Little Child

Última atualização:21/02/2021

Capítulo Único

Desde que eu descobri que tinha um irmão mais velho, passaram-se alguns anos. Depois do meu casamento com o , meu grande amor, passaram-se anos também. Hoje, doze anos depois, e eu construímos uma família juntos. Ele e meu irmão ainda têm a banda e estão fazendo mais sucesso que de costume. Viraram lendas do ramo. E eu estou muito orgulhosa deles. Aqueles rumores de que eu era uma golpista, que queria o dinheiro do e do acabaram, foram desmentidos. Graças aos nossos advogados que moveram inúmeros processos contra os malfeitores que inventaram tudo isso. Atualmente, e eu moramos numa enorme casa aqui em Huntington Beach e é nela que criamos nossos filhos.
Temos três filhos: o mais velho é o Andrew com quase 12 anos, aliás o aniversário dele está chegando. Esse menino é um talento nato, puxou ao pai: toca guitarra, violão, baixo, bateria e piano. Além de cantar muito bem (e compor). O Timothy, Timmy, tem 10 anos, e segue os mesmos passos do irmão, com uma diferença: ele prioriza o esporte. Este menino é um excepcional jogador de futebol. Meu grande orgulho, como brasileira e amante do futebol, né?! E tem a nossa pequena Sarah com apenas 5 anos, ela faz uns desenhos bem bonitos. Ok, eu acho tudo que ela faz bonitinho. O também. Ela é a princesinha dele, faz de tudo por ela. Um mimo que só.

- Mommy! Mommyyyyyyyyyyyyyyyyy! – A voz do Timmy ecoou pela casa. – Mommy!!!
- O que aconteceu dessa vez, Timmy? – Falei, caminhando até o pé da escada. Parei e olhei para o topo da escada. Timmy parou ali e me olhou furioso.
- Olha o que o Andy fez?! Meu violão! – Ele disse e me mostrou o violão que eu dei de presente para ele quebrado.
- Vem cá... – Falei chamando ele, que desceu as escadas batendo os pés. – E se acalma, pois eu não tenho nada a ver com isso, garoto! – Dei bronca por ele ter descontado em mim a sua raiva do irmão.
- Sorry, mommy, olha só... está quebrado! – Ele falou e me mostrou o violão só com duas cordas. O que o Andy fez para quebrar as outras cordas desse violão? Oh, Gosh...
- É só comprar outro jogo de cordas, meu amor. Quando a gente for ao shopping compramos, ok? – Eu disse e passei a mão na cabeça dele.
- E o Andy? Ele quebrou... Falei para ele não pegar meu violão e ele pegou, mom. – Ele disse manhoso. Eles dois brigam o tempo inteiro por causa deste bendito violão. Andy tem o dele, mas prefere o do irmão, pois está sempre afinado. Timmy afina, mas nunca tem tempo de tocá-lo.
- Vou falar com ele. Agora vai se arrumar, daqui a pouco seu pai e seu tio chegam para irmos jantar.

Ele subiu cabisbaixo. Na certa, ele esperava que eu brigasse e colocasse o irmão de castigo. Após ouvir a porta do quarto dele se fechar, eu subi as escadas e fui até o quarto do Andy. Parei na porta, que estava encostada, e fiquei ouvindo ele tocar guitarra. Usava fones de ouvido enormes e com certeza estavam muito altos, pois ele não percebeu minha presença ali. Minutos depois, após eu ter batido na porta e pigarreado várias vezes, ele notou que eu estava ali e se assustou.
- Papai já chegou? Já vou me arrumar, só estou terminando de gravar umas notas... – Ele foi logo explicando-se.
- Seu pai ainda não chegou. – Eu disse e sentei-me na cama dele. Chamei ele para que sentasse ao meu lado. – Pegou o violão do seu irmão? – Fui direta ao ponto. Eu costumava enrolar quando queria falar algo para o , porém, com os nossos filhos, eu sou bem direta no assunto.
- Me desculpe, mãe, não foi por querer.
- Tem que pedir desculpas ao Timmy, afinal o violão quebrado foi o dele. – Eu disse e coloquei as mãos no cabelo dele e baguncei um pouco.
- Vou falar com ele. – Andy disse sorrindo. Levantei-me e já ia saindo, mas voltei.
- Música nova? – Andy escreveu algumas músicas. Desde que começou a tocar violão, há três anos, ele começou a compor também.
- É. Quer ouvir? – Assenti com a cabeça e ele começou a tocar e cantar a música. É tão bonita, realmente fiquei emocionada. – O que achou, mom?
- Achei maravilhosa, meu filho! Deveria realmente mostrar para seu pai. – Eu falei e ele fechou a cara. nunca prestou muita atenção quando Andy ou Timmy lhe mostravam algo que fizeram por conta própria. Já com a Sarah, ele achava tudo lindo.
- Prefiro mostrar para o tio . Pelo menos ele gosta de mim. – Ele rebateu tristonho e irritado.
- Não fale assim, Andrew, seu pai te ama.
- Me desculpe, mom, mas não parece. – Magoado, Andy colocou sua guitarra no pedestal e passou as mãos no rosto. Eu entendo o lado do Andy, ele fica muito irritado quando o pai não dá importância aos talentos que ele tem. faz o mesmo com o Timmy, só que o Timmy nem liga para a não importância que o pai dá para ele.
- Vai se arrumar e fale com seu irmão. – Eu disse com um nó na garganta, dei um beijo no topo da cabeça dele. Ele assentiu e eu fui para o meu quarto.

Sentei-me na cama e comecei a pensar. Meu casamento com o está indo muito bem, entre nós dois, não há segredos e nem aborrecimentos. Porém, quando o assunto é nossos filhos: nós temos algumas opiniões adversas. chega todo dia em casa muito estressado com o trabalho. Ele diz que não quer e nem vai parar de tocar com a banda: é o que dá prazer de vida para ele e os rapazes. Porém, os estresses com produtora e gravadora acabam irritando ele ao extremo. O problema todo é quando ele chega em casa e desconta nos meninos. Às vezes, até sobra para Sarah que perde o colinho de boa noite do papai. E, às vezes, sobra até para mim. Porém, com ele eu me entendo. Já os meninos...

- ... – Meu querido marido havia chegado e deitado ao meu lado, sem dizer uma palavra. Ainda estava suado do ensaio e, provavelmente, estressado também. Eu virei-me para ele e dei um beijo em seu ombro. abriu os olhos e olhou para mim, sorrindo de canto de boca.
- Oi, minha princesa... desculpe se te acordei. – A voz dele estava cansada, quase falha e muito arrastada. Com certeza, ele está estressado e cansado.
- Vamos jantar fora ainda? – Perguntei e ele suspirou cansado, fazendo uma careta.
- Me desculpe, amor, eu me esqueci totalmente. Vou tomar um banho, ok? – Ele disse e levantou-se devagar.
- Não precisa amor, deita. – Falei e empurrei ele de volta para deitar na cama. Ele não se opôs e deitou de bom grado. – Depois fale com o Andy, ele tem algo para te mostrar. – Eu disse e ele levantou o tronco para me olhar.
- Ele fez outra música? – Perguntou, com certo desdém.
- Fez e é maravilhosa, de fato. Deveria parar e ouvir as criações do seu filho, . – Falei num tom irritado. Esse assunto me deixava desconfortável e irritada. Minha vontade era de obrigar o a ouvir o Andy, querendo ele ou não.
- Ah... – Ele disse com o mesmo tom de desdém e prosseguiu: – Depois passo lá. – Ele voltou a deitar e eu suspirei irritada. Ele percebeu que eu estava chateada e levantou o tronco novamente e sentou-se na cama – O que foi, ?
- O que foi? Vou te dizer o que foi, : você fala que ama nossos filhos da mesma forma, porém, quando o Andy te mostra algo que fez, você nem liga. Não dá a mínima para ele. Você sabe que o Andy odeia quando você faz isso, não sabe? Você sabe que ele está magoado com você? Sabe que nosso filho acha que você não o ama?! Sabe, ?! – Esbravejei irritada e ele levantou-se da cama e caminhou até mim.
- E você sabe o quanto que estou cansado de ouvir isso?! Sabe, ? Eu estou cansado, sabia? Eu trabalho todo dia, TODO DIA e só recebo reclamações quando chego em casa. Meu Deus, eu estou farto disso, !
- Ah, mas eu estou mais cansada ainda, , porque você só sabe reclamar que está estressado quando chega em casa. E só desconta nos nossos filhos. Até a Sarah me perguntou o que você tem esses dias, pois não tem ido falar com ela...
- Para mim já chega, eu vou tomar banho e vamos sair para jantar.

foi para o banheiro e bateu a porta com força. Eu gritei de raiva e dei um soco na parede. Ele me gritou de dentro do banheiro e disse que havia ouvido. Dei de ombros e fui avisar aos meninos para se arrumarem. Cheguei ao quarto do Andy e ele estava parado na porta olhando na direção do meu quarto, Timmy também estava lá, eles estavam conversando, na certa.

- Você e o papai brigaram, mom? – Disse Timmy, com a voz embargada. e eu quase não brigamos e, quando fazemos isso, nunca é na frente das crianças.
- Está tudo bem, meus amores. Vão se arrumar, vamos sair para jantar, está bem? – Eu disse com um tom suave e sorri, tentando não transparecer a minha vontade de matar o pai deles.
- Ouvimos vocês gritando, mom, sabemos que estavam brigando. – Andy disse apreensivo, ele segurava os ombros do irmão. Eu segurei a mão dos dois e sorri para eles.
- Não se preocupem, está tudo bem, ok? – Eles assentiram e eu abracei eles.
- Mommy! – A voz da Sarah invadiu o quarto e eu a carreguei no colo.

Arrumei a Sarah para sairmos e deixei ela no quarto, brincando. Voltei para meu quarto e encontrei o calçando as botas. Entrei sem ao menos falar com ele e fui direto tomar banho. Quando saí ele não estava mais lá, dei de ombros e me arrumei. Quando estava pronta, fui até o quarto da Sarah para leva-la para baixo. Antes, eu passei no quarto dos meninos e estava lá no quarto do Andy, para minha absoluta surpresa. Fiquei do lado de fora ouvindo a conversa.

- Você sabe que eu amo você, não sabe, filho? – falava com o Andy que se manteve calado e olhando para um ponto fixo no chão. – Eu sei que não tenho sido um bom pai, assumo isso e sei também que tenho te tratado com certo desprezo. Você é muito talentoso, sabia?
- É, eu sei que sou. – Andy respondeu no mesmo tom esnobe que o pai usava quando era mais novo, antes de eu conhecer ele. Eu ri com isso, é impressionante como eles são parecidos. – Você nunca ligou para minhas músicas, por que isso agora?
- Eu percebi, e espero que não seja tarde demais, que eu estava errado. Agi errado com você, meu filho. – disse e colocou a mão sobre a perna do Andy, que deu uma leve recuada. – Eu ouvi todas as suas músicas.
- Todas? – Andy abriu a boca, incrédulo, e assentiu. – Mas, mas você disse que não iria ouvir...
- Mas, eu ouvi. Seu tio me mostrou todas elas, eu pedi para ele. – Revelou e aquilo me fez sorrir. Eu sabia que ele ouvia as músicas, apesar dele sempre negar. – São excelentes, meu filho!
- Sério, pai?! – Andy disse animado e assentiu novamente. – Cool!! Obrigado, papai! Obrigado! – Andy abraçou o pai com força e retribuiu o abraço.
- Me perdoe, meu filho, por tudo, ok? – disse ainda abraçado ao Andy.
- Está tudo bem agora, papai. Obrigado, mais uma vez, obrigado! Amo você! – Aquilo rebateu como um tapa na cara do . Ele sorriu e quase chorou. Acho que o Andy só queria ouvir isso do pai: que ele adorou as músicas.
- Agora sim: meus dois bonitões fizeram as pazes... – Eu disse e entrei no quarto.
- Mom! O papai ouviu minhas músicas e disse que são boas! – Andy falou animado.
- Eu sei meu filho, que bom! – Sorri para ele, me olhou envergonhado. – Antes de irmos jantar... , eu posso falar com você? À sós... – Eu disse encarando ele, que assentiu e caminhou até a sala comigo. – Então, quer dizer que você ouviu as músicas do Andy, né, ? – Eu disse com o olhar suspenso e ele riu.
- Me perdoe por ter gritado com você e com nossos filhos, me perdoe por ter sido um idiota. – Ele falou e mantinha as mãos nos bolsos da calça.
- Está tudo bem, não faça mais isso, senão, eu não te perdoarei, estamos entendidos, ? – Eu disse séria e ele assentiu. – Vamos...
- Antes de irmos... – Ele disse e me puxou para ele me dando um abraço. – Eu te amo, minha princesa , eu te amo... – Ele me deu um beijo suave e logo fomos interrompidos pelas vozes dos nossos filhos que vinham descendo as escadas. Antes deles chegarem, eu disse baixinho no ouvido dele.
- Eu te amo, seu grande idiota! – Ele riu e me beijou de novo.

Saímos para jantar e tivemos uma noite agradável. Comprei um jogo de cordas novas para o Timmy, que ficou todo feliz. Andy estava mais alegre, conversando mais, estava feliz por ter o reconhecimento do pai, finalmente. Sarah voltou a ficar sorridente e manhosa com os mimos do papai . Meu irmão e sua família também estavam no jantar. Minutos depois, encontramos o e a e seu filho Sony, que tem a mesma idade da Sarah. Acabamos de jantar e fomos para casa com a sensação de renovação. Renovamos os votos de amor um pelo outro, como uma grande família feliz e unida, que sempre fomos.

F. . .



Fim.



Nota da autora: Ahhh Little Child foi escrita numa só tarde, me lembro ser um domingo, estava passando "Temperatura Máxima" (não lembro o filme kkk). Sentei-me e escrevi. O plot veio muito rápido, então a fic saiu rápida também. Para encerrar essa fic que eu amei tanto escrever, que é Little Sister ❤️
Obrigada, Aninha por scriptar minha fic mais uma vez. Essa att vai pra você que ficou curiosa quando comentei desse spin-off e praticamente me obrigou a postar kkkk ❤️
Espero que tenham gostado e voltem sempre às minhas fics!
Beijinhos!



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