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Finalizada em: 01/06/2020

Capítulo Único

O apartamento incrivelmente silencioso só fazia lembrar que precisava, o quanto antes, tomar um rumo na sua vida. Já faziam exatos trinta dias que trabalhava, comia o suficiente para não parar em um hospital e ficava atirada em sua cama. David não voltaria, ela sabia muito bem disso e nem queria que ele voltasse, mas precisa tomar alguma atitude. Olhou mais uma vez no relógio ao lado da cama e o mesmo marcava oito horas da manhã. Era sábado, o clima ameno, nem muito frio e nem muito quente, ótimo para suas corridas matinais, as quais ela já havia abandonado alguns meses.
O mês de novembro estava sendo longo demais e ainda não tinha começado a enfeitar o apartamento para o natal, nem ao menos tinha tirado a árvore de natal de dentro da caixa. Quando se deu conta sua mente estava vagando novamente para as mesmas lembranças. O último natal tinha sido maravilhoso. Seu irmão, Mark e Matt estavam presentes junto com os pais de David também e o convite havia sido feito. O ambiente não poderia estar mais agradável, a noite de natal, seu feriado favorito, e então alguns minutos após a meia noite ele já estava com um anel brilhante em seu dedo e várias vozes ao seu redor gritando e batendo palmas ao mesmo tempo. Mas a felicidade daquela noite acabou não durando tanto tempo quanto ela gostaria, ainda que quando percebeu que tudo havia acabado um alívio preencheu seu peito e agradeceu por tudo ter acontecido antes da cerimônia na igreja já marcada. O término nada amigável ainda não fazia muito sentido em sua cabeça, mas sabia que era necessário esquecer aquilo, passar um pano por cima de tudo e jogar as velhas lembranças no lixo. Encontrar seu, agora, ex-noivo na cama com sua melhor amiga era realmente uma situação a qual não desejava nem para o pior inimigo. Se culpava por ter sido ausente em muitos momentos, dando atenção ao seu trabalho, sua carreira, sua vida profissional era tudo o que ela tinha e, pensando bem, não estava errada. David e Michelle foram dois cretinos, fizeram tudo bem embaixo de seu nariz e no fim das contas eles se mereciam. Os últimos meses, com certeza, não foram fáceis para , mas não iria ser um relacionamento fracassado que iria acabar com sua vontade de viver.
Quando colocou os pés pra fora da cama decidiu que a partir daquele momento sua vida seria diferente. Ela era uma mulher de quase trinta anos, formada, muito bem resolvida consigo mesmo para deixar o passado a atormentar e com pessoas maravilhosas a sua volta que queriam o seu bem. Não poderia mudar o passado, mas poderia deixar para trás todos os seus demônios e seguir com a sua vida, correr atrás de seus sonhos como nunca deveria ter parado de fazer. Naquela manhã de sábado, decidira então tomar um banho relaxante, um café reforçado e vestir uma roupa confortável, sua inseparável calça de moletom era a peça favorita. Pegou seus fones de ouvido, seu celular, selecionou a melhor playlist de músicas, voltar a correr era um hábito que nunca deveria ter parado. O parque vazio naquela manhã parecia extremamente atrativo para fazer a primeira corrida, velhos hábitos precisavam ser renovados.
era uma amante a escritora de 27 anos, ainda não conhecida mundialmente, nasceu e cresceu na movimentada e ensolarada cidade de São Francisco. Ainda que parecesse sem perspectivas sobre seus sonhos, pois muitos de seus familiares não levavam a sério sua carreira de escritora, a jovem não desistiria fácil de lançar seus livros. Era formada em Literatura e lecionava numa escola local para adolescentes do ensino médio, sendo incrivelmente respeitada e adorada por todos. Sua paciência e adoração pelo o que fazia eram de alguma forma sua marca registrada. Além do apoio dado para os alunos com mais dificuldades em suas matérias ou o que fosse preciso. Ela sabia muito bem os dilemas da adolescência, as dúvidas, os problemas. Já havia passado por aquela fase.
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu corpo se chocou com o de outra pessoa, a fazendo cair com tudo no chão. Tirou os fones assustada, limpou as mãos com pequenos arranhões devido ao baque e procurou com os olhos quem havia sido tão desastrado quanto ela para não prestar atenção no caminho.
- Desculpe, eu estava distraído. - O rapaz com a voz rouca falava rápido demais, impossibilitando qualquer compreensão por parte da mulher.
- Calma, não foi culpa sua. Eu estava distraída. - Ela disse ainda sem olhá-lo guardando o celular de volta no bolso do moletom.
- ? - Só então prestou atenção no rapaz à sua frente. O rapaz moreno, alto, com a barba rala e os olhos castanhos a olhava com um ar de interrogação e incrédulo por estar a encontrando naquela situação.
- ? - Ela o olhou da mesma forma que era observada. O rapaz soltou um riso baixo, realmente a cena era um tanto quanto engraçada. De todas as pessoas, não estava na lista de pessoas as quais imaginava encontrar num sábado, num parque vazio e na Califórnia. Não quando ela sabia que ele não morava mais lá.
- Uau, você está linda. - Sentiu seu rosto esquentar. Um elogio, sério? Os cabelos bagunçados, o suor escorrendo na testa e o rosto vermelho pareciam dizer o contrário.
- Obrigada, eu acho. - Ainda sem reação diante do ocorrido. - Desculpe, eu não esperava encontrá-lo aqui.
- Digo o mesmo. - parecia um pouco nervosa, tentando se esquivar da mulher. - Eu tenho que ir, nos vemos por aí. - deu um beijo rápido em sua bochecha, a deixando totalmente sem reação. Ele era mesmo imprevisível.
Voltando a sua corrida matinal, desta vez sem interrupções, correu de volta até o seu apartamento. Sem perceber um sorriso acabou escapando de seus lábios carnudos. estava de volta à cidade. Não sabia o que aquilo significava, mas de alguma forma gostou de saber dessa informação. O cheiro de comida invadiu suas narinas assim que abriu a porta de seu apartamento. Samantha, sua irmã mais velha estava ali. Ela sabia que sim.
- Ei, que bom que está aqui. - Ela disse assim que encontrou a irmã na cozinha.
- Eu vim te salvar dessa solidão, mas vi que você já fez isso sozinha. Fico feliz. - parou no meio da ilha de sua pequena cozinha, avistando a irmã terminar de preparar a comida.
- Sabe quem eu encontrei hoje? - Samantha observou a irmã esperando uma resposta. - . . - Sam estava sem reação, ela sabia de todo rolo do passado entre a irmã e o rapaz. A verdade é que tinha sido o primeiro amor de verão de , mesmo ela negando veementemente todas as vezes em que fora questionada. Sam sabia sobre os sentimentos da irmã, não era preciso questionar que o encontro repentino entre eles havia mexido com todos os seus sentimentos escondidos.
- Sabe qual a melhor parte disso tudo? - negou com a cabeça sem entender onde a irmã queria chegar, foi até a geladeira e serviu um pouco de água no copo. - Vocês dois estão solteiros. - Deu um sorriso malicioso e quase se engasgou enquanto bebia o líquido.
- Besta. - Xingou a irmã e saiu da cozinha, indo em direção ao seu quarto. Tomou um banho novamente e vestiu seu pijama confortável. O primeiro passo de sair de casa ela já havia dado. Mas era sábado, não tinha mais nada para fazer a não ser passar o dia jogada no sofá assistindo suas séries favoritos, escrevendo mais algumas de suas histórias ou escutando suas músicas favoritas.
- Tem uma festa hoje, quer ir? - Sam se jogou ao lado da irmã no sofá de dois lugares. Já esperava ouvir uma desculpa esfarrapada, seguida de um não e da cara igual ao gato de botas para a irmã aceitar sua resposta e não voltar a insistir no convite.
- Quero, preciso sair. - disse decidida. Sam deu um pulo no sofá abraçando a irmã mais nova, enchendo-a de beijos, completamente feliz e surpresa ao ouvir a caçula finalmente aceitar seus eternos convites.
- Ok. Eu não vou perguntar de novo, porque eu acho que estou sonhando. Mas eu passo aqui às nove. Por favor, esteja maravilhosa, sei que você tem alguma roupa decente nesse guarda-roupa. - Sam deu um último beijo na irmã e saiu de seu apartamento feito um furacão. era prática, se vestia rápido sempre e ainda assim conseguia ficar linda. Totalmente o oposto de sua irmã, que ficava horas na frente do espelho mesmo falando que não era necessário.
A tarde passou, por incrível que pareça, rápido demais. Quando o relógio marcou sete e trinta da noite, foi para o banho e começou a escolher sua melhor roupa. Sabia que sua irmã não a levaria para qualquer lugar, mas ainda assim não seria nada muito sofisticado, não era o estilo da garota. Samantha era apenas três anos mais velha que . Sam era arquiteta, o orgulho da família por já ter uma carreira consolidada na sua área. Ao contrário do que aparentava, Sam gostava de sair, beber, se divertir, não era casada, mas tinha um rolo de anos com Mark e acabaram indo morar junto depois do nascimento de Matt, mesmo sem manter um relacionamento assumido por partes de ambos. Eles eram feitos um para outro, até quem não os conhecessem direito podia sentir isso. Eles gostavam da relação que tinham e preferiam manter assim, livre de rótulos. E se era isso que a irmã gostava, a apoiava e estaria ali sempre que precisasse, assim como ela estava fazendo naquele momento. decidiu colocar um vestido curto, preto de alças finas, era justo no corpo e definia muito bem suas curvas. Os saltos foram facilmente trocados pelo all star vermelho de cano curto, dando um ar mais jovial junto de seus cabelos curtos e lisos que iam até a altura do ombro. A maquiagem leve, marcada apenas pelo delineado preto nos olhos e o batom vermelho nos lábios era o toque final e estava pronta. Seu celular tocou às nove horas em ponto, anunciando a chegada da irmã na frente do prédio. Estava pronta para fechar a porta de seu apartamento quando percebeu o anel de noivado em seu dedo, o tirou rapidamente o deixando na estante da sala. Aquilo não a pertencia mais, talvez nunca tivesse a pertencido.
A casa de show estava mais cheia do que o previsto, a banda já estava tocando quando as duas entraram. Ficar próximo do palco era praticamente impossível, a ideia nem passou pela cabeça de ambas. Até porque a ideia de ficar próxima ao bar era muito mais atrativa. Ficar bêbada, afogar as mágoas e curtir aquele momento junto de sua irmã parecia realmente uma ótima opção naquela noite e foi exatamente isso que elas fizeram. já estava alcoolizada o suficiente para dançar sem sentir vergonha, soltando o seu corpo ao som das músicas tocadas pela banda sendo acompanhada por Sam.
- Eu preciso ir ao banheiro. - disse colocando a garrafa de cerveja vazia em cima do balcão, a irmã apenas assentiu com a cabeça e continuou a cantar a música alta movendo o corpo de acordo com a batida. Era um milagre não ter fila no banheiro, então ela pode usá-lo rapidamente. Entretanto, foi surpreendida quando estava saindo do ambiente quando um líquido foi derramado por cima de seu vestido.
- Que droga. Você não olha por ond…- Interrompeu sua fala quando a figura a sua frente era justamente a mesma que tinha visto mais cedo naquele mesmo dia. - Você está de brincadeira comigo, não é?
- Eu juro que não. E vou dizer mais uma vez hoje que você está linda.
- Cala a boca, .
- Não acredito que isso nossos encontros vão ser todos marcados por desastres. Mas vamos fazer o seguinte: Um jantar na minha casa, sexta a noite.
- O que faz pensar que eu quero jantar com você? - Um sorriso brincava em seus lábios. Os olhos do rapaz passaram rapidamente por todo o corpo da mulher e pararam em seus olhos.
- Seus olhos e esse sorriso irresistível. - Canalha.
- Eu estou bêbada, não conta.
- Melhor ainda. A bebida entra e a verdade sai.
- Você é doido.
- Eu ainda vou fazer você mudar de ideia - Deu uma piscadela e um sorriso antes de se misturar entre as pessoas. Sem mais encontros inusitados naquela noite, e Sam finalmente conseguiram atingir o objetivo esperado: se divertir. O sol já estava nascendo quando as duas chegaram no apartamento de , se atiraram no sofá e ficaram conversando até o sono chegar.


No domingo resolveu voltar a ter contato com sua família, ainda mantendo uma relação um pouco conturbada, pois sempre que estava presente a carreira fracassada de escritora era a pauta principal de todos os almoços. Para começar um novo convívio resolveu conversar um pouco com a sua mãe por telefone, contando também sobre o término de seu noivado. Não quis dar muitos detalhes, mas deixou claro que não existia nenhuma possibilidade dela e David reatarem qualquer tipo de relacionamento. Após a longa conversa com sua mãe por telefone, olhou em volta de seu apartamento e resolveu que era hora de mudar algumas coisas de lugar e se desfazer de outras.
Tirar algumas fotos com pessoas que não faziam mais parte do seu círculo de amigos era o primeiro sinal que deveria sim deixar tudo aquilo para trás. Moveu alguns móveis de lugar e os deixou do jeito que sempre quis, pendurou alguns quadros novos e decidiu que o quarto vago em seu apartamento seria o seu escritório e não o lugar para guardar coisas velhas. As caixas com coisas de David, as quais ele ainda não tinha ido buscar foram deixadas na portaria, depois que enviou uma mensagem para o ex-noivo ir buscar naquele dia ou, então, o porteiro estava autorizado a jogá-las fora, doar, fazer o que quisesse caso ele não aparecesse para buscar suas tralhas.
Quando chegou a segunda-feira, após terminar seu turno na escola, resolveu sair para comprar alguns enfeites de natal. Era seu feriado favorito então não fazia sentido deixar de aproveitar as coisas que gostava por causa de lembranças ruins. Ressignificar era a palavra certa para aquele momento. passava a maior parte do seu tempo sozinha, era gostoso. Entretanto, a mente conseguia lhe pregar algumas peças e ela acabava se auto sabotando, péssimo hábito.
Abriu a última caixa com uma árvore de natal média, guardada ali desde o último natal, era o suficiente para enfeitar a pequena sala e deixá-la ainda mais aconchegante. Terminou de enfeitá-la com as bolinhas de natal, os pisca-piscas e por último a estrela no topo de árvore como era de costume, sentindo-se satisfeita com todo o trabalho realizado. Olhou em volta percebendo o quanto tinha gostado da mudança feita no seu apartamento, tudo ali estava a sua cara e apenas o seu gosto. Decidiu que pintaria o quarto de hóspedes no dia seguinte, agora ela precisava apenas de um banho quente e da sua cama confortável. Ainda tinha mais uma semana de aula antes do recesso para preparar o material e as atividades para os alunos.

O relógio marcava quase duas horas da tarde quando adentrou sua casa, a vantagem de dar aula apenas em um turno. Após o fim das aulas acabou passeando pelo centro da cidade e comprando mais alguns enfeites de natal e algumas coisas que faltavam em casa. Correu para a cozinha e preparou um resolveu fazer um sanduíche e uma xícara de chocolate quente, já estava verde de fome. A noite podia preparar uma comida mais saudável, mas não se deu ao trabalho de pensar naquilo agora. O toque de seu celular vibrando na mesa de centro quando sentou no sofá para assistir a mais um dos vários episódios de Friends programados para aquela tarde. Eram Sam.
- Preciso da sua ajuda. - A irmã falou rápido assim que foi atendida.
- Oi Samantha, tudo bem? Eu estou ótima, obrigada por perguntar. - respondeu irônica tendo um resmungo como resposta. - Fala logo o que você precisa.
- Você consegue ir até o meu trabalho e pegar uma pasta com alguns documentos pra mim? A Mary pode abrir minha sala pra você, eu preciso entregar esse projeto até amanhã e Matt acabou caindo na escola, a professora disse que não é nada grave, mas teve que levá-lo ao hospital, eu estou indo pra lá. - Sam falava rápido demais, havia colocado o celular no viva voz para escutar as recomendações - desnecessárias - enquanto se arrumava para sair de casa.
- Ok, eu pego e deixo na sua casa. Não se preocupe, já aproveito e vejo meu sobrinho.
- É por isso que eu te amo. Obrigada. - Desligou o telefone sem esperar resposta da irmã.
fechou a porta de seu apartamento, foi dirigindo até o trabalho de Sam, que ficava no centro da cidade. O prédio grande e bonito era chique demais para estar usando apenas uma calça jeans, um all star branco e um moletom preto. Mas acabou pegando a primeira roupa que viu quando sua irmã falava nervosa ao telefone. Falou com Mary na recepção e essa indicou a sala em que deveria pegar os documentos pedidos.
A sala era grande, uma mesa próxima a janela proporcionava uma vista privilegiada da cidade. vasculhou a mesa a procura de uma pasta verde, mas não havia nada ali indicando o material, mexeu nas gavetas, no armário e nada da maldita pasta. Estava quase ligando para sua irmã quando a porta foi aberta abruptamente.
- Samantha, você conseg….
- Caralho! - colocou a mão no peito coma respiração levemente ofegante.
- Não acha engraçado como estão sendo nossos encontros? - O par de olhos castanhos parou em sua frente. estava incrivelmente sexy vestindo seu terno azul marinho, mas não deixaria que ele soubesse sobre seus pensamentos. O rapaz nunca perdia seu charme e sabia muito bem usá-lo quando necessário.
- Realmente. Na primeira vez você me derrubou no chão, na segunda sujou minha roupa e agora quase me matou do coração. Seria cômico se não fosse trágico. - Lançou um sorriso cínico sem mostrar os dentes.
- Você continua a mesma, .
- Não sou a única.
- Mas o que está fazendo aqui? - Ele olhou em volta da sala e direcionou seu olhar para a garota novamente.
- Vim buscar uma pasta para minha irmã, mas não acho em lugar nenhum e já revirei tudo aqui dentro. - balançou a mão indicando o objetivo em seus dedos. Droga, não seria tão fácil pegá-lo.
saiu de trás da mesa e ficou um pouco próxima, próxima o suficiente para sentir a respiração de batendo em seu rosto.
- O que você quer?
- Um beijo.
- Não.
- Então janta comigo.
- Por que? - Revirou os olhos, irritada com a insistência naquele convite.
- Porque sim.
- Isso não é resposta.
- Se eu disser que sinto sua falta, vai mudar alguma coisa?
- Não. - Já havia mudado.
- Pelos velhos tempos. - Fez um bico irresistível. sentiu vontade de acabar com aquela distância e finalmente beijá-lo.
- Não. - Resistiu.
- Céus, como eu queria te beijar agora. - Ela também queria.
- Você não presta. - Roçou seus lábios nos de sem desviar seus olhos.
- Você pode sair se não quiser. - Sentiu a mão dele ir parar em sua cintura colando ainda mais seus corpos.
- A pasta. - Ela se afastou tirando a mão de de seu corpo.
- Desisto. - bufou irritado e esticou a pasta para a mulher, a pegando em seguida. - Tchau, . - Saiu da sala sendo acompanhado por .
- ? - Gritou pelo homem já no corredor, ele virou-se para a mulher com as mãos nos bolsos da calça social.
- Sexta a noite, na sua casa. - Viu seus lábios antes retos numa feição séria serem repuxados num sorriso de canto.
- Você ainda vai me enlouquecer, .
- Eu sei. - Saiu do prédio com a pasta em mãos e dirigiu até a casa de Sam. Não demorou mais de quinze minutos até estacionar em frente à casa da irmã.
Abriu a porta de madeira branca e adentrou a casa, ouvindo os gritos da irmã vindo da cozinha, deixou a pasta na mesa de centro da sala e seguiu até o cômodo onde vinham as vozes.
- Tia Elli!. - Matt disse num gritinho animado balançando as pernas curtinhas, mas fez uma careta de dor em seguida. Seu joelho tinha um curativo tapando o machucado.
- Matt! - A mulher pegou o menino no colo o abraçando forte. - Como você está meu amor?
- Com fome. - As duas mulheres gargalharam ao ouvir a resposta do menino.
- Ele ‘tá um saco sem fundo, isso sim. - Sam descascou uma banana entregando em seguida para o filho que saiu correndo da cozinha indo para o jardim.
- É a famosa fase de crescimento. Deixe ele comer enquanto essa é a única preocupação da vida dele. - disse rindo.
- Ok, quer me contar o motivo desse sorriso todo? Eu sei que você ama o Matt, mas meu filho não te faz rir feito boba o tempo todo. - ponderou por alguns segundos se deveria ou não contar a sua irmã. Sam sabia sobre , sabia sobre todos os seus conflitos.
- Eu vou jantar com o na sexta. - Respondeu por fim. Viu a irmã ficar em silêncio assimilando a informação recebida.
- Ok, espero que você tenha um bom jantar e uma ótima noite de sexo.
- Samantha! - Bateu no braço da irmã que ria escandalosamente. - Não sei o que vai acontecer e isso está me enlouquecendo.
- Vocês vão ter uma noite de sexo maravilhosa, a noite que nunca tiveram antes. - Samantha enfiou um pedaço de pão na boca e sentou no banco alto da ilha. - Não se faça de puritana, vocês dois querem tanto isso.
- Eu preciso ir. Mande um abraço pro Mark. - se despediu da irmã com um beijo no rosto e deu um abraço apertado no sobrinho.
e eram o típico casal de adolescente que se odiaram durante todo o ensino médio. Tudo por um mal-entendido e a falta de uma conversa, a qual só aconteceu no último dia de aula, mas o destino parecia não querer cooperar muito para que eles ficassem juntos. No próximo ano acabou saindo da Califórnia e indo para Nova York estudar contabilidade. Ao contrário dele, ficou na cidade, se formou, conseguiu um emprego e conheceu David. já não fazia mais parte da sua vida, ainda que tentassem manter uma relação mínima de amizade, eles sabiam que a química estava escorrendo por entre seus dedos e não havia nada para ser feito, apenas o tempo poderia mudar isso. conheceu David assim que começou a lecionar numa escola de educação infantil, logo após se formar. Se tornaram amigos, facilitando seus encontros seguidos e por fim o namorado. Entretanto, quando parecia que a sua vida realmente tinha tomado um rumo com a publicação de seu novo livro prestes a ser lançado, não fazia muito tempo que tinha sido pedida em casamento e estava ansiosa com o seu novo apartamento, a vida lhe jogou um balde de água fria com a traição de seu ex-noivo e sua ex-melhor amiga. Ter reencontrado na cidade foi como se um misto de sentimentos guardados, os quais ela nem lembrava de sequer ter sentido algum dia, aflorasse e começassem a crescer novamente dentro de si.
Estacionou o carro na garagem do prédio e agradeceu por finalmente chegar em casa. Tinha um sido um dia movimentado. Não estava mais tão acostumada a fazer suas corridas pela manhã e dirigir de um lado para o outro naquela cidade.


A tão esperada sexta-feira havia chegado e com ela toda a ansiedade veio junto. Durante toda a semana estava conseguindo manter a cabeça ocupada, sem pensar naquele maldito jantar. Por que sempre acabava caindo no joguinho de ?
Fez sua higiene matinal, tomou seu café e sentou no sofá da sala para assistir um pouco do noticiário. Era necessário ficar por dentro do que estava acontecendo pelo mundo, um pouco de informação não faria mal a ninguém. Decidiu sair pra correr antes que o sol ficasse forte, o que aliviava também o estresse que estava se pondo.
terminava de passar seu batom vermelho nos lábios quando o relógio já marcava oito e quarenta da noite, vinte minutos era o suficiente para chegar até a casa de . Olhou mais uma vez no espelho e ficou satisfeita com o vestido preto de tubinho ombro a ombro, o qual tinha uma fenda na coxa deixando a mostra aquela parte. A peça marcava todas as suas curvas combinando perfeitamente com a sandália vermelha de tiras finas em que usava. Pegou a garrafa de vinho em cima do balcão e saiu de casa.
Tocou a campainha às nove horas em ponto tentando controlar as borboletas fazendo a festa em seu estômago. abriu a porta vestindo uma camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos, uma calça social preta e um sapato da mesma cor da calça. Os olhos foram os últimos a se encontrarem já que ambos estavam se analisando descaradamente.
- Boa noite, . - sorriu entregando a garrafa de vinho.
- Boa noite, . - Deu espaço para a mulher passar. - Você está linda.
- Você não está nada mal. - Sorriu sincera.
A casa de não era tão grande quanto aparentava ser por fora, mas também não era tão pequeno quando o seu apartamento. A sala de estar tinha o tamanho perfeito para caber um sofá de três lugares, uma estante com alguns livros, cds e porta-retratos e a televisão acima pendurada na parede, os móveis pareciam combinar muito bem com a parede cinza do cômodo. A cozinha ficava ao fundo sendo dividida com a sala de jantar simples, onde ela raramente era usada.
- Vem, vamos jantar lá fora hoje. - puxou com delicadeza a mão de , a levando para os fundos da casa. Nos fundos ficava o jardim e aquela sim era a área mais linda da noite. Havia uma mesa pequena posta para duas pessoas, uma vela pequena dava um ar charmoso na mesa e pequenas lâmpadas colocadas estrategicamente na enorme árvore do jardim ajudava a iluminar o ambiente junto da luz da lua.
- Uau, está tudo tão lindo. - arregalou os olhos surpresa. - Eu não...não precisava tudo isso, .
- É uma noite especial, valeu a pena o esforço. - Um arrepio passou pela espinha da mulher e as borboletas voltaram a fazer a festa. se aproximou da mesa e puxou a cadeira para sentar.
- Então, como andam as coisas? Mal me lembro da última vez que nos vimos. - quebrou o silêncio sentando em frente a , após servir os dois pratos com macarronada.
- Estão indo muito bem. Eu estou dando aula em uma escola nova e é um ótimo lugar. Também estou mais próxima da minha família agora, o que é ótimo - sorriu após estender o guardanapo em seu colo.
- E o David? O que aconteceu? Você não está usando mais a aliança. - Perguntou sem ponderar se aquilo era realmente de sua conta enquanto levava um pouco da comida até a boca.
- Não acha que está sendo muito intrometido? - questionou também levando o garfo até a boca.
- Não, não acho. Então o que aconteceu? - rolou os olhos e engoliu a comida com a ajuda do vinho que lhe fora servido. não mudava, era o mesmo de sempre.
- Nós terminamos porque - suspirou e soltou um riso leve - eu peguei ele na cama com a minha melhor amiga.
- O que? Não acredito. Ele parecia um robô de tão certinho, veja como as aparências enganam - comentou despreocupadamente recebendo um silêncio como resposta - Sinto muito, eu não quis...
- Tudo bem, você está certo. Ele era um cretino - riu - Mas e você? Você não tem ninguém?
- Tinha, eu estava namorando, mas as coisas não estavam funcionando. Acho que ela tinha inveja de mim e dos meus olhos - afirmou arrancando uma risada de .
- Você não mudou nada - disse voltando a comer.
- Bom, já você conseguiu ficar ainda mais bonita - sorriu ao ver as bochechas da mulher corarem. - Sabe, nós temos nos encontrado muitas vezes ultimamente e todas as vezes foram um desastre. É estranho não ter acontecido nada de errado hoje. - disse despreocupado e levantou a mão para pegar sua taça sobre a mesa, mas sem querer acabou derrubando a mesma fazendo o resto do vinho respingar no vestido de .
- ! - usava o guardanapo de pano para limpar o vinho em sua pele e um pouco no vestido enquanto ria. Meu deus, ele conseguia ser mais desastrado que ela.
- Desculpe, eu não quis, você sabe que não...
- Calma, não foi nada. - ainda tentava controlar o riso, mas parecia ser impossível. - É só um vestido, não tem problema.
- Do que está rindo tanto?
- De nós. - Mordeu o lábio prendendo o riso. Se levantou ao terminar de se limpar e juntou a louça na mesa. - Vamos, eu te ajudo a levar a louça lá pra dentro.
- Não, não precisa.
- Para de besteira, pega as taças aí. - juntou os pratos vazios e os talheres, seguindo para dentro da casa, despejando a louça na pia e não esperou pelo rapaz para lavar os poucos utensílios utilizados no jantar.
- Larga essa louça, . - passou as mãos pelo cabelo visivelmente nervoso. - Eu já volto. - deu de ombros e terminou de lavar as louças, viu quando voltou com uma muda de roupa em sua direção. Pegou as roupas da mão do rapaz e foi em direção ao banheiro. Tirou o vestido colado no corpo, pegou a camiseta e a vestiu, o tecido ficava até a altura de suas coxas. Riu vendo que ficava na mesma altura do vestido que usava antes. Deixou a calça de moletom, que ele entregara junto da camiseta, ao lado do seu vestido e as sandálias, saindo do banheiro em seguida.
estava sentado no sofá da sala terminando de tomar o vinho que sobrara. Podia apostar que o rapaz estava se culpando pelo acidente do jantar, mesmo não sendo culpa dele, nem dela, não era culpa de ninguém.
- - O chamou sentando ao seu lado em seguida.
- Desculpe pelo pior jantar da sua vida. - Respondeu mau humorado.
- Você tem que acreditar quando eu falo que não foi sua culpa. E acreditar em si mesmo também, o jantar foi ótimo. - pegou a taça sobrando saboreando o líquido também.
- , você sabe o quanto nós merecíamos esse jantar, não sabe? Eu queria que ele tivesse sido perfeito pra você.
- E ele foi. Foi o melhor jantar que eu já tive. - Sorriu ao ver os olhos do rapaz brilhando. - Posso trocar de música? - Caminhou até o aparelho de som onde estava o celular do rapaz conectado, a melodia de uma música triste saía dali. Mas aquele momento não era apropriado para músicas tristes. Colocou But This Town do Stereophonics para tocar e a batida logo dominou o ambiente.

If you got the money
I got the feeling that
You got something to say to me honey
I'm loving the weather it's now or it's never


mexeu os quadris de acordo com a melodia da música, ainda estava sentado no sofá vendo a garota dançar de forma sensual na sua frente. Ver a garota vestindo apenas a sua camiseta foi uma péssima, ou talvez ótima, ideia. Mas a visão das suas pernas de fora era sem dúvida torturante.
- Vem, não me deixa dançando sozinha. Você já foi mais cavalheiro, . - estendeu a mão para o rapaz, o puxando. As mãos de foi parar em sua cintura, a puxando para perto de seu corpo.

We can bust this toen
Tonight and forever
Tonight is the night
We're leaving together


- Come on, so long, long gone. Tomorrow's too late, It's now or it's never.
cantou o trecho da música colando seu corpo no de , dessa vez acabando com toda e qualquer distância entre seus lábios. O choque quando suas bocas se encostaram foi instantâneo em ambos, o sabor de suas línguas se chocante uma contra a outra aproveitando para explorar tudo que tinham direito era melhor do que imaginavam. Suas mãos já bagunçavam os fios de cabelo de e arranhavam sua nuca. Enquanto ele passeava livremente as mãos entre sua cintura e coxas, aproveitando as pernas à mostra da mulher.

Come on
So long
Long gone
Tomorrow's too late
It's now or it's never


- Eu esperei tanto por isso. - Ele disse quebrando o beijo, dando uma atenção especial ao pescoço de , tempo o suficiente para recuperar o fôlego. Entretanto, procurou pelos lábios sedentos da mulher novamente.
- Vamos aproveitar essa noite. Amanhã é tarde demais. - Disse antes de chocar seus lábios novamente. As mãos ágeis foram a procura da camisa de , abrindo todos os botões de forma rápida.
- Quarto, agora. - prendeu as pernas na cintura de ao ouvir o pedido sair abafado, ele entendeu que a mulher não iria desgrudar dele, o fazendo partir para o outro cômodo da casa. A pequena escada parecia não acabar nunca, mas conseguiram chegar ao quarto sem nenhum desastre no meio do caminho. arrancou a camisa de quando chegou no último botão, já partindo para o cinto em sua cintura. Soltou um gemido abafado quando sentiu as unhas do homem passarem por sua coxa apertando ainda mais as pernas em volta de sua cintura e sentindo a ereção entrando em contato com a sua intimidade.

If you thing it's funny
You spend all the money
I wish i'd never
Set eyes on you honey


prensou o corpo de na parede assim que entraram no cômodo, não se importando se deixaria algumas marcas em suas coxas de tanto que as apertava. Enquanto isso a mulher deixava algumas marcas eu seu pescoço e tirou a camisa branca que o rapaz usava, a jogando para algum canto no quarto. Ninguém se importou onde a peça ia parar.
Sentiu pressionar mais seu corpo ainda na parede, como se pudesse torná-los somente um. O corpo quente do rapaz foi afastado apenas por alguns segundos e aquilo pareceu torturante demais para . Ela tinha a boca entreaberta com a respiração falha e queria a todo custo sentir os lábios de em contato com os seus novamente, mas dar uma visão privilegiado de seu corpo a ele parecia ainda mais interessante.
Aproveitou que estava presa entre o corpo de e a parede e puxou a camiseta que usava de uma vez por todas para cima, dando a visão de sua lingerie vermelha de renda. Os olhos de transbordavam luxúria e desejo, não que os dela estivessem diferentes daquilo, mas era tanto que ele não esperou mais nenhum segundo para tirar o sutiã do corpo da mulher. A peça já ficara tempo demais em seu corpo.

The coppers will get us
No time like the present
Now bust this town
Tonight and forever
Tonight is the night
We're leaving together


ficou boquiaberto e ainda mais excitado ao ver o corpo da mulher. Ela já estava linda e sexy quando chegou usando o vestido preto. Mas agora ela estava ali, parada em sua frente, num sinal claro de que queria ser sua e somente sua. Levou os lábios até um dos seios de o sugando, o que a fez jogar a cabeça para trás soltando um gemido e mordendo os lábios com força em seguida. A visão não poderia ser melhor, ter sugando seu seio enquanto brincava com o outro com uma mão a deixava, sem dúvida, enlouquecida.
- Só você consegue me deixar louco dessa maneira, . - Ele disse quando seus olhos voltaram a se encontrar.
- É esse o meu objetivo, . - passou a língua entre seus lábios. - E vou te enlouquecer muito mais. - Sussurrou em seu ouvido fazendo uma trilha de beijos até o seu pescoço. depositava leves beijos e às vezes sugava a pele exposta do rapaz, o fazendo gemer baixo e apertar sua cintura cada vez mais forte, enquanto dava passos lentos até a cama.

Come on
So long
Long gone
Tomorrow's too late
It's now or it's never

Os beijos foram descendo do pescoço, para o peito, chegando até o cós da calça, a qual não demorou nem um minuto para chegar até seus pés. A mulher o torturava depositando alguns beijos em sua virilha antes de fazer a boxer ter o mesmo destino da calça. Um gemido alto, seguido de alguns palavrões foram ouvidos assim que a língua de foi de encontro ao membro rígido de .
puxou a mulher para cima, era a sua vez de brincar um pouquinho. Já havia sido maltratado a noite toda. A girou na cama, ficando por cima dessa vez. Aproveitou a luz acesa e observou todo o corpo, com suas curvas que mais pareciam uma obra de arte, devidamente desenhada apenas para aquele corpo, para aquela mulher. Os lábios de abandonaram os seios fartos de , seguindo para a sua barriga até chegar a sua virilha, a torturando enquanto brincava com o elástico de sua calcinha. O que essa peça ainda estava fazendo ali? pensava toda vez que ele fazia menção de tirar a peça e não a puxava de uma vez só.

Come on
So long
Long gone
Tomorrow's too late
It's now or it's never

Ergueu o corpo quando sentiu sua calcinha descer por suas pernas de forma lenta, seguindo de um sorriso malicioso e um olhar excitante de .
Dessa vez, fez o caminho inverso dos beijos que havia feito anteriormente, começou pelas suas pernas e foi subindo até chegar em suas coxas, demorando ainda mais naquela região e dando cada vez mais beijos demorados por ali.
- , por favor. - Gemeu baixinho.
- O que quer que eu faça, ? - continuou a beijando.
- O que você quiser. Eu sou toda sua hoje. - A respiração ofegante denunciava o quanto estava sendo difícil se controlar quando podia sentir o ar quente da respiração de entre suas pernas. se entregou totalmente quando a língua de entrou em contato com a sua intimidade.

Come on
So long
Long gone
Tomorrow's too late
It's now or it's never


A língua de em seu clitóris era o suficiente para deixar totalmente entregue, vendo-a gemer baixinho e arquear as costas, ele introduziu um dedo em sua intimidade, o que fez a mulher soltar um urro alto de prazer. As mãos trêmulas dela pararam na nuca do homem e o arranhava toda vez que ele diminuía a velocidade. Ele penetrou mais um dedo em sua intimidade e pôde ouvi-la gemer ainda mais alto, não existia mais vergonha desde que entraram no quarto. Sentia seu corpo queimar e ser dominado pelas mãos, boca, língua, corpo de e ela gostava dessa sensação. se contorcia cada vez mais, sentindo o prazer dominar totalmente o seu corpo e sabendo que ela estava próxima de seu orgasmo aumentou a velocidade e estimulou ainda mais seu clitóris, ouvindo-a gemer alto e seu corpo estremecer, deixou a cabeça tombar para trás - se fosse possível ainda mais - e recuperar um pouco de fôlego que havia perdido. ergueu o corpo apoiando os cotovelos sobre a cama a tempo de ver lambendo os dedos como se não quisesse desperdiçar nenhuma gota.

Come on
So long
Long gone
Tomorrow's too late
So bye bye bye

O desejo voltava a consumir seu corpo e não pensou antes de puxar de encontro ao seu rosto o beijando com tanta vontade, veracidade e paixão que existia dentro de si. Sentir o seu próprio gosto não era nenhum problema para ela, a troca de carinho, cumplicidade e intimidade falava mais alto que qualquer coisa. Girou seu corpo, ficando por cima do rapaz e colocando uma perna de cada lado de seu quadril. Se posicionou perfeitamente sobre o membro de e começou com uma rebolada tímida, mas os gemidos do rapaz foram o estímulo necessário para ir mais rápido. As mãos grandes apertavam sua bunda a cada rebolada. No quarto, o único som possível de se ouvir era o gemido que escapavam de seus lábios famintos um pelo o outro.
O ritmo das reboladas de aumentavam cada vez mais, podia sentir o corpo da mulher prestes a explodir num gozo extraordinário e apertou as mãos em sua cintura ainda mais forte indicando que também estava prestes a gozar. Só parou seus movimentos quando os dois atingiram o ápice do prazer, deixou o corpo suado cair no lugar vazio ao lado de , ainda com a respiração ofegante.
- Para alguém desastrado você se saiu muito bem. - Ouviu a gargalhada alta de ecoar pelo quarto se rendendo a rir também.
- Eu ainda tenho minhas habilidades e sei usá-las quando necessário. - Puxou o corpo de ficando frente a frente com o seu. A mão na cintura da mulher fazia um carinho leve naquela região. - Fica aqui hoje? - Pediu baixinho, seus olhos se encarando tentando desvendar todos os sentimentos que nutriam um pelo o outro.
- Não tenho forças pra recusar esse pedido. - Mordeu o lábio envergonhada. tirou a mecha de cabelo de seu rosto, a colocando atrás da orelha, vendo-a fechar os olhos com o toque.
- Isso é bom, continua, por favor. - Ele sorriu vendo a mulher se aninhar mais em seu peito, podendo sentir o cheiro de baunilha que exalava de seus cabelos.
- Fico feliz por ter esbarrado em você. - Disse baixinho fazendo um leve cafuné sendo tomados pelo sono em seguida.


- Tem certeza que não quer subir? - perguntou quando estacionou em frente ao seu prédio.
- Sim, ainda tenho algumas coisas da empresa pra resolver antes do recesso. - Ela balançou a cabeça confirmando.
- Ok. A gente se fala, então. - Deu um selinho rápido em , mas o rapaz a puxou pela nuca aprofundando o beijo.
- Obrigada por ontem. - se sentia feliz por conseguir enxergar a sinceridade nos olhos de . Deus, ela amava aqueles olhos.
- É sempre um prazer. - Deu uma piscadela e saiu do carro.

carregava as sandálias em uma mão enquanto procurava a chave de seu apartamento na bolsa com a outra, naquele fim de tarde. Tentava controlar o sorriso em seus lábios, mas as imagens da noite passada ainda rondavam por sua cabeça. Depois de tantos anos esperando, aquele momento havia chegado superando todas as suas expectativas. Dormir e acordar ao lado de tinha sido, sem dúvida, o melhor momento nos últimos dias. O sorriso foi desfeito no rosto da mulher quando a mesma saiu do elevador, encontrando com uma figura um tanto conhecida por ela, e não esperava e nem queria encontrar tão cedo, na porta de sua casa.
- O que faz aqui?
- Quero conversar.
- Não temos nada pra conversar.
- Eu ainda tenho.
- Problema seu. Já disse tudo que tinha pra dizer e não quero perder mais tempo ouvindo suas desculpas.
- , por favor. Me dê cinco minutos apenas. - Ao contrário de , David parecia não ter tido uma noite de sono tão boa quanto a dela.
- Cinco minutos e depois você some da minha vida. - Ela abriu a porta da casa, deixando o rapaz entrar atrás dela. Fechou a porta indo até a poltrona vazia, cruzou os braços e esperou ele começar a falar.
- , primeiro eu quero te pedir desculpas por tudo que eu fiz e tenho sido pra você. Em todos esses anos você foi uma pessoa maravilhosa pra mim. Eu sei que errei, joguei todo o nosso relacionamento no lixo. Mas eu queria te pedir uma chance, uma última chance. - respirou fundo e descruzou os braços, olhando séria para David.
- David, no início eu me culpei pelo o que aconteceu. Achei que realmente eu era a culpada por ter acabado. Mas, ontem, eu tive uma noite incrível com uma pessoa maravilhosa, que só me fez bem. Me fez entender que você fez o que fez porque quis, simplesmente por isso. Não existia nós muito antes de eu ter pego você e a Michelle na nossa cama. Então, não. Não existe nenhuma chance de sequer haver um nós agora. Desejo toda a sorte pra você, mas espero que não nos encontremos nas correrias da vida. - Quando terminou de falar sentiu que um peso saiu de suas costas. Não havia tido uma conversa tão sincera antes com David e no fim, ficou feliz por aquilo estar acontecendo.
- Desculpe por tudo, mais uma vez. - Abriu a porta e esperou que David saísse para fechá-la. Se sentiu aliviada por poder virar aquela página.


Ao contrário do mês de novembro, dezembro já estava quase no fim e com ele mais um ano já estava acabando. pensava em como sua vida tinha mudado nos últimos meses, o quanto aquele ano tinha servido de aprendizado para ela. A fez crescer ainda mais, com os seus erros e acertos ela tinha amadurecido e deixado tanta coisa, que antes julgava ser necessário, para trás. Ressignificou momentos e acrescentou pessoas novas a sua rotina, pessoas essas que ela não queria ficar longe. Não mais.
O natal já havia passado e ainda restava um presente embaixo da sua árvore, mas o destino parecia não querer dar uma ajudinha dessa vez. As mensagens trocadas nas últimas semanas era o motivo dela ainda não desanimar, mas o seu corpo já começava a sentir falta de seus beijos.
A noite de segunda-feira caía quando saiu do banho, já vestida com sua blusa do U2 e a sua calça de moletom cinza, ela secava os cabelos com a toalha quando escutou a campainha do apartamento tocar. Estranhou, pois o porteiro não havia avisado e muito menos porque não estava esperando ninguém aquela noite.
- Eu não sei o que acontece, mas eu acho que a força da gravidade quer a gente junto. Ela me puxa até você, sei lá. Trouxe pizza, está com fome? - disse parado com a caixa da pizza em mão.
- Não tenho certeza se a gravidade está me puxando até você ou até a essa pizza. Mas posso deixar você entrar e aí vemos quem ganha essa disputa. - Abriu a porta para ele passar e colocar a pizza na mesa.
- Não acredito que a pizza consegue ser mais irresistível que os meus olhos. - colocou a mão no peito se fingindo de ofendido.
- Não digo irresistível, mas ela vai me alimentar, então temos um vencedor.
- Está mesmo me trocando por uma pizza?
- Não, você pode ficar e jantar comigo. - Sorriu lhe entregando os pratos.
largou os pratos na mesa ao lado da caixa de pizza e ficou observando . Os cabelos soltos, a roupa simples e os pés descalços era completamente diferente do jeito em que ela apareceu em sua casa na semana passada.
- Desculpe por ter sumido. Tive uns problemas familiares.
- ‘Tá tudo bem? - Ela perguntou preocupada.
- Sim. Apenas meu pai com problemas na empresa dele, mas não quero falar disso. - Ela balançou a cabeça indo até a geladeira e pegando duas latas de coca. - Você está bem?
- Sim. - Cortou a pizza e colocou um pedaço em cada prato. - Quer ver um filme? Vai começar O Poderoso Chefão.
- Quero. - Abraçou a mulher pela cintura, colando seus corpos pela primeira vez no dia. - Mas antes eu quero um beijo. - Toda a insegurança que antes rondava a mente de se esvaiu em segundos. Sentir os lábios de sobre os seus trazia toda a calma que seu corpo precisava.
- Estou feliz pela surpresa. - Disse quando se separaram. - Mas estou com fome também e louca pra ver Al Pacino.
- Vejo que estou em desvantagem hoje. - se rendeu pegando seu prato e sua coca seguindo até a sala.

O filme já estava no final, a pizza e o refri já tinham acabado, e estavam jogados no sofá assistindo terminando de assistir o filme quando ela resolveu contar sobre o ocorrido com David.
- David esteve aqui no sábado, logo quando eu cheguei da sua casa. Me pediu desculpas e se podíamos reatar. - revirou os olhos lembrando do ocorrido.
- O que você disse?
- Eu disse que eu tive uma noite incrível com uma pessoa maravilhosa, que só me fez bem. - Sorriu lembrando da ótima noite do jantar. - Desejei sorte na vida dele, mas não quero encontrar com ele nunca mais. Não temos mais nada sabe, nenhum elo e seria hipocrisia eu dizer que quero ele na minha vida, quando ele não me faz bem.
- Você não é obrigada a manter contato com alguém que te fez mal, porque outras pessoas esperam isso de você. Fico feliz que tenha tomado essa decisão.
- Eu também. Mas não quero continuar nesse assunto. Você não veio aqui pra falarmos sobre o meu ex.
- Gosto dessa sinceridade entre a gente.
- Eu também. Fica aqui hoje?
- A gravidade me trouxe até você, não pense que vai ficar longe de mim tão fácil. - se pôs em cima do corpo de , sem colocar o peso sobre o corpo da mulher deixou os braços esticados no sofá ainda a encarando.
- Acho que a gravidade ‘tá fazendo o trabalho dela direitinho. - Entrelaçou seus braços no pescoço de , o puxando para mais perto. - Eu não quero ficar longe de você. - Foi o suficiente para acabar com a distância ainda existente.

Agora com o recesso das festas de final de ano e já se encontravam com uma maior frequência, as visitas um na casa do outro já ocorriam quase sem eles perceberem, além de não precisarem mais de convites para passarem a noite juntos. Quando percebiam um novo dia já se iniciava e eles ainda estavam dividindo a mesma cama.
- O que vai fazer no ano novo? - Ouviu a voz de soar baixinho. Tirando a atenção de seu café.
- Vou passar com a Sam. Ainda não quero encarar minha família reunida. Mesmo que meu livro tenha lançado, eu sei que essa vai ser a pauta principal da noite e não quero dar esse gostinho a eles. - Folheava o jornal enquanto tomava mais um gole do líquido amargo.
- Então, eu ‘tava pensando em passarmos juntos. - ergueu os olhos em sua direção, ainda sem saber se ele estava brincando ou não.
- Tem certeza?
- Sim. Estamos juntos, não?
- Sim, eu acho. - Deu de ombros e voltou para o jornal. Tentava controlar os batimentos cardíacos. Não tinham conversado sobre isso, apenas aproveitavam o tempo juntos. - Tudo bem, sobre o ano novo. - Voltou a falar tentando agir o mais normal possível, colocou a caneca na pia e foi em direção ao seu quarto. Entretanto, aquela conversa a tinha pego totalmente de surpresa. percebeu a reação de e o quanto ela ficou intrigada com as palavras dele. Já sabia o que tinha que fazer, mas não podia dar errado dessa vez. balançou a cabeça ainda sorrindo ao ouvir as palavras de .
A cada dia ele se apaixonava mais. Entretanto, queria que tudo ocorresse da forma mais especial possível, mesmo tendo que se controlar ao máximo para não se declarar quando estava na companhia da mulher. Pegou o celular no bolso e digitou uma mensagem rápida para Samantha.
"Preciso da sua ajuda."
"Estou no pier com o Matt, acha que consegue chegar em dez minutos?"
- Recebeu a resposta antes de guardar o celular no bolso de novo.
"Sim, estou a caminho." - Respondeu rapidamente.
- Hey babe, vou precisar sair. Nos falamos a noite. - Deu um beijo rápido em e saiu do apartamento seguindo para o encontro com Samantha.
- Ok. - voltou sua atenção para a tela do computador, terminando de confirmar os últimos detalhes com a editora.

chegou ao pier um pouco mais de cinco minutos, graças a algumas sinaleiras furadas e a velocidade um pouquinho acima do permitido. Avistou Samantha cuidando o filho, enquanto o pequeno brincava ao seu lado.
- Ei cunhadinho, o que precisa de tão urgente? - Sam disse com um sorriso sem mostrar os dentes.
- Disse a para passarmos o ano novo juntos. Acha que é uma boa ideia?
- Acho que sim, o que tem em mente? - tirou uma caixinha do bolso e mostrou para Samantha a deixando de queixo caído com o anel brilhante guardado ali dentro. - Ok, eu preciso ser racional nesse momento. - ela disse devolvendo o anel para o rapaz.
- Então? - Ele perguntou ansioso. Samantha avistou o filho brincando com Mark mais a frente e voltou sua atenção para .
- , pra ser sincera nunca vi minha irmã feliz como ela está agora. Independentemente do que você está planejando apenas continue a fazendo feliz. Já sabe o que vai fazer, além disso? - Apontou com a cabeça para o bolso em que guardara o anel. - Não conte a , mas ela não para de falar de você desde o dia em que se esbarraram no parque.
- Você acabou de me dar uma ideia, obrigada Sam. - Deu um beijo no rosto de Samantha e ia saindo quando ouviu a mulher gritar seu nome.
- ! - Ele virou para trás vendo a mulher o olhar séria. - Se machucar minha irmã se considere um homem morto.
- Isso não vai acontecer. - Riu ao ouvir a frase dita pela mulher e voltou para o seu carro.
Dessa vez nada poderia dar errado, nem sequer uma taça de vinho derramada. Já era noite quando voltou ao apartamento de , mas já estava um pouco tarde e dificilmente a mulher ficava acordada até tarde. foi até ela e deu um beijo em sua testa antes de ir para o banheiro tomar um banho e se deitar logo e seguida.
- Boa noite babe. - disse baixinho abraçando a mulher pela cintura e a puxando mais para perto de si.
- Boa noite amor. - resmungou da mesma forma que ele, se aninhando ainda mais em seus braços. Ela dormia tranquilamente, enquanto fazia um carinho leve em seus cabelos. A sensação de deitar ao seu lado e sentir o cheiro de baunilha exalando dos cabelos dela o fazia ter a certeza que ali era o seu lugar e não queria sair.


Um pouco depois das nove da noite e já estavam sentados na sala de estar da casa de Sam, escutando mais uma das histórias de Matt. As risadas ecoavam pelo cômodo enquanto mais uma garrafa de espumante era esvaziada. As horas passaram rápido quando não havia nenhuma preocupação. O ambiente leve, a fez ter certeza que aquela seria um começo de ano e uma noite diferente. Não podia estar rodeada de pessoas melhores.
- Tiaaa! - Matt correu em seu colo. abraçava pela cintura no sofá, a mesma se acomodou para pegar o sobrinho no colo.
- Fala meu amor. - Ele se virou com seus pequenos olhinhos em direção a mulher mais velha e a encarou com um sorriso sapeca.
- Cadê seu namorado? - arregalou os olhos sem saber exatamente o que responder.
- Ei garotão, não está me vendo aqui, é? - pegou o menino no colo e começou a fazer cócegas em sua barriga. e Sam trocaram um olhar rápido.
- Tio , eu não gostava do outro namorado da tia , mas não conta pra ela. - Matt disse baixinho fazendo o homem gargalhar.
- Eu também não gostava dele. - respondeu baixinho, mas alto o suficiente para escutar. A mulher não sabia onde enfiar a cara de tão vermelha que estava.
- Ok, vamos parar com esse complô contra mim. - pegou o sobrinho novamente no colo. - Vamos lá pra fora, já é quase meia noite. - Ar, ela precisava de ar.
Olhou no relógio e faltavam alguns poucos minutos para a meia noite, Matt soltou sua mão quando viu os pais chegarem no jardim da casa e a abraçar por trás, passando toda segurança possível através de seus braços. Não tocou no assunto sobre o ocorrido na sala, fazia tudo que se sentia à vontade para fazer. Aquilo bastava para ela saber que agora eles estavam namorando. Olhou para o lado e Sam estava abraçada com Mark enquanto Matt tinha os olhinhos brilhando olhando para o céu. Se sentia tão sortuda naquele momento por poder contar com aquela pequena família e agora ter ao seu lado.
- FELIZ ANO NOVO! - Matt foi o primeiro a gritar assim que vários fogos de artifício começaram a brilhar no céu. abraçou o pequeno sobrinho, o enchendo de beijos, seguindo para o cunhado e por último a irmã.
- Seja feliz esse ano e não aceito não como resposta. - Samantha disse apenas para escutar e deu um abraço forte na irmã antes de entrar na casa novamente, deixando apenas ela e ali fora.
- Feliz Ano Novo, . - passou os braços em torno do pescoço de . O rapaz segurava a mulher pela cintura, mesmo que nenhum dos dois fosse dar sequer um passo para fora dali.
- Feliz Ano Novo, . - grudou os lábios num beijo calmo e lento, aproveitando o máximo aquele momento. A sincronia de suas línguas exploravam tudo que podiam, deixando ambos com falta de fôlego quando se separaram.
- Dizem que quando a gente beija alguém a meia noite é sinal de sorte o resto do ano.
- Eu quero ter essa sorte o resto da minha vida então. - deu um selinho demorado em , se separando por alguns segundos da mulher ainda a olhando nos olhos.
- O que? - estava visivelmente nervosa e não conseguia esconder. Seus olhos brilhando denunciava a ansiedade a corroendo cada vez mais.
- Alguns anos atrás eu tive a chance de conhecer a garota mais linda e incrível da escola. Mas eu era idiota, porque ao invés de eu conversar e conhecê-la melhor, eu acreditei numa mentira e impliquei com ela até o último dia de aula, quando finalmente conseguimos nos entender como deveria ter acontecido antes. Eu também era estúpido o suficiente para deixá-la escorregar pelas minhas mãos quando fui embora para Nova York. Ficamos separados por alguns anos, nos envolvemos com pessoas que achamos merecer. Mas como eu já disse algumas vezes, a gravidade me traz até você e ela me deu uma ajudinha te colocando, literalmente, no meu caminho de novo. , ter esbarrado em você naquele dia no parque e em todas as outras vezes foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida nesse último ano. Eu pude perceber o quanto eu era apaixonado por você e nunca tive a oportunidade de dizer isso em voz alta antes. Ver o quanto você é apaixonada pelo o que faz, pelos seus amigos, sempre disposta a ajudar qualquer pessoa sem esperar nada em troca me faz querer ser uma pessoa melhor, mas também me faz querer ficar ao seu lado hoje e todos os dias da minha vida. Eu quero poder ter acordar do seu lado, te proteger - mesmo sabendo que você é mais forte e esperta que eu -, te ver dormir no meio de um filme e acordar só no final fingindo que assistiu ao filme todo, quero estar do seu lado quando todos os seus livros serem publicados, quando você é reconhecida pelo seu excelente trabalho como professora. Eu poderia citar muitos outros motivos que fazem eu querer ficar e mesmo assim não seria o suficiente para explicar o quanto eu te amo.
, eu te pediria em namoro, mas acho que já passamos dessa fase e bem, você me conhece. Então, aceita se casar comigo? - As lágrimas molhavam todo o seu rosto, mas ela não se importava mais. O sentimento que vinha nutrindo por e tentava a todo custo esconder era totalmente recíproco, da forma mais pura e verdadeira que poderia ser. Ter se desfeito de todas as coisas e pessoas de seu passado foi a brecha perfeita para que as boas surgissem e conquistassem espaço.
- , eu aceito me casar com você. - As lágrimas pulavam de seus olhos, mas o sorriso em seu rosto era capaz de transmitir toda a felicidade que estava sentindo. - Obrigada por ser tão desastrado e, principalmente, por não desistir de mim. Eu te amo, .


Fim.



Nota da autora: Mais uma história com final feliz pra esquentar nosso coraçãozinho em meio ao caos que estamos vivendo. Espero que tenham gostado, qualquer crítica (boa ou ruim) podem um comentário pra fazer essa pobre autora feliz. Também estou à disposição no twitter @iwantjunes. E agradecer a também a Jéss e a Vê por terem me ajudado a não desistir, porque isso sempre passa pela minha cabeça destrambelhada, é isso.

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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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