Finalizada em 15/12/2020

Prólogo


Filho de pais separados. Cresceu no meio de briga de seus pais e depois do divórcio sua mãe sumiu pelo mundo lhe deixando com seu pai, que virou um alcoólatra desempregado. acabou trabalhando como barman em uma boate perto de sua casa. Ele servia os playboyzinhos cheio da grana, para tentar pagar o aluguel da casa...


Filha de pais ricos e apaixonados, mas que nunca paravam em casa. Cresceu tendo tudo o que queria, e em troca era a filha que seus pais queriam. Ultimamente ela tem passado a sair a noite e voltar pra casa bêbada, escondida de seus pais... estava encantada com essa nova experiência e queria conhecer esse mundo novo.


Capítulo 1


Eu já trabalhava naquela boate a algum tempo então eu conhecia algumas daquelas pessoas… Aquele ali sempre cercado de mulheres é o Dong-hyeong, ele tem 34 anos mas não sente culpa de gastar dinheiro com essas garotas de 20 anos. Sun-woo é tipo o cachorrinho dele. Nos conhecemos a pouco tempo e graças a eles consegui esse trabalho.

Ah não! Aqueles idiotas do time de basquete de novo. Tentei voltar o caminho que estava fazendo, mas ao me virar encontrei um idiota do grupo.
-Olha você aí. A gente tava te procurando. - Ele passou o braço pelos meus ombros e me empurrou até a mesa onde eles estavam sentados.
-Oi galera. - Eu disse com os lábios pressionados. - O que vão querer pra hoje? - Perguntei tentando ser paciente.
-Ah, o mesmo de sempre. - Disse o líder dos idiotas.
-Só um minuto. - Eu disse e sai ouvindo eles rirem.
Quando estava voltando para a mesa com o balde de bebidas gelado, um dos idiotas colocou o pé na minha frente me fazendo cair sobre a mesa e quebrar as garrafas. Eles começaram a rir e no mesmo instante me subiu uma raiva e uma vontade de quebrar a cara desses babacas. Mas eu tenho que me controlar. Eu preciso desse emprego. Respirei fundo e comecei a recolher os gelos e cacos de vidro. Então o idiota Rei disse:
-Você é subordinado igual sua mãe.
Hoje eles estão trabalhando bastante para me tirar do sério.
-É. Ele é igualzinho. - Um outro comentou.
-Falando dela. - O cara que colocou o pé pra mim cair começou a dizer, próximo do meu ouvido. - Onde é que eu posso encontrar aquela puta? - Ele disse e foi a gota d'água pra mim. Soquei seu nariz e antes que ele pudesse revida, Dong-hyeong me puxou pra fora da boate. Eu fiquei ainda mais enfurecido com o fato do idiota ficar rindo da minha cara, mesmo com o nariz jorrando sangue.
No beco lá fora, Dong-hyeong tentava me acalmar.
-Cara, você sabe que tem que ter paciência com esses moleques. Se isso chegar no ouvido do dono você já era.
-Ele tava falando da minha mãe.
-Eu sei. Eu sei. Mas se segura. Pelo menos até a gente fecha aquele peixe grande.
Chutei o lixo que estava ali e encostei as costas na parede.
-Você tem razão. - Eu disse ainda ofegante.
-Vai pra casa. Amanhã é sua folga. Relaxa um pouco. Pode deixa que eu resolvo as coisas por aqui.
-Tá bom. - Eu disse vencido pelo cansaço. - Obrigada Dong-hyeong. Se não fosse por você eu tinha feito uma merda lá dentro.
-Tudo bem cara. Eu entendo como as coisas estão difíceis. Só segura mais um pouco e tudo vai se resolver.

Quando estava indo embora pelas ruas escuras de perto de casa, vi 2 caras mexendo em uma moça que estava desmaiada no chão
-EI!, O QUE VOCÊS TÃO FAZENDO? - Eu gritei espantando os 2. Corri em direção a eles, mas parei ao lado da moça que estava desacordada no chão. Seu corpo estava gélido e quase não dava pra perceber que tinha vida. Tentei acorda-la, mas sem sucesso. Claramente eram sinal de coma-alcoólico e eu já tinha experiência com esse tipo de coisa. Pensei em leva-la ao hospital, mas ela estava sem documentos, e eu já tive muita emoção por uma noite. Decidi então fazer de conta que nem a vi e segui meu caminho. Dei alguns passos e quando cheguei na esquina, voltei quase contra minha vontade.

Capítulo 2


Ai. Meu corpo todo dói. Nossa, que frio. Essa coberta ta muito fina… e com cheiro diferente. Será que eu vomitei muito ontem? Dei risada. Eu só posso tá bêbada ainda. E que sonho doido que eu tive. As meninas nunca iam me abandonar no meio da rua de madrugada. Mas aquele carinha que me ajudou era um gato.
-Trouxe café preto. - Mimi, minha diarista disse.
- Mimi, eu já disse que não… - Peraí, essa voz não é da Mimi. Me sentei na cama e vi um rapaz com a mão enfaixada na ponta da cama. - AAAAH. - eu gritei e me cobri até o pescoço. - Quem é você? E o que está fazendo aqui? - Foi quando percebi que eu estava em um ambiente menor que meu quarto. - Onde estou? - Olhei pra um lado, olhei pro outro, olhei pra baixo e chequei minhas roupas. Olhei de novo pro garoto e reconheci seu rosto. Não acredito que aquele sonho foi real.
-Você se lembra de algo da noite passada? - Ele perguntou me dando um copo com café americano.
-Você trocou minhas roupas… como você pode?! - Eu disse em tom de acusação.
-Você estava com a roupa cheia de vômito, eu tive que colocar pra lavar. E também você não acordava, não tinha documento pra ir pro hospital então eu tive que te colocar de baixo do chuveiro. - Ele se levantou. - Mas já estão aqui, limpas e secas prontas para você usar. - Ele apontou para as roupas em cima da cadeira. Tirou seu celular do bolso. - Vou deixar meu celular aqui pra você avisar seus pais que você está bem. - Ele disse por fim antes de sair e fechar a porta.
Meus pais estavam em mais uma viagem deles, e nem sonhavam que eu não tava em casa. Levantei da cama e me senti tonta, me segurei na mesma e quando me senti melhor peguei minhas roupas e me troquei. Ele tinha lavado todas as minhas roupas. E meu vestido que eu tinha manchado de vinho ontem, estava branquinho em folha.
Quando abrir a porta do quarto pude ouvir uma voz que como o Flautista de Hamelin, me guiou até a garagem. Onde encontrei com aquele garoto de novo. Só que dessa vez ele estava sem camisa e com as mãos suja de graxa, escutando e cantando uma música que tocava no rádio, mas que eu não conhecia. De costas para a porta, eu podia ver o suor em suas costas, enquanto ele mexia no motor do carro. Então ele se virou para pegar sua garrafa de água e percebeu que eu estava lá.
-Ah, você tá aí! - Ele disse girando a tampa da garrafa. - Já falou com seus pais? - E finalmente tomou sua água. Eu respondi que sim com a cabeça e lhe entreguei o celular. Mas a verdade é que eu não tinha quem avisar que eu estava bem. Meus pensavam que eu estava em cada estudando. - E você está se sentindo bem?
-Só estou com dor de cabeça. - Eu disse sem graça porque sabia que tinha bebido muito na noite passada e feito coisas na frente dele. - Mas eu tomei o medicamento para ressaca que você deixou do lado da cama.
-Okay. - Ele colocou a garrafinha de volta na estante. - Você quer que eu te acompanhe na delegacia por causa das suas coisas?
-Não precisa. Acho que minhas coisas ficaram com minhas amigas.
-Então vou chamar um táxi pra você. - Ele disse já mexendo no celular e eu fiquei tímida de cabeça baixa e com minhas mãos juntas no meu colo.

Capítulo 3

Eu estava na mesa vip com minhas amigas e já passava das 4 da madrugada, quando 2 homens chegaram animados e sentaram entre as meninas. Eles pareciam se conhecer porque as meninas ficaram frenéticas quando botaram os olhos nos 2 rapazes. Não demorou muito para um deles colocar um pó branco em cima de seu celular e dividir com as meninas.
-, você tem que experimentar. - disse uma delas e todos na mesa me olharam. Senti uma leve pressão de todos.
. Essa é da boa! - disse a outra. Mas eu permaneci hesitante.
-Amiga, essa é a melhor onda. - disse a mais certinha do grupo. Se até ela usa, deve ser coisa boa.
Eu sabia o que estava acontecendo, mas estava seguindo o fluxo, porque eu nunca me diverti tanto como agora com essas meninas. Eu só tinha que continuar fazendo o que elas fazem pra poder continuar com elas.
Foi então que eu ignorei todas as palestras e atividades contra drogas que tive em minha vida toda.
Peguei o celular e coloquei minha cara para baixo da mesa…



Como sempre eu estava servindo as mesas daquele lugar. Hoje parecia um dia comum, até que eu estava passando no corredor principal e vi um rosto conhecido em uma das mesas. Parei no mesmo instante em que analisei a situação. E com um impulso tentei evitar que acontecesse uma tragédia.
-Você não vai fazer isso. - Eu disse puxando a garota que eu conhecia mas não sabia o nome.
-! O que você tá fazendo? Solta a agora. - disse Roberta, a líder das meninas perdidas, quando leu meu crachá. Ali ela era reconhecida como a uma cliente consumista. Mas a real é que ela explorava garotas inocentes para pagar suas drogas. Ela estava todo dia na balada.
-A não é assim... - Eu disse vendo-a bêbada mais uma vez. Aquilo me incomodou muito, por causa do jeito que Roberta tinha abandonado no outro dia. - E ela vai embora agora. - Puxei pelo braço a fazendo levantar e peguei sua bolsa. Ninguém ousou vir atrás de nós.
Já lá fora, longe daquela música ensurdecedora eu encarava aquela garota inocente, sem acreditar no que eu tinha acabado de fazer.
Ela se soltou da minha mão, e toda nervosa começou a gritar comigo…
-Você não tem o direito de fazer isso! Você nem me conhece. - Ela passou a mão pelo cabelo, parecendo um pouco assustada. - Droga! As meninas vão parar de falar comigo por sua causa.
-E você não acha isso bom? - Eu perguntei. - Essas meninas não são suas amigas, será que você não percebe isso? Elas só querem seu dinheiro pra se divertir. E você por ser uma garotinha solitária e inocente que não sabe o que é ter um amigo de verdade, caiu na armadilha delas.
-Você é um idiota, sabia? - Ela cuspiu as palavras. - Só porque me ajudou aquele dia acha que pode mandar em mim. Você não é meu pai! - Ela disse e se virou para ir embora, mas assim que se virou torceu o pé e caiu.
-Você tá bem? - Eu disse olhando ela gemer no chão. Vendo que ela não me respondeu, me aproximei. Quando olhei em seu rosto, ela estava chorando.
-Me ralei. - Ela disse chorando de soluçar.
Ela só podia ser uma pessoa muito privilegiada, por estar chorando por um pequeno arranhão nos joelhos. Mas a verdade é que ela estava cansada de parecer bem para todo mundo, e de todos que se aproximavam dela só por dinheiro. Por que ela tinha que pagar um preço por seus pais serem ricos? Será que ninguém vai entender ela de verdade um dia? Será que ninguém no mundo vai deixar ela ser ela mesma?
-Não precisa chorar. Foi só um arranhão. É normal quando se anda com um salto desse tamanho bêbada. - Eu disse tentando consolá-la, mas sendo ríspido. Ela passou a mão sobre o rosto molhado e eu lhe ajudei a levantar. - Quer que eu chame um táxi pra te levar pra casa? - Ela me olhou, com seus olhos vermelhos.
- Eu não quero ir pra casa.
-E o que você quer aprontar agora? - Eu disse bravo e ela começou a chorar de novo. - Tá bom. Não precisa chorar.

Ela ainda estava soluçando quando subiu nas minhas costas.

Capítulo 4

E lá estava ela de novo dormindo tranquilamente no meu quarto enquanto eu estava indo dormir no sofá da sala.


Dormi por algumas horas e levantei para fazer um café preto antes de começar a mexer no motor do carro de Dong-hyeong.
Os equipamentos novos tinham chegado. Esse camaro vai correr mais do que podem imaginar.
Quando estava dando 9 horas no relógio da garagem, comecei a sentir um cheiro de queimado vindo da cozinha, quando cheguei na mesma estava atrapalhada com um pano pegando fogo na frigideira. Peguei um pouco de água e joguei no pano e então olhei pra ela tentando não rir da cara dela.
-Eu estava tentando fazer o café da manhã… - Ela disse parecendo um gato miando, por causa que deu errado. - Mas eu nunca cozinhei na vida. - E então eu soltei a gargalhada sem nem saber porque aquilo tudo era tão engraçado. Talvez fosse por causa da cara fofa que ela estava fazendo. -Era pra ser uma forma de agradecimento.
-Que bela forma! Pena que nao deu certo. - Ri mais um pouco e então fiquei sério. - pega suas coisas, eu sei onde podemos tomar café da manhã...

Quando entramos no Caffee, Mag veio nos atender com um sorriso no rosto. Eu sempre ia naquele lugar com meus pais, quando era criança, então Mag me conhecia desde então.
-O mesmo de sempre? - Ela sugeriu com um sorriso no rosto, se referindo ao meu típico pedido: café gelado.
-Pode pedir o que quiser. - Eu disse pra que olhava estranho para o cardápio. Foi quando passou pela minha cabeça que talvez ela comece algo mais sufisticado, como frutas e sucos naturais no café da manhã. Abaixei a cabeça um pouco sem graça e depois pedi um café gelado, enroladinho de ovo e panquecas americanas, que era o que tinha tentado fazer em casa. Mag anotava o pedido mais animada do que o normal. ainda olhava para o cardápio e agora fazia bico.
-Eu vou querer o mesmo, mas ao invés de café gelado quero um suco natural de laranja, por favor. - Ela pediu e entregou o cardápio.
Mag sorriu ao sair e entregou nosso pedido na cozinha.
-Você conhece ela? - pergunto se referindo a Mag.
-Sim, desde pequenos. Eu costumava vir aqui com meus pais. - Enquanto respondia olhei pela janela e vi o parquinho que meus pais me levavam quando criança… estava no mesmo lugar e cheio de crianças ativas, correndo de um lado pro outro e gritavam enquanto seus pais olhavam. -Aqui seu pedido. - Mag chegou na mesa. e eu lhe ajudamos a colocar na mesa. - Bom apetite!
-Cadê seus pais? - Enquanto comíamos perguntei a . Ela devia estar com muita fome porque se entalou de comida antes de responder.
-Eles estão viajando. - Ela disse quando tomou um pouco de seu suco.
é como uma criança inocente que precisa de cuidados, e o fato de ela não ter ninguém para cuidar dela me perturbava. E ela sempre foi assim, desde quando lhe conheci há 3 anos atrás...

Minha mãe tinha acabado de nos deixar e meu pai estava triste, mas tinha contas para pagar. Ele sempre me ensinou sobre carros e me levava quando tinha que arrumar algum carro na casa de seus clientes. Em uma dessas visitas eu conheci a doce e obediente . Ela era muito animada, mas tinha que se controlar porque seus pais não gostavam. Eu achava triste o fato de ela não poder ser quem queria.

-Deixa eu adivinhar… você tá no primeiro ano da faculdade? - Lhe perguntei e ela disse que sim com a cabeça e sorriu. - Seus pais sempre estão viajando e você não tem alguém pra ficar de olho em você. Então, você conheceu uma galera legal na faculdade e decidiu ser como elas?! - Suas bochechas ficaram em um tom avermelhado e seus olhos brilhavam quando ela me olhou.
- Eu sempre fiz o que meus pais queriam. Eu só tinha amizade com quem eles aprovavam, usava a roupa que eles queriam, só saia de casa quando eles deixavam, comia o que eles achavam que eu devia comer, até na minha faculdade eles interferiram… Eu sei que eles fizeram e fazem essas coisas pelo meu bem, mas eu não quero ser médica. Eu odeio ver sangue. E sinceramente eu nem sei o que eu quero ser… - Ela olhou pro prato. - Eu mal consigo decidir o que comer em uma lanchonete. Então eu só quero me sentir livre e capaz de fazer o que quero, me arriscar e aprender com meus próprios erros.
-Concordo que temos que nos impor às vezes, mas também precisamos saber o que é certo e errado. O que realmente vale ou não errar. - Lembrei de meus pais, que tiveram fins trágicos. - Tem erro que não tem volta para algumas pessoas. - E voltei a comer.

Capítulo 5


Ao abrir os olhos, percebi que mal tinha dormido. Fiquei olhando para os detalhes daquele pequeno quarto e em como o dono dele apesar de parecer um pouco grosseiro, é gentil. Minha barriga roncou então levantei da cama e decidi fazer panqueca para o café da manhã dele.
A cozinha de era pequena e isso facilitou para eu encontrar tudo o que precisava pra fazer a massa. Tudo parecia estar indo bem. Eu realmente pensei que cozinhar era tarefa fácil, e então quando joguei a frigideira pra cima para a panqueca voa, dar uma volta no ar e cair na frigideira, ela simplesmente não saiu do lugar. Então fui procurar uma espátula para tentar desgrudar a massa da panela. Quando voltei pro fogão a panqueca estava queimada e pegando fogo em cima da panela. Eu desliguei o fogão, mas a panqueca na frigideira continuou em chamar, no desespero eu peguei o pano que estava ali do lado e joguei em cima do fogo. O pano começou a queimar e eu não sabia o que fazer, minha reação foi jogar o pano no chão. Foi quando entrou na cozinha e rapidamente jogou água no pano.
Eu me senti tão envergonhada… tentei me explicar, mas acho que me enrolei mais. Ele começou a rir da minha cara. Talvez achando que eu era muito burra. Não conseguia nem fazer uma panqueca. Fala sério! Pareceu tão fácil no tutorial da internet.
Enquanto eu olhava para minhas mãos me sentindo envergonhada ele me chamou pra ir em um café que ele conhecia. Chegando lá, não era nada tão sofisticado como eu era acostumada, mas era um lugar realmente aconchegante. Quando sentamos na mesa parecia estar me encarar então escondi meu rosto no menu e fiquei relendo tudo que tinha ali. A garçonete se aproximou toda sorridente e perguntou se direcionando para se ele ia querer o de sempre. Isso me despertou um pouco de curiosidade.
-Você pode pedir o que quiser. - Ele se direcionou a mim. Eu não sabia o que pedir do cardápio, então continuei passando meus olhos fingindo que estava lendo o que estava ali, mas na verdade estava esperando ele pedir primeiro. baixou a cabeça e quando levantou o olhar, suas bochechas estavam avermelhadas ele olhou pra Mag e fez seu pedido. - Eu vou querer um café gelado, enroladinho de ovo e panquecas americanas.
Mag anotou e então, agora os dois olhavam pra mim. Lembrei que eu estava fazendo panquecas americanas… bom, tentando fazer. E havia acabado de pedi.
-Eu vou querer o mesmo, mas ao invés de café gelado quero um suco natural de laranja, por favor. - Assim que eu pedi, lhe entreguei o cardápio e ela pediu licensa e se retirou olhando para como se tivesse orgulho dele. Será que era a mãe dele? Isso justificaria os olhares dela de mim pra ele, parecendo analisar nosso relacionamento.
-Você conhece ela? - Disse curiosa.
-Sim, desde pequenos. Eu costumava vir aqui com meus pais. - respondia a mim, mas seu olhar estava distante.
- E onde eles estão agora? - Perguntei, maa continuou olhando através da janela. E então nossos pedidos chegaram. E a garçonete pediu silenciosamente para que eu não tocasse nesse assunto. O que significa que ela conhece muito bem.
Eu não tinha costume de comer fora de casa, então de certa forma eu estava ansiosa para comer aquela comida. E, claro. Eu tava com muita fome. Peguei aquele cubo de omelete, que eu não comia a algum tempo e experimentei um pedaço, na mesma hora que senti o sabor me apaixonei por aquele lugar.
-Cadê seus pais? - perguntou me pegando de surpresa. Engoli a comida quase me entalando, tomei um pouco do suco.
-Eles estão viajando. - Respondi. Geralmente esse tipo de pergunta me incomoda, mas dessa vez não. Talvez eu me sinta mais à vontade perto dele por ele ser cuidadoso comigo. -Deixa eu adivinhar… você tá no primeiro ano da faculdade? - Ele parecia me conhecer e compreender mais que qualquer pessoa. - Seus pais sempre estão viajando e você não tem alguém pra ficar de olho em você. Então, você conheceu uma galera legal na faculdade e decidiu ser como elas?! - Me senti envergonhada ao pensar no acontecido da noite passada, mas ao mesmo tempo me sentia injustiçada.
- Eu sempre fiz o que meus pais queriam. Eu só tive amizade com quem eles aprovaram, usava a roupa que eles queriam, só saia de casa quando eles deixavam, comia o que eles achavam que eu devia comer, até na minha faculdade eles interferiram… Eu sei que eles fizeram e fazem essas coisas pelo meu bem, mas eu não quero ser médica. Eu odeio ver sangue. E sinceramente eu nem sei o que eu quero ser… - Olhei pra mesa. - Eu mal consigo decidir o que comer em uma lanchonete. Então eu só quero me sentir livre e capaz de fazer o que quero, me arriscar e aprender com meus próprios erros.
-Concordo que temos que nos impor às vezes, mas também precisamos saber o que é certo e errado. O que realmente vale ou não errar. - Ele disse sério parecendo entender do assunto. - Tem erro que não tem volta para algumas pessoas. - Ele concluiu e voltou a comer. Não tinha nada que eu pudesse dizer para me dar razão. Ele estava certo! Então voltei a comer, agora menos gulosa, refletindo sobre o que ele disse.

Capítulo 6

Quando foi embora aquele dia, parecia que eles não se encontrariam de novo. E até preferia que isso acontecesse, mas ela não conseguia esquecer a forma como um estranho se importou com ela, sem ela pedir. Depois daquele último encontro resolveu fazer as coisas que ela queria do jeito certo. Trancou seu curso de medicina, e engrossou em , que era sua área de interesse, saiu da casa de seus pais e agora mora no apartamento que ganhou de seus pais quando completou 16 anos. Conseguiu um trabalho como atendente de uma loja de conveniência e com muito esforço deixou de usar o dinheiro de seus pais.
Enquanto a vida de estava entrando nos eixos, também estava se dando bem em seus planos…

2:48pm
-... cara é coisa certa. A gente vai conseguir. - Disse um Dong-hyeong tentando passar confiança.
-Vai dar certo! - Disse animado. - Você me conhece! Eu não só entendo de motor de carro, como também sei dirigir em qualquer circunstância. - Ele disse se referindo ao dia que conheci Dong-hyeong. Os dois estavam apostando um racha com outras pessoas… - Já são 2:48, tudo preparados? - Disse Sun-woo olhando para os 2 homens no banco da frente do carro.
Todos concordaram e então colocaram o plano em ação.
Sun-woo desceu primeiro do carro, seguido por Dong-hyeong, ambos de máscara e roupa preta, assim como .
O plano era o seguinte: Os dois que tinham experiência com roubo, iriam invadir a casa do pai da ex namorada de Dong-hyeong, roubar o cofre da família e voltar para o carro em até 11 minutos. Eles já tinham calculado tudo a meses, só estavam esperando o dia da viagem da família.
olhava o cronômetro de seu relógio a cada segundo que passava. Quando deu 11 minutos que os meninos tinham saído, o alarme da casa tocou e os 2 caras tomados pela adrenalina, apareceram correndo pelas ruas escuras em direção ao carro. logo ligou o carro.

Enquanto o carro corria a quase 200 km/h, uma viatura tentava alcançar a gente. Eles poderiam ter um carro veloz, mas eu conheço essa estrada como a palma da minha mão.
-Encostem o carro, a gente tem o número da placa de vocês. - Os policiais gritaram para a gente, mas não nos importamos porque as placas são falsas.
Enquanto meus parceiros pareciam nervosos, eu estava feliz com sensação da adrenalina que eu sentia em meu corpo. Fazia um tempo que eu não me sentia assim. Com a sensação de que tudo pode acontecer...
No final tudo correu como planejamos.
-Agora somos ricos!!! - Sun-woo disse jogando um bolo de dinheiro para cima, ele claramente estava pensando no tanto de mulheres poderia ter. E eu só pensava que finalmente poderia comprar uma casa e viver do jeito que eu queria, onde eu queria… Agora eu tinha a liberdade de ser quem eu quero ser.
-A gente precisa dar uma festa! - Disse Dong-hyeong com vários colares valiosos pendurados no braço. - Afinal é a última vez que vamos nos ver antes de sairmos dessa cidade.

Na noite seguinte, demos uma festa super badalada em uma casa com piscina, onde tinha jovens de vários tipos. E no meio dos amigos de Dong-hyeong e Sun-woo eu me senti, um pouco nostálgico com aquele sentimento de missão cumprida que eu não conseguia lembrar de quando foi a última vez que senti...
Me perdi em pensamento e então ouvi uma voz doce chamar meu nome.
-?! Você por aqui!
Ela estava mais linda do que eu lembrava. Eu podia ver um holofote brilhando sobre ela, enquanto caminhava em minha direção.
-. - Eu disse sorrindo surpreso. O que ela estava fazendo aqui? - O que você está fazendo aqui? Não veio atrás de…
-Não. Não. Relaxa! Eu mudei de vida. Vim com minhas colegas de faculdade. - Ela se apressou em dizer. E eu resmunguei em concordância. - Que bom que te encontrei aqui. Eu gostaria de te pagar um jantar em agradecimento por ter me ajudado a alguns meses atrás. - Ela pareceu tímida ao dizer.
-Não precisa. - Eu disse sem graça.
-Mas eu não quero senti como se te devesse algo. Então, não aceito Não como resposta. - E sorriu sem mostrar os dentes. - Pode ser na quinta? - Ela estava realmente determinada.
- Ta okay. - Sorri de volta. E então uma de suas colegas lhe chamaram.
-Eu tenho que ir. Amanhã é dia de prova na faculdade. Então, até quinta. - acenou com as mãos enquanto se afastava, e eu só olhei a maneira como ela se distanciava. A mesma maneira que eu me lembrava…
Quando voltei a atenção pra mim, me senti estranho. Meu peito estava acelerado e minha respiração pesada. Eu nunca havia me sentido assim antes. Eu deveria estar assustado, mas algo me dizia que esse sentimento era bom.

Capítulo 7

pretendia mudar de cidade na quarta-feira daquela semana, como seus 2 colegas, mas ele tinha um encontro com . E aqui está ele passando perfume enquanto se admira no espelho. Sorriu confiante antes de sair de sua nova casa, carregando um pequeno arranjo de flores azuis.
estava radiante naquela noite. Usava um vestido rosa creme que deixavam suas longas pernas à mostra. Seus cabelos decoravam seu rosto sorridente. Ela não conseguia esconder que estava feliz com o encontro. quando a viu chegar se sentiu mais uma vez vivendo uma nova vida, onde o que ele não imaginava podia acontecer. Lhe custou alguns segundos para acreditar em quão sortudo ele era por estar diante da garota mais linda de toda Coréia.
Durante o jantar eles se divertiram muito. tinha atitudes diferente daquela menina tímida e rebelde que havia conhecido a alguns meses. Sua maquiagem estava mais suave, seu jeito de falar estava diferente, ela sorria compartilhando alegria e parecia estar verdadeiramente em paz. E ele estava muito feliz por poder passar esse tempo com ela justamente na melhor fase de sua vida.
Não demorou muito para que os dois ficassem grudados. Era claramente visível o amor dos dois. E como estava tudo indo mais do que bem, pediu para conhecer seus pais.

Naquele dia os pais de pareciam não reconhecer a antiga e miserável versão de , e durante o jantar eles foram super simpáticos com . Depois o Sr Kim e seu futuro genro foram para o escritório conversar enquanto esperavam as garotas prepararem um chá.
-...E seus pais? Eles são bem sucedidos? - perguntou o homem com interesse na vida de .
-Na verdade meus pais morreram. - respondeu simplesmente. - Eles tinham problemas com drogas e bebidas então não me deixaram muita coisa, mas eu posso te assegurar que se o senhor aprovar nosso relacionamento, eu vou dar o meu melhor para que seja feliz. Eu respeito muito ela e a sua família.
Pai de ficou mais sério mas ainda olhando fixamente para , soltou um estalo.
-Você sabe que é uma garota inocente. Então, ela não entendi sobre a importância de seu nome e de manter a linhagem da família. - Ele fez uma pausa e até parecia decepcionado com a situação. - Você me parece um bom rapaz, mas eu não posso aprovar o namoro de vocês. Você me entende? Eu quero o melhor pra minha filha. E infelizmente… - Ele terminou a fase para não ser mais duro do que já estava sendo.
-Eu entendo o senhor. - Balbuciou cabisbaixo. Ele só conseguia pensar que seus pais mesmo depois de mortos ainda interferiam em sua felicidade. Quando as 2 mulheres chegaram animadas com o chá, sentiu que era sua deixa.
-Você já vai? - Disse com as sobrancelhas juntas.
-Sim. Preciso fazer uma coisa. - Seu rosto estava vermelho e ele sorria parecendo tímido, mas na verdade estava segurando para não chorar na frente de todos.
Nos dias seguinte não respondeu às mensagens e ligações de . Ele sabia que ela já estava ciente da decisão de seu pai, e mesmo assim ligava pra ele. Para , merecia o melhor, alguém que fosse aprovado pelo seu pai. E por mais que estivesse doendo ele estava conseguindo ignorar a existência de .

Capítulo 8


Eu não conseguia falar com a dias e isso estava me matando. Eu já não conseguia estudar direito, nao me alimentava bem e pra caprichar hoje acordei com muita vontade de comer panqueca americana do Caffee em que me apresentou. Eu sentia que essa poderia ser uma chance de revê-lo, mas eu não acreditava que isso aconteceria.
Quando entrei no caffee, tudo estava do jeito que eu me lembrava. Caminhei um pouco e então vi algo que não imaginava.
-?! - Eu acabei soltando incrédula. Seu olhar estava fixado em uma xícara de café na qual ele mexia com a colher, quando ouviu minha voz seus olhos tristonhos se esticaram até minha direção, e então meus pés caminharam sorrateiramente em sua direção. Eu não sabia se ele iria falar comigo ou me ignorar, mas eu precisava lhe abraçar, sentie seu cheiro e acabar com essa agonia no meu peito.
Me joguei em seus braços quando ele levantou, e sem perceber deixei cair uma lágrima de meus olhos.
-Eu não deixa… - Eu disse entre soluços. Foi quando ele também me abraçou e passou a mão em meus cabelos carinhosamente. Seu coração descompassado e sua respiração pesada me diziam que ele também sentiu minha falta.
Nos sentamos e eu segurei firme sua mão. Eu nunca fui tão apegada a alguém na minha vida inteira, nem mesmo com meus pais, então por mais bobo que parecesse eu tinha medo de levantar e sair correndo me deixando ali sozinha.
-Por que você não me respondeu mais?
-Você sabe... eu não queria te ver mais.
-Você ou meu pai, nao queria? - Seus olhos se desviaram. - Ele disse que voce parecia um bom sujeito, mas que por causa da sua familia nao daria certo. - Coloquei minha outra mão na sua. Eu conseguia sentir confiança em mim. Dessa vez meus pais não iriam mandar em meus sentimentos.

-Minha mãe fazia bolos para vender em uma padaria que tinha na frente de nossa casa. Ela era como você na cozinha, queimava até mesmo sopa, mas fazia bolos deliciosos. - Um pequeno sorriso escapou de sua boca. - Meu pai trabalhava com mecânica e eu adorava ajudar ele a mexer nos carros. Conforme fui crescendo acabei aprendendo muito sobre carros e até indo junto a ele a casas de alguns clientes. Eu sempre fui pobre e sempre queria ter as coisas daquelas pessoas que pagavam meu pai. Um dia, eu fui parar na casa de seu pai, e de tudo que eu já tinha desejado na vida eu troquei por aquela menina que andava pela casa seguindo ordem. Mas isso não podia acontecer. Nossos mundos são diferentes - Ele fez uma pausa antes de continuar. - Quando eu tinha 16 anos meus pais se divorciaram. E minha mãe saiu de casa, querendo uma vida melhor, mas acabou caindo no mundo da prostituição. Faz 2 anos que seu corpo foi encontrado em estado de decomposição na beira no Rio Han. A autópsia dizia que ela tinha cápsulas de cocaína no intestino, o que foi a causa de sua morte. Meu pai virou alcoólatra antes de minha mãe ir embora, mas ele piorou quando ela partiu. Ele ficou desempregado, e passou a ficar bebendo o dia inteiro. Um dia ele me bateu e foi quando decidi sair de casa, então acabei parando aqui no Caffee e Mag me ajudou a achar uma casa. O dono é um antigo amigo dela, então me deu um desconto no aluguel. Para ganhar dinheiro eu fazia o que entendia, arrumava carros e apostava corridas clandestinas. Em uma dessas corridas conheci Dong-Hyeong que me ajudou arrumar aquele emprego a noite. - Eu não imaginava que essa era a história de , então lhe olhei sem saber o que dizer. Ele colocou sua outra mão em cima da minha e me olhou reconfortante. - Você não me deve nada. Na verdade, você me ensinou muito. - E desviou o olhar de novo. Ele parecia estar escondendo algo. - Eu pensei que se não respondesse mais suas ligações você iria entender, mas você decidiu vir atras de mim do mesmo jeito. - Ele tentava segurar suas lágrimas, mas foi em vão.
-, meus pais não mandam mais em mim. Agora eu sou independente, eu tenho minha casa, meu dinheiro. Eles não podem fazer nada para me impedir de te ver.
- , você merece algo melhor. - Ele disse com a voz embargada. - Alguém que vai poder te dar conforto, comprar presentes caros todos os dias, te levar pra conhecer novos lugares e te fazer feliz 24 horas por dia. E eu não posso ser esse cara. Não agora. - Seus olhos brilhavam… ele queria me atingir com essas palavras, mas estava machucando a si mesmo. - Eu espero que você consiga me entender.
Eu acreditei que aquelas palavras não iriam me machucar, mas só de pensar em uma vida sem aquele homem que estava em minha frente, não pude segurar aquela dor.
-Eu nunca vou esquecer o que vivemos juntos. Mas quero que você siga sua vida, e seja essa garota doce e determinada que você é. - Ele disse por fim. Beijou demoradamente minhas mãos e fez o que eu mais temia. Me deixou lá sozinha.

Epílogo


Conversar com o pai de me fez ver que por mais que meus pais tenham vivo grande parte de suas vidas desonestamente, eu não precisava seguir o mesmo caminho miserável. Eu havia passado grande parte de minha vida tendo inveja e pensando que ter dinheiro me deixaria em paz, mas quando assim se fez, eu percebi que não era exatamente isso. Aquela vida não era pra mim. Eu nem consegui desfrutar daquele dinheiro! Eu só não queria ser um peso para a pessoa que mais me amou nessa terra..
Subi a escadaria e ao passar pela porta de vidro, caminhei em direção aquele homem que mudaria a minha vida.
Sun-woo, a um mês atrás me ligou dizendo que a Polícia tinha pego Dong-Hyeong e que era para eu fugir do país quando pudesse, mas eu não queria ir embora e deixar . E nem viver uma vida como fugitivo. A 2 semanas, no mesmo dia do jantar na casa dos Kim, eu recebi a notícia de Sun-woo tinha sido capturado no aeroporto internacional. Quando o pai de não aprovou o nosso relacionamento, eu percebi que mesmo ele não me conhecendo ele tinha razão.

-Em que posso te ajudar? - Perguntou o oficial da polícia.
-Eu vim me entregar. - Eu disse tentando manter a calma, mas só conseguia pensar que estava de alguma forma decepcionando .


Estava em meu quarto estudando, quando recebi uma mensagem de . Meu peito pulou na mesma hora. Quando abri continha um vídeo dele sentado de frente para a câmera parecendo sério. Dei play.
" Amor sei que você deve estar triste e decepcionada agora, mas quero que você pare de ver esse video e vá viver a sua vida. Seus pais devem me odiar, mas amor, se concentre nos estudo e faça tudo certo dessa vez. Não perca mais tempo comigo. ~uma pausa e então uma lágrima caiu, seguida de outra~ Saranghae.
E o vídeo acabou.


Alguns anos depois…


Todos que me conheciam achavam que eu ia seguir os passos dos meus pais e me transformar em uma empresária que ficar viajando pelo mundo. Mas eu me formei em . Meus pais ficaram decepcionados e no começo, mas já aceitaram minha escolha.
A anos atras quando terminou comigo, a princípio eu pensei que fosse por causa da decisão de meu pai. Mas quando fui no Caffe perguntar dele para Mag, ela me contou o que realmente aconteceu e onde estava. E desde então eu lhe escrevo cartas quando não posso visitá-lo. Meus pais ainda não gostam dele, ainda mais agora. Mas eu não me importo. Eu sei que eu fui feita para , assim como ele foi feito pra mim. Toda vez que meus pais marcam encontro as escuras eu ignoro e vira motivo de risada entre e eu.

seria solto. E ele não fazia ideia que eu estaria do lado de fora esperando pra abraça-lo. Eu queria que fosse surpresa tanto para ele quanto para mim, então disse que não poderia estar lá.
Quando ele saiu com aquela cara marrenta de sempre e me viu, abriu um sorriso e correu em minha direção. Me joguei em seus braços e senti meu coração bater tão forte, que me tirava o ar.
-Eu te amo. - Ele disse ofegante com um grande sorriso, depois de ter me girado no ar.
-Eu mais que te amo. Eu te roxo!


esperou tanto por mim. Mesmo eu pedindo tantas vezes para ela desistir de mim, ela continuou ao meu lado.
Agora eu sei que não preciso de mais nada, de . E eu estava determinado a cumprir a promessa que fiz ao pai dela há anos atrás. Vou dar o meu melhor para que a filha deles seja feliz.



FIM



Nota da autora: Sem nota.



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