Novembro de 2021

’s POV

- Não quero saber, quero você aqui semana que vem. – falei ao telefone, enquanto eram feitos os ajustes do meu vestido.
- Mas , eu estive aí na semana passada. Não tem como eu ficar viajando direto. – ela falava tentando me convencer.
- Não interessa, . É o meu casamento, não quero que aconteça o que aconteceu no da .
- Não vai, , não se preocupe. Prometo que na outra semana eu vou, mas essa que vem é realmente inviável.
- É inviável porque sou eu quem está pedindo. Mas se o ligasse, “Ah, , encontrei um imóvel. Tem como você vir analisar?” – tentei imitar a voz dele e ela riu – Você estava aqui em 4 horas. Mas como sou eu quem está pedindo, você coloca mil e uma dificuldades. – parti pro drama.
- , isso é praticamente impossível, a viagem é de 10 horas.
- Tanto faz. – rebati.
- Mas é porque eu tenho umas coisas bem importantes pra resolver. Nem se ele ligasse eu iria. Satisfeita? – ela perguntou e eu ri.
- Sim, mas se você aparecer aqui antes e não for por causa do meu casamento... – falei ameaçadora – Vocês dois morrem.
- Sim, senhora, não apareço por aí. E mais uma vez, não se preocupe, não vai acontecer o que aconteceu no da , afinal, eu já conheço todo mundo.
- Bem demais, não é? – falei debochada, rindo – O principalmente.
- Para. – ela disse rindo – É tudo estritamente profissional.
- Claro que é. Dentro da 78 Productions Limited, porque fora. – eu ri – E não nega. Garota, ele passou duas semanas na sua casa e jogando vídeo game é que não era.
- , é complicado. – ela riu – E ele veio conhecer as empresas aqui, nada demais.
- Uhum, sei que foi.
- , você está aí? – ouvi falando do outro lado da porta e tapei o microfone do celular.
- , corre lá. Não o deixe entrar. – ela riu e foi pra porta, coloquei o telefone no ouvido de novo.
- ? perguntou rindo.
- É, mandei correr lá pra não deixar ele entrar. Então vou precisar desligar, esteja aqui em uma semana.
- Duas.
- Whatever. – nós rimos.
- Manda beijo pra todo mundo, em duas semanas eu chego. – nos despedimos e desligamos o telefone. Juddit terminou com meu vestido e fui trocar de roupa, guardamos meu maravilhoso vestido de noiva e fui encontrar meu noivo.
- ! – pulei no pescoço dele quando abri a porta do quarto.
- Oi, minha pequena. – ele disse e me beijou. – Estava fazendo o quê, trancada aí dentro? – estava com as mãos na minha cintura.
- Nada do interesse do noivo. – falei rindo e ele fez bico – E o Mr. , o que faz aqui há essa hora?
-Preciso provar o paletó, quero que a Mrs. vá comigo. – ele beijou meu rosto e depois me beijou. – Pode ser? – me beijou de novo – Huh? – outro beijo.
- Pode sim, me deixa só avisar a . – respondi rindo.
- Já avisei, os meninos também vão.
- Ah, então vamos. – segurei na mão dele e saímos daquele pequeno ateliê no centro da cidade. Era lindo, confortável e faziam um trabalho maravilhoso, você era especial quando virava cliente do lugar. – Onde vocês mandaram fazer mesmo?
- No outro ateliê dessa mesma dona, só que do outro lado de Londres. – nós rimos e ele destravou o carro. Entramos e deu a partida. – Alguma notícia relevante do meu interesse? – ele perguntou com a atenção na estrada.
- Não, o de sempre. Nada que deva se preocupar, tenho tudo sobre controle. – ele me olhou rápido e sorri pra ele. entrelaçou a mão na minha – E sua despedida?
- Ficou por conta dos meninos, não estou sabendo de nada. Mas não se preocupe, eles disseram que não vai ser nada demais. – ele sorriu e apertou minha mão.
- Eu sei. – sorri de volta. Mas eu realmente não acreditava nesse nada demais dos meninos, principalmente quando eles estão todos juntos em uma boate cheia de mulheres seminuas. Não pensa, .
-E a sua? – ele perguntou rindo.
- As meninas disseram que iam fazer alguma coisa, mas eu disse que não precisava. – falei aflita.
- Não se preocupa, vai dar certo. – ele riu.
O trânsito estava colaborativo, em torno de 30 minutos, chegamos ao segundo ateliê e os meninos já estavam bonitinhos esperando. Parecia primeiro dia de aula, que todo mundo chega cedo pra encontrar seu bando. Poucos minutos depois, chegou no carro dela. Falei com cada um dos meninos e entramos no local. Assim que entramos na sala dos ternos, e foram logo tirando as camisas. Nada anormal, eu já estava acostumada.
- Ei, mais respeito, por favor. – falou indo atrás deles, que rolaram os olhos.
- Estão incomodadas, meninas? – perguntou.
- Não, tudo bem. – e eu falamos e sentamos em um sofá. deu um peteleco na cabeça do e eles viraram de costas. beijou e acompanhou os meninos.
- Eita caramba! O que é isso? – minha amiga falou alarmada. Todos os cinco olharam pra gente e a olhei sem entender nada.
- O quê? – eles perguntaram todos juntos, parecia até ensaiado.
- anda dormindo com uma onça, ou em uma cama de pregos. – ela apontou para o garoto e percebi as costas dele arranhadas. Não era tão evidente, não estava tão vermelho, parecia ser de alguns dias, mas dava pra ver que eram arranhões.
- Está mais pra uma garota nervosinha. – ele gargalhou, os meninos distribuíram tapas nele e entraram nas cabines para vestir os paletós.
- Eles já foram se vestir? – o alfaiate apareceu perguntando a gente.
- Já sim. – respondi.
- Ótimo, vou buscar umas coisas pra fazer os ajustes, já volto. – ele disse e saiu.
- Caramba, esses dois não tem jeito. – disse rindo.
- Falando do ? – ri também.
- Sim, nem pra disfarçar ele serve. Enquanto ela tenta deixar por debaixo dos panos, ele da à cara pra bater. – nós rimos.
-Pois é. Mas e aí, será que foi ela? – perguntei com falso fingimento – Claro que foi, está na cara.
- estava aqui semana passada e mal a vi. – disse encostando a cabeça de lado no braço.
- Eu também. E olhe que ela passou três dias aqui. – falei esticando as costas.
- Cuidando dos negócios do . Uhum, sei bem do que ela quer cuidar. – minha amiga disse maliciosamente, nos fazendo rir.
- Meninos, estão prontos? – Gregory apareceu onde estávamos. – Meninas, a Sephora está aí, se quiserem falar com ela. – ele disse simpático. Shepora era a dona dos ateliês.
- Oh, claro. – e eu levantamos do sofá e fomos falar com a mulher, que conversava com uma das funcionárias, mas quando nos viu, acenou.
- Olá, meninas. – ela sorriu e veio nos cumprimentar. – Estão gostando dos serviços? – ela perguntou simpática, como sempre foi.
- Claro, está tudo maravilhoso. – respondi sorridente.
- Com essa movimentação toda, só lembro-me do meu casamento. – disse rindo.
- Sim. Casamentos são sempre mágicos. – Sephora falou. Eu concordava plenamente com ela. – E fico satisfeita que estejam gostando. Inclusive queria muito poder ficar, mas estou de viagem marcada.
- Não, sem problemas. Só viemos dar um oi. – falei.
- Sintam-se a vontade. – a mulher disse, se despediu da gente e saiu do ateliê.
Voltamos pra sala dos ternos e os meninos já estavam todos vestidos a caráter. me viu e fez uma careta suplicante, ri e fui saber o que ele precisava.
- O que foi? – perguntei rindo e beijei a bochecha dele.
- O cara quer fazer mil e uma coisas no meu paletó. – meu noivo disse em meu ouvido.
- Gregory, pode deixar assim, está perfeito. – falei e repousei a mão no peito do garoto ao meu lado.
- Ok. – o alfaiate disse sem gosto e com uma careta.
- Mas se você quiser apertar mais um dedo na calça. Eu agradeço. – falei rindo.
- Magnífico. E os outros? – olhei para os meninos e parecia ter tomado de conta deles.
- Pra mim estão ótimos. – sorri – Obrigada. – ele saiu do cômodo indo atrás de algo. – Ei! Olhem pra mim! – falei séria e eles me olharam, assustados até.
- O que eu fiz? – perguntou assustado.
- Estão maravilhosos! – falei mandando beijo pra todos, riu e rodou, depois parou fazendo pose e piscando. Bati palmas. Os meninos riram. – Lindos da minha life. – riu e me beijou.

Duas semanas depois.

’s POV

Cheguei a Londres era quase fim de tarde, loquei um carro no aeroporto mesmo e fui rumo à casa do , onde com absoluta certeza todo mundo estava. Esses quase dois anos serviram pra alguma coisa na minha vida. Não estava com uma saudade louca, porque tinha visto todos há pouco tempo, afinal, eu vivia mais na Inglaterra do que no Canadá. Depois de quase uma hora dirigindo cheguei a casa deles, era enorme, de cor clara e bem arejada com um jardim lindo. Estacionei o carro, desci deixando a mala por lá mesmo, estava frio, porque obviamente era novembro e não sei por qual motivo, escolheu casar no inverno, frio demais. Mas como prometi, lá estava eu, uma semana antes do casamento, pra não ter perigo de dar nada errado. Fechei a porta do esportivo prata e fui tocar a campainha. Depois de duas tentativas, ouvi gritando, dizendo que já vinha. Toquei mais duas vezes pra pirraçar.
- Para de apertar isso, . - ela disse e eu ri, depois a baixinha abriu a porta e sorriu quando me viu.
- ! - pulei em cima dela, nós começamos a rir e ela me deixou entrar porque o frio estava grande. - E aí? Satisfeita? – perguntei quando minha amiga fechou a porta.
- Agora eu estou. - ela riu e fomos andando pra onde os outros estavam. – Vêm eles estão na sala de cima conversando besteira. - ela disse rindo.
-Quem está aqui? - perguntei tirando o casaco. Aquecedor era uma benção.
-Mr e Mrs , teu chefe e o dono da casa. - ela disse, eu ri e começamos subir a escada.
- não é meu chefe. - eu ri.
- Então é o contrário? – ela perguntou astuta.
- Quê? Não. Só digo o que ele tem que fazer algumas vezes, nada mais. - falei.
- Então você manda no cara. - falou convicta.
- Não mando nele, ninguém consegue colocar ordem naquele homem. - falei rindo e ela abriu a porta da sala gritando.
- CHEGOU A PROVA DO CRIME! - e eu fiquei "Quê?".
- Prova do crime? – perguntei confusa e eles acenaram pra mim – Hi boys, Hiiii! - falei bem afetadamente e eles riram. Abracei , depois , e por último .
- Quero te mostrar uma coisa. – ele falou em meu ouvido e beijou minha bochecha demoradamente.
- Ok. – falei, beijei a bochecha dele e depois sentei no chão, encostada em um dos sofás. - Qual a dessa de prova do crime? - olhei confusa pra eles, que riram.
- Você que anda fazendo umas coisas aí. - disse.
- Mas nem aqui eu estava como posso ser culpada? - perguntei curiosa.
- O que te culpou, você fez antes. - disse rindo.
- Diz o que foi. – falei e deslizou do sofá e sentou no chão, junto comigo. - Tem a ver com ele, não tem? - apontei pro e comecei a rir.
- Você sabe que tem. - riu - Mas então, semana passada os meninos foram provar o paletó. - falou. - E obviamente eles tiraram a camisa.
- Bom e as marcas do que você fez da última vez, não saíram tão rápido. - disse olhando pra mim, perto do meu ouvido e arregalei bem os olhos, virei o rosto pra ele e depois joguei uma almofada no garoto, que desviou rindo.
- EU DISSE QUE TINHA SIDO ELA! - gritou rindo e eles riram junto.
- Não sei nem do que vocês estão falando. - me fiz de desentendida.
- Então vamos esclarecer. - disse.
- Estamos falando das costas dele. - apontou pra - Que estava cheia de arranhões. - ele deu de ombros, rindo. Fiquei muito vermelha, não era pra ter ficado daquele jeito.
- Minha gente, nem unha eu tenho. - mostrei minhas mãos a eles. riu sarcástico e olhei pra ele tediosa.
- Você cortou. - falou e deu high five com o noivo.
- Quando começa nesse negócio de "Vamos ver um terreno ali", pode esperar que vem coisa. - disse rindo e eu dei língua.
- Não "vem coisa", eu realmente trabalho com ele, esqueceu? - perguntei olhando pra eles.
- Não, porque não deixa a gente esquecer. - disse e rolou os olhos. – “Não posso fazer isso, a Jones disse que não da certo.” - ele tentou imitar a voz do , que mandou o dedo pro amigo, me fazendo rir.
- Ela trabalha pra mim. O que vocês querem? - ele parecia sem paciência, o que não era novidade.
- Que você aprenda a aguentar brincadeira. - falou - E aí, vai ficar onde?
- No hotel de sempre mesmo.
- Fica aqui, tem quarto suficiente. - falou oferecendo a casa do .
- Lá em casa também, . - falou.
- Fica lá em casa. - disse perto do meu ouvido - Não precisa se preocupar, tem uns quatro quartos fora o meu. - até parece que ele ia me deixar em paz, se eu fosse mesmo pra casa dele.
- Quando sua família chega? - perguntei a .
- Próxima semana e nós vamos ficar lá na . - ela fez uma careta de preocupação – Eita, ! E a família do vai ficar aqui.
- Como que a gente faz? - perguntou.
- Já disse, fico no hotel de sempre. Não há problema.
- Sem cabimento isso, . - falou - Você conhecendo todo mundo vai ficar em hotel? Não mesmo. - olhei pra ele, "você é mais mala do que eu imaginava".
- Leva pra tua casa, . - disse. - Lá vocês se resolvem. - ele sorriu vitorioso. Agora é que eu não tenho sossego.
- Já disse, vou ver onde vou ficar. – falei de novo e ele rolou os olhos. – Mas e como andam os preparativos? Quero ver meu vestido. – falei animada.
- Amanhã é a ultima prova, os meninos também vão olhar os ternos, então a gente vai primeiro ver os ternos e depois os vestidos. – falou animada.
- Por que vocês não fizeram tudo no mesmo lugar? – perguntei e levantou o dedo, mostrando que tinha sido ele o dono da ideia. – Ah, era de se esperar. – eu disse rindo e eles riram.
- Você não entenderia. – disse.
- Não mesmo, quando eu for me casar. Se isso acontecer algum dia, vai ser tudo o mais prático possível e nada de inverno.
- Indireta. – disse tossindo, mas deu pra entender bem.
- Não é indireta. – falei fazendo careta e senti colocando o braço em meus ombros.
- Indireta entendida com sucesso. – falou apontando pra gente.
- Não foi indireta, vocês veem coisa onde não tem. – falei e o braço de desceu pelas minhas costas.
- Claro, , a gente vê coisa onde não tem. – disse irônica. – Uma delas são as costas dele.
- A outra é esse braço aí. Mas ok, vemos coisas inexistentes. – disse. Ouvi rindo.
- Parei com vocês. – falei levantando a mão e depois me estiquei. Minhas costas doeram. – Ai!
- Cansada? – perguntou.
- Na verdade, morta. Queria ficar, mas eu preciso dormir por pelo menos umas 16 horas. – falei e nós rimos.
- Você deve estar cansada mesmo. – falou – Se quiser ficar por aqui hoje, pode ficar.
- Não quero incomodar. E acredita que só hoje, me dei conta de que preciso de um apartamento aqui? – falei levantando do chão, levantou também.
- Sério? – perguntou irônico. Dei joinha rindo.
- Aviso a vocês onde estou, quando me instalar. – peguei a chave do carro, meu celular e fui me despedir dos meus amigos.
- Vai aonde? – perguntou ao .
- Convencer a de ficar na minha casa. Concordam comigo que é sem cabimento ela ficar em um hotel? – ele perguntou batendo a mão na calça. E eu sabia que enquanto eu não cedesse, ele não ia esquecer daquilo. Eu já conheço, quer o que quer, na hora em que quer.
- Plenamente. – e responderam. Falei com todo mundo e e me acompanharam até a porta.
- Tchau, . Até amanhã. – abracei minha amiga.
- Até. – ela disse e acenou, entrei no carro que eu tinha locado e ele bateu no vidro fechado. Abaixei.
- Onde você pensa que vai? – ele se escorou no modelo esportivo.
- Procurar um lugar pra ficar (?) – olhei pra ele.
- , para com isso e fica logo lá em casa. A casa é enorme só pra mim, cabe você e sua família lá dentro se você quiser. – ele disse com uma carinha pidona. Suspirei.
- Ok, só me deixa entregar o carro e a gente vai pra lá. Pode ser?
- Pode. - respondeu e voltou pro carro dele. Dirigi até o aeroporto com ele atrás de mim. Entrei o carro na locadora, paguei o que devia, ele pegou minhas malas e colocou no porta malas do carro dele e depois fomos comer alguma coisa. - Ta com fome?
- Muita. - respondi escorada no banco.
- Vamos passar pra comer algo, depois a gente vai lá pra casa. - ele disse e descansou a mão na minha perna.
- Uhum. - enlacei minha mão na dele. - Passa num drive thru. - pedi.
- Você vai ficar gorda desse jeito. - ele disse rindo.
- E você vai me querer do mesmo jeito. - falei e fechei os olhos.
Ouvi-o rindo. Passamos e ele comprou o lanche, fomos o caminho comendo e falando besteira. Nós estávamos tão íntimos ultimamente, que isso chegava a assustar e eu não estou falando de sexo. Falo de ele me ligar pra conversar besteira, ou sentir falta da risada do antes de dormir e a gente arranjar pretexto pra nos ver, sempre que tem vontade. Porque quando é relacionado a negócios, a maioria das coisas é possível resolver por telefone. Sem falar que ele passou duas semanas no Canadá comigo, e minha família já o considerava o meu namorado, meu pai já estava todo felizinho, tratando como o cara que levaria a filha dele para o altar. Juro que tentei dizer que ele era apenas meu amigo, mas minha mãe dizia “Querida, isso não cola.”, é e não colava mesmo.

Flashback’s on (Seis meses antes do casamento)

Como era previsto, disse que vinha e realmente veio para o Canadá, conhecer os negócios da minha família, ver como era o andamento das empresas, como tudo era gerido e essas desculpas esfarrapadas que a gente da aos outros sempre que quer se ver. Então essas foram às desculpas da vez. Fui buscá-lo no aeroporto e mais burburinho, muita gente em volta, algumas garotas gritando por ele, que como sempre, foi simpático e deu atenção. Depois que me viu ao longe, sorriu e veio andando até mim, arrastando uma pequena mala preta.
- Oi. – ele falou, nos abraçamos brevemente e amigavelmente, beijou minha bochecha e me soltou.
- Oi. – respondi ajeitando a bolsa no braço.
- Te atrapalhei em algo? – ele me perguntou e começamos a andar rumo ao lado de fora do aeroporto.
- Não, por quê?
- Você ‘ta com roupa de escritório. – ele disse me olhando e eu ri.
- Estava na Jones. - eu ri - Nada demais, reuniões e reuniões.
- Tem certeza, não é? Isso ta me cheirando a mentira. - quê?
- Mentira?
- Espero que não tenha vestido isso só pra vir me buscar. - eu gargalhei.
- Estou em meu território, querido. Aqui, eu realmente uso essas roupas.
- Acho bom, porque se eu descobrir que é mentira...
- Vai me por de castigo? - perguntei debochada.
- Não, vou te beijar no meio desse aeroporto.
- Você é louco. E eu estava em uma reunião, por isso estou assim. - abri os braços. Ele riu - Aqui eu costumo usar mais saias que o normal. - fiz careta.
- Gostei do Canadá. - ele disse rindo e rolei os olhos.
- Se resolveu com a imobiliária. - perguntei, ele suspirou.
- Deu certo sim, obrigado por intervir. - ele falou e apoiou a mão em minhas costas.
- Sempre que precisar. - sorri. Ele sorriu de volta. Chegamos ao carro e guardou a pequena mala, depois se dirigiu pro lado do motorista - Ei! - ele me olhou – Teu lado é aqui ó. - apontei pro outro lado do carro e ele começou a rir.
- É o costume. - ele riu, passou por mim e entramos nos lugares certos, entreguei minha bolsa a ele, tirei o salto e coloquei na parte de trás do carro. - Você se desmontando. - ele começou a rir. Mostrei a língua.
- Às vezes engancha. - liguei o carro e meu celular tocou, suspirei e atendi ao telefone. – Oi, mãe.
- Aonde você está, querida? Você disse que iria almoçar conosco.
- Vim buscar meu amigo no aeroporto, mãe. - riu.
- Ele é gay? - ela perguntou e bati a cabeça no volante. continuava rindo.
- Não, mãe, ele não é gay. - eles riram, rolei os olhos - Até onde eu sei, pelo menos. - ele me olhou feio e colocou a mão na minha coxa, dei um tapa na mão dele e o garoto tirou a mão.
- Não tem problema, trás ele pra almoçar com a gente que eu te digo se ele é gay ou não. - respirei fundo.
- Mãe, ele é meu amigo. AMIGO. - me olhou, riu debochado e sibilou “Amigo de...”, depois puxou os braços pra baixo, movimentando os quadris pra cima, umas três vezes seguidas. Safado. Dei uns tapas no braço dele, que riu. - Eu mereço. - falei baixo.
- É o garoto de Londres, o das empresas? - minha mãe perguntou rindo.
- Sim, mãe, é o .
- , meu bem, me desculpa, mas ele não é gay. E você sabe que não. Mas mesmo assim, traga-o pra almoçar com a gente. - rolei os olhos.
- Ele ta cansado, pediu desculpas por não poder ir, mas disse que precisa descansar. - ele me olhou com a sobrancelha arqueada. “Eu?”, apontou para o peito. “Você”, eu sussurrei apontando pra ele.
- Ok, meu bem, deixaremos o almoço para o fim de semana. Vá curtir seu namorado, já entendi que você quer isso.
- Ele é meu amigo, mãe, AMIGO! - e antes que o garoto repetisse os movimentos indecentes, estiquei a mão mandando ele parar.
- Tudo bem, Jones. Eu não te conheço nem um pingo. - nós rimos - Vá acomodar seu AMIGO que você não sabe se é GAY. - ela deu ênfase nas duas palavras e riu irônica.
- Uhum ,mãe. Tchau.
- Tchau, querida. - ela disse e desligamos o telefone.
- Dizendo que eu sou gay, ? Que feio. - eu ri.
- Era isso ou ela achar que a gente estava namorando.
- Não vejo problemas.
- Porque você não conhece os loucos dos Jones. - ele riu - Eles vão te encher com essas coisas. Capaz de minha mãe aparecer de surpresa mais tarde.
- UH, a moça não mora com os pais.
- Faz tempo que não.
- Não vou precisar ser o cara comportado. - ele disse e piscou – Já estava planejando como invadir seu quarto na madrugada.
- Mas que maquiavélico. – neguei com a cabeça e ele riu. – Porém, pelo contrário do que você acha, minha mãe tem mania de aparecer do nada. E principalmente sabendo que você ta aí. Sem falar que eles vão me jogar pra cima de você, então não se assuste. - falei e gargalhou.
- Por quê?
- Eles dizem que eu estou velha demais pra não estar casada.
- Mas você tem quase a minha idade. – ele riu.
- Já disse que os Jones são loucos. Então acostuma.

Flashbacks off

Até almoço geral pra família fizeram, na intenção de apresentar o rapaz, o que me deixou bastante envergonhada. Meu pai dizendo que queria netos, meu avô dizendo que família só é boa quando é grande. Minhas tias perguntando há quanto tempo à gente namorava e minha avó perguntando quando era o casamento. E olhe que nós nem trocávamos sinais de afeto publicamente, justamente pra evitar esse tipo de coisa. Mas o melhor de tudo foram minhas primas irritantes se roendo de inveja, porque ele estava comigo no almoço. E pra completar com tudo, ele ainda fazia questão de estar onde eu estava, era grudado em mim. Juro que quase vi uma delas explodindo de inveja. Porem, também acordou a louca por fotos dentro da minha mãe, que vivia com uma câmera na mão tirando fotos nossas. Acabei pedindo desculpas a ele depois e o cara foi um fofo dizendo, “Não se preocupa, sua família é que nem a minha. Grande e arranja festa pra tudo.” Pois é, ele não se incomodou nem um pouco com o falatório da família Jones, disse até que era legal eles se importarem tanto comigo, segundo , coisas de família grande. Menos mal.
passou o resto do caminho perguntando pelo pessoal, como estavam todos e usou até a palavra sogro no meio das frases – eu hein –, juro a você que não estou mentindo, a pergunta foi exatamente essa: “E o sogrão, como é que está?”, olhei meio torto pra ele, que riu e beijou minha mão. Acho que ele gostou da família. Mas enfim chegamos a casa dele, por mim tanto frequentada nesses últimos quase dois anos, não que eu não ficasse em hotéis, mas a gente sempre acabava na casa do , era incrível.
- Qual quarto você vai ficar? – perguntava enquanto a gente entrava na casa dele.
- Qualquer um serve. – arrastei a mala de rodinha pra dentro e ele fechou a porta.
- Segundo andar é todo seu. – ele mostrou a escada, coloquei a mala em pé.
- E minha mala é toda sua. – ele riu incrédulo, pegou a mala de rodinhas e começou a subir as escadas, eu ia junto. – Ei! Tenha mais cuidado. – falei quando ouvi o barulho das rodinhas batendo contra o degrau. Ele me olhou tedioso e eu ri. – Que foi? – segurei o braço de .
- Você. – ele disse me olhando.
- Eu? Mas eu não vim pra cá como você queria? – perguntei a ele.
- Mas não do jeito que eu queria.
- Deus, como você é complicado. – falei rindo leve.
- Achei que já tivesse acostumado. – ele parecia irritado. Emburrado era a palavra certa. Balancei a cabeça negativamente, com um sorriso por ver a pseudorraiva dele e fiquei na ponta dos pés e beijei-o, que me abraçou pela cintura com a mão livre. – Já estava sentido falta disso. – disse quando parou de me beijar e encostou a testa na minha, ainda me abraçando.
- Nem passei tanto tempo longe. – eu ri.
- O suficiente pra eu sentir falta. – ele disse e passou o nariz no meu, fechei os olhos e ele me beijou. O peito do meu pé doía e fui baixando devagar, ia acompanhando meus movimentos baixando a cabeça.
- Eu também senti. – falei quando paramos e selei-o. Voltamos a subir a escada e me abraçava pela cintura. Só que agora ele estava mais sorridente.
- Qual quarto você quer? – ele beijou minha bochecha.
- Por mim tanto faz...
- Você vai findar dormindo no meu mesmo. – ele disse rindo e terminamos de subir as escadas.
- Talvez, é um caso a se pensar. – falei rindo e ele riu. soltou a mala e me abraçou forte pela cintura, o abracei de volta e ele me tirou do chão. Comecei dar beijinhos no rosto do garoto e ele sorria.
- Dorme comigo? – ele pediu ainda de olhos fechados, me colocando no chão. Aquele pedido era quase um “Quero você nua na minha cama essa noite.” Mas eu estava tão cansada da viagem, que não tinha condições.
- , eu estou realmente cansada. – falei beijando o queixo barbado dele. – Preciso de um banho e dormir, apenas dormir. – falei me afastando aos poucos.
- Não posso te dar banho? – ele fez um bico.
- Não, . – falei rindo e me soltei dele.
- Vai dormir no meu quarto? – ele perguntou me olhando.
- Vou, . – ri de novo, peguei minha mala e fui pra um dos quartos disponíveis, coloquei-a em cima da cama e tirei meu pijama de dentro. Tomei um banho quente e relaxante, vesti meu pijama confortável e saí do quarto, no mesmo momento em que saía do dele, apenas com a calça do moletom.
- Coincidência, não? – ele disse rindo.
- Muita.
- Vou beber água. Quer alguma coisa? – ele apontou pra escada.
- Não. – balancei a cabeça negativamente, enrugando o nariz. – Só quero dormir. – ele riu.
- O quarto é seu. – apontou para o próprio quarto e desceu as escadas ligeiramente. Entrei no quarto e me joguei na cama, depois me aninhei nos lençóis de , sentindo o cheiro dele. Um perfume maravilhoso, que o acompanhava desde que o conheci. Cobri-me e deitei de lado, minutos depois senti a cama mexendo. Olhei e era o engatinhando em cima do colchão. – Já vai dormir? – ele deitou do meu lado e me virou de frente.
- Morrendo de sono. – falei e meus olhos se fecharam.
- Boa noite. – ele falou e senti um beijo no meio das minhas sobrancelhas. colocou a mão na minha cintura e me puxou pra perto dele, encaixando a gente.
- Eu não consigo dormir. – falei minimamente, com os olhos fechados. Ouvi-o rindo. – Mas eu estou muito cansada.
- Quer conversar? – ele disse me abraçando e encaixei meu rosto no pescoço dele.
- Cheiro gostoso. – abracei e ele riu me abraçando mais forte – Abraço gostoso. – beijou meu rosto – Beijo gostoso. – ele continuou rindo. – Risada gostosa. – ele resmungou algo como “jura?” – E sua voz é gostosa também. – falei rindo, ele riu junto comigo.
- Você não está falando mais coisa com coisa. Isso é sono.
- É nada, você é todo gostoso. – eu ri. Como era bom dormir assim no abraço dele. – , o que a gente tem? – perguntei do nada.
- Como assim, ?
- Eu não sei. Isso é um namoro? – perguntei ainda de olhos fechados.
- Mais pra sim, do que pra não. Quase um ano. – ele disse fazendo carinho em meus ombros.
- Mais de um ano. – corrigi, ele riu.
- Sabia que você ia corrigir. Mas você precisa de rótulos pra classificar o que a gente tem?
- Eu não. Mas é bom saber das coisas direito na maioria das vezes. – falei.
- Você se considera minha namorada, Jones?
- Você me considera sua namorada, ?
- Às vezes até mais do que isso. – ele disse, tirei rosto do pescoço dele e beijei o garoto.
- Eu também. – falei o encarando, ele me beijou.
- Boa noite, namorada! Vai dormir, ou esqueço que você está cansada. – ele disse rindo, beijei-o e voltei o rosto para o pescoço dele.
- Boa noite, namorado. Amanhã os meninos vão te encher o saco. – nós rimos.
- Pouco me importa. – ele disse e me abraçou mais forte.

-x-x-x-

A noite foi tranquila, consegui curar todo o meu cansaço da viagem. Dez horas dentro de um avião era um inferno, viver de ponte aérea era um inferno. Mas por alguns motivos a gente escolhe viver assim. E o meu era , que me acordou com beijos e não eram beijinhos suaves. Estava mais pra mordidas disfarçadas.
- Bom dia. – falei sorrindo e me espreguiçando, ainda de olhos fechados.
- Ótimo. – ele deitou por cima de mim, antes que eu pudesse abrir os olhos direito e invadiu minha boca com a língua, me beijando forte, enquanto me apertava na cama e contra ele, com o corpo.
- ... – falei rindo e com os lábios encostados no dele, segurando aqueles braços maravilhosos que adoravam me apertar.
- Hum. – ele resmungou e chupou meu lábio inferior, fazendo um arrepio subir nas minhas costas. Suspirei.
- Você está muito animadinho. – falei rindo e ele ainda estava bem concentrado, passando as mãos em mim e fazendo-as entrarem em minha blusa e meu short.
- Quero começar meu namoro em grande estilo. – ele disse e me beijou, abracei com as pernas e segurei os cabelos dele, mordendo e beijando aquela boca maravilhosa. – Pelo visto não sou só eu que estou animado. – ele disse rindo contra minha boca e apertou minha cintura.
Desceu as mãos abertas e segurou firme meu quadril, me puxando pra baixo, logo pressionou o quadril contra o meu, fechei os olhos com força e gemi baixo no ouvido dele. encostou a testa na minha e pressionou mais a pélvis contra a minha, me fazendo mover o quadril contra o dele, arqueando as costas e apertando sua nuca com as unhas. voltou a me beijar e começamos bem o dia.

-x-x-x-

- Caramba, sete ligações deles! – falei olhando pro meu celular e rindo, enquanto entrava no carro do . Ele riu colocando os óculos escuros e bagunçou o cabelo molhado.
- Nem liguei meu celular hoje. – ele riu e passou o cinto – Deve ter muito mais que isso.
- Vão dar um treco, hoje é a última prova das roupas e já é quase meio dia. – passei meu cinto de segurança.
- Está com fome? – ele perguntou, ligando o carro.
- Fome? Eu estou faminta. Você não dá trégua. – ele gargalhou.
- A gente passa em algum lugar pra comer alguma coisa. Liga pra e avisa que acabamos dormindo demais. Ok? – ele puxou minha mão e beijou.
- Ok. – sorri pra ele. Mandei uma mensagem pra .

“Estamos chegando, desculpa o atraso. Dormimos demais. Xx”

Fiquei esperando a resposta, enquanto desbravava as ruas de Londres indo na direção do ateliê que ficava exatamente do outro lado da cidade.
- E aí? Ela respondeu? – ele perguntou rindo.
- Não.
- Como não, ? Ela sempre responde as mensagens. – ele perguntou em um quase desespero.
- Ela sempre responde, quando não está com raiva. Então ela vai nos matar.
- Relaxa. Atrasou pouco.
- Pouco, ? Nós estamos atrasados em uma hora. – bati no ombro dele.
- Não, não é tudo isso. – ele disse incrédulo e mostrei o relógio do celular a ele – CARAMBA! – o cara arregalou os olhos. Depois pisou fundo no acelerador.
- Ei, pode ir mais devagar, por favor, obrigada. – ele riu.
- Eu não sei você, Jones, mas eu não quero morrer pelas mãos da baixinha. – ele disse agoniado.
- Não, eu não quero morrer. E é por isso que quero que você diminua a velocidade dessa nave. – falei batendo de leve no ombro dele, que gargalhou jogando a cabeça pra trás.
- Nave, meu amor? Nave? – ele quase gritou dentro do carro, ainda rindo.
- Sim, namorado. Isso é uma nave e não um carro. Pra começar, nem pino de trava tem. – falei apontando pras portas e ele ainda ria feito um doido dentro do carro – Outra coisa, eu não vejo nada, está tudo um borrão.
- Você é muito exagerada, garota. – ele quase gritou, me fazendo rir.
- Jura? – fui irônica – Se eu morrer, meu pai te achar onde você estiver. Apesar de ele gostar muito de você.
- Eu tirei você da solteirice, mas é claro que ele tem que gostar de mim.
- Seu safado. – falei rindo e bati no ombro dele – Era opcional. – falei convencida.
- Vi bem que era naquele banheiro no casamento da . – ele disse debochado.
- EI! – bati na cabeça dele.
- Au! – ele esfregou a cabeça – Parei, parei. – continuou dirigindo e ao contrário do que ele disse, ele não parou. Passou o caminho rebatendo tudo que eu dizia, rindo também junto comigo e provocando minhas risadas escandalosas. Achamos melhor não parar pra comer, ou ia atrasar mais ainda.
Depois que conseguimos atravessar Londres em busca do ateliê e não respondeu minha mensagem, que fique bem claro. Chegamos ao local e todos os carros estavam por lá, mas eles pareciam já ter entrado. Saímos do carro, travou a nave, veio pra onde eu estava e segurou minha mão. Depois entramos na loja já esperando as reclamações pro nosso lado. Passamos pela porta daquele ateliê enorme e a menina da recepção nos informou que todos já estavam na sala dos ternos, agradecemos e foi andando na frente e me puxando de leve pela mão. Empurrou a porta e encontramos todo mundo conversando, estavam bem concentrados em alguma coisa, entramos e ele soltou a porta de uma vez – que eram daquelas que voltam para o lugar, sozinhas –, tentei segurar, mas foi em vão. A porta não chegou a bater, mas fez um barulho que fez a atenção dos nossos amigos se desviar para nós dois.
- Oi. – acenei minimamente e me encolhi perto do meu mais recente, nem tão recente assim, namorado.
- Foi mal pela demora. – ele disse e me puxou pra perto, ainda com a mão enrolada na minha. olhou pra ele com a sobrancelha arqueada e quando ia falando algo parou com a boca aberta – Que foi? – podia ser bem cínico quando queria.
- Você é muito cara de pau. – ela disse e riu, eles também riram e fomos até nossos amigos. Cumprimentamos todo mundo e sentamos em um dos bancos duplos, que tinham na frente do sofá.
- Já provaram as roupas? – perguntei com o queixo apoiado na mão.
- Não, porque estávamos esperando os atrasados e eu estou morrendo de fome aqui. – disse.
- Então vamos logo vestir, quanto mais cedo às provas acontecerem, mais cedo nós almoçamos. – disse, beijou a bochecha da , levantou de onde estava e deu um peteleco na cabeça do que estava perto dele.
- Vamos. – falou e levantou também, mas não sem antes beijar a mulher. Depois meio que se sacudiu e os meninos fizeram o mesmo logo em seguida. se pendurou no ombro do e ficou esperando os amigos. estalou as costas em um ato que parecia ter sido impensado e nós ficamos rindo e chamando ele de velho. tentou me beijar, mas como força do habito de não demonstrar afetos exagerados em público, virei bem pouco a cabeça e ele beijou minha bochecha, depois levantou e acompanhou os meninos até as cabines. As meninas me olhavam.
- Se resolveram? – perguntou, quando levantei e fiquei dando pulinhos na frente delas.
- Oi? – inclinei a cabeça para o lado.
- Vocês saíram se estranhando ontem e hoje me chegam de mãos dadas. – me olhou com a mão no queixo.
- Não estávamos nos estranhando. – falei rindo.
- Então a noite foi boa. – soltou.
- Claro! – soltei animada – A dormi toda. – abri os braços e as meninas gargalharam.
- E a história do “Desculpa o atraso, dormi demais”? – perguntou duvidosa.
- Aí já é outra história. – dei de ombros e rimos depois – Inclusive, tenho que contar uma coisa.
-Epa! Conta. – sempre curiosa. Abri a boca pra falar e me interrompeu, mesmo que inconsciente do que tinha feito.
- Podemos? – ele perguntou alto.
- ESPERA! – gritei.
- Conta logo, . – .
- Depois. – eu ri e fizeram cara de tédio – Vou chamar de um por um. – as meninas deram joinha – Então lá vai, gatinhos. – eles riram – E com vocês... Seduction ! – falei apontando pra onde eles tinham entrado, nós rimos e ele vinha andando devagar, parecendo um modelo, parou do meu lado e com um gesto, pedi que ele desse uma volta em torno de si – 1,78m de pura sedução. – falei e ele fez um bico – O que acharam?
- Maravilhoso. – as duas responderam batendo palmas. Ele agradeceu com um aceno exagerado e sentou perto delas.
- Quem é o próximo? – esfregou as mãos. Pigarreei.
- E com vocês, Husband . – ele entrou jogando o cabelo pra trás e começou a assoviar, fazendo ele rir. – 1,80m.
- Delícia! – ela gritou e continuou assobiando, ele parou do meu lado ainda rindo e pedi que ele girasse.
- 1m de altura e 80 cm de cabelo. – falei e os meninos riram. Inclusive ele – E aí, moças? – incluí o nas moças.
- Maravilhoso. – os três falaram e bateram palmas, riu e foi sentar junto com eles, depois colocou o braço sobre o ombro da .
- Próximo. – disse ansiosa.
- Entre, Wonderful . – apontei pra porta e o cara loiro saiu de lá sorridente.
- Ei, eu também sou maravilhoso. – reclamou.
- Você é sedução, . Shiu. – falou pra ele, que começou a rir.
- 1,75m de altura sendo que eu acho que 10 cm aí são do topete. – ele riu, aquela gargalhada incontrolável, fazendo a gente rir junto. parou onde estávamos, olhou pras meninas e fez aquele jogo de sobrancelha, depois girou sem eu pedir.
- Proativo, gostei. – bati de leve no ombro dele, que deu de ombros – Gostaram?
- Muito. – as duas falaram, todos aplaudiram novamente, ele riu e foi sentar junto com os outros.
- E a gora. Quem será? Temos dois no backstage. – os meninos riram – Mas vamos dar a vez ao noivo. Com vocês, Groom of Year . – apontei pra porta.
- Você inventando esses nomes. – falou rindo.
- 1,78m de altura e 50 cm de testa. – e entrou parecendo uma modelo, sim no feminino. Ele meio que rebolava, era bem engraçado.
- EI! – ele gritou depois de ouvir sobre a testa, ficou rindo e parou do meu lado.
- Gostoso! – a baixinha gritou e ele mandou beijo pra ela e fez uma pose mais que afetada, do meu lado.
- Não me decepcione, . Quando eu jurava que você era o único macho desse bando de bichas.
- ! – os outros quatro gritaram, até que ainda esperava pra “entrar”.
- Vamos maneirar nesse palavreado aí? – o garoto gritou de dentro da cabine. – O macho daqui sou eu. – ele disse e os meninos gargalharam.
- ‘Ta bom, , ‘ta bom. – falei rindo e coloquei a mão no ombro de – Voltinha, por favor. – ele deu uma volta em torno de si, depois parou segurando o terno. Incorporou o galanteador e piscou pra , que soltou um assovio. Sorrindo abobada em seguida. – Agora sim. – dei um peteleco na cabeça dele, que riu. – O que acharam?
- Mais perfeito, impossível. – respondeu, mais aplausos, ele andou até ela e beijou-a. Soltamos um “Awn!” e os meninos fizeram uma carinha fofa.
- Pronto, eu acho que só, não é? – perguntei com descaso e eles riram.
- Não, ! – gritou.
- Ah é, que cabeça a minha. – falei rindo – E com vocês, rufem os tambores! – os meninos me olharam tediosos – Ei, eu tenho que fazer propaganda! Mas vamos lá. E com vocês... – as meninas fizeram percussão batendo na perna – ’s Boyfriend . – e apontei pra porta. Ele saiu da cabine com aquele sorriso arrasador e as meninas me olhavam surpresas.
- Namorado? Gostei da evolução de vocês. – disse fazendo joinha.
- Finalmente! – falou.
- Estão ouvindo os trompetes? – colocou a mão perto da orelha. Fiz careta e mostrei a língua pra eles. parou do meu lado, com as mãos nos bolsos da calça e rindo do alarde deles.
- Mas enfim, um metro e meio de altura...
- Ei! – ele me empurrou de lado, eu ri.
- Ok, 1,75m de altura. – ele movimentou a sobrancelha – Embora eu ache que mais da metade dessa altura seja de bunda, no caso 1m. – as meninas gargalharam – Vira. – fiz um movimento com os dedos. Ele me olhou sério.
- Não vou virar. – ele continuava sério. Eu e as meninas rolamos os olhos.
- Você não é filho da rainha pra ter privilégios, vira logo! – falei agoniada e os meninos gargalharam.
- Mas sou seu namorado. – sorri boba pra ele, segurei seu rosto e o selei. Ouvimos assobios de encorajamento, que me fizeram rir.
- Vira logo! – ele rolou os olhos e virou, quando estava de costas parei-o e levantei a barra do paletó. – Material aprovado? – perguntei rindo.
- Aprovadíssimo. – as duas falaram fazendo joinha.
- , você não é Friboi não, mas tem selo de garantia. – falou e gargalhamos.
- Valeu, baixinha. – ele disse rindo ainda de costas.
- Jesus! – falei rindo e coloquei a mão na testa. Soltei a barra do paletó e bati no ombro dele, que virou de frente – O que acharam? – falei ainda tentando me controlar.
- Me diga você, Jones. – apontou pra mim.
- Da para o gasto. – falei entortando a boca, ele me olhou de soslaio – Está lindo, maravilhoso. – falei rindo e beijei a bochecha dele. Os meninos rolaram os olhos.
- Tudo okay com os ternos? – perguntou levantando do sofá, andou para o meio da sala e os meninos andaram até onde ela estava. Ela no meio pra saber se estava tudo ok e eles ao redor dela, respondendo as perguntas. Sentei perto de , enquanto o resto era resolvido.
- Estou com fome. – falei, na verdade meu estomago doía, não comia nada desde a noite passada e já era mais de 12h40min.
- Também, . – ela passou a mão na barriga – Mas daqui a pouco eles terminam aí e a gente vai.
- Ai, menos mal. – olhei pro meio da sala e eles acenavam pra o que falava.
- Então quer dizer que está tudo no jeito? Nada de ajustes? – eles negaram – Tem certeza? – eles afirmaram – Maravilha. – ela sorriu – Agora vão tirar isso, porque eu estou morrendo de fome, quero almoçar. – eles riram e voltaram pras cabines.
Depois que os meninos trocaram de roupa e já deixou tudo certo com a gerente do Shepora’s sobre pegar os ternos dali a uma semana, que seria o dia antes do casamento. Fomos almoçar em um restaurante perto, todos juntos. e foram buscar as namoradas e passamos um bom pedaço da tarde jogando conversa fora. O local parecia encher a cada minuto e suspeitamos que talvez fosse devido à presença dos meninos.
Quando já estavam perto de umas 15h30min, nós mulheres, fomos provar nossos vestidos e nada dos meninos nessa prova, afinal era pra ser surpresa e também ia ver como tinha ficado a versão final do vestido de noiva, além de aproveitar pra marcar tudo com a Lou e Lottie, sobre cabelo e maquiagem. Sendo assim, nos despedimos dos meninos e fomos para o outro Sephora’s, que ficava do outro lado de Londres. Juro a você que nunca vou entender as coisas desses dois, mas se eles querem assim. Quem sou eu pra contestar?
Os nossos vestidos eram longos, obviamente, com os modelos iguais, até porque o nosso corpo era parecido, então o que desse certo pra uma, dava certo pra outra. Eles eram de um azul degradê, claro na parte de cima e escuro na barra, todo fechado na frente, mas com uma grande abertura que ia até o meio das costas. No cabelo seriam feitos coques e os acessórios ficariam por conta da gente.

Dois dias antes do casamento – A despedida de “solteiros”.

’s POV

Nossas famílias já tinham chegado e grande parte dela resolveu se instalar em hotéis, menos mal. Na verdade, quem ficou na casa do , foram meus pais, os pais dele e as irmãs e eu, obviamente. Então estava tudo ocorrendo muito bem, o que eu vinha estranhando na ultima semana. Porque geralmente a ultima semana antes do casamento, é a mais crítica e cheia de coisa, porém a minha não estava acontecendo nada. Estranho, não? Pois é, eu também achei. Por isso estava muito de orelha em pé, esperando algum problema aparecer ou alguma coisa mirabolante acontecer.
E fora que eu não estava nem um pouco a fim de ir pra essa tal despedida que as meninas planejaram pra mim, não estava mesmo. Pressentia-me que aquilo não ia me agradar. E não, eu não sou estraga prazeres, eu só não queria ir pra uma boate ver o monte de cara ficando pelado pra ganhar dinheiro. poderia muito bem ficar pelado e eu não pagaria nada por isso. Mas voltando, eu não estava tão animada com a minha despedida de solteira. Queria usar a desculpa de que a casa do estava cheia de gente e eu precisava fazer sala para todos, mas nem isso deu certo. Decidiram de sair e aproveitar a noite Londrina. Muito obrigada parentes e amigos.
- Já se arrumou? – saiu do banheiro só de jeans e enxugando o cabelo com a toalha. Respirei fundo.
- Já. – respondi vagamente.
- Daqui a pouco a gente vai. – ele disse procurando uma camisa no guarda-roupa – Deixa só eu terminar aqui.
- Tanto faz. – me joguei de costas na cama e ela fez um barulho. me olhou de uma vez – O que foi? Não estou tão gorda. – falei e ele riu.
- Eu não disse nada. – falou – Mas o que você tem? – pegou a camisa se sentou perto de onde eu estava.
- Não quero sair hoje.
- Mas é nossa despedida. – ele se jogou na cama do meu lado.
- Se você quiser ir, pode ir. Mas eu não sei se vou. – falei olhando para o teto e com as mãos em cima da barriga.
- Por que não? – ele colocou a mão em cima da minha.
- Não sei, só não estou com vontade. Eu sei que você quer ir pra sua. Então eu fico te esperando.
- Não, pequena. – ele virou de lado, ficando com metade do corpo em cima do meu – Não vou te deixar só. – beijou minha bochecha, respirei fundo e segurei os braços dele – Tenho uma ideia, confia em mim?
- E quando foi que eu não confiei? – perguntei rindo.
Ele riu e encostou o nariz no meu, beijou o canto da minha boca e foi soltando o peso do corpo, aos poucos em cima de mim, ao mesmo tempo em que a boca também encostava por completo na minha. sem camisa, com o peito fazendo pressão em meus pulmões e sem me beijar direito, era tortura, muita tortura pra uma pessoa só. Suguei os lábios dele urgentemente e pousou as mãos na minha cintura, enquanto me beijava lentamente e eu apertava os braços dele com as unhas. Depois subi as mãos pros cabelos dele e puxei quando ele mordeu minha boca. desceu a mão pra minha perna e suspirei contra a boca dele, que fez pressão com os dedos contra a minha coxa.
beijou meu queixo e foi subindo a mão pra minha cintura novamente, ao passo que ia sugando de leve a pele da minha mandíbula e continuou indo até perto da orelha. Ele mordeu de leve e apertei seus braços. Aquele homem era a perdição, mas era a minha perdição, ele era o meu pedaço de mau caminho. apertou devagar minha cintura, selou meu pescoço perto da orelha e encostou no nariz depois, aspirando com vontade.
- Cheirosa. – ele riu e continuou descendo o nariz no meu pescoço, enquanto eu estava com a respiração entrecortada. Mas bem, meu pescoço era uma parte bem sensível do meu corpo, então na hora em que ele fez isso, boa parte do meu corpo se arrepiou, principalmente minha nuca e uma quentura tomou conta dela. Apertei os dedos no cabelo dele.
- . – falei rindo e me contorcendo, ele riu também – Para, pescoço não. – ele riu e deu um beijo estalado no meio do meu pescoço, depois beijou meus lábios.
- Ainda quer sair? – ele me olhou bem nos olhos. E ele não estava mais nem um pouco a fim de sair.
- Claro que sim. – segurei o rosto dele e o beijei.
- Então faz o seguinte, tira esse vestido e veste uma calça, blusa quente e pega um casaco. Pode ser? – ele me olhou divertido.
- Você está me deixando bem curiosa. – falei confusa e ri depois. Ele riu também e me beijou, segurei o rosto dele com as duas mãos e dei vários beijinhos estalados nele.
- Estou começando a achar que ficar em casa seria uma boa. – ele disse divertido.
- Não, vamos sair. Dar um cano naqueles doidos. – ele saiu de cima de mim e me ajudou a levantar da cama. Fiquei em pé e ele me abraçou.
- Quer fugir comigo? – perguntou rindo.
- Claro que sim. – o beijei.
- Então vai se trocar. – me soltou e fui vestir outra roupa.
Vesti um jeans escuro, blusa de mangas longas de lã, botas de frio e peguei o casaco grosso. O tempo não estava ajudando muito no momento, mas eu amava o inverno, a neve branquinha, as roupas enormes e quentinhas, o azul contrastando com o branco e simplesmente o fato de estar fazendo frio já me agradava. O inverno era maravilhoso, trazia boas lembranças, principalmente as natalinas.
Saí do quarto e também estava com roupa de frio e uma touca na mão e outra na cabeça. Coisa mais linda da vida! Ele riu e colocou o gorro na minha cabeça, me beijou mais uma vez e fomos pra fora da casa. E o que encontramos lá? Frio, muito frio. Era bom, mas ficar em casa embaixo das cobertas com o te beijando era melhor ainda.
Estávamos praticamente atravessando Londres e as luzes deixavam toda a cidade mais bonita, passamos pelo London Eye e lembrei-me das várias vezes que já fui ali com o , o meu pedido de casamento foi lá. Dentro de uma daquelas cabines, só eu e ele, com a vista de toda a cidade e quando eu achava que não podia ficar melhor, se ajoelha em minha frente com uma pequena caixinha em mãos e me pergunta se quero casar com ele. Quando eu achava que nada podia melhorar na minha vida, me aparece com essa. Pois é, todos nós temos grandes recordações de alguns lugares e essa com certeza é uma.
Chegamos a uma casa de jogos infantis, isso mesmo, aqueles lugares onde alugam pra fazer festas de criança, era todo colorido e parecia estar fechado.
- , está fechado. – falei olhando pelo vidro.
- Espera só, . – ele disse sorrindo e sacou o celular do bolso – Hey. Então, queria te pedir o Wonderland emprestado essa noite. – Quê? O nome do lugar era Wonderland? Arregalei os olhos – Sim, já estou aqui em frente. Em vinte minutos? Obrigado, muito obrigado mesmo. E diga a sua filha que mandei um abraço. – ele sorriu e desligou o telefone. Cruzei meus braços e olhei desafiadora para o meu noivo. Ele virou o rosto ainda alegre e se assustou quando viu minha cara – Pequena, em minha defesa, a garota tem 12 anos. – ele falou agoniado e eu não consegui me conter. Soltei uma gargalhada estrondosa. Veja bem, eu não sou do tipo ciumenta, mas é sempre bom dar um sustinho no .
- Não acredito que você caiu nessa. – falei ainda rindo. Ele fez careta.
- Achei que você ia brigar comigo dois dias antes do casamento.
- Eu? Você tem uma imagem horrorosa de mim, . – ele riu.
- Não! – falou meio sem jeito – É só que... Esquece. – nós rimos.
- Vamos chamar mais alguém, ou vamos ficar só nós dois aqui? – perguntei olhando pra entrada do local.
- Você quem sabe. Por quê?
- Porque no começo, vai ser muito bom, só eu e você, mas depois a gente começa a sentir falta daqueles lá. – falei rindo e riu também.
- Então liga pra eles, vai ser mais gostoso te beijar as escondidas mesmo. – ele disse. Meu noivo se esticou e beijou o canto da minha boca, agarrei a nuca dele. se apoiou no banco que eu estava e cobriu minha boca com a dele, passou a língua em meus lábios e me beijou em seguida. Apoiou a mão em minha cintura e ouvi o barulho de um carro. – Acho que é o Bob. – ele disse enquanto eu o cobria de beijinhos.
- Quem é Bob? – perguntei ainda o beijando.
- Um parceiro de longa data e o dono daqui.
- Então vai lá buscar a chave, meu delícia. – falei rindo e beijei-o.
- Com você falando assim tenho vontade é de ficar aqui. – ele disse e encostou a boca na minha de novo. Senti uma luz na minha cara, o empurrei.
- Vai logo. – ele fez bico e saiu do carro.
- . – ele me chamou e colocou a cabeça na janela do carro, olhei pra ele – Aproveita e liga pro seus amigos, eles vão demorar uns 30 minutos pra chegar aqui. É o tempo que eu te mostro o lugar. – ele soltou um sorriso cheio de segundas intenções e piscou, saindo de perto do carro em seguida. Suspirei e encostei a cabeça no banco. Assim fica difícil. Lembre-se que é um local de festa infantil e não o quarto de vocês.
Não precisei ligar pra ninguém, quando me dei conta, procurava meu celular que tocava dentro do carro. Atendi e era o .
- Diz.
- Baixinha, onde você se meteu? As meninas estão endoidando aqui.
- Estou com o .
- Isso explica o sumiço dele também. Que horas vocês vêm?
- Não vamos.
- Quê?
- Estamos no Wonderland, se quiserem vir pra cá...
- E é assim? Não iam avisar se eu não tivesse ligado?
- Vocês vêm ou não?
- Estamos indo. – ele falou e desligamos o telefone. Guardei o aparelho no bolso e apareceu na porta do meu lado balançando uma chave.
- Vamos entrar? – perguntou abrindo a porta do carro.
- Claro! – saí do carro e pulei no pescoço do meu noivo, depois o beijei.
levantou minimamente o enorme portão de ferro e me arrastei pra dentro, pelo espaço um pouco pequeno, depois o ajudei a entrar, enquanto a gente ria da nossa tentativa desengonçada de entrar no parque. Quando finalmente entramos no lugar, que parecia ser enorme, só estava com pouca luminosidade, devido às luzes estarem apagadas, afastou um pouco de mim e ligou a chave de energia, tudo se acendeu e Cassilda! O lugar era incrível. A sala onde estávamos era de jogos de mesa, sinuca, pebolim, fliperama, hóquei de mesa, jogos de dança, eletrônicos, vídeo games e ainda tinha guitar hero .
- Caramba! – falei olhando pra todo lado e riu – Esse lugar é mágico.
- Eu sei. – ele me abraçou de lado e beijou minha cabeça – E tem mais umas cinco áreas aqui dentro.
- Como? – olhei incrédula pra ele e tiramos os casacos.
- Tem essa de entrada, com jogos de mesa e eletrônicos. – ele disse e foi andando comigo pelo lugar – Mais ao fundo a infantil, com cama elástica, piscina de bolinha e alguns brinquedos de parque. – chegamos perto da área e ele acendeu as luzes, eu estava maravilhada – Tem a dos bebês, com túneis e muitas bolinhas coloridas. – ele apontou para o lado e nós rimos – Tem uma de terror, do lado. – ele apontou pra uma porta, bem mais a frente, que parecia ser bem acabada – E por fim o refeitório na parte de cima, mas digamos que ele não está funcionando hoje.
- Que pena. – fiz um bico – Mas a gente pede comida. – caminhamos pra perto dos jogos de mesa ao meio da sala.
- Acho que os meninos vão trazer. – ele disse me abraçando mais – Gostou?
- Se eu gostei? – falei rindo – Até parece que não me conhece. – dei um beijo estalado no pescoço dele. Depois me soltei e olhei pra todo lugar – Você é muito maravilhoso, a melhor pessoa do mundo.
me puxou pelo braço e me prendeu a mesa de sinuca que estava a nossa frente. Olhou-me com a expressão mais safada existente na terra e mordi o lábio, ele soltou um sorriso de canto e um desespero tomou conta de mim. De repente não importava onde estávamos qualquer lugar era lugar. Segurei os cabelos dele com força e puxei seu rosto até o meu.
- Gosto quando você está assim. – falou e fui mordendo a boca dele devagar.
Ele agarrou minhas pernas e foi se colocando entre elas, enquanto ia me apertando mais a mesa de sinuca com o quadril. Suspirei e segurei os ombros dele. De repente senti segurando minhas coxas perto do fim da bunda, apertou com força, num gesto bruto, que fez meu corpo tremer e me suspendeu. Enlacei as pernas nele e acabei por sentar desajeitadamente na mesa de jogo. desceu o rosto pro meu pescoço e não se importou em morder e beijar, enquanto eu soltava uns gritinhos desesperados e enfiava as unhas nos ombros dele.
riu e à medida que suas mãos iam subindo no meu corpo por dentro da blusa, a boca ia descendo pelo pescoço, mordendo chupando e beijando. Segurei o rosto dele com as duas mãos e beijei-o até perder o fôlego. Rimos e ele me puxou contra si, querendo tirar minha blusa.
- Vamos fazer isso aqui? – perguntei duvidosa, puxando os cabelos dele, que voltou a beijar a parte do decote que a blusa não cobria.
- Quer lugar melhor? - ele disse abafado e tirou uma das mãos da minha cintura, colocou no bolso e puxou um pacote.
Apertei mais uma vez os dedos entre os cabelos do e as pernas em volta dele, que começou sugar minha pele com mais força. A ideia de fazer aquilo tudo ali, era maravilhosa, instigante, excitante, mas foi bruscamente interrompida por uma pancada no portão de ferro que estava fechado.
- ARGH, QUE INFERNO! – disse e levantou a cabeça, beijei o nariz dele.
- ABRAM LOGO ISSO! AQUI FORA ESTÁ FRIO. – gritou batendo no portão.
- Argh, tinha que ser. – frustração maior que a minha, estava pra existir – Juro a você que um dia ainda bato nele. – falei e nós rimos.
- Vamos logo, ou então ele não para de bater. – deu um beijinho em meu pescoço e me ajudou a descer da mesa, guardou o pacote no bolso e me olhou fazendo bico.
- Mais tarde a gente continua. – encostei a cabeça no ombro dele.
- Promete? – ele fez um bico, beijei o bico dele.
- Prometo. – falei rindo e fomos andando para o portão.
- VAMOS LOGO! – a criatura gritou mais uma vez.
- JÁ VAI, EMPATA dos infernos. – falou irritado e eu não consegui me controlar rindo. Meu noivo abriu o portão e todos oito estavam do lado de fora, encolhidos por causa do frio e com dois coolers aposto que cheio de bebidas.
- Achei que fosse congelar aqui fora. – reclamou, rolei os olhos.
- Não era de todo mal. – falou baixo, mas os outros ouviram.
- Eita! – falou assustada – Que revolta é essa, ?
- Nada, entrem. – ele suspirou. Os meninos entraram acompanhados das meninas e se espalharam, pra descobrir todo o lugar.
- Cara, isso aqui é muito legal! – disse puxando pro lado das camas elásticas.
- Eu sei! – falei animada e baixou o portão. – Quem trouxe comida? – perguntei olhando pros meninos, eles se olharam e depois me olharam – Ok, liguem e peçam, estou com fome. – eles afirmaram e pegaram os telefones dos bolsos. Senti me abraçando por trás.
- Senti que isso foi uma má ideia. – ele falou baixo no meu ouvido.
- Claro que não. – falei rindo, me virei e beijei-o – Vai ser muito legal. Melhor que um bando de mulher pelada querendo se esfregar em você. – ele gargalhou e me beijou.
- Como se essas doidas não fossem te levar pra um lugar onde tivesse um mundaréu de homem sem roupa. – ele disse fazendo cara feia.
- Não seria tão ruim.
- Você só pode ‘ta de brincadeira comigo. – disse indignado – O único cara que você pode ver pelado sou eu. – ele disse apertando a mão na minha bunda.
- , para com isso. – abri bem meus olhos – Daqui a pouco começam as piadas. – falei rindo, ele rolou os olhos, depois subiu a mão.
- Pizzas pedidas. – ouvi falando, olhei pra ele – O que vamos fazer agora?
- Aproveitar enquanto a comida não chega. – disse olhando pro teto colorido do lugar.
- Isso! – Valery falou e puxou pela mão – Vem, mozão, vamos pro fliperama, vou dar um caldo em você lá. – eles riram e foram pra um dos que era jogo de carro.
- Quem vai no de dança comigo? – levantou o punho.
- Nós! – casal falou.
- Espera, vou também. – beijei e fui pra onde eles estavam.
Todos foram se dispersando e decidindo o que iam jogar, cada um dos meninos pegou alguma bebida e acho que mais tarde, até nós cairíamos na dança. e estavam jogando no pebolim e conversando sobre algo bem engraçado, pois riam bastante. Cheguei perto dos meninos no Just Dance e vi e Julie se posicionando no guitar hero.
Dividimos-nos em duplas, eu e contra e . Íamos tirar no melhor de três, quem perdesse ia passar cinco minutos no quarto do terror. Eu sei, idiota, mas era bom se divertir. Primeiro eu fui contra o , depois e , primeiro placar empate. Depois nós ganhamos e aí eles ganharam também. Resumindo, ninguém entrou na sala escura. Não pelo menos por enquanto. Quando troquei o jogo por um fliperama, a pizza havia chegado.
Diz-me qual a necessidade de 10 pizzas? 10 PIZZAS! Eu sei que comemos muito, mas também não é pra tanto. E por mais incrível que pareça, não sobrou nada, nem uma migalhinha se quer pra contar história. Fui jogar as caixas vazias no lixo, que ficava na parte de cima, sabendo que mais tarde eles pediriam mais comida. Fechei a porta de vidro do lugar e comecei descer as escadas que estavam no escuro, quando cheguei ao fim, vi passando. Agarrei o braço dele e puxei pra onde eu estava.
- Opa! – ele disse cambaleando e o prendi na parede. Puxei pela gola da camisa e beijei-o. – Pequena. – ele riu, segurando minha cintura. Não, eu não queria parar, só queria um tempinho com o , só eu e ele. É pedir demais? Não.
- Oi. – falei chorosa e beijei o queixo dele. me abraçou pela cintura, depois me tirou do chão. Ri e segurei o rosto dele o selando.
- Que foi? – ele me colocou no chão e passou a mão no meu rosto.
- Nada, só queria ficar abraçada contigo. – meu Deus, eu estava carente demais. O que é isso, ? De verdade, não estou me reconhecendo. encostou a cabeça na minha e me abraçou forte, claro que não tão forte, ou ele me esmagaria. Até porque tem mais força que eu, muito mais.
- E nesse abraço, podemos incluir beijos? – ele riu e não me deu tempo de responder que sim.
apenas me beijou de uma forma tão maravilhosa. Segurei-me aos ombros dele, que me levantou mais uma vez, o que me deu vontade de enrolar as pernas nele, mas se fizesse isso, um simples beijo poderia levar a proporções maiores. Claro que o lugar não era problema, mas eu realmente não queria que fossemos vistos enquanto fazíamos sexo. Quem quer, aliás? Ninguém. Então deixa isso pra mais tarde.
Ele me selou seguidas vezes, depois me colocou no chão.
- Vamos? – segurou minha mão – Tomaram conta da cama elástica pra adultos e eu quero pular com você lá. – ele beijou minha mão e riu.
- Adoro camas elásticas. – falei rindo animada e seguimos de mãos dadas pra onde os outros estavam.
Chegamos à área que apelidei de lagarta, e os meninos estavam de meia, zanzando pra lá e pra cá, assim como as meninas também. e pulavam na cama elástica, com os cabelos voando e tentavam se abraçar enquanto pulavam. e Julie estavam mergulhados na piscina de bolinha e fizeram careta com alguma coisa que encontraram lá dentro. , , Valery e , tentavam brincar nos túneis sem causar danos maiores ao brinquedo.
Depois que o casal saiu da cama elástica, corri com o pra não perder a vez e fomos. Pulamos tanto que o ficou com o rosto vermelho e eu sentia o meu quente, fora a sede que era fora do comum. Saí do brinquedo e fui até a primeira sala, onde os meninos tinham deixado o cooler com as bebidas. Ainda bem que tinha água. Peguei um dos coolers e saí o arrastando pela alça.
Quando estava voltando pra área lagarta, vi uma movimentação perto de um dos túneis enormes, aqueles que parecem brinquedo hamster. Como assim tem alguém se pegando ali atrás? Se eu não posso, ninguém pode. Estreitei os olhos pra ver melhor e realmente era, só não dava pra saber quem era. Estufei o peito e fui até lá na maior cara de pau. À medida que fui chegando perto percebi quem estava praticamente se comendo atrás daquele brinquedo, passava a mão em e ela soltava risinhos esquisitos. Chega dessa pouca vergonha! Bati com a mão no túnel que era feito de fibra, o que causou um barulho enorme, fazendo os dois se afastarem de uma vez.
- Circulando! – falei indignada olhando pra eles, rolou os olhos e passou a mão no cabelo – Vamos! Eu mandei circular, circulando. – apontei pra onde os outros estavam. Ele ia abrindo a boca para falar. Olhei reprovadora pra ele, que segurou a mão da namorada e saiu puxando-a – Isso, gosto assim. – falei rindo e acompanhei os dois até onde os meninos estavam ainda arrastando o cooler.
- Que foi isso? Esse barulho? – perguntou assustada e coloquei o balde vermelho no meio da roda de conversa.
- Safadeza perto dos brinquedos infantis. – falei e os meninos caíram na gargalhada, sorriu e abriu os braços pra mim. Peguei duas garrafinhas de água e andei pra onde ele estava depois sentei em seu colo.
- Gostei de ver. – ele disse em meu ouvido e pegou a água.
- Safadeza nada. – a garota resmungou.
- Vocês estavam quase derrubando o brinquedo, . – ela bufou e rolou os olhos, mas estava vermelha.
- Ei, aquilo não é tão fraco assim e nem tão fácil de derrubar. – disse rindo e desferiu uns tapas nele, que desviou dela rindo. – Relaxa. – ele disse beijando-a.
- Mas do jeito que ia, a gente só ia ouvir o barulho do túnel caindo. – falei rindo e os meninos riram mais ainda.
- Que calúnia! – ela colocou a mão no peito. – Isso é falta de respeito.
- Quer que eu diga o que é falta de respeito? – perguntei irônica.
- Acho melhor não. – se pronunciou e os meninos riram.
Ficamos durante a noite inteira dentro do Wonderland, brincando, conversando besteira, zoando uns aos outros e comendo. Os meninos pediram mais comida e mais bebida. Sem comparação, aquela foi a melhor despedida de solteira/o ever, até porque ela não acabou pra mim depois do Wonderland, eu e o continuamos o que não tinham deixado a gente fazer no parque, só que dessa vez sem o empata do nosso amiguinho.

Uma noite antes do casamento.

arrumava as coisas pra sair de casa e eu andava de um lado pro outro dentro do quarto. Não que ele fosse sair, sair de casa mesmo, mas tem toda aquela coisa de tradição de não ver a noiva antes do casamento e como amanhã era o dia. Ele ia embora hoje. Agora me diz como eu vou aguentar tudo isso sem meu ursinho, ai, Deus, é muita pressão. Mas você consegue, , você consegue. Bom, pelo menos estava tudo nos conformes. As roupas estavam todas certas, madrinhas e padrinhos também. passou o dia falando comigo por telefone hoje. Tudo certo? Certo. Julie passou um pedaço da tarde aqui e disse que estava tudo ok com ela e . Certo. me mandou mensagem dizendo que tava tudo certo também. Ok, beleza. Falei com o ? Não. Ok. Falei com a ? Também não. Não se desespere, , talvez eles tenham esquecido de ligar. Vamos ligar pros dois.
Liguei pra ela e nada de atender. Aceitável, telefone desligado. Liguei pra ele e não me atendeu.
- Cacete! – gritei e em pouco tempo apareceu.
- ? Você está bem? – ele parecia preocupado, na verdade eu nunca falava palavrão. Mas esse era um momento extremo.
- Não, , eu não estou bem. – ele me olhou assustado – Aquele filho da puta do seu amiguinho SUMIU e a retardada não deu um mísero SINAL DE VIDA! – falei respirando fundo.
- Amor, calma. – me abraçou bem apertado. Dizem que os bois quando estão indo pro abate, não ficam com tanto medo, porque eles andam juntos e apertados e isso é uma forma de conforto.
Meu Pai Eterno, no que eu to falando?
- Falta um dia para o casamento, , um dia. – falei chorosa.
- Mas veja pelo lado bom, pelo menos eles estão na Inglaterra. – beijou minha cabeça.
- Na Inglaterra. – ri irônica – A Inglaterra é enorme, . Enorme!
- Já passou pela sua cabeça que eles podem estar juntos?
- Desde o casamento da . – abracei meu noivo. Ele riu.
- Não, , digo agora. Eles podem ter sumido juntos.
- O meu medo é esse, o idiota do é inconsequente e ela tem o juízo virado. – ele riu.
- Não pensa neles, ‘ta bem? Nós vamos casar, com ou sem os dois presentes aqui. Não se preocupa o que importa é você e eu lá. Nada mais. – me beijou e depois o meu nariz, passando a distribuir beijinhos por todo o meu rosto. Uma das coisas que mais me acalmava no mundo.
- Uhum. – falei de olhos fechados – Mas daqui para amanhã, eu estouro a cabeça de um. – falei e nós gargalhamos.
- Não sendo a minha, pode bater nesses seus amiguinhos todos. – ele disse me fazendo rir e beijou minha testa.
- Prontos para serem separados por um dia? – minha mãe apareceu na porta e logo deu um sorriso enorme quando nos viu abraçados.
- Não! – fiz uma careta de choro e apertei no abraço.
- Me da um minuto, Kate? – ele pediu ainda me abraçando.
- Só não demorem muito. – ela riu e saiu da porta.
beijou minha testa, depois meu nariz, minhas bochechas e por fim me beijou. Eu já disse que isso me acalmava? Porque me acalmava muito.
- Preciso ir, pequena. – ele disse ainda segurando meu rosto – Queria muito ficar pra dormir agarrado com você. – ele fez um bico, me fazendo rir.
- Família com tendências tradicionais são um porre. – fiz careta. Ele riu.
- Amanhã vai ser um dia maravilhoso, não se preocupa. Estarei te esperando as 17h00min na igreja, não se atrase. – ele disse rindo e beijou minha cabeça.
- Eu vou me atrasar. – ri também.
- Eu espero. – disse e me beijou – Lembre-se, horário marcado. – me beijou mais uma vez e depois saiu do quarto com as coisas.
A noite não foi longa, como a passada havia sido movimentada e eu não tinha dormido direito durante o dia, caí como uma pedra na hora de dormir e fui acordada com muita gente querendo me preparar para o casamento. Foi o dia todo nisso, cabelo, maquiagem, massagem, roupa, enfim, tudo que remetesse a casamento estava em pauta, menos o meu noivo, que não consegui falar com ele de jeito nenhum.
Casamento, essa palavra foi tão falada durante o dia que não tinha mais tanto impacto quando falavam novamente. Claro que era muito significativa, mas se continuassem falando ela mais um pouco, se tornaria comum aos meus ouvidos por alguns dias.
As meninas passaram à tarde comigo, na verdade maioria delas. Certa pessoa fez o favor de sumir, mas dizia que estavam mantendo contato e estava tudo sob controle, o mais tardar, uma hora antes do casamento ela estaria aqui. Mas por que eu não acreditava naquilo?

’s POV

Entramos pelas laterais da igreja, os padrinhos já tinham entrado e eu sentia que hoje seria uma mulher morta.
- Droga, eles já entraram. – reclamou.
- vai matar a gente. – falei.
- Eu não tenho culpa se o carro quebrou no meio do nada.
- Só não ter ido pra lá. – falei e sentamos na segunda fileira de bancos.
- Mas o único jeito de ver o imóvel era indo. – ele disse e riu – E aí, gostou do quarto? – olhei pra sem acreditar no que eu escutava.
- Nós estamos dentro de uma igreja. – ele riu – Então morde a língua antes de falar as coisas. – ele me olhou sorrindo malicioso – Sem piadinhas. Muda o foco.
- Eu posso morrer a qualquer momento. – ele disse com descaso e levantei o polegar.
- Ou ser castrado, depende do humor da .
- Aí acaba com sua diversão. – ele disse em meu ouvido. Olhei perplexa pra e dei um tapa forte no ombro dele, que riu. Olhei pra igreja e ela já estava cheia, muito cheia. Vimos junto com no altar, ela também nos viu e chamou a gente. Peguei na mão de e levei ele pra lá.
- vai cometer homicídios.– falei perto de .
- Não se vocês ficarem aqui. – ela mostrou um lugar perto dela e do e nos posicionamos, eu estava de braços dados com meu namorado. Que num ato de carinho, beijou minha cabeça.
- Não foi dessa vez. – falei baixo.
- O quê? – ele perguntou.
- Você e eu entrando na igreja, segundo casamento e isso não acontece. – falei rindo.
- Então casa comigo, que você entra e sai da igreja na minha companhia. – ele falou sério.
- Estou falando sério, . – ri baixo.
- Eu também, . – ele passou o braço pela minha cintura. A respiração estava difícil. – Não quero você cuidando só dos meus negócios, quero você cuidando de mim também. – ai, caramba! Aquilo me pegou totalmente desprevenida.
‘Ta certo, que a gente já vinha em um rolo meio doido há quase dois anos e no começo dessa semana decidimos que estamos namorando. E já decidimos que essa história de negócios, foi só um pretexto pra nossa aproximação, que seria inevitável desde o ultimo casamento. Nós dois sabíamos disso, mas enquanto eu tentava manter tudo discretamente, dava a cara pra bater, o que em algumas vezes, nos colocou em situações um pouco complicadas quanto à imprensa. Ok, já passamos dessa fase, contudo eu não esperava que ele tocasse em assunto de casamento, não mesmo.
- Olha, a já vai entrar. – ele disse e me toquei que passei muito tempo calada e que a macha nupcial já tocava.
- Podemos conversar sobre isso depois? – perguntei em relação ao casamento, ou à possibilidade dele.
- O tempo que você precisar. – beijou minha cabeça.
As portas da igreja se abriram e ela estava linda acompanhada do pai, deslumbrante e radiante. parecia uma pilha, mexia nos dedos e parecia tremer um pouco, um sorriso largo rasgava o rosto dele que não sabia fazer outra coisa, a não ser olhar pra sorrindo feito um bobo. À medida que ela chegava perto de nós, ele respirava mais fundo e parecia querer segurar o choro, o que ela não conseguiu e chorava discretamente com um sorriso no rosto.
Suspirei com o choro querendo chegar a minha garganta. Meu Deus, quem era essa no meu lugar? Eu nunca, nunquinha chorei em casamentos, nem sequer acreditava nessa magia que costumava dizer que eles tinham. Nunca achei que casamento fosse algo a fazer parte do meu futuro, mas eu também não achei que fosse realmente casar com o , nem que eu conheceria a One Direction, nem que um banheiro de uma casa de eventos fosse tão interessante, nem que eu estaria no casamento da com o e muito menos que eu estaria perdidamente apaixonada pelo e com um possível pedido de casamento.
Veja bem como as coisas acontecem:
No primeiro dos casamentos, nem chegar a tempo pra ser madrinha eu consegui. No segundo, as coisas melhoraram, estou aqui no altar, vou apadrinhar o casal, mas também não deu pra entrar na igreja direito, como padrinhos e pessoas normais. E aí? Será possível que eu não vou conseguir entrar nessa igreja descentemente, acompanhada de alguém e sem atrasos?



FIM?



Nota da autora: (28.03.2016) HEEEY minhas crias maravilhosas! Tudo bem com vocês? Fiquei sabendo que alguém aqui, está quase enfiada em um casamento. Não é mesmo? Parece que o encontrinho do banheiro rendeu não foi? huahuahu. Mas bem, parece ser um bom moço, investe nele, vai que da certo.
Espero que tenham gostado dessa fase de madrinha maravilhosa, vai que na próxima você é a noiva. Nunca se sabe.
Ps: Acho que a magia do casamento te pegou, querida .

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Nota da Beta: Sabe aquele casal com aquela puta química? São os dois. Eles são lindos juntos, acho uma fofura quando eles escondem que estão namorando e tal. Até quem enfim se assumiram uhuul, tem que ter continuação, e pra ontem kkkkk. <3




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