Finalizada em: 27/06/2020

Capítulo Único

era o melhor professor de artes marciais de Osaka e um dos melhores de todo o Japão. Tinha sido treinador de diversos atletas, atletas esses que até já haviam participado dos Jogos Olímpicos e vários campeonatos, tanto nacionais quanto mundiais. Sempre centrado, dedicado a tudo e a todos e muito profissional, possui uma das academias de artes marciais mais frequentada de todo o país. Competência talvez fosse seu nome do meio.

Porém o professor não era conhecido só por suas habilidades de luta e ensinamentos, ele fazia bastante sucesso entre as alunas devido à sua beleza. Tinha a mania de sempre estar mudando a cor do cabelo, sempre fazendo as garotas suspirarem mais do que se concentrar nas aulas, mas seu caráter e trabalho falavam mais alto, nunca deu brecha para nenhuma das meninas que davam em cima dele e muito menos faltou com respeito, sua reputação era impecável.

Ainda assim ele nunca tinha sossego em nenhum momento, desde o momento em que a primeira aula começava até a última do dia, sempre tinha alguma se insinuando, mas nunca cedeu. Não até surgir , aluna estrangeira de judô, futura competidora do mundial do mesmo esporte, porém por outra nação. A jovem estava no país somente para ter aulas específicas com o professor em questão. era bem falado por todo o mundo.

A jovem de dezenove anos era linda, e assim que colocou os olhos nela, sentiu que ela era diferente, era séria, centrada e estava disposta a derrubar qualquer um que fosse seu oponente. O professor achava que ele era um deles, ele tinha sido derrotado realmente, mas de uma maneira diferente.

não achava que sua viagem ao Japão fosse realmente necessária. Poderia ter professores de artes marciais muito bons nos Estados Unidos mesmo. Logo de início ela não foi com a cara do novo professor, ele era jovem demais, beirando os seus vinte e cinco anos, o que ele poderia ter de tão bom? E aqueles cabelos? Eram tingidos de vermelho, quem em sã consciência, dava credibilidade a alguém de cabelo vermelho? Talvez seu recalque com o professor fosse outra coisa, mas ela não iria assumir tal fato. Nunca!

Mas ainda assim, mesmo contrariada, a jovem seguia a risca cada uma das aulas de . Ela o chamava assim, de maneira nenhuma ia chamá-lo de “Sensei”. Não se sentia confortável para tal, talvez nunca fosse se sentir confortável, afinal o cara era lindo demais, novo demais e um deus, mas ela não iria ser mais uma das alunas atiradas dele, faria as aulas e iria competir, ganhar e continuar com seu currículo invejável.

- Vamos, ! – dizia pela décima vez, ou mais, ele tinha perdido as contas. – Você consegue mais que isso! Erga mais a perna para esse chute sair melhor! – O professor parecia um carrasco a arrastando para o calvário.

A jovem bufava, estava cansada, o professor não tinha lhe dado um minuto sequer de descanso.

- Eu preciso descansar, ! – se jogou de bruços no tatame, totalmente exausta.

- Descansar não vai te ajudar a melhorar esses chutes ou até mesmo as derrubadas. – Enquanto a jovem tentava recuperar o fôlego, dispensou os alunos que estavam ajudando no treino e arrumou seu cabelo, amarrando os fios vermelhos em um coque samurai meio bagunçado.

- O que está fazendo, ? – lhe perguntou e tomou um gole longo de sua garrafa de água.

- Amarrando o cabelo para treinar com você, vamos ficar até mais tarde. – Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Custa você me chamar de sensei? Está aqui faz dois meses e ainda assim não me trata com respeito.

- Não vejo motivo para te chamar de sensei, muito menos de senpai. – Ela deu de ombros. – Eu pensei que meu mestre fosse ser um senhor de idade, sábio e mais rabugento, se é que isso é possível. – ela completou baixinho.

- Está insinuando que eu não tenho idade suficiente para te treinar? – se posicionou no tatame e com o dedo indicador chamou para que ela retornasse ao centro.

- Se você entende assim... – A jovem realmente estava testando toda a paciência e autocontrole de e ele tinha certeza que não demoraria muito para ele mandar tudo para os ares e beijar aquela boca esperta e calá-la de uma vez.

- Vamos ver quem pode ser ou não ser seu mestre, ! – Dito isso, se colocou em posição de ataque e partiu para cima de .

agarrou o kimono de com uma facilidade enorme, a jovem não esperava que ele realmente estivesse falando sério quando disse que seria seu oponente, e o susto resultou na sua queda em menos de cinco segundos.

acabou caindo por cima de , com seus rostos bem próximos, os lábios quase se tocando e as respirações pesadas do esforço se mesclando. Aquilo era demais para o professor, ainda mais quando fechou os olhos, como se esperasse pelo próximo passo dele. Ele então reuniu todas as forças que o mantinham na linha tênue de ser o professor de judô de e de atacar os lábios dela. Se levantou rapidamente, se colocando novamente em posição de combate.

e ficaram nessa mesma técnica até que ela o derrubasse, porém não conseguiu, estava cansada, precisava descansar por no mínimo uma semana. Exagero de sua parte? Talvez! Mas para ela, o professor estava abusando, com seu corpo forte e experiente. Ela era apenas uma mulher um pouco mais abaixo da faixa dele, mas o que realmente a estava matando era o cansaço, se não ele já estaria no chão.

A jovem estava tão imersa em seus pensamentos de vingança que nem viu quando abriu seu kimono e retirou as mangas, deixando a parte de cima sendo sustentada apenas pela faixa negra amarrada em sua cintura por cima do tecido azul.

Ela tentou ao máximo não encarar demais, a cena era perfeita, praticamente saída de um anime: com os cabelos vermelhos grudados na testa e ofegante, bebendo água e com a parte de cima do kimono aberta e solta de seus braços, o peitoral também suado.

O olhar de não passou despercebido por e ele gostou muito do que viu ali.

- Por hoje é só, ! – Ele ditou enquanto soltava os cabelos. – Amanhã ficaremos até tarde novamente, irei lhe treinar pessoalmente a partir de agora.

não disse nada, apenas meneou a cabeça e saiu praticamente correndo dali.

...


Os dias que seguiram foram os piores, tanto para quanto para . tentava de todas as formas chamar a atenção de , passou a usar o cabelo amarrado em todas as aulas, por motivo de segurança e também para que tivesse o mesmo efeito sobre ela, como da primeira vez. quase, quase mesmo, se entregou quando foi derrubada de novo, eles estavam mais uma vez naquela maldita posição e não tirava os olhos da boca dela. Foram os dez segundos mais longos de toda a vida dela.

Tudo piorou ainda mais quando resolveu que seria melhor tirar totalmente a camisa do kimono enquanto fazia a análise de todo o treino. Ele escrevia tudo em um caderno e ia passando cada um dos erros e acertos para , mas era impossível para ela se concentrar em qualquer coisa dita por ele.

- ? – estalou os dedos na frente dos olhos de , tentando trazê-la de volta à consciência. – Estava em outro mundo, lhe chamei umas três vezes e nada.

- Estava pensando em como acertar o golpe que você mencionou. – Ela mentiu e percebeu.

- Certo, então vamos testar o que você estava pensando. – Ele colocou a parte de cima do kimono de volta e se posicionou novamente no centro do tatame.

tentou apagar todas as imagens de sem camisa e suado de sua mente e tentou usar todos os golpes que ele tinha lhe ensinado. Em pouco menos de três minutos a luta estava encerrada, com um com as costas no chão e uma com o rosto quase colado no dele, os dois ofegantes. estendeu sua mão até o rosto de e acariciou uma de suas bochechas. Ficaram os dois se encarando até sorrir de lado e meter um grande foda-se.

- Eu não aguento mais! – Então ele puxou o rosto de para mais perto e uniu os lábios dele aos dela. Não houve resistência da parte dela e ele sorriu com aquilo.

Em um movimento rápido, ele girou os corpos dos dois e deixou a aluna deitada no tatame, uma mão no kimono de , impedindo que ela fugisse dele, enquanto a outra estava apoiada no tatame para não deixar todo seu peso em cima dela.

O beijo foi progredindo de algo casto para totalmente despudorado em questão de segundos. sabia que aquilo não estava certo. Mas também sabia que o desejava tanto quanto ele a desejava.

- , isso não está certo. – partiu o beijo e se pronunciou, fechando os olhos para não encarar as orbes dele próximas demais e não se perder ali. Acabaria se entregando de novo e dessa vez não sabia se conseguiria parar.

- Eu não estou mais me importando com o que é certo ou errado. Eu só quero você, . – respondeu com a voz rouca, fazendo se arrepiar apenas com aquilo. Sua voz transbordava desejo, o mesmo desejo que corria nas veias dela.

Depois das palavras de , foi quem tomou a iniciativa, suas mãos agarrando os fios vermelhos, removendo o elástico que prendia o cabelo do professor e depois os puxando sem muita força, fazendo gemer baixo contra sua boca.

O beijo foi partido novamente, dessa vez por . Ele estava com pressa, sonhou tantas vezes com aquela cena. Desatou rapidamente a própria faixa e se livrou de seu kimono, fazendo o mesmo com o dela, e distribuiu beijos pelo colo de , mordiscando levemente o seio ainda coberto pelo sutiã.

A jovem gemia baixinho com cada contato e sorria cada vez que ouvia um gemido ou arfar. Aqueles seriam seus sons favoritos para o resto da vida. Sem cerimônia ele desabotoou o fecho frontal do sutiã e removeu a peça, jogando-a em qualquer lugar, sua boca indo de encontro ao mamilo direito, enquanto a mão firme massageava o esquerdo.

O ruivo dava leves mordidas, fazendo gemer algo que para ele foi melhor do qualquer presente no mundo.

- Senseeei... – não tinha mais nenhum controle sobre seu corpo. Estava totalmente entregue ao seu sensei.

deixou os seios de de lado, com muita luta, e retirou o restante de roupa que ainda estava no corpo de seu mais novo paraíso particular. A jovem se apoiou nos cotovelos para ver os próximos movimentos do professor. O ruivo foi trilhando um caminho de beijos, desde o pé de até chegar na parte interna de suas coxas. A aluna arfou quando viu e sentiu um dedo ser colocado em sua entrada molhada.

- Tão molhada... tão entregue... – disse ao sentir a maciez da carne entre as pernas de .

O segundo dedo foi inserido e as estocadas foram iniciadas, não aguentou ficar apoiada nos cotovelos e desabou no tatame, gemendo por mais dos toques de seu sensei. aproveitou a guarda baixa da jovem e juntou sua língua à festa.

agora gemia mais alto e se ainda houvessem alunos ali, os dois estariam ferrados. Mas não ligava para mais nada, somente queria saciar sua vontade de e também dá-la os melhores orgasmos de toda a vida dela.

Os movimentos dos dedos de em sincronia com sua língua estavam levando o resto de sanidade e dignidade que a jovem ainda tinha. Ela podia jurar que estava se comportando como uma cadelinha no cio e não estava dando nenhuma importância. Agarrou os fios ruivos de seu mestre e implorou por mais, por mais prazer e por mais dele.

estava cada vez mais se divertindo, mas ainda não era o suficiente para ele. Quando sentiu o interior de sua aluna se contrair ao redor de seus dedos, ele aumentou mais ainda o ritmo de seus dedos e as sugadas que dava na intimidade de , e só parou quando ela gemeu mais uma vez lhe chamando de sensei e respirando forte no tatame.

Mas ele ainda queria mais, se levantou sugando os dedos e correu para a área dos armários, precisava de um preservativo urgente. Abriu seu armário e encontrou o que precisava dentro de sua mochila, voltando para onde havia deixado . A jovem ergueu a cabeça quando notou a presença de e sorriu quando o viu balançar o pacote metálico no ar.

se desfez de suas roupas, ostentando uma ereção que deixou mordendo o lábio, tanto pela visão de completamente nu, como pela antecipação do que viria a seguir.

- Vamos cuidar de você agora. – chamou seu professor com o indicador e bateu no chão ao seu lado, indicando que ele deveria deitar-se ali. atendeu prontamente.

beijou a barriga de , depois seguiu fazendo uma trilha de beijos até o membro ereto do ruivo. O arfar que saiu do fundo da garganta de demonstrou o quanto ele estava sensível aos toques de . Ele estava totalmente derrotado e não estava nem um pouco envergonhado.

abocanhou o membro de e sugou a glande com força, retirou o falo rígido da boca, somente para passar a língua em toda sua extensão e provocar mais ainda seu mestre. gemia palavras em japonês que ela não conseguia entender.

Sua boca fazia movimentos de sobe e desce no falo do japonês, às vezes somente na glande, outras até onde sua garganta aguentava, e era nesses momentos que agarrava os cabelos dela com mais força e gemia mais alto. Ela podia sentir as veias do membro do ruivo ficarem mais saltadas e sugou mais algumas vezes, parando repentinamente e deixando frustado. pegou o preservativo da mão do professor e abriu o pacote com cuidado, posicionou na glande e o desenrolou devagar, tomando todo o cuidado para não deixar ar entrar.

já não aguentava mais tanta tortura e com algo parecido com um golpe de judô, ele fez deitar novamente e rir da ação do professor.

- Preciso estar dentro de você! – Ele se pronunciou. – Agora.

- E eu preciso de você dentro de mim... – praticamente gemeu a frase. – Sensei.

Aquela frase foi o estopim para o autocontrole de ir para o espaço. Ele posicionou seu membro na entrada da jovem e fingiu penetrá-la algumas vezes, tendo uma impaciente e fechando as pernas em volta da cintura dele e o fazendo deslizar de vez para dentro dela.

Os gemidos de ambos foram sincronizados e cadenciados, e passou a se movimentar no ritmo dos pedidos de . quando ela pedia por rápido, ele ia rápido, quando ela pedia por devagar e forte, ele ia devagar e forte.

Ele não iria aguentar muito tempo, e com as pernas de envoltas em sua cintura, ele girou seus corpos, ficando por baixo e deixando que ela ditasse o ritmo, somente guiando para o caso de ela ficar exausta.

A jovem quicava e gemia obscenidades enquanto se apoiava no peito do ruivo. Quando sentiu suas paredes internas contraírem, ela se deitou sobre o corpo do professor e gemeu.

- Eu estou quase lá! – Disse abraçando o tronco forte de e gemendo seu nome.

- Vem pra mim, baby! – dizia enquanto se afundava cada vez mais rápido no interior da jovem.

Os dois gemeram com a liberação, atingindo o ápice quase juntos. respirava com dificuldades, ainda agarrada ao tronco de , e ele ainda agarrava suas nádegas. Os dois ficaram em silêncio até que a respirações estivessem reguladas.

- ? – chamou baixinho, ouvindo a respiração leve dela próxima ao seu pescoço.

- Sim, sensei. – respondeu sem se mexer.

- Então agora eu sou seu sensei? – Ele riu baixinho.

- Sim. Você parece ter experiência o suficiente. – Ela riu também e se separou minimamente dele pra lhe olhar nos olhos.

- E quando poderemos ter nossa próxima lição? – perguntou com um sorriso safado, acariciando o rosto de com o polegar.

- Quando quiser. Eu estou pronta. – respondeu e juntou os lábios aos de mais uma vez.

Pelo visto, aquele treino duraria mais algumas horas.




Fim.



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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