Draco sabia que ele estaria ali. Tinha dividido seus dias com Harry durante muito tempo, admirado cada pedacinho do moreno e dos seus gostos, então Draco tinha certeza que encontraria Harry ali naquela cafeteria no finalzinho da tarde, afinal, era o seu local preferido, onde tiveram o primeiro encontro. Mas, mesmo não tendo sido uma surpresa, ver o moreno na sua frente depois de quase 5 anos, ainda o deixou desesperado. Assim que entrou na cafeteria, pensou em sair correndo, mas era tarde demais: Harry já havia levantado os olhos da sua xícara de café, e olhado na direção do loiro.
Os segundos passaram tão devagar, que pareceram horas, enquanto os dois homens se encaravam.
Alguém pediu licença para Draco, o que o fez sair do transe, pedindo desculpas e se retirando da porta. Acabou entrando. E sem perceber, se dirigiu até a mesa de Harry. Nenhum dos dois falaram nada. Harry apenas acenou com a cabeça, indicando que a cadeira a sua frente estava vazia para ele sentar.
Draco sentou, sem jeito. E novamente, segundos se passaram, dessa vez como se fossem anos.. Até Draco tomar coragem, e dizer.

- Eu ouvi dizer que você está estabilizado, Harry. - Harry deu um sorriso de canto, por educação, e levando a xícara aos lábios, concordou com a cabeça. Draco, então, continuou - E que você encontrou uma garota e está casado agora... - A fala do loiro fez o moreno segurar a respiração por um leve momento, esquecendo de beber o café, afinal, era o amor da sua vida ali na sua frente, falando sobre o seu casamento com outra pessoa.
- E eu ouvi dizer que os seus sonhos se realizaram.. - Disse o moreno, com o tom de voz mais grosso do que esperava, sem conseguir esconder a mágoa, mas ainda assim, tentando ao máximo ser delicado. Não era justo Draco estar jogando isso na cara dele, depois de tanto tempo. Depois de Draco ter ido embora e o abandonado. Ele sabe que não era por faltar amor entre os dois, era só que queriam coisas diferentes na vida. Em lugares diferentes. Draco queria NY e Harry queria ficar em Londres, perto da sua familia.
- Acho que ela lhe deu coisas que eu não dei - Confessou Draco, quase em um sussurro, o que não impediu Harry de ouvir. O moreno fitou o loiro, enquanto este olhava para suas próprias mãos, mexendo os dedos. Harry soltou uma risada nasal, sacudindo a cabeça, como quem não acredita na situação a sua frente: Draco estava sem graça.
- Velho amigo, por que você está tão tímido? Não é do seu feitio se refrear ou se esconder da luz. - Disse Harry, analisando as expressões de Draco. "Amigo", Draco pensou o quanto aquelas palavras na boca do moreno tinham um gosto amargo.
- Eu odeio aparecer do nada sem ser convidado.. - O loiro disso, e levantando o rosto, olhando nos fundos dos olhos verdes que tanto sentiu falta, Draco assumiu - Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar.

O coração de Harry parou por um momento, ouvindo aquilo. Não que o coração dele estivesse normal, desde que colocou os olhos em Draco ali na cafeteria, mas aquilo já era demais pra ele. Não soube o que dizer, apenas abaixou os olhos para a sua xícara novamente, como se o seu café estivesse muito interessante.

- Eu esperava que você veria meu rosto e que você se lembraria de que pra mim não acabou... - As últimas duas palavras de Draco quase não sairam, de tão baixas. O silêncio tomou conta da mesa em que os dois estavam.
Depois de um tempo, em um suspiro Harry falou. - Você saberia como o tempo voa.. - "se tivesse ficado", Harry queria completar a frase, mas não teve coragem. - Ontem foi o momento de nossas vidas. - Finalizou o moreno, dando enfâse a palavra "ontem". Eles eram passado.
- Nós nascemos e fomos criados numa neblina de verão.. Unidos pela surpresa dos nossos dias de glória. - Draco sorriu pequeno enquanto falava isso. Lembrava de tudo o que eles passaram juntos, de toda a infância como melhores amigos, até se apaixonarem aos 16, e todos os verões que passaram juntos, olhando as estrelas e compartilhando a alma. Agora já tinham 27 anos, e não haviam mais dias de glórias. Não compartilhados. Os olhos de Draco já estavam marejados, prontos para chorar.
Harry vendo o estado do loiro, pensou em tocá-lo para o consolar, mas desistiu no meio do caminho, e abaixou a mão. Ainda assim, suspirou e tentou sorrir ao falar - Nada se compara, nenhuma preocupação ou cuidado. - O moreno não precisava explicar do que estava falando, pois Draco sabia que era sobre eles dois. Sentia a mesma coisa. Sempre foi Harry e sempre vai ser. Nada se compara. - Mas.. arrependimentos e erros, são feitos de memórias. Quem poderia ter adivinhado o gosto amargo que isso teria? - Harry disse, tentando dar um sorriso, mas sem conseguir de verdade, fazendo uma pequena careta.
Draco tentou disfarçar a sua dor, sorrindo. Mas assim como Harry, foi em vão. - Deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você.. - Sabia que era mentira. Harry também sabia. Os dois nunca encontrariam o que foram um para o outro. Aquilo pertencia só a eles.
Apesar de tudo, Harry não tinha raiva de Draco pelo fim do relacionamento. Afinal, Draco foi correr atrás dos sonhos dele. Não era culpa de nenhum dos dois, só se encontraram no tempo errado. - Não desejo nada além do melhor para vocês também. - Falou Harry, com um sorriso pequeno, mas sincero.

Os dois homens ficaram se encarando com as mãos em cima da mesa, próximas, mas sem se tocarem. Era algo tão pequeno, mas aquela minima distância já causava um calor imenso no corpo dos dois. Mesmo sem se tocarem. Mesmo tantos anos separados. Dessa vez, os segundos realmente duraram bastante tempo. E após quase 10 minutos em silêncio, cada um vendo a alma do outro pelo olhar, Draco deu um sorriso triste, e levantou devagar.

- Não se esqueça de mim, eu imploro.. - E pela primeira vez naquele dia, a pele dos homens se encontram, com um simples toque de dedos, enquanto Draco acariciava a mão de Harry. O moreno segurou forte a mão do loiro, se permitiu aproveitar aquele momento único, e falou, com toda a certeza do mundo, olhando para aqueles olhos quase cinzas, mas cheio de cor. - Vou lembrar de você!

Os dois sorriram, os sorrisos mais tristes do mundo. E se despediram, dessa vez pra valer.
"Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"

| POV HARRY |
Harry estava sentado na poltrona em sua sala no meio da escuridão. Perdido em pensamentos. Ele amava Ginny, sua esposa. Amava, de verdade. Mas não era a mesma coisa. Não tinha a intensidade, a entrega, o fogo, a alma igual ao que ele sentia por Draco. Ele não tinha salvo, por exemplo, todas as mensagens de voz que a ruiva enviou pra ele, como ele tinha salvo as de Draco, todos esses anos. Harry não lembrava quando as mensagens de voz de Draco começaram. Mas lembra bem quando recebeu a primeira. Um Draco com uma voz meio alterada, provavelmente havia bebido, falava na gravação antiga:

"Olá.. Você pode me ouvir? Estou na Califórnia sonhando com quem costumávamos ser quando éramos mais jovens e livres. (silêncio) Eu esqueci como era antes do mundo cair aos nossos pés (silêncio) Eu sei que há uma baita diferença entre nós.. E um milhão de milhas, é só que.. (tempo excedido de gravação)."

Harry nunca respondeu aquela mensagem. Mas, algo o fez salva-la. E talvez, só talvez, ele as ouvisse de vez enquanto, sem ninguém saber. Como ele estava fazendo naquele momento, enquanto se perdia em pensamentos. Em certezas. Em dúvidas.
Durante muito tempo ele achou que o que sentia por Ginny tinha que ser o suficiente. Tinha que ser, afinal, ela ficou, quando Draco foi embora. Claro que Harry não usou a ruiva pra tampar buraco e nem forçou nada. As coisas, simplesmente, foram acontecendo. Quando Draco partiu, Harry se despedaçou em mil pedaços. E por mais que tivesse Ron e Mione ao seu lado, os amigos ficavam tentando forçar Harry a sair da cama, enquanto Ginny, não. Ginny deu todo tempo do mundo a Harry. Deu o tempo dele.

"Olá do outro lado.. Devo ter ligado umas mil vezes, para lhe dizer que sinto muito (silêncio) Por tudo o que fiz.. (silêncio) Mas quando eu ligo você parece nunca estar em casa.. (suspiro) desculpe.. (ligação finalizada)"

E meses depois de todo essa cumplicidade entre ele e Ginny, todo esse apoio, rolou um beijo, dois, três, até que quando viram, já estavam namorando. E dois anos depois estavam casados. Era o certo a se fazer. Era, não era? Ginny era uma mulher maravilhosa, os dois já estavam com quase 30 anos, era hora de um compromisso maior. Harry tinha certeza de que tinha tomado a decisão certa. Até aquela tarde de quinta-feira, quando estava em sua cafeteria preferida tomando um café, e viu um loiro parado na porta o encarando. Seu loiro. Seu ponto fraco. E todas as certezas da vida que Harry achava ter, sumiram naquele instante.
Ele sabia que Draco estava na cidade, porque havia recebido uma mensagem do loiro no início da semana.

"Olá, sou eu...Eu estava imaginando se após todos esses anos, você gostaria que nos encontrássemos.. Sei lá... Para superarmos tudo.. (silêncio)... Dizem que o tempo supostamente cura, mas eu ainda não fui completamente curado. (silêncio).. (ligação finalizada)"

Como todas as outras mensagens de voz, Harry nunca respondeu aquela ali também, nunca marcou nada, mas Draco o achou. E os dois conversaram, o loiro se declarou, mas Harry foi forte o suficiente pra continuar firme em sua decisão. Por mais que fosse tão difícil ver o grande amor da sua vida, sentado em sua frente, dizendo o quanto te ama. Harry não podia fazer aquilo com a Ginny. Não podia fazer aquilo com ele mesmo, afinal, Malfoy o havia deixado uma vez. Ele não podia esperar que, simplesmente, Harry iria largar tudo e correr para os braços dele. Ah, porque Harry não ia mesmo.

| POV DRACO |

- Você não tinha o direito de fazer isso!

Draco ainda estava tentando entender o que estava acontecendo. Eram 00:40h, quando alguém bateu na porta do seu quarto do hotel. Não estava esperando ninguém, achou que poderia ser algum funcionário do hotel ou algo do tipo. Mas, para a sua surpresa, era um Harry Potter vermelho de raiva, gritando e apontando o dedo na cara de Draco.

- Harry, mas o q..?
- VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! - repetia o moreno, gritando - COMO VOCÊ OUSA? VOLTAR DEPOIS DE TODO ESSE TEMPO COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO.. - Lágrimas começavam a trilhar um caminho pelas bochechas de Harry até a sua boca. - .. COMO SE VOCÊ.. não tivesse.. me abandonado..

Ver o seu moreno sofrendo estava acabando com Draco, mas toda vez que ele tentava o tocar, Harry se afastava, evitando o toque do loiro.

- As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós, Draco... Me fazem pensar que nós tinhamos quase tudo... Nós poderíamos ter tido tudo! - dizia o moreno, ofegante, com os olhos verdes brilhando numa intensidade assustadora, em direção a Draco, como se com apenas um olhar pudesse lhe atravessar a alma. - Me deixam sem fôlego, eu não consigo parar de sentir...
- A gente ainda pode ter tudo! Ainda dá tempo, Harry! - tentava falar Draco, em meio as lágrimas que começavam a cair também. Ele segurou a mão do moreno, o que fez com Harry olhasse para suas mãos juntas. O calor emanando entre elas. Harry segurou a mão de Draco, virando a palma do loiro para cima.
- Você teve meu coração na palma de sua mão, Draco! E você brincou com ele...
- NÃO! - Draco falou quase em um grito, tamanho seu desespero. - Isso não é justo! Eu nunca brinquei com o seu coração e eu nunca brincaria! Eu te amava muito, Harry.. Eu ainda te amo! Eu fiz escolhas erradas, eu sei disso.. Eu não devia ter ido pra NY, ou pelo menos eu devia ter insistindo em você ir comigo.
- E porque não insistiu? - Harry perguntou, não gritando, mas ainda com a voz desesperada. Aquela dúvida ficou entalada com ele durante anos.
- Eu.. Eu não sei.. A cidade grande não era seu sonho.. Te pedir para atravessar o oceano, ficar longe da sua família, dos seus amigos... Eu não achei que eu.. valia a pena. - Draco suspirou fundo - Eu era tão jovem e bobo, Harry! Na minha cabeça eu estava cuidando de você, não te pedindo pra largar tudo e ir comigo.
- Eu teria largado tudo, Draco. - disse o moreno, quase em um sussurro.

Ouvir aquela frase saindo da boca de Harry quase fez Draco ter um treco. A grande verdade é que o loiro não havia pedido para Harry se mudar com ele para outro país, pois não achava justo pedir isso. Em Londres Harry tinha a sua família, seus amigos, o local em que ele nasceu e foi criado, sabia como o moreno era apegado a tudo isso. Então ouvir que perdeu a chance de ter o amor da sua vida ao seu lado durante todo esse tempo, causou uma dor tão grande em Draco, que quase o fez vomitar.

- Draco... ei, Draco.. - Harry chamava o loiro, enquanto o segurava pelos braços. - O que houve? Você ficou mais branco do que eu pensava ser possível! Vem, vamos sentar. - O moreno entrou, segurando o loiro pelos braços, fechou a porta com o pé e sentou o outro na cama, sentando ao seu lado.
- Eu.. eu fiquei com medo... - confessou o loiro.
- Medo de que?
- Medo de estar sendo egoísta.. Medo de te pedir pra largar tudo e ir atrás de um sonho que não era seu... Medo de você dizer não.. Medo de você aceitar e todo mundo que te ama me odiar, por te afastar deles.. - Harry ouvia tudo, enquanto passava a mão nas bochechas de Draco, secando as lágrimas que ainda insistiam em cair. - A minha ideia era ir pra NY, fazer o curso durante 1 ano e meio e voltar, mas aí tanta coisa aconteceu.. E por mais que a gente não se falasse mais, eu sempre busquei saber sobre você.. E fui vendo que você tava feliz, que você tava bem.. Achei que seria melhor te dar a oportunidade de ficar longe de mim, longe do caos que eu sou. - o loiro terminou de falar, encarando o chão. Não tinha coragem de olhar para Harry depois de despejar tudo isso em cima dele. Tudo que ele devia ter falado anos atrás.
- Draco.. - o moreno colocou uma mão em cada bochecha do loiro, segurando o rosto dele com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo, para que o mesmo o olhasse. - Eu nunca gostei de calmaria. O caos me encanta.
Os dois encostaram a testa uma na outra, se olhando, enquanto lágrimas escorriam por ambos os rostos. Nenhum deles falou nada durante um bom tempo. Até que Harry levantou com rapidez, o que assustou o loiro. - Eu tenho que ir! - exclamou o moreno, quando as mãos de Draco o seguraram com força. - Preciso me separar da Gina.

Assim que Harry saiu do hotel, foi direto para a casa, a qual dividia com a sua esposa. Dormiu na sala, ou pelo menos tentou, tamanha era a sua ansiedade. Pela manhã ele chamou Gina para conversar. A ruiva, obviamente, não ficou feliz em ouvir tudo aquilo, mas agradeceu a Harry por a ter respeitado, enquanto ainda eram casados, e por ter sido honesto com ela.
Claro que os dois se afastaram durante um tempo, assim como a família Weasley ficou sentida com Harry também. Mas menos de um ano depois após o divórcio, as coisas já estavam voltando ao normal entre os ruivos e o Potter, afinal, além de seus pais, Lilian e James, e seus padrinhos Sirius e Remus, os Weasley eram a família de Harry também.
Hermione e Pansy, melhor amiga de Harry e Draco, respectivamente, ficaram aliviadas em, finalmente, os dois estarem juntos. Pois afirmaram não aguentar mais fingir que não viam que os amigos guardavam tanta tristeza dentro deles.
Harry ficou 7 meses em NY com Draco, enquanto o loiro ajeitava a sua vida para voltar de vez para Londres. Apesar de amar o seu emprego, o amor por Harry falava mais alto. Contudo, não foi preciso Draco pedir demissão, pois o escritório de advocacia para o qual ele trabalhava, abriu uma filial em Londres e ele foi convidado para se tornar o sócio.
Com isso, um ano e meio se passou, desde aquele encontro no quarto de hotel. Malfoy estava deitado na cama, em seu apartamento e de Harry, em Londres, quieto, enquanto admirava o moreno dormir.
Pensando em todos os momentos que o Potter passou sozinho, antes deles voltaram. As chuvas que Harry pegou, e os pingos e o vento gelado que sopraram no rosto dele, e que Draco não estava lá para lhe dar um abraço caloroso e o aquecer. Quando as sombras da noite e as estrelas apareciam, e não havia ninguém lá para secar as lágrimas de Harry, Draco queria ter estado perto para gritar que poderia segurar o moreno por um milhão de anos.
Malfoy olhava Harry dormir, tão serenamente, e pensava que nunca mais iria errar com com ele, pois soube, desde o momento em que eles se reencontraram, que não havia dúvida em sua mente sobre seu coração pertencer ao outro.

- Sabe, Draco.. continua sendo assustador você me olhando dormir - disse Harry rindo, enquanto se virava para o loiro deitado ao seu lado.
- Desculpa - falou o loiro, ficando com as bochechas coradas.
Harry riu novamente, na verdade, era difícil dizer quando ele parou de rir, desde que ele e Draco voltaram. Ele passou os braços pela cintura do loiro, se aconchegando em seu peito. Respirou fundo, sentindo o cheiro do seu amor. - Tudo bem, se for para acordar sempre ao seu lado, eu posso me acostumar. - afirmou o moreno, em meio a uma risada.
- Uffa, porque não vou prometer que não farei isso de novo, pois, provavelmente vou. - brincou Draco, enquanto deixava um beijo suave na testa do seu amado, e lhe acariciava os cabelos. - Sabe, Harry, não há nada que eu não faria por você.. Iria até o fim da Terra para fazer você sentir o meu amor.

Potter levantou a cabeça, apoiando o queixo no peito de Malfoy, enquanto o olhava. Os olhos dos dois brilhando de felicidade. O azul se encontrando com o verde, para nunca mais se perderem.
"As tempestades são violentas sobre o mar revolto.. mas há ventos de mudanças, trazendo entusiasmos e liberdade."

Nota da autora: Sem nota.






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