Jogando os Dados - Vermelho







O helicóptero pousou no pequeno heliporto da fazenda do Seu Maneco, um dos vizinhos mais simpáticos que nós tínhamos. Ele correu ao ouvir o barulho e estava com a espingarda em mãos quando eu desci, com os braços para o alto e rindo.
- Foi mal, Seu Maneco - pedi desculpas, enquanto o co-piloto jogava minha mala ao meu lado. - Valeu!
- Qualquer coisa, liga pra gente - o co-piloto falou.
Ah, claro que sim. Depois da grana que eu paguei pra eles pilotassem pra mim por uma distância tão curta, claro que queriam que eu os ligasse de novo. Apesar de tudo, concordei com a cabeça e me afastei ao vê-los decolar.
- Rapaz! - Seu Maneco logo me alcançou, tendo que gritar para que fosse ouvido. - Seu pai disse que você tava em São Paulo, moleque.
- Eu tava! - Gritei de volta. - Tô voltando pra casa... Desculpa por usar o heliporto sem avisar.
Ele apenas me deu uns tapinhas nas costas e riu. Conhecia-me desde moleque e sabia de todas as minhas peripécias e atitudes sem pensar. Já me pegara pelas orelhas, correndo atrás das garotinhas em seu território. Aquela, possivelmente, era a coisa mais centrada que eu já fizera por ali.
- Tá tranquilo, rapaz - disse. - Seu pai vai gostar de te ver de volta.
Eu não estava pensando muito no meu pai, no momento. Estava concentrado na ideia de ver e destruir qualquer vestígio daquela necessidade que gritava em todo o meu ser. Agora que tudo acabara, eu só conseguia vê-la no meu futuro. Tudo era e tudo seria ela.
O desejo me fez pular em meu lugar e eu me curvei para pegar minha mala, disfarçando.
- Posso pedir mais um favor? - Perguntei, com uma careta.

Pouco mais de dez minutos depois, eu estava cavalgando o mais rápido possível para cobrir o terreno entre as duas fazendas, esperando encontrar em meu quarto, sozinha e poder beijá-la, abraçá-la, fodê-la...
Eu estivera em São Paulo nos últimos meses e nos víramos apenas duas vezes nesse período. Estava tentando me tornar um piloto profissional de Stock Car, mas tudo dera errado na última semana por conta de provocações e brigas de outros rapazes. Quando se meteram a fazer piadinhas sobre e o passado dela, além de sobre a minha mãe, eu explodi e agredi um dos outros rapazes do treinamento e acabei sendo expulso por causa do meu temperamento. Não importava que eu era a vítima, na verdade. Nada importava.
Mandei uma mensagem para assim que as coisas deram errado, juntei poucos pertences importantes em uma mochila e peguei o primeiro vôo para Goiânia, na esperança que meus colegas de apartamento fossem complacentes e me mandassem o restante das coisas por frete. E lá estava eu, cavalgando que nem um louco, mais rápido do que eu fazia há anos, desesperado para concluir a promessa trocada por texto de celular.
Pelo horário do vôo, não me esperavam em casa por mais quatro ou cinco horas - que seria o tempo gasto em uma viagem de carro do aeroporto até a fazenda. Porém, sabendo que o táxi não seria barato, resolvi alugar um helicóptero. Okay, certo, foi bem mais caro que o táxi, mas estava me poupando horas de viagem e eu não teria que passar por toda a festa de boas vindas que eu sabia que estava sendo organizada até poder ter um momento à sós com a minha namorada
se surpreenderia com a minha chegada antecipada. Provavelmente estaria no banho. A ideia me fez sorrir.
Sacudi as rédeas do cavalo para que ele fosse ainda rápido. Ele não era Luvas, que estava acostumado comigo e respondia até às batidas do meu coração, mas era um bom cavalo e correu, fazendo o vento queimar minhas bochechas. Ri, sozinho, porque velocidade era a minha paixão.
Pulamos a cerca da fazenda com extrema facilidade e eu pensei comigo que aquele cavalo merecia alguns torrões de açúcar, mas aquela não era uma coisa que eu iria pensar no momento.
.
A sombra do meu quarto surgindo na imensidão esverdeada da fazenda fez minhas pernas tremerem de ansiedade e meus braços sacudirem mais uma vez, pedindo mais velocidade. Urgência. Minhas coxas estavam rígidas da corrida e eu não conseguia parar de sorrir feito um idiota.
Meu sonho tinha ido por água abaixo e eu não conseguia parar de rir. Foi mais ou menos por aí que eu descobri que não estava exatamente perseguindo um sonho; eu estava atrás da sombra de quem eu era há uns três anos, um adolescente inconsequente que ganhava dinheiro apostando em corridas ilegais. Hoje, esse não era mais quem eu era e não tinha percebido até o momento em que o não batera em minha porta e não me afetara em nada, pelo contrário. O alívio de estar longe daquilo e perto do que realmente importava estava me fazendo gargalhar sem motivo algum.
E agora eu sabia qual era o meu sonho. Meu sonho era .
e seus cabelos negros brilhantes que cacheavam as pontas, de tempos em tempos. e seus olhos transparentes, que sempre escondiam o que ela estava mesmo pensando. e suas verdades, sempre direta, até quando eu pensava que ela nunca me falaria aquilo. e seus xingamentos, suas implicâncias e as três mil maneiras de encontrar um motivo, por menor que fosse, para brigar comigo. e suas curiosidades, sua ânsia por me vencer e as infinitas apostas que fazíamos por motivo algum, apenas para rir de quem perdesse ou apenas para que alguém vencesse e ganhasse seu prêmio, que normalmente era o outro. , minha garota inteligente, que sonhava em melhorar as vidas das pessoas com sua pesquisa e ainda tinha cedido parte do seu dia e do seu trabalho para que eu corresse atrás do que eu queria; ela se doava e amava de uma forma que eu nunca seria capaz e não conseguia entender como tivera tanta sorte em tê-la ao meu lado.
Como, em mil anos, aquela garota tinha olhado para mim e se apaixonado por um babaca insensível como eu? Como eu tinha conseguido convencê-la a cair naquela aposta imbecil e trazê-la para o meu fim de mundo?
Eu era um filho da puta de um sortudo.
Puxei as rédeas, desacelerando o cavalo enquanto nos aproximávamos do meu quarto. Desci com ele ainda em movimento e segurei-o apertado, amarrando-o na janela da sala e dando-lhe um tapinha de congratulações pelo caminho feito com tanta rapidez.
- Bom garoto - disse-lhe, acariciando a crina. - Depois te trago um docinho.
Caminhei até a entrada do meu quarto, sentindo as pernas levemente trêmulas, não sabia se pelo esforço da cavalgada ou pelo nervosismo de antecipação de encontrar com depois de tanto tempo. Pelo suor acumulado em minhas mãos, eu diria que a resposta certa era a segunda possibilidade.
O ambiente estava todo em silêncio e não havia nenhuma movimentação na sala ou na cozinha. E também estava muito mais arrumado do que eu jamais vira aquele lugar. Senti meu coração murchar por não poder surpreendê-la e comecei a pensar em alguma coisa que eu pudesse fazer para quando ela chegasse ali e me encontrasse... Mas aí eu ouvi o leve ranger característico da cama escorregando pelo chão e não pude conter o riso. e eu já havíamos conversado sobre trocar a cama ou prendê-la ao chão porque a nossa movimentação intensa havia deixado as pernas dela um pouco bambas, então, quando nos apoiávamos ou subíamos nela, ela balançava ou escorregava pelo chão, o que era perigoso, visto por esse lado.
Então, como eu pensara anteriormente, ela devia estar saindo do banho. Senti-me suar ao perceber que ela provavelmente estava nua.
Os passos que eu precisava dar até chegar ao quarto foram feitos em um trote, pesados e urgentes. A mão foi com brutalidade à maçaneta e abriu o caminho de supetão, provocando um leve susto na minha namorada. E eu congelei, encarando a imagem à minha frente, sem acreditar.
estava em pé, com uma perna fincada no chão e o outro pé apoiado na cama, formando um ângulo de noventa graus seriamente delicioso. Sua perna esticada estava coberta por uma meia vermelha que ia até a coxa e a cinta liga conectava-a ao corpete vermelho que usava. A outra perna, dobrada, tinha a meia vestida até a batata da perna, onde suas mãos se encontravam congeladas, a meio caminho de terminar o seu intento. A calcinha, também vermelha, era tão minúscula que eu via todo o contorno de seus glúteos sem nem me esforçar. Os cabelos levemente molhados caiam sobre seu rosto assombrado pela minha entrada triunfal e eu tinha certeza que aquela visão ficaria gravada em minha mente pelo resto da minha vida e tomei cuidado para que não perdesse nenhum detalhe; a boca estava naturalmente vermelha, como se tivesse passado o dia mordendo os lábios naquela mania irritantemente sexy que tinha, os olhos estavam levemente fundos e com olheiras, demonstrando o quão duro minha garota estivera trabalhando nos últimos dias, a cintura estava mais demarcada, deixando claro que não tinha se alimentado direito nas últimas semanas, os seios subiam e desciam em uma velocidade acelerada, que me dizia claramente que ela estava se sentindo exatamente da mesma forma que eu com o nosso encontro.
Sem conseguir aguentar mais nem um segundo, fechei a porta atrás de mim, não tirando os olhos dela. Não conseguia tirar os olhos dela. estava congelada naquela posição e assim ficou enquanto eu caminhava lentamente até ela, ainda prestando atenção nos detalhes: um maldito laço em seu corpete que demoraria horas para ser tirado, a calcinha estava levemente embolada de um lado, sua boca aberta e seu olhar de admiração ao me ver.
- Como você...? - Não deixei que ela terminasse de falar, puxei sua boca para a minha e grudei nossos lábios, sentindo meu coração disparar de felicidade da mesma forma que acontecia quando estava em uma corrida.
Minha mão tomou posse da coxa descoberta da perna que estava dobrada na cama e apertei-a quase seu dó, enquanto nossas línguas se esfregavam sem pudor, com o ardor da saudade apertando minha garganta.
Soltei nosso beijo cedo demais para passar a vontade e ouvi o gemido descontente de , que logo deu lugar ao de satisfação quando escorreguei minha boca para seu pescoço e desci só com o encostar de lábios na pele pelo colo e a sua barriga. Ela se remexeu por inteira, soltando leves gemidos desesperados deliciosos e jogando a cabeça para trás. Olhando-a, sem piscar, vi sua mão esfregar o pescoço onde meus lábios haviam passado e um leve choro desesperado escapar de seus lábios enquanto eu a torturava lentamente.
Meu pau já estava pulsando dentro da minha cueca e eu mal conseguia respirar, sentindo o calor que ela emanava, a maciez da sua pele e o seu cheiro tão característico, do qual eu tanto sentia falta. Estava amando cada pedacinho dela, com cuidado e com admiração. Quando meus lábios escorregaram para a frente de sua vagina, ela puxou o ar com sofreguidão e soltou mais um gemido desesperado, apenas para choramingar ao sentir-me escapar os carinhos para a sua coxa e seguir o arrastar de lábios para a batata da perna. Peguei o embolado de meias com os dentes e o puxei com a boca até que escorregasse pelos seus dedinhos do pé. Ela riu quando esfreguei minha barba rala neles e eu tive que sorrir.
Olhei para ela e ela me encarou de volta; a energia que passou pela linha imaginária entre nós dois queimou ardente em minha pele e eu rosnei, levando a língua à pele exposta da outra coxa, fazendo-a gritar. Senti suas unhas em meus ombros e suas mãos apoiadas, sustentando o peso que as pernas não aguentava mais. Soltei a cinta-liga com meus dedos trêmulos e apressados e voltei a meia para baixo com minha boca, mas a paciência foi pouca e eu terminei de arrancá-la com as mãos, mesmo.
Fiquei em pé, em frente a ela, e encaixei minhas mãos em sua cintura, encostando a testa na dela e respirando fundo para não avançar contra seu corpo com a brutalidade e urgência que o meu pedia. , que estivera de olhos fechados, abriu suas pálpebras e mirou suas íris brilhantes em minha direção, com um aspecto de admiração palpável.
- Não deixei nem você terminar de se vestir - murmurei, a voz mais grossa que o normal e falhando de forma patética ao meio da minha sentença.
Vi seus lábios se curvarem pelo meu olhar turvo de desejo e formarem um leve sorriso ondulado mais para um dos cantos de seu rosto. A protuberância do seu maxilar estava mais demarcada e as bochechas menos rechonchudas, mas mais firmes e perceptíveis, deixando com uma feição mais dura, séria e centrada. Sempre me impressionava com a forma que parecia mais linda a cada vez que eu a via, mas sua magreza me preocupava. Preocupação para depois, pontuei.
- Pra quê? - Perguntou, ainda com aquele sorriso enviesado. Senti suas mãos na barra da minha camisa e as unhas arranharam levemente minha pele, enquanto ela me despia. - A melhor parte é a de tirar.
Minha boca moveu-se por vontade própria, formando um sorriso enquanto o tecido passava pela minha cabeça e sumia para algum canto obscuro do quarto. Suas mãos tatearam minha pele com a mesma admiração que eu fizera com a dela e eu não pude me segurar muito mais. Grudei nossos lábios e senti seus dentes apertarem-se contra meu lábio inferior, enquanto eu a levantava no ar e seus pernas envolviam minha cintura automaticamente, com a dinâmica acumulada pelos anos e nem um pouco alterada pelos meses de distância. Seu corpo moldou-se ao meu e a bunda empinou-se em cima de minhas mãos e eu joguei-a contra a cama, sentindo o móvel mover-se levemente enquanto eu engatinhava para cima dela.
As mãos de estavam no botão da minha jeans, mostrando o nível de seu desespero e urgência e a minha boca ficou na altura dos seus seios. Enquanto ela deslizava meu zíper para baixo, puxei uma de suas mamas para cima da linha do corpete tomara-que-caia e a abocanhei ao mesmo tempo em que suas mãos se fecharam contra minha ereção. Senti suas mãos arteiras se movimentarem na minha excitação enquanto eu a mordia, lambia e chupava e gemidos procuravam escape em ambas as bocas.
Senti as unhas de uma de suas mãos em minhas costas, na altura da cintura, cravando-se e puxando-me mais para perto dela, deixando-me saber exatamente o que ela queria e ao ponto que as coisas se encaminhavam, eu não podia negar.
- Espero que... - Minha voz pouco saía enquanto me posicionava no meio entre suas pernas. - Espero que você não goste muito dessa calcinha.
Uma puxada desesperada e o tecido frágil já era. E a intimidade de estava exposta, tão perto da minha quanto era possível. Segurei meu pênis e deixou-o se posicionar e o coração se acelerou antes mesmo de finalizar o ato.
Era a maldita antecipação. Aquela ansiedade latente, os segundos que antecedem a linha de chegada, quando o coração acelera e a energia sobe até o pescoço, esperando o momento certo de explodir em fagulhas de fogos de artifício.
Como eu ainda me surpreendia que fosse tudo que eu ansiava e mais?
Invadi-a com a respiração em pausa, porque não havia nada no fôlego ou no ar que me fosse uma necessidade; a primeira instância era ter para mim e eu a tive, gritando de prazer e fincando suas unhas em minha pele, enquanto gritava meu nome.
- Minha nossa - murmurei, sem me conter, diminuindo a pressão que fazia porque era apenas muito para aguentar. reclamou e abriu os olhos, demonstrando sua confusão clara em cada canto de seu rosto. - Você tá muito apertada. Porra!
A pressão exercida pela entrada de , ao redor da minha ereção, era tão grande que eu não sabia como eu estava aguentando não gozar logo de uma vez. Sentia-a se apertar e pulsar e estava com a boca aberta, sem conseguir acreditar que aquilo era real.
- É saudade de você - cochichou e eu apertei meus olhos para que ela não os visse revirar de prazer com seu tom de sussurro lidibinoso. - É a falta que você faz.
- ... - Murmurei de volta, os movimentos sendo reiniciados com força e vitalidade e seus gemidos fazendo eco aos meus. - Eu não vou... Não vai durar muito.
- Não precisa... - Sussurrou, em tom de segredo. - Só mais um pouquinho e eu...
Ela não precisou completar a frase e nem conseguiu. Pela maneira que gritou e me apertou, encurvando suas costas e chamando o meu nome, eu soube que seu prazer tinha sido alcançado e que se demorava e continuava enquanto eu mantinha o mesmo tom e velocidade. Ela apertou meus pulsos, gritando e tentando respirar, lançando-me um olhar que beirava o desespero e, com seu grito final, eu me despejei, afundando-me sobre ela.

Acordei meio desesperado, sem saber que horas eram, mas ao olhar para a claridade do lado de fora da janela, soube que ainda não estava atrasado para o horário que em pai acreditava que eu chegaria. Respirei fundo, desacelerando os batimentos cardíacos que explodiam em meu peito e passei a mão pelos cabelos que eu não tinha. Meu olhar caiu sobre a beldade que dormia nua ao meu lado e o sorriso foi impreterível. dormia de bruços e minha mão foi sozinha a sua curva da bunda, sem poder acreditar que estava a meu alcance, depois de tanto tempo afastados.
Suspirei, vendo-a se remexer e afundar ainda mais em seu travesseiro. demonstrava cansaço em cada célula de seu corpo e eu preferi deixá-la dormir mais um pouco, indo conferir a hora para ver quanto tempo mais tínhamos - e acordar beirando o limite, para que folgasse o máximo de tempo possível. O relógio da bina me informou que ainda poderíamos ficar de molho por mais umas duas horas e, embaixo dele, havia uma mensagem não lida.
Desbloqueei a tela, vendo que era de e franzi a testa, sem entender. Observei a hora e percebi que havia sido mandada enquanto eu entrava no avião, ainda em São Paulo e eu não tinha visto pelo tempo que o aparelho estivera desligado e, talvez, algum problema com o sinal depois que o liguei.
Abri a mensagem e arregalei os olhos, vendo o conteúdo da mesma.

"Não esquece de pegar camisinhas, baby. Troquei o anticoncepcional esse mês e o ginecologista disse que vou ter um tempinho inseguro até meu corpo se acostumar. Xx boa viagem".



Nota da autora: (10.02.2016) É a penúltima, gente! Só falta mais uma pra começar a destruição que vai ser a parte 2! Amo, tô ansiosa, ai, vamo se abraçar!!!!!!!
Bom, essa é a sétima de uma série de shorts que vai levar a gente em um caminho encantado até a Jogando os Dados 2 – No Limite #simvaitersegundatemporada! Hahahaha
Espero que vocês tenham gostado da brincadeira e até a próxima!
Lista das Shorts de Jogando os Dados
#Short1 – Colisão
#Short2 – Morando Juntos
#Short3 – Frio
#Short4 – Menage
#Short5 – Calor
#Short6 – Longe de Casa
#Short7 – Vermelho < Estamos aqui!
#Short8 – Bebê a bordo

Beijos rosados :*
Letícia Black




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