pai, fuzileiro. Eu cursava Design em uma das melhores faculdades do país e eu tinha uma irmã que estava no High School.
Tudo estava indo bem na minha vida até que eu o conheci. O cara mais famosinho do curso de Design. Um asiático abusado que atendia pelo nome de Johnny Suh. Foi transferido para a minha sala no meio do primeiro semestre e ralou para conseguir passar para o segundo. Ele sempre andava com mais dois asiáticos a tira colo e, depois, descobri que minhas amigas estavam enroladas com os amiguinhos do senhor sabe-tudo.
Minha vida realmente saiu dos trilhos quando Johnny resolveu me convidar para o baile de boas-vindas do semestre seguinte. E agora estávamos aqui, nos primeiros dias do segundo período, o clima tão incerto quanto minha relação com Johnny.
- ! – ouvi alguém me chamar, mas não me dignei a tirar o fone ou olhar para trás. As pessoas adoravam me chamar pelo sobrenome apenas pela sonoridade dele. – ! – a voz me chamou de novo, porém, dessa vez, senti meu fone ser tirado e um ombro esbarrar no meu. Virei o rosto para encontrar ali, me encarando. – disse que Johnny está te procurando feito um louco.
era um dos amigos de Johnny. Cursava Cinema e tinha se encantado por , também conhecida como minha melhor amiga, que cursava Literatura inglesa, segundo período. Eles começaram a namorar depois do baile de boas-vindas, que inclusive não foi, e eram um grude só.
- Eu não quero saber do Suh. – respondi irritada. Fazia duas semanas desde o baile e Johnny passou de um ursinho para um babaca. Nós ficamos na noite do baile, foi perfeito, mas tinha sido só isso. Ele continuava me chamando de como se não me conhecesse. E realmente agia como se isso fosse a maior verdade existente.
- Você só está brava porque está apaixonada, . – riu. Quando respirei para responder, ela colocou o indicador no meu rosto, me pedindo silêncio. Puxou o celular do bolso e o levou à orelha. – Oi, amor. – ela atendeu. Certamente era . – Não. Aham. Claro, . Não demore. OK. , por favor. – ela desligou o aparelho e suspirou cansada. – tira a minha paciência às vezes, sabia? – reclamou.
- Mas você gosta dele. – rebati com a sobrancelha erguida.
- Sim, ele é meu solzinho. – ela sorriu apaixonada. E era por isso que eu estava irritada com Johnny. Queria que ele fosse meu ursinho. E que eu pudesse dizer isso para todo mundo. Suspirei irritada. – , se quer tanto namorar o Johnny, por que não faz o pedido? – ela perguntou divertida.
- Não quero falar sobre isso. – respondi.
e eu estudamos juntas no Brasil. A mãe dela, professora de Química, tinha sido convidada para trabalhar na Universidade onde estudávamos e ela tinha mudado primeiro que eu.
- , eu estou indo para casa, sim? – avisei. sorriu de lado e quando eu ia perguntar o porquê daquele sorriso, senti duas mãos me agarrarem pela cintura e um corpo alto e forte se juntar ao meu.
- Onde vai, ? – a voz grave de Johnny perguntou no meu ouvido.
- Não é da sua conta. – respondi sem lhe olhar.
- Essa doeu, hyung. – a voz melodiosa de se fez ouvir e vi quando ele se abraçou a .
- , me dá uma força. – Johnny pediu.
- Ele não pode, John. – rebati e me soltei de seu abraço. – Agora me deixe em paz.
Saí em direção ao meu carro, precisava passar na agência onde tinha trabalhado por duas semanas antes de ser cruelmente demitida. Ainda ouvi Johnny me chamando algumas vezes, mas o ignorei. Não estava afim de ouvir explicações. Assim que fechei a porta do carro, pouco antes de dar partida, meu celular tocou.
- Oi. – atendi sem ver quem era.
- Até quando vai fugir de mim, baby? – a voz de Johnny soou no meu ouvido através do aparelho.
- Até você parar de fingir que não aconteceu nada entre nós, Suh. – rebati e desliguei o celular. Dei partida no carro e, antes de sair, a porta do carona se abriu. Me preparei para mandar Johnny descer e vi sentada e me olhando.
- Me dá uma carona. – ela pediu, já colocando o cinto de segurança.
- Ainda vou passar na agência. – expliquei.
- Eu sei, . Mas sua casa é do lado da minha. – ela sorriu. Suspirei derrotada e saí com o carro do estacionamento. – Johnny está arrasado.
- , eu vou te mandar descer. – alertei.
- , para com isso. Vai lá. Toma um atitude. Joga aquele gigante na parede e diz que tá afim. Que quer namorar. Eu não te conheci assim, mulher! – ela gritou.
- Não é tão simples, . – respondi sem tirar os olhos da estrada.
- Claro que é, . – ela me cutucou.
- ... – chamei em alerta.
- Já sei, você vai me mandar descer. – ela completou e se calou. De repente, o silêncio me incomodou.
- Você acha mesmo, ? – perguntei.
- Ele não era seu ursinho até duas semanas atrás? Você não passou uma semana inteira falando dele? O que está faltando para você tomar uma atitude? – ela perguntou com a voz doce.
- Não sei, . A frieza com a qual ele me chama de é gigante. – expliquei enquanto parava o carro na porta da agência. – Se eu não voltar em cinco minutos, entre para me resgatar. – pedi a . Felizmente, o resgate não foi necessário. Eles me pagaram minhas duas semanas de trabalho sem protestos.
- mandou uma série de mensagens porque ligou para ela dizendo que Johnny está triste pelos cantos. – disse assim que entrei de volta no carro.
- Não tenho nada com isso. – respondi rápido e dei partida no carro.
- , o celular. – pediu. Apontei o porta-luvas e ela tirou o aparelho de lá. – Dedo. – ela me estendeu o celular e eu desbloqueei. Pela visão periférica, vi abrir o aplicativo de mensagens e clicar no grupo intitulado “Mulheres ricas”, onde estávamos eu, ela e , nossa melhor amiga e namorada do outro asiático que andava com Johnny. Eles eram o casal da saúde, da Enfermagem e da Medicina. – , sou eu. Noite das garotas hoje na casa da . Sabemos o assunto. – ela encerrou o áudio e eu lhe encarei quando parei em um sinal.
- O quê? – perguntei.
- Alguém precisa enfiar juízo na sua cabeça. A certamente vai fazer isso. – respondeu com os braços cruzados.
Como eu não tinha outra opção, me dei por vencida e segui para casa. Passei direto para o meu quarto, ignorando os chamados de minha mãe, e me joguei na cama.
- disse que vem para cá mais tarde. Aconteceu alguma coisa? – mamãe entrou no quarto. Murmurei algo incompreensível, a cara abafada pelo travesseiro. – Johnny passou aqui. – ela soltou de repente e eu pulei no lugar, virando o rosto para lhe encarar. Ela tinha conhecido Johnny na noite do baile de boas-vindas. Ele tinha ido me buscar e estava perfeitamente arrumado, o genro perfeito.
- O que ele queria? – perguntei atenta.
- Conversar com você. Ele estava triste, . – ela passou a mão na minha coxa. Revirei os olhos. Johnny era um bom ator. Além de fingir que não nos conhecíamos, ainda tinha enganado minha mãe. – Se quer tanto namorar, por que não vai lá e pede?
- Não quero. – menti. Minha mãe ergueu as sobrancelhas e me olhou como se não acreditasse em uma palavra do que eu disse. Nem eu acreditava.
- Vou preparar alguma coisa para vocês e vou voltar ao trabalho. – ela beijou meu rosto e saiu.
Passei a tarde jogada na cama e passou a tarde ao berros com minha irmã mais nova no quarto livre que mamãe chamava de sala de jogos. sabia quando eu precisava de espaço. Quando a escuridão preencheu o quarto, ouvi uma movimentação na casa e, de repente, vozes tomaram conta do lugar.
- Levanta daí e vai buscar guardanapos e copos, porque eu trouxe pizza e refri. – chegou gritando.
- Não quero. – resmunguei.
- Levanta, . – ela ordenou. – Para com isso. Quando eu te conheci, você era forte e decidida. O que aconteceu?
- A tem razão, . – minha irmã sentou ao meu lado na cama. – E o John é meio metido, mas tem o coração gigante. Ele gosta de você, dá pra ver. – ela riu.
- Tão meloso que quase me dá diabetes. – comentou e estremeceu o corpo.
- Se vocês não pararem de falar dele, eu vou tomar a pizza e o refri e vou expulsar vocês. – ameacei.
- Não está mais aqui quem falou. – ergueu as mãos agora livres da pizza, que repousava aos meus pés na cama.
Ficamos a noite toda jogando conversa fora. Os meninos eram assunto proibido. As meninas foram embora tarde da noite e prometemos nos encontrar no intervalo no dia seguinte. Eu estava mais tranquila, mas não mais encorajada a tomar uma atitude sobre Johnny.
***
Tentei encontrar todo mundo no intervalo, mas acabei ficando presa em uma das aulas. Um dos professores passou um trabalho para sala e tínhamos que terminar naquele dia.
- Antes que nosso tempo acabe, eu tenho uma notícia. – o professor anunciou. Todos esticamos o pescoço para lhe olhar. – Esse trabalho é só a primeira parte de um projeto de nota para o fim do período. Eu separei alguns temas e duplas e quero ver vocês trabalhando. – ele sorriu. Eu quis sair correndo. Aquilo não me cheirava nada bem.
- Professor. – Johnny esticou a mão. – Eu queria fazer meu trabalho com a .
- Mas eu... – iniciei e fui cortada pelo professor.
- E você vai, Suh. – ele anunciou e eu abri a boca, completamente incrédula. – Obviamente eu juntaria os dois melhores alunos em uma dupla.
- E onde fica a minha opinião? Não tenho voz aqui? – perguntei irritada.
- Calma, señorita. – Johnny sorriu e os pelos da minha nuca arrepiaram. Geralmente Johnny tinha uma péssima pronúncia de espanhol, mas quando ele me chamava de “señorita”... Eu precisava de um pouco de controle. A voz dele adotava um tom sensual e demandava tudo de mim para não ceder àquela voz grave.
Respirei fundo, vendo que não tinha outra alternativa, e, movida pela força do ódio, terminei o trabalho em sala primeiro que todos. Já tinha perdido mais da metade do intervalo e decidi que iria para casa, não aguentaria outra aula. Peguei o celular para avisar às meninas que estava saindo e vi uma mensagem de Johnny ali.
“Me espere para falarmos do trabalho.
XoXo”
Bloqueei a tela e fui para casa, minha irmã podia ir de ônibus. Entrei em casa, me joguei no sofá e fechei os olhos, cansada por antecipação. Não sei quanto tempo se passou, acho que dormi, mas me sobressaltei quando o celular tocou. Às cegas, peguei o aparelho e o levei ao ouvido.
- Oi. – atendi.
- Será que você poderia abrir a porta para mim, ? – Johnny perguntou.
- Não, Suh. – respondi.
- , seu ursinho está aqui fora, está ventando, frio. Pode abrir para mim? – ele perguntou manhoso. Céus, aquilo era demais para mim. A verdade é que eu estava com saudades dos lábios de Johnny. Levantei de má vontade e fui abrir a porta. – Precisamos conversar. – ele disse sério.
- Claro, temos um trabalho para fazer. – rebati de braços cruzados.
- Não estou falando do trabalho, . – seus dedos longos tocaram meu rosto e eu fechei os olhos para aproveitar o carinho. Senti o corpo de Johnny se aproximar e ouvi a porta se fechar com um baque. – me mandou uma mensagem. – ele disse baixinho.
- Ah, claro. – me separei dele e me joguei no sofá de novo.
- , por que você não falou comigo? – ele sentou ao meu lado, me encarando.
- Deus! Claro que não, Suh! – respondi.
- , eu achei que... sei lá! – ele respondeu exaltado, parecia nervoso. – Você é fechada, tem resposta ácida para todo mundo. – ele riu. – Achei que fosse... momentâneo. disse que eu apanharia de você quando fui te convidar para o baile.
- E eu não te bati, Johnny! Eu fui ao baile com você. Eu te dei um apelido carinhoso, eu quase briguei com a porque fiquei insuportável na semana do baile. – eu ri sem vontade. – E mesmo assim você continua me chamando de e agindo como se nada tivesse acontecido.
- ... – ele se aproximou mais, o rosto quase colado ao meu. – A noite do baile foi incrível. – um sorriso largo se abriu em seu rosto bonito.
- Mas não passou disso. – rebati.
- Eu não sabia como você ia reagir. Eu estava com medo de apanhar. – ele riu.
- Está com medo de mim, Suh? Olha o meu tamanho. Eu sou inofensiva. – venci toda a distância entre nós e passei uma perna sobre seu corpo, sentando em seu colo.
- Você pode ser baixinha, mas tem a mão pesada, . Os tapinhas que você me dá no braço doem. – ele levou as mãos ao meu quadril e apertou por cima do jeans.
- Você acha que eu seria capaz de te machucar? – perguntei e levei as mãos aos fios da sua nuca.
- Credo, vão para o quarto. – minha irmã entrou em casa e me olhou com cara de nojo.
- Por que já está em casa? – perguntei e desci do colo de Johnny, voltando a sentar no sofá.
- Um professor faltou. – ela deu de ombros. – Voltaram?
- Não tínhamos nada para acabar. Então não, não voltamos. – expliquei e encarei Johnny, afinal, não resolvemos nada. – Suh está aqui para um trabalho.
- Sei bem que trabalho vão fazer. – ela acusou. Johnny me olhou desconfiado. – Enfim, estou indo para a casa do meu namorado. Trabalho. – ela riu.
- Mamãe e papai sabem disso? – perguntei. A baixinha era impossível.
- Vão saber quando for a hora. – ela me lançou um beijo no ar e saiu.
- Bom, vamos aproveitar que estamos aqui e nos livrar desse trabalho. O professor me enviou o e-mail com o tema. Quero descanso. – levantei do sofá e comecei a ir em direção ao meu quarto.
- Mas ... – ele me olhou confuso.
- Vamos, Suh. – chamei com mais intensidade.
- E nós? – ele perguntou me seguindo.
- Temos um trabalho para fazer. – respondi de costas para ele.
- Não estou falando disso, . – ele entrou no quarto e fechou a porta. – Estou falando de nós. – suas mãos encontraram minha cintura e seu corpo se juntou ao meu. – Vamos, señorita. – ele sussurrou.
- Não faz isso. – pedi baixinho. – Você sabe que eu amo quando você me chama de señorita.
- Sei. É por isso que eu continuo. – ele disse ao pé do meu ouvido. – Eu preciso de você, .
- Eu devia estar fugindo de você, John. Você é perigoso. – ri, mas estava falando sério.
- Mas não vai. – ele afirmou.
- Queria que não fosse tão difícil resistir a você. – disse já mole pelo contato, as mãos de Johnny me apertavam cada vez mais contra si.
- Não resista, . – Johnny quase ordenou. Então eu voltei a pensar com clareza. Me soltei de seu aperto e caminhei até minha mesa de estudos. – Mas que...
- Temos um trabalho para fazer, Suh. – eu disse fria. Eu não me importava de ser chamada pelo sobrenome, mas quando Johnny fazia isso... me parecia imparcial, parecia que eu não era ninguém para ele. E talvez não fosse. Talvez eu estivesse sendo dramática, mas eu era assim mesmo.
- ... – Johnny choramingou.
- Trabalhar, Suh. – ordenei.
- Depois mais beijinhos? – ele pediu com um bico nos lábios cheios.
- Depois você vai para a sua casa. Minha mãe vai chegar a qualquer momento. – avisei. E a partir de então, me concentrei para não me perder em John Suh.
POV Off
Johnny POV
- Cara, eu não sei mais o que fazer. – resmunguei para ninguém em específico. Estávamos eu, e reunidos na minha casa.
- John, o que a mais detesta? – perguntou.
- Ser chamada de . – foi quem respondeu.
- Quem te disse isso? – perguntei incrédulo.
- . Ela disse que a odeia que você a chame pelo sobrenome. Ela sente que apaga tudo que viveram na semana do baile ou alguma coisa assim. – ele riu. Diferente de mim, que fiquei refletindo sobre suas palavras.
- Por que você não a convida para um encontro formal? – sugeriu. – Se ela não te agrediu até agora, isso não vai mais acontecer. – ele riu. – E, por Deus, Johnny, a chame pelo nome. Vai parecer mais que vocês são um casal e não que você é chefe dela.
- , pode descobrir para mim do que a gosta? – pedi.
- Own, ele chamou ela de . – debochou.
- Johnny, você está enrolado com a tem três semanas e não sabe do que ela gosta? – perguntou e eu confirmei com a cabeça. – Então desista desde já. Você nem se deu o trabalho de tentar conversar. Fala sério, Johnny! – ele levou as mãos à cabeça, como se eu fosse um caso perdido. E talvez eu fosse.
- Vai me dizer que sabe de tudo o que a gosta. – perguntei.
- É claro que sei do que ela gosta. Diferente de você, eu uso a boca para conversar também. – ele rebateu e eu encolhi no lugar.
- Vocês não têm um trabalho para fazer? – perguntou para acabar com a bronca que eu estava levando.
- Já fizemos. No mesmo dia em que o professor passou. – suspirei cansado. – Parece que ela queria se livrar de mim.
- Talvez quisesse. – alfinetou e eu lhe dei um soco no braço. – Ai, não precisa me agredir por ser sincero. Você nem sabe do que ela gosta e fica me batendo como se a culpa fosse minha.
- tem razão. – enfatizou.
- OK, OK. Eu vou descobrir sozinho o que fazer. Não preciso de vocês. – levantei do sofá onde estava sentado e saí. Precisava tomar uma atitude.
***
Entrei no campus pedindo a todos os heróis para encontrar alguém que pudesse me ajudar. Distraído e procurando o número de alguém no celular, acabei esbarrando em uma pessoa.
- Olha por onde... – uma voz feminina gritou e a pessoa de cabelos curtos e cinzentos, como os de quando a conheci, virou para me encarar. – Ah, é você.
- Nossa, . Consegui sentir sua decepção daqui. – comentei.
- Eu estou de saco cheio do seu casinho com a . Quando pretende mudar isso? – ela perguntou e cruzou os braços sobre o peito em uma pose intimidadora.
- O mais rápido possível. Vamos, me ajude. – quase implorei.
- O que quer, Suh? – ela formou um bico de desgosto.
- Só responda um ou outro. Sobre a ... – respirei fundo e ela expressou um sorriso mínimo. – O que ela prefere, café ou chá?
- Café. – ela respondeu sem piscar.
- Nossa, que rápida. Cinema ou parque? – perguntei de novo.
- Cinema, mas nada de terror ou de atrapalhar o filme. Ela vai te bater. Se insistir no parque, nada de roda-gigante. A única coisa alta da qual ela gosta é você. – ela riu. Senti o rosto esquentar com aquelas palavras. – Você corou, Johnny. Que fofo. Vamos, continue. Estou adorando.
- OK. Restaurante ou fast food? – essa era uma pergunta importante.
- Pizza. E batatas-fritas. E nem sequer pense em roubar as batatas dela... – ela alertou.
- Já sei, posso apanhar. – completei.
- E vai. Continue. – incentivou.
- Dia ou noite? – essa poderia decidir a programação. respirou para responder e o sinal da primeira aula tocou.
- Noite e frio. E ela adora cães. Agora eu tenho que ir, John. Não faça merda. – ela deu um tapinha em meu peito e saiu sem que eu pudesse dizer ao menos obrigado. Com as informações necessárias, eu tinha o plano perfeito. Tomei o celular nas mãos novamente e digitei uma mensagem para , esperando não estar bloqueado.
“Está livre sábado à tarde? Precisava conversar com você sobre uma coisa.
Baby bear.”
A resposta não demorou.
“Baby bear foi quase ridículo. Mas sim. Estou livre. Te espero na minha casa?”
De preferência na cama e sem as roupas, pensei. Mas achei melhor não enviar.
“Sim. Eu passo lá.”
Finalizei com um emoji de beijinho e fui para a aula. O dia era perfeito, nossas aulas eram diferentes naquele dia, eu teria tempo para planejar a nossa tarde de sábado.
***
O sábado amanheceu ensolarado e eu acordei nervoso. Juntei tudo o que ia precisar naquela tarde, tomei um belo banho, me arrumei, perfumei e saí para almoçar em algum lugar. Passei em um dos meus destinos e na casa de (contando com uma ajudinha de sua irmã) antes de chegar ao restaurante. Comi devagar, nervoso. Às duas da tarde, avisei a que estava indo. Assim que estendi a mão para bater em sua porta, ela se abriu e saiu de lá, linda, de saia preta, uma blusa curtinha, tênis brancos e um casaco.
- Ah... Oi. – cumprimentei sem jeito.
- Está impossível ficar lá dentro. – ela fechou a porta atrás de si. – Podemos ir para outro lugar?
Eu quis saltar de felicidade. A oportunidade não poderia ser mais perfeita. Tinha que agradecer à baixinha barulhenta pelo pequeno pandemônio que ela tinha causado na casa.
- Claro. Vem, eu quero te levar a um lugar. – sorri e ela sorriu de volta. A guiei até meu carro e dirigi até sua cafeteria favorita, informação dada por . – Eu nunca te vi com essa saia. – tentei quebrar o clima.
- Eu só uso em dias muito quentes, como hoje. – ela respondeu, parecia nervosa. Coloquei minha mão sobre a sua, que repousava em seu colo, e ela não recolheu a mão. Esse pequeno gesto me fez sorrir abertamente.
- Chegamos. – anunciei quando parei o carro em frente à cafeteria.
- Por que estamos aqui? – ela perguntou confusa.
- , a verdade é que... Eu queria te chamar para sair, mas não sabia como fazer isso. Então eu dei um jeitinho. – confessei. – Tenho que agradecer a sua irmã pela bagunça que ela causou.
- Isso... Isso é um encontro? – ela perguntou nervosa, me encarando intensamente.
- Sim. E eu espero que você não queira desistir, porque a tarde já está planejada. – declarei.
- Johnny... – ela respirou fundo e meu coração acelerou. – O que eu faço com você? – ela riu e eu pude respirar aliviado.
- Aceitar tomar um café comigo já é um começo, señorita . – exagerei no sotaque só para vê-la sorrir e me chamar de idiota. – Vamos?
Saí do carro e dei a volta para lhe abrir a porta.
- Você tem noção de que acabou de ativar meu modo viciada, não é? – ela perguntou quando desceu e enroscou o braço ao meu.
- Sei. Fui avisado sobre seu gosto sobrecomum por café. – comentei e ela corou. – Peça o que quiser e vamos. Não podemos nos atrasar.
franziu as sobrancelhas e me encarou. Pediu um cappuccino e um caramel macchiato, grandes, e algumas bolachinhas doce, e virou para me encarar, a sacola das bolachas presa entre os dedos, dois copos enormes nas mãos e um sorriso gigante no rosto. Ponto para mim, começamos bem.
- Qual desses é o meu? – perguntei apontando para os copos.
- Nenhum. Os dois são meus. – ela riu, mas estava falando sério. – Para onde vamos? – ela perguntou enquanto andava até o carro, tentando não derramar o conteúdo dos copos.
- , você confia em mim? – perguntei enquanto lhe ajudava a entrar no veículo. Ela me olhou séria.
- Eu não deveria. Mas sim. – confessou com um suspiro.
- Ótimo. Então só aproveite a tarde e não pergunte. Vai estragar as surpresas. – eu ri, de puro nervosismo. Ela estreitou os olhos na minha direção e passou a beber seus cafés em silêncio enquanto seguíamos para o nosso próximo destino. Em certo momento, senti algo doce de encontro à minha boca, e não eram os lábios de . Ela gentilmente me oferecia uma de suas bolachas que havia comprado na cafeteria. Aceitei de bom grado e acabei por me sujar com os farelos.
- Quantos anos você tem, cinco? Olha a bagunça, Johnny. – ela riu e tentou me limpar enquanto eu dirigia, seus dedos resvalando em meu rosto. Selei seu polegar quando ele tocou meus lábios e ela recolheu a mão. – Preste atenção ou vamos acabar batendo.
Ela ligou o rádio e conectou o celular a ele, como se tivesse feito aquilo a vida toda, ou como se tivesse a intenção de continuar fazendo. Cantei algumas músicas com ela e rimos juntos até o destino seguinte.
- Por que estamos no shopping? – ela perguntou confusa. – Não me diga que vamos fazer compras.
- Não foi dessa vez, . – fiz uma expressão decepcionada e ela me seguiu. – O cinema fica aqui.
- Eu quero deixar claro que isso é um encontro, mas se você atrapalhar meu filme, John Suh... – ela ameaçou.
- Eu quero ver esse filme tanto quanto você. Dizem que a fotografia dele é incrível. Então se você atrapalhar meu filme, ... – devolvi a ameaça.
Comprei nossas entradas, pipoca para nós (2 baldes, era uma máquina de devorar pipoca), refrigerante e fomos tomar nossos lugares. Passei o braço pelo ombro dela, mas a posição parecia desconfortável.
- Você está muito longe. Maldita divisão. – resmunguei irritado e ela riu.
- John, existe uma tecnologia muito avançada que você não conhece. Preste atenção. – ela ordenou e levantou a peça que dividia nossas cadeiras, se aconchegado em meu peito em seguida.
- Por essa eu não esperava. – sorri e lhe acomodei junto a mim. Assistimos ao filme em silêncio, comentando brevemente algumas partes. Ela levava cinema a sério, por isso, nem arrisquei nada. Assim que o filme acabou, juntei nosso lixo e a tomei pela mão, praticamente correndo para fora da sala.
- John, por que estamos apressados? Minha saia está voando, vá devagar. – ela reclamou.
- Vamos perder a reserva, . O filme demorou mais que o esperado. – esclareci. Corremos até o carro e eu dirigi até a melhor pizzaria da cidade, no alto de um prédio, com vista para o céu e luzes enfeitando o lugar. Assim que subimos, ela parou para observar ao redor, era realmente bonito.
- Eu não acredito que me trouxe aqui. – ela sussurrou.
- Claro que trouxe. Para a minha garota, sempre o melhor. – a abracei por trás e beijei sua cabeça.
- Melhor não me acostumar mal, Suh. – ela rebateu.
- Estou te acostumando bem, com o você merece. – expliquei e ela virou no abraço para me roubar um selinho.
- Obrigada. Você tem sido incrível hoje. – ela sorriu.
- Hoje? Poxa, , eu esperava mais. – fingi uma expressão triste.
- Bobo. – ela riu com vontade e me roubou outro selinho. Até tentei ter um beijo de verdade, mas o garçom nos abordou para nos levar até nossa mesa. – Ah, com licença. – segurou o garçom pelo braço. – Será que você poderia fazer a gentileza de tirar uma foto? – pediu envergonhada.
- Claro, senhorita. – o rapaz sorriu simpático demais e eu fechei a cara para ele. apoiou uma mão em meu peito e me obrigou a lhe olhar.
- Desfaça essa cara, Johnny. Vai ficar horroroso na foto. – ela apertou minha bochechas e eu formei um bico involuntário. – Agora me dê um beijinho. – fiz o que ela pediu, mas ainda olhando para o garçom que clicava no celular e ria. As fotos iam ficar incríveis. – Johnny, vamos! – ela riu também.
- Desculpa. – selei seus lábios demoradamente, tempo suficiente para uma foto.
- Aqui está. – o garçom devolveu o celular e saiu.
- Você assustou ele. – riu baixinho.
- Que bom. – respondi.
- Não sabia que você fazia a linha ciumento. – ela alfinetou.
- Nem eu. – completei baixinho.
- Bom apetite. – o garçom voltou pouco tempo depois com o nosso pedido. Estreitei os olhos para ele outra vez. agradeceu por nós e começou a comer. Alguém era fã de pizza. Depois de comer até quase explodirmos, decidi levar para casa, faltava a última surpresa da noite.
- O que está errado? – perguntei quando vi sua expressão de decepção.
- Não tinha batata-frita. – ela resmungou.
- Você acabou de comer na melhor pizzaria da cidade e está reclamando por que não tem batata? Céus, o que eu faço com você, ? – perguntei rindo.
- John, tem um drive-truth no caminho para a minha casa, podemos passar lá? – ela perguntou animada.
- Você já quer ir para casa? – perguntei fingindo decepção.
- Ah... Você tinha outros planos? – tinha cautela e incerteza em seu tom de voz.
- Bom... Tinha. – menti. – Mas podemos ir para casa.
- John, eu não... – ela iniciou, mas eu a calei com um selinho.
- Vamos comprar suas batatas e vamos para casa. Ainda tenho uma surpresa para você. – tentei tranquilizar e ganhei um sorriso em resposta. Mais uma vez, a música preencheu o carro durante o trajeto. Compramos as fritas e dois milkshakes (me pergunto onde ela colocava tanta comida) e fomos para casa. Encontramos a irmã dela na porta, com uma mochila nas costas.
- Aonde vai? – perguntou preocupada.
- Aonde acha que vou? – a baixinha perguntou e revirou os olhos. – Exato. Mamãe está no plantão e papai, bom, só chega daqui dois dias, você sabe. E você me deve vinte pratas, Suh. – ela apontou para mim e beijou o rosto da irmã. – Boa noite. – e saiu quase saltitando até o carro parado rente à calçada.
- Essa garota é impossível. – suspirou.
- Vamos, pequena. Sua surpresa está te esperando. – lhe incentivei a entrar. Ela abriu a porta com cuidado e estancou no lugar ao ver um filhote de pug deitado em uma caminha rosa, com um laço enorme no pescoço enrugado.
- Johnny... é um doguinho! – ela parecia incrédula, mas correu para pegar o filhote no colo. – Mamãe nunca vai concordar com isso.
- Ela já concordou, baby. Confie no meu poder de persuasão. – me vangloriei.
- Ah, Johnny. Seu ego vai nos sufocar. – ela reclamou.
- Esse laço vai sufocar a “doguinha”. – fiz as aspas no ar. se preparou para tirar a fita e enfim notou o bilhete preso ali, ideia da minha cunhada. Nele tinha escrito um “namora comigo?” na minha caligrafia horrorosa.
- Eu devia te bater. – ameaçou. – Mas você merece um beijo.
- Você... Aceita? – perguntei com cuidado.
- Claro, seu idiota! – ela se jogou em meus braços ainda segurando o filhote e me beijou com vontade, seus lábios se encaixando aos meus como as peças perfeitas de um quebra-cabeças. Nos separamos quando o filhote chorou entre nós.
- Sem manifestações exageradas na frente das crianças, . – caminhei com ela até o sofá e sentei, a puxando para o meu colo. Ela sentou de lado e passou um braço por meus ombros. – Como ela vai se chamar?
- Eu pensei em Luna. O que acha? – ela perguntou acariciando a testa da pequena.
- Luna Suh. – respondi e fiz um carinho na cara enrugada de Luna.
- Acho que Suh fica melhor. – ela refletiu.
- , temos regras aqui e o nome do pai sempre vem por último. – expliquei e ela entortou a cara. – Se nos casássemos, você seria Suh.
- Se nos casássemos, eu continuaria sendo apenas . Eu tenho essa opção, John Suh. – ela rebateu orgulhosa.
- Ok, señorita que não quer ser Suh. – impliquei.
- Eu poderia ser uma Suh, mas não necessariamente adotar seu nome. Dá trabalho. – ela resmungou.
- . – chamei baixinho e ela me encarou. – Você... Se casaria comigo? – perguntei sem conseguir controlar.
- Por isso demorou a me pedir em namoro, para já vir com o pedido de casamento junto? – ela perguntou debochada e eu me arrependi amargamente de ter perguntado.
- Foi uma pergunta estúpida, me desculpe. – passei a dar atenção a Luna, com vergonha de mim mesmo.
- Ei, eu estava brincando. Me desculpe. – ela segurou meu rosto com suas mãos pequenas. – A resposta é sim. Guarde isso, OK?
Apenas confirmei com a cabeça e ela aproveitou nossa proximidade e me beijou de novo, lenta e calma, como se estivesse me descobrindo. Minha mão livre repousou em sua cintura e eu tentei nos aproximar mais, queria mais contato, mais dela. Porém, Luna não estava colaborando. Ela choramingou e puxou minha camisa com os dentinhos pequenos.
- Luna, você não está colaborando com o papai hoje. – ralhei e ganhei uma lambida no pulso que repousava no colo de .
- Muito bem, filha. Papai não pode avançar o sinal hoje. – acariciou entre os olhos esbugalhados de Luna.
- Não? – perguntei confuso.
- Não, Johnny. – ela respondeu e corou. Analisei seu rosto, tentando entender o porquê.
- Ah, saquei. – aqueles dias... – Melhor eu ir. – incentivei a levantar, mas ela se agarrou a mim.
- Não vai, por favor. Não quero dormir sozinha aqui. – choramingou no meu ouvido. Que espécie de namorado eu seria se negasse um pedido daqueles?
- Tudo bem. Vamos, você deve estar cansada. – a incentivei a levantar e peguei Luna com uma mão, sua caminha com a outra e bati levemente a almofada da cama na bunda de , enquanto caminhávamos para o seu quarto. Obviamente, recebi um chute na canela, em troca do meu atrevimento.
- Coloque a cama da Luna no chão, ela vai dormir lá. Eu vou tomar um banho. – ela anunciou. Revirou o guarda-roupa e carregou alguns pertences em direção ao banheiro. Saiu trinta minutos depois, com o cabelo enrolado no alto da cabeça, ainda seco.
- Você não ia tomar banho? – perguntei para provocar.
- E tomei, seu idiota. Só não molhei o cabelo. Agora vá, não quero dormir com ninguém fedendo. – ela ordenou.
- Mas eu não tenho roupa. – lembrei.
- Eu te empresto uma das minhas camisas. – ela disse já remexendo nas roupas.
- E eu vou vestir o que embaixo? – me aproximei e perguntei com a voz sensual no seu ouvido. Sua pele se arrepiou, como se funcionasse pelo comando da minha voz.
- Eu vou pensar em alguma coisa. Vai, Johnny. – ela quase gritou. Minhas técnicas de sedução não funcionariam mesmo.
Vencido, fui para o banheiro. Tomei um banho frio para acalmar os nervos e comecei a secar o corpo, quando a porta se abriu de repente e entrou carregando uma boxer escura, seguida por Luna em seus pés.
- , bata na porta! – exclamei assustado. Ela me olhou de cima a baixo com uma expressão de incredulidade.
- Eu já vi tudo isso. Não adianta esconder. – disse simples. – Eu acho que não vai servir em você, mas não custa nada tentar. Está novinha. – ela me estendeu a boxer.
- Por que você tem uma boxer nova? – perguntei desconfiado.
- Eu compro para mim. São confortáveis. – ela deu de ombros e ficou plantada, me observando.
- Pode sair para eu me vestir? – perguntei.
- Johnny, por favor. Não banque a garotinha tímida. Eu já te vi sem roupa. – ela riu. – Ou não se lembra? Quer que eu refresque sua memória? – ela adotou um tom sensual e eu estava definitivamente perdido. colou o corpo coberto por um shortinho e uma camiseta do Mario Bros ao meu, nu e parcialmente coberto pela toalha. – Use sua voz de pai e mande Luna sair. – ela ditou, as mãos ameaçando puxar a toalha.
- Luna. – chamei grave e os olhinhos da pug se fixaram em mim. – Saia.
Luna entortou a cabeça para a direita e, de repente, saiu do banheiro. correu e fechou a porta.
- Muito bem, Suh. Mas não ouse usar essa voz comigo. – ela sorriu. – Agora largue essa toalha. – ordenou. Neguei com a cabeça. – Johnny, sua namorada só quer cuidar de você. – seus dedos ágeis buscaram meu corpo pelas laterais da toalha e tocaram meus mamilos sensíveis.
- , você não pode. – tentei pará-la.
- Mas você pode, John. Não é justo eu te privar disso. – seus dentes rasparam em meu queixo e eu arfei. Eu queria aquilo, mas queria com ela.
- ... – tentei reclamar.
- Johnny, me deixe fazer isso. – ela pediu sincera. Derrotado, larguei a toalha para segurar seu rosto e receber um beijo quente.
Ela começou a roçar os seios durinhos em meu corpo e meu amigo começou a despertar. Agarrei sua bunda com força e impulsionei seu corpo para que ela se sentasse na pia, encaixando meu corpo entre suas pernas, que se enrolaram em minha cintura, me puxando mais para si. ondulou o corpo de encontro ao meu membro descoberto e nós dois gememos alto. Sua mão se deslizou por entre nossos corpos e seus dedos buscaram meu pau, apertando a glande devagar. Ela ondulou o corpo contra o meu outra vez e gemeu alto.
- Johnny... Mais disso, por favor. – ela pediu. Forcei meu membro em sua intimidade coberta. – Oh, sim.
- ... Nós podemos fazer isso? – perguntei incerto.
- Eu espero que sim. – ela se pressionou contra mim. – Porque eu quero mais.
A segurei pelo quadril, rodei no banheiro, a pressionando contra a parede, e comecei a me movimentar como se lhe penetrasse. gemia tão alto, que eu achei que realmente estivesse dentro dela. Mas era só o roçar dos nossos corpos que parecia prazeroso demais. Suas unhas encontraram minhas costas nuas e ela tremeu em meus braços quando alcançou o ápice. Deixei que ela tocasse os pés no chão e me separei minimamente dela com cuidado.
- Você tá bem? – perguntei, a testa colada na sua.
- Não podia estar melhor. Mas você não parece bem. – ela comentou e deslizou as mãos pelo meu corpo que já estava suado de novo.
- Você vai cuidar de mim, señorita? – perguntei e mordi o lábio inferior.
- Claro que eu vou cuidar do meu namoradinho. – ela sorriu maliciosa e começou a deslizar as costas pela parede, se ajoelhando na minha frente. Senti seus lábios bem abaixo do meu umbigo e soltei o ar com força.
- Pare de me provocar, garota. – pedi.
- Mas eu nem comecei. – ela sorriu arteira e beijou a ponta do meu membro, passando a língua no lugar bem devagar.
- ... – chamei de novo e segurei seu queixo. – Vamos, por favor.
- Você é impaciente, Suh. – ela reclamou colocou meu membro na boca, a língua áspera e quente me recebendo deliciosamente. Ela começou um vai e vem lento e, sem conseguir controlar, comecei a estocar sua boca com força medida. Suas unhas arranharam minhas coxas e eu gemi mais alto.
- ... Eu estou vindo. – avisei. Ela me tirou de sua boca e eu resmunguei irritado. Sua mão logo tocou onde antes estava sua boca e os movimentos reiniciaram.
- Vem, John. – ela ordenou com a boca colada na minha. Mordi o lábio para não gritar e ganhei um arranhão doloroso na barriga. – Geme. – ela ordenou e intensificou os movimentos. Comecei a gemer igual a um garotinho na puberdade e quase gritei quando gozei, sujando minha barriga e a mão de .
- Droga. – reclamei quando vi a sujeira que tinha feito.
- Se limpa e vai deitar. Quero me limpar também. – ela riu.
- , como você... – deixei a frase no ar. Eu nem tinha tocado nela e ela tinha gozado com tanta força que quase não consegui segurá-la.
- A gente sente muito tesão nesse período, John. – ela piscou e saiu do banheiro, segurando Luna para que ela não entrasse. Tomei um banho rápido e vesti a boxer que ela me deu. Estava um pouco apertada no... Bom, ia ter que servir. Saí com a toalha enrolada nos ombros e encontrei minha menina sentada no chão, com Luna deitada ao seu lado.
- Vai tomar banho e vem deitar. Eu tô exausto. – fiz um bico. passou por mim e deu um tapa dolorido em minha bunda, rindo como uma criança enquanto ia para o banheiro. Vesti a camisa que encontrei largada na cama e deitei para lhe esperar. Dez minutos mais tarde, ela saiu do banheiro com um forte cheiro de lavanda, fez um carinho no focinho de Luna e se jogou praticamente cima de mim.
- Obrigada por hoje. – ela agradeceu tímida.
- Tudo por você. – respondi e selei seus lábios.
- Eu te amo. – ela confessou baixinho e um sorriso cresceu no meu rosto.
- Eu te amo. – repeti suas palavras. A sensação era ótima. Acomodei minha pequena em meus braços e adormecemos com um aquecendo o outro na nossa primeira noite como namorados.
***
Duas semanas depois...
Estava entrando no campus quando fui parado por uma que me estapeou no braço.
- O que você fez com minha amiga? – ela perguntou irritada.
- Ela pegou um trabalho e ficou em casa para terminar. – respondi massageando o braço. – Ela quer se livrar antes de viajarmos amanhã. E temos que pagar o hotelzinho da Luna enquanto estamos fora.
- Eu esqueci que agora vocês têm uma filha. – riu atrás da namorada.
- Antes Luna que um bebê. Com quem deixaríamos? Com a madrinha? – perguntei olhando para .
- A madrinha certamente seria a . E melhor não. – ela riu.
- Enfim, se for urgente, ligue para ela. Tenho que ir pegar nossa matéria. – apertei o nariz de , recebendo outro tapa no braço, cumprimentei e segui para a sala. Seria um longo e tedioso dia de aula.
♡-♡
Combinei com que dormiria lá e sairíamos no sábado pela manhã. Acabei tendo que ir ajudá-la com o trabalho freelance ou ela não terminaria a tempo, o cliente era um idiota. Foi preciso que eu intervisse para que ele aceitasse as ideias de . Ela, claro, estava possessa.
- É por isso que eu não aceito trabalho de clientes homens, Johnny. Só aceitei por causa dessa viagem. Precisava desse dinheiro. – ela estava sentada no centro da cama, com um balde de pipoca, comendo furiosamente, Luna deitada ao seu lado, esperando que alguma pipoca caísse para que ela pudesse comer. Para mim, só restou sentar no chão, ao lado da cama. A mãe de tinha me trazido pipoca em um balde separado. Eu não seria louco de tentar roubar dela.
- Amor, fica calma. – pedi tentando não rir.
- Eu insisti na ideia por duas horas e ele só aceitou porque você falou, Johnny! – ela gritou e Luna pulou de susto, caminhando na cama e tentando descer por meu ombro. Peguei a pequena e a coloquei no colo. – Odeio isso. Homens, por que tão idiotas?
- , eu estou aqui. – lembrei a ela.
- Ai, John. Me desculpe. – ela se esticou e selou meus lábios salgados. Só então viu Luna no meu colo. – Como você foi parar aí, mocinha?
- Você assustou ela e ela praticamente se jogou da cama. – expliquei.
- Estou mais calma. Me desculpe pelo surto. – ela pediu, as bochechas vermelhas.
- Vamos falar sobre amanhã. – mudei de assunto. Coloquei o balde vazio e Luna no chão e fui até minha mochila, com minhas roupas para a viagem. – Vou precisar que use isso. – mostrei a ela uma aliança prateada, como a que eu tinha no dedo e que ela nem sequer tinha reparado.
- Anel de compromisso, Johnny? – ela sorriu.
- Mais que isso... O hotel onde ficaremos hospedados só aceita casais casados. Então eu meio que disse que éramos casados. – sorri sem graça.
- Johnny Suh! Eu não acredito que você mentiu para conseguir um quarto. – ela gritou e riu.
- Nós quase tivemos certidão de casamento, baby. Mas, felizmente, eu disse que você não tinha mudado de nome e estava em posse da certidão. E como eu mencionei que queria te fazer uma surpresa, eles dispensaram. – expliquei e sentei ao seu lado na cama.
- Você ia falsificar uma certidão de casamento, Johnny Suh? – ela perguntou e eu confirmei com a cabeça. Aquilo nem era tão difícil. – Será que eu posso realmente confiar em você? – ela perguntou divertida.
- Claro, baby. Eu te amo e nunca mentira para você. – respondi firme e selei seus lábios.
- Eu também te amo, senhor Suh. – ela sussurrou e sorriu. Era naqueles momentos que eu me sentia um idiota por não tê-la pedido em namoro antes. Tirei seu cabelo desbotado de seu rosto e a beijei devagar, tentando demonstrar tudo o que eu sentia. Quando tentei algo a mais, se separou de mim. – Dormir, senhor Suh. Amanhã temos que levar a Luna pro hotelzinho cedo. Vai se aprontar para dormir. Sua calça tá no guarda-roupa. Cuidado para não pisar na Luna.
Ela se deitou rindo. Eu era uma piada. Tinha pisado na patinha de Luna sem querer e não era capaz de dizer quem fez mais drama, ela ou .
Juntei os baldes de pipoca e levei para a cozinha, o meu com sobras e o dela completamente vazio. A mãe de riu e negou com a cabeça, me desejando boa noite. Voltei para o quarto e fui direto para o banheiro. Fiz minha higiene e voltei para a cama. mal esperou que eu deitasse e se aconchegou em meu peito.
- Não vai escovar os dentes, porquinha? – perguntei tentando tirar seus cabelos de perto dos meus dedos.
- Fiz isso enquanto você estava na cozinha. – ela me beijou rápido para que eu sentisse seu hálito fresco.
- Boa noite, senhora Suh. – desejei e ri de sua careta.
- Boa noite... Esposo. – ela sorriu e a sensação que a palavra “esposo” me causou... Eu não sabia explicar. Beijei o topo de sua cabeça e dormi, ansioso pelo dia de amanhã.
♡♡♡
Senti mãos na minha barriga por baixo da camisa e me virei na cama para abraçar... O travesseiro. Abri um olho para espiar e vi sentada sobre os calcanhares, um joelho de cada lado do meu corpo, quase roçando em mim... Meu membro semidesperto fisgou com a visão.
- Bom dia, meu amor. – ela sorriu. – Levanta e se arruma. O café tá pronto e nós estamos atrasados. – ela baixou o corpo e beijou meu maxilar, raspando os dentes ali.
- Não me faça desistir da viagem. – murmurei.
- Você nos casou e agora quer desistir? Nem pensar, Suh. Levanta. – ela ordenou e bateu na minha bunda. Devia ser alguma espécie de fetiche, não sei. Ela se afastou, já arrumada e saiu do quarto, levando Luna consigo. Me arrumei rapidamente e saí com nossas mochilas. No balcão da cozinha, tinha uma infinidade de comidas.
- Eu não vou conseguir comer isso tudo. – brinquei.
- Isso é para levar. Seu café está ali. – ela apontou para algumas torradas e para a cafeteira.
- Amor, a gente só vai ficar no carro por duas horas. Não precisa disso tudo. – expliquei e roubei um sanduíche, mordendo antes que ela pudesse reclamar. estreitou os olhos na minha direção e eu percebi que tinha irritado a fera. – OK, me desculpe. Eu vou comer rapidinho e vamos. Apronte a Luna.
Engoli o café, arrumamos o carro e saímos. Deixei Luna no hotelzinho e peguei a estrada para o nosso hotel, em uma praia distante duas horas da nossa cidade. conectou o celular ao som e começou a cantar. E seguiu assim até que chegássemos.
- Está pronto, senhor Suh? – ela perguntou divertida.
- Estou, senhora Suh. – respondi, ganhando uma careta de reprovação. Ela sempre fazia isso. Saímos do carro e demos as mãos, as alianças reluzindo em nossos dedos. – Johnny Suh e . – disse à recepcionista.
- O senhor da surpresa. Bem-vindos. São recém-casados? – ela perguntou sorrindo.
- Três meses. – foi quem respondeu. – Fomos feitos um para o outro. – ela colou a testa à minha e me roubou um selar.
- Eu seria intrometida se perguntasse por que não adotou o nome do seu marido, senhora ? – a recepcionista perguntou e arqueou uma sobrancelha em sua direção.
- Eu venho de uma família de mulheres fortes, senhorita. Não precisamos mudar de nome para dizer que somos casadas. – respondeu e eu mordi a boca para não rir. Ela merecia o Oscar. A recepcionista murchou o sorriso e nos entregou nossa chave.
- Ela ficou traumatizada. – comentei enquanto íamos para o quarto.
- Foi para ela aprender a deixar de ser intrometida. – ela formou um bico de reprovação.
Depois de nos acomodarmos, trocamos de roupa e fomos aproveitar o resto do dia na praia. literalmente fritou na areia, enquanto eu fiquei debaixo do guarda-sol, observando a pele morena dela, em um biquíni azul-marinho, ficando cada vez mais bronzeada.
- , isso não vai te fazer mal? – perguntei preocupado.
- Tem muito Sol de onde eu venho. Estou acostumada. – ela riu. Sentou no lugar e afastou a alça do biquíni, revelando um contraste de pele incrível. – Acha que bronzeou? – perguntou e tentou olhar. Minha boca secou de repente. Eu só queria tirar as peças dela ali mesmo e ver como tinham ficado as marquinhas.
- O que acha de voltarmos para o quarto? Assim eu posso ver melhor. – sugeri. Ganhei uma gargalhada em resposta.
- Não viemos até aqui para ficar trancados no quarto, transando como coelhos no cio, Suh. – ela alfinetou.
- Não? Eu achei que era isso que recém-casados faziam. – fingi uma expressão de dúvida. levantou da toalha onde estava sentada, limpou o pouco de areia do corpo e caminhou até mim, sentando em meu colo, com as pernas uma de cada lado do meu corpo. Uma de suas mãos se apoiou em meu peito e a outra foi direto puxar os fios da minha nuca.
- Se um dia nos casarmos de verdade, eu não vou te deixar sair do quarto por três dias, Suh. – ela ameaçou com uma voz sensual e meu sangue bombeou rápido para um único local. – Se for preciso, eu vou te amarrar na cama. Eu fui clara? – rebolou sobre mim e meu pau fisgou, dolorido.
- Como água. – respondi rápido.
- Ótimo. Vem se molhar. – ela saiu do meu colo e eu tive que puxar a toalha para cobrir a ereção que se formava ali. Vergonhoso, eu sei. Ver correndo para o mar com a bunda moldada pelo biquíni não me ajudou em nada. Respirei fundo, tentei ajeitar o volume ali e, desconfortável, andei ao seu encontro.
- Você não pode fazer isso e sair, querida. – me abracei às suas costas e pressionei meu quadril em sua bunda. Ela se virou no abraço e olhou para os lados. Estávamos sozinhos.
- Você quer tanto isso? – seus dedos rápidos entraram por meu short e encontraram minha ereção, o polegar pressionando a ponta com movimentos circulares.
- Faz isso por mim, . – pedi manhoso. Sua mão subiu e desceu por minha extensão e eu segurei um gemido.
- Estamos no meio do mar, John. Não é arriscado? – ela perguntou sem parar os movimentos. Linda e safada, do jeito que eu gosto.
- Ser arriscado deixa mais gostoso. – a resposta foi inconsciente. Segurei firmemente pela cintura e nos levei um pouco mais para dentro, sua mão trabalhando mais rápido, a sensação de perigo me dominando. – Só mais um pouco, . Não pare. – pedi. Ela intensificou os movimentos e a pressão e eu gozei tendo que segurar um grito. – Você me faz sentir um adolescente na puberdade.
- Você está mesmo parecendo um. – ela riu. – Isso é tesão acumulado. Sua antiga namorada não dava conta? – ela se abraçou mais a mim, com medo de afundar. Baixinha...
- Você se acha muito confiante, . – levei minhas mãos até sua bunda e apertei com força. – Quero ver sua confiança quando eu te deixar toda molinha na cama mais tarde. – roubei um selar e ouvi seu arfar baixinho.
- Não prometa se não vai cumprir, Suh. – ela riu de lado. Petulante.
- Eu só não vou acabar com essa sua pose agora, porque preciso que você esteja apoiada para eu poder colocar a força certa. – rebati firme e lhe beijei com violência. Ela respondeu na mesma intensidade e se pressionou contra mim.
- John, me leve para fora. – ela pediu. – Você vai acabar me afogando aqui. E eu tenho que fazer umas compras. Temos o luau hoje.
Saímos da água e perdemos a tarde toda comprando. aceitou um único presente meu, uma pulseira de casal. Voltamos ao quarto e eu tomei um banho rapidinho. demorou horrores, mas compensou a demora quando saiu, o cabelo desbotado em cachos, uma saia de cintura alta e curtinha, o tecido suave ameaçando voar a qualquer momento, e uma blusinha preta, que se prendia em seu pescoço e às suas costas, o bronzeado dos seios em evidência.
- , você tem certeza que vamos jantar? – perguntei lhe olhando de cima a baixo.
- Claro que tenho. Coloque essas suas pernas enormes para trabalhar e vamos. – ela pegou os pertences, calçou uma sandália e saiu rebolando, praticamente me obrigando a lhe seguir.
Passei a noite toda de olho nela e naquela sainha, entortando a cara sempre que algum engraçadinho tentava se aproximar. dançava feliz e se divertia com algumas pessoas próximas, sempre piscando para mim ou roubando um beijinho. Tarde da noite, resolvemos voltar para o quarto. Passei direto para o banheiro e quando voltei, encontrei jogada na cama, de bruços, a bunda exposta pela saia que tinha subido. A oportunidade perfeita.
Me aproximei silenciosamente e tirei suas sandálias. Comecei a massagear suas panturrilhas e ela gemeu satisfeita. Subi as mãos e apertei a carne farta de sua bunda, ganhando outro gemido em resposta. Desfiz os nós de sua blusinha e passei a beijar a linha de sua coluna, vendo sua pele se arrepiar.
- Hora de relaxar. – sussurrei em seu ouvido.
- O que pretende fazer, Johnny? – ela perguntou meio mole pelo carinho anterior.
- Vou cuidar bem de você, baby. – respondi sorrindo sem que ela pudesse ver.
Puxei o tecido de sua blusa desamarrada para longe e então comecei o caminho reverso por sua coluna, descendo os beijos por toda a linha central e ouvindo seus arfares baixinho. Puxei sua saia para fora do caminho e ergueu o quadril para que eu tirasse a peça. Aproveitei e tirei sua calcinha junto. Quando se viu nua, separou as pernas e dobrou uma delas, me dando livre acesso a sua intimidade, molhada e inchada, pronta para mim. Passei um dedo por toda a sua fenda e ela soltou o ar com força, gemendo um pouco mais alto.
- Tudo para mim? – perguntei e ela me olhou por cima do ombro a tempo de me ver levar o dedo molhado com seu prazer à boca. mordeu o lábio inferior e eu sorri. – O que foi, baby?
- Johnny, por favor. – ela empinou a bunda em minha direção. Me ajoelhei aos pés da cama, segurei as bandas de sua bunda e passei a língua em sua intimidade, ganhando um gemido alto em resposta. Comecei a lamber e sugar seu clitóris e começou a mover o quadril de encontro ao meu rosto, buscando mais e mais contato, até que coloquei um dedo em sua entrada, sem parar os movimentos com a língua, e ela se desfez em minha boca com um quase grito. Me separei dela e a deixei respirar enquanto buscava um preservativo na bolsa. Tirei a boxer que eu estava vestindo e vesti o preservativo.
- De quatro, . – ordenei. Ela me olhou por cima do ombro e estreitou os olhos.
- Não use esse tom comigo, John. – ela ralhou. Apertei suas coxas e ela prendeu a respiração.
- Vamos, . – amansei a voz e ela flexionou levemente os joelhos. – Boa menina. – pressionei meu membro contra sua bunda.
- Era isso que você queria, não era, Johnny? – ela perguntou divertida.
- Eu te queria assim, apoiada... – comecei a falar e guiei o membro para a sua entrada. – Para poder colocar a força certa. – a penetrei forte e duro e gritou alto, terminando com um gemido. – É assim que você gosta, não é? – tirei todo o membro e empurrei de novo. agarrou os lençóis da cama com força.
- É, John. Assim. Mais. Mais, John. – ela ofegou e impulsionou o corpo contra mim. Segurei seu quadril no lugar.
- Eu estou no comando. – sussurrei.
- Johnny... – ela choramingou. Saí dela e me afastei. me olhou por cima do ombro. – Isso é sério, Johnny?
- Você nem imagina o quanto. – caminhei pelo quarto e sentei na poltrona. Fazer aquilo de pau duro era desconfortável.
- John... Vem. – ela murmurou e mexeu a bunda de uma forma bem sugestiva. Levou a mão até o meio das pernas e se tocou levemente.
Com o controle que me restava, andei rapidamente até ela e a penetrei com força novamente, dessa vez, ganhando apenas um gemido alto de satisfação. Comecei a estocar forte, vendo o corpo dela balançar para frente e para trás, num ritmo quase insano. Minha mão encontrou a sua e eu passei a estimular seu clitóris com o dedo enquanto entrava e saía de seu corpo, gemendo sempre.
- John... Eu não... Eu não vou aguentar muito. – ela alertou.
Saí rapidamente de seu corpo e a virei. deitou as costas na cama e separou as pernas para mim. Segurei sua coxa esquerda erguida e voltei a investir com a mesma força de antes. E segui assim até que chegamos ao ápice juntos. relaxou imediatamente, a expressão de cansaço misturada com a satisfação, o corpo suado pelo esforço, linda. Baixei o corpo até minha boca encontrar a sua e ela retribuiu meu beijo, sorrindo no final, sua boca ainda junto da minha. Me separei dela e fui me livrar da camisinha usada. Quando voltei, me deitei ao seu lado e ela se acomodou em meu peito, uma perna enroscada na minha.
- Como se sente? – perguntei curioso.
- Exausta. Satisfeita. E mais apaixonada. – ela riu no fim da frase.
- Eu disse que ia te deixar toda molinha, não disse? – perguntei e nós rimos. – Sua pose de durona não dura muito, .
- Eu estou bem com isso. Não me faça mudar de ideia ou eu vou mostrar a você quem manda aqui. – ela disse séria. Passei o dedo pela linha de sua coluna e apertei sua bunda com força. fechou os olhos e soltou todo o ar de uma vez.
- Acho que nós sabemos quem manda. – sussurrei.
- Tem razão. O poder é compartilhado. – ela respondeu baixinho.
- Eu te amo. – confessei. A sensação era sempre a mesma, um calor gostoso que dominava meu peito.
- Eu te amo. – ela repetiu minhas palavras e nós adormecemos.
***
Na volta, deixei dirigir meu carro e nós pegamos Luna no hotelzinho.
- Na sua casa ou na minha? – perguntei divertido quando assumi o volante depois de pegarmos Luna.
- Na sua. Já avisei à minha mãe que só voltaria para casa na quarta. – ela respondeu. Lhe olhei com um sorriso de canto.
- Gostou de brincar de casal e vai me amarrar na cama por três dias, ? – perguntei sugestivo.
- Não, eu vou deixar você sair para ir para a aula. E quando você voltar, aí sim eu te amarro. Tem cordas na sua casa? – ela perguntou tranquila, como se falasse sério.
- Está me assustando, . – rebati e ouvi sua risada.
- Você está me dando ideias, Suh. Não me provoque, ou eu posso não saber parar. – ela mordeu o lábio e sua mão livre repousou na minha coxa, perigosamente perto do meu pau.
- O que eu faço com você, garota? – perguntei.
- Me ame para sempre como só você sabe me amar. – ela respondeu e sorriu sincera.
Olhando aqueles olhos expressivos apertados por causa de um sorriso, me dei conta de que a minha resposta para o seu pedido era sim, eu certamente a amaria para sempre.
Tudo estava indo bem na minha vida até que eu o conheci. O cara mais famosinho do curso de Design. Um asiático abusado que atendia pelo nome de Johnny Suh. Foi transferido para a minha sala no meio do primeiro semestre e ralou para conseguir passar para o segundo. Ele sempre andava com mais dois asiáticos a tira colo e, depois, descobri que minhas amigas estavam enroladas com os amiguinhos do senhor sabe-tudo.
Minha vida realmente saiu dos trilhos quando Johnny resolveu me convidar para o baile de boas-vindas do semestre seguinte. E agora estávamos aqui, nos primeiros dias do segundo período, o clima tão incerto quanto minha relação com Johnny.
- ! – ouvi alguém me chamar, mas não me dignei a tirar o fone ou olhar para trás. As pessoas adoravam me chamar pelo sobrenome apenas pela sonoridade dele. – ! – a voz me chamou de novo, porém, dessa vez, senti meu fone ser tirado e um ombro esbarrar no meu. Virei o rosto para encontrar ali, me encarando. – disse que Johnny está te procurando feito um louco.
era um dos amigos de Johnny. Cursava Cinema e tinha se encantado por , também conhecida como minha melhor amiga, que cursava Literatura inglesa, segundo período. Eles começaram a namorar depois do baile de boas-vindas, que inclusive não foi, e eram um grude só.
- Eu não quero saber do Suh. – respondi irritada. Fazia duas semanas desde o baile e Johnny passou de um ursinho para um babaca. Nós ficamos na noite do baile, foi perfeito, mas tinha sido só isso. Ele continuava me chamando de como se não me conhecesse. E realmente agia como se isso fosse a maior verdade existente.
- Você só está brava porque está apaixonada, . – riu. Quando respirei para responder, ela colocou o indicador no meu rosto, me pedindo silêncio. Puxou o celular do bolso e o levou à orelha. – Oi, amor. – ela atendeu. Certamente era . – Não. Aham. Claro, . Não demore. OK. , por favor. – ela desligou o aparelho e suspirou cansada. – tira a minha paciência às vezes, sabia? – reclamou.
- Mas você gosta dele. – rebati com a sobrancelha erguida.
- Sim, ele é meu solzinho. – ela sorriu apaixonada. E era por isso que eu estava irritada com Johnny. Queria que ele fosse meu ursinho. E que eu pudesse dizer isso para todo mundo. Suspirei irritada. – , se quer tanto namorar o Johnny, por que não faz o pedido? – ela perguntou divertida.
- Não quero falar sobre isso. – respondi.
e eu estudamos juntas no Brasil. A mãe dela, professora de Química, tinha sido convidada para trabalhar na Universidade onde estudávamos e ela tinha mudado primeiro que eu.
- , eu estou indo para casa, sim? – avisei. sorriu de lado e quando eu ia perguntar o porquê daquele sorriso, senti duas mãos me agarrarem pela cintura e um corpo alto e forte se juntar ao meu.
- Onde vai, ? – a voz grave de Johnny perguntou no meu ouvido.
- Não é da sua conta. – respondi sem lhe olhar.
- Essa doeu, hyung. – a voz melodiosa de se fez ouvir e vi quando ele se abraçou a .
- , me dá uma força. – Johnny pediu.
- Ele não pode, John. – rebati e me soltei de seu abraço. – Agora me deixe em paz.
Saí em direção ao meu carro, precisava passar na agência onde tinha trabalhado por duas semanas antes de ser cruelmente demitida. Ainda ouvi Johnny me chamando algumas vezes, mas o ignorei. Não estava afim de ouvir explicações. Assim que fechei a porta do carro, pouco antes de dar partida, meu celular tocou.
- Oi. – atendi sem ver quem era.
- Até quando vai fugir de mim, baby? – a voz de Johnny soou no meu ouvido através do aparelho.
- Até você parar de fingir que não aconteceu nada entre nós, Suh. – rebati e desliguei o celular. Dei partida no carro e, antes de sair, a porta do carona se abriu. Me preparei para mandar Johnny descer e vi sentada e me olhando.
- Me dá uma carona. – ela pediu, já colocando o cinto de segurança.
- Ainda vou passar na agência. – expliquei.
- Eu sei, . Mas sua casa é do lado da minha. – ela sorriu. Suspirei derrotada e saí com o carro do estacionamento. – Johnny está arrasado.
- , eu vou te mandar descer. – alertei.
- , para com isso. Vai lá. Toma um atitude. Joga aquele gigante na parede e diz que tá afim. Que quer namorar. Eu não te conheci assim, mulher! – ela gritou.
- Não é tão simples, . – respondi sem tirar os olhos da estrada.
- Claro que é, . – ela me cutucou.
- ... – chamei em alerta.
- Já sei, você vai me mandar descer. – ela completou e se calou. De repente, o silêncio me incomodou.
- Você acha mesmo, ? – perguntei.
- Ele não era seu ursinho até duas semanas atrás? Você não passou uma semana inteira falando dele? O que está faltando para você tomar uma atitude? – ela perguntou com a voz doce.
- Não sei, . A frieza com a qual ele me chama de é gigante. – expliquei enquanto parava o carro na porta da agência. – Se eu não voltar em cinco minutos, entre para me resgatar. – pedi a . Felizmente, o resgate não foi necessário. Eles me pagaram minhas duas semanas de trabalho sem protestos.
- mandou uma série de mensagens porque ligou para ela dizendo que Johnny está triste pelos cantos. – disse assim que entrei de volta no carro.
- Não tenho nada com isso. – respondi rápido e dei partida no carro.
- , o celular. – pediu. Apontei o porta-luvas e ela tirou o aparelho de lá. – Dedo. – ela me estendeu o celular e eu desbloqueei. Pela visão periférica, vi abrir o aplicativo de mensagens e clicar no grupo intitulado “Mulheres ricas”, onde estávamos eu, ela e , nossa melhor amiga e namorada do outro asiático que andava com Johnny. Eles eram o casal da saúde, da Enfermagem e da Medicina. – , sou eu. Noite das garotas hoje na casa da . Sabemos o assunto. – ela encerrou o áudio e eu lhe encarei quando parei em um sinal.
- O quê? – perguntei.
- Alguém precisa enfiar juízo na sua cabeça. A certamente vai fazer isso. – respondeu com os braços cruzados.
Como eu não tinha outra opção, me dei por vencida e segui para casa. Passei direto para o meu quarto, ignorando os chamados de minha mãe, e me joguei na cama.
- disse que vem para cá mais tarde. Aconteceu alguma coisa? – mamãe entrou no quarto. Murmurei algo incompreensível, a cara abafada pelo travesseiro. – Johnny passou aqui. – ela soltou de repente e eu pulei no lugar, virando o rosto para lhe encarar. Ela tinha conhecido Johnny na noite do baile de boas-vindas. Ele tinha ido me buscar e estava perfeitamente arrumado, o genro perfeito.
- O que ele queria? – perguntei atenta.
- Conversar com você. Ele estava triste, . – ela passou a mão na minha coxa. Revirei os olhos. Johnny era um bom ator. Além de fingir que não nos conhecíamos, ainda tinha enganado minha mãe. – Se quer tanto namorar, por que não vai lá e pede?
- Não quero. – menti. Minha mãe ergueu as sobrancelhas e me olhou como se não acreditasse em uma palavra do que eu disse. Nem eu acreditava.
- Vou preparar alguma coisa para vocês e vou voltar ao trabalho. – ela beijou meu rosto e saiu.
Passei a tarde jogada na cama e passou a tarde ao berros com minha irmã mais nova no quarto livre que mamãe chamava de sala de jogos. sabia quando eu precisava de espaço. Quando a escuridão preencheu o quarto, ouvi uma movimentação na casa e, de repente, vozes tomaram conta do lugar.
- Levanta daí e vai buscar guardanapos e copos, porque eu trouxe pizza e refri. – chegou gritando.
- Não quero. – resmunguei.
- Levanta, . – ela ordenou. – Para com isso. Quando eu te conheci, você era forte e decidida. O que aconteceu?
- A tem razão, . – minha irmã sentou ao meu lado na cama. – E o John é meio metido, mas tem o coração gigante. Ele gosta de você, dá pra ver. – ela riu.
- Tão meloso que quase me dá diabetes. – comentou e estremeceu o corpo.
- Se vocês não pararem de falar dele, eu vou tomar a pizza e o refri e vou expulsar vocês. – ameacei.
- Não está mais aqui quem falou. – ergueu as mãos agora livres da pizza, que repousava aos meus pés na cama.
Ficamos a noite toda jogando conversa fora. Os meninos eram assunto proibido. As meninas foram embora tarde da noite e prometemos nos encontrar no intervalo no dia seguinte. Eu estava mais tranquila, mas não mais encorajada a tomar uma atitude sobre Johnny.
***
Tentei encontrar todo mundo no intervalo, mas acabei ficando presa em uma das aulas. Um dos professores passou um trabalho para sala e tínhamos que terminar naquele dia.
- Antes que nosso tempo acabe, eu tenho uma notícia. – o professor anunciou. Todos esticamos o pescoço para lhe olhar. – Esse trabalho é só a primeira parte de um projeto de nota para o fim do período. Eu separei alguns temas e duplas e quero ver vocês trabalhando. – ele sorriu. Eu quis sair correndo. Aquilo não me cheirava nada bem.
- Professor. – Johnny esticou a mão. – Eu queria fazer meu trabalho com a .
- Mas eu... – iniciei e fui cortada pelo professor.
- E você vai, Suh. – ele anunciou e eu abri a boca, completamente incrédula. – Obviamente eu juntaria os dois melhores alunos em uma dupla.
- E onde fica a minha opinião? Não tenho voz aqui? – perguntei irritada.
- Calma, señorita. – Johnny sorriu e os pelos da minha nuca arrepiaram. Geralmente Johnny tinha uma péssima pronúncia de espanhol, mas quando ele me chamava de “señorita”... Eu precisava de um pouco de controle. A voz dele adotava um tom sensual e demandava tudo de mim para não ceder àquela voz grave.
Respirei fundo, vendo que não tinha outra alternativa, e, movida pela força do ódio, terminei o trabalho em sala primeiro que todos. Já tinha perdido mais da metade do intervalo e decidi que iria para casa, não aguentaria outra aula. Peguei o celular para avisar às meninas que estava saindo e vi uma mensagem de Johnny ali.
“Me espere para falarmos do trabalho.
XoXo”
Bloqueei a tela e fui para casa, minha irmã podia ir de ônibus. Entrei em casa, me joguei no sofá e fechei os olhos, cansada por antecipação. Não sei quanto tempo se passou, acho que dormi, mas me sobressaltei quando o celular tocou. Às cegas, peguei o aparelho e o levei ao ouvido.
- Oi. – atendi.
- Será que você poderia abrir a porta para mim, ? – Johnny perguntou.
- Não, Suh. – respondi.
- , seu ursinho está aqui fora, está ventando, frio. Pode abrir para mim? – ele perguntou manhoso. Céus, aquilo era demais para mim. A verdade é que eu estava com saudades dos lábios de Johnny. Levantei de má vontade e fui abrir a porta. – Precisamos conversar. – ele disse sério.
- Claro, temos um trabalho para fazer. – rebati de braços cruzados.
- Não estou falando do trabalho, . – seus dedos longos tocaram meu rosto e eu fechei os olhos para aproveitar o carinho. Senti o corpo de Johnny se aproximar e ouvi a porta se fechar com um baque. – me mandou uma mensagem. – ele disse baixinho.
- Ah, claro. – me separei dele e me joguei no sofá de novo.
- , por que você não falou comigo? – ele sentou ao meu lado, me encarando.
- Deus! Claro que não, Suh! – respondi.
- , eu achei que... sei lá! – ele respondeu exaltado, parecia nervoso. – Você é fechada, tem resposta ácida para todo mundo. – ele riu. – Achei que fosse... momentâneo. disse que eu apanharia de você quando fui te convidar para o baile.
- E eu não te bati, Johnny! Eu fui ao baile com você. Eu te dei um apelido carinhoso, eu quase briguei com a porque fiquei insuportável na semana do baile. – eu ri sem vontade. – E mesmo assim você continua me chamando de e agindo como se nada tivesse acontecido.
- ... – ele se aproximou mais, o rosto quase colado ao meu. – A noite do baile foi incrível. – um sorriso largo se abriu em seu rosto bonito.
- Mas não passou disso. – rebati.
- Eu não sabia como você ia reagir. Eu estava com medo de apanhar. – ele riu.
- Está com medo de mim, Suh? Olha o meu tamanho. Eu sou inofensiva. – venci toda a distância entre nós e passei uma perna sobre seu corpo, sentando em seu colo.
- Você pode ser baixinha, mas tem a mão pesada, . Os tapinhas que você me dá no braço doem. – ele levou as mãos ao meu quadril e apertou por cima do jeans.
- Você acha que eu seria capaz de te machucar? – perguntei e levei as mãos aos fios da sua nuca.
- Credo, vão para o quarto. – minha irmã entrou em casa e me olhou com cara de nojo.
- Por que já está em casa? – perguntei e desci do colo de Johnny, voltando a sentar no sofá.
- Um professor faltou. – ela deu de ombros. – Voltaram?
- Não tínhamos nada para acabar. Então não, não voltamos. – expliquei e encarei Johnny, afinal, não resolvemos nada. – Suh está aqui para um trabalho.
- Sei bem que trabalho vão fazer. – ela acusou. Johnny me olhou desconfiado. – Enfim, estou indo para a casa do meu namorado. Trabalho. – ela riu.
- Mamãe e papai sabem disso? – perguntei. A baixinha era impossível.
- Vão saber quando for a hora. – ela me lançou um beijo no ar e saiu.
- Bom, vamos aproveitar que estamos aqui e nos livrar desse trabalho. O professor me enviou o e-mail com o tema. Quero descanso. – levantei do sofá e comecei a ir em direção ao meu quarto.
- Mas ... – ele me olhou confuso.
- Vamos, Suh. – chamei com mais intensidade.
- E nós? – ele perguntou me seguindo.
- Temos um trabalho para fazer. – respondi de costas para ele.
- Não estou falando disso, . – ele entrou no quarto e fechou a porta. – Estou falando de nós. – suas mãos encontraram minha cintura e seu corpo se juntou ao meu. – Vamos, señorita. – ele sussurrou.
- Não faz isso. – pedi baixinho. – Você sabe que eu amo quando você me chama de señorita.
- Sei. É por isso que eu continuo. – ele disse ao pé do meu ouvido. – Eu preciso de você, .
- Eu devia estar fugindo de você, John. Você é perigoso. – ri, mas estava falando sério.
- Mas não vai. – ele afirmou.
- Queria que não fosse tão difícil resistir a você. – disse já mole pelo contato, as mãos de Johnny me apertavam cada vez mais contra si.
- Não resista, . – Johnny quase ordenou. Então eu voltei a pensar com clareza. Me soltei de seu aperto e caminhei até minha mesa de estudos. – Mas que...
- Temos um trabalho para fazer, Suh. – eu disse fria. Eu não me importava de ser chamada pelo sobrenome, mas quando Johnny fazia isso... me parecia imparcial, parecia que eu não era ninguém para ele. E talvez não fosse. Talvez eu estivesse sendo dramática, mas eu era assim mesmo.
- ... – Johnny choramingou.
- Trabalhar, Suh. – ordenei.
- Depois mais beijinhos? – ele pediu com um bico nos lábios cheios.
- Depois você vai para a sua casa. Minha mãe vai chegar a qualquer momento. – avisei. E a partir de então, me concentrei para não me perder em John Suh.
POV Off
Johnny POV
- Cara, eu não sei mais o que fazer. – resmunguei para ninguém em específico. Estávamos eu, e reunidos na minha casa.
- John, o que a mais detesta? – perguntou.
- Ser chamada de . – foi quem respondeu.
- Quem te disse isso? – perguntei incrédulo.
- . Ela disse que a odeia que você a chame pelo sobrenome. Ela sente que apaga tudo que viveram na semana do baile ou alguma coisa assim. – ele riu. Diferente de mim, que fiquei refletindo sobre suas palavras.
- Por que você não a convida para um encontro formal? – sugeriu. – Se ela não te agrediu até agora, isso não vai mais acontecer. – ele riu. – E, por Deus, Johnny, a chame pelo nome. Vai parecer mais que vocês são um casal e não que você é chefe dela.
- , pode descobrir para mim do que a gosta? – pedi.
- Own, ele chamou ela de . – debochou.
- Johnny, você está enrolado com a tem três semanas e não sabe do que ela gosta? – perguntou e eu confirmei com a cabeça. – Então desista desde já. Você nem se deu o trabalho de tentar conversar. Fala sério, Johnny! – ele levou as mãos à cabeça, como se eu fosse um caso perdido. E talvez eu fosse.
- Vai me dizer que sabe de tudo o que a gosta. – perguntei.
- É claro que sei do que ela gosta. Diferente de você, eu uso a boca para conversar também. – ele rebateu e eu encolhi no lugar.
- Vocês não têm um trabalho para fazer? – perguntou para acabar com a bronca que eu estava levando.
- Já fizemos. No mesmo dia em que o professor passou. – suspirei cansado. – Parece que ela queria se livrar de mim.
- Talvez quisesse. – alfinetou e eu lhe dei um soco no braço. – Ai, não precisa me agredir por ser sincero. Você nem sabe do que ela gosta e fica me batendo como se a culpa fosse minha.
- tem razão. – enfatizou.
- OK, OK. Eu vou descobrir sozinho o que fazer. Não preciso de vocês. – levantei do sofá onde estava sentado e saí. Precisava tomar uma atitude.
***
Entrei no campus pedindo a todos os heróis para encontrar alguém que pudesse me ajudar. Distraído e procurando o número de alguém no celular, acabei esbarrando em uma pessoa.
- Olha por onde... – uma voz feminina gritou e a pessoa de cabelos curtos e cinzentos, como os de quando a conheci, virou para me encarar. – Ah, é você.
- Nossa, . Consegui sentir sua decepção daqui. – comentei.
- Eu estou de saco cheio do seu casinho com a . Quando pretende mudar isso? – ela perguntou e cruzou os braços sobre o peito em uma pose intimidadora.
- O mais rápido possível. Vamos, me ajude. – quase implorei.
- O que quer, Suh? – ela formou um bico de desgosto.
- Só responda um ou outro. Sobre a ... – respirei fundo e ela expressou um sorriso mínimo. – O que ela prefere, café ou chá?
- Café. – ela respondeu sem piscar.
- Nossa, que rápida. Cinema ou parque? – perguntei de novo.
- Cinema, mas nada de terror ou de atrapalhar o filme. Ela vai te bater. Se insistir no parque, nada de roda-gigante. A única coisa alta da qual ela gosta é você. – ela riu. Senti o rosto esquentar com aquelas palavras. – Você corou, Johnny. Que fofo. Vamos, continue. Estou adorando.
- OK. Restaurante ou fast food? – essa era uma pergunta importante.
- Pizza. E batatas-fritas. E nem sequer pense em roubar as batatas dela... – ela alertou.
- Já sei, posso apanhar. – completei.
- E vai. Continue. – incentivou.
- Dia ou noite? – essa poderia decidir a programação. respirou para responder e o sinal da primeira aula tocou.
- Noite e frio. E ela adora cães. Agora eu tenho que ir, John. Não faça merda. – ela deu um tapinha em meu peito e saiu sem que eu pudesse dizer ao menos obrigado. Com as informações necessárias, eu tinha o plano perfeito. Tomei o celular nas mãos novamente e digitei uma mensagem para , esperando não estar bloqueado.
“Está livre sábado à tarde? Precisava conversar com você sobre uma coisa.
Baby bear.”
A resposta não demorou.
“Baby bear foi quase ridículo. Mas sim. Estou livre. Te espero na minha casa?”
De preferência na cama e sem as roupas, pensei. Mas achei melhor não enviar.
“Sim. Eu passo lá.”
Finalizei com um emoji de beijinho e fui para a aula. O dia era perfeito, nossas aulas eram diferentes naquele dia, eu teria tempo para planejar a nossa tarde de sábado.
***
O sábado amanheceu ensolarado e eu acordei nervoso. Juntei tudo o que ia precisar naquela tarde, tomei um belo banho, me arrumei, perfumei e saí para almoçar em algum lugar. Passei em um dos meus destinos e na casa de (contando com uma ajudinha de sua irmã) antes de chegar ao restaurante. Comi devagar, nervoso. Às duas da tarde, avisei a que estava indo. Assim que estendi a mão para bater em sua porta, ela se abriu e saiu de lá, linda, de saia preta, uma blusa curtinha, tênis brancos e um casaco.
- Ah... Oi. – cumprimentei sem jeito.
- Está impossível ficar lá dentro. – ela fechou a porta atrás de si. – Podemos ir para outro lugar?
Eu quis saltar de felicidade. A oportunidade não poderia ser mais perfeita. Tinha que agradecer à baixinha barulhenta pelo pequeno pandemônio que ela tinha causado na casa.
- Claro. Vem, eu quero te levar a um lugar. – sorri e ela sorriu de volta. A guiei até meu carro e dirigi até sua cafeteria favorita, informação dada por . – Eu nunca te vi com essa saia. – tentei quebrar o clima.
- Eu só uso em dias muito quentes, como hoje. – ela respondeu, parecia nervosa. Coloquei minha mão sobre a sua, que repousava em seu colo, e ela não recolheu a mão. Esse pequeno gesto me fez sorrir abertamente.
- Chegamos. – anunciei quando parei o carro em frente à cafeteria.
- Por que estamos aqui? – ela perguntou confusa.
- , a verdade é que... Eu queria te chamar para sair, mas não sabia como fazer isso. Então eu dei um jeitinho. – confessei. – Tenho que agradecer a sua irmã pela bagunça que ela causou.
- Isso... Isso é um encontro? – ela perguntou nervosa, me encarando intensamente.
- Sim. E eu espero que você não queira desistir, porque a tarde já está planejada. – declarei.
- Johnny... – ela respirou fundo e meu coração acelerou. – O que eu faço com você? – ela riu e eu pude respirar aliviado.
- Aceitar tomar um café comigo já é um começo, señorita . – exagerei no sotaque só para vê-la sorrir e me chamar de idiota. – Vamos?
Saí do carro e dei a volta para lhe abrir a porta.
- Você tem noção de que acabou de ativar meu modo viciada, não é? – ela perguntou quando desceu e enroscou o braço ao meu.
- Sei. Fui avisado sobre seu gosto sobrecomum por café. – comentei e ela corou. – Peça o que quiser e vamos. Não podemos nos atrasar.
franziu as sobrancelhas e me encarou. Pediu um cappuccino e um caramel macchiato, grandes, e algumas bolachinhas doce, e virou para me encarar, a sacola das bolachas presa entre os dedos, dois copos enormes nas mãos e um sorriso gigante no rosto. Ponto para mim, começamos bem.
- Qual desses é o meu? – perguntei apontando para os copos.
- Nenhum. Os dois são meus. – ela riu, mas estava falando sério. – Para onde vamos? – ela perguntou enquanto andava até o carro, tentando não derramar o conteúdo dos copos.
- , você confia em mim? – perguntei enquanto lhe ajudava a entrar no veículo. Ela me olhou séria.
- Eu não deveria. Mas sim. – confessou com um suspiro.
- Ótimo. Então só aproveite a tarde e não pergunte. Vai estragar as surpresas. – eu ri, de puro nervosismo. Ela estreitou os olhos na minha direção e passou a beber seus cafés em silêncio enquanto seguíamos para o nosso próximo destino. Em certo momento, senti algo doce de encontro à minha boca, e não eram os lábios de . Ela gentilmente me oferecia uma de suas bolachas que havia comprado na cafeteria. Aceitei de bom grado e acabei por me sujar com os farelos.
- Quantos anos você tem, cinco? Olha a bagunça, Johnny. – ela riu e tentou me limpar enquanto eu dirigia, seus dedos resvalando em meu rosto. Selei seu polegar quando ele tocou meus lábios e ela recolheu a mão. – Preste atenção ou vamos acabar batendo.
Ela ligou o rádio e conectou o celular a ele, como se tivesse feito aquilo a vida toda, ou como se tivesse a intenção de continuar fazendo. Cantei algumas músicas com ela e rimos juntos até o destino seguinte.
- Por que estamos no shopping? – ela perguntou confusa. – Não me diga que vamos fazer compras.
- Não foi dessa vez, . – fiz uma expressão decepcionada e ela me seguiu. – O cinema fica aqui.
- Eu quero deixar claro que isso é um encontro, mas se você atrapalhar meu filme, John Suh... – ela ameaçou.
- Eu quero ver esse filme tanto quanto você. Dizem que a fotografia dele é incrível. Então se você atrapalhar meu filme, ... – devolvi a ameaça.
Comprei nossas entradas, pipoca para nós (2 baldes, era uma máquina de devorar pipoca), refrigerante e fomos tomar nossos lugares. Passei o braço pelo ombro dela, mas a posição parecia desconfortável.
- Você está muito longe. Maldita divisão. – resmunguei irritado e ela riu.
- John, existe uma tecnologia muito avançada que você não conhece. Preste atenção. – ela ordenou e levantou a peça que dividia nossas cadeiras, se aconchegado em meu peito em seguida.
- Por essa eu não esperava. – sorri e lhe acomodei junto a mim. Assistimos ao filme em silêncio, comentando brevemente algumas partes. Ela levava cinema a sério, por isso, nem arrisquei nada. Assim que o filme acabou, juntei nosso lixo e a tomei pela mão, praticamente correndo para fora da sala.
- John, por que estamos apressados? Minha saia está voando, vá devagar. – ela reclamou.
- Vamos perder a reserva, . O filme demorou mais que o esperado. – esclareci. Corremos até o carro e eu dirigi até a melhor pizzaria da cidade, no alto de um prédio, com vista para o céu e luzes enfeitando o lugar. Assim que subimos, ela parou para observar ao redor, era realmente bonito.
- Eu não acredito que me trouxe aqui. – ela sussurrou.
- Claro que trouxe. Para a minha garota, sempre o melhor. – a abracei por trás e beijei sua cabeça.
- Melhor não me acostumar mal, Suh. – ela rebateu.
- Estou te acostumando bem, com o você merece. – expliquei e ela virou no abraço para me roubar um selinho.
- Obrigada. Você tem sido incrível hoje. – ela sorriu.
- Hoje? Poxa, , eu esperava mais. – fingi uma expressão triste.
- Bobo. – ela riu com vontade e me roubou outro selinho. Até tentei ter um beijo de verdade, mas o garçom nos abordou para nos levar até nossa mesa. – Ah, com licença. – segurou o garçom pelo braço. – Será que você poderia fazer a gentileza de tirar uma foto? – pediu envergonhada.
- Claro, senhorita. – o rapaz sorriu simpático demais e eu fechei a cara para ele. apoiou uma mão em meu peito e me obrigou a lhe olhar.
- Desfaça essa cara, Johnny. Vai ficar horroroso na foto. – ela apertou minha bochechas e eu formei um bico involuntário. – Agora me dê um beijinho. – fiz o que ela pediu, mas ainda olhando para o garçom que clicava no celular e ria. As fotos iam ficar incríveis. – Johnny, vamos! – ela riu também.
- Desculpa. – selei seus lábios demoradamente, tempo suficiente para uma foto.
- Aqui está. – o garçom devolveu o celular e saiu.
- Você assustou ele. – riu baixinho.
- Que bom. – respondi.
- Não sabia que você fazia a linha ciumento. – ela alfinetou.
- Nem eu. – completei baixinho.
- Bom apetite. – o garçom voltou pouco tempo depois com o nosso pedido. Estreitei os olhos para ele outra vez. agradeceu por nós e começou a comer. Alguém era fã de pizza. Depois de comer até quase explodirmos, decidi levar para casa, faltava a última surpresa da noite.
- O que está errado? – perguntei quando vi sua expressão de decepção.
- Não tinha batata-frita. – ela resmungou.
- Você acabou de comer na melhor pizzaria da cidade e está reclamando por que não tem batata? Céus, o que eu faço com você, ? – perguntei rindo.
- John, tem um drive-truth no caminho para a minha casa, podemos passar lá? – ela perguntou animada.
- Você já quer ir para casa? – perguntei fingindo decepção.
- Ah... Você tinha outros planos? – tinha cautela e incerteza em seu tom de voz.
- Bom... Tinha. – menti. – Mas podemos ir para casa.
- John, eu não... – ela iniciou, mas eu a calei com um selinho.
- Vamos comprar suas batatas e vamos para casa. Ainda tenho uma surpresa para você. – tentei tranquilizar e ganhei um sorriso em resposta. Mais uma vez, a música preencheu o carro durante o trajeto. Compramos as fritas e dois milkshakes (me pergunto onde ela colocava tanta comida) e fomos para casa. Encontramos a irmã dela na porta, com uma mochila nas costas.
- Aonde vai? – perguntou preocupada.
- Aonde acha que vou? – a baixinha perguntou e revirou os olhos. – Exato. Mamãe está no plantão e papai, bom, só chega daqui dois dias, você sabe. E você me deve vinte pratas, Suh. – ela apontou para mim e beijou o rosto da irmã. – Boa noite. – e saiu quase saltitando até o carro parado rente à calçada.
- Essa garota é impossível. – suspirou.
- Vamos, pequena. Sua surpresa está te esperando. – lhe incentivei a entrar. Ela abriu a porta com cuidado e estancou no lugar ao ver um filhote de pug deitado em uma caminha rosa, com um laço enorme no pescoço enrugado.
- Johnny... é um doguinho! – ela parecia incrédula, mas correu para pegar o filhote no colo. – Mamãe nunca vai concordar com isso.
- Ela já concordou, baby. Confie no meu poder de persuasão. – me vangloriei.
- Ah, Johnny. Seu ego vai nos sufocar. – ela reclamou.
- Esse laço vai sufocar a “doguinha”. – fiz as aspas no ar. se preparou para tirar a fita e enfim notou o bilhete preso ali, ideia da minha cunhada. Nele tinha escrito um “namora comigo?” na minha caligrafia horrorosa.
- Eu devia te bater. – ameaçou. – Mas você merece um beijo.
- Você... Aceita? – perguntei com cuidado.
- Claro, seu idiota! – ela se jogou em meus braços ainda segurando o filhote e me beijou com vontade, seus lábios se encaixando aos meus como as peças perfeitas de um quebra-cabeças. Nos separamos quando o filhote chorou entre nós.
- Sem manifestações exageradas na frente das crianças, . – caminhei com ela até o sofá e sentei, a puxando para o meu colo. Ela sentou de lado e passou um braço por meus ombros. – Como ela vai se chamar?
- Eu pensei em Luna. O que acha? – ela perguntou acariciando a testa da pequena.
- Luna Suh. – respondi e fiz um carinho na cara enrugada de Luna.
- Acho que Suh fica melhor. – ela refletiu.
- , temos regras aqui e o nome do pai sempre vem por último. – expliquei e ela entortou a cara. – Se nos casássemos, você seria Suh.
- Se nos casássemos, eu continuaria sendo apenas . Eu tenho essa opção, John Suh. – ela rebateu orgulhosa.
- Ok, señorita que não quer ser Suh. – impliquei.
- Eu poderia ser uma Suh, mas não necessariamente adotar seu nome. Dá trabalho. – ela resmungou.
- . – chamei baixinho e ela me encarou. – Você... Se casaria comigo? – perguntei sem conseguir controlar.
- Por isso demorou a me pedir em namoro, para já vir com o pedido de casamento junto? – ela perguntou debochada e eu me arrependi amargamente de ter perguntado.
- Foi uma pergunta estúpida, me desculpe. – passei a dar atenção a Luna, com vergonha de mim mesmo.
- Ei, eu estava brincando. Me desculpe. – ela segurou meu rosto com suas mãos pequenas. – A resposta é sim. Guarde isso, OK?
Apenas confirmei com a cabeça e ela aproveitou nossa proximidade e me beijou de novo, lenta e calma, como se estivesse me descobrindo. Minha mão livre repousou em sua cintura e eu tentei nos aproximar mais, queria mais contato, mais dela. Porém, Luna não estava colaborando. Ela choramingou e puxou minha camisa com os dentinhos pequenos.
- Luna, você não está colaborando com o papai hoje. – ralhei e ganhei uma lambida no pulso que repousava no colo de .
- Muito bem, filha. Papai não pode avançar o sinal hoje. – acariciou entre os olhos esbugalhados de Luna.
- Não? – perguntei confuso.
- Não, Johnny. – ela respondeu e corou. Analisei seu rosto, tentando entender o porquê.
- Ah, saquei. – aqueles dias... – Melhor eu ir. – incentivei a levantar, mas ela se agarrou a mim.
- Não vai, por favor. Não quero dormir sozinha aqui. – choramingou no meu ouvido. Que espécie de namorado eu seria se negasse um pedido daqueles?
- Tudo bem. Vamos, você deve estar cansada. – a incentivei a levantar e peguei Luna com uma mão, sua caminha com a outra e bati levemente a almofada da cama na bunda de , enquanto caminhávamos para o seu quarto. Obviamente, recebi um chute na canela, em troca do meu atrevimento.
- Coloque a cama da Luna no chão, ela vai dormir lá. Eu vou tomar um banho. – ela anunciou. Revirou o guarda-roupa e carregou alguns pertences em direção ao banheiro. Saiu trinta minutos depois, com o cabelo enrolado no alto da cabeça, ainda seco.
- Você não ia tomar banho? – perguntei para provocar.
- E tomei, seu idiota. Só não molhei o cabelo. Agora vá, não quero dormir com ninguém fedendo. – ela ordenou.
- Mas eu não tenho roupa. – lembrei.
- Eu te empresto uma das minhas camisas. – ela disse já remexendo nas roupas.
- E eu vou vestir o que embaixo? – me aproximei e perguntei com a voz sensual no seu ouvido. Sua pele se arrepiou, como se funcionasse pelo comando da minha voz.
- Eu vou pensar em alguma coisa. Vai, Johnny. – ela quase gritou. Minhas técnicas de sedução não funcionariam mesmo.
Vencido, fui para o banheiro. Tomei um banho frio para acalmar os nervos e comecei a secar o corpo, quando a porta se abriu de repente e entrou carregando uma boxer escura, seguida por Luna em seus pés.
- , bata na porta! – exclamei assustado. Ela me olhou de cima a baixo com uma expressão de incredulidade.
- Eu já vi tudo isso. Não adianta esconder. – disse simples. – Eu acho que não vai servir em você, mas não custa nada tentar. Está novinha. – ela me estendeu a boxer.
- Por que você tem uma boxer nova? – perguntei desconfiado.
- Eu compro para mim. São confortáveis. – ela deu de ombros e ficou plantada, me observando.
- Pode sair para eu me vestir? – perguntei.
- Johnny, por favor. Não banque a garotinha tímida. Eu já te vi sem roupa. – ela riu. – Ou não se lembra? Quer que eu refresque sua memória? – ela adotou um tom sensual e eu estava definitivamente perdido. colou o corpo coberto por um shortinho e uma camiseta do Mario Bros ao meu, nu e parcialmente coberto pela toalha. – Use sua voz de pai e mande Luna sair. – ela ditou, as mãos ameaçando puxar a toalha.
- Luna. – chamei grave e os olhinhos da pug se fixaram em mim. – Saia.
Luna entortou a cabeça para a direita e, de repente, saiu do banheiro. correu e fechou a porta.
- Muito bem, Suh. Mas não ouse usar essa voz comigo. – ela sorriu. – Agora largue essa toalha. – ordenou. Neguei com a cabeça. – Johnny, sua namorada só quer cuidar de você. – seus dedos ágeis buscaram meu corpo pelas laterais da toalha e tocaram meus mamilos sensíveis.
- , você não pode. – tentei pará-la.
- Mas você pode, John. Não é justo eu te privar disso. – seus dentes rasparam em meu queixo e eu arfei. Eu queria aquilo, mas queria com ela.
- ... – tentei reclamar.
- Johnny, me deixe fazer isso. – ela pediu sincera. Derrotado, larguei a toalha para segurar seu rosto e receber um beijo quente.
Ela começou a roçar os seios durinhos em meu corpo e meu amigo começou a despertar. Agarrei sua bunda com força e impulsionei seu corpo para que ela se sentasse na pia, encaixando meu corpo entre suas pernas, que se enrolaram em minha cintura, me puxando mais para si. ondulou o corpo de encontro ao meu membro descoberto e nós dois gememos alto. Sua mão se deslizou por entre nossos corpos e seus dedos buscaram meu pau, apertando a glande devagar. Ela ondulou o corpo contra o meu outra vez e gemeu alto.
- Johnny... Mais disso, por favor. – ela pediu. Forcei meu membro em sua intimidade coberta. – Oh, sim.
- ... Nós podemos fazer isso? – perguntei incerto.
- Eu espero que sim. – ela se pressionou contra mim. – Porque eu quero mais.
A segurei pelo quadril, rodei no banheiro, a pressionando contra a parede, e comecei a me movimentar como se lhe penetrasse. gemia tão alto, que eu achei que realmente estivesse dentro dela. Mas era só o roçar dos nossos corpos que parecia prazeroso demais. Suas unhas encontraram minhas costas nuas e ela tremeu em meus braços quando alcançou o ápice. Deixei que ela tocasse os pés no chão e me separei minimamente dela com cuidado.
- Você tá bem? – perguntei, a testa colada na sua.
- Não podia estar melhor. Mas você não parece bem. – ela comentou e deslizou as mãos pelo meu corpo que já estava suado de novo.
- Você vai cuidar de mim, señorita? – perguntei e mordi o lábio inferior.
- Claro que eu vou cuidar do meu namoradinho. – ela sorriu maliciosa e começou a deslizar as costas pela parede, se ajoelhando na minha frente. Senti seus lábios bem abaixo do meu umbigo e soltei o ar com força.
- Pare de me provocar, garota. – pedi.
- Mas eu nem comecei. – ela sorriu arteira e beijou a ponta do meu membro, passando a língua no lugar bem devagar.
- ... – chamei de novo e segurei seu queixo. – Vamos, por favor.
- Você é impaciente, Suh. – ela reclamou colocou meu membro na boca, a língua áspera e quente me recebendo deliciosamente. Ela começou um vai e vem lento e, sem conseguir controlar, comecei a estocar sua boca com força medida. Suas unhas arranharam minhas coxas e eu gemi mais alto.
- ... Eu estou vindo. – avisei. Ela me tirou de sua boca e eu resmunguei irritado. Sua mão logo tocou onde antes estava sua boca e os movimentos reiniciaram.
- Vem, John. – ela ordenou com a boca colada na minha. Mordi o lábio para não gritar e ganhei um arranhão doloroso na barriga. – Geme. – ela ordenou e intensificou os movimentos. Comecei a gemer igual a um garotinho na puberdade e quase gritei quando gozei, sujando minha barriga e a mão de .
- Droga. – reclamei quando vi a sujeira que tinha feito.
- Se limpa e vai deitar. Quero me limpar também. – ela riu.
- , como você... – deixei a frase no ar. Eu nem tinha tocado nela e ela tinha gozado com tanta força que quase não consegui segurá-la.
- A gente sente muito tesão nesse período, John. – ela piscou e saiu do banheiro, segurando Luna para que ela não entrasse. Tomei um banho rápido e vesti a boxer que ela me deu. Estava um pouco apertada no... Bom, ia ter que servir. Saí com a toalha enrolada nos ombros e encontrei minha menina sentada no chão, com Luna deitada ao seu lado.
- Vai tomar banho e vem deitar. Eu tô exausto. – fiz um bico. passou por mim e deu um tapa dolorido em minha bunda, rindo como uma criança enquanto ia para o banheiro. Vesti a camisa que encontrei largada na cama e deitei para lhe esperar. Dez minutos mais tarde, ela saiu do banheiro com um forte cheiro de lavanda, fez um carinho no focinho de Luna e se jogou praticamente cima de mim.
- Obrigada por hoje. – ela agradeceu tímida.
- Tudo por você. – respondi e selei seus lábios.
- Eu te amo. – ela confessou baixinho e um sorriso cresceu no meu rosto.
- Eu te amo. – repeti suas palavras. A sensação era ótima. Acomodei minha pequena em meus braços e adormecemos com um aquecendo o outro na nossa primeira noite como namorados.
***
Duas semanas depois...
Estava entrando no campus quando fui parado por uma que me estapeou no braço.
- O que você fez com minha amiga? – ela perguntou irritada.
- Ela pegou um trabalho e ficou em casa para terminar. – respondi massageando o braço. – Ela quer se livrar antes de viajarmos amanhã. E temos que pagar o hotelzinho da Luna enquanto estamos fora.
- Eu esqueci que agora vocês têm uma filha. – riu atrás da namorada.
- Antes Luna que um bebê. Com quem deixaríamos? Com a madrinha? – perguntei olhando para .
- A madrinha certamente seria a . E melhor não. – ela riu.
- Enfim, se for urgente, ligue para ela. Tenho que ir pegar nossa matéria. – apertei o nariz de , recebendo outro tapa no braço, cumprimentei e segui para a sala. Seria um longo e tedioso dia de aula.
♡-♡
Combinei com que dormiria lá e sairíamos no sábado pela manhã. Acabei tendo que ir ajudá-la com o trabalho freelance ou ela não terminaria a tempo, o cliente era um idiota. Foi preciso que eu intervisse para que ele aceitasse as ideias de . Ela, claro, estava possessa.
- É por isso que eu não aceito trabalho de clientes homens, Johnny. Só aceitei por causa dessa viagem. Precisava desse dinheiro. – ela estava sentada no centro da cama, com um balde de pipoca, comendo furiosamente, Luna deitada ao seu lado, esperando que alguma pipoca caísse para que ela pudesse comer. Para mim, só restou sentar no chão, ao lado da cama. A mãe de tinha me trazido pipoca em um balde separado. Eu não seria louco de tentar roubar dela.
- Amor, fica calma. – pedi tentando não rir.
- Eu insisti na ideia por duas horas e ele só aceitou porque você falou, Johnny! – ela gritou e Luna pulou de susto, caminhando na cama e tentando descer por meu ombro. Peguei a pequena e a coloquei no colo. – Odeio isso. Homens, por que tão idiotas?
- , eu estou aqui. – lembrei a ela.
- Ai, John. Me desculpe. – ela se esticou e selou meus lábios salgados. Só então viu Luna no meu colo. – Como você foi parar aí, mocinha?
- Você assustou ela e ela praticamente se jogou da cama. – expliquei.
- Estou mais calma. Me desculpe pelo surto. – ela pediu, as bochechas vermelhas.
- Vamos falar sobre amanhã. – mudei de assunto. Coloquei o balde vazio e Luna no chão e fui até minha mochila, com minhas roupas para a viagem. – Vou precisar que use isso. – mostrei a ela uma aliança prateada, como a que eu tinha no dedo e que ela nem sequer tinha reparado.
- Anel de compromisso, Johnny? – ela sorriu.
- Mais que isso... O hotel onde ficaremos hospedados só aceita casais casados. Então eu meio que disse que éramos casados. – sorri sem graça.
- Johnny Suh! Eu não acredito que você mentiu para conseguir um quarto. – ela gritou e riu.
- Nós quase tivemos certidão de casamento, baby. Mas, felizmente, eu disse que você não tinha mudado de nome e estava em posse da certidão. E como eu mencionei que queria te fazer uma surpresa, eles dispensaram. – expliquei e sentei ao seu lado na cama.
- Você ia falsificar uma certidão de casamento, Johnny Suh? – ela perguntou e eu confirmei com a cabeça. Aquilo nem era tão difícil. – Será que eu posso realmente confiar em você? – ela perguntou divertida.
- Claro, baby. Eu te amo e nunca mentira para você. – respondi firme e selei seus lábios.
- Eu também te amo, senhor Suh. – ela sussurrou e sorriu. Era naqueles momentos que eu me sentia um idiota por não tê-la pedido em namoro antes. Tirei seu cabelo desbotado de seu rosto e a beijei devagar, tentando demonstrar tudo o que eu sentia. Quando tentei algo a mais, se separou de mim. – Dormir, senhor Suh. Amanhã temos que levar a Luna pro hotelzinho cedo. Vai se aprontar para dormir. Sua calça tá no guarda-roupa. Cuidado para não pisar na Luna.
Ela se deitou rindo. Eu era uma piada. Tinha pisado na patinha de Luna sem querer e não era capaz de dizer quem fez mais drama, ela ou .
Juntei os baldes de pipoca e levei para a cozinha, o meu com sobras e o dela completamente vazio. A mãe de riu e negou com a cabeça, me desejando boa noite. Voltei para o quarto e fui direto para o banheiro. Fiz minha higiene e voltei para a cama. mal esperou que eu deitasse e se aconchegou em meu peito.
- Não vai escovar os dentes, porquinha? – perguntei tentando tirar seus cabelos de perto dos meus dedos.
- Fiz isso enquanto você estava na cozinha. – ela me beijou rápido para que eu sentisse seu hálito fresco.
- Boa noite, senhora Suh. – desejei e ri de sua careta.
- Boa noite... Esposo. – ela sorriu e a sensação que a palavra “esposo” me causou... Eu não sabia explicar. Beijei o topo de sua cabeça e dormi, ansioso pelo dia de amanhã.
♡♡♡
Senti mãos na minha barriga por baixo da camisa e me virei na cama para abraçar... O travesseiro. Abri um olho para espiar e vi sentada sobre os calcanhares, um joelho de cada lado do meu corpo, quase roçando em mim... Meu membro semidesperto fisgou com a visão.
- Bom dia, meu amor. – ela sorriu. – Levanta e se arruma. O café tá pronto e nós estamos atrasados. – ela baixou o corpo e beijou meu maxilar, raspando os dentes ali.
- Não me faça desistir da viagem. – murmurei.
- Você nos casou e agora quer desistir? Nem pensar, Suh. Levanta. – ela ordenou e bateu na minha bunda. Devia ser alguma espécie de fetiche, não sei. Ela se afastou, já arrumada e saiu do quarto, levando Luna consigo. Me arrumei rapidamente e saí com nossas mochilas. No balcão da cozinha, tinha uma infinidade de comidas.
- Eu não vou conseguir comer isso tudo. – brinquei.
- Isso é para levar. Seu café está ali. – ela apontou para algumas torradas e para a cafeteira.
- Amor, a gente só vai ficar no carro por duas horas. Não precisa disso tudo. – expliquei e roubei um sanduíche, mordendo antes que ela pudesse reclamar. estreitou os olhos na minha direção e eu percebi que tinha irritado a fera. – OK, me desculpe. Eu vou comer rapidinho e vamos. Apronte a Luna.
Engoli o café, arrumamos o carro e saímos. Deixei Luna no hotelzinho e peguei a estrada para o nosso hotel, em uma praia distante duas horas da nossa cidade. conectou o celular ao som e começou a cantar. E seguiu assim até que chegássemos.
- Está pronto, senhor Suh? – ela perguntou divertida.
- Estou, senhora Suh. – respondi, ganhando uma careta de reprovação. Ela sempre fazia isso. Saímos do carro e demos as mãos, as alianças reluzindo em nossos dedos. – Johnny Suh e . – disse à recepcionista.
- O senhor da surpresa. Bem-vindos. São recém-casados? – ela perguntou sorrindo.
- Três meses. – foi quem respondeu. – Fomos feitos um para o outro. – ela colou a testa à minha e me roubou um selar.
- Eu seria intrometida se perguntasse por que não adotou o nome do seu marido, senhora ? – a recepcionista perguntou e arqueou uma sobrancelha em sua direção.
- Eu venho de uma família de mulheres fortes, senhorita. Não precisamos mudar de nome para dizer que somos casadas. – respondeu e eu mordi a boca para não rir. Ela merecia o Oscar. A recepcionista murchou o sorriso e nos entregou nossa chave.
- Ela ficou traumatizada. – comentei enquanto íamos para o quarto.
- Foi para ela aprender a deixar de ser intrometida. – ela formou um bico de reprovação.
Depois de nos acomodarmos, trocamos de roupa e fomos aproveitar o resto do dia na praia. literalmente fritou na areia, enquanto eu fiquei debaixo do guarda-sol, observando a pele morena dela, em um biquíni azul-marinho, ficando cada vez mais bronzeada.
- , isso não vai te fazer mal? – perguntei preocupado.
- Tem muito Sol de onde eu venho. Estou acostumada. – ela riu. Sentou no lugar e afastou a alça do biquíni, revelando um contraste de pele incrível. – Acha que bronzeou? – perguntou e tentou olhar. Minha boca secou de repente. Eu só queria tirar as peças dela ali mesmo e ver como tinham ficado as marquinhas.
- O que acha de voltarmos para o quarto? Assim eu posso ver melhor. – sugeri. Ganhei uma gargalhada em resposta.
- Não viemos até aqui para ficar trancados no quarto, transando como coelhos no cio, Suh. – ela alfinetou.
- Não? Eu achei que era isso que recém-casados faziam. – fingi uma expressão de dúvida. levantou da toalha onde estava sentada, limpou o pouco de areia do corpo e caminhou até mim, sentando em meu colo, com as pernas uma de cada lado do meu corpo. Uma de suas mãos se apoiou em meu peito e a outra foi direto puxar os fios da minha nuca.
- Se um dia nos casarmos de verdade, eu não vou te deixar sair do quarto por três dias, Suh. – ela ameaçou com uma voz sensual e meu sangue bombeou rápido para um único local. – Se for preciso, eu vou te amarrar na cama. Eu fui clara? – rebolou sobre mim e meu pau fisgou, dolorido.
- Como água. – respondi rápido.
- Ótimo. Vem se molhar. – ela saiu do meu colo e eu tive que puxar a toalha para cobrir a ereção que se formava ali. Vergonhoso, eu sei. Ver correndo para o mar com a bunda moldada pelo biquíni não me ajudou em nada. Respirei fundo, tentei ajeitar o volume ali e, desconfortável, andei ao seu encontro.
- Você não pode fazer isso e sair, querida. – me abracei às suas costas e pressionei meu quadril em sua bunda. Ela se virou no abraço e olhou para os lados. Estávamos sozinhos.
- Você quer tanto isso? – seus dedos rápidos entraram por meu short e encontraram minha ereção, o polegar pressionando a ponta com movimentos circulares.
- Faz isso por mim, . – pedi manhoso. Sua mão subiu e desceu por minha extensão e eu segurei um gemido.
- Estamos no meio do mar, John. Não é arriscado? – ela perguntou sem parar os movimentos. Linda e safada, do jeito que eu gosto.
- Ser arriscado deixa mais gostoso. – a resposta foi inconsciente. Segurei firmemente pela cintura e nos levei um pouco mais para dentro, sua mão trabalhando mais rápido, a sensação de perigo me dominando. – Só mais um pouco, . Não pare. – pedi. Ela intensificou os movimentos e a pressão e eu gozei tendo que segurar um grito. – Você me faz sentir um adolescente na puberdade.
- Você está mesmo parecendo um. – ela riu. – Isso é tesão acumulado. Sua antiga namorada não dava conta? – ela se abraçou mais a mim, com medo de afundar. Baixinha...
- Você se acha muito confiante, . – levei minhas mãos até sua bunda e apertei com força. – Quero ver sua confiança quando eu te deixar toda molinha na cama mais tarde. – roubei um selar e ouvi seu arfar baixinho.
- Não prometa se não vai cumprir, Suh. – ela riu de lado. Petulante.
- Eu só não vou acabar com essa sua pose agora, porque preciso que você esteja apoiada para eu poder colocar a força certa. – rebati firme e lhe beijei com violência. Ela respondeu na mesma intensidade e se pressionou contra mim.
- John, me leve para fora. – ela pediu. – Você vai acabar me afogando aqui. E eu tenho que fazer umas compras. Temos o luau hoje.
Saímos da água e perdemos a tarde toda comprando. aceitou um único presente meu, uma pulseira de casal. Voltamos ao quarto e eu tomei um banho rapidinho. demorou horrores, mas compensou a demora quando saiu, o cabelo desbotado em cachos, uma saia de cintura alta e curtinha, o tecido suave ameaçando voar a qualquer momento, e uma blusinha preta, que se prendia em seu pescoço e às suas costas, o bronzeado dos seios em evidência.
- , você tem certeza que vamos jantar? – perguntei lhe olhando de cima a baixo.
- Claro que tenho. Coloque essas suas pernas enormes para trabalhar e vamos. – ela pegou os pertences, calçou uma sandália e saiu rebolando, praticamente me obrigando a lhe seguir.
Passei a noite toda de olho nela e naquela sainha, entortando a cara sempre que algum engraçadinho tentava se aproximar. dançava feliz e se divertia com algumas pessoas próximas, sempre piscando para mim ou roubando um beijinho. Tarde da noite, resolvemos voltar para o quarto. Passei direto para o banheiro e quando voltei, encontrei jogada na cama, de bruços, a bunda exposta pela saia que tinha subido. A oportunidade perfeita.
Me aproximei silenciosamente e tirei suas sandálias. Comecei a massagear suas panturrilhas e ela gemeu satisfeita. Subi as mãos e apertei a carne farta de sua bunda, ganhando outro gemido em resposta. Desfiz os nós de sua blusinha e passei a beijar a linha de sua coluna, vendo sua pele se arrepiar.
- Hora de relaxar. – sussurrei em seu ouvido.
- O que pretende fazer, Johnny? – ela perguntou meio mole pelo carinho anterior.
- Vou cuidar bem de você, baby. – respondi sorrindo sem que ela pudesse ver.
Puxei o tecido de sua blusa desamarrada para longe e então comecei o caminho reverso por sua coluna, descendo os beijos por toda a linha central e ouvindo seus arfares baixinho. Puxei sua saia para fora do caminho e ergueu o quadril para que eu tirasse a peça. Aproveitei e tirei sua calcinha junto. Quando se viu nua, separou as pernas e dobrou uma delas, me dando livre acesso a sua intimidade, molhada e inchada, pronta para mim. Passei um dedo por toda a sua fenda e ela soltou o ar com força, gemendo um pouco mais alto.
- Tudo para mim? – perguntei e ela me olhou por cima do ombro a tempo de me ver levar o dedo molhado com seu prazer à boca. mordeu o lábio inferior e eu sorri. – O que foi, baby?
- Johnny, por favor. – ela empinou a bunda em minha direção. Me ajoelhei aos pés da cama, segurei as bandas de sua bunda e passei a língua em sua intimidade, ganhando um gemido alto em resposta. Comecei a lamber e sugar seu clitóris e começou a mover o quadril de encontro ao meu rosto, buscando mais e mais contato, até que coloquei um dedo em sua entrada, sem parar os movimentos com a língua, e ela se desfez em minha boca com um quase grito. Me separei dela e a deixei respirar enquanto buscava um preservativo na bolsa. Tirei a boxer que eu estava vestindo e vesti o preservativo.
- De quatro, . – ordenei. Ela me olhou por cima do ombro e estreitou os olhos.
- Não use esse tom comigo, John. – ela ralhou. Apertei suas coxas e ela prendeu a respiração.
- Vamos, . – amansei a voz e ela flexionou levemente os joelhos. – Boa menina. – pressionei meu membro contra sua bunda.
- Era isso que você queria, não era, Johnny? – ela perguntou divertida.
- Eu te queria assim, apoiada... – comecei a falar e guiei o membro para a sua entrada. – Para poder colocar a força certa. – a penetrei forte e duro e gritou alto, terminando com um gemido. – É assim que você gosta, não é? – tirei todo o membro e empurrei de novo. agarrou os lençóis da cama com força.
- É, John. Assim. Mais. Mais, John. – ela ofegou e impulsionou o corpo contra mim. Segurei seu quadril no lugar.
- Eu estou no comando. – sussurrei.
- Johnny... – ela choramingou. Saí dela e me afastei. me olhou por cima do ombro. – Isso é sério, Johnny?
- Você nem imagina o quanto. – caminhei pelo quarto e sentei na poltrona. Fazer aquilo de pau duro era desconfortável.
- John... Vem. – ela murmurou e mexeu a bunda de uma forma bem sugestiva. Levou a mão até o meio das pernas e se tocou levemente.
Com o controle que me restava, andei rapidamente até ela e a penetrei com força novamente, dessa vez, ganhando apenas um gemido alto de satisfação. Comecei a estocar forte, vendo o corpo dela balançar para frente e para trás, num ritmo quase insano. Minha mão encontrou a sua e eu passei a estimular seu clitóris com o dedo enquanto entrava e saía de seu corpo, gemendo sempre.
- John... Eu não... Eu não vou aguentar muito. – ela alertou.
Saí rapidamente de seu corpo e a virei. deitou as costas na cama e separou as pernas para mim. Segurei sua coxa esquerda erguida e voltei a investir com a mesma força de antes. E segui assim até que chegamos ao ápice juntos. relaxou imediatamente, a expressão de cansaço misturada com a satisfação, o corpo suado pelo esforço, linda. Baixei o corpo até minha boca encontrar a sua e ela retribuiu meu beijo, sorrindo no final, sua boca ainda junto da minha. Me separei dela e fui me livrar da camisinha usada. Quando voltei, me deitei ao seu lado e ela se acomodou em meu peito, uma perna enroscada na minha.
- Como se sente? – perguntei curioso.
- Exausta. Satisfeita. E mais apaixonada. – ela riu no fim da frase.
- Eu disse que ia te deixar toda molinha, não disse? – perguntei e nós rimos. – Sua pose de durona não dura muito, .
- Eu estou bem com isso. Não me faça mudar de ideia ou eu vou mostrar a você quem manda aqui. – ela disse séria. Passei o dedo pela linha de sua coluna e apertei sua bunda com força. fechou os olhos e soltou todo o ar de uma vez.
- Acho que nós sabemos quem manda. – sussurrei.
- Tem razão. O poder é compartilhado. – ela respondeu baixinho.
- Eu te amo. – confessei. A sensação era sempre a mesma, um calor gostoso que dominava meu peito.
- Eu te amo. – ela repetiu minhas palavras e nós adormecemos.
***
Na volta, deixei dirigir meu carro e nós pegamos Luna no hotelzinho.
- Na sua casa ou na minha? – perguntei divertido quando assumi o volante depois de pegarmos Luna.
- Na sua. Já avisei à minha mãe que só voltaria para casa na quarta. – ela respondeu. Lhe olhei com um sorriso de canto.
- Gostou de brincar de casal e vai me amarrar na cama por três dias, ? – perguntei sugestivo.
- Não, eu vou deixar você sair para ir para a aula. E quando você voltar, aí sim eu te amarro. Tem cordas na sua casa? – ela perguntou tranquila, como se falasse sério.
- Está me assustando, . – rebati e ouvi sua risada.
- Você está me dando ideias, Suh. Não me provoque, ou eu posso não saber parar. – ela mordeu o lábio e sua mão livre repousou na minha coxa, perigosamente perto do meu pau.
- O que eu faço com você, garota? – perguntei.
- Me ame para sempre como só você sabe me amar. – ela respondeu e sorriu sincera.
Olhando aqueles olhos expressivos apertados por causa de um sorriso, me dei conta de que a minha resposta para o seu pedido era sim, eu certamente a amaria para sempre.