O Garoto do Metrô

Finalizada Em: 18/11/2018

Capítulo Único

Como todos os dias, acordou atrasada e precisou correr para pegar o metrô das sete. Sentindo-se sortuda, ela encontrou um lugar para sentar perto da porta de saída. Mal teve tempo de secar o suor da testa quando o viu. O mesmo garoto que ela encontrava todas as manhãs estava sentando bem à sua frente, distraído demais com o que quer que ele estivesse lendo.
então aproveitou a oportunidade e levantou o celular disfarçadamente, ela precisava de uma foto dele. E ela, de fato, conseguiu a foto. Assim como conseguiu a atenção do garoto por conta do flash da sua câmera.
Amaldiçoou-se na hora por ser tão distraída. Então, antes que ele pudesse alargar o sorrisinho que tinha nos lábios, ela simplesmente virou o celular para si e fingiu estar tirando fotos de si mesma. Teria sido uma ideia genial se ela não estivesse com a foto, que acabara de tirar dele, aberta na tela do celular. A pior parte? Ter virado a tela do celular para onde o garoto estava.
O sorrisinho dele virou uma risada alta. E antes que ela pudesse pensar em mudar de lugar, o garoto se levantou, e sentou-se ao lado dela.
- Olá. – ele disse.
- Oi. – ela respondeu com a voz mais baixa do que deveria.
- Qual o seu nome?
- .
Ela deveria ter perguntado o nome dele, mas a vergonha ainda estava escancarada demais, e prova disso eram suas bochechas coradas.
O garoto então pegou o celular da mão dela – o mesmo celular que ainda tinha uma foto dele estampada na tela – selecionou a opção câmera frontal, e de aproximou mais da garota. Colocou um braço por cima dos seus ombros, olhou para a câmera e deu seu melhor sorriso.
- Foi um prazer conhecer você, . A gente se vê hoje à noite.
O garoto – que ainda não sabia o nome – desceu na mesma estação de todos os dias. então pôde voltar a respirar aliviada, mesmo que ainda sentisse suas bochechas quentes demais. Olhou para o celular em suas mãos. Na tela de seu celular havia uma foto dela e do garoto do metrô.

--


Já na faculdade, contou o ocorrido para as amigas. Sentindo as bochechas corarem novamente, ela mostrou a foto que havia tirado do garoto do metrô. Não mostrou a foto dos dois juntos, entretanto.
- O pior é que eu nem mesmo sei o nome dele!
- Como você não sabe, ? É o , aluno de psicologia. Ele está dois anos na nossa frente, e tem uma banda com os amigos. – Patty disse.
- Ele sempre toca nas festas da faculdade. – Simone completou. – E também toca no pub do centro toda sexta-feira à noite.
- Ele vai tocar hoje à noite, então? – perguntou. E diante da concordância das amigas, ela pôde entender o que , o garoto do metrô, quis dizer com “te vejo hoje à noite”. – Será que ele pensou que eu fosse, sei lá, uma fã dele, ou algo do tipo?
- Provavelmente. – Patty disse terminando de tomar seu suco. – Esses caras são tão metidos.
E se já se sentia envergonhada antes, agora ela podia sentir suas bochechas quase explodindo de tão quentes.

--


não tinha planos de sair naquela noite. Tampouco tinha planos de ir a certo pub no centro da cidade. Mas depois de encontrar o garoto do metrô no corredor da faculdade – fala sério, como ela nunca tinha visto ele na faculdade antes?! – e dele a cumprimentar, repetindo que “esperava vê-la naquela noite”, ela acabou aceitando o convite das amigas.
Quer dizer, não é como se ela quisesse realmente vê-lo tocar. Ela não era uma fã. Nem mesmo o conhecia. Mas se perguntava... Por que não comprovar se ele era mesmo tão bom como diziam? Aparentemente ele era famoso entre os alunos, não o era apenas por conta da sua beleza.
- E aí, o que achou dele? – Patty perguntou ao lado da amiga.
Ela não respondeu de imediato. Estava muito focada na voz do garoto do metrô. E se fosse sincera com ela mesma, e com Patty, estava adorando o que escutava. Estava adorando as palavras cantadas de . Sim, ele era bom. Melhor do que as pessoas falavam, na verdade.
- Ele é... Ok. – foi o que respondeu à sua amiga. não iria deixa-la pensar que o garoto do metrô tinha uma nova fã.
De cima do palco, o garoto do metrô a viu. soube disso no momento que apontou o dedo para ela e lhe deu uma piscadinha. Ela não precisou de um espelho naquela hora para saber que havia ficado corada novamente, especialmente pelo fato de tanta gente ter se virado para ver quem era a pessoa que apontava.
- Eu disse que a gente iria se ver hoje à noite.
estava perto do bar. A banda já havia sido substituída por um DJ, e as pessoas agora dançavam na pista.
- Ei, você é o garoto do metrô. – ela respondeu para ele, que havia puxado um banco para se sentar ao lado dela.
- Eu tenho nome, sabia? , muito prazer. – ele estendeu a mão.
- Você já sabe o meu nome. – ela respondeu. E quando ele terminou de fazer o seu pedido ao garçom, ela perguntou – E então, as suas músicas são originais? Várias das que tocaram eu nunca tinha ouvido antes.
- Nós tocamos músicas originais e covers. – ele respondeu. – Mas espera. Você nunca tinha nos escutado antes? – ele parecia realmente surpreso.
- Na verdade não. Eu nem sabia que você tinha uma banda.
Com a testa franzida e com a voz confusa ele perguntou:
- Então por que tirou uma foto minha hoje mais cedo?
não pôde conter uma risadinha. Não porque estivesse achando graça da situação, mas porque estava nervosa com a própria ousadia. E, para ser sincera, também ria pela situação atual em que se encontrava. Se uma amiga sua estivesse lhe contando essa história, ela com certeza estaria achando graça.
- Porque achei você bonitinho e queria mostrar para as minhas amigas pra ver se eu descobria o seu nome.
A reação dele, como esperado, foi rir.
- Bem, agora você sabe o meu nome. – ele disse se aproximando mais.
- E você sabe o meu.
- Ainda bem. Não sei o que faria se a noite terminasse sem saber como você se chama.
prendeu a respiração. Foi automático.
- Você... Você quer ir a um luau amanhã? Vamos nos reunir na praia ao pôr do sol.
A garota não segurou a vontade de sorrir diante do convite.
- Você vai cantar?
- Eu não iria... Mas se você prometer que vai estar lá, eu vou cantar. Vou contar para você.
prometeu comparecer no luau. E ela cumpriu a promessa, assim como .
Aquela não foi a última promessa que eles fizeram um para o outro. prometeu que seria sua fã número um, mas essa promessa foi fácil de cumprir, afinal, o garoto do metrô era realmente muito bom cantando. Anos depois eles prometeram se amar para sempre, logo após dizer “sim” e se beijarem no altar. Essa promessa também foi cumprida, e acabou rendendo várias histórias para contar.


Fim.



Nota da autora: Oi, oi, gente! Quem nunca se apaixonou por um garoto no ônibus/metrô/trem que atire a primeira pedra! HAHAHAHA Infelizmente isso foi tudo o que pude desenvolver da história desses dois com o limite de 1500 palavras, mas espero, de coração, que vocês tenham gostado. Não deixem de comentar e me contar as histórias de paixões no ônibus/metrô/trem de vocês!
Beijos de luz
Angel





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