Finalizada em: 13/06/2020

Capítulo Único

Hawkins, Indiana, Janeiro de 1985

Desde a primeira vez que Billy colocou os olhos em , ele simplesmente soube que precisava conhecê-la. E que primeiro encontro havia sido.
Na ocasião, logo após o feriado do Natal, enquanto estivera ocupado com qualquer coisa no armário, ele havia notado certa confusão nos corredores da escola depois que o sinal tocou. Não demorou a sobrar apenas ela, Dustin Henderson, três garotos que estavam praticando bullying com esse último, e o próprio Billy parado a uma distância segura, aparentemente despercebido pelos outros. Ele apenas assistiu quando a garota agarrou dois dos valentões pelas golas das camisetas e empurrou-os bruscamente contra os armários, ameaçando-os de violência a não ser que parassem de mexer com Dustin de vez. As crianças ainda estavam assustadas para cacete mesmo quando ela soltou-os e eles saíram correndo. Billy lembrava-se de ficar impressionado demais com aquilo, especialmente quando ela se virou e seus olhos encontraram os dele. Ele provavelmente parecia um verdadeiro bobo, apenas parado lá com a boca levemente aberta em admiração.
Dustin, no entanto, não havia notado a presença do rapaz; ele parecia ocupado demais exclamando um animado “puta merda” para a garota. Quando os dois despediram-se e o pequeno desapareceu ao virar uma esquina do corredor, ela foi andando toda empertigada na direção de Billy. Imediatamente, ele desviou a atenção de volta para o armário, fingindo um súbito desinteresse. Mas ela parecia desinteressada também, pois apenas passou direto por ele e saiu pelas portas principais da escola.
Naquele mesmo dia, ao terceiro tempo de aula, todo mundo estava falando sobre ela, e Billy finalmente entendeu o motivo de ser tão protetora de Dustin. Bem, aquela era ninguém menos que Henderson, a filha pródiga retornante.
Tommy e Carol alegaram que a conheciam antes que ela se mudasse para morar com o pai em Ohio; ela costumava sair com eles e Steve Harrington. Aparentemente, pouco menos de um ano atrás, os pais de e Dustin haviam se separado e ela resolvera ir embora com o velho ao invés de ficar na cidade com a mãe e o irmãozinho. As razões para aquela decisão ou para seu retorno, no entanto, ainda eram desconhecidas por todos, mas parecia que as coisas estavam bem novamente com a família Henderson em Hawkins.
Pelos próximos dias, não foi mais vista pelos arredores da escola, o que sugeria que ela não juntaria-se à turma de Billy – e isso fazia sentido, afinal, já estavam no final do ano letivo. Ele ainda estava se atormentava com isso quando Tina apareceu distribuindo panfletos para a mais nova festa que ela daria na noite seguinte. Uma lâmpada então acendeu sobre ele. Ele queria – não, precisava – vê-la novamente e uma festa seria a oportunidade ideal. Timing muito conveniente. Ele quase pensou em dar um beijo em Tina por aquilo.
Quando o último sinal tocou, Billy correu até Tommy para tentar convencê-lo a convidar .
Tommy bufou.
─ Por que você acha que Tina dará essa festa, em primeiro lugar? Todo mundo está morrendo para falar com ela, cara. Vai ser ainda mais popular do que a festa de Halloween. Nós já a enviamos um convite já que ela não tem aparecido muito por aqui.
─ Então você pode garantir que ela estará lá, certo?
─ Há 99% de chance ─ Carol respondeu ao lado do namorado. ─ Ela nunca perdeu uma festa.
Imagine a surpresa dos três quando passaram pelas portas principais da escola e a primeira coisa que viram foi e Steve conversando no estacionamento, aparentemente divertindo-se bastante. Billy começou a tremer levemente. Puta merda, ela estava lá. Tommy e Carol soltaram um risinho convencido e viraram-se para encarar o amigo, que em resposta simplesmente pegou um atalho até seu carro.
─ Ei! Aonde diabos está indo? ─ Tommy gritou. ─ Vá falar com ela!
─ Estou atrasado para uma coisa ─ Billy gritou de volta, nem se preocupando em olhar para trás. Desde quando ele havia se tornado um maldito covarde? Talvez ele apenas não quisesse apresentar-se para ela com Steve por perto porque... Bem, aquilo tornaria falar mal de Billy algo inevitável para seu supostamente antigo arqui-inimigo. E Billy não queria que ela soubesse sobre aquele lado obscuro dele, não ainda, então apenas se mandou.
Enquanto fazia o caminho até o Camaro, ele viu Nancy Wheeler e Jonathan Byers aproximarem-se de também, cumprimentando-a vigorosamente. O sorriso de Steve não falhou uma única vez, nem mesmo com a presença de sua tão recente ex-namorada e o namorado novo dela. Desde quando eles estavam em bons termos? E desde quando Nancy e Jonathan eram amigos de ? Digo, qualquer um com meio cérebro poderia fazer as contas e perceber que aquela não era a realidade antes da partida de . Ela costumava sair com Tommy e Carol, pelo amor! E falando daqueles dois, à distância, Billy notou que eles pareciam perguntar-se a mesma coisa.
Sexta à noite finalmente chegou. A casa de Tina já estava tão cheia quanto poderia, a música estava alta e as pessoas estavam ficando bêbadas. Praticamente todos já estavam lá, porém não era vista em lugar algum. Billy nem conseguia acreditar, mas estivera recusando toda garota que tentava dar em cima dele desde sua chegada. Estava começando a ficar cansativo, de fato, e ele já sentia um zumbido prazeroso ecoando em seus ossos. Ele estava prestes a desistir ali mesmo e transar com a primeira garota que tentasse. Mas então aconteceu.
─ Ei, Billy Boy ─ Tommy gritou, chamando sua atenção. ─ O que eu disse? Tente não fugir dessa vez ─ zombou.
Billy olhou na direção que o amigo apontara com o queixo; ela havia acabado de entrar pela porta da frente, assim que a música “Rebel Yell” do Billy Idol começou a tocar. Henderson em toda sua glória.
Naturalmente, todas as cabeças viraram-se para ver a recém-chegada que não era tão recente afinal, medindo-a de cima a baixo e encarando-a blatantemente. Mas ela nem se importou. Continuou alternando o olhar entre os rostos enquanto passava pela multidão, provavelmente procurando por seus novos amigos – Nancy, Jonathan. Steve. Billy sentiu algo queimar em seu peito. Ele precisava aproximar-se dela antes que encontrasse aqueles três, pois caso contrário ele sabia que não deixaram que ele chegasse perto dela, e então as histórias horríveis sobre seu comportamento surgiriam. Tudo verdade, certamente, mas aquilo estava no passado. Ele era um Alfa quieto agora. Ainda um rei furioso e dominante – as pessoas ainda saíam do caminho para ele passar – mas de certa forma mais tranquilo acerca de como lidava com desavenças. Na maior parte do tempo, pelo menos. E ele queria tanto uma chance com ela. Então, se ele pudesse fazê-la conhecê-lo antes de ouvir sobre ele, talvez ele pudesse ter aquilo.
Billy foi apressado pegar dois shots de tequila antes de andar até ela o mais rapidamente que pôde sem derramar as bebidas. parou no meio do caminho e lançou um olhar que era difícil de decifrar quando se cruzaram. Ele sustentou aquele olhar.
─ Seja bem-vinda ─ Billy gritou por cima da música, propositalmente livrando-se de qualquer variação de “gata” que normalmente usaria e oferecendo-a um shot.
Ela sorriu, mais do que satisfeita ao aceitar.
─ Sem sal ou limão? ─ perguntou.
─ Nah. ─ Ele gesticulou dismissivamente. Então veio aquele sorriso charmoso antes que continuasse: ─ Só perdedores tomam assim.
Aquilo a fez rir e murmurar um baixo “parece justo” antes de virar a bebida de uma vez ao mesmo tempo em que Billy, ambos incapazes de conter uma careta, o que resultou em uma gargalhada suave dos dois lados. Eles então depositaram os copos suficientemente esvaziados sobre a mesa de centro que havia sido empurrada para perto de uma parede.
─ Sou Billy. Hargrove. Você deve ter ouvido falar ─ disse, sua prepotência disfarçando o medo de que talvez ela tivesse mesmo. Se não de Nancy, Jonathan ou Steve, então Dustin e seus próprios amiguinhos.
─ Desculpe desapontá-lo, mas nunca ouvi. ─ Sua cabeça inclinou-se de uma maneira que sugeria algum tipo de desdém – ele estava sendo convencido – mas pela primeira vez na vida, Billy ficou aliviado de não ser precedido pela reputação.
Ele pôs uma mão sobre o peito e curvou-se levemente.
─ Erro meu.
─ Eu já o vi, no entando ─ ela completou, agora divertidamente, levando a boca para perto da orelha do rapaz para que pudesse ser ouvida. Ele ergueu as sobrancelhas, os lábios formando um pequeno ‘o’, fingindo que não se lembrava. ─ Na Escola Hawkins.
─ Ah, sim! Você é a garota que acabou com aqueles pirralhos.
─ Normalmente as pessoas me chamam de . Henderson.
─ Eu sei. ─ Uma pausa. ─ Todo mundo sabe, quero dizer.
─ É, acho que sim. ─ Ela franziu os lábios e, então, tentando mudar de assunto, adicionou: ─ Deus, eu amo essa música.
─ Você quer dançar?
poderia fingir também. Ela fez isso para fazê-lo acreditar que estava pensando sobre aquela oferta, quando na verdade era exatamente o que tinha em mente desde o início.
─ Claro.
Ele gentilmente tomou seu pulso e guiou-a até a pista de dança improvisada, piscando um olho orgulhosamente para Tommy quando passaram por ele. imediatamente começou a mover seu corpo de acordo com a música, cantando energeticamente, às vezes com os olhos fechados para realmente sentir o baixo e a bateria, o peito ribombando com excitação e expectativa. Billy aproximou-se dela, seus corpos exatamente no mesmo ritmo, quase roçando um contra o outro. Todos tinham seus olhos postos neles conforme dançavam juntos, e Billy ousou puxar para mais perto ainda pela cintura, um movimento que ela permitiu de bom grado, pondo suas mãos ao redor do pescoço do rapaz.
Alguém empurrou uma longneck na mão de , da qual ela tomou um longe gole antes de passá-la para Billy. Eles continuaram dançando daquele jeito enquanto compartilhavam uma garrafa de cerveja, perigosamente perto um do outro, pélvis contra pélvis e mãos bem bobas. Não demorou muito a Billy começar a ficar duro contra seus jeans e a virilha de .
─ Uau, eu pensei que amava essa música, mas acho que você talvez ame um pouquinho mais. ─ Ela gracejou olhando para baixo, um toque de intoxicação em sua fala, e o apalpou por cima da calça.
Ele não conseguiu deixar de rir daquilo, intensificando o aperto na pele suave da cintura da garota.
─ Você que fez isso.
─ Obrigada ─ ela sussurrou em seu ouvido.
─ Você realmente é fã desse cara? ─ Ele interrompeu o momento que estavam tendo apenas por um segundo para fazer piada com Billy Idol, uma vez que a mesma música ainda tocava, mas de uma maneira divertida e inofensiva.
─ Bem, ele é meu Billy favorito ─ ela provocou de volta enquanto abria alguns botões a mais da camisa dele, dedos agora traçando seu peito e clavículas muito lentamente.
Billy encarou a boca de quase hipnoticamente ao morder o próprio lábio inferior antes de voltar seus olhos para os dela.
─ Deixe-me mudar isso.
Com aquele sinal mais do que óbvio, os olhos de iluminaram-se e ela inclinou-se para frente, selando seus lábios. Um simples selinho logo se transformou em um beijão de língua, com muitas mordidinhas e chupadas suaves, mãos em todos os lugares. Ela arranhou as costas dele e acariciou aquela barriga definida. Ele agarrou a bunda dela e um bom punhado de cabelo.
Apenas uns quatro minutos haviam passado desde a chegada de à festa, mas honestamente, ela não havia parado de pensar no garoto com o mullet desde aquele dia fatídico com os pirralhos valentões. Algo havia acendido dentro de si quando ela pôs os olhos nele; ele fazia exatamente seu tipo. Além disso, ela estava em seu elemento; dançando em uma festa, rodeada por luzes coloridas, embebedando-se, flertando e começando a ficar altinha. Ela havia acabado de resolver alguns problemas familiares e queria se divertir. Ela não seria jovem para sempre. Ela merecia. Ambos mereciam.
Sem que soubessem, Nancy passou por ali e flagrou aquele momento, o queixo caindo de surpresa exatamente como todos os outros, exceto pelo fato de que ela parecia mais preocupada do que chocada. Ela voltou para o canto em que estava passando a festa com Jonathan e Steve a noite inteira e de onde eles não poderiam ver o rei e a rainha da demonstração pública de afeto do outro lado, pronta para manter aquilo para si mesma.
Mas então, assim que “Rebel Yell” acabou e pouco antes que outra música começasse, uma provocação foi ouvida por toda a sala.
─ Ei, Steve! ─ Alguém riu entre as palavras. ─ Aquela não é sua nova namorada?
Coincidentemente ou não, “Heartbreaker” de Pat Benatar começou a tocar.
não saberia dizer de onde tirou a força de vontade para parar de beijar Billy, mas o fez e seus olhos procuraram pelo dono da voz. Ao invés disso, eles pararam em Steve, que meramente encarava os dois, o rosto impossível de ler. Atrás dele, Nancy e Jonathan pareciam nervosos. Nancy tinha uma mão ao redor do antebraço de Steve, como se estivesse tentando impedí-lo de fazer alguma coisa. Um círculo de pessoas começou a fechar-se ao redor dos cinco jovens.
─ Pessoal, ei! ─ exibiu um sorriso feliz ao andar até os amigos. ─ Eu estava prestes a procurar por vocês, eu literalmente acabei de chegar ─ contou. Steve manteve-se impassivo. Jonathan e Nancy assentiram quietamente e tentaram sorrir de volta. franziu as sobrancelhas. ─ O que foi?
─ O que foi? ─ Steve finalmente falou, livrando-se do aperto de Nancy e aproximando-se de . ─ , esse é o babaca de quem falei! ─ Ele apontou para Billy exasperadamente com ambos os braços erguidos.
ficou boquiaberta, olhando de Steve para Billy e depois de novo para Steve, cobrindo a boca com uma mão.
─ Eu não sabia! Você... Você não chegou a mencionar o nome dele!
Billy suspirou e passou a mão pelo rosto, ombros caindo como se ele estivesse segurando a respiração por um longo tempo.
─ Merda. Olhe, cara... ─ Ele começou, mas Steve avançou e deu um soco forte no rosto perfeito de Billy. O som que aquilo fez doi doloroso só de ouvir.
Os momentos seguintes foram uma bagunça total.
Todo mundo estava encorajando uma briga, exceto por Nancy e Jonathan, que tentavam segurar Steve. instintivamente foi até Billy verificar se ele estava bem, mesmo que um pouco desconfiada dele. Billy assentiu que sim à questão, a cabeça latejando e mãos fechando-se em punhos. Sangue escorria de seu nariz até o peito, mas nada parecia quebrado, e ele respirava erraticamente, uma necessidade de liberar sua raiva surgindo.
─ Acabe com ele, Billy! ─ Tommy encorajou.
─ Não faça isso ─ disse em tom de aviso.
─ Eu não vou ─ Billy sibilou. ─ Vou para casa.
Algumas pessoas vaiaram.
─ Isso é ridículo. ─ A risada de Steve era isenta de qualquer diversão enquanto ele ajeitava o cabelo. ─ , ele é uma cobra, ok? Não acredite nessa atuação de garoto bonzinho dele. Você não sabe do que ele é capaz.
─ Até onde vejo ─ disse Billy ─ não sou eu que estou distribuindo socos por aí, Harrington.
─ Seu filho da puta!
─ Steve, pare! ─ pediu . ─ Você está sendo irracional.
─ Ah! Legal. Lembra-se daquela entrevista de emprego que eu disse que poderia arranjar para você no shopping? Bem, esqueça! ─ Ele não quis realmente dizer aquilo, só estava magoado porque depois da ótima semana que haviam passado com Nancy e Jonathan, ela havia preferido deixar tudo ir por água abaixo ao ficar com Billy Hargrove, dentre todas as pessoas. Mas as palavras simplesmente escaparam. Ele não era assim. Não era. Não mais, pelo menos. Mas ver com Billy encheu seu coração de... Poderíamos dizer ciúmes violento. O álcool poderia ter tido culpa também. Mais tarde naquela noite, ele perceberia o quão parecido com o suposto antigo Billy ele estava sendo e arrependeria-se amargamente.
─ Você acaba de provar o que eu disse. ─ lançou-lhe um olhar severo. ─ Vou para casa também.
Enquanto ela andava em direção à porta, Billy a seguiu. Steve estava pronto para ir atrás deles também, mas Nancy e Jonathan aconselharam-no ao contrário. Steve molhou os lábios, impotente, e suspirou, afundando-se novamente na mesma cadeira na qual havia passado a noite inteira.
─ Você precisa de uma carona para casa? ─ Billy perguntou uma vez que estavam do lado de fora, sentindo-se consideravelmente mais calmo no ar frio e estando sozinho com .
─ Eu não acho que isso é uma boa ideia no momento. ─ Ela suspirou. ─ Vamos conversar outro dia. ─ Dito isso, ela girou nos calcanhares e pôs-se a caminhar rua abaixo, deixando-o para trás corado e frustrado.
Jonathan a encontrou não muito tempo depois e reduziu a velocidade para manter seu carro paralelo com conforme ela andava, um cigarro preso entre os lábios.
─ Ei ─ ele chamou através da janela abaixada. ─ Nancy me pediu para levá-la para casa. Vamos, entre.
bufou, expirando fumaça pelo nariz, mas aceitou a carona de bom grado.
─ E quanto a ela? ─ perguntou ao ajeitar-se no assento do passageiro, preocupada com Nancy. Provavelmente a garota mais legal com quem havia feito amizade naquela cidade – definitivamente mais legal que Carol.
─ Steve vai levá-la. Nós imaginamos que seria melhor assim.
─ Eu não acredito que durei apenas, tipo, dez minutos naquela festa! ─ reclamou. ─ Isso era para ter sido meu baile de boas-vindas!
─ Alguns caras duram bem menos ─ Jonathan comentou, subitamente tornando a atmosfera mais tranquila, pois riu alto daquilo e ele não pôde evitar rir da própria piada também.
No entanto, segundos depois o silêncio instalou-se novamente e Jonathan manteve os olhos na estrada, encolhendo os ombros em uma maneira bem típica dele.
─ Escute... ─ começou. ─ Billy é realmente um babaca? Digo, eu realmente me interessei por ele, ele é gato e... Bem, ele é um otário ou não?
O rapaz mexeu-se desconfortavelmente.
─ Ele nunca fez nada comigo ou Nance, mas... Você lembra o que Steve nos contou, certo?
─ Sim. ─ Billy havia sido estúpido com Steve desde o primeiro dia na cidade, ela havia aprendido. Steve contou-lhes como eles haviam entrado em uma briga e Billy o espancara até o ponto de desmaio, praticamente destruindo o rosto de Steve. Agora ela podia colocar um nome e um rosto no cara que havia rotulado de monstro em sua mente quando ouvira a história.
─ Mas... ─ Jonathan continuou.
─ O quê? ─ animou-se em seu assento.
─ Parece que ele mudou. Billy, eu digo. Ele não é o que costumava ser. Ele parou de implicar com Steve, ou qualquer outra pessoa. Deus sabe o porquê. Nosso amigo pode realmente ter exagerado essa noite. Veja, pelo que ele nos contou, Billy nunca teria perdido a oportunidade de entrar em uma briga como aquela, sabe? ─ Ele olhou para ela, que assentiu pensativamente e jogou a bituca de cigarro pela janela, na estrada.
Eles dirigiram em silêncio pelos próximos minutos até Jonathan puxar o freio de mão.
─ Chegamos.
─ Obrigada, Jonathan.
─ E olhe... ─ ele disse antes que ela saísse. ─ Sobre aquela entrevista de emprego. Bem, fui eu quem ajudou Steve com aquilo, então posso ajudá-la também. Se você ainda quiser. Afinal, vai ter que trabalhar com ele.
sorriu suavemente.
─ Eu quero, sim. Vamos consertar isso. Boa noite.
─ Boa noite.
Sábado chegou e ficou pensativa o dia todo. Quando questionada em casa sobre a festa da noite anterior, ela simplesmente deu de ombros e disse que foi normal. Felizmente, Dustin havia tido uma festa do pijama na casa de Mike naquela noite e sua mãe já estava dormindo na hora em que ela chegou em casa, então nenhuma pergunta irritante sobre o porquê dela ter voltado tão cedo foi feita.
Sentada na cama com as pernas cruzadas, relembrou os eventos que haviam ocorrido na casa de Tina, finalmente parando para pensar em como aquilo havia sido embaraçoso de certa forma. Enquanto pensava, folheou algumas fotos que havia tirado com Nancy, Jonathan e Steve em sua mais nova Polaroid durante aquela semana. O segundo LP de Billy Idol tocava ao fundo na sala e “Eyes Without a Face” foi uma música muito bem-vinda naquele momento.
Em certo ponto, a campainha tocou.
A Sra. Hendersou atendeu a porta e ficou surpresa ao ver Steve ali. Claro, ela sabia que ele e seus filhos eram bons amigos, mas não estava esperando uma visita dele naquele dia – nem Dustin nem haviam dito qualquer coisa. Ainda assim, ela o recebeu com um sorriso caloroso e gritou “Steve está aqui!” para quem fosse ouvir primeiro, sem ao menos dar uma chance ao garoto explicar sua visita. Ele riu baixo daquilo.
Enquanto Claudia desapareceu para dentro da cozinha, Dustin chegou correndo para encontrar seu parceiro no crime. Surpreendentemente, saiu do quarto também.
─ O que diabos está fazendo aqui? ─ ela perguntou, cortando a animação do irmão pela raíz. Seus pijamas cor-de-rosa realmente contrastavam com seu humor.
─ Jesus ─ Dustin murmurou. ─ Não ligue, Steve, ela está assim o dia todo. Um poço de melancolia.
... ─ Steve começou.
─ Escute ─ ela disse ─, se você está aqui para falar sobre Billy e eu, nem perca seu tempo. Eu sou grandinha o suficiente para decidir...
─ O que tem você e Billy? ─ Dustin interrompeu com as sobrancelhas erguidas. ─ Steve, o que tem ela e Billy?
Steve coçou a nuca, perdido.
─ Pessoal...
─ Espere, você o conhece? ─ perguntou ao irmão.
─ É claro que conheço! Ele enfiou a porrada no meu amigo aqui! ─ Um polegar gordinho apontou para o visitante. ─ Ele também quase me atropelou e o resto do grupo com o carro! E foi muito malvado com Lucas e Max também! Billy é um babaca!
─ Ele estava lá? ─ Os olhos da garota arregalaram-se quando voltou a atenção para Steve, referindo-se à ocasião da infame briga.
─ Sim, sim. ─ Steve cruzou os braços. ─ Ele estava. Posso conversar com você agora?
estava sem palavras enquanto secava a testa.
─ Pode. Venha. ─ Ela gesticulou com a cabeça para o quarto. Uma vez que os jovens chegaram à porta, perceberam que estavam sendo seguidos. ─ Sozinho ─ ela disse a Dustin e fechou a porta em sua cara.
Um “, o que tem você e Billy?!” abafado foi ouvido do corredor. Ela simplesmente rolou os olhos e sentou na cama, rapidamente tentando esconder as fotografias debaixo do travesseiro. Mas não foi rápida o suficiente.
Steve conseguiu ver uma delas e tentou quebrar o gelo, apontando e dizendo:
─ Aquele dia foi legal.
Dentro da moldura da Polaroid, Nancy e Jonathan posavam comportadamente enquanto e Steve faziam caretas e gestos engraçados. Desde o primeiro dia de volta na cidade, ela estivera saindo com Steve novamente, que havia dito que Tommy e Carol já eram. Em retorno, ele a apresentou a Nancy e Jonathan, duas pessoas com quem ela nunca havia falado antes, mas com quem se deu muito bem. Daquele dia em diante, os quatro começaram a sair todas as noites após o trabalho de Steve.
─ Foi, tipo, dois dias atrás.
─ Ainda assim legal.
─ O que você quer?
─ Veja, eu vou ser bem sincero com você. Você sabe que tive alguns problemas com Billy no passado, e não estou falando de um passado distante, então quando vi vocês dois juntos eu acho que só perdi a cabeça.
─ Por quê?
─ Porque eu gosto de você.
─ Porque você gosta de mim como amigo e odiaria me ver magoada, ou... porque gosta de mim de verdade e... ─ Ela pigarreou. ─ Odiaria me ver com ele? Ou qualquer outra pessoa?
─ Todas as alternativas. ─ Steve suspirou. ─ É ainda pior com ele, porém, porque ele costumava ser meu inimigo.
─ Costumava? Então você admite que não existe mais birra entre os dois?
─ Sim. Quero dizer... Ele está me deixando em paz agora. Nós nem estávamos nos falando mais até ontem à noite.
inspirou e expirou profundamente, um pequeno sorriso se formando nos lábios. Ela estava tão aliviada. Jonathan estava certo.
─ Mas, ... ─ Steve continuou, sentando-se ao lado dela e tomando suas mãos. ─ Eu gosto de você. Você me fez esquecer Nancy. Eu estou super de boa com o relacionamento dela com Jonathan agora. Nós tivemos momentos ótimos, nós quatro.
─ Steve... Eu nunca quis te iludir. Eu não quis fazer parecer que estávamos em um encontro duplo com eles ou algo do tipo. Me desculpe. ─ Sua expressão era doce e sincera; ela nunca havia pretendido machucá-lo de qualquer forma.
Ele fungou, mudando de posição desconfortavelmente.
─ Eu entendo. Me desculpe também. Especialmente sobre ontem. Ainda podemos ser amigos?
sorriu.
─ É claro que sim! Quero dizer, me diga você. Vai ficar bem?
─ Vou, sim. ─ O cabelo dele balançou quando ele assentiu, seu rosto finalmente iluminando. ─ Quanto a você e Billy... Desejo boa sorte. Vamos esperar, pelo seu bem, que ele realmente tenha mudado. Mas... você ainda vai ter que conversar com Dustin sobre isso.
─ Ah! ─ ela zombou. ─ O que ele vai fazer, me pôr de castigo? ─ Steve riu da cara engraçada que ela fez.
Eles continuaram conversando por mais meia-hora após aquilo e depois ele foi embora. À noite, finalmente teve a temida conversa com Dustin, que acabou entendendo a explicação da irmã e aceitando sua decisão, mesmo que com um pouco de ressentimento.
A ligação veio na manhã seguinte. O dono do Scoops Ahoy gostaria de conversar com ela naquela tarde para que talvez pudesse começar o emprego novo na segunda-feira. Era apenas uma sorveteria localizada na praça de alimentação do recém-aberto Shopping Starcourt e o uniforme era ridículo, mas já era algo.
Como esperado, a entrevista correu super bem. No dia seguinte, deixou uma Sra. Henderson orgulhosa em casa para ir trabalhar. Imagine a surpresa dela quando pôs os pés na rua e teve uma visão perfeita de um Camaro 79 azul na frente da casa. Agora, imagine a surpresa maior quando percebeu quem era o motorista.
─ Billy? ─ ela chamou.
─ Ei ─ disse ele humildemente, saindo do carro para cumprimentá-la. ─ Me disseram que talvez precisasse de uma carona para o shopping hoje. Ou todos os dias a partir de agora.
─ Quem te contou? ─ ergueu uma sobrancelha.
─ Ah, você sabe. Nosso amigo em comum, Steve?
Aquilo a fez rir.
─ O quê? Sem chance.
Billy deu de ombros.
─ Ele provavelmente achou que isso a faria feliz. Não, espere, essas foram as palavras exatas. Faça. Ela. Feliz. ─ Ele olhou ao redor e seus olhos verdes pararam em uma bicicleta velha no quintal. ─ Você não ia com aquilo, não é?
─ Ia ─ ela retrucou. ─ Vou! ─ E então andou até a bicicleta.
─ O quê? ─ Ele a seguiu. ─ Qual é, , deixe-me levá-la ao trabalho antes de ir para a escola. Eu achei que as coisas estavam bem entre nós! Inferno, as coisas estão bem entre Steve e eu! Acredita que ontem ele passou...
Ela o interrompeu, sibilando.
─ Você fez coisas horríveis.
─ Fiz. ─ Ele se aproximou mais dela, sério, sem quebrar contato visual uma única vez. Seus rostos estavam apenas a centímetros de distância. ─ Mas eu não sou mais essa pessoa. Eu prometo. Você tem que confiar em mim.
─ Eu literalmente nem te conheço.
─ Deixe-me mudar isso.
Repetir exatamente a mesma coisa que ele havia dito na festa logo antes de se beijarem foi um golpe baixo que a abalou levemente, mas ela permaneceu impassível.
─ Tenho que pensar.
...
Ela espalmou o peitoral dele. Ele fechou a distância entre seus lábios, mas não chegou a fazê-los tocar ainda. Deus, ambos queriam tanto aquele beijo. Mas , ao mesmo tempo, não queria que ele pensasse que ela voltaria tão fácil; ela ainda tinha seu respeito próprio. Afinal, ele mexeu com seu melhor amigo e irmão.
─ Vá para a aula, Billy. ─ Com aquilo, ela o empurrou e subiu na bicicleta para ir ao shopping.
Mais adiante no dia de , as coisas corriam bem. Ela havia passado o primeiro dia sendo ensinada por Craig, outro funcionário da Scoops Ahoy. No momento, Steve, Nancy, Jonathan e Billy ainda tinham alguns meses de aula pela frente antes de terminarem o ensino médio – ao contrário dela, formada no ano anterior – então Steve bateria ponto apenas após o horário das aulas.
Ela havia se sentido um pouco envergonhada por ter que usar aquele figurino de marinheiro ridículo, mas conforme as horas foram passando ela acabou por gostar.
Pouco antes da mudança de turno com Steve e outra garota nova que eles ainda não conheciam, Steve chegou. Ele cumprimentou Craig rapidamente antes de andar até , parecendo nervoso.
─ Posso falar com você por um segundo?
─ Claro. ─ Ela o deixou arrastá-la para fora por um momento apesar dos protestos de Craig, que precisava de ajuda com os clientes.
─ É rápido, eu prometo! ─ Steve falou alto para ele, então abaixou o tom para . ─ Você quer Billy ou não?
─ O quê? ─ Ela achou aquilo incrivelmente engraçado.
─ É sério, . Eu fui até a casa dele ontem para dá-lo minha benção ou o que seja. Fui fazer as pazes, propor uma trégua, você escolhe. Sabe quanto do meu orgulho eu tive que engolir para fazer isso? Enfim, como se isso não bastasse ─ ele abaixou ainda mais a voz como se o que fosse dizer a seguir fosse pecado ─ ele veio até mim na escola hoje para contar que você o deu um fora!
─ Uau! ─ ela falou sarcasticamente. ─ Esse momento deve ter sacudido a Escola Hawkins.
─ Foco.
─ É claro que eu o quero, Steve! Mas não vou desistir tão fácil. Só estou me fazendo de difícil. Vou voltar atrás.
─ Ah, graças a deus!
ainda estava confusa.
─ Foi exatamente o que eu disse a ele! Isso!
Ela rolou os olhos e se preparou para voltar à loja, mas sentiu um aperto suave ao redor de seu antebraço antes que pudesse.
─ E eu também disse a ele para fazer aquilo.
Steve segurou os ombros de e fez o corpo da garota girar 180 graus para que ficasse frente a frente com ninguém menos que Billy Hargrove parado na praça de alimentação; flores em uma mão e um rádio na outra. Ele se atrapalhou para apertar o play, mas quando o fez, “No One Like You” dos Scorpions começou a tocar.
Todos pararam para olhar em admiração, sussurrando e apontando. engasgou. Steve a cutucou com o cotovelo, encorajando-a a seguir em frente, e ela o fez.
─ O que está fazendo? ─ ela perguntou ao aproximar-se de Billy, mas seu rosto estava iluminado; os olhos brilhando, um sorriso enorme no rosto, as bochechas corando. Ela não sabia, mas Dustin, Mike, Lucas, Will, as meninas novas Jane e Max (esta que ela ainda descobriria ser meia-irmã de Billy), Nancy e Jonathan estavam um andar acima, observando de longe.
─ Sem chance que Steve não o subornou para fazer isso ─ Lucas zombou. Dustin apenas o encarou.
─ Mulheres são poderosas ─ disse Max. ─ Além disso... Ele realmente mudou.
De volta à cena, Billy entregou o buquê de rosas vermelhas a .
─ Eu quero que você me conheça, . E quero te conhecer. Deixe-me contar sobre meu dia e ouvir sobre o seu. Vamos devagar se quiser, mas me dê uma chance.
Ela lambeu os lábios e mordeu o lábio inferior antes de pedir com um sorriso:
─ Coloque o rádio no chão agora mesmo. Senhora ─ ela chamou uma transeunte aleatória ─, pode segurar essas flores por um segundo? Obrigada.
Então ela impulsionou o corpo para cima e para frente, literalmente pulando no colo de Billy e envolvendo sua cintura com as pernas enquanto ele a segurava sem esforço algum com aqueles braços fortes. O beijo que se seguiu poderia facilmente pertencer a um filme.
Dustin soltou um grito engraçado; o resto do grupo ficou mais na deles, mas um pequeno sorriso surgiu nos lábios de todos; Max e Jane riram felizes; Nancy e Jonathan aplaudiram e assoviaram, encorajando outros presentes a fazer o mesmo; Steve tinha uma espécie de expressão saudosa no rosto, mas sorriu orgulhosamente de si mesmo apesar de tudo.
Quando e Billy separaram-se, ele disse:
─ As rosas foram ideia de Nancy.
Do outro lado da praça, uma garota de cabelos loiros e curtos aproximou-se de Steve.
─ O que foi isso? Ele a pediu em casamento ou algo assim?
─ Não! ─ Steve respondeu um pouco mais alto do que pretendia. ─ Foi mais um pedido de desculpas.
─ Ainda é cafona ─ ela comentou, mordendo um pedaço de doce e entrando na sorveteria. ─ Bem, hora de trabalhar.
Steve animou-se com aquilo e correu atrás dela bem a tempo de ver Craig acenando.
─ Robin, ei! ─ disse ele. Naquele momento, juntou-se a eles novamente, carregando o buquê em uma das mãos e com Billy em seu encalço segurando o rádio, agora desligado. ─ Steve, , essa é Robin, nossa nova colega de trabalho.
─ Isso, isso ─ ela disse de forma casual. ─ Vou cuidar de tudo a partir daqui, certo?
Nós vamos ─ Steve corrigiu. pensou ter visto algo acender nos olhos do amigo e encarou Billy para ver se ele havia notado o mesmo. A julgar pela cara que fez, ele havia. suprimiu uma risada. Ainda era estranho para cacete ter aqueles dois no mesmo lugar e as coisas estarem em paz.
─ Exatamente ─ Craig falou de novo. ─ Você e Steve trocam turnos comigo e . Simples assim. E por falar nisso... ─ Ele checou o relógio. ─ Estou fora!
As semanas seguintes pareceram um sonho. Billy dava carona para todos os dias antes de ir para a escola. Durante o almoço, às vezes achava um jeito de sair de fininho para encontrá-lo no estacionamento da escola, ou vice-versa; muitas vezes era Billy quem achava uma forma de ir encontrá-la no shopping. Eles logo se tornaram o casal mais quente e popular da Escola Hawkins – sim, mesmo que uma das partes nem mesmo estudasse mais lá. Juntos, eles eram poderosos assim.
Billy sempre fazia questão de jogar um braço ao redor dos ombros de enquanto passeavam ou apenas conversaram, deixando todas as garotas ao redor com inveja. E todos os garotos também.
Billy contava tudo para ela – tudo o que sempre guardou para si – e aquilo o ajudou a lidar com a raiva acumulada. Ele contou sobre o abandono da mãe e as circunstâncias sob as quais havia se mudado para Hawkins com a família há alguns meses. também explicou os motivos que a levaram a ir embora da cidade quase um ano antes, e também os que a fizeram voltar. Ambos sempre compartilhavam seus pensamentos mais íntimos. Era confiança perfeita.
Se aqueles pirralhos ainda não houvessem parado de perturbar Dustin após a ameaça de , eles definitivamente haviam após saber o quão foda era o cunhado do garoto. Ah, sim – Dustin eventualmente abriu-se para Billy, especialmente após as desculpas formais que o mesmo havia pedido a ele e os amigos. Max amava a cunhada também, e o sentimento era mútuo.
Billy às vezes jantava na casa dos Henderson. Às vezes ele ia até lá apenas para desabafar com e deixá-la cuidar dele, geralmente por conta do pai abusivo que o espancava e xingava de todos os nomes possíveis. já o havia conhecido; ela foi a um jantar na casa de Billy apenas para que pudessem tornar tudo oficial para ele e a madrasta. Ambos gostavam de classificar o evento como “poderia ter sido pior”, o que era bom o bastante. Eles ainda sonhavam em fugir de Hawkins algum dia.
Ah, e o sexo? O sexo era absolutamente fantástico. Bem, para ser justo, não havia nada que não fosse perfeito quando Henderson e Billy Hargrove estavam juntos. E eles sabiam que aquilo era apenas o início de uma linda – e foda – história de amor.


Fim.



Nota da autora: Oi meus amores, tudo bem? Eu escrevi essa fic, originalmente chamada Wind of Change, há um bom tempo, inclusive foi muito antes da estreia da terceira temporada de Stranger Things. Porém, ela estava em inglês, então resolvi traduzir e postar aqui no FFOBS. Espero que tenham gostado! Sei que o Billy é um personagem muito controverso, porém o que mais tem é fic com “vilão”, não é mesmo? Hahaha quem não gosta de um antagonista? Agradeço muito por terem chegado até aqui e peço que não se esqueçam de comentar o que acharam. Minhas outras fics são Love on Ice e Thelma e Louise. Até a próxima!



Qualquer erro no layoult ou no script dessa fanfic, somente no e-mail.


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