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Love Shoot






Última atualização: 22/02/2017

Capítulo 1 - Mudanças


"Don't forget where you belong, home..."

Harry
– Tudo pronto, senhor Styles. – Lenny, o meu motorista, disse assim que colocou a última mala dentro do carro do meu tio, esse que estava parado em frente a minha enorme casa, um exagero em minha opinião. Eu me aproximei dele com um semblante levemente irritado.
– Lenny, eu já não te disse para me chamar só de Harry? – perguntei parando ao seu lado, posicionando minha mão direita em seu ombro. Ele baixou a cabeça rapidamente.
– Desculpe. – Lenny pediu baixinho e eu fiz um gesto com as mãos em resposta, como se dissesse que estava tudo bem. Ele estava com um olhar distante, talvez ele estivesse triste.
– Bom Harry, é melhor irmos andando! – meu tio Yaser avisou enquanto caminhava para perto de nós. Eu assenti concordando. – Acabei de falar com sua tia e ela já está nos esperando. Se perdermos esse voo, só podemos ir no dia seguinte e isso não está nos planos...
– Acho que está na hora de nos despedirmos... – Lenny sugeriu e eu sorri em concordância. E logo eu estava abraçado com o cara que foi meu motorista desde que eu era um bebê. Realmente ele havia tido um papel importante em minha infância, e tem até hoje.
– Se cuida, rapaz.
– Pode deixar Lenny. Eu vou tentar não engravidar nenhuma menina enquanto estiver por lá... – eu disse o soltando, com a intenção de deixá-lo preocupado, coisa que eu faço desde sempre. A cara que ele faz é hilária.
– Como? – perguntou ele com certa dificuldade, enquanto eu sorria da cara que ele fez. Vocês tinham que ver, é muito engraçado.
– Eu estou brincando, Lenny. – esclareci e ele pareceu se aliviar assim que eu terminei de falar. Logo em seguida eu recebi um belo de um tapa na cabeça, coisa de leve, só pra deixar claro que ele não havia gostado daquilo. – Ai, Lenny, desculpa. Eu só estava brincando...
– Claro que estava... – tio Yaser comentou me olhando com um olhar mortal, okay eu admito que fiquei com medo. Em seguida eu pude ouvir a risada dos dois. Okay, rir da cara dos outros talvez não seja tão legal assim.
– É sério, Harry, se cuida. Yaser, se ele começar a desobedecer, você dá uma ligadinha pra mim que eu pego o primeiro voo para Londres para dar uma liçãozinha nesse garoto aqui... – engoli em seco fazendo Lenny sorrir. Ele parecia um pai muito mandão enquanto falava.
– Claro, Lenny. – tio Yaser piscou enquanto abria a porta do carro. – Até mais Lenny! – ele acenou antes de entrar no carro, meu motorista acenou de volta.
– A gente se vê em breve, velhinho. – ergui a mão para fazermos um high five e Lenny me acompanhou. Parece que alguém havia aprendido como os jovens se cumprimentam. Ele nem era tão velho assim, tinha entre trinta e trinta e cinco anos, eu só fazia isso para irritá-lo. – Nem saí daqui e já estou com saudades!
– São só nove meses garoto! – Lenny bagunçou meu cabelo, exatamente como ele fazia quando eu era um moleque. – Passa tão rápido. Em alguns dias eu terei você de volta pra me encher o saco! – ele disse fazendo-me sorrir.
– Tchau, Lenny. Cuida bem da Mary, e diz a ela que ela ainda faz a comida mais gostosa de todas. – eu pedi enquanto me afastava dele para entrar no carro.
Tio Yaser logo deu partida. Assim que eu senti o carro começar a se mover, foi estranho. Pode parecer um pouco (ou muito) gay, mas eu estava triste por ter que deixar Lenny ali. Bem ali, no Canadá. Eu até que sentiria falta da minha casa com o tamanho de um Museu, admito que por ser grande demais, quase nunca meus pais ou algum empregado da casa me pegavam quando eu estava aprontando algo. Nunca fui aquele tipo de cara clichê que quebra o coração de todas as garotas depois de ficar com elas, se a garota é interessante e eu vejo que está no meu alcance eu fico com ela, simples, mas se eu percebo logo de cara que é uma garota difícil e que com certeza, eu irei demorar a conquistá-la, eu simplesmente deixo pra lá. Não gosto de correr atrás de garotas não. Enfim, voltando ao assunto de ‘coisas que eu sentirei falta quando me mudar’, que legal, parece até um nome de livro. Foco, Styles, foco. Uma coisa que eu não sentirei falta é o frio. Pois eu já estive, assim como nasci e morei em Londres quando era mais novo e eu sei bem de como o clima lá é congelante. Isso torna Londres e Canadá cúmplices haha. Outra coisa que eu também não sentirei falta alguma são os amigos, os quais eu não tenho nenhum. Sempre foi muito difícil para eu fazer amizades, certamente porque quando eu estava na sétima série eu me achava o rei da turma! Eu tocava guitarra e era o garoto mais rico do colégio e por isso eu sentia que não precisava ter amigos. Realmente eu não precisei, e aqui estou eu, com completos dezesseis anos de minha vida sem ter amigo algum. Como citei anteriormente, eu tocava guitarra e sabia algumas notas no violão, nada demais, era mais como um hobbie para passar o tempo mesmo. Meus pais, mesmo estando na maioria das vezes ausentes em meu dia à dia, me incentivaram muito para tentar algo no ramo da Música, mas eu não me empolguei muito. Na verdade eu sempre fui muito quieto, na minha, sempre esperei que as coisas acontecessem em seu tempo certo, nunca gostei de me apressar para a vida, sabe?
Tio Yaser dirigia animado ao meu lado, com certeza ele contava os segundos para ver sua esposa, a tia Trisha novamente. Para ser bem sincero eu nunca me dei muito bem com meus tios e tias, pois sabe aquele tipo de pessoa que gosta de cuidar da vida dos outros e esquecem a suas? Enfim, todos os meus tios e tias maternos eram assim e eu os evitava ao máximo que podia. O único parente que eu adorava manter contato era com o irmão do papai, o tio Yaser. Acho que por serem só os dois como filhos eles sempre foram bem próximos e na maioria dos feriados um sempre ia a casa do outro e isso fez com que eu crescesse perto do meu primo Zayn, filho do tio Yaser, o qual se dava muito bem comigo. Por eu gostar muito da família do tio Yaser sempre que papai e mamãe iam viajar para algum lugar por um tempo eles me mandavam para ficar com eles em Londres por alguns dias, no máximo dez ou quinze. Dessa vez eu ficaria por lá durante nove meses. Acho que é tempo demais do que eu estou acostumado, mas tudo bem, eu vou conseguir sobreviver.
Após esperarmos alguns minutos para anunciarem nosso voo, eu e meu tio entramos na aeronave e procuramos nossos lugares e logo estávamos sentados, esperando que o piloto desse partida. Aproveitei esse tempo de espera para conectar meus fones de ouvidos em meu celular e sem esperar nenhum segundo, dei play em uma música qualquer do Nirvana. Tio Yaser, que me parecia bastante animado, tratou de pedir a uma das aeromoças para que trouxesse uma taça de vinho para ele. Eu até que tentei dormir durante o voo, mas minha empolgação de chegar em Londres logo não me permitia fechar os olhos um segundo se quer.
Eu não sabia ao certo o que me esperava lá, mas eu sentia que dessa vez não seria como as outras, sentia que algo me marcaria para sempre durante esse tempo em que eu ficasse por lá. Era uma sensação maravilhosa. Meus órgãos internos pareciam estar em chamas. Eu não sabia definir o que estava acontecendo dentro de mim, era estranho, algo desconhecido, eu até diria que estava assustado, mas isso não faz o meu tipo.

Niall
Engraçado como o que você mais quer, o que você mais precisa naquele momento, simplesmente não pode ser seu. Alisei o rosto pequeno e angelical da garota com cabelos negros ao meu lado, que vestia uma blusa minha e estava sendo coberta apenas por um lençol branco e fino. Antes que pensem algo ruim sobre mim, eu não fiz nada com ela. Pelo menos nada do que estavam pensando. Na verdade, ela apereceu em minha casa ontem muito tarde chorando, usando roupas molhadas por conta da tempestade que estava caindo, e eu, como sou um bom amigo pedi para que ela entrasse e me explicasse o que havia acontecido pra ela estar naquele estado e após trocar de roupa e se esquentar, ela disse com seus lábios avermelhados e trêmulos; Thomas. Só podia ser aquele idiota mesmo. namora Thomas desde a oitava série. Nós sempre estudamos juntos e um dia ela, acidentalmente, se tornou minha melhor amiga. Eu odiava vê-la chorando, mas odiava ainda mais vê-la chorando por causa de Thomas. Se eu encontrasse aquele idiota nesse momento eu o socaria até que ele pedisse perdão à , independente do que ele havia feito com ela. Não, ela não quis me contar o que houve e isso que estava me deixando mais preocupado ainda. Caramba, somos amigos, melhores amigos, ela devia me contar tudo... Ela não sabe como eu me importo com ela.
– Eu tenho que parar de dormir aqui... – murmurou entre risos. Eu franzi o cenho a encarando. – Sempre que eu acordo quando durmo aqui você está me olhando assim!
– O que? Claro que não, assim como? – soltei uma risada nasalada, desviando meu olhar dos olhos brilhantes e inchados dela. Ela havia chorado a noite toda.
– É sim, Niall. Eu acordo e você tá me encarando com esses seus olhinhos azuis aí, sorrindo como se tivesse hipnotizado, isso é estranho. – se debruçou na cama, fechando os olhos.
– Isso é coisa da sua imaginação, sua maluca. – eu segurei em sua cintura, fazendo um carinho bom ali. – Já está pronta para me contar sobre o que o babac... Thomas aprontou dessa vez? – eu parei antes de falar babaca e decepcionei-me de certa forma quando não recebi um olhar repreendedor de , que mantinha a cabeça baixa.
– Não quero falar sobre isso... – hesitou olhando para o lado.
– Mas eu quero. Eu preciso saber o que aquele cara fez com você dessa vez. – percebi no biquinho que se formou na ponta dos lábios da minha melhor amiga. – ele não te tirou a...
– Não! Eu fui na casa dele ontem, como sempre faço no sábado à noite, e quando eu cheguei lá ele estava jogando video game, eu perguntei o que ele tinha para estar calado daquela forma e ele me xingou das piores formas possiveis... Eu saí de lá o mais rápido que pude e só conseguia pensar em alguém para me abraçar... – ela abaixou o olhar, brincando com seus dedos da mão.
– Que bom que esse alguém era eu, afinal. Já pensou se outro marmanjo tivesse abraçando você em meu lugar? Eu arrancaria as bolas dele... – comentei fazendo gargalhar alto dessa vez.
– Primeiro dia de aula, está pronto para encarar os chatos dos professores por mais um ano, Niall? – ela perguntou mudando completamente o rumo da conversa e eu dei de ombros. – Tomara que tenha garotos gatos dessa vez, já que no ano passado não tivemos muita sorte... – senti meu rosto ficar tenso.
– É, não tô pronto para o primeiro dia mesmo... – falei alto demais, recebendo um olhar ironico de . Eu sorri corando.
– E novamente você me olha desse jeito...
– Hãn? Nada a ver, para de dizer isso. É o jeito que eu sempre te olho. – eu dei de ombros.
– Não é não, Niall. Parece que você quer me beijar, e é estranho. Algumas vezes eu até penso que você pode estar apaixonado por mim... – sorriu e eu gargalhei alto tentando achar alguma graça no que ela dissera.
, entenda, você sempre vai ser a menina que cuspiu no meu suco quando tinhamos nove anos, tá. Não tem a menor chance de eu me apaixonar por você! – ela gargalhou novamente, e por um segundo eu me senti mal por mentir daquela forma pra ela.
– Bom, então eu vou indo. Eu até ficaria para tomar café com você, mas preciso arrumar minha mochila e lavar o cabelo, coisa de garota. – ela se levantou, pegando sua calça jeans que já estava seca e a vestindo. Eu sorri.
– Toma cuidado na rua, não fala com estranhos e vai direto pra casa, ouviu? – eu avisei enquanto ela fazia um coque mal feito no cabelo.
– Pode deixar mamãe, eu vou fazer isso sim. – parou em minha frente, passando seus braços por minha cintura. Eu retribui o abraço, depositando um beijo em sua testa.
– Passo na sua casa amanhã às sete? – perguntei quando nos afastamos um pouco para olhar um para o outro.
– Com certeza sim. Não posso perder a minha carona. – assentiu freneticamente. Ela parecia uma criança cheia de energia, e eu amava isso nela. – Até mais Nialler Blond . – ela gritou meu apelido, inventado por ela, da porta do meu quarto, já se retirando.
– Até... – murmurei, sabendo que ela não iria escutar. Eu sabia perfeitamente que ela ainda estava machucada pelo ocorrido com Thomas na noite passada, mas eu a conhecia muito bem para saber que ela jamais admitiria isso, ainda mais para mim.
Ela sempre foi muito orgulhosa, desde quando éramos pequenos. , sempre fazendo as escolhas erradas, enquanto tudo o que ela procura está bem aqui, mais perto dela do que ela imagina. Mas eu já estava acostumado. Aquela era Adams minha melhor amiga e a garota por quem eu era apaixonado.

Louis
Enquanto colocava meu uniforme do time de futebol dentro da minha mochila eu podia escutar perfeitamente as gargalhadas altas que vinham do quarto ao lado, deixe-me advinhar, , e . Primeiro dia de aula, assim como todos os primeiros dias do ano letivo, amanhã aconteceria o teste para o time de futebol o que cabe a mim, como ótimo capitão que eu sou, escolher os novos integrantes juntamente de Zayn, um dos meus melhores amigos e co-capitão do time, já que alguns saíram pois terminaram o colegial. Nesse ano eu iniciaria o meu segundo ano do segundo grau o que não podia ser melhor. Terminei de arrumar minha mochila para amanhã e a joguei em algum canto no quarto, sentindo meu estomago roncar, praticamente gritando por comida. Como meus pais sempre estavam muito ocupados, quase nunca tinha uma refeição descente em casa. Saí do meu quarto batendo a porta atrás de mim, parando em frente a porta do quarto de , a minha irmã caçula, que era um ano mais nova que eu. Bati na porta por alguns segundos até que, junto com o ranger da mesma, a abriu. Quando a porta foi aberta, eu senti todos os olhares sobre mim, e eu até ficaria envergonhado com todas aquelas garotas me olhando se eu não me chamasse Louis Tomlinson. me mandou um sorriso e eu retribui, entrando no quarto e sentando na cama ao lado dela, enquanto suas amigas só me olhavam tímidas e curiosamente. Eu nunca havia reparado demais nas amigas da minha irmã, eu só sabia que era uma maluca que adorava se meter em encrenca e que era uma santa, pelo menos segundo o que todos diziam nos corredores da escola. Eu não era o tipo de cara que ficava dando em cima de toda garota que a minha irmã levava em casa, na verdade eu sempre enxerguei e como um ponto proibido para mim. Eu sabia perfeitamente que se chegasse a ficar com uma delas algum dia e as magoasse de alguam forma, jamais me perdoaria. Não acho que seria legal se envolver com as amigas da minha irmã, por isso que eu jamais aceitaria se se envolvesse com um amigo meu. Mas enfim, ser o capitão do time de futebol tem suas vantagens, não só por tirar nota boa em tudo sem fazer nada o semestre todo, mas também com todas as garotas. Eu estou falando de todas mesmo.
– Hello people, o que estavam fazendo? – eu passei o braço pelo pescoço de que encostou a cabeça em meu tronco, sorrindo fofamente. Dei um beijo no nariz dela enquanto dava mais uma olhada no quarto percebendo o quão arrumado estava.
– Nada, Tommo, só estavámos falando sobre amanhã. – comentou enquanto analisava suas unhas, pintadas de um azul clarinho.
Eu novamente varri o lugar com o olhar, foi quando meus olhos pararam em , que olhava para baixo, completamente distraída. Ela era da mesma idade que minha irmã, e melhor amiga dela desde sempre, assim como . Mas eu não conseguia vê-la como uma garota qualquer, como via a , ela parecia ser... diferente das outras garotas. Okay, isso está ficando muito gay.
– Ahm... – fiz um barulho estranho com os lábios, fazendo as garotas gargalharem baixinho. – Bem, eu estou indo na lanchonete aqui perto, querem ir junto? Afinal, hoje é o último dia de férias, temos que aproveitar ao máximo. – eu ergui o braço dando de ombros. olhou para as amigas que assentiram devagar.
– Okay, vamos sim. – disse se levantando, deixando a mostra sua cintura bem desenhada e fina, eu ergui o olhar para os cabelos longos e castanhos da minha irmã que estava de costas para mim. Meu olhar instantaneamente ficou sério e uma ruga de preocupação surgiu no meio da minha testa ao perceber o quão linda e grande estava.
– Hey, trate de colocar uma blusa descente, e uma calça também, está muito frio lá fora! – poxa, qual a graça de ter uma irmã mais nova e não poder ser super protetor?
Mas isso não acontecia por vontade minha, era algo normal para mim, desde muito pequeno eu sempre evitei deixá-la perto de garotos, principalmente dos meus amigos. Observei rolar os olhos e entrar no banheiro gargalhando, me deixando sozinho no quarto com as suas amigas que riam de algo que alguma das duas havia dito. Eu franzi o cenho curioso para saber o que as garotas achavam tão engraçado e sem aguentar mais eu pigarreei alto.
– Tudo bem com vocês? – perguntei tentando quebrar o silêncio agoniante que havia se instalado naquele quarto. Nem parecia que nos conhecíamos há anos ou que elas viviam ali em casa, tudo bem que elas eram zona proibida pra mim, mas falar não tira pedaços. As meninas se entreolharam e assentiram juntas, elas pareciam ser sicronizadas.
– Eu estou ótima e você, ? – se virou para a amiga que mais uma vez assentiu, percebi que elas tentavam esconder um sorriso, que estava quase escapando pelos seus lábios. Revirei os olhos, ainda não entendendo o que era tão engraçado.
– É... Vou ligar para os caras. – apontei para as garotas antes de me levantar da cama de e sair do quarto, as repreendendo enquanto negava diversas vezes com a cabeça.
Eu iria ligar para Liam e Zayn para saber se queriam sair com a gente, acho que seria mais divertido se eles estiverem lá comigo. Afinal, eu não iria aguentar aquelas três garotas a noite inteira sozinho. Como dizia meu pai, quando se passa tempo demais com mulheres que você não pode pegar, você acaba se tornando muito “afeminado”, se é que você me entende. E ficar com alguma delas estava fora de cogitação, primeiro por que uma delas era minha irmã e as outras duas eram amigas da minha irmã. Não tinha chance alguma disso acontecer.

Zayn
– Zayn, eu juro que se você não descer agora eu subo aí e te arranco a força desse banheiro, tá me ouvindo? – Liam gritou de repente do andar de baixo, causando-me quase um mini infarto.
Recuperei-me rapidamente do susto e voltei a passar a escova delicadamente em meu cabelo, para terminar o meu topete que estava quase perfeito. Por que todos tinham sempre que ficarem me apressando para sair? Eu nem demorava tanto assim para me arrumar. Uma vez eu estava cantando no banho por alguns míseros minutos antes de irmos ao casamento da minha tia, com minha mãe vindo de cinco em cinco minutos me gritar do outro lado da porta, dizendo que estavamos super atrasados e que ela iria me matar se perdesse o casamento da irmã dela e mais um monte dessas frescuras. Ainda não acredito que fiquei um mês inteiro de castigo só porque quando chegamos lá minha tia já havia jogado o buquê. Vocês tinham que ver como a minha mãe surtou dizendo que tinha perdido a festa inteira e que era tudo minha culpa. Mulher é muito dramática mesmo, dude. Pelo menos ainda tinha comida quando chegamos lá. Segurei firme em meu pescoço, lembrando que se não fosse pelo meu pai a minha mãe teria me esganado naquele dia de tanto ódio que sentia. Escutei um barulho de passos vindo das escadas e rapidamente eu me livrei dessas lembranças nada agradáveis e voltei a arrumar meu cabelo.
– Eu te avisei, Zayn. Sinto muito. – a porta do banheiro se abriu bruscamente e um Liam furioso apareceu na mesma, caminhando rápido em minha direção. Eu fiquei tão assustado que sentia que poderia gritar a qualquer momento. Ah, qual é, quem não se assustaria se um brutamonte com seu perfeito físico de jogador de futebol como Liam entrasse no seu banheiro do nada com um olhar extremamente mortal para você?
– Calma Liam, vamos conversar. Liam... – eu literalmente gritei enquanto tentava me afastar dele o mais rápido que podia, mas logo senti suas mãos fortes apertarem os meus ombros me puxando para fora do banheiro. – Eu posso explicar, calma.
– Cara, você parece até que vai casar, que isso. – descemos as escadas, quer dizer, Liam me obrigou a descer as escadas da minha casa de dois em dois degraus, me soltando assim que terminamos.
– Ah, dude, foi mal. Você sabe que eu me sinto incompleto se meu topete estiver desarrumado, não sabe? Você sabe. – eu abri a porta central passando pela mesma, sendo seguido por meu amigo pós furioso.
– Eu sei, Zayn. Mas cara, pra que se arrumar dessa forma só pra sair com o Louis? – Liam perguntou óbvio e eu dei de ombros o seguindo em direção ao carro. E de verdade mesmo, nem eu sabia o por quê.
– Ah cara, qual é, para de me encher. E Louis disse que vai ter garotas lá tá, preciso me arrumar. Ou por acaso você quer que eu saia todo feio? – me virei para o meu amigo enquanto o mesmo destravava o alarme do seu carro e abria a porta do motorista para que ele entrasse, ele negou com a cabeça e entrou no carro.
Tentei puxar a trava da porta do passageiro para que a mesma abrisse, assim como a de Liam fizera segundos antes, mas nada aconteceu. Bati algumas vezes no vidro da porta para que ele lembrasse que eu estava ali, e só então ele fez uma cara de idiota, sorriu e destravou a mesma para mim. Me sentei ao seu lado com os braços cruzados, fingindo estar furioso. Eu nunca conseguia ficar furioso com nenhum de meus amigos, às vezes com Louis quando ele ficava bêbado e tentava me beijar a força, mas isso não vem ao caso no momento. Eu não encarava Liam, mas sabia que ele estava me olhando e sorrindo. Típico dele fazer isso quando eu fingia estar bravo.
– Hey, boneca, ficou com raiva foi? Desculpa meu bem, eu estava ajustando o som e me esqueci da senhorita lá fora. – ele comentou entre risos, levando seu dedo indicador até meu queixo e o levantando levemente, tentando me provocar.
– Sinto muito Payne, não posso mais voltar com você! – dei de ombros entrando na brincadeira, fazendo a minha melhor imitação de voz de garota e ele gargalhou mais, arrancando uma risada minha também.
– Ah, que pena. Eu já estava até planejando como seriam nossos lindos filhos e como seriam nossos fins de semanas e feriados em família, mas se você não quer... Pelo menos me dê uma última bitoca. – ele fez bico se aproximando de mim, eu virei o rosto para o lado oposto de Liam, sorrindo abertamente. Fiz um gesto completamente gay com as mãos e ele finalmente ligou o carro para que saíssemos da frente da minha casa, onde não deviamos estar a aquele ponto.
– Okay, vamos parar com isso. Já teve muita viadagem no meu dia por hoje, já deu. – ele arrancou com o carro e eu dei uma última gargalhada, levando minha mão ao som que o meu amigo disse estar “ajeitando” quando me deixou preso do lado de fora. Liguei o mesmo em alguma rádio, onde tocava uma música qualquer do Kiss. Wow.
– Eu concordo contigo, bro.
– Seu primo chega amanhã, não? – ele virou a cabeça em minha direção e eu apenas assenti, lembrando que amanhã teria o meu primo Harry de volta em minha casa. Aquele cara era meu ídolo, sério. – Espero que ele seja melhor do que você...
– Ele é incrivel. E ah, obrigada Liam, por ser esse amigo tão bom, maravilhoso. – coloquei minha mão em seu ombro esquerdo, dando um aperto forte ali, o que fez com que o mesmo gemesse de dor. Eu sorri satisfeito e ele me encarou com mais um de seus olhares mortais.
– Eu ainda vou te matar, Zayn Malik. Você vai ver. – ele esbravejou entre os dentes e eu sorri olhando a rua a minha frente. Antes de virar para Liam e dizer:
– Tenta.

Capítulo 2 - Novidades


"And your eyes, irresistible..."

Niall

Parei o carro próximo a calçada em frente a casa de , apertando a buzina do mesmo algumas vezes, chamando pela garota, sentindo meu estômago se revirar assim que o fiz. Tirei a chave da ignição e desliguei o carro para esperá-la. A maldita empolgação que eu sentia sempre que ia encontrar a garota estava começando a me incomodar, já que meu coração parecia acelerar mais toda vez que a via. Às vezes eu me perguntava onde isso iria dar... Muitas vezes eu sentia vontade de me abrir com ela e contar tudo o que eu venho sentindo desde que a conheci, contar que eu a amo. Mas o medo de perdê-la sempre me desencorajava. Tinha medo de assustá-la, medo de perder sua amizade para sempre.
Talvez eu nunca contasse pra ela...
Minha respiração travou assim que eu a vi sair pela porta central de sua casa. estava com seus cabelos presos num coque estranho e usava uma saía jeans, que media aproximadamente um palmo e meio, e uma regata branca, que em minha opinião era totalmente inapropriada para o uso frequente como a garota fazia, pois além de ser dois tamanhos maiores do que o necessário, era folgada e mostrava toda a roupa íntima de cima de e isso não me agradava nem um pouco.
– Achei que tivesse deixado bem claro que não gosto que use essa blusa, Adams – gritei para a garota que estava apenas a alguns passos de distância de mim, ela me mandou o dedo do meio e eu sorri, vendo-a dar a volta no carro.
– Não começa, James Horan – ela respondeu assim que se sentou no banco ao meu lado. Eu sorri mais largamente dessa vez, depositando um beijo carinhoso na bochecha da minha melhor amiga que finalmente sorriu fechado. Quando encostei meus lábios em seu rosto, eu pude sentir o cheiro maravilhoso que ela exalava invadir minhas narinas.
– E um bom dia pra você também – liguei o carro por fim, dando partida e arrancando com o mesmo da frente da casa da minha melhor amiga. – Voltando ao assunto, eu não gosto que use essa blusa , você sabe. Por que insiste em vesti-la?
– Porque sou eu quem decido qual roupa eu uso, e não você! – ela deu de ombros tranquilamente. Eu virei a cabeça lentamente para a garota ao meu lado, juntamente com um olhar repreendedor, e foi então que ela fez algo que eu amava tanto quanto odiava, sorriu de lado fazendo biquinho em seguida.
– Preparada para rever os nossos professores queridos? – perguntei ironicamente enquanto sorria de lado, eu não a encarava diretamente, mas pude ver quando ela revirou os olhos.
– Não, eu não estou preparada para isso. Mas para os novatos gostosos que certamente chegaram esse ano no colégio sim, estou preparada até demais – sorriu maliciosamente e foi a minha vez de revirar os olhos.
– Por que você fica dizendo isso pra mim, ? Eu não sou gay, isso é papo de mulher, sabia disso? – ela se virou lentamente para me encarar, ela franzia o cenho levemente enquanto sorria fechado. – Você deveria fala disso com suas amigas, e não comigo. Não quero saber quantos caras gostosos entraram esse ano no colégio.
Ela ainda me olhava, certamente se perguntando o motivo de eu ter dito aquilo para ela, pois desde que nos conhecemos eu sempre gostei que me contasse sobre os garotos que ela gostava, claro, só para analisar os concorrentes. Mas naquele momento eu estava com a cabeça quente demais para ouvi-la falando sobre isso.
Primeiro porque eu gostava dela.
Segundo porque isso me irritava.
Terceiro por que isso me irritava muito.
– Parece que alguém acordou com o pé esquerdo essa manhã... – comentou como se estivesse a se referindo a uma pessoa completamente alheia, mas eu sabia perfeitamente que aquilo havia sido sobre mim.
– E não foi eu! Só não estou a fim de ouvir você falar sobre garotos, entende? – ela negou com a cabeça e eu bufei. – Escuta , imagina se eu ficasse falando o tempo inteiro de como a bunda das líderes de torcidas da nossa escola são gostosas, você iria se sentir a vontade? – ela negou com a cabeça de novo fazendo cara de nojinho e eu sorri.
– Niall, você fica olhando para as bundas das meninas da torcida?
– Eu... é ué, afinal, eu sou homem, acontece naturalmente. E olhar não tira pedaço, okay? – eu gaguejei, de alguma forma super estranha, falar sobre isso com ela me deixava constrangido e todo corado. Por fim ela sorriu de lado.
– Homens são nojentos – abriu a porta assim que eu estacionei em frente a escola, sem ao menos me esperar. Peguei minha mochila no banco de trás e sai do carro, ativando o alarme do mesmo. Percebendo que minha melhor amiga me esperava no pé da escadinha do campus do nosso colégio.
– Em defesa dos homens digo que eles são nojentos sim, mas também digo que alguns são diferentes! – comentei assim que parei ao lado da garota fazendo-a gargalhar alto, atraindo a atenção de algumas pessoas ali.
– Nialler você precisa de uma namorada!
– Concordo plenamente – sorri em direção a ela, que nem se quer me olhava, já que acenava para alguns caras do outro lado do campus. E eu não conhecia eles.
– Quem sabe esse ano você não conhece uma garota bem legal, bonita e inteligente que se dê muito bem com você, huh? – sugeriu, eu negava com a cabeça de acordo com cada opção dita por ela. Eu não precisava conhecer ninguém, só precisava ser notado por ela.
– Discordo plenamente.
– Bom, até mais neném – ela parou de andar, apontando para algumas garotas no canto do corredor, eram as antigas amigas de , eu entendi que ela estava avisando que iria falar com elas e assenti. – Niall, Niall, Niall. Será que você nunca vai amar ninguém? – ela se aproximou de mim e beijou minha bochecha rapidamente e saiu em direção as meninas.
– Eu amo você – sussurei ainda encarando , que agora abraçava uma das garotas com quem ela foi falar. E eu sorri lembrando da pergunta que ela me fizera antes de sair. E a resposta era não. Eu nunca iria amar mais ninguém, porque eu já amava ela.

Harry

Eu corria apressadamente por uma floresta. Estava escuro e eu estava bastante cansado, queria parar de correr, eu queria descansar. Tinha algo errado, pois eu sentia que se parasse algo muito ruim fosse acontecer. Eu realmente não conseguia definir que lugar era aquele. Eu estava assustado, mas isso não me impediu de seguir em frente e continuar com os passos rápidos e largos sem olhar para trás. Mas foi então que eu senti uma curiosidade enorme de saber do que eu estava fugindo tão desesperadamente. Eu queria ver que criatura tão horrível era essa que estava vindo atrás de mim. E então eu me virei, cessando com os passos, ficando paralisado em um ponto só. Sentindo-me hipnotizado assim que aquele par de olhos incrivelmente azuis se encontraram com os meus.
No meio daquela escuridão eu só conseguia ver os belos olhos azulados de alguém, que brilhavam com uma força enorme, os quais pareciam iluminar o meu rosto por completo. Certamente aqueles eram olhos de uma garota. Logo aquela criatura de olhos maravilhosamente lindos se aproximou de mim. Eu não conseguia enxergar direito, estava muito escuro e minha visão estava ficando embaçada, mas eu senti, quando essa pessoa ficou bastante próxima a mim, tão próxima que eu podia escutar perfeitamente a sua respiração ofegante. Naquele momento eu já não sentia mais medo. A única coisa que eu era capaz de realmente ter certeza de que sentia era uma enorme vontade de tocar o rosto do dono daqueles olhos maravilhosos, que a cada segundo que se passava me pareciam ficar ainda mais bonitos. Eu levantei uma de minhas mãos e já a levava em direção onde os belos olhos estavam, com a intenção de tocar aquele rostinho pequeno, mas foi aí que...
– Zayn, Harry, tá na hora de acordar! – escutei a voz da minha tia Trisha chamar Zayn e eu da porta. Eu abri os olhos rapidamente, me arrependendo logo em seguida, pois eu já não tinha mais os belos olhos azuis em minha frente. Tudo o que eu tinha era uma claridade irritante e uma dor horrível nas costas.
– Ah, mais que droga. – reclamei afundando o rosto no travesseiro, fechando os olhos com força, com esperança de que aqueles olhos voltassem a me encarar fixamente, o que não aconteceu.
– O que foi cara? – Zayn perguntou se levantando com uma cara de sono. Eu me virei, encarando o teto. Suspirei. Eu estava chateado por aquilo ter sido apenas um sonho.
– Eu estava na melhor parte do sonho e sua mãe me acorda, ah merda... – eu lamentei passando as mãos nos olhos, o encarando logo em seguida. Suspirei mais uma vez. Realmente eu não esperava que aquilo fosse apenas um sonho, afinal me parecia tão real.
– Sonho? Tava tendo sonhos eróticos né, safado? – ele perguntou com uma careta engraçada, fazendo-me rir. Eu me levantei caminhando até ele enquanto negava com a cabeça.
– Zayn, não viaja.
– Ah, qual é Haz, somos primos... É sério, como foi? Você fazia um ménage? Ela era loira? Era “ela”? – ele perguntou curioso.
– Não. Na verdade foi melhor que isso... – eu dei alguns tapas de leve em suas costas, recordando dos lindos olhos azulados. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas logo a fechou novamente. – Acho que vou tomar um banho, tem toalha aí?
– Tem, sim. Na primeira gaveta no armário do banheiro. Mas, Harry, sério, ela era loira ou não? – Zayn perguntou enquanto eu me afastava.
– Nem reparei, mas cara ela tinha olhos azuis. E que olhos... – eu bem que poderia contar a verdade para ele, mas supostamente ele me chamaria de viadinho e essas coisas por bastante tempo. Zayn é o tipo de cara que leva zoeras muito a sério. Eu já estava fechando a porta do banheiro quando escutei Zayn me chamar.
– Hey, dude, estou feliz por você estar aqui. – eu sorri o olhando.
– Eu também, Zayn. – e então eu fechei a porta, livrando-me de qualquer peça de roupa que estava vestido o mais rápido possível. Liguei o chuveiro rapidamente, entrando embaixo do mesmo. Logo sentido a água fria se chocar com o meu corpo, e eu não conseguia parar de pensar nos olhos que vi, ou pelo menos achava que vi, em meu sonho.
Por que aquilo mexeu tanto comigo? Era apenas um sonho idiota, em que um garoto idiota está numa floresta idiota, quando encontra olhos idiotas; os quais na verdade são perfeitos.
Estávamos atrasados, por culpa do Zayn que quis parar num mercado para comprar chiclete, e acabou tendo que aguardar em uma fila enorme. Sempre que eu me virava para ele, o mesmo dizia; calma, vamos chegar a tempo. A minha reação era apenas sorrir. E bem, eu estava começando a duvidar disso, afinal já fazia quase meia hora que saímos de casa e nada de chegarmos ao colégio. Enquanto Zayn se preocupava em dirigir apressadamente ao som de Californication, eu apenas me mantia em silêncio. Eu não sei por que raios aqueles malditos olhos não saiam da minha cabeça, desde hoje mais cedo. Eu até tentei algumas vezes focar na letra da música e cantarolar alguns pedaços, mas a imagem deles em minha frente sempre voltava, como um flashback. Foi então que eu comecei a me questionar; se tia Trisha não tivesse entrado no quarto naquele momento e nos acordado, como aquele sonho iria terminar? Eu não queria pensar nisso, mas eu pensei.
– O que foi Harry? – Zayn me chamou, fazendo com que meus pensamentos fossem interrompidos, logo eu me virei para olhá-lo. – Você parece distante, o que houve? Ainda pensando no sonho erótico?
– Mais ou menos – respirei fundo, escutando uma gargalhada dele, passei as mãos nos cabelos nervosamente.
– Wow chegamos! – Zayn pulou para fora do carro levando a chave e sua mochila consigo, assim que estacionou em frente ao colégio. – Sabe que vaga é essa aqui, Harry? É a vaga dos campeões. – ele respondeu assim que eu neguei com a cabeça, dando a volta no carro vindo em minha direção, erguendo as mãos para um high five.
– Como assim? Por quê? – perguntei entre risos enquanto abria a porta, sem entender.
– Só os caras do time podem estacionar aqui. – ele piscou um olho para mim e eu abri a boca, finalmente entendendo. – Você vai fazer o teste para entrar no time, não vai?
– Bem, eu posso tentar.
– Isso aí, garoto. – Zayn passou o braço pelo meu pescoço, me abraçando de lado. Naquele momento o sinal tocou.
– Bem na hora. – eu disse antes de começarmos a caminhar para dentro do colégio, como todos que estavam no campus fizeram. Ao passar pela entrada vieram vários caras com jaquetas iguais a de Zayn para cumprimentá-lo.
– Dude qual a sua primeira aula? – Zayn perguntou parando de frente para mim no corredor. Eu dei de ombros. – Olha só, antes de qualquer coisa, eu preciso te avisar para que você tome cuidado com uma garota ruiva, ela tem um jeito de dar boas vindas aos garotos novos muito... – ele parou de falar assim que uma garota ruiva, alta, se jogou em meus braços me roubando um beijo. Eita porra.
Eu não me incomodei de fechar os olhos, nem de dar passagem para a língua, pois ela parecia se divertir muito com meus lábios, apenas. Cerca de dois minutos, no máximo, ela ficou ali, segurando firme em minha blusa e dando leves mordidas em minha boca. Não é que aquela escola era interessante? Por fim, a garota que eu não sei nome se afastou lentamente de mim, passando o dedo em minha boca e dando um risinho sem graça antes de sair rebolando com duas morenas em seu encalço. Não digo que adorei o beijo, e também não digo que odiei. Ah, sei lá, até que havia sido bom.
– Estranho. – Zayn concluiu o que fora interrompido de dizer assim que a garota tarada chegou e foi me agarrando.
Foi então que os meus olhos ficaram cegos. Uma garota de pele branca, com cabelo castanho claro, quase loiro, passava do outro lado do corredor, ela tinha um capuz preto cobrindo sua cabeça e se não me engano, usava fones de ouvido. Eu não conseguia enxergar mais ninguém naquele corredor lotado, somente ela. Ela estava distraída, como se realmente não estivesse ali. E então ela se virou para o lado, me permitido ver os seus olhos. E eu não podia acreditar, ela tinha os mesmos olhos grandes e azuis da garota do meu sonho.
– Quem é ela?
Walter. Não precisa se assustar, ela faz isso com todo garoto novo que chega à escola. É filha do diretor e a garota mais popular do colégio – Zayn disse olhando para o lugar que a ruiva passara há minutos atrás.
– Não, essa não. Aquela ali com capuz preto – eu indiquei com a cabeça para a menina dos olhos azuis, que agora já estava bem longe de onde estávamos.
– Quem? Eu não vi. Mas por quê? – Zayn franziu o cenho. E só então eu me dei conta de que o corredor já estava vazio, com apenas Zayn e eu parados no meio.
– Não, nada. Esquece. Você vem comigo? Preciso pegar o meu horário – perguntei a ele, tentando mudar de assunto. Eu passei as costas das mãos em minha boca, tentando me livrar de algum vestígio de batom que estivesse ali.
– Eu até iria, mas tenho aula de francês agora, e o professore não é muito meu fã – ele fez uma careta desastrosa enquanto coçava a nuca, eu ajustei minha mochila nos ombros sorrindo. – Você consegue se virar sozinho?
– Sim, bro, pode ir lá. Até mais.
– Então, au revoir, amigo! – eu sorri da careta que ele fez ao perceber o quanto estranho aquilo havia soado.
Nós fizemos um high five antes de cada um seguir para um lado do corredor. A única coisa que realmente me interessava naquele momento eram os olhos daquela garota. E tinha algo que estava me deixando intrigado; por que eu sonharia com os olhos de uma garota que nunca nem vi antes?

Liam

Eu mal podia esperar para que isso acabasse logo. Assim que coloquei meus pés dentro daquele colégio senti uma sensação ruim me invadir por inteiro. Eu não aguentava mais aquele inferno, e lembrar que ainda faltava dois anos para que eu me visse finalmente livre de toda aquela angustia que era estar naquele lugar, me deixava louco. Eu não conseguia pensar em ficar um dia ali, quanto mais dois anos. Pelo menos eu teria os garotos para discontrair um pouco com alguma bagunça, como fizemos no ano passado. Isso fazia com o colegial parecesse menos ruim do que era. Eu não aguentava mais aqueles mesmos professores, aquelas mesmas aulas, aquelas mesmas pessoas, aquela mesma garota... A qual passou ao meu lado hoje há alguns minutos e nem um sorriso me direcionou, como ela “costumava” fazer quando não estava perto de nenhum de seus amigos populares.
Deixem-me contar um pouco sobre essa garota que tem me atormentado há anos sem nem mesmo saber. Minha mãe tinha uma melhor amiga desde sua infância e elas eram inseparáveis, a qual ficou grávida dessa garota dois meses após a minha mãe ficar grávida de mim. Elas fizeram uma espécie de promessa, juramento, que seja, que suas filhas seriam melhores amigas, como elas. Mas a surpresa era que na verdade, eu era um menino. E sim, nós até que éramos bastante amigos quando pequenos, mas então ela mudou de uma forma impressionante.
A popularidade, toda aquele papo fúltil de ser popular acima de qualquer coisa e pessoa estava acabando com ela. Walter não era mais a mesma há anos, pelo menos não comigo. Eu me lembro bem da garota doce, amável e inteligente que ela era. A que eu conheci não tinha nada haver com a que todos conhecem. Manipuladora, injusta, arrogante, narcisista, hipócrita, essa era a de hoje em dia, a qual todos temiam, a qual eu sentia vergonha de dizer que já havia sido minha amiga e até mesmo a garota de quem eu já havia gostado por dois anos seguidos. No meio do caminho até a sala de alguma coisa, que seria a minha primeira aula do ano, eu me esbarrei com Louis.
– Ei, Payno – nós demos um rápido abraço de lado, considerado como abraço dos brothers e eu sorri fechado ao escutar meu “apelido” que Louis havia inventado.
– Oi – eu ainda estava meio mexido com todas aquelas informações que retornaram ao meu cérebro após pensar em . Louis parece ter percebido isso, pois logo seu semblante divertido mudou para preocupado.
– Tá tudo bem? O que aconteceu? – eu sinceramente tinha que entrar na sala, mas como era o primeiro dia de aula do ano, eu supostamente podia chegar um pouquinho atrasado.
– Eu só não dormi direito, sabe como é. Parece que você e Zayn terão, mais uma vez, que selecionar os caras para o time. De quantos estamos precisando? – resolvi mudar de assunto, eu geralmente não me sentia a vontade quando o assunto era eu. Louis assentiu com a cabeça.
– Quatro – comparando com o ano passado, precisávamos de poucos.
– Acha que o primo do Malik entra?
– Bom, pelo que Zayn me contou, o primo dele parece ser bastante gente boa e joga futebol super bem, então, vamos ver, não é mesmo? – Louis deu um sorriso malicioso. Aquele seria um sorriso comum, se não estivesse vindo de Louis Tomlinson.
– Você não pode fazer isso com ele, ele é primo do Zayn! – perguntei horrorizado com a ideia de Louis fazer o seu “ritual” com os novatos para saber se realmente mereciam estar no time.
– Não seria justo com os outros caras, é um ritual, tem que acontecer... – ele deu de ombros simplesmente. – Bom agora eu preciso ir pra minha sala, até mais tarde Payne!
– Você não presta, Tomlinson!
– Você não viu nada... – Louis bateu uma de suas mãos em meu ombro, passando direto por mim, me dando as costas. Eu só me dei conta de que estava sozinho quando parei de escutar sua gargalhada no corredor. Suspirei antes de continuar caminhando até a minha sala. Seria um longo dia.

Zayn

Bati duas vezes na porta da sala de francês, esperando um pouco até que a velha e rabugenta senhora Antoniette aparecesse na mesma com um olhar repreendedor, eu engoli em seco assim que ela me analisou de cima a baixo como se estivesse fazendo um escaneamento em mim.
– Ahm, senhora Antoniette, eu posso entrar? – perguntei sendo o mais educado possível, eu sabia muito bem que ela era exageradamente rigorosa com alunos que chagavam atrasados. Ano passado me lembro que ela fez um garoto que se atrasou para sua aula falar todos os verbos em francês, e eu torcia muito para que ela não fizesse isso comigo porque do francês eu não sabia nadinha de nada.
A sala ficou em completo silêncio, mais que estava antes, até umas meninas que cochichavam algo no ouvido uma da outra pararam para encarar a mim e a senhora Antoniette que quase me devorava com os olhos.
– Não – a velha respondeu alto, enquanto ajeitava seus pequenos óculos sobre os olhos. Mais uma vez engoli em seco pensando em como eu amava a minha vida e em como sentiria falta dela, mas todo o medo passou assim que ela gargalhou espontaneamente. – Pode sim senhor Malik, geralmente eu não deixaria isso passar tão fácil assim, mas é o primeiro dia de aula e você nunca se atrasou em minhas aulas, então pode entrar sim!
– O-obrigado – passei rápido por ela, tomando todo o cuidado do mundo para não encostar na senhora a minha frente, eu não queria dar motivos para que ela mudasse de ideia sobre aquilo. Ao entrar finalmente na sala eu varri o lugar com meu olhar, a procura de algum lugar vago ao lado de alguém, já que nas aulas de francês costumávamos sentar em duplas, mas todas pareciam estar preenchidas, exceto uma.
– Não vai se sentar rapaz? – a senhora Antoniette perguntou voltando para sua mesa após fechar a porta da sala. Mais uma vez senti minha espinha gelar.
– Não tem mais nenhum lugar vago, senhora.
– Zayn aqui! – escutei alguém chamar por mim, logo direcionei meu olhar para , a irmã de Louis, a mesma havia chamado meu nome de uma das mesas lá do fundo, juntamente de sua mão que estava erguida para o alto, fazendo um gesto como se estivesse me chamando, literalmente. – Senta aqui.
Olhei para a senhora Antoniette que estava sentada à velha mesa de mármore da sala de aula, que consentiu com a cabeça ao meu “pedido” para sentar ao lado da minha colega, e então eu arrastei meus pés até onde me recepcionava com um enorme sorriso nos lábios. Respondi com outro sorriso, jogando minha mochila na carteira ao lado dela e me sentando logo depois.
– Oi – ouvi sua voz baixa em minha direção, eu não sabia o que responder, pois muitas possíveis frases me vieram a cabeça naquele momento e eu acabei ficando indeciso por qual delas deveria realmente usar.
Nenhuma delas me pareciam boas, ou certas o bastante para aquele momento; Oi irmã do Louis Hey Tudo bem? Você vem sempre aqui?
– Oi – respondi sorrindo minimamente para a menina a minha frente, que pareceu ficar surpresa por eu tê-la chamado pelo seu apelido, eu ajeitei minha postura e ela sorriu mais uma vez. Eu olhei para todos os cantos da sala de aula sem deixar de notar nos longos e negros cachos que se formavam nas pontas de seu cabelo. Ela tinha um cabelo muito legal.
Eu nunca havia sido muito amigo de , acho que por ela ser a irmã mais nova de Louis nós nunca tivemos muito contato, exceto algumas vezes quando eu estava na casa do irmão dela e trocavámos simples e rápidos “ois” quando nos esbarrávamos por lá.
Pelo que me lembro eu sempre tive aulas de francês com , mas nunca cheguei a falar com ela e muito menos me sentar ao lado dela. Eu sabia que ela era uma das melhores alunas da professora Antoniette, pois mesmo sem falar com ela com frequência, eu sempre reparava nas rápidos e perfeitas respostas que ela dava para a senhora sempre que preciso. Enquanto eu era um merda nessa matéria.
– Tá tudo bem, Zayn? Você parece nervoso – tirou minha atenção, que, por alguns segundos havia finalmente passado a escutar o que a senhora Antoniette estava dizendo, mesmo sem entender muito bem do que se tratava. Eu franzi o cenho.
– Eu acho que sim, não sei – comentei entre pequenas risadas. – Só não estou acostumado a sentar ao lado da garota mais inteligente da turma.
– Ah que isso, eu nem sou isso tudo. Sou péssima em sociologia, sem falar em química, meu Deus, eu sou muito ruim em química! – tentou explicar, mas isso não mudou em nada o que eu pensava dela, ela era sim a melhor aluna da turma. E não era só em francês.
, nós estudamos juntos desde quando tínhamos dez anos, acho que eu conheço muito bem o seu anuário escolar, – dei um pequeno sorriso acompanhado de uma piscadela no final da frase e ela abriu a boca incrédula, como se preparasse para dizer algo.
Mas no final, ela acabou não dizendo nada. E durante o resto da aula, e eu não dissemos mais nenhuma palavra. Ela optou por prestar atenção no que todos da sala conversavam, juntamente da senhora Antoniette, que lhes explicava algo. Eu apenas balançava as pernas para frente e para trás, mechia em meus dedos, brincava com alguns detalhes da minha camiseta, encarando tudo isso como um modo de me distrair, para tentar fugir daquela aula entediante em que eu me encontrava. E enquanto eu fazia tudo isso, o único meio que usei para me comunicar com a irmã do Louis, sentada ao meu lado, foi encará-la, sendo pego por ela vez ou outra, que me mandava sempre um olhar intrigado, como se estivesse querendo saber o que eu estava pensando enquanto a olhava.
Eu sempre havia a visto como “a irmã caçula do Louis”, a qual não tinha nem chances de eu chegar perto, se é que me entende. Mas ali, sentado ao lado da garota e olhando-a fixamente, eu a vi de um modo diferente. Um modo que nunca pensei vê-la antes. E sabe, talvez tivesse sim alguma chance de eu chegar perto dela, da querida e intocável irmãzinha do meu melhor amigo.

Louis

– Malik, ele vai vir mesmo? – perguntei pela terceira vez enquanto andava de um lado para o outro no campo de futebol, fintando Zayn que assentira, todos os caras que eram do time estavam ali, esperando que o primo do Zayn chegasse para começarmos enfim o teste para os novos integrantes.
– É agora ou nunca, dude. Já temos seis caras aqui, podemos começar se quiser – Liam avisou com uma de suas mãos em meus ombros. – Ou começamos agora, ou nosso tempo irá acabar.
– Liam tem razão – Zayn concordou com a cabeça, ele me parecia um tanto quanto decepcionado com o atraso do primo, mas mesmo assim se manteve firme. – Vá em frente, podem começar, eu vou procurar o Styles.
– Tem certeza disso, cara? – perguntei só para confirmar que estava tudo bem para ele se nós começasseos sem seu primo, e Zayn assentiu freneticamente, mais uma vez. – Ótimo. Ei, vocês, venham aqui – eu gritei em direção a alguns caras que estavam em um canto do campo, que logo se levantaram e vieram até nós.
– Cuidem de tudo aí, Liam, fica no meu lugar, eu não vou demorar – Zayn avisou antes de sair correndo para fora do campo.
– Muito bem, parece que vamos começar com os testes. Primeiramente quero saber se alguém aqui teve alguma esperiencia com futebol americano antes – eu andava de um lado para o outro, com meu braços atrás de meu corpo, em uma pose autoritária. – Alguém? Ninguém? Huh?
Eu perguntei mais uma vez para os garotos que pareciam assustados com a minha pergunta, qual é, eu era um capitão exigente sim, mas não era como se eu fosse devorá-los se eles me respondessem. Eu estava pensando em desistir da pergunta, quando um dos caras surpreenderam a mim, e ao resto do time quando levantou a mão.
– Ahm meu pai é treinador do time oficial de futebol americano de Doncaster, ele me leva algumas vezes para ver os treinos do time, é bastante legal – o garoto que lenvatara a mão disse, instantaneamente um enorme sorriso apareceu em meu rosto.
– Oh, isso é bom. Qual seu nome?
– Dave.
– E você sabe jogar futebol?
– Sim, jogo com o meu pai desde que tinha nove anos.
– Muito bem Dave, obrigada pela sua resposta. – eu sorri em direção ao rapaz branco parado em minha frente – Mais alguém? Não? Chris, leve-os até o vestiário e dê uniformes para todos, agora sim começa o teste de verdade – ordenei para um dos meus integrantes mais antigos, que logo fizera o que eu pedi.
– Acha que ele entra? O tal de Dave? Ele parece ser bom – Liam comentou parado ao meu lado, olhando para onde Chris levou os caras.
– Não tenho dúvidas, o pai dele é o melhor treinador de Londres, o time que ele treina ganhou as finais dos jogos oito vezes seguidas. Se ele jogar tão bem como o pai dele, com certeza entra sim. – Liam ficou um tanto surpreso ao saber o histórico do pai de Dave, o qual certamente já estaria no time.
Ao longe pude observar Zayn correndo em nossa direção com um garoto com cabelos longos ao seu lado, o qual certamente seria o seu primo. Como é mesmo seu nome, Henry? Henrik? Harry! Isso mesmo, Harry. Ele era bastante alto, pelo menos pelo que pude notar, era mais alto que Zayn e tinha um físico perfeito para um jogador de futebol americano. Ele já tinha um ponto por ser primo do meu melhor amigo, mas eu precisava realmente testá-lo para ter certeza de que ele deveria estar no nosso time. Logo Malik estava em frente a mim e Liam, com uma respiração ofegante, juntamente do seu primo.
– Louis esse é o Harry, e Harry esse é o Louis! Finalmente apresentados – Zayn apontava de mim para o garoto. Que sorria abertamente e me estendia a mão, em forma de cumprimento.
– Seja bem-vindo ao nosso colégio. Prazer – levei minha mão de encontro a sua e ambos sorrimos após batermos um high five no alto. – Pronto pro teste? Zayn me disse que você joga muito bem.
– Não sou muito bom, mas eu tento... – ele coçou a nuca com uma cara de desastre e Liam e eu gargalhamos.
– Zayn por que não leva o Harry até o vestiário para colocar um uniforme? Nós já iremos começar. – eu sugeri dando de ombros e Zayn concordou, passando um dos braços pelo pescoço de Harry e o guiando até a saída do campo, que daria direto no vestiário.
– Não vai mesmo fazer o que eu to pensando, vai? – Liam retrucou ao meu lado, com um tom preocupado, eu apenas sorri ironicamente. – Ele parece ser legal, acho que não precisa disso...
– Liam, relaxa, tem que acontecer. Vamos testar com todos, saberemos quem é o certo para o time assim que eu o fizer – expliquei tentando acalmar meu amigo, que pareceu relaxar um pouco com o que eu disse.
Meia hora. Esse era o tempo em que estavámos testando os caras, eu confesso que três deles eram péssimos em tudo o que iam fazer no campo e duvido muito que eles já tenham pegado numa bola de futebol americano antes. Atrapalhados, lerdos, devagar, fracos, eles com certeza não serviam para o nosso time. Sim, o tal Dave era muito bom, um ótimo jogador, ele com certeza já estava quase no time e seria um dos melhores que já tivemos. Harry até que não era tão mal assim, ele não sabia muito bem o que fazer em campo, me parecia meio perdido no jogo, mas ele era rápido e bastante forte, tenho certeza de que com alguns treinos ele estaria ótimo, pronto para jogar. Outro que também já estava quase no time. Quase...
– Okay pessoal, esse é o último teste que faremos antes de decidirmos quem fará parte do time – Zayn anunciou e eu concordei com a cabeça. – Geralmente conseguimos dividir os integrantes pela metade, mas como vocês são sete, quero três comigo nesse lado e os outros quatro com Louis, lá – ele apontou para respectivos lados do campo e os caras se dividiram. Harry havia ficado comigo, mas que ótimo.
– Quando escutarem o apito, quero que um de cada vez, tente atacar a mim e ao Zayn, entenderam? – perguntei e todos assentiram. – Muito bem, Liam!
E então o apito soou, o primeiro a vir em minha direção havia sido Dave, o qual eu derrubei bruscamente, assim que o mesmo tentou me atacar. Ele sorriu ainda no chão e eu o ajudei a levantar, dando-lhe os parabéns por ter entrado no time. O próximo foi Terry, um dos piores que eu citei anteriormente, esse foi fácil de derrubar, ele fechou cara e se levantou sozinho, saindo do campo logo depois com um pedido de desculpas meu. Dei de ombros esperando que o próximo viesse. E esse foi mais um que saiu emburrado do campo após ouvir um “não” meu.
Finalmente Harry. Ele veio com toda força e rapidez que conseguiu, e sim, eu o derrubei também. Mas ao contrário de todos os outros, ele não sorriu, não emburrou, mas sim gargalhou alto, alto mesmo como se aquilo fosse a coisa mais engraçada de sua vida inteira. Eu me aproximei do primo do meu melhor amigo, apoiando minhas mãos em meus joelhos dobrados, enquanto eu sorria e o estendendia a mão.
– Bem-vindo ao time, campeão – e então ele sorriu novamente.

Continua...



Nota da autora: (22/02/2017) Sem nota.




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