Finalizada em: 25/12/2020

Capítulo Único

Estava alucinando ao pensar nos possíveis diálogos que aquele Natal teria e eu já queria sair berrando pedindo socorro ou até mesmo um coma pra não precisar comparecer.
— Sasha vai noivar no Natal, Charlotte! — soltei em desespero. — Eu vou ser a solteirona fresca que vai morrer sozinha. Estou imaginando todos comentando isso quando eu aparecer lá mais um ano solteira e sem ninguém. — Passei meus dedos em meus cachos longos e os puxei para trás em total agonia.
— Fica calma, ! — Charlotte se sentou na minha frente. — Sasha vai noivar com o Morris? Meu Deus, eu sempre soube que eles iam se casar!
Assenti com a cabeça ainda sem saber o que fazer a não ser olhar aquelas mensagens do grupo da família de novo. Até meu tio mandar:

vai vir sozinha de novo? Precisamos comprar um cachorrinho para ela.”
Quis morrer bem ali por causa disso. Qual a necessidade?

“Ou talvez um vibrador pra ela não ficar amargurada.”
Minha irmã Sasha respondeu, mas logo mandou que era brincadeira. Eu nem me dei o trabalho de responder nada daquele grupo.
— O meu ex namorado é irmão do Morris. O filho da puta que me traiu e disse que o meu destino era ser mãe de gato e cachorro — voltei a choramingar ao lembrar desse escroto que vai estar no Natal por causa dessa droga de noivado.
Estava feliz por Sasha e pelo Morris. Eles eram perfeitos juntos. Mas sabia que o feriado e as festanças seriam horríveis por causa dos comentários maldosos que iriam fazer à minha pessoa. Não deveria me importar com eles, mas meu ouvido não era pinico.
— Por que você não contrata alguém pra ir com você? — Arregalei meus olhos e encarei Charlotte na mesma hora.
— Como assim contratar? — franzi meu cenho vendo Charlotte pegando seu celular e depois se aproximando para me mostrar um aplicativo.
— Baixa no seu celular. É um app que você contrata alguém para sair contigo. Sim, é meio uma prostituição de fato, porque tem uns que topam sexo por dinheiro. — Meus olhos só se arregalavam mais ainda a cada informação. Aquilo era uma loucura genial! — Mas você pode contratar o cara pra fingir ser seu namorado, seu noivo, tudo que você quiser que ele seja.
Voltei meus olhos para o app e peguei meu celular no mesmo instante, baixando o mesmo aplicativo, ouvindo Charlotte rir disso e negar com a cabeça.
— Eu me sinto completamente estupida, péssima e horrível por estar mesmo fazendo isso. Mas ... — Suspirei. — Eu pagaria milhões só pra não ouvir nenhum daqueles comentários maldosos. Pagaria milhões para chegar lá acompanhada e fazer todos ficarem de boca aberta. Nenhum deles sabe da minha vida aqui mesmo. Seria o Natal perfeito — digo mais convicta disso, vendo Charlotte me apoiar com seus olhares e acenos.
— Se eu estivesse no seu lugar, também faria isso. Tem umas pessoas aí que são... Wow! — Se abanou, fazendo eu rir e começar a procurar no catálogo.
Charlotte tinha razão mesmo, era cada homem e mulher que tinha no aplicativo que te faziam suspirar. Acabei separando uns três caras que eram extraordinários. Dois eram loiros e um era negro. Todos perfeitos. Mas, mesmo assim, ainda estava em completa dúvida. Eu sentaria e rebolaria nos três, com toda certeza, porém eu não estava contratando para sexo. Precisava de um que realmente eu olhasse e pensasse que com esse homem eu me casaria até, porque queria que todos naquela festa o olhassem da mesma forma.
Minha amiga me trouxe mais café e eu continuei procurando, tantos rostos, nada de especial, talvez eu estivesse sendo exigente demais porque real aquela ideia era idiota e besta. Contratar alguém pra ser seu namorado. Parecia um filme da Netflix até. Estava quase desistindo mesmo e Charlotte tinha percebido isso. Ela pegou o celular da minha mão e ficou fuçando no app.
— Você pagaria muito mesmo por alguém? Porque tem a área VIP do app. — Dei de ombros e fiz que sim.
Dinheiro ali não seria problema. Ela suspirou e continuou procurando, fiquei tomando meu café e terminando a entrega do projeto para enviar no e-mail do meu chefe.
— Porra... — Virei meu rosto no mesmo instante que ouvi a loira soltar aquilo de uma forma que parecia que tinha ganhado na loteria. — Caralho, ! Eu achei seu cara. — Trouxe seus olhos azuis até mim.
— Cadê? Deixa eu ver! — Ergui a mão para ela me mostrar logo.
— Até eu pagaria tudo que eu tivesse só por uma noite com ele. Porra! Que homem! — Seus comentários me deixaram ainda mais curiosa, achei até que ela estava zoando com a minha cara.
Então quando Charlotte entregou meu celular de volta, olhei a foto do candidato. Meus olhos pararam ali naquele instante. Meu ar não entrou. Meu coração palpitou. Engoli a seco e me senti completamente hipnotizada por aquele homem naquela foto.
— Santo Deus! — exclamei sem ar.
— É, eu sei — Charlotte concordou sem ar também.
— Vai ser ele — disse totalmente confiante.
— Sério? Vai pagar por ele mesmo? Céus, estou com inveja até. — Ri fraco disso e apertei o botão para contratar os serviços dele.
. Só vem falando isso, sua idade e seu signo. — Retorci os lábios. — Recebi uma notificação dizendo para eu encontrá-lo no lugar da minha escolha, amanhã, na hora que eu quiser — contei em total animação.
— Ah, , cuidado!
— Você mesma me indicou o app, maluca. E eu vou escolher a tão clichê Starbucks porque ela vive lotada de pessoas e lá ele não poderia me matar. — Era a regra de encontros online, não ia descumprir.
— Boa! Dá uma olhada nas configurações de segurança também. — Revirei meus olhos porque era óbvio que eu ia olhar isso.
Fiquei mais algumas horas olhando as regras do app, ele dizia que após o contrato a pessoa contratada explicaria melhor a segurança, mas basicamente era que o site deveria ser informado de três em três horas se estava tudo bem, precisávamos mandar fotos para provar a segurança e tudo mais. No final de tudo, teríamos que assinar o fechamento do contrato e o pagamento era resolvido com o contratado.
Confesso que não consegui pregar o olho a noite toda. Fiquei ansiosa demais para aquela loucura, virando na cama e pensando o quão desesperada eu estava para fazer algo daquele tipo. Sabia que eu era sim uma mulher extremamente deliciosa, gostosa, linda e perfeita e conseguiria arranjar qualquer pessoa sem pagar nada. Mas estava sem tempo para isso e eu vivia sem tempo porque meu trabalho era prioridade na minha vida, isso me deixava sem tempo de namorar.
Dinheiro e sucesso. Era o meu lema. Sexo depois.

No outro dia, fui correr para ver se melhorava a ansiedade e piorou. Tomei um banho e fui para o escritório. Por sorte, eu estava bem centrada quando estava trabalhando e por isso consegui finalizar todos meus projetos para o final de ano e pude pegar minha semana de folga sem preocupação alguma. Antes de ir pro carro me olhei no espelho da minha sala e sorri de canto por ter gostado daquela camisa branca muito bem modelada no meu tronco, até abri alguns botões, uns três apenas e eles já davam um pouquinho da visão do paraíso. Tirei o blazer azul marinho com algumas listras que combinava com a calça porque estava um pouco quente lá fora. Então eu mesma aprovei o visual, não precisava ficar nervosa quanto aquilo, o cara estava sendo pago de toda forma.
Mas ele era tão lindo… Quer dizer, por foto ele era.
Chega de ficar pensando nisso, ! Peguei as chaves do meu carro e saí da sala, me encaminhando para o estacionamento, mas antes Charlotte veio até mim e me desejou boa sorte e me pediu para contar tudo para ele depois. Ri disso e concordei, ficando ainda mais ansiosa para ver o tal cara. Ele era bonito demais, era só isso que me vinha à mente. Puta que pariu, o homem mais gato que já tinha visto em toda minha vida, de fato que era, por isso estava com medo de ser apenas photoshop mesmo.
Estacionei o carro em frente à cafeteria. Respirei fundo umas trinta vezes até meu pulmão arder por causa disso. Repeti para mim mesmo “relaxa” e então saí do carro, o travando e entrando na cafeteria. Sentei na mesa mais no canto da loja, mas que dava uma visão para todas as pessoas. Pedi apenas um latte macchiato com canela e um muffin porque o da Starbucks era divino demais para não ser pedido.
Estava alguns minutos adiantada do horário combinado, mas era bom que eu avaliava o lugar primeiro e poderia sair correndo. Tudo bem, eu me proibi de sair correndo. Iria com aquela ideia, por mais idiota que fosse, até o final. Sorri em agradecimento quando meu pedido chegou. Antes que a garçonete me respondesse até ela perdeu o ar com o ser que havia acabado de entrar no estabelecimento. Prendi o ar e não consegui soltar de forma alguma porque respirar tinha se tornado impossível naquele exato momento.
O homem entrou com um terno todo cinza bem claro, cada peça muito bem desenhada para o seu corpo magro, porém extremamente definido. Seu cabelo com aquele corte perfeito da foto, estava perfeito demais. Ele tinha entrado com um óculos redondo estilo do Lennon. Conforme ele caminhava, o observei abrir os botões do seu blazer cinza, revelando uma camisa branca por baixo, com alguns botões abertos também, mas tinha mais que apenas três e pude ver um pouco do seu peitoral delicioso.
Deus do céu… Ele era ainda mais sexy pessoalmente. Ainda melhor em todos os sentidos e razões. Ele fez aquela cafeteria toda parar para olhá-lo entrar e isso me deu mais expectativas para quando o levasse para conhecer minha família. Aquilo seria incrível! O homem olhou em volta e eu levantei a mão, acenando para ele, que sorriu de canto e quase me fez cair para trás só por causa daquilo. Soltei o ar lentamente ao vê-lo caminhar até mim. Levantei assim que ele chegou à mesa para estender a mão para ele e ser cordial, mas ele simplesmente segurou minha cintura com força mesmo e me deu um beijo na bochecha.
Fechei meus olhos por alguns míseros segundos para me embriagar um pouco daquele perfume delicioso dele e só por aquela pegada na minha cintura eu já me desestabilizava inteira. Deus, como se respirava normalmente depois dessa? Ele só tinha pegado na minha cintura e me dado um beijo no rosto, era só isso, não precisava desse drama todo. Credo!
, muito prazer. — Ao se apresentar, tirou seus óculos de sol e pude ter o deslumbre daqueles lindos e únicos olhos. Os olhos dele eram lindos. Ele era lindo por inteiro.
. E o prazer é todo meu. — Sorri levemente para ele, voltando a me sentar e vendo ele fazer o mesmo. — … Wow.
— Gostou? — Arqueou uma de suas sobrancelhas com um sorriso no canto dos lábios.
— Combina perfeitamente com você. É lindo. — Cocei a garganta logo após de ter soltado isso, negando com a cabeça e ficando ainda mais envergonhada pela minha atitude.
— Obrigado. — Riu nasalado, mordendo de leve seu lábio. — Você também é extremamente bonita, assim como seu nome que, apesar da simplicidade do primeiro nome, te deixa mais única e singular. Isso é bom. Não existe outra . — Observei atentamente sua língua passando em seu lábio e quis suspirar com ele pronunciando meu nome.
— Ok, isso fez eu me sentir extremamente bem. Vou até pular a corrida matinal de amanhã depois desse elogio — confessei, tirando uma risada dele. — Mas você é pago para elogiar, certo?
— Não fui pago ainda. — Deu de ombros, piscando um olho para mim.
Sexy demais!
— Quanto a isso, como fazemos? Eu preciso de você por exatamente três dias e meio. Vamos para a casa de praia da minha família no dia vinte e três de manhã. Depois, no dia vinte e quatro vamos ter a ceia e tudo mais, no dia vinte e cinco o noivado da minha irmã, no dia vinte e seis voltamos para cá e encerramento de contrato. — Lambi meus lábios, dando um gole na minha bebida enquanto explicava para ele.
— Certo, perfeito. — Assentiu com a cabeça, pegando seu Iphone e digitando as coisas nele. — Vou te enviar por e-mail o contrato com o valor. — Levou seus olhos diretamente para os meus. — Agora me explique como será o serviço. O que exatamente você quer de mim? E eu acho bom avisar que o sexo não está incluso neste valor. Caso você queira, é acrescentado mais alguns zeros — ele comentou essa parte mais baixo, talvez pela discrição. Ele era bem discreto, o que era bom. Mas, mesmo assim, eu me senti envergonhada.
— O sexo não será necessário. Eu só preciso que você finja ser o meu namorado, apenas isso — comentei mais baixo, deixando o copo em cima da mesa. — Minha família tem que acreditar que somos namorados e estamos extremamente apaixonados.
Ele abriu um sorriso muito bonito, fechado e que se encaixou perfeitamente em seus lábios bem preenchidos. Os lábios dele eram muito mordíveis. Aquele homem inteiro era. Tão sexy que eu até cogitei pagar um pouco a mais para um sexo delicioso com ele, mas seria um desespero demais. Não iria pagar por sexo. Não mesmo.
— Ótimo. Você terá isso perfeitamente então. — Piscou seus olhos com graciosidade. — Para onde iremos? Como faremos para ir até lá?
— A casa fica em Brighton, é em frente à praia. Vamos de carro, eu contratei um motorista para nos levar. Não gosto muito de ônibus e evito avião — comentei, cutucando levemente minha bochecha interna.
— Perfeito. Então vamos combinar melhor como serão as coisas na viagem até lá. — Voltou a digitar mais algumas coisas no celular. — Acabei de enviar todos os detalhes para o seu email, senhorita . Caso haja mais algum detalhe que queira dos meus serviços, só me avisar, tem meu número no contrato.
— Combinado. — Abri um tanto mais meu sorriso.
— Outra coisa, a primeira parcela do pagamento deve ser transferida no primeiro dia que eu estiver com você e a outra metade pode ser feita no último dia, na hora que estivermos voltando para casa. — Observei ele bater um de seus dedos em seu queixo e tive que lamber meus lábios pela vontade imensa que senti de chupar aqueles dedos tatuados. Aquele maxilar dele, aquela barba.
— Vou deixar separado então para o primeiro dia. Obrigada por avisar. — Retomei meus sentidos e respondi mais séria.
— Vai ser um prazer fechar negócios com você — respondeu, se levantando logo em seguida. — Eu serei seu homem. Apenas seu por todos esses dias, todos esses segundos, . — Senti um arrepio na minha espinha com aquela voz deliciosa me dizendo isso enquanto segurava minha mão.
— Per-perfeito. — Não consegui não gaguejar, sem ar. — O prazer é todo meu, .
Ele sorriu um pouco mais e beijou minha mão, dando uma piscadinha que eu pude jurar que melou minha calcinha. Então se afastou, acenando com a mão antes de sair da Starbucks. Soltei o ar e suspirei com força. Terminei de beber meu latte e comi o muffin ainda sem ar por aquele homem.

***


A semana passou extremamente rápido, quando já vi era dia vinte e três. Estava pronta com as malas no carro já. combinou de vir até minha casa para eu não ter o trabalho de buscá-lo na casa dele. Ele era bem discreto mesmo porque nem seu endereço tinha acesso. Fiquei pensando que eu deveria ter mudado o meu também, o local de encontro, mas agora era tarde demais. Tinha que parar com essas paranoias.
— Bom dia, . — Despertei de meus pensamentos com aquela voz gostosa me chamando, virei meu rosto e vi caminhando pela calçada até mim. — Eu sou um pouco vaidoso e por isso trouxe mais malas do que realmente o necessário. Então já peço perdão por isso.
— Bom dia! Sem problema algum. O porta-malas é bem grande mesmo. — Ri um pouco disso, vendo-o sorrir para mim enquanto guardava suas malas.
Desci meus olhos por ele, que agora usava uma calça social preta, camisa um pouco mais larga e estampada, os clássicos botões abertos e o blazer no ombro. Ele se vestia muito bem também e assim como ele eu também era vaidosa, então conhecia todas as marcas de roupas, perfumes e sapatos. gostava do luxo, só usava marcas conhecidas e caríssimas. Mas também, pelo seu preço, pobre ele não era mesmo.
Entrei no carro antes dele, ele o fez logo em seguida e relaxou no banco. Mordi de leve minha boca ao olhar cada detalhe de sua mão, suas tatuagens, seus dedos. Aquela mão no meu corpo ia ser um estrago, puta merda, principalmente na minha bunda. Meus olhos subiram por sua calça, adorando saber o tamanho verdadeiro daquele volume ali. Pude sentir os olhos dele virem até mim e então deixei os meus subirem até os seus, que me olhavam com extrema intensidade.
— Essa camisa está mesmo boa? — perguntei. Não estava mais me sentindo tão confiante assim ao lado dele.
Céus! Eu deveria estar impecável.
— Pare o carro! Preciso trocar a camisa imediatamente — ordenei e o motorista me encarou sem saber o que fazer porque estávamos no viaduto. Não tinha onde parar.
— Relaxa! Você está perfeita. — Ouvi a voz do homem ao meu lado. — , você ficaria linda com qualquer coisa.
… Não precisa fazer isso — murmurei, retorcendo os lábios.
Ele não falou mais nada, apenas ficou me olhando com um brilho divertido nos olhos que me irritou um pouco. Tirei aquela camisa e me virei ali mesmo, conseguindo ter acesso ao porta-malas ao apenas levantar aquela tampa que estava presa ao banco. Abri minha mala rapidamente e quase caí quando o carro fez uma curva. Suspirei pesadamente. Peguei outra camisa, uma que tinha listras e que eu tinha cismado que ficaria melhor com aquela calça. Os olhos castanhos de não saiam de mim, isso me fez morder levemente o lábio inferior.
Acabei me distraindo com aquele olhar e fui tentar ser um pouco sensual ao vestir a outra camisa, demorando com os botões, mas acabei me desequilibrando no banco. A curva seguinte me fez voar para o colo do homem sexy e ele segurou minha cintura com pressão, não me deixando bater a cabeça na janela ao seu lado.
— Aparecer dessa forma seria uma excelente impressão. Você com a camisa toda desabotoada e no meu colo — ele sussurrou no meu ouvido, causando mais arrepios intensos pelo meu corpo inteiro.
— Desculpa… — murmurei, rindo sem graça e me sentando ao seu lado. Abotoei todos os botões rapidamente e respirei fundo, querendo afundar a minha cabeça ali no banco e me esconder.
— Fala sobre você pra mim. Preciso saber de muitas coisas já que somos namorados — ele comentou, me fazendo rir baixo e concordar com a cabeça. No entanto, acabei me distraindo com seus dedos vindo até meu rosto para ajeitar umas mechas soltas e bagunçadas. Fiquei presa em seus lábios por uns longos instantes e então pigarreei.
— O que você quer saber sobre mim? — Relaxei mais no banco e fiquei o encarando.
— Sua cor preferida. — Sorriu mais de canto.
— Amarelo e a sua?
— Depende do dia. Mas na maior parte deles é esse tom vermelho das suas bochechas. — Lambeu seus lábios, olhando de forma mais profunda para mim que até me intimidou, fazendo eu desviar por alguns segundos. — Você fica linda demais sem graça.
… Vamos deixar os elogios para perto das pessoas, por favor. — Era mais seguro assim ou eu iria querer voar nele, beijá-lo até perdemos a porra toda do ar.
— Como desejar. — Respirou fundo e olhou para frente. — Sua comida preferida. Seu doce também. Seu filme e série favoritos.
— Sou apaixonada por saladas, sei que é estranho alguém falar isso, mas eu amo saladas elaboradas. Principalmente com frutas misturadas — comecei respondendo, vendo-o voltar a me olhar com atenção. — Adoro bolo de frutas com muito chantilly, mas tudo com chocolate fica bom. — Isso tirou um riso dele. — Não vejo muitas séries devido ao meu trabalho, mas eu sou apaixonada pelo Nolan, Tarantino, Scorsese, porém também amo a visão única do Burton. — Fiquei levemente pensativa. — E eu posso ler e reler Norte e Sul que nunca vou enjoar.
— Que bom gosto! — exclamou, abrindo seu sorriso que era extraordinário demais.
— Obrigada. — Cocei rapidamente minha bochecha.
— Estamos namorando há quanto tempo? — perguntou, fazendo eu pensar sobre.
— Onze meses — respondi segundos depois
— Você está apaixonada por mim por quanto tempo? — Engasguei com aquela pergunta, tossindo um pouco.
— Como?
— Eles vão perguntar algo assim e você precisa ser convincente — disse calmamente.
— Você está apaixonado por mim? — devolvi a pergunta para ver sua atuação.
Ele riu baixo, lambeu seus lábios de forma sensual demais para o meu juízo e voltou a me encarar com bastante seriedade.
— Fiquei completamente maluco por você desde a primeira vez que te vi. Nunca encontrei ninguém com um sorriso tão encantador como o seu, seus olhos que fazem o ar nem chegar a entrar. Com certeza é a minha cor preferida. — Pisquei algumas vezes, ficando totalmente sem reação alguma com cada palavra. Ele não piscou, não gaguejou, simplesmente soltou com a maior naturalidade do mundo.
— Porra… Você é bom! — soltei, fazendo ele rir e negar de leve com a cabeça.
— Como é o sexo comigo? — Arregalei meus olhos e o encarei de novo. — , onze meses de namoro a gente já transa e muito. Podem perguntar isso para você no particular.
Ele estava certo. Iriam mesmo perguntar sobre o sexo para mim.
— Pode deixar que eu sei me virar com essas perguntas. — Puxei as mangas da minha camisa para cima.
— Você que sabe. — Piscou suavemente para mim. — Agora me conta da sua família, me conta sua história, preciso saber de você. — Lambi meus lábios com suas perguntas.
Vi ele se ajeitando melhor e deixando seus olhos que tinham um tom mais claro em mim, então comecei a contar toda minha vida para ele. Desde a minha infância, primeiro dente caindo, meus micos, primeiro amor, primeiro beijo e ele quis saber sobre a minha primeira vez. E eu percebi que eu estava adorando falar de mim mesma para ele. era um ótimo ouvinte, ele ria no tempo certo, sorria, fazia perguntas. Ele tinha um humor incrível. Era extremamente inteligente.

Conversamos sobre mim a viagem inteirinha até chegarmos a Brighton, na casa de praia. Assim que descemos do carro, vi se alongar e estalar de leve o pescoço. Os empregados da casa vieram tirar nossas malas e eu sorri para todos eles. segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos, isso me fez sorrir de leve para ele, então vi meus pais, minha mãe e meu padrasto, aparecerem na entrada e correrem até nós.
— Como você está linda, ! — Ouvi mamãe dizer assim que me soltou do abraço, deixando meu padrasto me abraçar rapidamente.
— Obrigada, mãe. Aliás, este é o — o apresentei, vendo ele sorrir cordialmente e apertar a mão de ambos. — Estamos namorando já faz um tempinho e decidi que era melhor contar isso pessoalmente.
— Muito prazer em finalmente conhecê-los. é tão ocupada que não conseguimos vir antes do natal para contar sobre o namoro. — Sorri disso porque ele era mesmo convincente, podia ver os sorrisos estampados nos rostos deles.
— Ele é tão bonito, . E o prazer é todo nosso! — mamãe respondeu extremamente feliz. — Seja muito bem-vindo, . Será uma honra tê-lo aqui.
— Bonita é sua filha, claramente teve a quem puxar. — abriu mais o sorriso, fazendo ela corar e ficar ainda mais a todos sorrisos com ele.
Então seguimos para dentro do grande casarão onde estavam todos nossos familiares, todos eles simplesmente pararam quando me viram com o . Vi todos com aquela expressão que eu mesma fiquei quando vi o moreno do meu lado. Bocas abertas, olhos arregalados, surpresa para todo canto. me abraçou pela cintura, me puxando para mais perto dele e deu um beijo na lateral da minha cabeça.
Todos vieram até nós nos conhecer, apresentei para todos e ele foi perfeito. Todos ficaram impressionados com cada palavra que ele soltou, seus sorrisos. Ele era assistido por todos em cada coisa que fazia e ele pareceu não ligar para nada disso. foi bastante carinhoso comigo em todos os momentos, beijava minha mão, me abraçava, ajeitava minhas mechas soltas e sorria para mim. Todos diziam que nunca tinham visto um casal mais apaixonado e perfeito como nós dois.
Até me senti um pouco culpada porque todos ficaram mesmo muito felizes por mim e era uma pena que tudo era mentira. Mas eu aproveitaria cada centavo que tinha gastado com aquele homem.

No decorrer da tarde, deixei com meu padrasto e alguns primos. Sasha me puxou com ela para um outro canto e eu sabia que aquele momento seria inoportuno. Ela me perguntaria mais coisas, mais detalhes e eu teria que ser cuidadosa em cada resposta porque ela poderia pegar a mentira.
— Como você conheceu esse homem? Ele é mesmo humano? Porra, ! — Ri disso e neguei de leve com a cabeça.
— Para de babar no meu homem. — O empurrei de leve. — Nos conhecemos em uma festa da minha empresa, conversamos pela festa inteira. Ele pediu meu número e no outro dia me chamou para jantar, aceitei de imediato, é óbvio. Quis transar com ele loucamente pela noite toda, mas segurei o sexo até mais uns três encontros. — Gravei essa parte toda disfarçadamente e mandei para o áudio.
— E como é o sexo com aquele deus grego? — perguntou mais baixo.
— Para de ser enxerida, Sasha. — Dei um tapa no seu ombro.
— Vai pagar de santinha agora? — Rolei meus olhos com isso.
— É incrível, extremamente delicioso. Ele é insaciável, tem um pau grande e grosso delicioso que dá vontade de ficar rebolando por horas. — Isso fez Sasha soltar uma risada um pouco alta e eu soube que era exatamente isso que ela queria ouvir.
— Fico tão feliz por você, maninha. — Sorri para ela e devolvi o abraço apertado que ela me deu.
Conversei com o Morris e brincamos muito sobre o noivado, comentei que estava extremamente feliz por eles e que eu já imaginava que aquele seria o final deles mesmo, eles eram perfeitos um para o outro. Morris também babou no meu suposto namorado e disse que também formávamos um belo casal.
— Não é que você conseguiu namorar mesmo. — Reconheci a voz de Logan no mesmo instante.
O maldito do meu ex-namorado.
— Não entendi seu comentário — rebati, erguendo uma das sobrancelhas ao me virar para encarar seu rosto.
Ele estava lindo como sempre. Loiro, alto, musculoso e bronzeado, parecendo até mesmo o filho do Thor. Mas o ego dele tampava todo o resto e ele se tornava ignorante, mesquinho e insuportável.
— Você tá linda. Gosto do seu cabelo comprido. — Desceu seus olhos por mim com um sorriso tendencioso nos lábios. — Achei que você iria vir e me implorar por um remember, sabia? Você me surpreendeu. Aliás, a todos nós. — Apontou para o lugar e eu rolei meus olhos.
— Obrigada pelo elogio e meu namorado também adora meu cabelo nesse comprimento, é melhor para ele puxar — rebati, passando a língua no canto dos lábios, sendo bem safada mesmo. — É essa quem eu sou… Um ser surpreendente. — Pisquei um dos meus olhos para ele.
— No próximo ano, esse cara não vai estar mais com você e então eu vou esperar seu pedido manhoso no meu ouvido. — Sorriu maldoso e eu quis muito socá-lo.
— Trouxe uma bebida para você, amor. — se aproximou, me entregando uma taça de batida de frutas. Sua mão forte agarrou minha cintura para perto e a olhada que ele deu em Logan fez até minha espinha se arrepiar. — . — Ele estendeu sua mão para Logan com aquele mesmo olhar de como fosse nada, um simples verme na sala.
— Logan. O ex da sua atual. — Segurou a mão de e tentou sair por cima.
— Uma pena para você, eu diria. Mas não acho, porque agora essa bunda gostosa é só minha. — Sorrio de canto para que me puxou contra ele, fazendo eu prender meu ar no mesmo instante.
— Ah, eu não… — não deixou nem ele terminar, apenas me puxou de frente para ele e me beijou.
Sim. Ele me beijou.
Fechei meus olhos no mesmo instante quando senti sua língua tomar minha boca com uma fome deliciosa, suspirei baixo ao sentir sua mão que estava em minha cintura descer até minha bunda e a agarrá-la com força. Segurei sua nuca com a mão livre e abri um pouco mais meus lábios deixando-o lamber o interior da minha boca inteira, me roubando a porra toda do ar e até esqueci que estávamos na sala da casa dos meus pais. Sua mão apalpava minha bunda de uma forma tão prazerosa que eu podia ficar excitada apenas com isso. Ele tombou sua cabeça para o lado oposto da minha ao girar o beijo e o deixar ainda mais erótico. Meus dedos apertaram a pele de sua nuca e puxou minha língua com seus lábios e a prendeu embaixo da dele entre o beijo.
Então ele desceu o beijo, mas antes de descer puxou e levou meu lábio inferior junto, tirando um suspiro fraco e sem ar meu. Seus dentes pegaram meu queixo e arfei com sua língua lambendo todo meu pescoço. Senti ele dar uns tapinhas deliciosos na minha bunda antes de se afastar.
— Isso sempre espanta ex-namorados babacas — comentou, dando uma risada vitoriosa e então lambeu seus lábios com muito desejo. — Ele simplesmente saiu e olha a cara de bunda que ele está agora.
Tentei recuperar meu fôlego, mas era impossível, sendo assim eu apenas beberiquei minha bebida e olhei para Logan, que estava mesmo com uma cara de bunda impagável. Parecia que tinha comido algo azedo e queria cuspir. Isso me tirou uma risada muito gostosa e até joguei minha cabeça para trás.
— Obrigada. — Voltei meus olhos para o homem incrivelmente lindo na minha frente.
— Não precisa agradecer. Sou seu namorado, esqueceu? — Piscou um de seus olhos para mim de uma forma sexy.
— Beijos estão inclusos no pacote? — Ergui uma sobrancelha para ele.
— Não. Mas eu abri uma exceção aqui. — Vi ele apoiar sua mão na parede atrás de mim e ficar mais perto. Mordi e prendi meu lábio inferior entre meus dentes ao descer meus olhos por ele todo até voltar aos seus olhos.
— Por quê? — Impulsionei um pouco meu corpo para frente para roçar no dele, assisti ele sorrir de um jeito insinuante para mim.
— Porque eu quis deixar aquele mané com aquela cara de bunda e eu pretendo fazer isso por todos esses dias para provar para ele mesmo que ele não passa de um idiota por ter perdido uma mulher como você. — Seus olhos estavam totalmente nos meus e eu esqueci como respirava mais uma vez.
Ele tinha que parar de me falar aquelas coisas ou eu acabaria tendo um crush absurdo em alguém que eu nunca mais veria.
— Não estou falando isso porque estou sendo pago, . Pelo pouco que passei com você, eu vejo como você é uma excelente pessoa, uma ótima namorada e além de ser realmente atraente. Você merece alguém muito melhor do que aquele babaca. Merece alguém que te dê o valor que você merece, que te trate como uma rainha e isso é só o mínimo. Não aceite menos que isso nunca, ok? — Sua mão esquerda veio até meu queixo, o apertando leve.
— Obrigada por me dizer isso, . Eu estou… Wow. Sério, sem palavras. — Abaixei meus olhos e mordi minha bochecha interna.
— Não precisa agradecer também. Só aceitar o conselho para sua vida. — Senti ele alisar de leve meu queixo com as costas de seus dedos e sorri para ele. — Que sorriso lindo, puta merda!
Abri mais o sorriso e fechei meus olhos quando ele beijou minha bochecha.
— O que mais eu tenho que você acha lindo? — ousei perguntar, segurando sua cintura agora.
— Hmmm… — Retorceu de leve seus lindos e beijáveis lábios, então se aproximou mais raspando seu nariz no meu.
e , venham ver isso! — não conseguiu me dizer mais nada porque minha mãe nos berrou, quis suspirar frustrada por isso.
Mas sentia aquele friozinho no meu estômago naquele instante. tinha flertado comigo? Porque pareceu muito, os elogios, seus toques. Parecia muito mais que atuação. Pelo menos era isso que eu queria acreditar quando eu sabia que ele deveria ser um excelente ator com todos seus clientes. No entanto, como eu esqueceria cada palavra? Só de lembrar de cada uma delas, meu sorriso aumentou em meus lábios. Um homem daqueles pensava isso mesmo de mim. Porra!
E sem mencionar que eu nunca mais esqueceria seu beijo. Como esquecer um beijo daqueles?

***


Minha mãe tinha nos colocado em um dos quartos de casal e eu fiquei claramente envergonhada por causa daquilo. Mas fingi muito bem que tinha adorado o quarto e também atuava absolutamente bem. Então quando ficamos sozinhos ele foi tomar um banho e eu fiquei no meu surto interno de ter que dormir com aquele homem maravilhoso do meu lado. E quando ele saiu apenas de cueca boxer, minha pressão quase caiu.
Meus olhos desceram por cada tatuagem que ele tinha, os músculos bem definidos e o tanto que eu quis passar minha língua por ele todo não estava escrito. Ele era definitivamente o homem mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida. A cada segundo com ele parecia concretizar mais essa ideia e eu desejei ardentemente vê-lo sem roupa alguma, quis ir até ele para tirar aquela única peça com a boca para então ter a visão completa dele.
Desviei meus olhos quando ele me olhou e corri para o banheiro, indo tomar um banho também e limitando meus pensamentos ou seria obrigada a bater uma pensando no cara que estava no cômodo ao lado e eu não era nenhuma adolescente para fazer aquilo. Então apenas tomei banho, vesti minha calcinha e pensei seriamente em fazer a mesma coisa que ele. Sair apenas com a lingerie para provocá-lo de volta, mas decidi que era melhor vestir a calça de moletom e a regata. Quando saí, estava pegando seus travesseiros e um lençol para cobrir o sofazinho que tinha no quarto.
— O que está fazendo? — perguntei confusa.
— Achei que você fosse se sentir mais confortável dormindo sozinha — respondeu gentil, sorrindo de leve.
Aquele homem além de sexy, gostoso, lindo, cheiroso, inteligente e sedutor ainda era fofo e um príncipe.
— Pode dormir na cama. Eu confio que você não vai abusar de mim ou algo do tipo — comentei, rindo fraco.
— E quem me garante que eu não vá ser abusado? — Balançou as sobrancelhas sugestivo.
— Ah, sobre isso eu realmente não posso prometer nada — brinquei de volta, vendo-o rir de um jeito muito gostoso.
— Olha que pervertidinha. — Gargalhei com o que me chamou e pela forma como pronunciou, o ouvindo rir também.
Então aceitou deitar comigo na cama mesmo. Ele fora super respeitador e se manteve totalmente do seu lado, não invadindo em nada meu espaço e eu me peguei desejando que ele tivesse invadido, que ele tentasse alguma coisa. Desejei seu corpo no meu pela noite toda e achei que iria enlouquecer, mas acabei pegando no sono uma hora e graças a Deus não tive sonhos eróticos com ele ao meu lado ou eu estaria encrencada demais.

No outro dia, descemos para tomar café com a família toda. ouviu altas histórias sobre todo mundo, a história da família, da casa, do meu pai e de tudo mesmo. Ficava triste porque todos ali tinham o adorado tanto, ele era incrível, fazia as piadas certas na hora certa, todos riam e adoravam a presença dele.
Fomos à área das piscinas aquecidas, já que estava uma tempestade de neve lá fora na praia. Ele ficou comigo o tempo todo de mãos dadas, me arrepiava sempre quando seu polegar alisava minha pele, mas o mais gostoso de tudo foi sentir que as pontas de seus dedos deslizaram pelas minhas costas, me fazendo arrepiar inteira. Pude sentir seus lábios deliciosos de novo no meu ombro, onde ele deixou uma trilha de beijos até chegar na curva do meu pescoço. Não aguentei e gemi fraco quando ele chupou levemente minha pele ali.
— Desculpa, é que não trocamos carícias a manhã toda e seu ex está de olho. Parece até marcação — ele sussurrou no meu ouvido, roçando seus lábios ali e eu quase subi em cima dele ali mesmo.
— Não precisa se desculpar por estar fazendo seu trabalho. Só que é difícil controlar minhas reações quanto aos seus toques — confessei baixinho, vendo ele se afastar apenas para olhar em meus olhos.
— Não quero que controle — disse bem sério.
— Não mesmo? — Ergui levemente a sobrancelha e assisti ele lamber seus lábios.
— Não — respondeu firmemente. — Faça o que tiver vontade de fazer.
— Hmmm, que perigo isso — deixei minha voz sair mais provocativa. — Quer ir nadar?
Ele riu baixo e fez que sim com um gesto, balançando a cabeça. Então levantamos de mãos dadas e seguimos para a piscina. Consegui sentir o vapor da água quente só por me aproximar e isso me fez morder de leve o lábio inferior. A piscina estava praticamente somente para nós dois, já que os outros estavam comendo, tirando fotos e discutindo os preparativos para amanhã e para a ceia de hoje.
O moreno me deixou encostada em um dos cantos da piscina e colocou seus braços em volta do meu corpo, segurando na borda da piscina ao me encurralar. Seus olhos castanhos com um tom mais claro estavam bem fixos nos meus e eu tentei manter os meus nos dele, mas eles me traíram e desceram para seus lábios. Por que ele tinha uma boca tão bonita como aquela? Céus!
— Você é tão bonito — sussurrei, unindo levemente minhas sobrancelhas ao desenhar cada traço do seu rosto com meus olhos e desejei fazer com meus dedos.
— Só por fora, . — Ergui levemente a sobrancelha com o que me pareceu um lamento. — Sou apenas beleza.
— Queria te conhecer melhor para discordar de cada palavra — fui sincera, recebendo um sorrisinho triste dele.
— Você se arrependeria porque nem mesmo eu sei quem sou. Tantos anos fazendo personagens, interpretando o que as pessoas querem que eu seja… Eu perdi meu verdadeiro eu. — Sua voz era extremamente baixa, isso me fez engolir a seco por agora imaginar como deveria viver aquilo. — Então eu sou realmente apenas isso que você enxerga.
— Admitir isso em voz alta é ter muita coragem, sabia? Isso te torna corajoso e é uma das maiores virtudes que podemos ter. Sua coragem é sexy, seus olhos mostram como você é determinado. Tem confiança em si e mesmo que seja somente na sua beleza, já é acreditar em você de alguma forma. Isso é lindo, , isso te torna ainda mais bonito. Isso te torna o homem perfeito. — Seus olhos subiram até os meus e pude ver pela forma como ele respirou fundo que ele sentiu minhas palavras. — Você ainda pode se encontrar, só basta querer. Não é tarde, nunca é tarde.
— Você acha isso mesmo? — perguntou baixinho, se aproximando um pouco mais do meu corpo e eu assenti com a cabeça. — Eu sou mesmo bonito aos seus olhos?
— O mais belo de todos que eu já vi — respondi com sinceridade.
Ele abriu um sorriso que era a própria definição de paraíso. Fechei meus olhos lentamente quando ele encostou sua testa na minha e sorri de volta com a ponta do seu nariz raspando no meu em um carinho que me arrepiou por inteiro. Suas mãos seguraram minha cintura e eu não aguentei. Avancei contra seus lábios, forçando os meus nos dele.
— Sasha precisa da sua ajuda, ! — se afastou antes mesmo de iniciarmos o beijo e eu suspirei frustrada.
Olhei para minha mãe e sorri amarelo. Justo agora? Porra!
— Nos vemos na ceia então — ele sussurrou no meu ouvido antes de se afastar e sair da água.
O que eu iria fazer da minha vida se tudo que eu queria na ceia era aquele homem?

***


O meu desejo por ele só piorou quando vi ele com um terno impecável vermelho. Sua pele morena tinha ficado perfeita com aquela tonalidade. Céus, ele ficava cada vez mais bonito e eu cada vez mais rendida por ele. Impressionante! Como eu faria para me desprender dele quando essa droga de contrato acabasse? Estava me culpando imensamente por estar me envolvendo demais com ele, mas eu queria demais conhecê-lo melhor. Saber quem ele é junto com ele. Queria sentir mais seus lábios nos meus, seu perfume, sua pele quente e macia. Queria sentir mais dos seus carinhos em mim.
Estava muito fodida por um cara que era pago para transar com qualquer pessoa.
— Você é a criatura mais bela que eu já vi em toda minha vida — ouvi ele dizer no meu ouvido enquanto entrávamos na sala de jantar.
— Não precisa exagerar, — comentei totalmente sem graça.
— Estou dizendo a verdade e eu já saí com muitas pessoas mesmo, . Acredita em mim que você é mesmo de fato muito muito muito bonita. — Ele parou de andar e se colocou na minha frente. Ele não facilitava minha vida mesmo. — A camisa vinho com esse blazer dourado combinou perfeitamente. Você com certeza seria o enfeite de Natal mais sexy de uma árvore.
Seu último comentário me fez soltar uma risada alta, jogando minha cabeça para trás. Neguei de leve e dei um beijo em sua bochecha como agradecimento.
— Vou ignorar você me chamando de enfeite de Natal. — Ele riu disso e beijou minha bochecha de volta.
A mesa estava espetacular, meus pais contrataram os melhores cozinheiros. Estávamos tendo um verdadeiro banquete. Todos extremamente elegantes. Os noivos estavam radiantes de lindos, estava absolutamente feliz por minha irmã. Tão feliz que meu coração realmente parecia estar quentinho. Era bom ver o sorriso no rosto sem sair um segundo sequer. A ceia foi extremamente divertida. Só gargalhadas que eram ouvidas, cada prato que era servido estava a perfeição na terra de tão divino que estava. E meus olhos sempre iam de encontro com os de , que estava ao meu lado. Ele manteve um sorriso espetacular nos lábios durante a noite toda.
Sentia sua mão segurar a minha vez ou outra, seus olhos virem até os meus com uma piscadinha super sexy que me fazia querer suspirar ali na mesa mesmo. Na hora dos doces, senti ele alisar minha coxa por baixo da mesa, então mordi minha língua e olhei para sua mão. continuou alisando, dedilhando até meu joelho e então voltando com os dedos para a parte interna, apertando suavemente.
— Você pode tirar minha mão, se quiser — sussurrou para mim, seus olhos pairavam em meus olhos e em meus lábios.
— Não quero tirar. Quero que continue — disse com mais firmeza.
Ele riu baixo e apertou bem gostoso minha coxa, tirando um suspiro baixo meu. Tive que pegar a taça de vinho branco e beber com mais avidez. Sabia que o vinho iria fazer o calor aumentar e aquele homem delicioso apertando minha perna daquele jeito só estava me fazendo perder o restinho de sanidade que ainda tinha.
O jantar terminou e fomos para a sala em frente à lareira. Sasha e Morris comentaram sobre a festa de noivado amanhã e anunciaram finalmente a data marcada do casamento, fazendo todos nós aplaudirmos e comemorarmos com mais champanhe rondando pela casa e eu já tinha bebido mais umas duas taças. Então decidi parar ou ficaria bêbada, não queria ficar alterada com dormindo comigo.
— Você tem uma família linda e incrível. Eu nunca fui tão bem tratado como estou sendo. — Ouvi dizer e isso me fez sorrir abertamente para ele, então o puxei para um abraço apertado.
— Você deveria ser tratado assim todos os dias da sua vida, — sussurrei no abraço, sentindo tudo dentro de mim querer suspirar comigo quando ele afagou minhas costas. Todo toque dele era perfeito. Puta merda!
Comemoramos até de madrugada, tinha sido muito bom e muito divertido. Eu podia dizer com todas minhas palavras que tinha sido sim o melhor Natal que eu já tive, mas ainda assim me deixava triste em pensar que eu tive que pagar para ter isso. E o pior de tudo era que depois de amanhã eu não teria mais aquele homem na minha vida.
Isso me deixou um pouco pra baixo no final da comemoração, então me despedi de todos e vim para o quarto. Tomei um bom banho e me deitei na cama com a habitual calça de moletom. Não demorou muito para que o entrasse no quarto e seus olhos vieram até mim. Observei ele respirar fundo ao encarar profundamente os meus olhos, então assisti ele tirar seu blazer vermelho e o deixar pendurado na poltrona. Mordi meu lábio ao vê-lo ser sexy até tirando seus sapatos e abrindo os botões de sua camisa enquanto caminhava lentamente até a cama.
— Algo me diz que tem algo de errado. — Sua voz saiu baixa em um tom de preocupação. Ele se sentou ao meu lado e levou sua mão esquerda ao meu ombro. Suspirei.
— É bobeira minha, — respondi baixinho. — Vai passar.
Sua mão subiu do meu ombro até meu pescoço, causando-me arrepios até seus dedos tocarem meu queixo.
— Posso te ajudar a esquecer essas coisas? — Meus olhos subiram até os dele com a intensidade que aquela pergunta fora feita.
— Como você vai fazer isso? — Minha voz saiu mais rouca que o costume.
desceu um pouco mais seu tronco, trazendo seu rosto para perto do meu. Seus lábios roçaram na minha bochecha onde ele começou a trilhar alguns beijos até chegar em meu maxilar.
— Se você deixar, eu te mostro como — sussurrou entre um beijo e outro.
— Não faz isso... Não me provoca assim — implorei porque eu não estava aguentando mais me segurar.
— Olha pra mim. — Ele se afastou e segurou meu queixo com força para eu olhar em seus olhos. — Eu quero você. Quero o seu corpo. Quero seus lábios. Quero sua pele. Eu quero você pra caralho, .
Sabia que não deveria me entregar daquela forma, mas não estava mesmo conseguindo resistir e isso me fez puxá-lo contra mim para então finalmente tomar sua boca deliciosa com toda a porra da minha vontade e desejo acumulado por aquele homem. logo se colocou por cima de mim, enfiando sua língua de volta na minha boca e eu suspirei baixinho quando sua língua pressionou a minha com uma puta força gostosa. Sua mão direita deslizava com pressão pela lateral do meu corpo até agarrar minha coxa com extremo tesão, a puxando para cima e fazendo aquela perna se enroscar em sua cintura. Suspirei forte e girei o beijo, rodeando sua língua com a minha como se estivesse lambendo por inteiro e isso tirou um gemido rouco dele.
Sua mão descia e subia por minha coxa, indo para o lado e depois para a parte debaixo. Sentia ele forçando seu quadril no meu e eu jogava o meu para cima de volta. Ele mexeu sua cabeça levemente de um lado para o outro ao esfregar nossos lábios e isso me fez colocar a língua para fora pra poder lamber seus lábios, isso acarretou uma impulsionada mais forte com seu quadril no meu. Suspirei um pouco alto por aquilo ter me excitado. esfregou com um pouco mais de desejo seu quadril e eu senti como nós dois estávamos ficando intensamente quentes. Então não aguentei e desci minha mão de sua nuca para o volume de sua calça, a colocando no nosso meio para que assim eu o apertasse.
— Ah, ! — Abri levemente meus olhos com ele gemendo meu nome e sorri enviesada.
Apertei de novo sua ereção por cima da calça, assistindo-o prendendo seu lábio inferior inchado entre seus incisivos. Deslizei minha palma até o cós de sua calça e adentrei tanto ela quanto sua cueca, conseguindo sentir todo seu pênis em minha mão. Gemi manhosa ao sentir como ele era grosso, macio, quente e delicioso. Puta que pariu!
Ele se afastou um pouco para abrir sua calça e descer o zíper para dar mais espaço para os meus movimentos. Então comecei a deslizar minha mão para baixo e para cima, suspirando fraco com ele ficando cada vez mais rígido entre meus dedos. tinha seus lábios entreabertos e soltava exclamações baixinhas e roucas que eram divinas de serem ouvidas. Ele estava me arrepiando todo com suas reações. Sua expressão de prazer fazia minha calcinha ficar extremamente melada.
— Eu preciso… — grunhi junto com ele quando senti a cabeça de seu pau ficando levemente melada. — Preciso te sentir, — gemi baixinho, rouca e passei meus lábios pelos dele.
Vi ele sorrir de uma forma que fez eu sentir coisas que eu jamais tinha sentido antes. Sabia que estava me envolvendo demais com ele, mas eu não conseguia evitar, não conseguia não ficar viciada naqueles olhos lindos me olhando daquela forma, naquele sorriso espetacular que parecia tão meu.
Queria aquele homem na minha vida.
Mas eu me contentaria com ele por uma única noite também que eu jamais iria esquecer.
— Quero que você faça o que você quiser comigo essa noite. Eu quero ser sua — falei extremamente séria, encarando seus olhos com a mesma seriedade e profundidade. — Eu contratei você para ser meu, mas agora, neste momento, nesta noite, eu quero ser sua.
Ele respirou profundamente, seus olhos bem fixos nos meus e seu ar sendo solto contra o meu rosto. Abri meus lábios com seu polegar, passando no meu inferior, o alisando suavemente e que mesmo assim já me fez respirar forte com aquele simples ato.
— Então você será minha. Só minha — sussurrou falho.
Seus lábios grudaram nos meus com pressão, com força, com vontade. Quando achei que ele ia tomar minha boca de novo, ele se afastou, ficando ajoelhado entre minhas pernas e então seus olhos desceram pelo meu peito nu agora que ele tinha tirado a minha regata. Observei ele desenhar cada tatuagem minha com seus dedos, me causando mais arrepios. Mordi meu lábio com ele chegando finalmente ao cós da minha calça de moletom, o que me causou mais gemidos manhosos para ele não parar. sorriu tendencioso e começou a abaixar minha calça pelas laterais. Ergui meu quadril para ajudá-lo a tirar tanto a calça quanto a calcinha junto. Suspirei baixo com seus olhos queimando de desejo na minha intimidade, agora totalmente exposta e completamente úmida.
Ele desceu seu tronco e eu automaticamente prendi meu ar com o seu sendo solto bem na minha virilha quente e molhada. Céus! Aqueles lábios delirantes tão próximos já faziam meu estado de molhada passar para encharcada. passou seus lábios macios pela minha buceta, me tirando um suspiro alto. Meu corpo quis começar a se movimentar sozinho se eu não o controlasse, mas estava difícil quando fazia aquilo com calma, apreciando cada detalhe da minha vagina com seus lábios delirantes, beijando toda a extremidade do meu interior. Levou seus lábios para o lábio esquerdo e depois lambeu precisamente o do lado direito, me fazendo delirar. Gemi alto com sua língua lambendo meu clitóris de maneira certa, sabendo exatamente onde ele se encontrava. Então esfregou sua língua no meio da minha entrada, onde já pude sentir melar mais um pouco.
— Que gostosa que você é. — Sua voz saiu ainda mais falha e baixa.
Então gemi um pouco mais alto quando ele simplesmente me engoliu inteira. Sem delongas. Sem pausas. Sem torturas. Enfiou toda sua língua para dentro de mim e chupou meu clitóris com muito afinco, aquilo me fez delirar a um extremo que eu jamais tinha ficado antes.
Aquele homem ia me enlouquecer!
Ele me chupava com tamanha vontade, fazendo a sucção com extrema perfeição, habilidade, deixando seus lábios apertarem sempre minha entrada, a chupando com mais força apenas para sentir o meu pré-gozo saindo. Senti minha buceta pulsar ainda mais contra sua boca e isso fez ele lamber com pressão onde eu era mais sensível, então começou a subir e descer com seus lábios, forçando aquela mesma área com a língua. Arqueei minhas costas e gemi um pouco mais alto, mais prolongado e desesperada por aquele homem. Ele não me deixava impulsionar o quadril porque seus braços mantinham meu quadril bem preso contra o colchão. Meu coração parecia querer sair pela boca de tanto calor que eu sentia, o suor escorrendo pela lateral da minha testa e umedecendo meu cabelo.
— Porra! — soltei extremamente alto, subindo minha mão direita até meu mamilo, o esfregando e apertando, sem controlar os gemidos manhosos que eu soltava juntamente aos mais altos. Com a outra mão eu agarrei os fios escuros de e os puxei levemente, isso fez ele aumentar o ritmo, me chupando com mais pressa, com mais violência até, o que acarretou minha pele ferver freneticamente dentro de sua boca deliciosa.
Quando ele parou e ficou chupando somente meu clitóris, eu me desfiz completamente. Nunca tinha gozado tão rápido assim em toda minha vida. Não consegui nem o avisar que iria gozar, mas quando vi ele estava tomando todo o meu líquido, lambendo todo meu interior, deixando-o completamente limpo, sem nenhum rastro de que tinha gozado pra cacete. Ele se levantou e suspirou alto, lambendo seus lábios de uma forma desejosa e absolutamente sexy. O volume em sua calça era enorme, dava para perceber o quanto suas roupas o incomodavam, mas ver a sua camisa totalmente grudada em suas costas suadas fez meus olhos queimarem pra caralho. estava ainda mais bonito, se é que isso fosse possível.
Observei ele morder e prender seu lábio inferior entre seus dentes ao retirar sua camisa e sua gravata, a camisa ele jogou no chão e a gravata ele veio até mim, pegando meus pulsos e me fazendo arregalar os olhos com ele amarrando os dois juntos e depois os prendendo na cabeceira da cama. Não disse nada porque sempre achei sexy o lance de ser presa e não iria reclamar nada por estar sendo por um homem daqueles. Ele se aproximou e beijou meus lábios de uma forma intensa, se afastando no instante seguinte, abrindo o frigobar que tinha no quarto, pegando uma das garrafinhas de bebida que tinha ali e um copo de gelo. abriu a bebida e tomou uns goles, em seguida subiu em cima de mim e despejou o líquido em meus lábios, me fazendo tomar e suspirar alto.
Seus lábios vieram aonde o líquido tinha escorrido pela minha bochecha e maxilar, então ele o lambeu inteiramente, limpando tudo e até sugando um pouco a minha pele de um jeito que arrepiou até minha alma. Não demoraria nada para eu ficar excitada de novo com aquele homem. Meu corpo parecia ser tão dele que já estava reagindo aos seus toques. Ele se afastou e terminou de beber o que tinha na garrafinha. Em seguida, de uma forma totalmente inesperada e brusca, ele pegou meu quadril e me virou na cama, me deixando de costas para ele, fazendo meus braços se cruzarem por estarem amarrados e presos na ponta que a cabeceira tinha. Minha bunda ficou bem empinada em sua direção e isso me fez olhar pra ele por cima do ombro e sorrir safada.
Gemi fraco ao sentir um tapinha direcionado à minha nádega esquerda e isso me fez empinar um pouco mais. Senti mais outro e outro, tirando uns suspiros altos e sôfregos meus, até sentir seus dedos passarem pelo meio, onde ele fez questão de esfregar meu ânus bem lentamente, forçando seus dedos ali e me levando a mais uma loucura com mais gemidos intensificados pelo quarto. Ele pressionava e apertava as pontas de seus dedos em minha entrada, a estimulando, a deixando tão quente com aquelas esfregadas que eu mal percebi que rebolava contra seus dedos.
— Sua bunda é muito linda. — Sorri de canto ao ouvir seu elogio.
— Prova ela então — pedi maliciosamente, vendo-o rir nasalado e assentir com a cabeça.
Ele ergueu seu braço e pegou um cubo de gelo do pequeno balde que tinha na mesinha ao lado. se levantou um pouco mais e senti sua ereção contra minhas nádegas quando ele trouxe o cubo até meus lábios. Sorri fraco com ele passando o gelo entre eles e deixei minha língua brincar com ele, sentindo me molhar com aquele pequeno cubo ao passar pela minha boca, queixo e maxilar, me causando arrepios intensos por ser gelado e sexy. Gemi um pouco mais manhosa quando o cubo passou por meus mamilos, os deixando ainda mais rígidos e eu ainda mais excitada. Enquanto fazia isso, ele movimentava levemente seu quadril contra mim, fazendo meu corpo pegar mais fogo.
Então ele levou o cubo de gelo até sua boca e o deixou preso em sua língua. Virei um pouco mais meu rosto ao observar ele se abaixar novamente, suspirei quando ele abriu minhas nádegas e passou sua língua com o cubo bem no meio. Deslizando aquela sensação gelada e arrepiante pela minha entrada. A água que escorria do gelo passava por toda minha bunda, escorregando até minha buceta, onde me causou ainda mais arrepios que eu jamais havia sentido antes.
Um gemido estrondoso escapou da minha boca quando voltou esfregar o que estava restando do gelo no meu ânus, o que acarretou eu movimentar meu quadril contra seu rosto em uma súplica por mais. Ele me deu mais. Sua língua esfregou aquele pequeno pedaço de gelo até ele derreter todo, deixando minha entrada gelada e ao mesmo tempo ainda mais pulsante. Não aguentei e urrei pelo quarto com sua língua me invadindo. Rebolei contra seus lábios, contraindo levemente minha entrada para deixar um pouco mais apertado e isso fez gemer rouco, fazendo o que antes estava gelado agora estar pegando fogo.
Sua mão começou a apalpar meus grandes lábios e isso resultou ainda mais investidas minhas contra seu rosto. Meu quadril se movimentava de baixo para cima, eu podia sentir a ponta do seu nariz sendo esfregado junto e eu gemi. Puta merda, como eu gemi! Os meus olhos se revirando dentro de minhas pálpebras. Minha respiração novamente naquele estado ofegante, os suspiros totalmente falhos e descompassados. Meu abdômen ficava se contraindo sempre que sua língua me invadia por completo, fazendo minha entrada se abrir e fechar ainda mais contra seus lábios. Estava indo até o limite da insanidade e da loucura com aquilo.
Aquele homem estava me fazendo delirar.
Ouvi ele gemer rouco contra minhas nádegas e então se afastou. Desamarrou minhas mãos e me jogou de volta na cama, deitando por cima de mim e me fazendo gemer quando senti como ele estava excitado assim que o mesmo esfregou seu quadril no meu. Sua língua tomou minha boca com tamanha vontade, sua língua prendia a minha e a puxava contra a dele e eu fazia a mesma coisa. Meus dedos agarraram seu cabelo com vontade, suspirei e gemi alto naquele beijo totalmente desesperado, insano e completamente erótico.
passou seus lábios da esquerda para a direita, deixando sua língua deslizar por baixo da minha. Seu quadril pressionando o meu e o meu se jogando contra o dele, sentia minha pele queimar mais com aquele beijo completamente fervente como o inferno. Não aguentei e desci minhas mãos até sua calça e desci o zíper, mas quando fui abaixá-la juntamente com sua cueca, o moreno parou o beijo e tirou minhas mãos. Encarei seus olhos com um pouco de surpresa.
— Eu quero que você me foda — pedi, deixando minha voz transparecer todo o tesão que eu sentia por ele.
— Não… Eu não posso fazer isso, . — Ele fechou seus olhos ao sussurrar isso.
— Não vai ser de graça, . Eu vou pagar cada centavo dessa transa — falei séria com ele.
abriu seus olhos e o que vi ali me machucou um pouco, ele pareceu ter ficado chateado. Ele engoliu a seco e soltou o ar pesadamente, então se levantou, saindo de cima de mim. Peguei o lençol e me cobri no mesmo instante, me sentindo exposta e com vergonha agora por ter pedido aquilo. Ter realmente dito que eu pagaria para transar com ele.
Ele não disse mais nada, apenas pegou um casaco e saiu do quarto. Fiquei encarando a porta, querendo muito ir atrás dele, mas não tive coragem para tal coisa. Estava me sentindo envergonhada demais. Achei que ele quisesse transar comigo também. Por que ele não aceitou o dinheiro? O que estava acontecendo?
Acabei dormindo na minha própria decepção e frustração.

O sol do dia 25 de dezembro invadiu o quarto e eu grunhi por ele ter feito minha vista arder. Sentei na cama e me levantei no momento seguinte. Fui tomar banho ouvindo minha família inteira cantar Mariah Carey lá embaixo e suspirei fraco. Estava me sentindo um lixo e não entendia o motivo. Não deveria me sentir assim por ter oferecido dinheiro para um prostituto. Não era isso que ele era?
Não, pelo menos não queria que fosse um para mim. Queria que ele fosse o meu . O meu homem de parar o trânsito. Sim, eu estava me sentindo dessa forma porque eu realmente tinha me apaixonado por aquele homem que eu mal conhecia. Como isso era possível?
Saí do banheiro e vesti meu jeans apertado, a camisa estampada e minhas botas. Decidi prender meu cabelo em um coque e saí do quarto depois de me sentir preparada para o que quer que eu tivesse que enfrentar no dia de hoje. Assim que cheguei aonde todos estavam reunidos, meu coração parou quando não vi ali. Puxei o ar com mais força e sorri quando minha mãe veio me abraçar, me dando um beijo na bochecha.
— Por que o seu namorado saiu cedinho hoje? Vocês brigaram? — perguntou preocupada e eu suspirei baixo.
— Ele não é meu namorado, mãe — assumi de uma vez aquela vergonha pelo menos para ela. — Fiquei com tanta vergonha de aparecer aqui sem namorado que contratei um cara de um app para fingir ser meu namorado. — Deixar a derrota sair em voz alta me fez soltar o ar pesadamente.
— Oh, meu amor, não há vergonha alguma em ser solteira. Você é linda, bem-sucedida, não precisa de ninguém para te completar. — Sorri fraco com suas palavras e suas mãos segurando meu rosto.
— Não quis ser chacota como sempre sou. Todos fazem piadinhas horríveis e maldosas comigo, não quis suportar isso esse ano. — A abracei forte e fechei meus olhos com seus dedos fazendo um carinho doce no meu cabelo.
, por mais que o fosse contratado… Não sei, filha, ele te olhava de uma forma que parecia além da atuação. Ele te olhava com um brilho lindo nos olhos, como se você fosse a mulher mais bela que ele já viu e você é mesmo. Ninguém supera minha menina. — Abri o sorriso e me afastei do abraço para olhar em seu rosto.
— Acho que só fazia parte do contrato, mãe. E o pior disso tudo é que eu realmente estava gostando dele. Sou uma tola, não é? — Ri fracassada mesmo.
— Tola por gostar de alguém que realmente te deu o valor que você merece? Não acho assim. — Vi ela negar com sua cabeça.
— Ele só fez isso porque estava sendo pago. O nunca ia gostar de mim sem ter sido pago. — Cruzei meus braços quase abraçando meu próprio corpo.
— Por isso que eu vim devolver cada centavo que você já havia me dado. — Congelei ao ouvir sua voz atrás de mim e um sorriso imenso nascer nos lábios da minha mãe.
— As mães sempre estão certas — sussurrou para mim antes de se afastar com aquele mesmo sorriso.
Respirei fundo e me virei, ficando de frente para o . Seus olhos estavam sérios nos meus, mas ao mesmo tempo com aquele brilho lindo. Tão lindo. Ele se aproximou mais de mim e segurou minha mão com a sua livre e com a outra ele colocou um papel. Abaixei meus olhos e vi que não era um simples papel e sim um cheque que devolvia toda a quantia que eu já havia depositado na conta dele.
… Por que está fazendo isso? — Franzi o cenho e voltei a olhar para ele.
— Não quero seu dinheiro. — Ele se aproximou, tocando meu queixo. — Quero você.
Parecia até um sonho estar realmente vivendo tudo aquilo, mas se tornou realidade quando ele colou mais nossos corpos e eu inalei seu perfume, ficando inebriada e extasiada. Nunca tinha me sentido assim com ninguém antes. Só o calor do corpo dele parecia ser o bastante para mim.
— Eu nunca fiz isso, , mas eu quero muito sair com você sendo eu mesmo. Sendo eu a pagar a conta do jantar, depois te levar no cinema se você ainda me quiser e então fazer amor com você porque eu quero, porque eu te desejo e não porque estou sendo pago para isso. — Respirei fundo com suas palavras me tomando por completo. — Aceita sair comigo?
Não resisti e juntei nossos lábios, apertando os meus nos dele com certo desespero em resposta. Meus dedos puxaram o cabelo de sua nuca antes deles mesmos subirem para puxar os fios mais longos.
— Aceito fazer tudo isso com você e muito mais, . — Ele abriu o sorriso perfeito que ele tinha, o qual acabou puxando o meu.

UM ANO DEPOIS


— Que brilhante ideia a minha de aceitar deixar sua família vir passar o Natal aqui para conhecer a família que eu não tenho! — soltou, rindo de nervoso e eu ri junto.
— Fica calmo, meu amor. Eles já te amam, só dizer a verdade — tentei tranquilizá-lo, subindo em seu colo e beijando seus lábios suavemente. Sorri safada entre o beijo ao sentir suas mãos agarrarem minha bunda.
— Você sabe que não será bem assim. — Fiz uma careta por concordar com ele. Nem eu acreditava naquilo.
— E qual sua ideia então? — Afastei meu rosto, deixando as pontas dos meus dedos brincarem com sua barba.
— Que tal contratar uma família postiça? — Arregalei meus olhos com a ideia e soltei uma gargalhada estrondosa pelo quarto.
— Abre o aplicativo e vamos escolher! — disse animada, tirando uma risada dele também, que logo pegou o celular.
— Que tal um cara para curtir com a fuça do escroto do Logan? — balançou as sobrancelhas sugestivo e maldoso também.
— Você é terrível! — murmurei no ouvido dele, mordendo seu lóbulo.
— Você adora — respondeu, batendo na minha bunda.
— Não… — Neguei com a cabeça, fazendo ele me olhar. — Eu amo mesmo. Te amo demais. Você sempre vai ser meu melhor contrato.
riu fraquinho e trouxe sua mão para o meu rosto, deixando seu indicador afundar um pouco a covinha da minha bochecha direita e isso fez eu sorrir ainda mais. Seus lábios vieram até os meus e ele me beijou de uma forma suave e romântica.
— Eu te amo muito também, . Definitivamente aquele foi o melhor contrato da minha vida também. — Beijei de novo seus lábios e aprofundei o beijo por ter sido tombada demais com sua resposta.
Eu o amava tanto. Puta merda!
— Vamos aos novos contratos então.


FIM



Nota da autora: Ahhhhhh espero que tenham gostado mesmo desse conto de Natal. Sempre tive vontade de escrever algo com contrato e eu AMO o Natal. Por que não juntar os dois, certo? Haha.
Feliz Natal para todas vocês!



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