The Pogue Christmas

Última atualização: 10/12/2021

Capítulo Único

amava o Natal. Entre todos os feriados, o Natal era o seu favorito; gostava das comidas, das luzes, da energia que se instalava ali e até gostava do clima — mesmo ela morando em uma pequena ilha na Carolina do Norte que nunca nevava. Mas não estava tão ansiosa para o Natal esse ano, já que não passaria com sua família, mas, sim, em um evento chato com grande parte dos moradores do Figure Eight.
Procurava Kiara — sua melhor amiga — em meio às várias pessoas que estavam ali, não demorou a encontrá-la, já que a garota caminhava em sua direção com duas taças em mãos.
— Você viu o vestido da Rose? — a amiga falou, segurando a risada enquanto entregava a taça à amiga. — É champanhe sem álcool — pontuou, sorrindo.
agradeceu a bebida, procurando Rose Cameron, que estava com sua família, conversando com algumas pessoas. A mulher usava um vestido verde estranhamente chamativo com detalhes dourados que, quando batiam na luz, refletiam; ela, com certeza, chamava atenção mais do que qualquer um ali. arregalou os olhos, olhando o vestido da mulher.
— Se ela colocasse uma estrela na cabeça, diria que era uma árvore de Natal — Kiara riu.
— Kie! Fale baixo, alguém pode ouvir — xingou a amiga, bebendo um gole de champanhe.
— Aí, isso aqui é uma chatice — a amiga resmungou. — Não acredito que fui arrastada até aqui.
— Não é tão ruim — tentou mentir.
— Deus! Você é uma péssima mentirosa — Kiara falou, se apoiando na parede. — Até você, que gosta do Natal, está odiando.
— Não estou odiando, só preferiria não estar aqui — falou, fazendo as duas rirem.
— Olha, vou ter que voltar com a minha mãe, tudo bem? — Kiara falou, fazendo ficar confusa. — Ela está me obrigando a conversar com algumas pessoas, sabe, ‘tô de castigo desde o dia que quase fugi de casa. Sobrevive sem mim?
— Eu acho que sim — ela falou, vendo a amiga sorrir, andando em meio às pessoas.
bufou fraco, apoiando-se à parede, tomando o líquido em sua taça. Passaram alguns minutos e a garota se obrigou a conversar com algumas pessoas, mas as conversas eram as mesmas: "Como está a escola?", " Irá mesmo terminar os estudos em Nova York?", "Seus pais devem estar muito orgulhosos" e sempre fazia questão de responder educadamente e com um sorriso no rosto, que até fez sua bochecha latejar um pouco por causa do grande tempo que ela sorria.
Não tinha outras pessoas para conversar, Kiara era sua única e melhor amiga desde o maternal. Ela tinha alguns amigos pogues e, mesmo já tendo falado com eles uma ou duas vezes, nunca saía junto com eles, já que não sabia se iria ser tão bem vinda como Kiara falava.
Nunca foi próxima de Topper Thornton, Rafe e Sarah Cameron, não tinha nada contra eles, mas só não tinham muito em comum. Topper falava sobre negócios de seu pai ou sobre seu relacionamento perfeito com Sarah — e, mesmo fingindo se interessar, os assuntos a deixavam entediada —, Rafe era estranho e sempre tentava flertar com ela de alguma maneira; sempre pensava que ele flertava sem querer, mas Kiara dizia que ele era um babaca sem noção. Sarah não era tão ruim, conversavam, às vezes, mas não tinham muito em comum e ainda tinha o fato de Kiara odiá-la, o que fez não querer se aproximar muito da garota.
— Olá, , como está? Feliz Natal — alguém disse, fazendo a garota se assustar um pouco. — Você está bonita.
— Olá, Rafe. Feliz Natal — ela sorriu gentilmente. — Oh, obrigada, você também está bonito esta noite.
— Está sozinha? — Cameron perguntou, sorrindo um pouco arrogante pelo elogio.
— É, eu acho que sim.
— Trouxe outra bebida para você — ele disse, entregando uma taça.
— Muito obrigada — sorriu, pegando a taça.
— Não sabia do que você gostava, então achei que gostaria de vinho rosé.
Eles conversaram por um tempo, até ficou abismada quando passou quinze minutos de conversa e Rafe não flertou com ela nenhuma vez. Tinha gostado disso, conseguir conversar sem ter que ficar recebendo flertes e cantadas bobas, eles conversaram sobre o Natal, filmes, sobre praias e morar fora de Outer Banks. agradeceu internamente, aliás, só podia ser um milagre natalino Rafe estar agindo de uma forma amigável.
Mas os assuntos interessantes e legais foram por água abaixo quando um garçom loiro esbarrou sem querer no ombro do Cameron, ele estava com a bandeja vazia, então ninguém se sujou ou se machucou, mas ele ficou bravo.
— Pogue imundo — Rafe falou, revirando os olhos. — Não conseguem fazer nada direito.
Agora o assunto eram os pogues. Como eles eram sujos, idiotas e todo o tipo de xingamentos possíveis.
Se não fosse deveras educada, já teria jogado o resto de seu vinho na cara de Rafe para ver se ele aprendia a calar a boca. Mas ela sorriu, respirando fundo, pensando em um jeito de sair da conversa antes de se estressar e estragar mais ainda o seu feriado favorito.
— Rafe, com licença — a menina o interrompeu enquanto ele falava. — Preciso encontrar meus pais, te vejo depois, no jantar.
— Ah, sim, claro — ele assentiu, ainda um pouco estressado. — Quer que eu vá com você?
— Não, são só alguns assuntos familiares — falou, se despedindo.
A garota caminhou até o lado de fora da casa em direção à uma pequena varanda vazia, se apoiando nas grades, sentindo o vento bater em seu vestido vermelho longo, tentando respirar, se acalmar e não morrer de nervos. Pegou seu celular, mandando mensagem para Kiara, ela não aguentava mais ficar sozinha ali.

[Para Kiara]: Onde você está????
Quase dei um tapa na cara do Rafe.

Estava tendo o pior Natal de sua vida toda, odiava esses eventos, ela entendia que era importante para a aliança entre empresas e uma "boa convivência da comunidade", igual seus pais falavam. Mas, também, sabia que aquelas pessoas ali conversando e sorrindo amigavelmente — pelo menos, grande parte delas — também não queriam estar ali.
Pensou nos Natais felizes que passou com sua família, às vezes em Nova York, às vezes em Outer Banks. Ela sentiu falta do seu irmão e quis chorar.
Virou de uma vez só sua taça de vinho — que ela esqueceu que tinha álcool —, fazendo uma careta estranha.
— Wow! Parece que o Rafe é um porre com todo mundo, não só com os pogues — o garçom loiro falou ao seu lado.
— Ah, olá — a menina disse, meio envergonhada.
Só agora ela reconheceu que o garçom loiro era JJ, um dos amigos de Kiara que ela apresentou um tempo atrás.
— Olá, .
— Você é o JJ, certo?
— Yeah — o loiro falou, ajeitando a gravata borboleta que parecia estar um pouco desconfortável. — Como soube?
— Loiro, alto, com cara de arrogante... — pontuava as características do garoto com os dedos.
— Espera? Você acabou de fugir de Rafe Cameron e está me chamando de arrogante? — disse, bravo, enquanto ria.
— Estou brincando, JJ, te vi no Kegger quando fui com a Kiara um tempo atrás — ela falou. — E não estava fugindo do Rafe.
JJ riu, ironicamente, negando com a cabeça.
— Ah, claro que você não estava fugindo — ironizou. — Só inventou uma desculpa para ir embora.
— Isso mesmo — ela falou, sorrindo, ficando em silêncio por alguns segundos até tornar-se a falar. — Você está trabalhando no Natal, isso não é meio triste? — falou, olhando-o.
— Nem todo mundo bebe vinho caro no Natal, kook — JJ falou.
sorriu, como se tivesse uma lâmpada acima da sua cabeça, tendo uma ideia.
— Por favor, não se mexa! Nem um mísero músculo, eu já volto — falou, deixando o garoto com uma cara confusa.
entrou na sala onde tinha várias pessoas bem vestidas, a garota esbarrou em algumas pessoas e achou um garçom servindo alguns canapés.
— Você se importa se eu ficar com a bandeja? — disse, docemente, para o garçom que, mesmo parecendo confuso, entregou a bandeja à ela. — Muito obrigada!
Ela pegou a bandeja, andando meio escondida para não ser questionada sobre a bandeja, passando por um garçom que carregava taças de champanhe e pegou duas taças cheias, colocando na bandeja de canapés. caminhou até a varanda onde tinha deixado JJ, o garoto estava olhando para a porta que era a qual entrava.
— Ei! Falei para você não se mover! — a garota reclamou.
— O que você tem aí? — ele falou, encarando a bandeja.
— Bem, você disse que nem todo mundo pode tomar vinho caro, então eu trouxe champanhe e canapés! — ela sorriu. — Coma.
— Espera, como? — JJ falou, confusamente.
— Por Deus, JJ! Trouxe comida e bebida, então coma — ela falou, óbvia, erguendo a taça. — Um brinde à…
— Comida de kook de graça! — o pogue falou, erguendo a taça.
— À comida de kook! — ela falou, rindo.
Eles colidiram as taças, brindando.
não parava de rir por um minuto com as falas engraçadas e estranhas do garoto, eles conversaram sobre qualquer coisa possível, JJ falou sobre as aventuras no HMS Pogue, as brigas que já teve com Rafe e com outros kooks e as vezes que surfou antes de uma tempestade. falou como era Nova York, como estava ansiosa para estudar lá e ficar mais próxima de sua família e como era o Country Club e ambos contaram piadas bobas e estúpidas que faziam os dois gargalharem.
JJ ficou em silêncio por alguns segundos, olhando para frente.
— Por que você fez isso? — JJ perguntou.
— Como? — falou, confusa.
— Por que ficou aqui comigo e roubou comida para mim, quando você poderia simplesmente ter aproveitado a festa? — ele falou, confuso.
— Porque a festa está péssima! Kiara sumiu, não aguento mais falar sobre a escola ou sobre a empresa dos meus pais e eu realmente não quero falar com Rafe, Topper ou Sarah — desabafou. — Natal é meu feriado favorito e eu estou em uma festa chata.
— Ótimo lugar para passar seu feriado favorito — ele ironizou, rindo fraco.
— Você é uma boa companhia, JJ — ela disse gentilmente.
— Você também é uma boa companhia, mesmo sendo uma kook.
Os dois se encararam, tímidos, em silêncio. JJ passou a língua pelos lábios rapidamente antes de se aproximar da garota. Um salto alto foi ouvido se aproximando, o que fez os dois se afastarem um pouco.
, te procurei a festa inteira, querida! — sra. disse, se aproximando dos dois. — Ah, me desculpe, não vi que estava com alguém.
— Está tudo bem, mãe, já estou entrando. — falou, olhando a mãe, tentando conter o rubor em suas bochechas.
— Te vejo depois. — Maybank sussurrou perto dela, a fazendo sorrir. Ele pegou as taças, colocando-as sobre a bandeja, e se retirou do local. A garota se despediu com um pequeno tchau para ele e viu a mãe sorrir.
— Ele é bonitinho, não é? — falou, andando com a filha. somente riu.
A garota não conseguiu falar com Kiara como gostaria, a mãe de a avisou que o sr. e a sra. Carrera pediram para elas ficarem separadas durante a festa, já que Kiara estava de castigo.
Eram oito e meia, agradecia, daqui a uma hora seria o jantar e poderia dar o fora dali o mais rápido possível.
Avistou JJ indo em direção à cozinha e, como estava entediada, decidiu ir atrás do garoto. Ela caminhou em direção ao corredor que levava até a cozinha, esbarrando com alguém.
— O que caralhos está fazendo aqui? — JJ sorriu ao perguntar.
— Está um tédio lá — choramingou.
JJ olhou-a, pensando no que iria fazer.
— Olha só, kook, eu vou entregar essas bebidas e você me espera lá perto da saída de trás, beleza? — ele disse, colocando a mão no ombro da garota.
pensou por alguns segundos, mas logo assentiu, indo em direção à porta dos fundos. Ela olhou para trás para ter certeza que a mãe não estava procurando-a enquanto seguia para a saída de trás. Esperou por alguns segundos sentada em uma cadeira que tinha lá, ouvindo um barulho se aproximando.
? O que faz aqui? — Rafe perguntou.
— Respirando um pouco — disse, olhando os outros dois garotos se aproximando, era Topper e Kelce, eles vinham logo atrás de Rafe. — E vocês, o que fazem aqui?
— Vamos dizer que viemos respirar também — Kelce disse, arrogante.
— Olha, , aqui é a saída dos funcionários, não seria legal você ser vista aqui — Rafe disse, calmo, olhando a garota.
— Bem, então não seria bom para vocês também, certo? — ela disse, olhando a porta à procura de JJ.
— Quem você está esperando, ? — Rafe falou, olhando em direção à porta.
A garota travou por alguns segundos, pensando em uma resposta.
— Eu estou esperando a Kiara — suspirou, tentando enganar Rafe. — Ela ‘tá de castigo e os pais dela não podem ver a gente conversando.
Um barulho se aproximou novamente, o que fez os quatro adolescentes olharem em direção à porta rapidamente. Era uma menina com um vestido vermelho rodado, era Weezie, a irmã mais nova de Sarah e Rafe.
— Vocês estão aí! — ela falou, aliviada. — Papai ‘tá procurando você — falou, apontando para o Rafe. — E Sarah está procurando você — apontou para Topper. — Os garotos se olharam e entraram, seguindo a mais nova.
sentiu um grande alívio ao perceber que não era JJ, conseguia imaginar a confusão que iria acontecer, mas, agora, ela estava com medo, será que JJ esqueceu-a ali? Ou será que ele simplesmente desistiu de encontrá-la? começou a tremer a perna inquietamente.
— Ei, desculpa a demora, mas tive que inventar uma história para eu poder sair mais cedo. — JJ falou, sorrindo, chegando ao local.
Agora, ele não vestia mais uma roupa de garçom, ele usava uma camisa azul, uma bermuda cinza e botas de couro, que o deixavam extremamente bonito. Não que ele não fosse bonito, mas, com suas roupas, ele conseguia ser mais bonito ainda.
— Está tudo bem, Rafe apareceu aqui, querendo ou não foi melhor você ter se atrasado — ela sorriu, olhando para ele.
— Então, quer dar o fora daqui? — JJ falou, esticando a mão para a garota.
— Dar o fora? — ela falou, confusa.
— É — ele falou, meio tímido.
respirou fundo, olhando a porta novamente e segurou a mão de JJ, fazendo-o sorrir.
JJ a guiou até sua velha moto vermelha, ambos pareciam meio envergonhados, talvez por estarem segurando a mão um do outro, como se fosse algo natural, ou talvez porque não sabiam exatamente o que fazer. Quando chegaram, JJ tirou as chaves do bolso e ligou a motocicleta.
— Já andou de moto antes, princesa? — JJ perguntou.
A garota negou com a cabeça rapidamente, vendo o loiro sorrir para ela.
— Tudo bem, só suba e se segure em mim, ok?
— Tudo bem.
A menina subiu na moto com cuidado, abraçando Maybank pela cintura.
!? — ela conseguiu ouvir a voz do seu pai saindo da casa.
— Vai logo, JJ! — ela falou, abraçando forte sua cintura.
JJ não pensou duas vezes antes de acelerar a moto e começar a dirigir até o cut, segurava fortemente a cintura do garoto, apoiando a cabeça em seu ombro, o que fez JJ corar. Não demorou muito para chegarem em uma casa que reconheceu pelo castelo: a casa de John B, onde se lembrava de deixar a amiga ali algumas vezes, mas que, agora, tinha alguns pisca-piscas fora da casa, a iluminando.
O loiro pulou para fora da moto assim que estacionou, ajudando a garota a sair, os dois caminharam até a casa de John B. O loiro abriu a porta, fazendo um tipo de música para apresentar a casa.
— Bem, é aqui que eu moro — JJ falou. — Na verdade, eu moro com meu pai, mas, como eu passo mais tempo aqui… — disse, se explicando.
Era uma casa simples, bem bagunçada e um pouco suja, em cima da mesinha de centro dava para ser vista uma arvorezinha de Natal de plástico e mal montada. Em volta da árvore tinha algumas latinhas de cerveja e alguns baseados, mas JJ se apressou a pegá-los e guardar no bolso enquanto jogava as latinhas fora. A casa não chegava nem perto da mansão dos , mas não podia negar que era uma casa legal.
— Então, os presentes de Natal desse ano são latinhas de cerveja? — ela brincou.
— Ah, sim — ele riu fraco. — Me desculpe por isso, eu e John B não costumamos arrumar muito a casa — ele disse, sem graça, recolhendo alguns lixos do chão.
— Relaxa, JJ — falou, olhando-o. — Então… e John B, onde está?
— Foi para o Pope, provavelmente ele vem com ele depois — disse, dando de ombros.
— A cozinha fica ali? — ela disse, olhando para o relógio e apontando com a cabeça para o cômodo ao lado.
— Aham — JJ falou, confuso, se jogando no sofá.
A garota observou a geladeira, pensando por alguns segundos.
— O que você está procurando? — Maybank se aproximou da garota.
— Algo para a nossa ceia de Natal — disse, dando de ombros.
— Ceia de Natal? — ele falou, confuso.
— É, olha JJ, eu estava há duas horas naquele lugar esperando a ceia, porque eu estou morrendo de fome, então nós teremos ceia de Natal — ela explicou. — Aliás, minha avó sempre diz que a ceia cura e faz até os piores inimigos se unirem.
— Como assim a ceia cura? — JJ falou, confuso.
— Não sei também, nunca entendi essa parte — ela riu. — Você tem pão de hambúrguer?
O garoto abriu uma prateleira, tirando uma sacola de pães de lá.
— Kiara trouxe isso há uma semana, talvez esteja mofado — ele falou, abrindo o pacote. — Ei, não está mofado! Cara, eu podia ter comido isso hoje.
A garota riu com a feição indignada de JJ que ele fazia para si mesmo.
— Bem, eu vi uma churrasqueira lá fora, a gente podia fritar esses hambúrgueres — disse, animadamente.
O garoto sorriu para ela, concordando.
Os dois se encontravam na parte de fora da casa, estava sentada na rede e JJ arrumava a churrasqueira, eles colocaram uma mesinha ali fora onde tinha algumas cervejas para eles tomarem.
— Sério, o que você vê nisso? É horrível! — disse, fazendo uma careta estranha ao beber a cerveja.
— Olha, gatinha, vou te falar de novo — ele falou, se virando para ela. — Não é todo mundo que pode beber vinho caro, sinto muito se não agrada seu paladar — JJ falou, fazendo a garota revirar os olhos.
— Eu não gosto de álcool — ela deu de ombros. — Prefiro meu refrigerante.
— Para quê? Morrer de diabetes? — ele riu.
— E você morre de problema no fígado — respondeu com um sorriso divertido no rosto.
O garoto gritou de felicidade quando conseguiu virar o primeiro hambúrguer, fazendo a garota gargalhar.
O loiro gostava da risada dela, do jeito que ficava animada ao falar sobre sua família e, principalmente, gostava como ela prestava atenção em tudo o que ele falava. ouvia JJ, ela o fazia se sentir especial.
Os dois jantaram, rindo e conversando sobre qualquer coisa possível. Depois, eles se sentaram no sofá assistindo um filme ruim que passava na TV.
— Quero te mostrar uma coisa — JJ se levantou, criando coragem para pegar a mão da garota e levá-la até o quarto de hóspedes.
— O que foi? — ela disse, confusa, seguindo o garoto.
— Primeiro, quero te devolver isso — ele entregou um bracelete preto que a garota usava durante a festa.
— Você roubou meu bracelete? — ela falou, incrédula, colocando o acessório de volta no pulso. — Como eu não vi isso?
— Você estava ocupada demais caindo nos meus charmes, gatinha — ele falou, arrogante, jogando o cabelo para trás, fazendo a garota rir, revirando os olhos.
— Mas o que eu quero te mostrar é isso.
JJ pegou uma caixa cheia de fotos antigas, ambos se sentaram lado a lado na cama, olhava confusa para ele, que procurava algo no meio das fotos.
— Achei! — ele falou, pegando uma foto e mostrando para a garota.
A foto mostrava duas criancinhas se abraçando, uma menina ruiva de vestido bonito e um garotinho com o cabelo bagunçado.
— Deus! Isso foi na festa de aniversário da Kie! Eu lembro disso — ela riu. — Você foi meu primeiro beijo!
— É, a gente tinha 6 anos, o nosso grande beijo de 3 segundos e meio — ele riu.
— Não sabia que era você — falou, segurando a fotografia.
— Eu imaginei que não lembrasse — riu fraco.
Os dois se encararam por alguns segundos, tímidos.
— JJ a chamou.
— Oi.
— Quer refazer nosso beijo de dez anos atrás? — ele riu.
se sentiu quase como um morango ao perceber suas bochechas quentes, ela sorriu, assentindo.
— Okay, não se mexa, por favor, nenhum músculo, eh ahm… feche os olhos, é surpresa — ele falou, atropelando as palavras.
— JJ? — ela disse, desconfiada.
— Confia em mim, — ele falou, saindo do quarto enquanto a garota colocava as mãos cobrindo os olhos.
— Não espia! — JJ gritou.
Alguns segundos depois, podia jurar que conseguiu ouvir JJ cortando um pedaço de fita, ela estava mais confusa que nunca.
— JJ? — ela perguntou, ainda de olhos fechados.
— ‘Tá pronto princesa, relaxa, não vou te sequestrar — ele riu, pegando a mão dela. — Não abre o olho ainda.
Eles caminharam até onde conseguiu imaginar ser a porta da casa de John B, as mãos de JJ suavam.
— Pronto, kook, abra os olhos.
A abriu os olhos, se deparando com umas folhas grudadas no arco da porta com uma flor no meio.
Ele tinha tentado fazer um visco natalino?
Aquilo fez sorrir boba, olhando para ele.
— O que é isso, JJ? — ela questionou.
— A gente acabou de assistir um filme sobre pessoas que se beijam embaixo de um visco. Bem, você gosta de coisas natalinas e, como não vai ter um visco em Outer Banks, eu fiz um — ele disse, ansioso.
A garota negou levemente com a cabeça, sorrindo, enquanto levava a sua mão até a nuca do garoto, o puxando para um beijo. JJ a beijava devoluta, descendo seus braços para a sua cintura, os deixando mais próximos.
Mas foram interrompidos por uma buzina, levando a se separar de JJ, apoiando a testa em seu peito.
— Custava atender a porra do celular, ? — Kiara gritou de seu jeep. — Desculpa se interrompi, mas você sumiu!
Os dois se encararam, rindo.
— Feliz Natal, JJ Maybank.
— Feliz Natal, .


FIM.



Nota da autora: Sem nota.




Nota da beta: Para quem achou que precisaria aguentar a noite inteira uma festa entediante, Hope até que se deu muito bem fugindo com o JJ hahahahaha. Amei esse dois ❤️


Outras Fanfics:
➽ Complicated (Longfic - Em andamento)


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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