Capítulo Único
só queria dançar e se esquecer daquele dia. Foda-se se era dia dos namorados, pois era como aquele ditado brega dizia, “o dia é dos namorados, mas a noite é dos solteiros.” Oh céus, a quem ela queria enganar? É óbvio que ela estava triste, arrasada, de coração partido, chame como quiser, a verdade era uma só: ela odiava o dia dos namorados.
Calma, vamos voltar um pouco para entender, caro leitor. Não é como fosse uma pessoa amargurada ou anti amor, na verdade, ela era uma das pessoas mais doces e amorosas que alguém poderia conhecer. Porém, nos últimos anos, o dia dos namorados havia se tornando um tormento na vida da garota. Em 2020, seu namorado, ou melhor, agora ex namorado, terminou com ela. Na véspera do dia dos namorados. Sim, quem poderia imaginar que existisse alguém tão desalmado?
Já em 2021, pegou o seu namorado – que, na verdade, agora também é ex namorado – na cama com outra, enquanto ela tentava fazer uma surpresa a ele no dia dos namorados. Sim, você leu corretamente. Agora, em 2022, a garota descobrira que o seu ex ficante – aquele que um mês atrás disse que não estava pronto para um relacionamento sério – resolveu aparecer namorando justo no dia dos namorados. Não tinha como não odiar essa data, ou melhor, talvez o dia dos namorados, sabe-se lá porque, odiasse .
Assim, cansada de ficar em casa sofrendo, se enchendo de doces regados a lágrimas ao assistir todas aquelas comédias românticas mentirosas, e vendo no feed os milhares de casais insuportavelmente felizes, resolveu ir à balada com sua melhor amiga. Mas, a verdade é que aquilo não estava ajudando muito, afinal, ela não sentia vontade de dançar e muito menos de enfiar a língua na boca de estranhos que não sabia nem por onde haviam colocado a boca.
- , a intenção de vir para a balada esquecer o dia dos namorados é curtir! Não acredito que você me arrastou até aqui para ficar de cara enjoada! – Bárbara gritou em meio a música alta, já meio “alegre” e arrastando a amiga para a pista de dança.
- Bárbara, a sua ideia de curtir é beijar o máximo de poucas desconhecidas possíveis. Então, não obrigada, não estou a fim de pegar sapinho ou qualquer outra doença.... – respondeu rabugenta, mesmo sabendo que a ideia de sair havia sido dela.
- O quê?? Quem ainda fala sapinho? – Bárbara gargalhou – E ninguém está falando em transar, apenas em dar uns beijos na boca, pelo amor de Deus! Você não vai pegar nenhuma doença assim. Vem, anda! – e dizendo-lhe isso puxou para o balcão de bebidas.
Duas horas depois, e Babi já haviam mandando toda a razão embora e dançavam maravilhosamente como loucas, no melhor dos sentidos. havia esquecido todos os problemas, e daí que havia sido enganada, chifrada, magoada e humilhada? Ela estava curtindo com a sua melhor amiga, sentindo-se jovem e livre. E bêbada.
- Eu não vou beijar você, sabe lá aonde você colocou essa boca, garoto? Você sabe quantas bactérias há na boca da gente? – falou, antes de gargalhar, para o milésimo rapaz que havia tentando ficar com ela.
- Ah amiga, esse aí era tão gatinho! Ei, você, volta aqui! – Disse Babi, ainda mais “alta” que , correndo atrás do garoto.
Uma alcoolizada, mas incrivelmente lúcida, pensou que o dia dos namorados não estava sendo nada como ela esperava, e, ainda assim, ou talvez por isso mesmo, estava sendo muito bom. Ela não precisava de um homem para sentir-se feliz e para curtir sua vida. Claro que era uma data romântica e que mexia com ela, ainda mais por tudo que já havia passado, mas tinha outras formas de ressignificar aquele dia, afinal, o princípio do dia dos namorados não era o amor? Ela amava Babi, eram melhores amigas desde sempre, além disso, eram jovens, independentes, bonitas e felizes, isso era motivo para comemorar, celebrar a irmandade já que, aparentemente, não havia homens para dar o dia dos namorados que ela merecia. Naquele momento, a garota aprendeu uma lição, em meio a todo aquele caos de som alto, corpos dançantes, entrelaçados, trocando saliva, em meio ao álcool e a adrenalina que o ambiente e a bebida ainda proporcionavam, percebeu que não precisava de um homem para se sentir bem no dia dos namorados ou em qualquer outra data. E talvez, só talvez, um dia, na hora certa, ele viria.
De repente, foi arrastada de seus devaneios ao perceber um rosto muito familiar. Seu último ex estava lá. Acompanhado da namorada. O seu coração acelerou, não podia ser, logo agora que ela achava que finalmente havia conseguido se livrar da maldição do dia dos namorados. Antes que ele pudesse vê-la, a garota saiu correndo, desembestada, e acabou por esbarrar em alguém, o que quase a fez cair, mas foi impedida por mãos fortes que a seguraram. Quando levantou a vista, percebeu que um garoto a segurava, ela também não pode deixar de notar que ele era lindo, mas não era só isso, havia algo em seus olhos...Devia ser a bebida falando ou o fato de ter visto seu ex com outra, mas ela não havia sido despertada daquela forma por nenhum dos caras bonitos daquela noite.
- Ei, você está bem? – O rapaz perguntou, encarando-a e ainda segurando os seus braços.
- Se você chama de bem ter acabado de ver o seu ex com outra no dia dos namorados. – Antes que pudesse tampar a boca, as palavras já haviam saído. arregalou os olhos e culpou a bebida por deixá-la ainda mais tagarela. Mas se surpreendeu ao perceber o rapaz sorrir, não o tipo de sorriso que rir de você, mas sim com você.
- Bem, eu te entendo, esse também não está sendo o meu melhor dia dos namorados. Fui traído. – Ambos trocaram um sorriso, sem precisar de palavras para se entender. - Então, você aceitar odiar o dia dos namorados comigo? Acho que pode ser mais divertido se acompanhado.
- Claro que sim, eu só preciso achar a minha amiga. Provavelmente, ela está enfiada em alguma boca por aí, mas preciso me certificar de que ela está bem.
- Sem problemas, vamos lá. Ah, a propósito, eu sou o Léo, muito prazer em te conhecer...
- , muito prazer, Léo. – E assim ambos se dirigiram para procurar Babi, que estava fazendo exatamente o que sua amiga havia dito.
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- Você tem mesmo cara de Lufa-Lufa, . – Disse Léo, empolgado com a calorosa discussão sobre uma das sagas favoritas de ambos: Harry Potter.
- Ou seja, eu tenho cara de trouxa! – Antes que Léo pudesse se defender, inclinou o indicador, impedindo-o de falar. – Hm hm, nem adianta falar nada. Veja bem, eu amo a Lufa-Lufa, sério! Mas é a casa dos bonzinhos até DEMAIS. Eu sou Grifinória, você quer prova maior de coragem do que está aqui após todos esses dias dos namorados desastrosos?
- Ok, você está certa em vários pontos, mas eu só ia dizer que EU sou Lufa-Lufa...- Gargalhando, após ver a garota enrubescer, prosseguiu – Hm hm, nem adianta falar nada. Mas eu perdoo você por me chamar de trouxa.
- Bem, de certa forma, nós somos mesmo. – respondeu, fazendo ambos gargalhar pela ambiguidade da frase.
Após colocar a amiga para descansar em segurança, e Léo passaram a noite conversando, rindo e dançando. Era engraçado como havia rolado uma conexão instantânea, podia-se até falar em amor à primeira vista, mas a garota não queria acreditar que, após tantos perrengues, ela iria finalmente ter o seu momento de glória com um clichê romântico tão hollywoodiano como se apaixonar no dia dos namorados.
- Ah, eu não acredito que você fez isso! – respondeu, ao tentar, inutilmente, controlar a gargalhada.
- Você perguntou a coisa mais louca que eu já fiz, então...sim, eu corri pelado e pulei na piscina na frente de várias pessoas. Era uma aposta! Tinha passado no vestibular e esse foi o preço a pagar. Sou um homem honrado, ok? Cumpri a promessa.
- Oh, parabéns pela sua nobreza, estou surpresa com tamanho sacrifício. Uma pena eu não ter visto uma cena dessas!
- Mas você pode ver se quiser. – Agora foi a vez de Léo enrubescer, pensando se era o momento de soltar algo assim. Obviamente, ele estava bastante interessado em , tinha algo diferente nela, algo especial. Mas a garota já tinha tido seu coração mil vezes partido e ele não queria que parecesse que estava querendo tirar vantagem dela. Então, resolveu mudar de assunto. – Mas me fala você, qual a coisa mais louca que você já fez?
- Falar com um estranho sobre toda a minha vida amorosa desastrosa? Isso não conta? Ficar bêbada no dia dos namorados com a minha melhor amiga e te contar tudo mal te conhecendo...
- Ah, só isso? Não vale! O meu é bem mais embaraçoso. – Respondeu, mas um sorriso torto escapava dos seus lábios.
- A primeira coisa que eu te falei foi que tinha visto o meu ex com outra. Sério que isso não é louco o bastante para você? Mas, basicamente, eu já devo ter feito várias loucuras graças à minha boca grande...
- É uma boca grande mesmo. E bonita. – não pode deixar de notar os olhos do garoto se desviarem para seus lábios, trazendo uma certa tensão ao clima descontraído. Eles estavam conversando tranquilamente, trocando confidências sobre seus corações partidos, mas era palpável o clima no ar. Porém, Léo entendeu o silêncio de como uma deixa para mudar de assunto. – Enfim, eu prefiro pessoas assim, como você, que falam o que pensam, sabe? Isso é algo cada vez mais raro e belo. Sério, , esse seu ex é um babaca.
- Obrigada, Léo. É bom ouvir isso de alguém. – Respondeu, as bochechas corando. – Olha só, falando nele, aí está. É aquele ali. – Disse , apontando ao ver seu ex passar novamente com a atual namorada.
- Eu sei que acabamos de nos conhecer, mas você confia em mim? – Perguntou, de repente sério, com a sobrancelha arqueada, segurando as mãos da garota entre as suas.
- Confio. – não sabia como podia dizer isso a um homem depois de tudo que houve, mas foi o que sentiu e ela era do tipo que escutava as vontades de seu coração.
De repente, Léo segurou sua mão e caminhou de encontro ao temido ex babaca. só queria correr, o que diabos ele estava fazendo? Mas, apesar do medo, resolveu seguir adiante e continuar confiando no garoto que mal conhecia. De repente, estava passando por Daniel – o maldito ex - como se nem o estivesse vendo (Léo sabia mesmo disfarçar), até sentir um olhar nas suas costas, antes de escutar uma voz chamá-la.
- ? – Daniel falou, realmente surpreso, olhando de para Léo, com a atual a tiracolo.
- Ah, oi, Daniel. Tudo bem?
- Tudo. O que você tá fazendo aqui? Achei que...- Que estivesse em casa chorando por ele? Sim, foi o que ele pensou e por pouco não disse.
- Estou curtindo o dia dos namorados, ué. Igual a você. – Respondeu, arqueando a sobrancelha e surpreendendo-se com sua própria reação.
- Esse é seu namorado? – Perguntou assustado, enquanto sua pobre atual namorada apenas observava a cena sem reação.
- Sim, eu sou. – Léo interferiu – Você é amigo dela? Nossa, cara, que sorte eu dei viu? Você acredita que ele estava com um idiota que a trocou por outra perto do dia dos namorados? Mas sabe que eu quase sou fã desse cara? Se não fosse tão burro, claro. Mas, graças a ele, estou com a mulher mais incrível do mundo.
A cena que se seguiu a seguir foi cômica de um jeito terrível. Daniel ficou branco e depois vermelho, talvez por vergonha, talvez por fúria. Sua namorada ficou boquiaberta, aparentemente ainda tentando processar que seu atual era um babaca. Léo sorriu satisfeito consigo mesmo. E , bem, não pode deixar de soltar um gargalhada e algo como “foi um prazer te ver”.
- Então, só falta uma coisa para fechar com chave de ouro. E seu ex ainda está olhando. Você ainda confia em mim? – Perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Claro. – E foi tudo que ela conseguiu dizer antes de Léo aproximar os lábios dos seus, a princípio suave, delicadamente, como se pedindo permissão. Mas, após sentir essa permissão concebida, seus lábios se intensificaram sob os dela, explorando cada canto de sua boca, enquanto suas mãos seguraram sua cintura e seus cabelos, fazendo seus corpos entrarem em combustão.
- Isso foi para dar uma lição no meu ex ou porque você quis? – perguntou sem fôlego, na pausa de um dos beijos.
- Posso dizer que pelos dois? – Respondeu sorrindo. E, antes de voltar a beijá-la, disse – Eu falei sério quando disse que você é incrível.
tinha tido o seu primeiro dia dos namorados feliz, especial, sem um coração partido. Ela havia aprendido, antes de tudo, que não era preciso ter um dia dos namorados convencional, em um relacionamento romântico, para estar feliz. Um dia dos namorados feliz poderia ser ao lado de quem você ama, desde sua melhor amiga até você mesma. Também havia aprendido que a vida pode nos trazer as melhore surpresas inesperadamente nos piores momentos, ou seria nos momentos certos? Ela não sabia no que daria a sua história com Léo, poderia ser um romance bem hollywoodiano em que os protagonistas de coração partido se encontram e se apaixonam, mas também poderia ser que não...Mas o que ela sabia é que estava feliz, o que ela sabia é que havia esperança, esperança para a felicidade, esperança para o amor, afinal, quem sabe isso quer dizer amor?
O céu estava cheio de estrelas, a lua refletia seu brilho por todo o local – era uma lua cheia mais luminosa que o normal – talvez fosse pelo local ser mais distante da cidade, longe de todos aqueles prédios que por vezes ofuscavam o céu. O fato é que era uma noite linda. E estava feliz por estar de volta, com medo, é fato, mas feliz por voltar a Nova York.
Desde seu término com Chuck, as coisas haviam sido difíceis, parecia que uma nuvem cinza a perseguia onde quer que fosse. Ela não conseguia se sentir genuinamente feliz e, apesar da raiva que sentia dele na época, seu cheiro continuava na sua pele e seu gosto em seus lábios. Mais que isso. Ele continuava na sua alma, no seu coração. “Seja lá do que nossas almas são feitas, a dele e a minha são iguais". Uma frase de uma história trágica para outra, pensou, sempre inclinada a um quê de drama.
Mas agora isso havia sido superado. Ou quase. Sorte que era rica, e como boa rica que era escolheu sofrer na Itália, estudando moda e literatura italiana, vendo a sua própria história de amor como uma tragédia dantesca. Porém, agora ela voltara e ainda não havia tido notícias do seu ex. Ele ainda estava com a outra? Ela sabia que não, ao menos era o que suas fontes diziam, mas isso era tudo .
O que ela não sabia era que Chuck ainda a amava, e olha que ele havia feito de tudo para esquecê-la. Ele era muito novo e bobo para perceber, deixou seu egoísmo e covardia estragarem tudo e perdeu a mulher que amava, hoje ele sabia disso, mas também sabia que provavelmente era tarde demais para se desculpar pelos seus erros. Todavia, ele queria ao menos que ela soubesse. Então, o garoto resolveu tentar a sorte com uma ajuda do destino e ir ao show. Ele sabia que ela iria, a mãe de – que ainda torcia pela volta do casal - havia dito. Era o show da mesma banda de quando eles haviam se conhecido, e talvez, só talvez, se ela sentisse o mesmo que ele, poderia ser um recomeço para os dois. Era um golpe incerto, mas ele precisava tentar.
Em breve, Aerosmith estaria nos palcos. Borboletas se agitavam no estômago de . Devia ser uma idiota de ir àquele show. Ela quase desistiu, mas sua mãe insistira. O que diabos estava esperando? Que Chuck aparecesse de surpresa com um buquê de girassóis? Uma vez, Serena, uma grande amiga sua, disse para não voltar para o que te machucou, para fugir daquilo, evitar. Mas ali estava ela, no show da banda que eles se conheceram, possivelmente abrindo feridas que estavam escondidas até então.
estava bem, então, por que diabos tinha ido àquele show? Provavelmente, porque havia uma vozinha dizendo que ainda valia à pena se arriscar. O que Serena, e provavelmente pessoas mais sensatas e racionais não entendem, é que vale à pena correr certos riscos por amor, o risco de se machucar não é o bastante para impedir se comparado com a chance de ter aquele tipo de felicidade novamente.
O acorde de guitarra a despertou de seus devaneios, i could stay awake just to hear you breathing... Sua pele arrepiou, se coração disparou, as borboletas se agitavam incontrolavelmente. Chuck sentiu o mesmo, enquanto seus olhos varriam a multidão, buscando encontrá-la. Droga, seria tão mais fácil se a internet fosse, sei lá, comercializada e tivesse como usar em qualquer local. Talvez um dia isso fosse até possível, as coisas pareciam avançar bastante...Seus devaneios foram cortados, seu coração parou. Ele a tinha visto. Como um anjo, em toda a sua glória, deixando-o louco. Logo após ele encará-la, seus olhos viraram-se e encontraram os dele também.
Era dia dos namorados, show do Aerosmith, seu ex estava parado, observando-a, segurando um buquê de girassóis. Aquilo não poderia estar acontecendo. Um filme passava pela cabeça de ambos; dividindo o discman e falando sobre a vida, dates em shows, dates em parques de diversão, andando de patins ou na pista de skate, dividindo milkshake com dois canudos no cinema, dividindo a cama e fazendo planos. Dividindo a vida. Seria um erro capaz de acabar com tudo isso?
- ... – E só a forma que falava seu nome já dizia tanto, era tão carregado de...tudo.
- Chuck...O que você quer? O que está fazendo aqui?
- Eu tinha esperanças de te encontrar, sua mãe...
- Minha mãe...- Respondeu ao mesmo tempo, não conseguindo evitar escapar um sorriso, ainda que não soubesse se estava chateada ou secretamente feliz.
- Eu precisava te ver, conversar, me desculpar. Eu sei que errei e não tem desculpa, mas eu preciso que saiba que eu realmente sinto muito mesmo. E não só por ter magoado você, mas também por mim...isso é tão egoísta, mas eu sinto por mim também, , porque te perder foi a pior coisa que me aconteceu. A pior coisa que eu fiz.
- Eu agradeço pelo seu pedido de desculpas e pelas flores, mas você acha que isso vai apagar o que você fez? Chuck, você não lutou por nós, simplesmente escolheu o caminho mais fácil.
- Eu sei, e acredite, eu me arrependo disso todo dia. E é justamente por isso que estou aqui, não posso cometer o mesmo erro novamente. Você voltou, . E eu não posso te deixar escapar de novo, não sem lutar, não sem tentar...Todo esse tempo eu não te esqueci, todo esse tempo vivendo longe de ti me fez ver que é você quem eu quero e estou disposto a lutar por isso.
- Eu não sei o que dizer, esperei isso por tanto tempo, mas agora...
- Você me esqueceu? – Chuck olhou nos fundos dos seus olhos e segurou sua mão, fazendo-a estremecer. – Se esse tempo longe te fez me esquecer e ver que está melhor sem mim, irei respeitar, por mais que me doa. Mas se você sente o mesmo...se depois de todo esse tempo também não me esqueceu, me desculpe, mas não irei desistir. Hoje, eu sei que posso ser o meu melhor e dar o meu melhor.
- Não, eu não te esqueci. Eu viajei, vivi novas experiências, me recompus, voltei a sorrir, mas eu não te esqueci nem por um maldito dia. E eu me odiei por isso e te odiei ainda mais, porém, mesmo assim, não te esqueci porque te amar é como respirar, eu simplesmente não consigo estar viva sem fazê-lo. Mas às vezes o amor não é o suficiente...
- É sim, você sabe que é e, se não for, vou fazer voltar a ser. E não é só o amor, , a amizade, a confiança, tudo mais que precisar, estou disposto a lutar para termos de novo. É nosso destino ficar juntos e você sabe.
- Você me magoou. – E as lágrimas que ela havia guardado escaparam sem que pudesse controlar.
- Eu sei. – Ele respondeu enquanto levava a mão até a sua face, trilhando o caminho molhado na sua pele. – E sinto muito. Mas eu te amo, sempre amei e sempre vou amar.
Será que antigas mágoas podem ser deixadas para trás? Seria o amor capaz de superar tudo? Será que a magia do dia dos namorados poderia significar uma segunda chance para um casal de ex namorados que ainda se amavam? Todas essas perguntas inundavam os pensamentos de e ela não sabia todas as respostas, mas ela sabia o que queria e o que sentia, e a resposta era: sim. Então, ela colocou as mãos em volta do seu pescoço e o beijou. Primeiro, mais suavemente, matando a saudade de cada canto daquela boca, sentindo o seu gosto que nunca havia, de fato, a deixado; depois, mais sedenta, querendo recuperar todo o tempo perdido e fundir-se ao seu amor, deixando tudo de ruim para trás.
O amor é assim, nele não há respostas e nem certezas, ele é confuso, irracional, arrebatador e desafia toda a lógica porque o coração tem uma lógica própria. O amor só é, ele existe, ele pulsa, ele arrebata, ele consome, ao menos os grandes amores são assim. E o amor de e Chuck estava entre as maiores histórias de amor já contadas. E assim eles seguiram a noite juntos, caminhando para uma segunda chance, afinal, o amor não é isso? Um casal de ex namorados dispostos a superar o pior e se arriscar, pondo seus corações em risco, em nome de uma segunda chance. E quem sabe é justamente isso que quer dizer amor...
Era dia dos namorados, o primeiro dia dos namorados dos dois juntos, e só eles sabiam o quanto aquilo significava. havia planejado tudo para que aquele dia fosse perfeito; reservado o restaurante mais romântico da cidade, comprado o melhor presente, vestido a sua melhor roupa. Ele estava nervoso, mas quando viu o sorriso do seu amor, quando teve sua mãe envolvida no seu calor, esse nervosismo passou. Ao menos até chegarem ao restaurante.
Parecia que havia um imã em e Alejandro, pois todos os olharem voltaram-se para eles, especialmente para as duas mãos entrelaçadas. E, majoritariamente, não eram olhares amigáveis. Claro, ser homossexual nunca havia sido fácil, e apesar de estarem nos anos 80, a epidemia de HIV havia vindo junto a epidemia de preconceito.
- Calma, meu amor, não estamos fazendo nada de errado. – Alejandro falou com sua voz calma, mas firme ao mesmo tempo, o que transmitia segurança a .
- É só que...é o nosso primeiro dia dos namorados juntos e fora do armário, após enfrentarmos tantas coisas...eu só quero que esse dia seja perfeito, Alejandro.
- Com licença, é... senhores. – Disse uma voz, sutilmente grosseira, interrompendo-os. – Preciso pedir, por favor, que saiam desse restaurante.
- Por quê? Nós temos reservas, senhor, está no nome de Bracho. Mesa para dois, por favor. – A raiva que sentia permitiu que a coragem se sobressaísse ao medo e à vergonha. Afinal, vergonha por quê? Medo de que? Ele só queria o mesmo que todos os casais ali presentes, um jantar romântico com o seu amado.
- Bem, a reserva não dizia que a mesa seria para um casal de...amigos. – O tal do garçom mal consegue disfarçar sua cara de nojo ao pronunciar a última palavra – Esse é um restaurante familiar, de renome, então peço, mais uma vez, que se retirem.
- Primeiramente, não somos um casal de amigos, somos namorados. E, em segundo, nós também somos uma família e não estamos fazendo nada “anti familiar”. Pelo contrário, estamos muito mais “familiares” do que aquele casal com a língua enfiada na boca um do outro ali no canto. Seu restaurante familiar aceita isso, mas não aceita um casal gay? É isso? – falou com a fúria e mágoa de só quem já enfrentou uma vida de preconceitos e retaliações. Sua voz elevada chamando atenção de todos no tal restaurante de família.
- Senhores, se vocês não se retirarem terei que chamar os seguranças... - É, saiam daqui, seus viadinhos! Ninguém aqui quer pegar a sua doença nojenta! – Gritou um brutamontes de uma das mesas, ele tinha o típico perfil de macho alfa homofóbico.
- Está tudo bem, meu amor! Esse lugar não é bom como pensávamos, vamos embora...- Alejandro respondeu, segurando a mão de com uma das mãos e levando a outra a sua face, limpando uma lágrima que escorria do seu rosto. Uma lágrima feita de dor e fúria. Eles só queriam amar. Eles só queriam um dia dos namorados romântico e especial.
- Se você estudasse, seu brutamontes acéfalo, saberia que não se pega HIV assim! - Gritou - Eu amo um homem, qual o problema? Por que o meu amor não pode ser aceito, por que ele tem que ser visto como um pecado, uma doença? Amor é amor! E nós só queremos o mesmo que todos vocês...amar, ser amado, ser uma família, poder andar de mãos dadas e jantar em um restaurante chique no dia dos namorados. O que de mal estamos causando a vocês? Como pode o amor causar males, como pode o amor ser errado? O amor é a cura à sua doença, ao seu preconceito. Então, eu amo esse homem, amo o Alejandro e sinto muito se o meu amor enoja vocês, mas já me calei demais, me desculpei demais. Chega. Não vou pedir perdão por amar.
Enquanto gritava a plenos pulmões, chamando a atenção de todos, e lágrimas desciam de seus olhos, emocionando Alejandro, uma garotinha, uma criança, bateu palmas e gritou “amor é amor”, chocando os seus pais tradicionais. Uma adolescente, sorria, segurando a mão de seu namorado e falando “Eles estão certos. Vamos embora desse restaurante, me recuso a ficar em um lugar que não aceita o amor, seja ele como for.”. Um casal de idosos também sorriu para o casal e se levantaram para ir embora do restaurante. Não eram muitos os que se sensibilizaram ao seu discurso, mas alguns haviam sido atingidos e também deixaram o lugar, dando um sorriso ao casal, como se solidarizassem com a sua dor. Era um começo.
- Sinto muito que tenham estragado o nosso dia dos namorados, meu amor. Mas tenho uma surpresa, tem um lugar aonde quero te levar. – Alejandro sorriu e o beijou, um beijo intenso que fez toda a dor de passar e ser preenchida por amor, o amor que fazia tudo aquilo valer a pena.
Ao chegarem ao local, percebeu que aquela era a boate aonde haviam se conhecido. Um filme passou na sua cabeça. Ele era um garoto assustado, desajeitado. Alejandro passou e derrubou uma bebida nele, o que o deixou puto da vida, dando início a uma discussão. Porém, quando seus olhares se cruzaram foi como parar o tempo, a discussão cessou e eles se apaixonaram á primeira vista, o clichê dos clichês, não importa se para um casal hétero ou gay. Depois de conversarem um pouco, Alejandro o chamou para dançar, disse que não sabia, mas Alejandro insistiu e até hoje eles estão nessa dança juntos. Os garotos foram inebriados pela paixão e pela música que tocava freneticamente.
- Nossa música! Eu não acredito! Você conseguiu que tocassem a nossa música? – respondeu explodindo de amor e de felicidade ao ser puxado para a pista de dança, ele estava conseguindo o seu dia dos namorados romântico, afinal.
- Talvez. Você achou mesmo que eu deixaria um brutamontes acéfalo estragar o primeiro dia dos namorados com o amor da minha vida? Eu te amo, Bracho Fernandes! E quero ficar para sempre com você, seja dançando aqui, seja fazendo barraco em restaurantes chiques, seja lutando pelo nosso direito de amar. Sou eu e você contra o mundo, baby!
- Meu Deus, Alejandro, eu nem sei o que dizer...como eu te amo...- Mas não teve tempo de completar a frase pois sentiu Alejandro puxá-lo para um beijo tão intenso que fez seu corpo amolecer e ele perder todo o ar enquanto ouvia ao fundo “When we are together, I need you forever. Is it love. What is love?”.
Nos braços do seu amor, com Haddaway tocando ao fundo a música deles, só conseguia pensar que aquele era o melhor dia dos namorados que podia ter porque o importante é e sempre será com quem você está, não importa as circunstâncias...Quem sabe isso que quer dizer amor, alguém por quem você esteja disposto a fazer tudo e enfrentar todos os obstáculos.
e Lucca se comunicavam por cartas há anos, ambos presos em casamentos infelizes, tendo encontrado no outro uma válvula de escape, mais que isso, uma conexão que não haviam encontrado nos seus cônjuges, por mais que tentassem. Mas, vamos ao começo dessa história.
era de uma família influente, poderosa, e pessoas assim procuram casar seus filhos com herdeiros de famílias que sejam tão ou mais poderosas, ainda mais quando se tem uma filha como : linda e inteligente. Como a boa garota que sempre fora, ela aceitou o casamento arranjado, até porque o noivo não parecia tão mal, era bonito e inteligente, embora também fosse mulherengo e machista, mas ela ainda não sabia disso. Casaram-se, mas não foram felizes para sempre. Não havia amor, nunca houve, não amor de verdade. E, com o tempo, ainda teve que lidar com as traições.
Lucca era o oposto de em alguns aspectos, a vida dele havia sido mais difícil que a dela, embora ele tivesse liberdade. Bem, ao menos mais que , e isso era o que ela mais almejava. Porém, Lucca tinha a liberdade que um homem negro de família pobre poderia ter. Cresceu com dificuldades, mas era esperto e obstinado, dessa forma, conseguiu seu diploma e sua carreira. Depois de tantas lutas, encontrou apoio nos braços de uma boa moça, Ludovica, que o amou à primeira vista, embora a recíproca não tenha sido verdadeira. Mas a garota o amou o suficiente para conquistá-lo, e, assim, entregou-se a ele. Lucca, tanto por carinho como por dever – ao contrário de Vincenzo, esposo de – era um homem honrado, casou-se com Ludovica. Eles viviam bem, mas não eram realmente felizes, não de verdade, pois para isso era preciso haver amor.
E assim e Lucca viviam suas vidas medianas até se conhecerem. Por meio de cartas. Tudo aconteceu por um acaso, ou melhor, por destino, se assim como essa narradora você preferir acreditar. Uma correspondência de foi parar na casa de Lucca, ele a enviou juntamente a uma carta, que respondeu e assim seguiu-se uma série de trocas de cartas. E assim começou uma amizade, uma troca de confidências e, por fim, o amor. Eles tentaram evitar, óbvio, se afastar, ambos era pessoas boas que não queriam magoar ninguém, nem mesmo alguém como Vincenzo. Mas uma coisa é certa, não há como fugir do amor, quando ele se instala em seu peito é praticamente impossível detê-lo.
Assim, finalmente, eles tiveram coragem e resolveram fazer uma loucura por amor, iriam se encontrar no dia dos namorados e se conhecer pessoalmente pela primeira vez. aguardava com o coração a palpitar batidas frenéticas, o vestido de bolinhas esvoaçando e seus longos e cacheados cabelos cor da asa da graúna esvoaçavam na mesma direção. Foi a visão mais linda que Lucca teve, pensou. Ele chegou na sua vespa e ficou encantada ao se questionar se ele era ainda mais bonito do que ela imaginara ou se era efeito da paixão.
- Olá, ! É tão bom finalmente te conhecer, embora eu meio que já te conheça...- Lucca sorriu e suas covinhas apareceram enquanto ele segurava sua mão para ela subir na vespa.
A garota subiu na vespa, sorrindo, todas as suas preocupações desaparecendo. Lucca a ganhou no “olá”, e, embora houvesse o nervosismo de estarem juntos pessoalmente pela primeira vez, ela sentia que eles se conheciam de toda uma vida. E ele sentia o mesmo. Assim, o dia voou, eles passearam pela cidade, tomaram gelato, conversaram sobre tudo e sobre nada; isso era muito mais que o melhor dia dos namorados que já tiveram, era o dia mais feliz que já tiveram, uma dia de liberdade para ser quem se é e amar quem se ama.
- , eu não sei se isso é certo, mas o dia de hoje serviu para me confirmar o que já sinto há um tempo, minha vida é muito melhor desde que você entrou nela, mesmo que por meio de cartas. E tudo isso não pode ser á toa, de todas as chances de não chegarmos um ao outro, as cartas trouxeram você pra mim. E eu acredito em destino e meu destino é você. Mesmo que nossa história tenha começado torta, mesmo que tenhamos outras pessoas...eu queria sentir que é errado, mas errado não seria ficarmos com outras pessoas mesmo nos amando? Ah não ser, claro, que você não sinta o mesmo...
pôs a mão na face de Lucca e fez seus olhares se encontrarem, como ela conseguiria negar se sentia aquele amor em todos os seus ossos? Como amar poderia ser errado? Ela não tinha mais forças para lutar contra aquele sentimento. E nem queria.
- Eu sinto o mesmo, Lucca. Como você ainda pode ter alguma dúvida? Sente o meu coração – Falou, puxando a mão do rapaz e colocando sob seu seio, o que fez seu coração disparar ainda mais. – Ele não bate assim por mais ninguém.
- Mas eu não sou rico como seu marido, e sou um homem negro em uma sociedade racista, você tem que saber que não será fácil de quiser mesmo fazer isso...
- Não pode ser mais difícil do que ficar longe de você. – Falou ofegante, sentindo a proximidade de Lucca, com a mão ainda em seu seio e seu hálito de hortelã se condessando a sua própria respiração desregulada.
- Você é a mulher mais linda, inteligente, gentil e incrível que eu já conheci...
E antes que mais alguma palavra pudesse ser dita, seus lábios se entrelaçaram, palavras não era mais necessárias naquele momento, apenas sentir era mais que o suficiente. E ambos sentiam tudo, em todos os ossos de seus corpos. Conexão física e emocional, virar o seu mundo do avesso e bagunçar os conceitos de certo e errado. Fazer seus ossos derreteram e virar gelato com um simples beijo...Quem sabe isso quer dizer amor...
havia vestido a sua melhor roupa e borrifava o seu melhor perfume, apesar da idade mais avançada, ainda era uma mulher vaidosa, além disso, toda aquela tecnologia cada vez mais desenvolvida ajudava-a a se emperiquitar ainda mais. Ademais, era dia dos namorados, uma das suas datas favoritas. Afinal, Amir havia dado um certo trabalho antes de poder lhe proporcionar passarem o dia dos namorados juntos, então, desde o primeiro dia dos namorados que passaram oficialmente um com o outro, ele tinha obrigação de fazer jus ao seu nome e agir como o príncipe perfeitamente imperfeito que era, dando-lhe o melhor e mais perfeito dia dos namorados de todos.
e Amir haviam se conhecido aos vinte e poucos anos, entre encontros e desencontros, passaram por muitas provações antes de finalmente ficarem juntos e terem o seu final feliz. A verdade é que o amor não é perfeito e isso faz parte da grande aventura que ele é. Ambos já haviam errado, se magoado e, o mais importante, se perdoado, fazendo o seu melhor um pelo outro, mas também aceitando o seu pior. Amar alguém não é sobre mudar pela pessoa, é sobre cada um ser e dar o seu melhor, aprender com os erros e crescer juntos. E eles haviam feito tudo isso, depois de desencontros e encontros, eles voltaram ao lugar ao qual pertenciam: um ao lado do outro.
- Olá, minha princesa, você está linda! – Amir disse antes de dar-lhe um beijo.
- Obrigada, meu príncipe, você também. Uau, você se superou nesse dia dos namorados, fico impressionada como ainda consegue se superar e me surpreender...
- Eu prometi, não prometi? Compensar todos os dias dos namorados que passamos separados pois eu era um jovem burro que quase estragou tudo. Mas, nunca mais. – Falou dando-lhe um girassol, a flor favorita de , agora uma tradição entre eles.
- Eu amo você, meu amor.
- Eu te amo ainda mais, meu bebê. – Disse-lhe segurando a sua mão com ternura.
- Bebê? Francamente, Amir, coitados dos bebês, estou mais para a sua velhinha. – respondeu com um gargalhar que ecoava pela casa, mas, a verdade é que ela gostava de ser chamada daquele jeito, fazia sentir que o tempo não havia passado para eles. E, em seus corações, não havia mesmo.
- Para mim, você sempre será o meu bebê.
- E você o meu. Sempre foi você, eu sempre te amei e sempre vou te amar.
E assim passou-se mais um dia dos namorados entre Amir e , mais um de todos mais que a vida os permitisse viver. E todos eram especiais porque eles estavam juntos. Ela o observava cochilar e conseguia vislumbrar o rapaz que ele era, muito havia mudado, mas o amor não, ele só crescia. Um filme passava em sua cabeça, todo o tempo que passaram separados, fosse por estarem em relacionamentos com outras pessoas ou pela distância, mas tudo havia sido superado, não foi fácil, mas foi possível desde que resolveram lutar um pelo outro.
A verdade é que sempre soube que era ele, por isso não desistiu, quando você encontra a pessoa certa não pode deixar escapar, e ambos sentiram isso à primeira troca de olhares que deram, muitos, muitos anos atrás. Hoje, depois de tantas viagens, sorrisos, sexo, lágrimas, dificuldades, alegrias, compartilhamentos, ensinamentos, aprendizados, lutas, gargalhadas, gatos, amor, acima de tudo, amor e por amor, eles tinham construído o seu felizes para sempre, formado uma família.
Afinal, o felizes para sempre não é a perfeição, é a imperfeição perfeita para cada um, é buscar alegria e amor em meio ao caos do mundo, era enfrentar as dificuldades de mãos dadas, era dar as mãos e não soltar nem nas alegrias e nem nas tristezas, era sentir o corpo derreter, dissolver-se em um só em meio ao prazer, mas também sentir o corpo unir-se em um só no que vem depois, depois do tesão e das rugas e dos anos. O amor tem todo uma lógica própria e cabe a cada um ser corajoso o suficiente para lutar por ele mesmo em maio ao caos do mundo. Porque o amor só é, puro e simplesmente. E quem sabe..., não, isso quer sim dizer amor. De todas as formas, de todos os jeitos, amor é amor, a força mais poderosa do mundo.
Fim
Nota da autora: Olá, mais uma para fazer parte desse mundinho tão mágico e gostoso das Fics! É a minha estréia aqui, então, nada melhor para uma romântica incurável do que estrear no dia dos namorados! Essa é uma história sobre o amor - em todas as suas formas, e foi muito especial pra mim escrevê-la, portanto, espero que também seja especial para vocês lê-la! Se quiserem comentar (e surtar) comigo na DM eu vou amar!
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Obrigada pela leitura! <3
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