Além da Técnica

Última atualização: 06/09/2024

Capítulo Único

Após ganhar várias medalhas no último mundial, null e suas colegas de equipe estavam comemorando em um pub. Todas as atletas estavam cansadas, porém bastante gratas pelo resultado maravilhoso que tiveram. Então, elas achavam que a comemoração era super merecida, visto que todas se dedicaram e sempre abdicaram de boa parte de suas vidas para viver da ginástica.

As atletas eram maravilhosas, é claro, não foi à toa que elas ganharam medalhas em todas as categorias, incluindo três ouros de null. Contudo, um grande destaque e contribuinte para essas conquistas foi o novo técnico.
null null era o técnico da equipe feminina do Canadá e estava fazendo um trabalho maravilhoso há pouco mais de um ano, quando foi contratado para essa função. null, como era conhecido no meio esportivo, fora técnico de vários países europeus e também dos Estados Unidos, potência no mundo da ginástica.

Ele era técnico da equipe canadense, mas seu trabalho individual era feito com null e Emma, pois treinavam no mesmo time nacional.
Devido ao trabalho perfeito que o técnico estava fazendo, todos estavam esperançosos de conseguir alguns pódios nas olimpíadas. As atletas estavam se preparando fervorosamente e as conquistas no mundial deste ano estava sendo como um combustível de esperança de medalhas nas olimpíadas do próximo ano.

null trabalhava de forma impecável, era justo, mas era extremamente sério. Não se sabia muito de sua vida, pois o homem não conversava abertamente. Então, isso fazia com que muitas fofocas a respeito do homem surgissem. Era exatamente isso que as garotas conversavam no pub.

— Vocês realmente não acham estranho esse mistério todo? — perguntou Leah.

— Disse e repito: ele é gay. — respondeu Ellie.

— Vocês estão viajando. null só é na dele. — defendeu Emma.

— E qual sua opinião mesmo, null? Você sempre se esquiva quando falamos sobre null. É porque ele é seu coach? — indagou Brooklyn.

— Minha opinião é a mesma de Emma. Acho que vocês estão viajando. Não acredito que ele seja gay.

— Qual é, null? Ele nunca falou nada? — perguntou Ellie com curiosidade.

— Não, gente. A gente não conversa muito, vocês sabem.

— Mas, bem que você queria, não é senhorita null? — disse Brooklyn falou.

A real é que a garota estava certa: null queria. Queria desde a primeira vez que viu o homem chegando no CT. Queria desde a primeira vez que ouviu sua voz. Queria desde a primeira vez que o viu, mesmo com aquele ar sério que ele tem.

A ironia do destino é que ela sempre dizia que jamais se envolveria com nenhum colega desse meio, que jamais desenvolveria sentimento algum, mesmo uma atração física e olha só, o destino zombando da cara dela ao fazê-la desejar ninguém mais que seu próprio técnico.

null ocultou algo muito importante: eles conversam, falam sobre a vida e até brincam, às vezes. Porém, ela não queria que soubessem, já que o técnico não abre espaço para que as outras ginastas conversem com ele. Não quer que achem que ele a favorece de alguma forma, então prefere que achem que o homem é assim com todas.

Para completar, null já percebeu algumas indiretas de null, algo que aparentemente não seria nada demais, não mais que uma brincadeira, contudo a ginasta viu o olhar que o homem a deu durante sua fala. Sabia que ele não era do tipo que brinca, sua seriedade não permitia isso.

Flashback On

null acabara de passar o novo elemento que estava treinando no solo, o Moors, e a atenção que o técnico precisava dar era de extrema importância, dado a complexidade do elemento.

Se você perguntasse há dois anos se ela se imaginava treinando esse elemento, a ginasta diria que não, pois não se achava capaz o suficiente de realizar um elemento tão difícil quanto o duplo mortal esticado com a dupla pirueta, o Moors.

Não pensava até null colocar em sua cabeça que era possível, que null era competente e capaz de realizar o que quisesse na ginástica artística.

— Eu disse que você é capaz, null! — começou o técnico. — Você tem capacidade de muito mais.

— Isso porque você acredita em mim. — comentei.

— Não, null. Você é capaz de verdade, o mérito é seu. Se você continuar assim, em um ano começamos a treinar um elemento para levar seu nome.

— Você tem algo em mente?

— Você vai me chamar de louco. — ele disse e apesar da frase aparentar brincadeira, o homem estava sério.

— Ai, meu Deus. Tenho até medo de perguntar.

— Não precisa nem perguntar. Pretendo treinar um duplo mortal esticado com tripla pirueta. — ele falou com uma tranquilidade que a deu arrepios.

— QUÊ!? Você está doido, null? — gritei em surpresa e o técnico riu. Foi a primeira vez que ela o viu rindo e ela gostou de vê-lo sorrindo.

— Fala baixo. — ele disse e continuou: — Imagina esses gritos dentro de quatro paredes? — sussurrou achando que null não ouviria, mas ela ouviu, apesar de que fingiu não ouvir.

Flashback Off

null saiu de seus devaneios e voltou sua atenção para a conversa e percebeu que as meninas ainda continuavam no mesmo assunto: null.

— Vamos mudar de assunto? — null perguntou e elas concordaram.

— Vamos brincar de eu nunca? — Brooklyn sugeriu.

— Eu apoio! — disseram as meninas, exceto null.

— Ah, gente. Não sei, não.

— Vamos, null! Deixa de ser careta! — Disse Emma.

— Ou você tem medo de revelar seus segredos, null? — perguntou Ellie.

— Que segredos, gente? Eu lá tenho tempo para isso. — disse null sem paciência.

— Então, vamos!

As meninas começaram a brincadeira e apesar de no início null não querer participar, após algumas doses, a garota começou a se animar. A garota mal bebia devido aos treinos e inúmeras competições, porém apesar disso, sua resistência ao álcool era enorme. O problema é que sua sinceridade ficava aflorada.

— Agora essa é boa! Eu nunca me senti atraída por alguém do meio da ginástica artística. — Emma falou e todas beberam, inclusive null. Isso fez com que todas virassem seus rostos em sua direção, em total surpresa.

Não era a primeira vez que as amigas brincavam de eu nunca, na verdade era bastante comum quando elas ficavam de folga e saíam para se divertir. Entretanto, aquela fora a primeira vez que viram null admitir algum interesse por alguém do meio, já que ela sempre afirmava que, em hipótese alguma, teria atração ou sentimento por alguém da ginástica.

— Oi!? Que história é essa, null? Quem é? — perguntou Emma.

Apesar de todas serem muito amigas, por serem do mesmo time, null e Emma eram inseparáveis, sabiam tudo da vida da outra… ou quase tudo, pelo visto.

— Acontece, meninas! — começou null. — Mas, se querem mesmo saber, continuem perguntando.

— Então, tá bom! — começou Ellie. — Eu nunca me interessei por nenhum atleta da ginástica artística. — nesse momento, todas beberam, menos null. Isso fez com que as meninas se olhassem, pois aquilo estreitava as perguntas.

— Eu nunca senti atração por um membro de alguma comissão técnica. — disse Brooklyn e todas beberam, incluindo null. As meninas deram um grito de animação e todas começaram a pensar na mesma pessoa, porém tinham que ter a certeza.

— Eu nunca senti atração por um membro da minha comissão técnica. — Ellie disse e null bebeu. Agora era hora da pergunta final. Ellie e Brooklyn se entreolharam e balançaram a cabeça. Um pequeno momento de silêncio se fez presente no momento.

— Eu nunca senti atração pelo meu técnico. — sussurrou Brooklyn. A princípio, null se manteve quieta, mas segundos depois pegou o copo e entornou. Todas começaram a pular e gritar ao redor de null. Gritavam “eu sabia!” e apertavam o corpo da garota.

— Parem com isso, estão me apertando e gritando no meu ouvido! — disse ela.

— Te entendo, null! null é um gostoso! — disse Ellie.

— E quem disse que é ele?

— Não nascemos ontem, viu senhora? — respondeu Emma.

null, não é porque você é minha amiga e não quero te iludir ou algo do tipo, porém você nunca percebeu os olhares que null te dá, não? — perguntou Brooklyn e null balançou a cabeça em negativa. — Garota, quero que um raio caia na minha cabeça agora se eu vi errado as centenas de olhadas dele.

— Já cheguei a notar, mas pensei que estava analisando ela nos treinos. Não imaginava que nosso técnico tinha olhares maldosos com nossa pequena null. — disse Emma.

— Não viagem, null jamais olharia para mim.

— Não viaje você, minha filha. Você é linda, gostosa e atraente. — começou Ellie. — Ou você esqueceu que é super popular e sempre é convidada para sair com alguém?

— Mesmo assim, meninas…

— Mesmo assim é o caralho. Você deveria investir. — disse Brooklyn.

— Só se for para eu ser rejeitada e depois ficar um clima estranho.

— Não vai, sua louca. Aproveita que o álcool está correndo em suas veias e manda mensagem e pergunta se pode conversar pessoalmente. — disse Brooklyn.

null balançou a cabeça e pediu que aquele assunto morresse ali. As meninas a respeitaram e mudaram de assunto, porém a garota não conseguia parar de pensar no que Brooklyn falara há pouco. Será que deveria reunir a coragem que o álcool queria lhe dar naquele momento ou tentar pôr a cabeça no lugar e esquecer tudo que falaram?

Dividida entre ter ação ou não, a garota pegou seu celular e procurou pelo perfil de null no instagram. Respirou fundo antes de tomar sua decisão.

DM INSTAGRAM
null null

Hey, null. Boa noite.

Oi, null! Boa noite.

Tudo bem?

Sim e com você?

Bem também. Então, null. Queria saber se você está ocupado nesse momento.

Não, acabei de finalizar aqui no CT.

Você ainda está no CT?

Estou sim.

Estou perto. Queria conversar com você rapidinho pessoalmente, pode ser?

Claro, fico te esperando.



A garota respirou fundo depois de terminar a conversa pela DM do Instagram. Não falara nada com nenhuma das meninas, só disse que estava com dor de cabeça e que iria embora. As meninas se despediram e null pediu um uber até o CT.

****


Alguns minutos se passaram e null chegou no CT da ginástica artística canadense. Suas mãos suavam frio e estavam trêmulas. Um nó se formava em seu estômago e ela sentia que poderia vomitar a qualquer momento. Tentou respirar profundamente algumas vezes em uma tentativa de acalmar seus nervos e diminuir as batidas ferozes e rápidas de seu coração.

Juntou todo o resto de coragem que ainda restava e passou pelos portões do local. Caminhou devagar, com esperança que aquele curto caminho até a sala de treinos a acalmasse antes de chegar em seu destino. Era em vão, pois nem que caminhasse até o outro lado da cidade conseguiria ficar tranquila.

Entrou na sala e viu null agachado junto a uns colchões que estavam no extremo leste da enorme sala. O barulho de seus saltos ecoava no local, fazendo o homem virar em direção ao som. Ao ver a ginasta, null deu um discreto sorriso e levantou-se, caminhando em direção a mulher.

— Oi, null! — disse o técnico.

— Hey, null. — null respondeu o cumprimento. A mulher engoliu em seco. Não sabia como começar. Aliás, o que falaria para ele? Ela realmente não sabia. Permaneceram em silêncio absoluto por alguns segundos, até que o homem falou:

— Você disse que queria conversar comigo.

— Sim, mas não sei como começar. — disse null com sinceridade. null franziu levemente a testa, porém logo voltou a mostrar uma expressão neutra.

— Pode falar, null. — ele disse. A mulher fechou os olhos e respirou fundo por um instante. Ao abrir seus olhos, percebeu que null a fitava. Algo passou em seus olhos por um instante, mas a ginasta não conseguia decifrar o que era. Ficou em dúvida entre desejo e raiva.

— Que se foda! — ela começou. — null, vou te mandar a real. Sempre coloquei na minha cabeça que meu foco seria voltado totalmente para a ginástica e que nada tiraria minha concentração.

— Sim e eu admiro isso em você.

— Sempre afirmei que jamais me deixaria envolver por atrações físicas ou sentimentos com ninguém desse mundo, mas então, você apareceu e desde o primeiro dia tenho pensamentos obscuros, desejos e sonhos proibidos. — ela sussurrou, olhando no fundo dos olhos do homem. — Atualmente, meu maior sonho é foder com você, null.

— Você bebeu? — ele perguntou.

— Bebi, mas o efeito já passou.

— Melhor você ir para casa. — ele tentou se afastar, mas a ginasta pegou em sua mão.

null, eu sei que você também me deseja.

— Você está louca, null. — disse o homem. Sua voz saiu grave e quase como um sussurro, como da outra vez em que ele falou e ela fingiu que não ouviu. O técnico desviou o olhar.

— Não estou, você que quer negar o inevitável. — ela começou. Apertou a mão de null com uma mão e com a outra tocou levemente o rosto do homem e virou em sua direção. — Você pensa que não te ouvi naquele dia?

— Que dia? — o homem falou e engoliu seco. null aproximou o rosto do dele e foi em direção ao ouvido do homem.

— Que você estava imaginando meus gritos entre quatro paredes. — ela sussurrou. — Por que não sai da imaginação e descobre ao vivo? — os olhos do homem brilhavam e agora null via claramente o desejo neles. — Não me provoca, null. — disse null entre os dentes. A mulher deu um sorriso e colou seu corpo no dele. Ao fazer isso, o sentiu duro.

— Ai, null. Você quer isso, seu corpo está clamando pelo meu. — ela disse próximo a boca dele. — Quero tanto que você me coma, que meta seu pau gostoso na minha bucetinha. — ela continuou provocando e o homem mordeu com força o lábio inferior.

— Porra, null! — ele exclamou e passou os braços ao redor do corpo da ginasta. — Que se foda tudo!

null beijou null ferozmente, um beijo carregado de desejo e malícia. A mulher colocou uma de suas mãos no cabelo do homem, enquanto a outra foi direto na calça dele e apertou o cacete do técnico, fazendo-o soltar um suspiro alto.

null, quero que você me coma aqui, no tablado. Sonhei várias vezes com isso.

Ele a levantou e a fez passar as pernas na sua cintura. Sem parar o beijo, null começou a caminhar em direção ao tablado e ao chegar ao local, deitou a mulher. Tirou o vestido que ela estava e viu sua calcinha úmida.

— Que gostosa, toda molhadinha para mim. — o homem disse e logo em seguida tirou a calcinha, a deixando exposta. null colocou a boca na buceta de null e começou a chupá-la, que gemeu em resposta.

— Isso, null! Que gostoso! Me chupa! Taca essa língua gostosa na minha buceta! — disse ela e ele começou a sugar seu clítoris, a fazendo gemer ainda mais alto.

— Baby, grita para mim, grita! O tanto que eu desejei te ouvir gemer! — ele disse e voltou a chupá-la.

Após alguns minutos ali, a mulher o empurrou devagar e tirou sua roupa, deixando seu pau duro à mostra. Contemplou aquela visão por alguns segundos e logo em seguida o abocanhou, chupando a cabeça de seu pau. Passava a língua pela glande dele, o fazendo grunhir.

— Vai sua safada, chupa esse pau! Era isso que tu queria, não é?

O homem a puxou e logo em seguida deitou null novamente e enfiou seu pau nela, que gemeu em prazer. Começou a estocar forte nela, que gritava o nome do homem em prazer.

— Isso, null! Me come gostoso!

— Sua puta! Não era pau que você queria? Pois é isso que você vai ter!

Ele continuava a meter rapidamente na mulher que pedia para ele não parar, até que gritou pela última vez e o homem sentiu o líquido dela escorrer em seu pau, fazendo com que ele se sentisse ainda mais duro e pulsasse mais rapidamente. null continuou com os movimentos e quando sentiu seu orgasmo se aproximando, aumentou a velocidade.

— Você está perto de gozar, não é? — ela disse gemendo e ele só conseguiu balançar a cabeça afirmando. — Quero que você goze na minha boca.

Ao ouvir essas palavras, o homem sentiu seu pau pulsar ainda mais rápido, como um alerta para o orgasmo que viria a seguir. Ele se retirou de dentro dela e colocou o cacete na boca dela, que sentiu o líquido quente bater em sua garganta. O homem gemeu alto ao atingir seu ápice e null sorriu em resposta.

— Você é uma tremenda gostosa, null.

— Quero sempre ter esse treino extra, null.




Fim...