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Capítulo 1


05 de fevereiro, Sioux Falls, Dakota Sul- 02:19


A chuva era demasiada grande naquela parte da cidade, uma tempestade forte. Todas as casas da rua haviam apagado as luzes, deixando só o barulho da chuva, embora ainda houvesse uma casa, mais parecida com deposito de caros, que ainda festejava.
-Um brinde a nós!
Disse Sam. Samuel Campbell Winchester. Ele era um cara alto, com olhos verdes e cabelos longos, loiros, castanhos, sem distinção, com cerca de 28 anos. Ele estava sentado em volta de uma mesa de mármore, com a presença de mais três pessoas... Bem, de longe são pessoas. Eles comemoravam a finalização de mais um caso sobrenatural, como todos os outros que eles enfrentavam. Era como um trabalho que eles faziam, enfrentar coisas sobrenaturais e salvar pessoas, as vezes não salvando a si mesmos.
- Um brinde a mim! Fui eu quem matou o miserável!
Disse Dean se vangloriando. Deano Campbell Winchester. Esse era irmão mais velho de Sam, com cerca de 32 anos, loiro com olhos verdes, não tão alto quanto o seu irmão. Era o jeito de Dean, sarcástico, sempre se achando melhor, mesmo as vezes sendo um pouco sentimental.

-N.A.: 6ª temporada diz: MUITO sentimental-


- Vocês são uns idiotas, se não fosse por mim vocês não iriam achar o vampiro!
Fala Bobby, num sarcástico/arrogante. Robert Steve Singer. Mais velho de todos à mesa, com olhos cor-de-mel. Ele é quem sempre dizia aos irmãos Winchesters aonde ir, o que fazer e como fazer. Qualquer um a essa altura iria querer mérito mesmo que fosse de brincadeira.
- Eu ainda não entendo o porquê da briga de vocês, mesmo já estando acostumado com isso. Castiel disse. Esse era Castiel, só Castiel. Lembra quando eu falei que de longe são pessoas? Bem, esse era o ser que não deixava eu dizer que todos eram pessoas. Um anjo. Com cabelos curtos, olhos azuis, e cara séria, esse era o “anjo da guarda” dos Winchesters/Singer. Castiel não entendia muito os humanos. Suas bebedeiras. Seus estados emocionais. Suas formas de brigar sendo que não é uma real briga. Não entendia nada.
Todos com exceção do anjo deram gargalhada, fazendo o anjo sentir-se mais confuso ainda.
- Cass, já disse que te amo?
Dean disse com um sorriso na boca e um copo na mão. Castiel, mais confuso ainda, responde.
- Não disse Dean, embora tenha feito essa mesma pergunta toda vez que digo que não entendo algo. Acho que devia dizer logo que me adora para acabar com isso!
O anjo já se adaptava aos caçadores, entendendo o sarcasmo um pouco melhor. Todos caíram no riso com a resposta do Castiel, fazendo o silêncio retomar. Às vezes era melhor assim, um silêncio, uma calmaria, algo para tirar os estresses da vida... Mas a calmaria não dura nem cinco minutos e o telefone toca, sem Bobby que vi atender.
- Que? Ahn? Calma, respira?
Era o que os seres da sala escutavam da conversa no telefone, já ficando mais ativos. - Como assim? Dean olha significativo para os dois, o significado seria : “Quem será?”, que foi respondido pelo olhar de Sam: “Qual foi o grande problema para ligar a essa hora?”. Quando foram olhar para Cass, o anjo não estava mais ali.
- Estamos indo agora!
Bobby chega correndo a sala onde pegava armas. Os garotos somente ficam parados olhando, tentando entender o que raios se passava naquele momento. Somente receberam um olhar frio do Bobby, fazendo com que eles no mesmo instante se levantassem e começassem a vestir os casacos e pegar o pouco que estava lá. Em fração de segundos, todos estavam dentro de seus carros, com o celulare ligado no viva voz.
- Da para explicar agora aonde vamos e porquê?
Dean dizia apreensivo enquanto dirigia seu Impala, seguindo o Chevelle 72 em um caminho desconhecido.
- Rufus ligou, parece que uma garota foi atacada por demônios. Vários.
- E porque ele mesmo não salva a garota?
- Ele disse que são muitos e precisa de ajuda, depois que quebrou o braço na caçada não consegue fazer muita coisa.
Dean bufou.
- Então porque ele foi se intrometer?
A voz de Bobby se alterou gritando com Dean pelo telefone.
- Olha, QUER PARAR DE RECLAMAR E AGIR IGUAL A UM CAÇADOR OU VAI CONTINUAR A SER UM PAPAGAIO QUE DIRIGE?
Sam tentava abafar o riso com as mãos e Dean ficou em silêncio, não olhou para os lados, não fechou a cara nem sorriu, ficou sem reação.
- Obrigado!
Bobby falava desligando o telefone e acelerando. Sam ainda ria enquanto Dean olha somente para frente.

5 de fevereiro, Harrisburg, Dakota do Sul – 04:00


Pouco tempo depois, estavam em um galpão, do lado de fora se ouvia estrondos e se via a bagunça que os demônios haviam feito. Os três deram de pronto a porta e a abriram com força; do lado de dentro, se via muitos demônios centralizados no meio, onde possivelmente o Rufus e a garota estavam. Dean começou a atirar atraindo a atenção deles, enquanto Bobby e Rufus atiravam por trás. Já Sam, estava indo o mais rápido possível, procurando algo que amplificasse sua voz. Como era impossível, partiu para o improviso.
Dean atirava em três demônios a sua frente, embora seja difícil, consegue. Entretanto, um desses, um parrudo e alto, soca o olho do Winchester mais velho, fazendo com que Dean tentasse bater também, mas ele desviou, Dean tentou de novo, dessa vez acertando a barriga do infeliz, que revia maio caído com uma virada de braço do Dean, mas como já estava com dor, o braço dele somente virou, não machucando muito. Assim que foi largado, o demônio ganha um tiro em sua cabeça.
Bobby atirava, se esquivando dos golpes, e acertando 15% dos demônios a sua frente. Rufus, que no começo havia atirado também, estava concentrado em deixar a garota em um local seguro, como atrás de algumas pilhas de caixas enormes.
Sam pegou uma folha, enrolando e fazendo um mega fone... bem, um amplificador, pelo menos. Começou uma exorção, fazendo todos caírem tampando os ouvidos. Gritou o mais alto que pode. Quando voltou a notar, somente havia corpos, muitos corpos, Bobby, Dean, Rufus e uma garota de cabelo preto ondulado, sendo dois palmos e meio abaixo do ombro, com olhos pretos.
Com todos reunidos, assim que a garota vai falar algo, Castiel aparece com sua faca, botando em frente ao pescoço da garota que com surpresa, tentava tirar a faca do pescoço.
- Castiel, calma, o perigo já passou!
Sam falava com as mãos em renda, dando leve risada amedrontada para Castiel, que ainda continuava em forma apertando a garota.
- Se o mal tivesse passado a nefilim já teria morrido.
Todos ficam em silêncio tentando entender o que estava acontecendo.
- Tem tanto nome bonitinho para você me chamar e você vem com esse “nefilim”?
A garota dizia sádica, como se não tivesse uma faca em seu pescoço. Quem fica como se não tivesse uma faca em seu pescoço, quando realmente tem uma faca em seu pescoço?! Sua voz era fina, parecia ser natural falar em um tom sarcástico. A garota/nefilim cruzou os braços e tentou olhar para cima, conseguindo ver o rosto do anjo que, ainda estava olhando para frente, sério.

5 de fevereiro, Sioux Falls, Dakota do Sul – 05:10


De volta à casa de Bobby, ainda chovendo, Bobby, Castiel, Dean, Sam e Rufus estavam olhando fixamente para a nefilim amarrada e algemada na sala do pânico, com todos em volta.
- Eu estava tentando salvar uma criatura das trevas?
Rufus falava ainda indignado com o acontecimento anterior, tudo que queria era ir para casa, dormir e esquecer tudo aquilo; Entretanto, não tinha como, principalmente agora que a nefilim olhava incrédula para o cara.
- Ei! Tenha mais respeito, tá! Eu tenho sentimentos!
- Que vão acabar no mesmo momento em que eu matar você.
Castiel falou indo a frente dela com sua faca, se posicionando como se fosse cortar a cabeça dela fora.
- Ei, ei, ei! Calminha ai! Cuidado com essa faca!
Ela olhava um pouco assustada para a faca, mesmo sua voz acabando saindo um pouco sarcástica. A cabeça de Sam latejava, não entendeu nada ainda, e realmente não via o porquê do furdunço todo
- Dá para pararem só um instante!
Sam gritou, fazendo todos o observarem ficando, em silêncio. Bobby pediu explicações e o anjo respondeu.
- No momento em que você estava no telefone, o guardiões me chamaram para um mandado. Matar a nova híbrida, que surgira da junção de um anjo caído e de um demônio. A cerca de 30 anos, ela nasceu e agora seus poderes estão fortes e pode fazer todos os anjos caírem e todos os demônios sumirem. Ela é um mal para os dois lados, embora também seja uma benção. A escolha certa de ações poderá fazer a nefilim virar uma destruidora de toda a raça viva, ou então fazer o mundo voltar a harmonia.
- Essa merda é uma benção ou uma maldição?
Dean fala depois de ouvir “não muito atentamente” a explicação de Castiel. A híbrida começou a ficar nervosa, ameaçando, desta vez, sem seu tom sarcástico natural.
- Me chame de merda de novo e essas algemas vão caber direitinho dentro do seu pescoço!
Sam observava a Híbrida. Tinha cabelos ondulados, pretos, parecendo roxo, dois palmos e meio abaixo do ombro, olhos pretos muito profundos e brilhantes, pele clara e boca avermelhada. Pulseiras diversas em seus pulsos. Pelo o estilo de roupa era rocker, com calça jeans escura, uma blusa do Ac/Dc e sobretudo cinza escuro, ele ficou a observando atentamente, até que recebeu um olhar da própria, que percebeu que estava sendo observada. Deu uma piscadela e os dois voltaram a atenção a Castiel.
- Ela pode escolher se vai ser um dos dois involuntariamente, mas não podemos arriscar que ela escolha o errado.
Castiel se volta à garota com sua faca novamente, quando ia ser interrompido por seus colegas não escuta e continua o golpe, mas em fração de segundos, sua mão é segurada pela híbrida, que segura a faca em milímetros de espaço entre a faca e seu rosto.
- O que você pensa que ia fazer?
Todos se impressionam com a cena. A garota conseguira se soltar em minisegundos e ainda se salvar de uma facada. Dean fica abismado com a cena.
- Te matar.
Castiel responde seco e duro, ainda na posição.
- A corda deu... PUF!
Dean começa a ficar de boca aberta, falando sozinho enquanto os outros se concentraram na luta verbal da híbrida e do anjo. Dava para ver que Castiel ainda força a faca para frente, e a híbrida continuava na mesma posição segurando a faca fazendo cada vem mais força em suas mãos.
- Como assim “me matar”?
- Enfiando a faca no seu rosto é uma explicação boa para você?
Dean se agachava atrás da cadeira onde a híbrida estava sentada, e agora em pé. Não tinha nenhum vestígio que existiu corda e algemas apertando alguém contra a cadeira.
- Ela saiu da algema E da corda...
- Por que não podemos ter uma conversa civilizada sem matar ninguém?
- Não converso com nefilins.
- Eu não sou um nefilim. Qual parte de HÍBRIDO você não entende?
A voz da garota ficava cada vez mais séria e se prestassem atenção, veriam que a faca está voltando lentamente para trás.
- Você é parte demônio.
- E parte anjo que nem você. Dãã.
Voltará ao sarcástico.
- Você nunca será que nem eu.
- Você quer saber?
A garota começou a ficar raivosa e sua voz séria. Dean parou de se maravilhar com ela para começar a se aterrorizar. Conforme falava seus olhos mudavam ficando vermelhos e sua força aumentava.
- Eu realmente fico feliz de não ser como você! Eu sou uma HÍBRIDA! Eu sou um ANJO! E não importa o que você diga, eu NÃO sou uma nefilim! Você quer brigar comigo? Brigaremos!
Neste momento seus olhos já eram vermelhos sangue e seus dentes afiaram, as coisas ao redor levitavam e Rufus, Dean, Sam e Bobby se protegiam perto da porta. A faca, agora já toda entortada para trás. Castiel tentava manter a postura, mas conforme a força dela aumentava ficava mais difícil
- Sabe por que não tenho orgulho de ser anjo? Porque vocês me enjoam! Se acham donos da verdade!
Agora, lembre-se de sua infância onde era só botar uma voz grossa de fantasma e você ficava com medo, bem, é essa voz que ela está agora, jogando Castiel contra a parede.
- Se você morrer agora não vai para o céu, então QUEIME NO INFERNO COM TODAS AS SUAS FORÇAS...
Ela para agora de falar e nota os caras saindo do quarto, mas quando olha para a porta onde eles saíram, vê um espelhinho, um pequeno espelho na parte inferior da janelinha. Se vê horrível. Larga o anjo no mesmo instante e vai até a porta, mas não com raiva como antes, mas com olhar de estar em outro mundo, não reconhecendo as coisas a sua volta e ao reflexo no espelho. Para com as mãos nas laterais da porta com o rosto levemente inclinado e com o olhar longe. Parecia se reconhecer no reflexo, e em instantes, o vidro quebra e ela volta a ficar normal.
A porta se abre e os caras olham para ela com medo e surpresos enquanto ela continua séria.
- Iremos para a sala conversar civilizadamente.
Ela diz olhando fixamente para eles. No canto do quarto, Castiel está caído sangrando, mesmo que ela não tendo nem encostado nele, se vira para trás e vê o anjo olhando para ela.
- Sem ele, de preferência.
Ela sai abrindo caminho por eles, indo em direção à sala. Bobby diz para Rufus ir embora, eles cuidariam daquilo, depois de insistência, ele vai deixando Dean, Sam e Bobby tentando ajudar o Castiel e reunindo forças para subir e conversar com a híbrida.

Capítulo 2 - Knowing The Enemy


5 de fevereiro, Sioux Falls, Dakota do Sul – 06:00


A tempestade havia acabado, e o som de um miserável galo cantando pairava sobre os ouvidos de todas as casas...
Meu Senhor, eu vou sempre começar assim? Vamos nos concentrar na casa/depósito onde agora há uma híbrida sentada na cadeira tirando o esmalte seco das unhas, sabe quando sai um pedacinho da unha e fica o esmalte por cima como se fosse adesivo? Então, bem isso. Nessa mesma casa – necessariamente no quarto do pânico- dois homens tentam deixar acordado um anjo em quanto um deles arruma coragem para subir e falar com a garota.
Depois de tudo, eles acabaram decidindo que Sam iria vigiar ela, em quanto Bobby procurava algo para deixar acordado o anjo e Dean tentava não deixa-lo cair. Pelo que Castiel entendia de metade demônios e metade anjos era que, quando eles ficam com raiva, conseguem machucar as pessoas com a mente, se eles estiverem com uma raiva extrema conseguem até matar alguém. E foi isso que aconteceu.
Aprendemos que nunca se deve terminar um namoro com uma híbrida
Sam subiu para vigia-la, com um rifle na mão. Andando um pouco consegue observar a garota sentada, ainda entretida com suas unhas, com uma corda grossa no colo. “Provavelmente esteja arrumando uma estratégia de me amarrar” Pensou, se deu em pronto e botou o dedo no gatilho, andando em silêncio até ela.
Para sua surpresa, ela se levantou e virou, estendendo a corda para ele com cara de inocente. Ele, ao contrário, caiu para trás e deixou a arma escorregar para o lado da híbrida, que olhou para o rifle e depois para o gigante caído no chão, ainda com cara de inocente.
- Você não atiraria.
Ela disse com a mesma cara e com seu tom sádico normal. Sam levantou e pegou a arma e apontou para a testa dela. Como ela era menor do que ele, teve que apontar ligeiramente para baixo, não mudando muito a sua expressão séria.
- Você não me conhece.
- Claro que conheço.
Desta vez ela abriu um sorriso desafiador e sentou na cadeira, enrolando a corda na mão e falando com o caçador.
- As pessoas falam sobre vocês, sabia? Bem, eu acho que os famosos Winchesters são vocês... São vocês, não são? É claro que são vocês! Dá para ver de longe que você é Samuel, um grandalhão que nunca machucaria alguém sem ter certeza se é ou não o culpado.
Momento de silêncio. Sam não conseguiu entender direito.
- E como você sabe ou acha que sabe tudo isso?
-Os demônios falam de vocês.
Nesse momento ela já tinha voltado a mexer na unha, até que murmurou um “a é!” e estendeu o braço, mostrando-lhe de novo a corda.
- Você tem que me amarrar não tem?
Ele pegou a corda e levantou, indo para trás dela, que continuava sentada na cadeira. Abriu um sorriso ligeiro sem querer ao falar.
- Você não está sendo igual a uma pessoa que acabou de... Fazer aquilo!
Ele não conseguia arrumar um jeito para dizer. Não sabia nem o que tinha acontecido! A híbrida mal encostou no anjo e ele está quase morrendo agora! E olha que o anjo estava com uma faca e a híbrida só com suas mãos finas com unhas gigantes!
- Com “Fazer aquilo” você quer dizer arrancar pedaços da casca de um anjo? É, eu faço isso!
Leves risadas.
- Com que frequência?
- Como se fala a frequência de “primeira vez que faço isso”?
Outro riso. Sam estava quase se esquecendo que tinha que amarra-la na cadeira, e ela tinha esquecido que sua mão esquerda estava sem esmalte e sua mão direita com.
Silencio. Sam aproveitou o silêncio para pensar porque ela estava conversando com ele sendo que “ele” tinha acabado de ameaçar ela?
- Você não é que nem seu irmão.
Ela falou interrompendo seus pensamentos e hipóteses.
- Eu acertei a pergunta?
- Ler mente é outro dos seus poderes ocultos?
Parecia que eles eram amigos antigos que ao mesmo tempo acabaram de se conhecer.
- Que eu saiba não, mas quem sabe no futuro?
- Qual é a diferença entre mim e meu irmão?
Ela o olhou incrédula. Ele estava a amarrando, então circulava em volta dela, ele parou uns segundos olhando para a boca dela, que tentava falar algo mas a voz não saia, ainda incrédula.
- Além de tudo? Seu irmão só se importa com mulheres e você! Será que ele pensa que você é uma mulher?
Ela diz fazendo graça. Os dois riem e o silêncio volta. Já amarrada, o caçador senta no sofá em frente dela e olha para cada detalhe dela. Se ela podia descobrir coisas com os detalhes das pessoas ele também podia! As penas curtas, mas fortes mostrava que ela sabia bastantes golpes com chutes; as roupas surradas e masculinas mostravam que ela não se importava com a aparência, ou com o que as pessoas pensavam dela; As mãos grandes, embora finas mostravam que ela tinha força nos punhos, mas não sabia usar ou não usava muito; Pelo rosto, parecia que ela conseguiria convencer o papa a se converter e os olhos...
- Não olhe nos meus olhos.
A voz dela foi grossa, diferente das outras vezes. Sam obedeceu. Não perguntou porquê. Não falou nada. Na mesma hora em que ela falou, ele abaixou a cabeça, olhando para o chão, como se ela fosse general dele.
- O que você quiser saber pode perguntar tá? Eu não mor... Pode perguntar tá?
- Quem é você?
Silêncio. A garota abriu e fechou a boca várias vezes para falar algo, mas ficou em silêncio, até que pensou em algo para falar.
- Sou , tenho 30 anos e sou uma híbrida, filha de um demônio e um anjo, ou melhor, “anja”, se existe essa palavra. Não sabia que eu era uma híbrida até ontem. Eu nunca vou conseguir fazer uma escolha certa por isso querem me matar. Já é o bastante?
- Mas essa não é você, isso é o que as pessoas pensam de você. Quem é você?
Ela bufa e revira os olhos. “A, por favor!” pensa Sam, fazendo sua famosa cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.
- A não! Não me olha com esses olhos! Tá bom, eu sou órfã desde... sempre, eu acho...; eu não preciso de ajuda para nada, não vou ajudar vocês e vocês me capturaram para nada.
Sorriso cínico no final estilo . - Na verdade foi Castiel que te capturou...
Ele tentou dizer meio sem jeito, mas a garota o interrompeu.
- É, eu não gosto dele... Nem do seu irmão... O do boné também me olha feio, mas ele parece normal comparando aos outros.
Ela disse séria e ao mesmo tempo com um pouco de sarcasmo, mas quem seria ele para duvidar que ela não gostava nem um pouco de todos eles, depois de tudo que se passou até o momento. Os dois ficaram conversando e rindo, se apresentando e falando mal do anjo. O tempo se passou com uma híbrida amarrada em uma cadeira – mesmo assim ela não perdia a pose de superior - e um Homem de Letras beeeeeem alto sentado à sua frente.

5 de fevereiro, Sionix Falls, Dakota do Sul - 7:55


Dean e Bobby subiam com o anjo, que agora estava melhor e somente precisava de um descanso, - Quem não precisa? - enquanto escutavam barulhos da sala. “Sam sabe se virar, Sam já é bem grandinho, Sam é um ótimo caçador e ótima pessoa” Dean imitava em sua mente a fala de Bobby para o mesmo, quando disse que seu irmão não iria aguentar ficar com um poderoso monstro sozinho na sala, já que tinha coração mole.
Mas pelo contrário. Ele ficou e está com o monstro na sala e pelo que se escuta, tendo altas conversas como se fossem colegas de faculdade que não se veem a muito tempo. Perdeu a paciência, que já não estava em seu auge, quando entrou na sala com os homens. Bobby botou Cass em uma poltrona encostada na parede, só observando o ataque de Dean ao escutar a conversa dos dois “amiguinhos” em quanto o homem olhava algo em sua mesa.
- Daí ele começou a dublar “Twist and Soul” e apareceu um pessoal dançando “Thriller”, e o pior, a dança combinou com a música!
e Sam caiam na risada em quanto Dean se escandalizava com risos falsos.
- HÁ HÁ HÁ! Muito engraçado monstro! Você não achou a piada do nosso pior inimigo engraçada, Sammy?!
Sarcasmo e ironia. Estilo perfeito para um leve bronca que mais parecia com um aviso de assassinato.
- Oi para você também Winchester! Se isso te consola, você também não é meu melhor amigo nesse momento.
Dois podiam jogar esse jogo. inclinou a cabeça para trás o máximo que pode, botando a nuca da cabeça praticamente nas costas.

N.A. Dá-lhe ginástica olímpica!- Isso deve doer muito -


- Dean, você está se deixando levar pelas aparências...
Ao contrário dele, o mais novo continuava calma e paciente. Conhece seu irmão e ele não iria parar se gritasse com o mesmo.
- A aparência dela diz que ela é um monstro. Estou errado?
- ... Não...
- A aparência dela diz que ela é basicamente o próximo apocalipse. Estou errado?
O mais velho se exaltava a cada palavra, fazendo Sam se odiar por ter começado essa discussão e pensar em um jeito de acabar com isso.
- Dean, essa não é a questão...
- ESTOU ERRADO, SAMMY?
O caçador quase gritava as palavras. Ao não receber resposta ele ri com sarcasmo, raiva, tudo misturado. Quando ia se por a falar algo, é interrompido por Bobby, com um jornal na mão.
- Que tal nos distrairmos com um caso?
Uma pessoa normal acharia que Bobby tem sérios problemas mentais, mas eles acharam uma ótima ideia. Como o próprio Dean disse
- Um jeito perfeito de esquecer uma híbrida. Sam só arruma namoradas ruins.
- Ei!
Sam disse seguido de .
- Ew!
Depois de uma leve risada do anjo que tinha sido esquecido no canto da sala, Bobby completou.
- Acho que não vai esquecer dela tão rápido assim...
Ops! Ele não irá esquecer dela tão rápido assim! Dean havia entendido, mas preferia não entender, andou calmamente – lê-se: ”Como se fosse um assassino que tem distúrbio mental”- até Bobby e perguntou com calma.
- Como assim, Bobby?
- Você acha que irei ficar com a híbrida na minha casa enquanto procuro algo SOBRE ela?
- Sim.
- Muito atencioso Dean, mas Castiel disse que precisamos proteger ela até conseguirmos respostas sobre ela.
- E que modo melhor de proteger ela do que em casa? Grande ideia, Bobby! Estamos indo!
- Dean, você irá com ela.
A híbrida se desamarrou, procurou em algum lugar nas gavetas um esmalte preto, e encontrou um jogado por aí, se sentou do lado do anjo e pintou a unha, percebendo que o dia seria longo.

Continua...



Nota da autora: (04/02/2016) Demorei, eu sei -2 meses, 2 meses, eu mesma estou impressionada - mas eu fiz e consegui! A culpa NÃO é minha, é da internet que resolveu parar de funcionar e eu não consegui enviar! Em compensação, espero terminar o 3º capítulo logo para enviar o mais rápido possível! Quero agradecer aos incríveis e fofos comentários, sinceramente, eu pensei que ninguém ia ler!
Bem, até o próximo capítulo!




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