PARTE I.

“You sharpen words”
(Você afia palavras)
“To use like knives”
(Para usar como facas)


6 de Julho de 2005. Nova York, Park slope.

– Você deveria ter jogado essas coisas fora. – Caleb disse, observando meu quarto repleto de objetos que havia deixado por lá. Isso contava com: roupas, pôsteres de bandas que ela gostava e até mesmo o uniforme do colégio.
– Eu não vou levar nada disso para o lixo, vai que ela precisa e vem buscar. – respondi, puxando a mala de rodinhas – Principalmente a roupa do colégio.
– Você acha mesmo que a vai vir buscar o uniforme? – perguntou, rindo sarcástico – Nós já nos formamos, o que te faz pensar que ela vai usar essa droga mais uma vez?
Me calei, eu não tinha nenhuma boa resposta para dar quanto ao seu último argumento. Ele, meus pais e qualquer outra pessoa sabiam que as coisas da minha ex-namorada não haviam ido para o lixo porque aquilo eram as únicas memórias que eu tinha do nosso relacionamento. E a verdade era que, mesmo que eu quisesse esconder, fazia muita falta. Estávamos juntos desde o primário – não como namorados, óbvio –, mas sempre estivemos um do lado do outro. Ano passado, quando nos formamos, tudo acabou. Um ano se passou e eu ainda estava sentido falta da minha ex-namorada. Depois de passarmos dez anos juntos, era difícil ignorar o fato de que ela foi mesmo embora.
Os pais de Caleb haviam cedido a casa nos Hamptons e nós estávamos indo para lá. Gostaria de ficar na minha própria casa de praia, mas meus pais estavam com toda a família por lá.
– Qual é, . A única coisa que a faz é te deixar mal. – ele reclamou enquanto fazíamos o caminho até a porta. – Nós estudamos juntos quase a vida toda, eu gosto muito dela como amiga, mas sabemos que ela não depende de homem algum.
Eu apenas escutei e assenti, aquilo era verdade. Porém, no começo do relacionamento tudo se encaixava perfeitamente, eu ainda tinha esperanças que teria o coração dela para sempre. Mas a possibilidade disso acontecer foi pelo ralo quando ela me deixou pela última vez.

Flashback on.
– Por que você está tão nervosa? – perguntei, na tentativa de entender o que estava acontecendo.
– Você realmente está me perguntando isso?! – quase gritou – O problema não é com você e sim comigo, , você deveria saber!
Ela se sentou na ponta da cama com o rosto entre as mãos, estava uma pilha de nervos e eu não tinha a mínima ideia do que havia acontecido.
– Me explique, por favor. – me sentei ao seu lado e a puxei para mais perto de mim, tentando a envolver em um abraço.
se desvencilhou, balançando a cabeça em negação. Sua boca se abriu, mas ela parecia não escolher as palavras certas.
– Estou tentando não ser rude. – sussurrou, como se falasse para ela mesma – Mas tenho que ser direta, ; me diga que a caixa da Harry Winston não é sua e que sei lá, você está escondendo para um amigo. – soltou tudo de uma vez para ao final me encarar com uma feição que eu nunca saberia decifrar.
Ela tinha achado a porra do anel. Aquilo não poderia acontecer em hipótese alguma, ainda mais sem que antes nós conversássemos. As únicas coisas que passavam pela minha cabeça eram: quando e onde? – Você não podia ter encontrado. – murmurei.
– Ah não?! – perguntou irônica – E você esperava o que, ? Que comprar um anel em uma das lojas mais luxuosas da cidade me faria casar com você no mesmo momento?
Aquilo havia acabado comigo. podia ter dito qualquer coisa, menos achar que eu estava tentado comprá-la com uma merda de um anel.
– Eu não consigo acreditar que você está pensando que eu... – respirei fundo, ela havia conseguido me irritar – Toda vez que passávamos em frente daquela merda de loja você namorava essa porra de anel, eu queria ver você usando algo que você queria. Não o que fosse mais raro na cidade!
, eu não quis dizer isso. – me encarou, seu olhos estavam com algumas lágrimas – O anel é lindo, mas você sabe que o problema sou eu! – apontou para si mesma – Não estou pronta para casar.
– Não tente reverter o que você disse só porque estou irritado. Eu faço tudo por você, se não está pronta para se casar comigo então vai viver sozinha pro resto da sua vida. – soltei tudo de uma vez, mas uma pontinha de arrependimento bateu quando ela me olhou com a feição mais decepcionada que eu já havia visto.
– Vá à merda, ! – gritou, em seguida abriu sua bolsa e retirou de lá a caixinha de Harry Winston, arremessando a mesma contra mim – Eu nunca mais quero olhar na sua cara.
me encarou por míseros segundos antes de sair praticamente correndo de dentro do meu quarto.
Flashback off.

Ninguém além de mim e sabia do anel. Talvez sua melhor amiga soubesse da verdade, mas todos pensavam que havíamos terminado porque simplesmente não havia dado certo. Caleb não entenderia se eu contasse, ele era mulherengo demais para entender o que significava um pedido de casamento. E era ainda mais difícil aceitar o fato de que um ano havia se passado e eu ainda não havia me desfeito do anel. Por sorte, meus pais não inventavam de mexer nas minhas coisas, porque nenhum deles podia sonhar que eu havia gastado meu dinheiro em uma coisinha tão pequena e preciosa que foi totalmente negado por quem deveria estar com ele no dedo.

[...]


Geralmente, no verão, nós íamos para Coney Island e dividíamos nosso tempo entre a praia, parque de diversões ou então o boliche. Muitas vezes fazíamos um tipo de luau e ficávamos a noite toda na praia, o colégio era a melhor fase do nosso grupo de amigos. Mesmo que meu relacionamento com fosse conturbado e que às vezes ela fugisse de tudo e de todos por causa da sua fobia de relacionamentos, eu daria tudo para estar de volta a um ano atrás, para talvez, fazer tudo diferente.
Mas dessa vez, seria diferente. Nós estávamos “cansados” de fazer o programinha de sempre. Estávamos mais velhos e tudo havia mudado. O que eu mais queria era tomar um porre e ficar na piscina, ao invés de ter que ir jogar boliche ou andar na roda gigante com alguma garota. Foi por isso que Caleb fez tanto esforço para que os pais emprestassem a casa.
Quando estacionei meu Ford Gt 2004 na garagem, me dei conta de que já havia a presença de pessoas na casa. Era estranho, Caleb deveria ser o primeiro a chegar.
– Você não deveria estar aqui antes que todo mundo? – perguntei, pegando minha mala do banco de trás. – Acho que sim. – riu – Mas não tem problema, o cara que limpa a casa quando não estamos deve ter abrido para a galera, eu avisei para ele que uns amigos viriam.
Quando entramos na casa, meus ouvidos foram preenchidos por Hey Ya, do OutKast, a música provavelmente vinha da área da piscina. Duas garotas passaram por nós e acenaram para Caleb, elas estavam usando os famosos biquínis asa-deltas, mas saias jeans cobriam a parte debaixo. Então ele realmente convidou garotas, aquele era um ponto positivo.
– Você pode deixar suas coisas no quarto de sempre. – ele avisou, apontando para as escadas que levariam para o segundo andar – Eu vou ver se está tudo em ordem.
Assenti. Caleb era meu melhor amigo desde que éramos crianças. Nossos pais eram parceiros de negócios e fomos criados praticamente juntos. Geralmente, nós sempre separávamos um quarto “exclusivo”. Isso significava que se Caleb fosse para minha casa e tivesse mais alguém por lá, ele ficaria com um quarto só para ele e o pessoal dividia os outros. Isso também acontecia quando eu ia para sua casa, quando estávamos no primário sua mãe me tratava como um filho, e a minha também não era diferente com Caleb. Tínhamos certas regalias que outros colegas não podiam adquirir.
Subi as escadas rumo ao corredor dos quartos, o andar estava completamente silencioso. Abri a porta do meu quarto e apenas joguei as malas em cima da cama, saindo logo em seguida. Havia subido apenas para isso, na área da piscina existiam coisas bem mais interessantes. Ao percorrer o corredor – já que o quarto ficava ao final dele – escutei alguém subindo as escadas. O barulho nos degraus de madeira entregava ser uma garota com saltos altos. Continuei fazendo meu caminho até o topo da escada para dar de cara com uma pessoa que eu não esperava ver. Ela mexia no celular, parecendo extremamente distraída enquanto digitava um SMS. Demorou ao notar minha presença, mas quando o fez, seu corpo congelou no degrau que acabara de subir.
. – sua voz soou estranha, como se estivesse me cumprimentando de maneira forçada. E na realidade eu sabia que estava.
... – soei da mesma forma, eu mal conseguia olhar em seus olhos.
Caleb havia dito que ela não viria. Aquilo talvez fosse algum tipo de plano que ele mesmo deveria ter armado para tirar uma com a nossa cara. Forcei um breve sorriso para minha ex-namorada que permanecia parada no mesmo local, e então passei por ela, descendo a escada. Se não ficasse apenas de passagem seria uma longa semana. Apesar de ambos termos casas na cidade, era falta de educação ir embora. Mas seria simplesmente uma tortura ficar debaixo do mesmo teto que ela.

PARTE II.

’s POV.

e eu estávamos na mesma casa, e passaríamos a semana juntos. O pensamento de ir para a minha própria casa em Hamptons não saiu da minha cabeça nem por um segundo, mas Frann fez com que eu me acalmasse e pensasse que talvez não fosse tão ruim assim.
Quando o vi parado no topo da escada o primeiro pensamento que veio à minha cabeça foi o quanto eu havia sido idiota ao acabar com o nosso relacionamento por medo. Medo era o sentimento que me tomava toda vez que eu pensava em casar, e por não enfrentar isso, resolvi deixá-lo. era a melhor pessoa que eu já havia conhecido, ele merecia alguém que tivesse certeza do que queria.
– Por que você não me avisou que ele viria? – perguntei para Caleb, quando finalmente ficamos sozinhos no lado de fora de casa.
– Porque você não viria, e se você não viesse nenhuma das meninas viria. Você sabe que elas seguem você e a Frann para qualquer lugar. – Caleb explicou, eu ainda achava que era idiotice da parte dele. – , qual é, você foi embora. Quem deveria estar reclamando era o , não você. E veja só, ele está lá dentro curtindo com a Olivia enquanto você está aqui reclamando. – riu – Vá vestir umas polainas e dançar com as meninas enquanto assistem MTV.
Ele se levantou da cadeira de balanço e me deu um beijo no rosto antes de entrar. Caleb era uma das pessoas mais idiotas que eu conhecia, mas não trocava sua amizade por nada. Seu conselho era sobre relaxar com as minhas amigas, mas eu simplesmente não conseguia fazer aquilo dentro de casa, não com aquela droga de cena acontecendo quase na minha frente. Sentei-me de lado para não parecer tão curiosa ao observar os dois na sala de estar. estava sentado no sofá junto com essa tal de Olivia, sabia que ela havia estudado um ano conosco, mas simplesmente não conseguia me lembrar de nada de importante que ela havia feito no colégio. Ele estava com o braço ao redor de seus ombros, abraçando a garota enquanto tentava dar uma espiadinha no que estava por dentro do biquíni dela. Aquilo era o suficiente para me irritar.

Flashback on.
Guardar coisas no quarto do já não era nenhuma novidade mais. Nós praticamente morávamos juntos, mesmo que seus pais ainda fossem os donos do apartamento, eu vivia por lá com meu namorado. Meu uniforme do colégio ocupava um espaço em seu armário, e eu quis redecorar as paredes com os pôsteres das minhas bandas favoritas. Minha relação com ele estava se tornando completamente confortável, era como se eu não fugisse mais de relacionamentos.
Estávamos indo para a festa de aniversário da minha avó, apesar de não querer que fosse junto, era impossível fazer com que ele não me acompanhasse. Meu sentimento por ele era profundo, mas eu odiava chegar em lugares públicos com , porque ficavam sempre com as mesmas coisas de: "vocês já têm idade para se casar" "qual vai ser o nome do bebê?". Essas frases me aterrorizavam mais do que tudo, mesmo que eu gostasse de estar com ele.
Eu estava atrás do presente que havia comprado para minha avó, tinha certeza de que havia pedido para guardar em alguma das suas gavetas. Ele estava me esperando na sala, arrumei a desculpa de que precisava retocar meu batom para poder procurar o presente que eu não lembrava onde havia enfiado. já estava pronto, e eu também, se sofrêssemos algum atraso ele seria pequeno.
Abri a sua última gaveta e então, como esperado, encontrei o presente para Cece. Assim que peguei a embalagem, tive a visão de uma pequena caixa da Harry Winston. Não pude conter minha curiosidade – afinal, era uma caixa da melhor joalheria da cidade, talvez do país – e a peguei no mesmo momento, abrindo-a. A caixinha quase foi para o chão quando eu notei ser um anel de noivado. Assustada, fechei a caixa e a joguei para dentro da gaveta novamente. Eu esperava que estivesse guardando aquilo para algum amigo, porque se fosse para mim, nada ficaria igual entre nós dois.
Flashback off.

Peguei meus óculos escuros e o chapéu e resolvi entrar. desviou sua visão brevemente da garota ao seu lado para me encarar, mas isso durou pouco menos que cinco segundos, logo em seguida ele já estava flertando com ela novamente. Rolei os olhos, indo até a cozinha atrás das meninas. Encontrei apenas Frann e Tiffany sentadas em volta do balcão de madeira.
– Quem convidou a Olivia? – perguntei – Ela deve ser a pessoa mais irrelevante do nosso colégio, o que está fazendo aqui?
– Patrick ou Tony devem ter a convidado, porque sabiam que não ficaria com nenhuma de nós para te fazer ciúmes. – Frann explicou, me fazendo rolar os olhos – Eu sei, eles são idiotas. Mas não dê atenção que é melhor.
Assenti, me sentando junto com elas. Peguei uma garrafinha de refrigerante que Lottie ofereceu e fiquei ali. Provavelmente iríamos pegar um sol mais tarde, e eu poderia sair de perto de com seu novo affair.

– Os meninos estão querendo ir para a praia. – Lottie entrou no quarto avisando o que nós provavelmente faríamos de noite – Acho que para fazer um luau, eu não sei direito.
– Praia outra vez? – resmunguei, nós havíamos saído de lá não tinha nem três horas – Vocês vão? – perguntei para Frann e Tiffany que me olhavam desanimadas, aparentemente nenhuma de nós queria ir para o programinha chato deles.
– Eu detesto areia, vocês sabem disso. – Frann disse, e mesmo que indiretamente, já descartou o programa que os meninos iriam fazer.
– A proposta era fazer alguma coisa diferente esse verão, por que não vamos em uma festa clubber? – Tiffany se pronunciou, nos fazendo rir – Qual é meninas, faz tempo que não vamos a um lugar assim.
– Eu topo! – concordei, indo até minha mala para ver se tinha algo que combinasse com a temática da festa – E vocês? – me virei para as meninas que estavam sentadas nas camas.
– Eu não vou para praia, estou com você, . – Tiffany respondeu.
– Certo, então vamos procurar onde podemos encontrar uma festa clubber. – Lottie falou assim que percebeu que estava "sobrando" já que todas nós rejeitamos a programação dos garotos.

– Não é possível... – murmurei para Frann quando chegamos ao andar debaixo e vimos aquela criatura chamada Olivia grudada novamente em .
Aparentemente, minha melhor amiga também achava aquela situação ridícula já que a mesma rolou os olhos ao ver a garota ali. Não é como se eu bancasse a ciumenta, até porque eu mesma resolvi ir embora, mas a situação era ridícula. Além de nos colocarem na mesma casa, ainda precisavam chamar uma garota que ninguém dava a miníma para ficar em cima do em todo santo lugar?!
– Nós estamos indo para uma clubber. – Tiffany se pronunciou – Vocês vão mesmo ficar aqui?
– Vamos, estamos cansados demais para acompanhar as mocinhas. – Caleb falou, e eu tive que segurar minha língua para não perguntar do que eles estavam cansados, já que todo mundo havia ficado em casa o dia todo.
Por um lado eu fiquei “feliz”, pois se eles fossem junto eu teria de aguentar dançando com Olivia a noite toda, e isso não seria a coisa mais legal que poderia acontecer. Eu queria ficar tranquila com as minhas amigas, adorava sair para as festas com elas. Nós sempre tínhamos as melhores combinações de saias neons com meias ¾, e era divertidíssimo poder usar o quanto de pulseiras nós quiséssemos, além de aplicarmos mechas coloridas no cabelo. Tinha a impressão de que daqui poucos anos essa onde de festas ia acabar para nós, então enquanto tínhamos tempo eu não dava a miníma para os outros, queria me divertir o máximo que pudesse.

[...]


, me desculpa, poxa vida! Eu não fiz de propósito.
– Eu sei, Tiff. Relaxa.
Para variar, estávamos voltando mais cedo para casa graças a alguma cagada que alguém havia feito durante a noite. Desde que eu acabei com meu relacionamento, as meninas tentam me empurrar garotos em todos os lugares que vamos, e raramente isso dava certo. A merda da vez foi quando Tiffany se entrosou com um moreno bonitão e veio trazendo o cara até mim, sendo que no caminho para a festa eu repeti um milhão de vezes que queria me divertir sem ninguém no meu pé. O cara era realmente muito bonito, porém ninguém havia percebido que ele estava bêbado – ou drogado – até que derrubasse seu copo de bebida inteiro na minha roupa enquanto tentava me seguir até o karaokê – eu só queria cantar, mas aquele carrapato não desgrudava. Eu só não surtei na hora porque não queria que Tiff achasse que eu estava brava, mas eu estava, e muito.
– Meu Deus, o que eu tenho na cabeça? Eu sou muito burra! – ela bateu a mão em sua testa, continuando a se lamentar.
– Eu já disse que não tem nada de mais. – ri, tentando deixá-la mais calma – Isso acontece.
– Mas sua roupa está toda manchada, eu juro que vou comprar um conjunto novo para você e... – ela estava em desespero total, até que Frann a parou.
– Tiffany, que droga, da para se acalmar? – ela perguntou, nos observando pelo retrovisor do carro – não vai te matar por uma droga de saia e metade de uma blusa.
Após Frann falar aquilo Tiffany se calou. Sorri fraco para ela, tentando reforçar o que Frann havia dito antes; eu não estava nervosa por conta de uma mancha de bebida, e sim por elas tentarem me empurrar todo santo homem que aparecia na nossa frente.
Fomos para casa conversando sobre coisas aleatórias e escutando a música do rádio. O caminho não era tão longo, em menos de quinze minutos nós já estávamos estacionando o carro na garagem. A casa estava apenas com as luzes da piscina acesas, eu não sabia se aquilo significava que o programa deles havia sido pior que o nosso e eles já estavam dormindo ou se pelo menos os garotos estavam tendo uma noite legal. Assim que entramos, demos de cara com Caleb sentado no sofá. Ele imediatamente me encarou e disparou a rir. Cretino.
– Eu quero muito saber o que aconteceu. – ele disse, ainda rindo.
– Longa história. – rolei os olhos, vendo Tiffany me olhar com a maior cara de cachorro sem dono – Talvez amanhã eu te conte. – eu não contaria nunca o que havia acontecido, já havia dado as costas para Caleb para subir com as meninas, mas fui parada com ele segurando meu braço – O que foi?
– Preciso falar com você. – Caleb adotou uma feição séria, ele provavelmente estava querendo conversar mesmo.
– Eu já subo. – avisei para as meninas que apenas assentiram e continuaram o caminho para o quarto – Aconteceu alguma coisa?
– Está acontecendo, na verdade. – ele respondeu me deixando confusa – Precisamos falar sobre o .

PARTE III.

“Tell me how you really feel”
(Me diga como você realmente se sente)
“Write it on the bathroom wall”
(Escreva na parede do banheiro)
“If anyone was watching I know you'd say nothing at all”
(Se alguém estivesse olhando, eu sei que você diria nada)


's POV.

Eu estava cansado. Olivia estava sendo chata e grudenta, odiava garotas assim. No luau ela simplesmente não saía de perto. Eu tentei dispensá-la a noite toda, mas somente quando a mandei para o inferno foi quando a garota se tocou que eu realmente não queria nada. No começo do dia estava sendo legal, ela era bonita e fez sentir ciúme. Mas Olivia era meio insuportável, talvez fosse por isso que passou batida por mim em todos os anos do colégio.
Havia chegado em casa e aparentemente todos já estavam lá. Para um sábado, tudo parecia estar sendo chato demais. Não eram nem duas da manhã e ninguém estava acordado. Alguém estava na piscina, não diretamente na água, mas sim na varanda com as cadeiras de balanço. Resolvi ir até lá para constatar quem era a única alma viva que estava acordada, a porta de vidro estando um pouco aberta, possibilitava ouvir a conversa de quem ficava lá fora. Era Caleb falando ao celular ou com mais alguém que também estava acordado. Estava quase indo até o lado de fora quando escutei meu nome. Não era certo ouvir a conversa alheia, mas quando se tratava de mim eu tinha todo o direito.
– Eu não sei o que acontece, Caleb. – era falando, com a voz embargada – Eu já te disse, quis morrer quando eu vi ele com aquela garota.
– Eu não entendo, todo mundo sabe que você deu um pé na bunda dele. – Caleb respondeu, parecendo confuso – te comprou um anel de noivado, . E tudo que você fez foi ir embora.

O silêncio tomou conta do ambiente e eu já fiquei preparado para sair rapidamente dali no caso da conversa ter acabado. Porém, logo contra-argumentou.
– Eu sei que eu fui uma tremenda idiota, mas meu Deus, eu o amava tanto! Você sabe que o meu maior problema sempre foi sobre casamento.
– Ah, isso eu sei bem. – Caleb riu – Mas o relacionamento de vocês dois era intenso, você sabia que uma hora ou outra isso aconteceria.
– Eu sei... – suspirou, fazendo uma pausa – Continuo amando da mesma forma, ele só me assustou porque para mim foi um pedido precipitado demais.
– Mas você agiu errado, . Já parou para pensar que talvez ele pense que você o odeia?

Eu não tinha ideia do que sentia por mim. Não sabia se me senti aliviado ao ouvi-la dizendo que ainda me amava da mesma forma, ou se me senti pior ainda. Caleb havia perguntado exatamente o que eu gostaria de saber durante todo aquele tempo desde que havia me deixado. Eu não tinha a menor ideia se deveria atrapalhar a conversa e então falar com ou se apenas ficava parado ali, escutando. Resolvi seguir a primeira opção, mesmo não sabendo o que aquilo causaria.
? – me olhou assustada quando eu cruzei as portas de vidro e fiquei entre ela e Caleb.

's POV.

Assim que a porta se abriu por completo e a figura de surgiu entre a cadeira que eu estava e a do Caleb, paralisei. Eu não queria que ele tivesse escutado nada do que eu havia falado, era complicado, e apesar de querer ficar com , ele provavelmente não me queria de volta. Aquilo só pioraria as coisas.
– Posso falar com ela? – perguntou para Caleb que assentiu se levantando.
Caleb era um cretino, o que passava pela cabeça dele em me deixar sozinha ali com ? Ainda mais com a possibilidade dele ter escutado tudo o que eu disse. Se nossa conversa fosse um completo desastre – como eu já esperava, eu mataria Caleb.
– Olha, eu não sei o que você ouviu, mas... – eu tentaria começar a me explicar se não fosse cortada por .
– Eu escutei tudo o que precisava. – ele disse e se sentou ao meu lado – Sabe o que eu não entendo? Por que você simplesmente não consegue falar isso diretamente para mim? – perguntou, mas nem eu mesma sabia a resposta.
– Porque você não entenderia. – eu não queria ter aquela conversa, estava rezando para acabar logo – Talvez porque quando eu fui embora tenha parecido que não existiria mais nada entre nós, então por que eu falaria o que eu sinto?
, você sequer parou para pensar no quanto eu me remoí todos os dias procurando o que eu tinha feito de errado? – ele me encarou, pela segunda vez em menos de uma hora eu já estava quase chorando novamente – Caleb deve ter escutado mais do que qualquer psicólogo. – riu, balançando a cabeça negativamente – Você não tem ideia de como eu me senti quando você jogou o anel em mim e bateu a porta do quarto em seguida. – seu olhar que estava direcionado para mim caiu em algum ponto do chão, fazia aquilo quando estava chateado demais para olhar nos olhos de alguém. Eu era uma babaca mesmo.
– Me desculpa... – pedi com a voz extremamente baixa já que sabia que aquilo não valeria de nada – Eu sei que isso não vai adiantar nada, mas pelo menos você sabe que eu não fiquei tranquila depois do que fiz.
– Eu quero que você diga para mim tudo o que disse para o Caleb. – pediu, voltando a me encarar. Eu não sabia se conseguiria. Era uma situação totalmente diferente quando se tratava de falar meus reais sentimentos para bem na minha frente, me encarando do jeito que ele estava. Se eu estivesse sozinha, eu poderia até mesmo pagar uma de louca e sair gritando o que eu sentia, ou até mesmo decorar uma parede toda com frases que resumissem o meu estado. Mas tudo se tornava totalmente diferente com ele ali na minha frente.
– Certo... – fechei os olhos por um momento e respirei fundo, para em seguida voltar a encará-lo – Quando vi o anel pela primeira vez eu não sabia muito bem como me sentir, se quer saber, foi um dia antes de toda a confusão. Na festa da minha avó todas aquelas pessoas vieram atrás de nós perguntando novamente sobre casamento, eu me senti perdida, como se todos soubessem que você me pediria, menos eu. Foi por isso que eu agi daquela forma. – meus olhos voltaram a se encher de lágrimas, eu estava me sentindo tão fraca expondo tudo daquela forma, mas merecia saber – Assim que saí do seu prédio naquela noite eu quis morrer, peguei o primeiro táxi e fui para a casa da Frann, ela era única que me entenderia. Eu enlouqueci na primeira semana, não conseguia parar de pensar no monstro que eu havia sido, mas então eu liguei para Caleb e ele disse que você estava bem. Eu continuei me culpando por ser tão burra e ter feito aquilo, simplesmente pelo fato de que eu amo você mais do que tudo, e que eu deveria ter ido embora apenas se você não significasse mais nada para mim.
Quando percebi já era tarde demais para seguir meu plano de não chorar. segurou em minha mão e a apertou, gestos como esse só reforçavam o fato de que ele era ótimo demais para mim e que havia sido a pior pessoa do mundo.
– Eu juro que se não fosse pelo meu jeito impulsivo nada de mal teria acontecido, eu nunca quis te magoar.
– Obrigada por ter sido verdadeira comigo uma vez na sua vida. – sorriu fraco, se levantando e indo até a porta – Boa noite, .
Eu não estava entendendo absolutamente nada. realmente havia feito toda uma cena só para me ver desmontada diante dele?

's POV.

Eu não havia comentado com ninguém sobre o que acontecera noite passada. Na verdade eu ainda estava pensando se havia agido de forma certa ou errada ao fazer dizer tudo aquilo e simplesmente largá-la chorando do modo que deixei. Caleb, o único que estava meio por dentro dos últimos acontecimentos, não veio falar sobre o assunto. Era como se nada tivesse acontecido. Estávamos tomando café na varanda de frente com a piscina, o sol estava extremamente forte, provavelmente passaríamos o dia todo – ou boa parte dele na praia. Todos estavam lá, exceto e Frann. Da forma que minha ex-namorada era mimada, provavelmente fez a amiga ficar trancada no quarto com ela.
– Gente. – para minha surpresa Frann apareceu, com uma feição péssima, mas pelo menos havia saído do quarto – Alguém, por favor, pode me dizer onde a está?
– Ela não está no quarto com vocês? – Tony perguntou com as sobrancelhas franzidas, transmitindo todo sentimento de confusão entre nós.
– Não. – Frann, Tiffany e Lottie responderam juntas. – Ela apareceu ontem muito tarde. Nós chegamos e subimos, só fez o mesmo umas duas horas depois. – Lottie explicou.
– O que aconteceu, Caleb? – perguntou, já que antes de conversarmos, ela estava com meu melhor amigo.
– Nossa conversa foi rápida, eu não sei porque ela demorou tanto para subir. – Caleb respondeu, me encarando nada discretamente. Eles não podiam saber do que havia acontecido, ao menos que contasse para suas amiguinhas. Então o mundo todo saberia.
– O carro dela não está na garagem, as malas não estão no quarto, ela não atende o celular e também já liguei para sua casa daqui e ninguém sabe dela. – Frann bufou, mexendo em seu celular – Vou voltar para Manhattan.
– Espera, a gente vai junto! – Tiffany exclamou, mas Frann apenas negou com a cabeça.
– Seja lá o que você disse para ela, vou trazê-la de volta e você vai se desculpar. – Frann olhou de cara feia para Caleb, que riu inconformado, mais uma vez levando a culpa por minha causa.
– Posso falar com você? – pedi, me levantando da cadeira. Frann me olhou confusa, mas de qualquer forma saímos dali. Eu não falaria na frente de todo mundo – Eu acho que sei por que ela foi embora.
– O que aconteceu, ?
– Eu escutei a conversa dela com o Caleb, e depois fui falar com ela. – Frann mudou sua feição de quem estava confusa para quem queria cortar meu pescoço – me disse o que realmente aconteceu para ela ter ido embora da minha vida, eu apenas a agradeci por ter sido sincera e saí . – expliquei de forma simples, mas eu já sabia que Frann não entenderia, foi quando ela acertou um tapa em meu rosto que eu entendi o porquê ela e eram tão amigas. Era óbvio que uma fazia o que fosse para defender a outra – Você é louca? – perguntei inconformado, levando minha mão até o lugar do tapa.
– Louco é você! – ela praticamente gritou, bufando em seguida, completamente sem paciência – , como você pôde fazer isso? tinha dificuldades para conversar comigo sobre o assunto, então ela resolve te contar tudo e você finge que aquilo não valeu de nada?!
Droga, ela estava certa. Eu não sei onde estava com a cabeça para fazer aquilo. Talvez minha mágoa tenha ajudado para que eu fosse estúpido com , quando na verdade o que eu mais queria era a ter de volta, principalmente após o que ela tinha dito.
– Eu vou para Manhattan. Você fica aqui. – avisei, já indo atrás da chave do carro.
– Eu vou junto, . Não vai dar certo você ir sozinho. – Frann rolou os olhos como se aquilo fosse óbvio.

PARTE IV.

It's hard for me to make amends
(É difícil para mim fazer as pazes)
When you stab me in the back
(Quando você me apunhala pelas costas)


's POV.

Eu ainda não estava acreditando o que tinha acontecido. Não pensei duas vezes antes de ir embora daquela casa durante a madrugada mesmo. Somente Lottie estava acordada quando eu subi para o quarto, esperei que ela adormecesse e peguei minhas malas, voltando imediatamente para Manhattan. Talvez eu estivesse errada em não avisar nada, ainda mais tendo em vista as inúmeras chamadas perdidas em meu celular. Mas eu não estava disposta para conversar com ninguém, muito menos para dar explicações. Afinal, o que eu diria? "Abri meu coração para o e ele pisou em mim."
Estava na cama desde que havia chegado, meus pais não estavam em casa por conta da viagem para Paris, então quem estava tentando "mimar" era Charlotte, nossa governanta. Eu nem podia a chamar de "empregada" ou algo do tipo, já que a mesma era como uma mãe para mim. Eu só queria dormir, mas era praticamente impossível. "Obrigada por ser sincera comigo pelo menos uma vez em sua vida". havia realmente dito isso? A única coisa que passava em minha cabeça era o fato de que ele era um cretino.
– Senhorita ... – Charlotte foi entrando em meu quarto – Você tem visitas. – ela informou e ficou parada na porta.
Frann entrou. Eu estava mesmo precisando conversar com ela e pedir desculpas por ignorar todos seus telefonemas e mensagens. Charlotte saiu dali em seguida, dando espaço para outra pessoa. estava ali. A última pessoa que eu queria ver estava bem na minha frente.
– Você. – apontei para – Saia do meu quarto, agora!
, calma. Viemos acertar as coisas. – Frann caminhou até mim, como ela podia pedir para que eu tivesse calma? – veio se explicar.
Eu não queria ouvir nada que viesse dele, a noite anterior havia sido o suficiente para eu finalmente acordar de que a coisa certa tinha sido feita quando eu joguei aquele maldito anel em cima dele.
– Só cinco minutos, . – Frann pediu, eu acabei assentindo – Você tem pouco tempo para se explicar, boa sorte. – ela se levantou, passando por até sair do meu quarto, fechando a porta.
– Pode começar, . Seu tempo já está passando. – olhei para o relógio de parede do meu quarto, nem me dei ao trabalho de levantar, ficar deitada na cama estava bem mais confortável.
– Escuta, eu fui um imbecil, tá legal? – começou a andar de um lado para o outro, aquilo me incomodava – Nem eu mesmo sei porque te tratei daquela forma quando tudo que você estava fazendo era abrir seu coração.
– Que bom que você sabe que foi um imbecil. – sorri sarcástica – Era só isso? Você já pode ir embora.
– Não vou sair daqui até você falar que me desculpa. – parou de frente para mim, me fazendo rolar os olhos.
– Então você pode esperar sentado, fora do meu quarto, é claro. – bufei, ele estava me irritando. Levantei-me da cama para ir até o lado de fora ver se Frann poderia o tirar dali, mas me impediu, segurando em meu braço – O que foi?
– Você não muda mesmo. – ele balançou a cabeça negativamente – Continua sendo a mesma pessoa arrogante de sempre.
– E você continua sendo o mesmo merda de filinho de papai. – era para começar a jogar as coisas na cara? Então ótimo – Agora, mais do que nunca eu tenho certeza de que não me casar com você é a melhor coisa a se fazer. Nem com você e nem com ninguém.
soltou meu braço assim que eu terminei de falar. Ele me encarou por alguns segundos antes de se afastar e sair do meu quarto.
Eu não estava me sentindo bem em relação àquilo, mas uma sensação de alivio tomou conta do meu corpo quando ele foi embora. Era como se eu tivesse tirado um peso dos meus ombros, mas não da forma certa. De qualquer forma, era como se tivesse morrido para mim.
? – Frann entrou receosa no quarto – Você está bem?
– Acho que sim. – respirei fundo, sorrindo para a minha melhor amiga – Nada que uma viagem não resolva.
– Você quer voltar para Hamptons? – ela perguntou com as sobrancelhas franzidas.
– De jeito nenhum. – ri – Eu mando uma mensagem para as meninas enquanto escolhemos o destino.
– Você não muda mesmo. – Frann riu, me abraçando – Espero que essa sua sensação não seja passageira, não quero que você volte a ficar mal.
– Confia em mim, isso nunca mais vai acontecer. Acabei de me livrar de todo o peso que estava me puxando para baixo. Vou voltar a ser a mesma de sempre.

's POV.

“Foi mal ter sumido, vou resolver um assunto e já vou voltar para a casa. Já procurem alguma festa para virarmos a noite.”

Enviei a mensagem para Caleb que estava simplesmente insuportável perguntando onde eu havia me metido. Estava tudo acabado de qualquer forma, eu voltaria mesmo para a casa de Hamptons e ia curtir como era antes de entrar em minha vida de maneira amorosa. Mas antes eu realmente precisava resolver uma coisa crucial para colocar um ponto final em tudo. Assim que saí do apartamento da fui diretamente para o meu. Subi e fui até o meu quarto. As coisas dela ainda estavam ali, minha maior vontade era de atear fogo naquilo tudo – para ela ter um pouco do prejuízo que eu tive com o anel de noivado, mas pediria para que minha mãe enviasse para o apartamento de junto com aqueles malditos pôsteres e fotos que ela espalhou pelo meu quarto. Afinal, a maioria eu sabia que eram presentes de seus pais que por sinal eram extremamente diferentes da filha, então simplesmente escolhi as devolver. A pequena caixa da Harry Winston estava ali no fundo da mesma gaveta de um ano atrás, a peguei e coloquei dentro do bolso da calça. Eu jamais deveria ter gastado tanto dinheiro com algo precioso daquela forma.
Voltei para meu carro e segui o caminho para Hamptons. A sensação que eu sentia era de liberdade, tendo em conta que nos últimos tempos eu estava agindo feito um escravo, nada mais me deixava tão contente quanto lembrar que e eu havíamos acabado. Isso soava extremamente deprimente para mim alguns dias atrás, mas agora estava me deixa bem.
Quando cheguei até a Verrazano-Narrows, notei que o movimento não estava tão grande. Aproveitei para encostar o carro de forma que não atrapalhasse ninguém na passagem pela ponte. Desci do automóvel e fiquei alguns segundos observando a água que corria embaixo da ponte, então finalmente fiz o que deveria ter feito há muito tempo. Arremessei a caixinha com o anel para baixo, observando o objeto sumir em pouco tempo. Respirei fundo e então voltei para o carro. Comecei a dirigir novamente até o meu destino, com a sensação de que realmente havia acabado, aquele anel me prendia um pouco, era como se eu tivesse a obrigação de colocá-lo no dedo de enquanto ele estivesse por perto. Não valia a pena insistir em algo que não daria certo de qualquer forma. Eu estava me sentindo melhor e então finalmente tudo havia acabado.



Nota da autora: (11.03.2016) Nota da autora: VAI TER CONTINUAÇÃO SIM! Vejo você em “Affection”, Tidal Waves II.
Well, escrever essa fanfic acabou sendo um pouco mais “complicado” para mim, já que eu odeio deixar os personagens separados no final. Mas então o que aconteceu para eu ter feito isso? A vida aconteceu kkjskksk. Na verdade toda a história já puxava mais para o lado da separação do que do conciliamento deles. Mas enfim, eu espero que de qualquer forma vocês tenham gostado e não estejam querendo me matar por causa do final hahaha. Particularmente, essa é uma das minhas shorts favoritas que eu já escrevi até hoje, então do fundo do meu coração, espero que agradem vocês também. De qualquer forma, irei deixar o link do meu grupo para quem se interessar pela continuação ou por outras fanfics minhas. É isso, obrigada por lerem! <3
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Outras Fanfics:
Unnecessary Roughness – Outros – Em andamento.
Taunting Playbook – Outros – Em andamento.




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