CAPÍTULOS: [1] [2] [3] [4] [5] [6]





Infinity






Finalizada em: 03/10/2017

Capítulo 1 – Pequeno príncipe irlandês, pequena princesa britânica.


“Meu pequeno príncipe irlandês, estou com saudades, por favor, me encontre hoje ás sete no nosso esconderijo, eu te amo –
“Minha pequena princesa britânica, meu coração dói de saudade, estarei lá, eu te amo – Niall.”

Tinha momentos em que eu parava e tentava entender como eu podia amar tanto alguém, como eu amo . Ela me fazia sentir como se eu pudesse conquistar o mundo e quando ela abria aquele sorriso lindo, eu tinha a certeza que sim, eu podia conquistar o mundo inteiro.
Então eu chegava à conclusão de que amar foi a coisa mais certa que eu já fiz na minha vida.
Apesar dos pais dela serem contra o nosso namoro, nós dois encontrávamos uma forma de nos encontrar escondidos. O nosso esconderijo era perto do lago da casa dos meus avós maternos, eles haviam comprado aquela casa há vários anos e eles adoravam vir pra cá em todos os aniversários de casamento. Eu achei perfeito para nós dois, adorava aquele lugar.
Quando cheguei ao nosso esconderijo, ela já estava lá sentada perto do lago, o céu já estava escuro, e as primeiras estrelas já apareciam. Me aproximei com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco, e me sentei atrás dela, tirando as mãos dos bolsos e a abraçando. encostou a cabeça no meu ombro.
- Como é bom ter você nos meus braços – sussurrei em seu ouvido sentindo-a estremecer de leve.
- Como é bom estar nos seus braços – disse baixo.
- Como conseguiu sair de casa? – perguntei, olhando o lago. O pai dela tinha proibido que ela saísse de casa para evitar que se encontrasse comigo.
- Disse que iria até a casa da Sue – respondeu, seu polegar acariciava minha mão sobre sua barriga – Qualquer coisa ela me liga – acrescentou.
- Não gosto disso. Odeio ter que me esconder, odeio o fato de não poder andar na rua de mãos dadas com você, – confessei chateado.
Senti meus olhos começarem a arder por conta das lágrimas que estava se formando.
- Eu também não gosto Niall, mas o que nós podemos fazer, nós só temos dezessete anos – retrucou, virando-se de frente para mim, e pude ver que seus olhos também estavam cheios de lágrimas. Eu odiava fazê-la chorar.
- Desculpe, mas é que eu te amo tanto – segurei seu rosto e juntei nossas testas – O que foi que eu fiz de tão errado para os seus pais me odiarem tanto? – Fechei os olhos, guardando para mim a dor que eu estava sentindo no meu coração.
- Você não fez nada de errado – soprou aflita segurando meu rosto em suas mãos que tremiam – E mesmo que eles me proíbam de ver você ou não goste de você, o que realmente importa é que eu te amo.
- Não quero perder você – minha voz soou tão fraca e sôfrega.
Meu coração doía só de pensar em perder , eu não conseguia imaginar um mundo onde ela não estivesse. Seria um lugar cinza sem vida sem amor.
- E não vai, eu prometo – suspirou, abri os olhos encontrando os dela que pareciam tão aflitos e assustados – Ninguém nunca vai nos separar, nosso amor é eterno, Niall, eu te amo – beijou meus lábios de leve antes de voltar a falar – E eu juro que se for preciso nós podemos fugir daqui, porque eu não vou ficar sem você de jeito nenhum – disse firme, me fazendo contemplar seus olhos sonhadores.
- E para onde iriamos? – Perguntei. Um pontinho de esperança surgiu em meu coração.
- Para qualquer lugar, aonde pudéssemos contar as estrelas eternamente – respondeu sorrindo.
- Eu queria ficar com você para sempre – comentei baixo passando o meu nariz no dela.
- Vamos fugir Niall, por favor – pediu – Vamos deixar tudo isso para trás e vamos viver o nosso amor em paz.
- Mas e a minha família, a sua e os nossos amigos? – Ponderei receoso – Como vamos deixá-los aqui, e a nossa vida?
- Podemos avisar a sua família e a Sue, eu não sei.
Eu a afastei pelos ombros para olhá-la direito nos olhos.
- Você deixaria tudo para ficar ao meu lado ? – Perguntei sentindo cosquinhas na barriga.
- Tudo – respondeu sorrindo abertamente – Sem você nada faz sentindo – continuou.
- Você só pode ser um sonho – eu ri.
- E você é o meu sonho. O mais lindo que eu já tive. Meu pequeno príncipe irlandês – acariciou meu rosto e se aproximou até estarmos com os lábios selados, puxei-a pela cintura e ela passou os braços em volta do meu pescoço.
Era ali perdido em seus braços e em seu beijo que eu queria ficar para sempre.
Subi uma das mãos até o rosto dela deixando apoiada em seu pescoço e parti o beijo e colei nossas testas outra vez.
- Eu vou – eu disse baixo com olhos ainda fechados – Eu fujo com você. Minha pequena princesa britânica.
sorriu acariciando minha nuca com suas unhas curtas, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.
- Nós vamos ser felizes, eu prometo. O que acha da Irlanda? – Perguntou, abri os olhos e a encarei, minha pequena estava tão feliz.
- Qualquer lugar para mim será o suficiente desde que você esteja comigo – confessei apaixonado.
- Certo. Encontro você aqui amanhã às dez, podemos ir para Londres de trem – a animação dela me animou também.
- Estarei aqui esperando por você – afirmei.
- Eu vou estar aqui – prometeu.
- Vou te amar para sempre – puxei-a para mais um beijo que não durou muito por que o celular dela começou a vibrar.
- Droga! – Resmungou levantando-se do chão e eu a imitei.
- O que aconteceu princesa? – Perguntei preocupado, coloquei uma mecha atrás da orelha dela, e fiz carinho em suas costas.
- É a Sue – respondeu, guardou o celular no bolso – Meu pai está indo até a casa dela me buscar – acrescentou me olhando – Não quero ir Niall – choramingou me abraçando com força.
- Eu também não quero que você vá, mas você precisa ir, amanhã seremos só nós dois para sempre – puxei o aroma dos cabelos dela antes de nos afastar de novo.
- Eu te amo – murmurou com voz chorosa.
- Eu te amo – juntei nossos lábios mais uma vez antes de deixa-la ir.
correu para longe de mim, mas eu tinha a certeza de que logo estaríamos juntos de novo.
A decisão estava tomada, nós fugiríamos para vivermos o nosso amor sem restrições. E apesar da falta que eu sentiria da vida aqui em Leeds, eu faria isso por que eu amo e uma vida sem ela não seria a mesma.

Capítulo 2 – Quando todos querem você.


“Contando os minutos para ser sua para sempre, eu te amo – .”
“Seu para sempre, eu te amo – Niall.”

Quando cheguei em casa aquela noite, a primeira coisa que fiz foi começar arrumar minha mochila com algumas roupas, alguns itens pessoais e algum dinheiro que eu vinha poupando para comprar uma guitarra nova, mas era muito mais importante que qualquer guitarra.
Jantei com minha família, e conversamos bastante, meu sobrinho parecia feliz e aquilo apertou meu coração, eu iria deixá-lo e sabe-se lá quando eu o veria de novo, mas por tudo valeria a pena.

No dia seguinte fui ao colégio normalmente na esperança de ver desfilando pelo colégio, perfeita com o uniforme azul. No colégio tínhamos que manter a distância, já que os pais dela colocaram o primo Charlie para vigiá-la e como aquele idiota gostava dela, ele vivia grudado nela.
Mas por algum motivo ela não foi ao colégio, eu precisava saber dela.
“Minha pequena princesa britânica, porque não me deixa ver seus olhos? – Niall.”
“Eu precisava me despedir dela, pequeno príncipe irlandês, logo contaremos as estrelas juntos, te amo – .”
Guardei o celular de volta no bolso e observei o movimento, Charlie me encarava de longe, o ignorei e avistei Sue, a cumprimentei com aceno positivo de cabeça.
Logo eu estaria longe de tudo isso, começando uma vida nova ao lado da minha princesa.
Começando uma nova vida juntos.

Quando voltei para casa, meu coração voltou a doer outra vez, minha mãe estava animada por que iriamos visitar a vovó no fim de semana. Subi para o meu quarto com lágrimas nos olhos, peguei um caderno e comecei a escrever uma carta para eles, e explicar o porquê da minha partida.
Escrevi por horas, deixando que as lágrimas molhassem o papel, quando terminei de escrever coloquei em um envelope branco, eu não tive coragem o suficiente para deixar ali então decidi que outra iria fazer para mim.

Toquei a campainha da casa de Sue e logo a porta foi aberta pela própria Sue.
- Niall, oi – ela sorriu me encarando surpresa e curiosa também.
- Oi Sue – cumprimentei a loira de olhos castanhos com um sorriso fraco – Podemos conversar? – Perguntei enfiando as mãos nos bolsos do casaco.
- Claro – assentiu gentilmente – Mãe, estou aqui fora no jardim – ela se virou e disse alto para a mãe dentro de casa antes de sair. Segui Sue até o balanço do Jardim da casa dela e me sentei ao seu lado nervoso – Sobre o que quer falar Niall? – Ela quis saber, me olhava atenta.
Sue era a melhor amiga de , desde que eu a conheci as duas sempre estavam juntas. Foi com a ajuda de Sue que eu consegui me aproximar de em uma festa e foi com a ajuda dela que conseguimos nos ver por tantas vezes as escondidas. confiava em Sue então eu também podia confiar nela.
- Quero que me prometa que não vai contar a ninguém – pedi receoso, eu precisava ter certeza de que podia confiar nela.
- Eu prometo.
- Tudo bem – suspirei – e eu vamos embora hoje, mais ninguém sabe além de nós três – comecei.
- O quê? Vocês são loucos? – Indagou incrédula.
- É o único jeito para ficarmos juntos.
- Os pais dela não querem, não é?
- É – concordei – Não sei o que fiz de errado, tudo o que eu fiz foi amar a .
- Tudo bem Niall – Sue tocou meu ombro de leve – É que a não me disse nada – murmurou baixo.
- Não iriamos contar a ninguém na verdade – expliquei – Mas é que eu preciso de ajuda – falei.
- E o que é? O que eu preciso fazer? – Perguntou curiosa.
- Quero que você entregue essa carta para os meus pais amanhã – tirei o envelope do bolso da blusa e estendi a Sue – Pode fazer isso? – encarei Sue, a loira olhou de mim para o envelope e do envelope para mim fazendo suspense, aquilo estava me matando.
- Claro que posso – respondeu sorrindo, pegou o envelope da minha mão, me fazendo respirar aliviado – é minha melhor amiga e sei o quanto ela te ama, acho que ela ama até mais do que eu sei – contou.
Abri um sorriso enorme.
- Eu também a amo muito – confessei envergonhado.
- Tenho certeza de que vocês vão ser felizes. Mas não deixem de me ligar, quero saber se vão estar bem – pediu.
- Claro, não se preocupe – prometi. Sue segurou minha mão apertando-a com força.

Voltei para casa já eram quase oito e meia da noite, jantei com a minha família, meu último jantar com eles. Foi especial.
Meus pais resolveram ir se deitar e eu os segui indo para o meu quarto, mas não sem dar o último abraço neles, tive que me segurar para não chorar.
Antes de sair dei uma última olhada no meu quarto, eu sentiria saudades daquele lugar.
Cheguei ao lago às nove e quarenta e cinco, deixei a mochila no chão e me sentei o céu estava estrelado assim como ela gostava.
. Minha pequena princesa.
Será que era certo o que estávamos fazendo? Fugir deixar tudo para trás. Por um instante senti meu coração doer e um vento gelado tomar meu corpo.
Olhei o horário no celular um tempo depois e estava atrasada, talvez ela não tenha conseguido ficar sozinha ainda. Mandei uma mensagem para ela.
“Já estou aqui, o trem sai ás onze, eu te amo – Niall.”
A resposta não veio, as estrelas foram cobertas por nuvens, o trem se foi, não veio, mas as minhas lágrimas sim.
E com o coração partido, voltei para casa. Talvez não fosse certo.

Capítulo 3 – É como se estivesse congelando, mas o mundo ainda gira.


“Eu estava lá para você, e vou estar por toda a eternidade, ainda amo você – Niall.”

As fotos dela estavam espalhadas na minha cama a música favorita está tocando no meu celular. A mochila jogada no chão.
Eu só queria entender o que deu errado, o que a fez mudar de ideia, eu só queria escutar a voz dela. Eu precisava vê-la, talvez não fosse certo ficarmos juntos, mas eu precisava vê-la de novo.
Por que não apareceu?
Não dormir à noite inteira pensando nela, no sorriso, nos olhos.
- Por que ? O que aconteceu princesa? – Murmurei sozinho, limpei as lágrimas. Me levantei do tapete, passei as mãos no rosto e suspirei – !
Me levantei tirei a roupa e entrei no banheiro, ás lágrimas se misturaram com as gotas quentes da água, apoiei as mãos na parede deixando a água cair na minha cabeça.
Um soluço escapou da minha garganta e o choro desesperado veio, o choro que eu tentei guardar para mim desde à noite passada. Meu corpo tremia pelos soluços altos e então eu me sentei no chão frio e encostei minha cabeça na parede.
- – chamei o nome dela mais de uma vez.
Eu não podia ficar sem ela, meu coração não aguentaria.
“Eu preciso de uma resposta princesa, preciso entender o que aconteceu, não tape os meus olhos não me deixe no escuro, amando você ainda mais – Niall.”
Enviei a mensagem, eu já tinha perdido as contas de quantas mensagens eu já tinha mandando para ela durante toda a manhã. Coloquei a cabeça no travesseiro mesmo com os cabelos ainda molhados.
Esperei a resposta, mas assim como as outras, essa também não veio. Suspirei e deixei o celular cair no tapete.
Escutei a porta do quarto ser aberta e fechada logo depois, mas não me virei para saber quem era.
- Niall? – Minha mãe me chamou baixo – Está tudo bem filho? – Perguntou preocupada.
Limpei as lágrimas, me levantei sentando na cama e olhei para ela.
- O que aconteceu? Por que está assim? – Ela se sentou ao meu lado na cama.
- Eu estou bem mãe – menti, tentei sorrir, mas tenho certeza que não foi convincente.
- Não. Não está – retrucou tocando meu ombro – O que houve? – Insistiu.
- A , ela... – um nó se formou em minha garganta.
- O que aconteceu com a ?
- É que... Me perdoa mãe – pedi voltando a chorar caindo nos braços dela.
- Niall, por favor, me diz o que aconteceu. Estou ficando preocupada.
Eu iria magoá-la. Iria fazê-la chorar, talvez me odiar, mas agora tudo já estava acabado. De jeito ou de outro ela iria ficar sabendo.
Respirei fundo.
- e eu iriamos embora – confessei sentindo-a ficar tensa – Mas ela não apareceu – solucei alto – Me perdoa mãe, por favor. Eu só queria ficar com ela para sempre.
- Niall – sussurrou.
- Eu não queria magoar você mãe – continuei até que ela me abraçou forte.
- Vai ficar tudo bem, meu filho. Não se preocupe. Eu te amo Niall – disse e eu me senti péssimo por ela.
- Mãe ela... – hesitei. Me levantei e a olhei.
- deve ter uma boa explicação para não ter ido – ela acariciou o meu rosto e limpou as lágrimas do meu rosto.
- Acho que ela não estava pronta para deixar tudo por mim – choraminguei.
- Shhh... Não se preocupe. Se não deu certo, você deve seguir em frente – aconselhou-me.
- Como? – Olhei-a incrédulo – Como eu posso seguir em frente se tudo o que eu quero é a minha princesa de volta, mãe – as lágrimas voltaram.
Minha mãe me abraçou outra vez e eu a apertei mais a mim. Os braços dela eram o meu refúgio, o lugar mais seguro que eu tinha para me esconder da tempestade e dos problemas lá fora.
- Então lute por ela meu filho – mandou – Se é o amor da sua vida, e se você tem certeza de quer ficar com ela para sempre, lute. Prove para os pais dela que você é digno de namorar e quem sabe até casar com a filha deles – continuou, me fazendo olhá-la.
Minha mãe tinha razão, era o amor da minha vida e eu não podia desistir dela assim tão fácil. Desde que a conheci tudo o que eu fazia era por ela, eu só pensava nela o dia inteiro.
Eu amava a completamente.
- Você tem razão, mãe – concordei, sentando-me corretamente na cama e limpei as lágrimas do meu rosto. Eu precisava me manter firme, erguer a cabeça e ir atrás da minha princesa e toma-la pra mim outra vez – é a minha garota, e, eu não posso desistir assim tão fácil dela.
- é sua, filho – ela segurou meu rosto – A sua princesa, como você diz – minha mãe sorriu me fazendo sorrir junto.
- Obrigado mãe – a abracei de novo – Eu te amo. Me desculpe por magoar você – pedi baixo.
- Não pense mais nisso. Eu amo você e estou orgulhosa apesar de tudo, mas vou ter que contar ao seu pai - avisou.
Fechei os olhos com força e assenti.
- Tudo bem.
Depois da nossa conversa minha mãe me obrigou a sair do quarto e comer alguma coisa já que eu não tinha tomado café e nem almoçado. Meu celular não tocou uma única vez, e eu decidi não insisti mais, por enquanto. Eu iria até a casa de e conversaria com ela, nem que para isso eu tenha que enfrentar os pais dela.

A campainha tocou e mamãe rapidamente foi atender, e não demorou muito para que ela voltasse para a cozinha, estranhei o tom de voz dela quando me chamou, me virei e encontrei Sue parada ao lado da minha mãe me olhando como se tivesse visto um fantasma, ela parecia estar tão abatida. Desci meus olhos para as mãos dela e vi um envelope e então me lembrei de que ela traria a carta para os meus pais.
- Sue? – Falei baixo.
- Niall? O que?... Oh meu Deus – sua voz falha e os olhos cheios de lágrimas me deixaram alerta, havia algo de errado ali – Você não sabe?
- Não sei do que? O que aconteceu? – Perguntei preocupado, me levantando da cadeira e parando diante dela, minha mãe encarava a loira também preocupada.
- Foi a , Niall – começou, meu coração acelerou – A sofreu um acidente de carro ontem à noite e ela não está nada bem – seu queixo tremeu – Você precisa ir vê-la.
Tudo começou a girar, aquilo não podia estar acontecendo, não podia ser verdade. A minha princesa.

Capítulo 4 – Quantas noites levam para contar as estrelas?


Meu coração estava disparado e a minha visão turva, Sue estava no banco de trás do carro calada, minha mãe dirigia o mais rápido que ela podia, enquanto eu... Eu estava desesperado. De tudo o que eu imaginei que tivesse acontecido, aquilo nem ao menos passou pela minha cabeça.
- Sue? – Chamei-a baixo, continuando do mesmo jeito que estava, encolhido no banco da frente abraçado aos joelhos olhando para o nada – Você sabe como aconteceu?
- Eu soube pela Karina, a tia dela, que Charlie descobriu que vocês iriam fugir e foi correndo contar para o pai dela e eles queriam levá-la a força para Winchester onde moram os avós maternos dela e no meio do caminho eles perderam o controle do carro e capotaram. Karina disse que os pais dela não se machucaram muito, o senhor quebrou o braço, e a senhora teve alguns arranhões, mas a ela... Ela se machucou muito por que estava sem cinto de segurança – contou. E meu coração doeu mais um pouquinho. Então ela não tinha desistido de mim?
- Como o Charlie descobriu? – Insisti, aquilo estava me deixando cada vez mais furioso.
- Eu não faço a menor ideia Niall, juro que até agora estou tentando entender – respondeu e eu senti a sinceridade na voz dela.
- Eu vou descobrir e quando eu pegar aquele cara eu vou...
- Niall, não – minha mãe me interrompeu, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo. Charlie é um cretino – A precisa de você agora e acho que esse garoto já teve o merecia – continuou.
- Se acontecer alguma coisa com a eu não sei se vou aguentar não fazer nada – rebati, levantando o rosto. Minha mãe parou o carro no estacionamento do hospital e eu tirei o cinto de segurança sem esperar por mais nada.
- Niall – minha mãe segurou meu braço me fazendo parar – Não se desespere, não entre em conflito com os pais dela, precisa de você agora e você precisa provar aos pais dela que você a ama.
- Tudo bem, mãe – assenti – Agora vamos, por favor – pedi.
Ela me abraçou antes de finalmente sairmos do carro. Sue nos guiou pelo prédio até chegarmos a UTI onde a minha princesa estava, entramos em um corredor e logo eu pude avistar Augustus e Maryanne , os pais de , eles estavam péssimos.
- Senhor e senhora – Sue os chamou baixo ao se aproximar – Nós viemos ver a...
- O que esse moleque está fazendo aqui? – Augustus perguntou interrompendo Sue, levantando-se depressa.
- Eu vim ver a e eu não vou sair daqui até vê-la – respondi firme encarando-o – Eu não faço ideia do motivo para vocês me odiarem tanto, mas eu amo a e ninguém vai me afastar dela – conclui.
- Tentar fugir com a minha filha é motivo suficiente – ele retrucou furioso.
- Não vou deixá-la.
- Escuta aqui seu... – ele avançou em minha direção.
- Você não vai tocar no meu filho – minha mãe entrou na minha frente.
- Augustus, já chega! – A mãe de ordenou – A minha filha está em uma cama desacordada, quase morrendo. Chega disso - a voz embargada denunciava o choro sôfrego dela.
- Como ela está? – Minha mãe perguntou preocupada.
- Mal – respondeu – Ela perdeu muito sangue, precisa de uma transfusão de sangue urgente, mas nós não somos compatíveis e o banco de sangue do hospital está em falta – explicou.
- Oh meu Deus! E qual é o tipo sanguíneo da ? – Quis saber.
- A negativo.
Eu chorei. Aquilo só podia ser alguma brincadeira, ou um sinal. Um sinal de que ela era para ser minha, nosso destino era um só. Ficarmos juntos para sempre.
- Eu posso doar – soprei sem forças.
- O que? – A senhora indagou fraco e eu a olhei com lágrimas nos olhos.
- Eu sou compatível com a princesa. Eu também sou A negativo – contei.
- Oh meu Deus! Você vai salvar a minha filha? – A senhora parecia não acreditar, eu assenti com firmeza limpando as lágrimas do rosto.
- Maryanne, eu não concordo com isso – Augustus interferiu, puxando a mulher pelo braço – Você sabe o que ele faz, não quero que o sangue de um perdido esteja na minha .
- Como é? – Minha mãe e eu perguntamos ao mesmo tempo, o que ele queria dizer com aquilo?
- O que quer dizer com isso? – Perguntei.
- Você sabe do que eu estou falando. Charlie nos contou o que você faz rapaz...
- Charlie? – Repeti sem entender nada.
- Charlie nos contou que você usa drogas, Niall – foi a senhora quem terminou de falar.
- Isso só pode ser uma brincadeira de muito mau gosto – minha mãe tomou a frente outra vez, irritada.
Aquilo era ridículo e agora até fazia algum sentido agora. Charlie era um infeliz.
- Eu nunca fiz nada do que me envergonhasse, e muito menos usei qualquer porcaria que Charlie disse, eu nuca usei drogas na minha vida – me defendi prontamente, mas meu coração parecia diminuir a cada segundo que ficávamos ali parados discutindo – Mas não vamos falar sobre as mentiras de Charlie agora – funguei passando as mãos no rosto novamente – O que eu tenho que fazer para salvar a minha princesa? – insisti, olhei para Maryanne e ela me guiou pelo corredor para falarmos com o médico responsável por e ele nos explicou tudo o que eu precisava fazer para doar meu sangue para ... Mas eu precisava vê-la antes, precisava tocá-la sentir sua pele sob a minha.
- Senhora – me virei para ela aflito encontrando seus olhos do mesmo modo que eu – Será que eu... Posso vê-la antes, por favor – pedi.
- Niall, eu não sei... O médico não nos deixou entrar no quarto e então eu não sei se...
A interrompi me virando para o médico ao nosso lado.
- Por favor, eu prometo que não vou demorar... – passei as mãos nos olhos – Só preciso dizer a ela que eu estou aqui, que eu a amo.
- Doutor, por favor, ele é namorado da minha filha – a senhora tentou me ajudar.
O doutor me encarou por alguns minutos, então suspirou e fechou os olhos cansado, e voltou a me olhar.
- Tudo bem garoto – assentiu – Você tem cinco minutos, não posso deixar mais que isso – continuou.
Concordei suspirando dolorosamente.
O doutor me levou até uma sala, aonde eu pude vestir uma roupa especial para que eu pudesse entrar no quarto em que estava.
- Cinco minutos – o doutor repetiu assim que paramos em frente ao quarto.
- Tudo bem – assenti. Girei a maçaneta e abri a porta, puxei a máscara para o meu rosto e depois de respirar fundo entrei de vez no quarto. As lágrimas vieram outra vez como uma avalanche forte, meu corpo quase cedeu, mas eu me forcei a continuar de pé por ela, para tirá-la daquela cama.

Capítulo 5 - Olhos não podem brilhar.


- Princesa – minha voz falhou, apoiei minhas mãos na cama para me manter em pé. Ela estava tão pálida e fria – Estou aqui amor – falei baixo.
Me curvei sobre ela. Apesar de tudo ela estava linda, dormindo com a bela adormecida.
- Por favor, não me deixe. Não posso contar as estrelas sozinho. Eu te amo . Minha pequena princesa britânica, eu vou salvar você eu prometo – acariciei a bochecha pálida dela – Vou levar você para conhecer a Irlanda, vou realizar todos os seus sonhos – senti meus olhos arderem – Aguenta só mais um pouquinho e volta pra mim – supliquei – Eu te amo muito .
Beijei seus lábios ressecados e me levantei, acariciei os cabelos e o rosto dela, guardando seu semblante na memória. Sai do quarto arrasado, meu corpo todo tremia e as lágrimas pulavam dos meus olhos, eu tinha que trazer a minha de volta. merecia estar aproveitando todas as belezas da vida, sorrindo com uma linda criança e amando como uma mulher.
- Niall, está tudo bem? – Maryanne estava ao meu lado.
- Podemos começar isso logo, eu preciso dela de volta – murmurei tentando me recompor.
- Se acalme – ela passou as mãos nas minhas costas me acalentando – Vamos falar com o médico – pediu. Eu concordei com a cabeça e segui com ela, encontramos o doutor e ele me explicou tudo o que eu precisava fazer, minha mãe ficou comigo o tempo todo, principalmente enquanto eles tiravam o meu sangue. Eu nunca gostei muito de agulhas, mas era por e por ela eu faria qualquer coisa, até mesmo enfrentar meu medo por agulhas.
- Você é um homem muito corajoso filho – minha mãe disse carinhosa, mexendo no meu cabelo.
- Meu amor por me faz corajoso, mãe – confessei.
Vi seus olhos brilharem por causa das lágrimas.
- Eu me sinto orgulhosa por ter conseguido criar você tão bem, Niall – ela segurou minha mão apertando algumas vezes e pude ver suas lágrimas descerem por seu rosto.
- Eu te amo mãe. Não se preocupe comigo – pedi tentando não dobrar o braço.
Fiquei mais algum tempo ali com minha mãe do lado conversando comigo. Quando saímos da sala meu pai já estava ali. O doutor nos disse que fariam a transfusão ainda hoje, e que esperariam começar a reagir aos poucos, eu fiquei tão ansioso e decidido a não sair daquele hospital até que aquilo acontecesse, mas eu precisava me acertar com Charlie. Eu tinha prometido para a minha mãe que não faria nada, mas eu não conseguiria conviver com isso. Se não fosse pelas mentiras dele, nada disso não estaria acontecendo.

Eu já estava bem melhor quando sai de casa, não contei aos meus pais onde eu estava indo, até porque se eu contasse a eles não me deixariam sair de casa. A única que podia me ajudar agora era a Sue e ela topou ir comigo até a casa do Charlie.
- Niall, tem certeza? – Indagou a garota parada ao meu lado em frente à casa do Charlie.
- Tenho – assenti – Eu preciso fazer isso, por mim... Por – respirei fundo, enfiei as mãos nos bolsos da calça atento a porta da casa dele.
- Tudo bem, eu vou tocar a campainha – avisou. Mesmo incerta ela rumou até a porta.
Tudo o que eu faria era jogar na cara dele toda a verdade que os pais de já sabiam o que ele tinha feito... Mas quando eu o vi, meu sangue borbulhou e quando dei por mim Charlie já estava no chão com o nariz sangrando e o meu punho doía, mas a dor no meu coração por saber que a minha princesa estava insciente em uma cama, era bem maior.
- Niall! – Sue gritou assustada e segurou meu braço tentando me manter longe daquele cretino.
- Quem você pensa que é seu imbecil? – Charlie se levantou furioso com a mão no nariz e veio pra cima de mim, mas Sue colocou-se entre nós.
- Niall, não!
- Isso é pra você aprender a não mexer comigo – falei bravo – Você achou mesmo que iria continuar mentindo para os pais da , pensou mesmo que eles não iriam descobrir que eu não iria descobrir? – Charlie engoliu em seco – Agora por sua culpa, está morrendo.
- A culpa é sua Horan por querer uma garota que não era pra você e foi você quem quis tirá-la daqui, pensou mesmo que eu iria deixar você levar a única garota que eu realmente me importo embora – ele riu debochado, a raiva começava a borbulhar meu sangue outra vez – Se fosse para eu escolher entre a morta ou com você... Então eu prefiro mil vezes que ela morra – cuspiu.
- Seu... – parti para cima dele com raiva.
- A partir de hoje Charlie você não verá a minha filha de jeito nenhum – a voz firme do senhor soou atrás de nós, Charlie arregalou os olhos surpreso e assustado.
- Tio eu só... Me desculpe, eu não...
- Se eu souber que se aproximou dela, você vai se arrepender – Augustus parou diante dele.
- Tio, por favor, eu falei sem pensar – insistiu em se defender – Esse infeliz não pode ficar com a , você sabe o que ele faz – Charlie me olhou furioso.
- O que eu sei Charlie, é que você mentiu desde o começo – Augustus rebateu firme – Agora saia da minha frente moleque – mandou – E Niall – ele virou-se pra mim – Se puder ir ao hospital mais tarde.
- Com certeza – assenti positivamente com a cabeça.
- Ok. E você Charlie, entra, vamos conversar.
Vi os dois entrarem e então eu pude relaxar um pouco.
- Niall, meu Deus! Eu quase tive um troço – Sue disse respirando fundo e eu também.
- Bom, pelo menos agora ele sabe a verdade – comentei.
- É – Sue concordou – Vamos, não temos mais nada para fazer aqui – disse, assenti e a segui de volta pelo caminho que fizemos antes.

Quando cheguei em casa, minha mãe já estava me esperando para irmos para o hospital. Tomei um banho rápido, me troquei e logo estávamos indo outra vez para o hospital. Maryanne tinha sido permitida entrar no quarto para ver , Karen estava lá e nos recebeu, mamãe ficou conversando com ela enquanto meu pensamento voava por todo o hospital em busca da princesa.
tinha que acordar logo, ou eu ficaria louco.
Maryanne voltou pouco depois, seu semblante era triste e isso me preocupou muito, olhei para a minha mãe e ela sorriu pra mim, mas eu podia sentir que tinha algo errado...
E isso foi se confirmando a medida em que os dias iam se passando e não acordava e o meu desespero aumentava, eu já não conseguia sair do hospital.
Já faziam quase duas semanas que eu tinha doado meu sangue para e nada dela reagir, os médicos não sabiam o que fazer. Eles já tinham a levado para o quarto e eu fiquei com ela desde então, com sua mão morna presa na minha o tempo todo.
- Niall filho, você precisa ir para casa, tomar banho e descansar um pouco – escutei a voz da minha mãe atrás de mim.
- Eu não posso mãe – sussurrei – Preciso estar aqui para quando ela acordar – continuei.
- Por isso mesmo, ela precisa te ver bem saudável quando acordar – insistiu.
- Mãe, eu não quero sair daqui.
- Então eu não vejo outra alternativa a não ser conversar com o médico para te proibir de ficar aqui.
- Você não pode fazer isso – olhei para ela furioso.
- Você não está me dando outra opção, Niall.
- Mãe, por favor – implorei, me separei de por um instante e me aproximei da minha mãe – Por favor.
- Você pode ficar... – eu já estava respirando aliviando quando ela voltou a falar – Mas só depois que você for para casa descansar tomar banho e comer alguma coisa.
- Mãe... – tentei insistir, mas eu sabia que não ganharia aquela discussão.
- Filho, por favor, não vai gostar de te ver assim quando acordar.
Suspirei vencido.
- Ok. Mas eu não vou demorar – avisei.
Ela assentiu devagar. Voltei para , apoiei as mãos na cama.
- Oi princesa, eu vou precisar sair por um instante, mas eu não vou demorar, prometo – suspirei – Mas prometa que quando eu voltar você já vai estar acordada, me esperando com aquele sorriso que eu amo – me abaixei encostando minha testa na dela – Por favor, volte pra mim – pedi baixo – Eu amo você – beijei sua boca levemente antes de me afastar.
Minha mãe me abraçou para me confortar.
- Descanse filho – pediu mais uma vez.
- Tudo bem.
Meus passos foram lentos até a porta, assim como a minha vida estava nos últimos dias. Mas foi quando eu fechei meus dedos na maçaneta, e um som suave e baixo fez a vida perdida em mim, voltar.
Eu estava vivo de novo.
- Niall!

Capítulo 6 – Eternidade


Meu coração voltou a bater no ritmo certo, ou ele estava acelerado demais, eu não sabia ao certo. Minhas pernas pareciam que tinham ficado duras.
Meu Deus, eu tinha mesmo escutado aquilo, ou já estava delirando?
- Niall.
Outra vez eu a ouvi, forcei minhas pernas e quando me virei senti como se o mundo tivesse parado, os olhos que eu tanto senti falta, a voz que eu tanto queria ouvir nos últimos dias.
Minha princesa.
Meu amor.
- ! - minha voz saiu fraca, rouca e baixa. Me arrastei até ela, encontrando seus olhos tão confusos.
Meu amor.
- Eu te amo - sussurrou pra mim e eu depois de todos esses longos dias sorri verdadeiramente.
- Eu te amo tanto - segurei seu rosto pálido nas mãos olhando-a de perto - Graças a Deus. Eu te amo.
Beijei seus lábios ressecados devagar.
- Água... Preciso de... Água - pediu.
- Eu vou chamar a enfermeira - escutei minha mãe dizer, mas eu não a olhei, não desviei minha atenção da minha pequena princesa britânica.
- Eu pensei que tinha perdido você princesa - falei aflito.
- Não vou a lugar algum sem você príncipe.
Seus lindos olhos brilhavam como as estrelas, desenhei seu rosto com as pontas dos meus dedos, eu não conseguia acreditar que ela estava de volta, o meu medo agora era acordar e descobrir que era somente um sonho, foi então que as lágrimas vieram, e eu chorei como uma criança pequena.
- Niall não, por favor, não chora – pediu, e mesmo fraca me puxou para os seus braços. Eu desabei ali mesmo em seus braços, eu estava me sentindo tão aliviado por ela estar acordada.
Eu só conseguia olhar para ela, todo meu corpo tremia meu coração batia acelerado.
Ela estava viva.
A enfermeira e o médico dela saíram da sala, e logo em seguida os pais dela entraram, a senhora também não segurou a emoção por ver a filha acordada e bem.
- Minha filha, por favor, me perdoe, eu pensei que estava fazendo o melhor para você – o senhor desculpou-se.
- Está tudo bem pai, não se preocupe, eu te amo – ela disse e os dois se abraçaram.
Ainda sentia vontade de continuar socando a cara do Charlie, mas a pessoa mais importante para mim estava ali, acordada sorrindo, viva. Nada mais importava agora.

foi levada para o quarto algum tempo depois, ela precisou fazer mais exames por precaução, e para todo o lugar que a levavam eu estava indo também, não queria deixá-la nem por um segundo.
Minha mãe tentava me convencer a ir para casa tomar um banho, comer alguma coisa e descansar um pouco, mas eu não faria isso de jeito nenhum.
Entrei no quarto ao lado da minha mãe, estava sorrindo com os pais, meu coração estava transbordando de felicidade.
- que alegria ver você assim – minha mãe disse.
- Obrigada. Depois que sair daqui eu só quero curtir – disse sorridente.
- Isso é bom – mamãe concordou.
- Vamos viajar, está decidido – o senhor disse.
Busquei os olhos dela, sorriu para mim.
- Se quiser ir conosco Niall, será bem-vindo – Augustus murmurou, observei-o surpreso, mas não respondi e nem precisava, nada me faria ficar longe dela.
- , será que você pode convencer esse teimoso a ir para casa descansar um pouco, por favor – minha mãe pediu, olhei para ela incrédulo.
Qual era o problema dela?
- Ah vamos tomar um café Augustus? – Maryanne o chamou, ele a olhou sem entender. riu e logo em seguida ele também.
- Claro, vamos – concordou. Deu um beijo em .
- Acho que vou querer um pouco de café também – minha mãe decidiu.
Os três saíram do quarto rapidamente, nós dois rimos me aproximei da cama dela.
- Eles são bons – comentei, me aproximei mais e segurei suas mãos.
- São sim. Senti saudade, Irlandês.
- Também senti, Britânica.
- Me conte o que você aprontou na minha breve ausência – pediu.
- Para mim pareceu uma eternidade – resmunguei – E eu não aprontei nada – menti.
- Niall, eu sei o que você fez com o Charlie – revelou.
- Ele mereceu – dei de ombros.
- Eu nem vou brigar com você – ela riu – Porque ele mereceu mesmo.
Suspirei. Cheguei mais perto dela, apoiei minhas mãos na cama deixando meu rosto rente ao dela.
- Pensei que tivesse desistido de mim – confessei baixo.
- Eu nunca desistiria de você – suas mãos tocaram meu rosto – Eu te amo.
- Eu te amo – soprei.
- Obrigada por salvar a minha vida.
- Eu te salvaria quantas vezes fossem necessárias – admiti, e não era mentira alguma, eu faria aquilo quantas vezes fosse preciso para salva-la.
Então eu a beijei e tudo parou, a saudade que tinha sentido daquela boca, daquele beijo, era bem difícil de explicar. suspirou em meus lábios e partiu o nosso beijo.
- Niall, você precisa descansar um pouco, vá para casa – murmurou, seus olhos nos meus.
- , eu não quero ir, quero ficar aqui com você – pedi – Foram tantos dias longe de você – continuei.
- Eu sei – assentiu – Mas agora nada pode nos separar, por favor, vá descansar. Porque eu preciso de você forte e saudável para a nossa viagem – aqueles olhos lindos conseguiam qualquer coisa – E, além do mais, eu vou estar aqui quando você voltar.
- Promete?
- Prometo – mordeu o lábio, ela já tinha me convencido.
- Tudo bem, mas não vou demorar – avisei.
- Certo – sussurrou, encostei minha testa na dela e fechei meus olhos, eu só queria senti-la ali perto de mim – Meu pequeno príncipe Irlandês.
- Minha pequena princesa britânica.
Meu coração estava transbordando felicidade, eu a amava mais que qualquer coisa no mundo.

Semanas depois...
Nunca tinha visto tão feliz, ela estava radiante. Aquela viagem tinha realmente feito bem a ela, a minha princesa era só sorrisos. Quando recebeu alta do hospital viajamos no dia seguinte, viemos para a casa de praia dos pais dela, não podia fazer muito esforço, mas quem disse que ela queria ficar quieta?
Quase ter perdido fez algumas coisas mudarem muito, não só para mim é claro, mas também para os pais dela, principalmente para o senhor Augustus. Nós conversamos muito, nos desculpamos um com o outro e eu finalmente tive a permissão para namorar , tenho que dizer que foi o segundo melhor dia da minha vida, o primeiro foi tê-la de volta, viva.
Ela parecia uma criança correndo na areia da praia, aquele lugar ficava ainda mais lindo a noite com todas aquelas estrelas brilhando no céu. Me sentei na areia observando-a ir até a beira da água e molhar os pés, sorri para que veio correndo até onde eu estava, sentou-se ao meu lado e eu a abracei de lado.
- Estou feliz por estar aqui com você Niall – murmurou a voz um tanto ofegante pela corrida que fez.
- Eu também estou, estar aqui com você é a melhor coisa do mundo para mim – apertei-a mais em meu abraço.
- Qual é o tamanho do seu amor por mim? – perguntou de repente, estranhei sua pergunta, olhei para ela que estava sorrindo tímida.
Respirei fundo e encarei o céu estrelado, procurei por uma resposta.
- Sabe, houve um tempo que eu cheguei a pensar que as estrelas poderiam definir o meu amor por você – comecei – Mas... – ri – Eu percebi que elas não chegam nem a metade do amor que eu sinto por você, . O meu amor é maior que qualquer coisa no mundo, nem a eternidade será suficiente.
Voltei meus olhos para a minha princesa e os vi marejados.
- Eu te amo – choramingou, ela me beijou.
- Eu te amarei por toda a eternidade.

Fim!



Nota da autora: (03/10/2017) Sem nota.




comments powered by Disqus




Qualquer erro nessa atualização são apenas meus, portanto para avisos e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa linda fic vai atualizar, acompanhe aqui.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.