Postada em: 14/10/2016

Eu nunca poderia descrever corretamente todo aquele misto de sensações em meu corpo. Era como se um filme de toda minha vida passasse rente aos meus olhos em câmera lenta. Cada lembrança, cada momento só poderia ser descrito como único, incrível e até doloroso, mas suportado e superado. Minhas pernas tremiam, minhas mãos suavam, as borboletas no estômago estavam alvoroçadas, e o frio na espinha vinha de minuto a minuto. Eu engolia em seco, tentando lubrificar a garganta devido ao nervosismo. E por fora eu até poderia parecer calma, concentrada, porém só Deus sabe o tsunami de sentimentos que corroía-me por dentro. Eu respirei fundo, então alguém delicadamente pôs a mão em minha costa. Virando-me, vi meu pai com um sorriso orgulhoso no rosto, os olhos iluminados e as feições felizes. Ele não disse nada, ele apenas ajeitou meu braço em torno do seu e virou-se para frente. Segundos depois as cortinas foram abrindo lentamente e as emoções tempestuosas em mim triplicam de intensidade. A marcha nupcial tradicional inicia e todos na capela à beira-mar erguem-se de seus lugares para receber-me. Nós damos os primeiros passos para dentro, e meu coração salta de felicidade assim que a canção muda para All Of Me do John Legend. O sorriso em minha face nasce naturalmente e ele cresce a cada rosto conhecido que me espreita com felicidade.
Meu Deus. Isso está mesmo acontecendo? — Eu me pergunto mentalmente, porque parece inacreditável.
Ao levantar a cabeça, meus olhos o encontram. Lindo, vestido em um smoking cor creme. O sorriso dele poderia me matar facilmente agora, e a forma como ele me olha, é como se não houvesse mais ninguém ali, apenas eu. Meus olhos marejam imediatamente. Estou tão feliz que parece que vou explodir. Mamãe já está se desfazendo em lágrimas, a maquiagem quase toda borrada, mas ela não se importa porque ela está em êxtase, assim como a minha sogra também. A expressão no rosto do meu sogro é amável.
Papai para próximo ao altar. Meu futuro marido se aproxima e eles apertam as mãos, logo em seguida se abraçam. Papai sussurra algo em seu ouvido, e sorrir concordando. Então ele me olha novamente... E porra... O mundo para de girar nesse momento. Lágrimas escorrem e ele as limpa com carinho. Posso ver que está tão emocionado quanto eu porque seus olhos estão brilhantes com as lágrimas não derramadas.
— Eu te amo. — Ele sussurra baixinho quando suas mãos entram em contato com as minhas. Eu não falo, sou incapaz agora.
Sinto como se fosse derreter.
Nós damos alguns passos a mais para perto do altar onde o Juiz de Paz nos recebe com felicidade.
— Estamos aqui para formalizar e celebrar o casamento de Coates e Siff perante as leis americanas.

...


— Agora os votos do casal. — O Juiz anuncia.
— Eu quero ser o primeiro a falar. — pede e eu me viro para ficar de frente para si. Suspirando, ele me olha por um longo tempo. Eu sorrio e ele retribui. — Eu não me lembrava muito bem disso, até encontrar algumas coisas em casa dentro de caixas. E para você não ficar confusa eu preparei um vídeo que vai explicar muita coisa. — Alguém puxa o pano que cobria um telão de LED. Todos se viram para fitar aquilo. — Querida, eu fiz com todo carinho para você. — Me conta, puxando-me para sua frente, de forma que ele me abraça por trás. — Eu tinha 6 meses quando estava dormindo pacificamente no meu berço, até colocarem outro bebê ao meu lado. — Ouço a voz de vir do autofalante do som enquanto aparece a imagem de dois bebês dentro de um berço. — Um bebê chorão que perturbou meu sono e me fez acordar. Papai disse que eu apenas fiquei olhando o outro bebê calmamente, e ele disse que a expressão em meu rosto era como se quisesse entender o que estava acontecendo, e que todos na sala estavam rindo de mim olhando o outro ser histérico abrindo o berreiro. — De fato, dava mesmo para ouvir risos enquanto um bebê de roupa azul olhava com a testa franzida para o outro com roupa amarela aos berros. — Papai disse que em algum momento o bebê olhou para mim, olhou por muito tempo, então parou de chorar. Dois anos mais tarde, esse mesmo bebê estava chorando, quando eu parei ao lado dele e lhe ofereci minha chupeta. — As imagens mudam, e mostram exatamente o que ele acabou de narrar. Lágrimas nascem em meus olhos mais uma vez quando eu vejo que sou a outra criança. oferece seu pipo e eu nego, sem parar de chorar. Meu pai me pega no colo e se senta na cadeira, tentando me acalmar, mas nada surte efeito, até que novamente tira o pipo da boca e enfia na minha aberta sem falar nada. Eu paro de chorar no segundo seguinte. No vídeo todos riem de nós, e murmuram coisas como “que fofos”. Eu limpo as lágrimas. — Um ano se passou, já estávamos com 3 quando a outra bebê caiu e ralou o joelho. — Um novo vídeo começa me mostrando aos berros novamente e tudo que eu posso pensar é no quanto eu era chorona quando criança. — Eu me aproximei e disse: (obs: O áudio é de quando eles eram crianças) “Não chola. Pu favor.”. “Dói”. “Espela. Vou te ajudar”. — Então um pequeno se abaixa e beija meu machucado. Ouço as vozes das nossas mães puxando um “ownnnnntc, que fofinhos” no vídeo e nossos pais rindo. Meu sogro comenta: “Esse garoto vai se dar bem quando for maior se continuar desse jeito”. Todo mundo na praia rir. O vídeo de continua. — Dois anos mais tarde, já com 5 anos, surpreendemos nossos pais. — O novo vídeo começa com a minha sogra dizendo: “Oh, meu Deus. . Porque você está usando um vestido?”. responde: “Puque sou um uma pincesa como a ”. Eu rio ao vê-lo com aquele vestido rosa com frufrus e renda, batom nos lábios e com o cabelo cheio de presilhas em formato de borboleta. Ele parece uma menina mesmo. Quem está fazendo a gravação é meu pai e ele foca no rosto da minha mãe. “, você não pode vestir o de princesa!”. Mamãe adverte, mesmo que seu rosto demonstre que ela quer rir. “Puque não?”. Eu pergunto. “Porque ele é um menino. Ele deve se vestir como príncipe, meu amor”. Mamãe explica. “Mas gosta que eu me vista assim, então eu também gosto”. criança se manifesta, e nossos convidados caem de amores por ele nesse momento. — me fez usar coisas de menina e quando eu vi esse vídeo, percebi que mesmo criança, tudo que eu queria era vê-la feliz e eu não me importava com mais nada. Quando ela pedia para eu brincar de comidinha com ela, ou brincar de tomar chá, eu nunca poderia dizer não. Éramos muito apegados um ao outro, dormíamos juntos, fazíamos tudo junto. — O vídeo muda mostrando-nos com 7 anos no nosso primeiro dia de aula no Elementary School. Estávamos usando jaquetas iguais com um J enorme na costa. “Cuida da , !” Mamãe pediu enquanto andávamos de mãos dadas para a sala. respondeu gritando: “Eu sempre cuido!”. — Eu sempre cuidei. — A voz de garante, e ele aparece no vídeo e prossegue falando para a câmera em forma de desabafo. — O período pré-escolar foi o máximo. Nós fizemos novos amigos, mas sempre estávamos juntos. Eu nunca a deixava só, e quando ela se machucava eu estava ao seu lado para ajudar. Quando o High School chegou, o inferno começou. — pareceu lamentar. — Vivi minha vida inteira ao lado da , eu sabia tudo sobre ela, cada pequena parte de si estava gravada na minha mente. Porém eu não estava sabendo como lidar com as mudanças dela. Quando ela tinha 12 anos e virou moça, eu estava lá. Eu vi seu corpo mudar, e aquilo me atordoou. Nós éramos amigos, só que eu passei a sentir coisas diferentes quando ela se aproximava de mim. Eu lembro que só queria ficar abraçado a ela, só queria fazê-la sorrir porque isso mexia com algo na minha barriga e meu coração batia forte. Eu passei a ter ciúmes dela com outros garotos e tinha pensamentos homicidas de querer matar todos que se aproximassem muito. Eu não entendia muito sobre sentimentos, mas foi fácil descobrir que estava apaixonado por ela. O problema era que eu não sabia como falar, e tinha medo de que se eu contasse a ela, ela fosse se afastar de mim. Escondi aquela paixão por um ano, e foi o ano mais complicado. Aos 13 chegou um garoto novo na escola e ele virou amigo da . Eu o odiava porque ele sempre queria estar do lado dela. Eu fiquei com raiva dela por permitir. Essa era a fase onde você descobre um novo lado da vida. Os meus outros amigos meninos me perguntavam se eu já tinha beijado. Eu não. — parece constrangido no vídeo e eu sinto quando ele ri na minha orelha. — Mas eu pensava no meu primeiro beijo sendo com a . Eu não parava de pensar nisso. Eu tinha que beijá-la. Eu tinha que dizer a ela que já não a via apenas como minha melhor amiga, e sim como algo mais. Eu planejei tudo. Eu pedi a minha mãe para fazer os biscoitos que amava e levei até sua casa. Já era costume subir para o seu quarto direto, então eu a encontrei deitada na cama. Eu dei os biscoitos a ela, nós comemos, nós conversamos, e enquanto ela estava falando sobre algo da escola, eu não parava de pensar em beijá-la, então, tomando coragem do fundo da minha alma, eu me inclinei e rocei meus lábios nos seus. Foi tão rápido. Eu me afastei e saí correndo com medo da sua reação. Eu lembro até hoje da sensação de euforia no peito. Mesmo assustado, eu estava feliz. Ela foi o meu primeiro beijo. Meu primeiro amor. E dois anos depois ela foi a minha primeira mulher. O problema começou quando eu conheci pessoas erradas. Saí do caminho certo, troquei um diamante valioso por cacos de vidros e a perdi. — Sinto o aperto forte de seu abraço nesse momento de confissão no vídeo. — , minha felicidade, foi embora. Foi morar com os avós porque não podia suportar me ver. Eu lembro até hoje do olhar de decepção em seu rosto, e a dor que eu causei por inconsequência e imaturidade da minha parte. E não foi só a ela que decepcionei, não. Decepcionei meus sogros e meus pais. Decepcionei a mim mesmo. Perdi o controle, fiz coisas que não deveria ter feito. Estive morto por cinco anos. Até a minha vida retornar. Quando eu vi ela pela janela do meu quarto, eu senti o meu coração batendo tão forte, revivendo. Tudo que eu queria fazer era me jogar aos seus pés, pedir desculpas e tê-la de volta para mim, mas não era tão fácil, no entanto, também não era impossível. Depois de tanto tempo longe, eu nunca imaginei que quando a gente se reencontrasse, você fosse me receber tão bem. Você me abraçou, e meu corpo se encheu de vida. Você beijou meu rosto, e a minha alma se iluminou. Eu pedi desculpas, você me perdoou e eu reergui. Você foi a minha luz em meio a escuridão. Você foi, é e sempre vai ser o primeiro e único grande amor da minha vida. — Não pude mais me controlar nesse momento, então eu apenas me virei e o abracei, enfiando meu rosto no seu pescoço, chorando com emoção. — Fazem 5 anos que estamos namorando, mas já são 25 anos juntos. E não há um dia que eu não olhe para o céu e agradeça a Deus por ter te colocado naquele berço comigo, não há um dia que eu não agradeça a Ele por ter feito você voltar, e não há um dia que eu não o agradeça por você ter me dito sim quando eu a pedi em casamento. Nossos pais sempre diziam que íamos nos casar e graças a Deus que eles estão certos. E quando minha mãe me perguntou sobre os votos, mal ela sabia que todo script já estava formado na minha cabeça, acho que desde quando eu tinha 12 anos. Eu pensei: “Porque não contar a nossa história para todos ouvir?”. Foi o que eu fiz. Na verdade, é o que eu estou fazendo. — Ouço todos rirem. — E eu quero te dizer algumas coisas que eu nunca disse antes. Obrigado por ter nascido, obrigado por ter chorado no meu berço e ter atraído a minha atenção. Obrigado por ter crescido junto comigo. Obrigado por cada abraçado e cada beijo que você já me deu. Obrigado por ter me feito seu melhor amigo, por ter me vestido de menina. Obrigado por ser tão amável e bondosa. Obrigado por me perdoar. Obrigado por ter voltado para mim. Obrigado por aceitar ser minha melhor amiga. Obrigado por ter aceitado ser minha esposa. Obrigado por ser a futura mãe de todas as minhas cinco ou seis crianças. Obrigado por me amar. Eu te amo. Eu prometo a você, diante do Juiz, de todos os convidados, dos seus pais e dos meus, e diante de Deus, te amar, te respeitar, cuidar de você em todos os momentos, sendo eles felizes, tristes, de fartura ou não. Prometo que nunca vou abandoná-la, machucá-la. Prometo ser um bom marido e um bom pai. Prometo ser alguém que irá te encher de orgulho, por todos os dias de nossas vidas, e além dela, porque nem a morte será forte o suficiente para nos separar. Te amo, com tudo que há em mim, com todo meu coração.
A salva de palma foi forte o suficiente para todo mundo na ilha escutar. Eu sabia de todo amor que sentia por mim e não havia um pingo de dúvidas sobre isso, porém eu nunca imaginei que ele faria essa declaração tão grande de amor para mim. Eu estava – Como minhas amigas diriam – jogada. Nada que eu falasse superaria isso tudo. Ele lembrou e trouxe à tona cada pedacinho da nossa história e não escondeu as partes ruins. Ele era o homem perfeito. O meu homem perfeito.
Eu acho que eu nunca chorei tanto de felicidade como agora. Minha maquiagem devia estar uma coisa horrível, mas eu não me importava porque me amava do jeito que eu era, com ou sem produtos de beleza.
— Você gostou? — Ele murmura em meu ouvido. Eu ergo a cabeça para fitá-lo.
— Como não amar isso, ? — Eu rebato. — Como não amar você?
Ele sorri orgulhoso da minha resposta. Suas mãos sobem para o meu rosto e os dedos limpam em baixo dos meus olhos.
— É impressionante como você é chorona. Meu Deus. — Ele comenta e eu acho graça, dando um soco em seu ombro.
— Epa, você não pode bater no noivo. Não antes de dizer sim. — Brinca e eu sorrio.
— Agora seus votos, querida. — Comanda o Juiz, me estendendo o microfone.
Eu o pego, e com a outra mão seguro a de .
— Bom... — Eu começo, respirando fundo porque ainda não superei totalmente os votos tão amorosos do meu noivo. — Até alguns minutos atrás eu sabia corretamente tudo o que eu ia falar, mas você acabou por me fazer esquecer cada palavrinha. — Ele sorri grande, assim como os convidados. — , você mostrou tudo sobre nós, agora todos sabem que o destino, ou mesmo Deus queria que a gente ficasse junto. Eu nunca tinha visto esses vídeos, eu não sabia que eu era tão chorona. — O povo gargalha. — Mas vê-lo lá, cuidando de mim, isso... Isso é além de bonito. Deus te mandou especialmente para mim, ele sabia que o meu mundo seria mais feliz com você. — Lágrimas escorrem dos meus olhos. — Sobre a nossa infância... Foi linda. Cada brinquedo compartilhado, cada casinha no quintal que a gente fazia, cada acampamento que a gente frequentou foi um aprendizado, já era a vida nos preparando para o que ia acontecer futuramente. Sobre a pré-adolescência... Até hoje não esqueço quando me beijou e saiu correndo. Eu lembro que pensei: “Meu Deus, que foi isso? enlouqueceu?”. Segundos depois eu compreendi o que havia acontecido e meus olhos se abriram para o amor pela primeira vez, porque até então eu não sabia e nem sentia nada disso. A adolescência, por mais conturbada que tenha sido, nos fez mais forte, nos fez amadurecer, nos fez perceber que não há conto de fadas e que a realidade é dura, e por vezes vai nos machucar. Esse período longe que ficamos um do outro abriu a minha mente. A cada dia eu enxergava um novo horizonte. Estudar, crescer, ter responsabilidade, trabalhar... Eu me tornei mulher de verdade longe de você, , porque quando a gente estava junto eu sempre seria sua pequeninha. E quem sabe o que poderia ter acontecido se eu estivesse lá, com você? Eu poderia ter engravidado ainda aos 17, nós poderíamos ter começado a odiar um ao outro, enfim.... Eram variantes demais. Voltar para casa seria difícil, mas eu tinha que fazer. E eu sabia que uma hora ou outra teríamos que nos enfrentar, e eu tinha receio de como isso seria. No fundo eu tinha medo de te encontrar com outra. Felizmente não houve outras, você me esperou. E foi por isso que eu te perdoei, foi por isso que eu não desisti da gente, porque naquele momento em que você me olhou nos olhos e desabafou toda a verdade, eu vi diante de mim um homem, um novo homem, e não o garoto que havia partido meu coração. Eu enxerguei um futuro para nós ali, naquele quarto. Eu sabia que você seria o pai das minhas crianças, porque nunca haveria outra pessoa capaz de exercer essa função. Se não fosse com você, não seria com mais ninguém. Eu provavelmente acabaria numa casa grande, com 40 gatos para criar. Mas olha onde a gente está. Estamos nos casando. Meu Deus. Isso é surreal. Caramba. Parece que só agora caiu a ficha. E você só fica mais bonito a cada ano que passa. — Meu amor me deu um sorriso lindo. Mas qual sorriso dele não era? — Por incrível que pareça eu já te imagino com uns 40 anos, um coroa maduro e sexy. Nossa. Mal posso esperar por esses 15 anos. — Ouço gargalhadas. — Eu te amo, , , e estou muito feliz e agradecida por ter me escolhido para ser sua esposa e mãe das suas cinco ou seis crianças. Eu te amo tanto, mas tanto, cada parte, cada detalhe, por menor que seja. E eu aceito você como parceiro para o resto da minha vida. Doente, saudável, rico, pobre. Contanto que eu esteja com você, estarei completa. Eu te amo, amor de toda a minha vida.
me puxou apertado contra seu corpo, enquanto os convidados, emocionados batiam palmas e assoviavam numa espécie comemoração.
— Quando eu penso que não posso te amar mais, você vem e me surpreende. — Sussurra e beija minha testa. — Eu quero te contar um segredo. — Encosta sua testa na minha, mirando meus olhos. — Eu sou o filho da puta mais sortudo do mundo por te ter.
— Sorte eu é que tenho pelo papai ter me colocado no seu berço. Eu te amo.
— Eu também.
— Então... — O Juiz pigarreia para chamar nossa atenção. Sorrimos e nos voltamos para ele. — Com estes votos apaixonadamente feitos não resta dúvidas de que estão preparados para a vida a dois. Esse é o momento em que vocês devem trocar as alianças. — Minha sogra se aproxima de e estende uma caixa dourada a ele. pega o anel menor, e eu o maior. Lhe ofereço minha mão esquerda e lentamente ele coloca a aliança, que antes fora de sua avó, então sua mãe, e agora minha. Assim que está posta em meu dedo, ele eleva minha mão aos lábios e a beija. Eu faço o mesmo com a sua aliança, enfiando em seu dedo, logo em seguida a beijando. O momento é mágico, indescritível. — Agora, pelo poder a mim atribuído pelos Estados Unidos da América, eu vos declaro casados. Pode beijar a noiva.
— Finalmente, minha esposa. — me puxa para seus braços e nossos lábios se chocam. Meu coração bate tão forte, parece que vai sair do peito. Eu o abraço e o recebo em minha boca com amor. Aconteceu. Somos um só agora. Os aplausos se fortificam, todos nos parabenizam. — Senhora . — Vejo lágrimas descendo de seus lindos olhos azuis.
— Sua Senhora . Para sempre.
— Para sempre. — Ele repete, e bica meus lábios mais vezes.

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— Meu Deus. Eu quero me enterrar. — Susie, minha prima chega próximo a mim com as mãos tapando o rosto. Eu rio deixando minha taça de champanhe de lado.
— O que foi? — Pergunto curiosa.
Ela revira os olhos.
— Mana, olha para a pista de dança. Papai e Travis estão bêbados dançando Macarena. — Eu dou uma espiada para o lugar que ela me disse e gargalho com cena cômica entre seu pai e seu marido gritando com os braços para cima um “Hey Macarena”.
— Eu nunca pensei ver o tio John assim, tão solto. Ele é tão sério. — Comento, ainda rindo.
— Mana, há uma razão para eu manter aqueles dois longe do álcool. E a razão é justamente essa. — Ela suspira e eu acho graça.
— Deixa eles. Alegria demais não faz mal a ninguém.
— É, tem razão. — Sorri, então volta o olhar para os dois animados. Seu rosto é um poema alegre. — Foram três anos de namoro e cinco de casamento, e apesar das brigas eu nunca me arrependi de ter casado com Travis. Ele é ótimo marido e pai. Faz de tudo para me ver feliz e faz todas as vontades das crianças. — O olhar apaixonado nela eu entendo completamente. — Então eu lembro que você e cresceram juntos, são apaixonados desde criança, só não sabiam. Isso é amor para a vida toda. A história de vocês só está começando, mas já é tão linda.
Eu aceno concordando, e orgulhosa.
é minha vida. Mesmo depois que nós brigamos e eu fui embora, eu pensava nele todos os dias e rezava para que ele não se afundasse tanto na merda. — Eu olho em torno do salão o procurando. Ele está a conversar com alguns amigos, sorrindo. Não sabe que o espreito. Susie é de confiança, e eu resolvo contar algumas coisas a ela. — Ele experimentou cocaína uma vez e se viciou.
— Oh, meu Deus. — Susie suspira. — Foi por isso que vocês se separaram?
— Em partes, sim. — A olho. — Nós tínhamos 15, e estávamos juntos. Fomos a uma festa, ofereceram para nós dois. Eu não aceitei e ele também não, pelo menos não na minha frente. Como eu já disse, após ele ter usado uma vez, ele queria mais. Nisso, ele perdeu o controle, ficava chapado, tentou esconder de mim, mas eu conhecia. Disse a ele que se continuasse a usar e não procurasse ajuda, iria deixá-lo. Claro, eu não faria isso. Eu o amava. Disse aquilo mais para assustá-lo. — Explico. Ela assente.
— Mas então porque foi embora?
O assunto não traz boas lembranças e ela percebe isso através das minhas feições.
— Um dia ele faltou na escola, não me ligou, não foi em casa. Eu achei isso super estranho. Estando chapado ou não, ele sempre ia em casa ou ligava. Eu sabia onde era o covil dos viciados, essa casa era liberada para todo mundo que quisesse circular. Os policiais meio que não estavam nem aí, até porque a casa ficava em uma área longe da cidade, para chegar lá tinha que ser de carro, e eu acho que eles não se preocupavam tanto, já que a boca ficava longe das pessoas de bem. — Susie concorda. — Eu pedi ao Teddy para me levar lá. — Teddy é seu irmão mais novo, tem minha idade. — Ninguém estranhava ninguém lá, sabe? Nós entramos, ninguém se importou. Estava tendo uma festa, o lugar estava cheio, ainda sim eu quis procurar por lá no meio, então eu e Teddy nos separamos. Eu procurei na sala, na cozinha e no banheiro da parte de baixo. Nada dele. Então nós subimos para verificar os quartos. Te confesso que quando cheguei lá, uma sensação ruim tomou conta do meu corpo, era como se aquilo quisesse me preparar para o que vinha a seguir. Haviam seis quartos. Eu verifiquei três e um banheiro, não estava lá. Teddy conferiu dois, no terceiro ele simplesmente parou e ficou me olhando com aquele olhar de pena. Eu senti que estava lá. Teddy tentou me impedir de entrar, mas eu fui mais forte e passei por ele. Ao abrir a porta, encontrei ele deitado com uma garota em cima dele. Estavam transando.
. Minha nossa. Nem sei o que dizer. Nem posso imaginar como se sentiu. — Coloca sua mão sobre meu braço para me passar conforto.
— Aquela cena doeu tão forte em mim que parecia que eu havia sido esfaqueada no peito. Eu chamei o nome dele e quando ele olhou para mim, ele não parecia com o que havia crescido comigo. Eu olhei para alguém que eu não conhecia. Enfim... Ele estava doidão, mas em meio a paranoia que droga proporcionava, ele pareceu lembrar de mim. A garota desceu de cima dele e caiu para o lado, parecia que estava morta. Eu tentei partir para cima deles, só que Teddy não deixou. tentou se levantar, mas não conseguiu.
— Uau, prima. Teddy nunca nos contou isso. — Está tão surpresa que seus olhos estão arregalados.
— Eu pedi a ele para não contar. Passei dois dias chorando direto, tentou conversar comigo, mas pedi aos meus pais para não deixar ele subir. Papai e mamãe ficaram confusos, claro. Nós éramos tão agarrados, porque agora eu não queria ver ele? Decidi ser sincera. Contei a eles o que tinha acontecido. Papai achou melhor contar a Danna e Peter sobre o vício de . Então eu tive que contar a eles tudo, inclusive sobre a traição. chegou em casa nesse dia em que fui lá para contar a verdade a seus pais. Quando confrontado, ele ficou com raiva de mim por não guardar seu segredo. Mas eu estava tão dormente que as palavras dele não tinham efeito em mim, mesmo quando ele latiu ofensas. Quando eu pedi para ir morar com meus avós, meus pais concordaram. Até porque nem eles me queriam perto de .
— Que barra, ein.
— É. O primeiro ano longe de casa foi bem difícil. Imagine sua vida dá um giro de 180° graus e você agora ter que encarar uma realidade totalmente diferente. Eu era uma sombra na escola, como novata eu tinha muita atenção voltada para mim, mas devido aos fatos que tinham acontecido, eu não quis me relacionar com os meus colegas de classe, pelo menos não naquele primeiro ano. Quando eu fiz 17, comecei a aceitar as investidas dos meus colegas. Sabe aquela moça ali? — Apontei para uma ruiva no meio de um grupo de pessoas. — Ela se tornou a minha melhor amiga em Santa Mônica. Depois vieram os garotos, saí com um monte deles, fiquei com poucos. Eu procurava neles o que o meu tinha, mas não encontrava, então não combinávamos.
— Entendo. — Susie ri. — Alguém tentou te levar a sério?
— Tentou. Mas eu não quis. Quando saí do colégio, eu fui para Nova York fazer Arte e Design em Columbia. Estudei dois anos e depois me especializei em Designer de Interiores. Terminei em Stanford, e me formei. Por isso tive que voltar para casa. Na primeira semana meus pais me atualizaram sobre tudo, já que quase não nos falávamos devido aos meus estudos, e também confesso que não queria muito papo. Bastava saber que eles estavam bem. Eles me contaram sobre também. Que quando ele soube que eu tinha ido embora, ele surtou. Quebrou o quarto todo, tentou se enforcar...
— Meu Deus. — Minha prima tapa a boca, chocada.
— Pois é. Com medo de aquilo piorasse, Danna e Peter colocaram ele numa clínica de reabilitação. Ele ficou por dois anos. Estudava lá mesmo, Peter pagava professores particulares. Quando ele fez 18 e saiu, ele tinha mudado completamente. Ele tinha voltado a ser aquele garotinho que todos amavam. Ele gostava de trabalhar com marcenaria e desenhar e produzir seus próprios moveis. Foi o que ele fez. Sem faculdade para . Ele preferiu algo simples. O pai abriu um galpão onde ele trabalhava, reparando e construindo coisas. Ele ficou bem popular, as pessoas gostavam dele e seu trabalho. E foi só. se concentrou no trabalho, ele pediu desculpas aos meus pais e disse que quando eu voltasse, se eu voltasse, ele iria se desculpar e fazer tudo diferente.
— E o que o titio e a titia disseram?
Um garçom ia passando, e como meu champanhe já havia ficado quente, eu pego uma taça nova para mim e Susie. Dou um gole.
— Meus pais amavam como seu próprio filho, e acreditavam que um dia a gente fosse ficar juntos, então eles o perdoaram. esperou por mim, Susie. Por cinco anos. Ele nunca se envolveu com outra garota. Ele se concentrou em reparar tudo que ele havia destruído. Imagine um homem sem sexo por cinco anos. É muito tempo. — Eu rio.
— Mana, aquela mão deve ter trabalho muito, viu? — Nós gargalhamos. — Agora eu sei porque ele tem os braços fortes.
Eu rio um pouco mais.
— Eu não sei como ele conseguiu, mana. Juro.
— Ele deve ter comprado aquelas vaginas que vendem em sexshop. Coitado. Dá um pouco de pena. — Eu concordo. — E quando você chegou?
— Bem, como eu ia dizendo... A primeira semana meus pais me contaram tudo o que havia ocorrido nos cincos anos, na segunda semana alguns amigos fizeram uma festinha e eu fui. Só na terceira semana veio falar comigo.
— Sério?
— Aham. Eu estava no meu quarto fazendo um novo desenho, porque eu estava em processo de experiência na empresa do Senhor Wallace. E ele tinha me pedido um projeto e que se ficasse bom, ele me contrataria. Alguém bateu na porta do quarto e eu achei ser meu pai. Eu testava vestida como uma mendiga, mana, e meu cabelo estava todo bagunçado. Eu havia virado a noite e ficado o dia desenhando, e após o jantar, eu só subi, tomei um banho e nem penteei os cabelos, apenas fui para a frente do computador trabalhar. Imagine o meu susto quando eu abri a porta. Eu fiquei estatelada por uns bons minutos. Parecia ilusão ele está na droga da porta do meu quarto. Papai e mamãe estavam bem atrás dele e eles sussurram algo como “Escute ele, por favor.” E desceram, enquanto eu fiquei lá, parada, olhando para o .
— Eu estou tentando imaginar a cena. — Susie comenta.
— Mana, vamos nos sentar à beira da piscina. Está um pouco quente aqui dentro, e esse vestido não ajuda muito. — Eu proponho e ela assente, então nós saímos da casa para o lado de fora, que também está muito movimentando. Sentamo-nos nas espreguiçadeiras. — Onde eu estava mesmo?
— Na parte em que você não sabia o que fazer com na porta do seu quarto.
— Ah. Sim. Eu imaginei tantas vezes como seria quando nos víssemos novamente, e em todas essas vezes eu gritava que ele era um idiota e que odiava ele, então eu iria embora. Mas naquele momento, que era real e ele estava na minha frente, era uma situação totalmente diferente. E eu fiz a única coisa que eu nunca tinha posto em imaginação. O amor era muito mais forte que a raiva e a saudade também, então eu apenas me estiquei e o abracei como se minha vida dependesse daquilo. Ele pareceu tão surpreso que demorou um tempo até ele me abraçar de volta, e quando ele fez, ele chorou. — Eu limpo a lágrima que escorre ao lembrar daquele momento. Susie também se emociona. — Eu nunca tinha visto ele chorar, Susie. E nunca quero ver de novo, não se for por tristeza. Ele me contou tudo, tudo o que havia acontecido. Mas a forma como ele falava, não era mais um garoto, era um homem de responsabilidade, sabe? E foi naquele dia que a gente enterrou todo aquela parte ruim do nosso passado. Aos poucos nós fomos ficando íntimos outras vez, até que nós voltamos a namorar. E estamos juntos até hoje. — Eu sorrio.
— Olha, minha irmã. Essa história merecia um livro, viu? — Se abanando, ela toma um gole. — Eu estou feliz por ter mudado e por você ter aceito ele. Olho para vocês dois e só vejo felicidade. Dá até um pouco de inveja branca.
Eu sorrio.
— Quem sabe eu não escreva esse livro futuramente.
— Eu serei a primeira a comprar. Louca para saber as coisas que não me contou.
— Curiosa. — Eu espirro com meus dedos um pouco do meu champanhe em sua roupa e ela solta um gritinho engraçado.
? — Teddy me chama da porta.
— Oi. — Eu respondo.
— A banda está preparada. Estão esperando por você.
Oh, a banda. Eu me ergo. Me perdi conversando com Susie que quase esqueci o que havia preparado.
— Como assim a banda está preparada? O que você está aprontando, ?
Eu rio quase correndo com ela em meu encalço.
— Você vai ver.
— Cuidado com o vestido. Não vá pisar na barra. — Ela adverte.
Sinceramente, o vestido não me importa nadinha.
Teddy me oferece seu braço e junto nós caminhos pelo imenso salão até chegarmos ao canto em que a banda esteve tocando alguns minutos antes. Só que eu havia combinado algo com eles assim que o cantor fizesse sua pausa. Assim que algumas pessoas me veem chegando, elas se viram, porém só prestam atenção em mim quando eu falo no microfone.
— Olá. Oi, pessoas. Tudo bem? — Eu pergunto um pouco nervosa. É que eu quero fazer uma coisa bonita para o meu marido, e não quero errar. Todos os dispersos se viram em minha direção. — Alguém viu o meu marido? — Questiono passando o olhar pela multidão, até que aparece se esquivando no meio deles. Está sorrindo para mim. — Oi, Docinho. Tudo bem? — O frio na barriga cresce quando ele ri e assente. — Ahn... Eu estou um pouco nervosa, e... Eu quero pedir desculpas se por acaso eu causar algum problema de audição em vocês. — Todos gargalham, inclusive o meu esposo que me olha cínico. — Alguns dias atrás eu estava no carro quando ouvi uma canção que chamou bastante a minha atenção por... Por retratar muita coisa sobre como me sinto a respeito desse meu lindo marido que está aí parado no meio de vocês pensando que a esposa dele deve ser meio doida. — O besta ri e grita:
— Eu tenho certeza que a minha esposa é doida.
— Cale a boca. — Eu rio. — Caham. Então. Brincadeiras à parte... Meu amor, você fez a declaração perfeita para mim, e agora eu quero retribuir dedicando essa música a você. — O sistema de luzes cria um clima perfeito. Eu respiro fundo, antes de iniciar.

You call me out and tie me tough with love, with love
Você me chama e me amarra forte com amor, com amor
You find my flaws, my teeth, my claws, with love, with love
Você encontra as minhas falhas, meu gosto, minhas garras, com amor, com amor
Cause every time I’m slippin’ away from myself
Porque cada vez que estou fugindo de mim
You’re the one that moves me like nobody else
Você é o que me move como ninguém

Cause when I’m down and I’m done
Porque quando estou triste e farta
And I’m comign unplugged
E estou vindo distraída
When I’m ready to fall, you’re the one
Quando estou pronta para cair, você é o único
Always holding me up, with love
Sempre me segurando, com amor


Eu desço do palco com o microfone, enquanto a banda faz o solo. Eu ando até e seguro sua mão na minha, olhando dentro de seus olhos.
— Eu te amo do amanhecer ao anoitecer e mesmo quando durmo, ainda te amo. Eu te amo nas três dimensões, nas quatro luas, nos quatro elementos, nas quatro estações, nos quatro pontos cardeais. Eu te amo nos cinco sentidos, nas sete cores do arco-íris, nas sete notas musicais, nos doze signos do zodíaco, em tudo o que existe eu te amo cada vez mais. Eu te amo na procela e na calmaria, em todos os Johns e Marys, nos infantis, nos anciãos, nos amigos, inimigos ou irmãos… Eu te amo em toda a criação. Eu te amo no caos aparente ou na mais perfeita estrutura… Eu te amo como o próprio criador ama a sua criatura. Eu te amo no vento que vem do Norte, na linha do horizonte, na pequena fonte, nas nuvens grávidas de chuva… Eu te amo nos meus dias nefastos e nos meus dias de sorte. Eu te amo na árvore frondosa, na montanha majestosa, na pedra preciosa, nas miríades de estrelas do universo… Eu te amo no pequeno átomo, na imponderável constelação, eu te amo para além de qualquer humana compreensão. Eu te amo pelo que sei de ti, pelo muito que ignoro e por aquilo que somente posso pressentir. Eu te amo na plenitude da lida, no ocaso da vida… E, depois que eu me for, nas lembranças que porventura eu deixar, hás de encontrar perfumados e palpitantes restos do que foi o meu amor. Te amo o suficiente para te agradecer por todas as vezes em que você me fez rir feito uma boba, por coisas que nem eram tão engraçadas a ponto da minha barriga doer. Te amo o suficiente para pedir desculpas por cada palavra mal colocada para você. Te amo o suficiente para aturar você fazendo cara de bravo, ou me interrompendo quando o assunto é sério para me dar um beijo no meio de tanta seriedade. Te amo o suficiente para dizer que amo o fato de saber que vou passar o resto da minha vida com você. Te amo o suficiente para querer ouvir sua voz todos os dias, nem que seja por um segundo. Ela me acalma. Te amo o suficiente para não querer mais nada, a não ser estar ao seu lado. Eu te amo tanto que eu nunca decoraria uma poesia tão grande como essa para declamá-la a outra pessoa. Ela foi feita para você, porque eu te amo.

Cause when I’m down and I’m done
Porque quando estou triste e farta
And I’m comign unplugged
E estou vindo distraída
When I’m ready to fall, you’re the one
Quando estou pronta para cair, você é o único.
Always holding me up, with love
Sempre me segurando, com amor


O rosto de está banhado em lágrimas e está tão vermelho que parece que ele vai virar um tomate a qualquer momento. Eu o abraço, eu o beijo, eu declaro meu amor novamente, porque ele é o amor da minha vida, e esse é o nosso dia especial. Chame-nos de Casal diabetes... Eu não me importo. Eu o amo, e enquanto eu viver, eu vou dizer isso a ele.
— Quem é chorão agora? — Eu pergunto fazendo graça, enquanto ele e bica meus lábios.
— Isso é golpe baixo, babe. Espere até mais tarde. Quando estivermos sozinhos, vou fazer vou chorar. E não vai ser por tristeza ou declaração de amor. — Sussurra em meu ouvido e eu me aqueço toda, já imaginando mil e uma safadezas. — Eu não sei porque você inventou essa regra de ficarmos um mês antes do casamento sem fazermos amor, mas já quero te dizer que a primeira da noite vai ser uma foda em que eu vou explodir seus miolos. Depois vem o amorzinho bem delicado. Vou te fazer chorar nas duas.
— Meu Deus, . — Eu gemo.
— Mais tarde, babe. Agora vamos dançar!

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* ♥✿♥ ♥☼♥ With Love ♥☼♥ ♥✿♥ *
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— Oh, meu Deus. Você não vai fazer isso? — Eu rio quando sem me avisar, me tira do chão, pondo-me em seu colo. Eu grito com o movimento e ele sorri feliz. — Não vai me derrubaaaar. — Puxo quando nós cambaleamos um pouco para o lado devido um movimento mal feito.
— É mais fácil eu cair do que derrubar você, baby. — Rebate dando um beijinho no meu pescoço.
— Você só está agindo assim para entrar na minha calça, safadinho.
— Querida, eu me casei com você para entrar sempre na sua calça. Isso é fato.
Nós gargalhamos.
— Você não precisa me carregar até o quarto, Lindo. Tudo bem eu ir andando.
— Nop. Eu sou um homem tradicional. Quero fazer tudo certinho. Quero te fazer feliz. — Eu capturo seu rosto em minhas mãos.
— Você já me faz, amor. — O beijo.
aguenta todo o meu peso durante a subida do elevador, então quando as portas se abrem no último andar, ele salta e começa a caminhar para a nossa suíte. O que eu sinto no momento é tão intenso, uma mistura de felicidade, satisfação e excitação. Nossa. Sou toda fogos de artificio.
para em frente a nossa porta, enfia o cartão no encaixe e então a destranca é feita. Ele entra e a fecha com o pé.
— Finalmente, a sós. — Ele sussurra próximo ao meu ouvido. Arrepio.
— Esperei esse momento por um mês inteiro.
— Quem mandou inventar aquela regra. Agora eu estou entrando em combustão, doido para tocar esse corpo que eu amo com paixão cega. — Nos conduz pela sala e entra no quarto. Eu estou em um clima sensual, porém ao ver a decoração que nos envolve, meus olhos se enchem de lágrimas. O quarto inteiro está iluminado por velas aromáticas pequenas. Isso me lembra o clip de A Thousand Years da Christina Perri. A cama queen size está coberta de pétalas de rosas vermelhas. Eu não posso me consolar, eu caio no choro novamente. — Oh, amor. Não era dessa forma que eu queria fazê-la chorar. — Ele sorri enquanto eu choro e choro, então ele me deposita com cuidado sobre a cama, seu corpo sobre o meu. — Você gostou?
Minhas mãos antes em seus braços sobem para seu pescoço, e por fim, seu rosto. Eu o olho por um minuto inteiro, admirando suas perfeitas feições.
— Eu amo cada pequena coisinha que você faz para mim.
— Eu prometo fazer mais.
Seus lábios caem para os meus num beijo amoroso. Eu o aperto contra o meu corpo, carente, necessitada. Aos poucos removo seu blazer, nunca parando de beijá-lo. Quando o ar se faz necessário e parte para o meu pescoço com beijinhos e lambidas doces, eu desabotoo sua camisa, com toda calma do mundo. Não há momento para pressa, pelo menos não agora. Eu giro e nos viro, ficando por cima. Abaixo e beijo seu peito, arrastando a língua em todas as direções. Meu marido respira ofegante, ansioso. Eu sorrio e desço um pouco mais. Seu abdômen – a terceira parte que eu mais amo em seu corpo (já que a primeira é seu coração, e a segunda são seus olhos – divido em seis gominhos proeminentes são parte da minha perdição. Eu amo mordê-los e lambê-los. Eu delicio-me lá por um tempo, amando o quão inquieto ele está. Ao chegar na calça, eu me sento em suas coxas e desfaço o sinto e o botão. Sua boxer Calvin Klein é preta, em contraste com sua pele clara. Eu puxo a calça e a jogo com cuidado porque há velas por todo o canto e eu não quero causar um incêndio. Meu dedo traça o seu caminho da felicidade, que leva direto para dentro da cueca.
— Eu amo essa trilha. — Eu sussurro. — Eu posso lambê-la? — Eu pergunto com a voz rouca, sexy.
morde os lábios.
— É toda sua, mulher. — Seu tom é áspero, parece asmático.
— E o que tem dentro da cueca também? — Arqueio a sobrancelha. Ele ri sem humor, mas com tesão.
— Tudo em mim é seu.
Estou orgulhosa.
— Boa resposta, cowboy.
Nós rimos.
— A senhora está vestida demais para o meu gosto. — Comenta, pondo suas mãos atrás da cabeça.
— Perdão, Senhor. Já vou resolver isso.
Há meio sorriso fechado em meu rosto quando eu me afasto da cama. Abro o feixe em minhas costas e deslizo o zíper até o começo do bumbum. Eu amo saber que vai adorar a minha lingerie azul. É sua cor favorita. Por sorte, deu para esconder a cor através do vestido branco. Eu saio dos sapatos, dou um para frente e deixo que o vestido caia sobre meus pés como uma piscina.
Os olhos de saltam para a fora e ele se ergue de seu lugar.
— Puta merda. Olha só para isso. — Ele respira, afoito. Eu sorrio e viro de costas para mostrar o fio dental da calcinha. — Jesus Cristo. Você quer me matar, mulher? — Eu não tenho tempo nem de dizer alguma coisa porque ele me puxa para seu colo. E de algum jeito eu acabo ficando por baixo. Seus beijos começam em minhas pernas, coxas, e ao chegar em minha bunda, morde forte. Eu grito, e rindo, ele dá uma palmada. — Silêncio. — Eu dou uma risadinha. Suas mãos seguem pela minha coluna e seus beijos caem em minha nuca. Eu perco todo o senso quando ele me beija lá. — Senhora, eu amei esse conjunto, ele ficou lindo em você. Te deixou super gostosa, mas eu lamento ter que removê-lo.
Eu não digo nada, apenas permito que ele dispa. A cada toque, cada beijo que ele me dá, meu amor por ele cresce, mesmo que pareça impossível. me ama como ninguém jamais poderia amar, e em meio a nossa noite de núpcias, ele me faz promessas que sei que vai cumprir. Quando o cansaço abate nosso corpo, eu adormeço em seus braços com a sensação de que não há nada mais perfeito que nós dois juntos.


The-End?



Nota da autora: Sem nota




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