Ele era um príncipe – tão belo ou até mais do que aqueles de contos de fadas. Os olhos verdes transmitiam toda a bondade que ele aprenderia a ter com seus súditos,– e não tardaria a se tornar o herdeiro da coroa. Por todo o reino as pessoas costumavam dizer que ele seria um bom rei, - ou pelo menos melhor que seu pai fora -. Era prometido a uma filha de um nobre, desde antes mesmo de nascer. Segundo sua família, não tinha jeito melhor de manter a coroa pura, se não casando duas famílias puras. E ele sempre soube disso, foi criado sabendo que toda a sua linhagem, toda a sua família dependeria dele. E Mais cedo ou mais tarde, teria que arcar com seu futuro e desposar Danneel. Ele sabia, ela sabia e todos sabiam. Mas, o fato de ele saber, não significava necessariamente que ele queria. Se fosse há alguns anos, quando ele era apenas um menino encantado por tudo que a nobreza poderia lhe proporcionar, talvez ainda visse esse casamento como algo bom – afinal, Danneel era bonita, requintada, e um exemplo perfeito de dama. A aparência dela era exatamente como de uma dama deveria ser. Os traços finos, os cabelos sedosos e brilhantes, os olhos claros, e toda a postura de uma princesa. Afinal, ela teve toda uma vida para se preparar, teve toda a educação que uma rainha era digna. Ela sabia tanto quando ele, que um dia seria a rainha. E ao contrário dele, ela aceitava aquilo de muito bom grado, tanto que não precisou muito para se preparar para o futuro que teria.
Ele preferia acreditar que um milagre aconteceria, um milagre que pudesse lhe tirar dessa realidade. Que pudesse despertar nele toda a coragem que precisava para não acabar de vez com sua vida. Para de hoje, o amor vinha acima de qualquer coisa, e a única coisa que ele precisava era de um milagre que o livrasse de seu destino. E esse milagre veio, em uma tarde agradável de outono.
apesar de nascido em berço de ouro, de ter tudo que ele quisesse, ele gostava mesmo era das coisas simples, dos momentos que ele conquistava, gostava das cavalgadas, e a sensação de liberdade que aquilo lhe proporcionava, gostava do farfalhar das folhas em contato com os cascos do cavalo, gostava da forma que enxergava tudo ao seu redor quando corria entre as clareiras. Talvez, esses pequenos momentos de liberdade fosse uma das poucas coisas que ele gostava em ser um príncipe. Conhecia cada pedaço daquele reino. Desde pequeno costumava andar aos arredores do palácio – uma forma de mapear o que era dele -. E de todas as coisas daquele reino, os bosques eram os que ele mais gostava. E foi em uma dessas cachoeiras que ele conheceu o seu milagre. Ela estava encostada em uma árvore de frente a uma queda d’agua, rindo para o nada, - poderia facilmente ser confundida com uma louca – mas então que ele percebera que ela se divertia com um livro de capa velha, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Nunca tinha visto nada tão belo em sua simplicidade quanto ela. Era claro que sua linhagem vinha de pessoas humildes, visto que suas vestes não eram de tanto glamour ou luxo quanto as damas do palácio. Mas, mesmo assim era possível enxergar nela uma beleza distinta das demais. Ela era intrigante ao seu modo. E mesmo sem todo o luxo de um palácio, ela era a coisa mais bela que ela já vira. O seu milagre!
Foi então que as cavalgadas passaram de um passatempo para uma obrigação. Uma obrigação que já tirava o sono de sua mãe e intrigava sua noiva. Mas ele não se importava, precisava daqueles momentos de liberdade antes que não lhe restasse mais tempo. Precisava vê-la, a menina desconhecida do sorriso fácil. E os dias que não a via, eram dias perdidos.
E assim, os dias se passavam, na velocidade da luz e os dias que ele costumava dizer serem entediosos ganharam um novo sentido...
Ele finalmente já a conhecia. Conhecia tão bem que até suas manias e seus defeitos eram totalmente familiares para ele. Poderiam pensar que eles eram amigos de infâncias. Exceto por um detalhe: ele a conhecia, ela nem imaginava que estava sendo observada.
Desde o momento que encontrou a bela dama na cachoeira, fez disso seu segredo mais profundo. Ninguém sabia o motivo das frequentes saídas, nem o motivo que o deixava sempre de bom humor. Se soubessem o motivo que fizeram o jovem principe sair da sua bolha, eles achariam clichê, como os contos de fadas que eram passadas para as crianças. Mas não se importava com o clichê. Ele amava essa sensação boba de sentir um jovem normal e apaixonado.
Todos os dias, naquela mesma hora, ele estava lá, atrás do salgueiro, olhando para a dama que lhe roubava horas de seu sono. Por muitas vezes ele cogitou ir falar com ela, mas o que ela pensaria em ser vigiada? O que ela pensaria se soubesse que era admirada por um príncipe?
E assim, os dias se passavam.
E era mais um fim de tarde, o outono já começava a se despedir para dar o seu lugar para o inverno. Todos diziam que esse seria um inverno muito frio, o mais frio dos últimos tempos, não que isso importasse para ele. Ele amava o frio, e se estivesse frio demais, a presença dela bastaria para aquecê-lo. E foi com esse pensamento que novamente cavalgou rumo ao lugar de sempre. A ansiedade em revê-la quase não cabia dentro de si.
A cachoeira estava diferente. Os pássaros costumeiros daquele lugar não cantavam – certamente já se preparavam para o frio – as árvores e as flores não tinham mais aquele tom amarelo, costumeiro da estação anterior. E a maior diferença de todas. Ela não estava lá.
Faziam exatamente dezenove dias que tudo isso aconteceu. Desde o momento que a encontrou, até o momento que ele soube que estava apaixonado. Desde o primeiro dia, sempre no mesmo horário, ele estava lá. Para os menos crentes, isso seria impossível. Afinal uma pessoa se apaixonar por outra sem ao menos se conhecerem de fato? Em tão pouco tempo? Mas tempo era uma cosia que o jovem príncipe não dispunha, então cada minuto e hora que se passavam era como se fosse um pedaço da eternidade.
Resolveu espera-la, afinal pessoas se atrasam. Imprevistos acontecem e não lhe custaria espera-la.
Os minutos transformaram em horas. O céu antes claro, já começava dar sinais da noite.
estava prestes a ir embora, se ela tivesse de vir, ela já teria vindo. Aconteceu algum imprevisto, tentou se convencer. Hoje era um daqueles dias que ele odiava, daqueles que se ele pudesse excluir de sua memória, o faria sem pensar duas vezes. Não conseguiu vê-la, e não vê-la, era um dia perdido.
Um barulho vindo de perto o alertou. Podia ser algum bicho, ou consequência da brisa gelada que acabou de passar. Mas não, era ela, tão bela quanto ele se lembrava. Tudo parecia normal com ela, ainda tinha a pele alva que ele admirava, ainda tinha os cabelos rebeldes que tanto gostava, e tinham os olhos. Ah os olhos – estes estavam vermelhos e inchados, como se ela tivesse passado muito tempo chorando – e ela ainda chorava. E aquilo o pegou de surpresa. Chorar não combinava com ela. Ela era feita de risos, de uma alegria diferente, leve e contagiante. Vê-la chorar fez com o rapaz questionasse tudo que ele sabia sobre ela. Bom, não que fosse muitas coisas, afinal nem o nome dela sabia. As poucas que ele sabia, era consequência das horas que passa observando-a, e de todos os dias que ele se lembrava, nunca havia visto-a chorar. Isso o desnorteou. E por descuido, acabou pisando em um graveto jogado no chão, o barulho era baixo, mas não o suficiente para que ela não o ouvisse.
E pela primeira vez os olhos se encontraram. Verdes com castanhos, uma nuance perfeita de cores, de sentimentos.
– Quem é você? – Perguntara em um fio de voz, os olhos arregalados demonstrava toda a curiosidade que ela tinha.
- Desculpa, eu não queria te assustar, eu estava passando por aqui quando lhe vi chorando – o rapaz mentiu.
- Tudo bem, mas você não respondeu a minha pergunta. Quem é você? – Voltou a perguntar a garota, ainda mais curiosa.
- Eu sou o . – Disse em um suspiro – Só .
- Bom, prazer, só , eu me chamo . – se apresentou sorrindo.
Foi a primeira vez que se falaram de verdade, mas não a última. Os encontros antes apenas dele, passaram a ser deles.
Ele já a conhecia, ela desejava conhecê-lo.
Os dias se passaram rápido após o primeiro encontro deles. Todos os dias, na mesma hora ele se encontravam, se sentavam abaixo de uma grande árvore e conversavam, como se já se conhecessem há anos. Como se ela não fosse uma plebéia, ou ele um príncipe. Naqueles curtos momentos eram só eles. E mais nada importava.
– Sempre quis te perguntar uma coisa! – Começou o garoto.
– Então pergunte. – respondeu dando com ombros.
– Aquele dia que a gente se conheceu, você estava chorando. Por quê? – perguntou como se não fosse nada importante. Talvez não fosse realmente, mas para ele, vê-la chorar despertou em si um sentimento novo, de proteção.
– Por que o interesse nisso agora? – respondera na defensiva.
– Ah, sei lá, sempre quis te perguntar, mas nunca achei que fosse o momento apropriado.
– Hm. E por que agora seria?
– Porque agora, sinto que podemos confiar um no outro. – Respondeu simplesmente. o olhou, e apesar de não sorrir com os lábios, ela sorria com os olhos.
– Não foi nada, bobeira. Deixa pra lá! – Respondeu nitidamente sem jeito.
– Não é bobeira. Te observei por muito tempo, sei que não chora por bobeira. – Ele só havia percebido o que havia dito quando já era tarde. o olhava intrigada.
– Me observava por muito tempo? Olha que vai parecer obsessão, hein? – brincou a garota.
– Talvez seja – Foi uma resposta curta, mas tão cheia de significados. Percebendo o desconforto da garota, logo tratou de mudar o foco. – Anda, responde. Eu lhe ordeno, como seu futuro rei. – Tomou um tom mais brincalhão.
– Quando vossa Majestade se tornar o rei, então talvez eu acate alguma ordem sua. – Respondeu entrando na brincadeira. – Até que isso não aconteça, vossa majestade me permita continuar com o meu próprio poder de decisão.
– Quando for rei, terá que acatar com todas minhas ordens sem nem pestanejar, afinal será minha.
– Sua? – Incentivou a garota.
– Governanta. – Ele queria ter dito sua rainha. Mas ao envés disso respondeu o que primeiro viera em sua cabeça. O semblante da garota mudara.
– Aquele dia eu estava chorando porque recebi uma notícia.
– Que notícia?
– Na primavera vou me casar. – Respondeu a garota tão baixo que quase não foi possível o garoto ouvi-la.
Mas ele ouviu.
Ouviu tão bem que parecia que ela gritava. E não gostou do que ouviu. Não imaginava aquela garota de espirito livre se casando com alguém, ainda mais alguém que ela não escolherá, alguém que nunca poderia fazê-la feliz, uma pessoa que não combinava com ela. Ela gostava da liberdade tanto quanto ele gostava, e se esse homem não gostasse de ser livre? Ela gostava de fazer suas escolhas, e se esse homem fizesse as escolhas por ela? Ele nunca faria algo assim, com ele, ela poderia escolher o que quisesse. Ela gostava de não depender de ninguém tanto quanto ele, mas e se esse homem quisesse que ela fosse dependente dele? Foi então que ele a verdade lhe atingiu. Ele não conseguiria imagina-la casando-se com esse homem ou qualquer outro, porque só conseguia imagina-la casando-se com ele. Por mais que ele sempre se lembrava que aquilo não seria possível, já a amava antes mesmo de saber seu nome.
E assim os dias se passavam.
– O que foi? Por que está tão calada ultimamente? – Perguntou o garoto. Há alguns dias ela estava mais calada, mais pensativa. Como se não estivesse o tempo todo ali. E aquilo estava o deixando louco.
– Falta pouco, . – Respondeu desanimada.
– Pouco pra que? – Perguntou fazendo-se de desentendido. Ele sabia exatamente do que ela se referia, só não estava pronto pra aceitar. Na verdade, nunca estaria.
– Para meu casamento.
Pela primeira vez desejou não ser da realeza, desejou não ter que seguir aquele futuro que lhe reservaram, desejou que ela não tivesse que se casar, desejou poder tomar aquela garota dos cabelos rebeldes em seus braços, desejou mais do que tudo poder amá-la sem consequência nenhuma. Mas desejos eram só isso, desejos.
E assim, os dias se passaram.
Ela passou a faltar aos encontros e se não faltava chegava atrasada.
Ele sabia que devia aproveitar esses últimos momentos. Em breve ambos seguiriam por caminhos opostos e tudo acabaria. Foi perdido nesses pensamento, que avistou ela correndo. A visão mais bela que já tivera. Ela corria com um sorriso nos lábios, os cabelos soltos esvoaçando ao vento junto do seu vestido. Parecia uma miragem de tão bela!
– Achei que não chegaria a tempo de te encontrar – disse a garota se recuperando da corrida.
– Eu não iria a nenhum lugar sem antes te ver. Já se passaram dias, sinto sua falta. – A garota ficou levemente corada, podia ser por conta do calor resultado da corrida ou do comentário do garoto. Nunca saberia.
E assim passou mais uma tarde. Agradável como sempre era na companhia dela. Conversas jogadas fora, planos que nunca sairiam dali. Aproveitaram cada momento.
Ambos estavam deitados na clareira, admirando o céu, cada um perdido em seus próprios pensamentos. A garota virou de lado para encarar a pele sempre branca do garoto, e as íris de seus olhos, que dançavam entre o verde e o azul, aquela nuance de cores que ela admirava.
– Eu te amo. – Disse a garota pegando de surpresa. Ele sabia que a amava, mas nunca imaginou que era amado também. E seu mundo desabou.
Desabou porque amar sozinho era uma coisa, mas quando se era amado tudo mudava. Ele sabia que não poderia interferir no destino. Sempre se lembrava de quem era, e o do porque ser quem era. Ele era , príncipe e futuro rei, prometido à nobre Danneel, mas apaixonado pela plebeia . Irônico como o destino brincava com os sentimentos das pessoas. Vendo a imagem da garota que amava em sua frente, tudo o que ele mais queria, era desafiar tudo e todos por aquele amor, lhe tomar em seus braços e serem felizes. Mas a única coisa que ele fez foi se despedir.
E assim, os dias passaram.
Seria dali à duas luas o casamento da garota. E desde o momento que ela dissera que o amava, não se viram mais. Não a culpava por não querer vê-lo. Ele não foi capaz de respondê-la. Nem se quer um obrigado ou o que talvez ela esperasse o “eu também te amo”.
Ele esperou todos os dias por ela. E ela não veio. Ele precisava dizer que a amava também, que se não fosse a sua família, suas obrigações, e sua vida, ele a levaria para bem longe. Para um lugar só deles.
– Pensei que nunca mais a veria – disse depois de perceber a presença da garota próxima a ele.
– Tinha algumas coisas para resolver antes do casamento. – O tom de voz da garota era seco, quase sem emoção – quase, porque ele sabia o que ela sentia.
– Eu te esperei todos os dias. Precisamos conversar sobre aquele dia.
– Aquele dia foi um erro, pode por favor, esquecer? – pediu a menina nitidamente sem graça.
– Não, eu não posso esquecer, porque pra mim não foi um erro. Foi a melhor coisa que aconteceu. – Respondeu com raiva o loiro.
– Não parecia ter sido a melhor coisa para você quando se levantou e foi embora sem dizer nada, apenas com um aceno de cabeça – ela cuspiu as palavras com raiva.
- Eu não queria fazer aquilo.
- Ah não? Então por que o fez?
– Porque eu nunca imaginei ser amado por uma pessoa como você. E porque você sabe o que eu sou, e o que eu tenho que fazer.
– E o que você é? Um príncipe? É eu sei. E sei também que você precisa se casar com uma nobre, sei também que logo vai se casar, e que você está bem acima de mim, que seu sangue é puro e quanto ao meu? Não serviria nem para ser sua criada. Isso eu já sei. Mas vou te dizer uma coisa! Não me apaixonei por um príncipe. Me apaixonei por esse cara, o cara que todos os dias vem aqui, que todos os dias rir das minhas piadas sem graças, que adora meus cabelos. O cara simples, sem preocupação que você é quando está aqui. Me apaixonei mesmo sabendo de tudo o que você é, porque não mando no meu coração. E quando disse que te amava, eu disse porque no fundo eu imaginei que esse cara daqui, também pudesse me amar. Amar a mim, e não o que eu tenho ou o que eu não tenho. – Dizia a menina entre as lágrimas – Eu disse que te amava, porque no fundo eu imaginava que você largaria tudo por mim. Que se você me amasse poderia enfrentar tudo, porque nosso amor é maior que tudo. Como nos livros! Sou ingênua, eu sei. Desculpa pelo constrangimento. Eu só vim aqui porque precisava me despedir. – A menina rira em deboche do último comentário – Quem eu quero enganar? – Continuou – A verdade é que vim aqui com minha última esperança, porque se você me ama, então é a hora de dizer. É a hora para largarmos tudo. Amanhã me caso, e em seguida seguirei com meu marido para longe. Então por favor, é a hora de dizer o que sente. – Despejou tudo a garota.
– Eu te amo. Amo tanto que nunca pensei ser possível. E é por isso que vim aqui, todos os dias te esperando, porque você precisava saber que não amava sozinha. Eu amo tudo em você. E o que você é, não o que não tem. Amo sua pessoa, e não seus bens. Mas não posso largar tudo, eu não posso fazer isso. A minha vida inteira fui criado para isso. Assumir o trono, casar com a Danneel. Ser um rei. É o que eu sou, e por todo amor do mundo eu não poderia abdicar disso. – Respondeu o menino gritando.
– Tudo bem, se você é covarde demais para abdicar disso, então realmente não merece o meu amor. Eu preciso ir, espero que você seja feliz com tudo que conquistou. Adeus ,- respondeu lhe dando as costas.- E vida longa ao rei – disse a garota se virando para vê-lo pelo o que ela pensava ser a última vez.
Sentiu um apertão em seu corpo e quando percebeu os braços fortes de a seguravam. A diferença de altura era nítida, mas ainda sim os lábios quase se encostavam. E mais uma vez, aquela nuance de cores, os castanhos nos verdes, e os verdes nos castanhos.
– Não posso deixa-la ir sem sentir seus lábios nem que uma única vez. – Não houve tempo para respostas, o loiro tomara seus lábios em um beijo que guardava toda a mágoa pelo destino, todo o amor que sentiam e toda tristeza por ser o único beijo dado.
As horas passaram.
Acordou com os raios solares batendo em sua face, e quando se mexeu não sentiu mais o peso da garota que antes estava adormecida em seus braços. Notara que estava sozinho, que suas roupas ainda se encontravam no mesmo lugar de ontem a noite, como deixou, mas sem as roupas dela. Então a realidade veio. Ela partiu! E junto qualquer esperança de uma vida com ela. Ele sabia que a culpa era toda dele, ele foi covarde de mais. A vida havia lhe dado a melhor coisa do mundo, o amor dela. Ele a amava e era amado, e ele foi covarde demais para abandonar os seus deveres por ela. E ela havia partido. Havia cumprido sua palavra, se amaram uma única vez.
, a filha de camponês que conquistara o amor de um príncipe de linhagem pura e rica, que fora a única pessoa capaz de conhecê-lo como ele era de verdade, a única que o amara por quem ele era, e não o que tinha, ela o seu milagre, havia ido embora junto com qualquer esperança que o destino tinha para os dois.


Fim



Nota da autora (30/09/2016): Sem nota




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