Última atualização: 05/08/2020

Capítulo Único



E enfim eu descobri o talento que me fora dedicado: Aliviar a tensão das pessoas com o uso das mãos.
Ter contato com pessoas diferentes poderia me livrar de problemas que, até ali ainda não havia encontrado. Essa era a parte boa da minha vida de massagista.
Mas como ter problemas com aquela vida? Era o que simplesmente qualquer mero mortal julgaria como a perfeição. Morar a poucos metros da praia carioca mais cobiçada era um privilégio que poucos poderiam ter, e eu incluía-me nisso, em uma casa própria, e muito bela, por sinal.
A distância da família me incomodava, mas ao mesmo tempo me passava o ar de independência que sempre quis ter. Afinal era isso, apenas isso que eu buscava quando decidi largar toda a vida de interior pra viver na cidade grande. Sabe como é, filhos rebeldes e sonhos diferentes. Via-os anualmente, geralmente na primavera, assim como meus outros dois irmãos, que também optaram pela distância.
Era feliz, mesmo sabendo que seguir o meu sonho faria com que eu tivesse que fazer muitas escolhas e não ter tempo para muitas coisas da qual um dia, julguei como umas das mais essenciais. Uma delas, e talvez a mais importante, era a de ter alguém com quem dividir tudo isso.

Além de muito famoso, o SPA das estrelas era o maior SPA ativo na América Latina. Havia várias filiais espalhadas pelo continente latino, mas a mais importante sede era a próxima de Copacabana. Eu tinha muito orgulho de vestir o uniforme e sair, todas as manhãs, para meu trabalho. Sentia-me importante, renomada massagista, mesmo que isso signifique quase nada. Não ganho prêmios, não dou palestras em programas de TV, mas dou aquilo que qualquer humano necessita essencialmente: paz e tranquilidade.
Era um trajeto realmente curto entre a minha casa e meu serviço, e optar por um carro poluindo o meio ambiente era difícil demais para mim. A minha fissuração pela natureza (que quase me tornou bióloga) impedia-me de um ato que julgava tão cruel, e enquanto eu tivesse todo aquele belo mar para observar, eu estava completamente segura.
As pessoas que olhavam insistentemente para o Cristo Redentor, mesmo de longe, denunciavam a quantidade de turistas encantados com a cidade. O trânsito que passava ao meu lado durante todo o meu caminho, indicava quantas pessoas tensas iam lutar pelo pão de cada dia. E uma boa parte delas – pelo menos as sensatas – passariam o resto da tarde tentando relaxar, o que tornava o meu local de trabalho ainda mais cheio.
Optando por uma rotina mais saudável, várias pessoas usavam as férias para tentarem manterem a saúde em dia, ou pelo menos, começar a tentar. E isso aumentava a minha lista de pacientes do mês de dezembro. Mas mesmo com tudo isso, eu continuava mantendo meu bom humor habitual.
- Então , o que temos pra hoje? - era a secretaria do SPA. Responsável por cuidar de agendamento de clientes, recebimento de pagamentos e etc. Costumava brincar que ela era o spa, e eu era das estrelas.
- Você já deve saber né amiga, semana que vem é natal. Temos vários clientes, mas as massagistas da manhã irão lhe ajudar em um turno extra até as cinco da tarde, e isso diminui muito a sua agenda. – ela respondeu.
- Isso é ótimo, não tenho planos de madrugar aqui, como na sexta passada. - Lembrei-me do feito. - Espero que deixe uma cópia dessa agenda na minha sala. – ela sorriu já me entregando o papel. – Huum. – disse ao dar uma olhada rápida pelo que ali se encontrava escrito. Nada muito diferente. Meus olhos sempre buscavam pela lista um nome em especial.

- Essa semana temos o de sempre – ela disse como uma garçonete apresentando o Menu, o que me fez rir baixo. - Sra. Campiotto e a filha, O Senhor Mark, Sharon...
- Não acredito que essa patricinha ainda não desistiu de vir. – interrompi a leitura quando ouvi o último nome citado por . Rimos juntas ao lembrar-nos da cliente. além de secretária, era minha melhor amiga na cidade, o que tornava meu trabalho muito mais divertido e esses momentos muito comuns. Ela já estava lá quando comecei meu estágio, e então me identifiquei logo de cara. Sendo ela a outra perdida do interior buscando os prazeres da cidade grande, logo começamos a dividir experiências, e essa cumplicidade acabou surgindo sem que pudéssemos perceber. - Ao menos ela vem antes do almoço, já que só de olhar para a cara dela da vontade de vomitar. – rimos e ela voltou a se concentrar na tabela da agenda que indicava os horários e seus respectivos clientes. – Têm mais três clientes e... – ela me deu um sorriso, muito malicioso por sinal – Não conseguiu se livrar do essa semana.
- Não é como se eu quisesse, não é? - Brinquei, vendo-a corar. Ela namorava o mesmo cara desde que havia se mudado para o Rio de Janeiro, então fazia questão de que também tivesse um par, para que pudéssemos fazer programas de casal. Eu já a enrolava há três anos. - e eu nunca poderíamos ter nada. Por mais que seja uma louca ideia, você sabe que eu não sei como "chegar" em um homem. E eu só o acho um cara muito atraente, só isso. Preciso jurar não comentar mais nada com você. – eu não estava tão certa do que havia dito, mas não daria esse gostinho para ela.
- , você é uma massagista. Pode ter qualquer homem semi-nu deitado em sua cama e o que faz? NADA! Amiga, o que você tem a perder? O emprego? E o não é simplesmente um cara atraente, ele é tipo o Caio Castro do comércio.
- Ao menos não sou eu que tenho a intimidade de chama-lo de , não é? – disse e segui para minha sala, onde minha primeira cliente já me aguardava.

Os clientes da manhã eram geralmente os mais mal-humorados. Acordar cedo não era o modo que eles gostavam de começar a sexta-feira, mas era a única forma de encontrarem uma vaga nas agendas de final de ano. Não tenho culpa de ser uma excelente massagista, com licença, obrigada. Modéstia a parte, eu fazia o que gostava, então fazia muito bem. E sabendo conversar com os clientes e não apenas jogar o óleo e alisar uma pele, acabei criando amizade com diversos, que, ainda na modéstia, preferiam contratar meus serviços a os de outro colega de trabalho.
A tarde chegou rápido e eu estava ansiosa para poder dormir um pouco mais, já que o SPA abria um pouco mais tarde aos fins de semana. Cumpri meu trabalho com os três clientes e fiquei esperando por . , na verdade, já que pessoas importantes têm o nome e o sobrenome enfatizados. era o que costumo chamar de "figura da cidade". Filho de pais empresários, seu rostinho bonito era presença confirmada nas maiores festas de elite. Era meu tipo inalcançável de homem, então eu tentava me contentar com a amizade apenas. Mas não conseguia controlar meu sorriso quando o via estacionar, toda sexta, no mesmo lugar.
Entre tantas massagens acabei me encantando por quem ele era além do rostinho bonito. era modelo, então não se pode me culpar. Sempre bem humorado, tornava nossa hora juntos as mais divertidas de toda a minha semana. Eu o adorava, e sentia muito por nunca temos ultrapassado essa relação "massagista-cliente". Provavelmente ele não se sinta tão atraído por mim o quanto eu por ele, mas como bons amigos, seríamos uma ótima dupla pela cidade.
Hoje era um dos dias em que ele vinha decidido a me surpreender. Veio de carro, a tensão exposta em sua face desde que havia ultrapassado o limite entre a calçada e o SPA.
- Você tem que ver o caos que está lá fora.- Comentou, assim que entrou na minha sala, e deliciosamente tirou sua camiseta. - Esse trânsito não é brincadeira. – Enquanto separava meu material, o vi rapidamente substituir a bermuda por nada, e então se ajeitar pelo colchão. - Tá tudo bem com você?
- Tirando a vontade de me jogar pela janela, estou indo muito bem. - Brinquei, ainda separando o que ia ou não usar. - Essa cidade está um caos, e ainda faltam muitos dias para o réveillon. E eu nem sei ainda para onde vou fugir.
- Uns amigos estão preparando uma festa. - Comentou e me aproximei, iniciando meu trabalho em sequência. - Acho que nunca te convidei pra sair, e talvez essa seja a oportunidade perfeita. - Meu coração saltou.
- É. - Disse ainda desconcertada. - Pode ser divertido. - E é por isso que meus relacionamentos nunca davam certo.


Ela era a garota mais difícil com a qual eu já havia lidado na minha vida. Como diz a música do nosso camarada Bieber, ela era a tal do "o que você quer dizer quando balança a cabeça que sim, mas quer dizer que não".
Eu não a entendia de verdade, e era a coisa que mais havia tentado fazer desde que a conheci.
trabalhava no SPA a mais ou menos uns três anos. Eu sequer pensava em trocar de massagista até que ela apareceu. Era linda sua forma de sorrir, e de como com apenas uma massagem, ela conseguia transformar um cliente em uma pessoa totalmente revigorada, e isso foi um dos pontos principais pelo qual escolhi seus serviços. Mas não totalmente.
Em um dia nossos olhos se encontraram por acaso. Eu, em caráter de um canalha masculino que era na época, nem percebi que ela já fixava seu olhar em mim enquanto eu descaradamente observava o volume de seus seios no pouco decote. Ela não tinha ideia de que ela é quem havia me tornado o cara que sou hoje.
Naquele dia eu queria levá-la pra cama, como fazia com qualquer outra mulher que julgasse interessante. Mas eu não sabia seu nome, e seus horários não condiziam com o que imaginei.
Na outra semana eu já estava em sua sala conversando sobre relacionamentos que deram errado. E eu já não queria ser mais o cara responsável por partir seu coração uma outra vez.

Ficamos alguns minutos em silêncio e eu não pude deixar de reparar no perfume doce que se espalhava pelo ambiente. O perfume doce dela misturado ao amadeirado do óleo criava uma fragrância que eu ainda ofereceria para a Victoria Secret. Engraçado era o óleo estar queimando mais que o normal.
- ! – chamei sua atenção. Era a segunda vez seguida que ela passava as unhas na pele fina das minhas costas. Eu estava em um devaneio perverso, mas ela parecia realmente em outra dimensão.
- Desculpa , mais uma vez. Acho que vou começar a usar luvas! – disse-me e sorriu. Céus, como eu gostava daquele sorriso. Como eu gostava da forma que ela ficava constrangida quando estava perto de mim.
- Não precisa ficar tão nas nuvens só porque te chamei pra sair. - Comentei e ela riu fraco, ainda mais envergonhada. - Vamos, que há de errado?
- A gente se conhece a tanto tempo, mas eu realmente ainda não sei como me portar perto de você, sabe. - Suas bochechas queimavam e eu estava quase conferindo se estavam quentinhas mesmo. - A gente conversa tanto, mas eu infelizmente não te conheço. Não sei como seria passar uma noite com você fora daqui.
- Não seja por isso, a gente toma alguma coisa, e então, te levo pra minha casa. - Pisquei maroto e então ela era o próprio poço da vergonha.
- Eu definitivamente não sei fazer isso. - E durante tanto tempo, eu não havia percebido o que havia de errado ali. Era essa coisa de "flertar". Ela não sabia como reagir. Fugindo das minhas breves investidas, como sempre, ela se aproximou da janela e eu já estava pronto para seguir o mesmo caminho, quando sua secretária entrou na sala.
– Eu estou indo embora, assim que você terminar deixe a chave na academia, ok? - Foi tudo o que ela disse.
- acenou com a cabeça e voltou a olhar sei lá o que. E então eu estava pensando. Estávamos sozinhos no andar, era hora de eu ter meu ultimato. Ou ela me dava a chance agora, ou eu seria obrigado a desistir de vez.
- A vista deve ser realmente demais para você abandonar minha massagem sendo que te pago muito bem a hora, não? - Brinquei. Ela estava séria.
- Só precisava de um ar. - Sorriu pra mim e prendeu o cabelo com uma destreza tamanha. Achei de certa forma, muito sensual.
- Eu costumo causar esse efeito nas mulheres. - Disse e ela negou com a cabeça, me empurrando de volta para o colchão, gentil como um ogro. E então eu imensamente quis beijá-la. Segurei suas mãos e a aproximei de mim. Não pude deixar de sorrir quando a vi pousar o olhar sob meus lábios. Mas no segundo em que dei um passo a frente, ela deu dois no caminho inverso.
- , não. - E me afastou. Fiquei realmente surpreso e extremamente envergonhado. Ela parecia querer, mas talvez eu tenha entendido errado. Totalmente errado.
Então o problema era esse. Não é que ela não soubesse flertar. Ela só não queria o fazer comigo.
E agora quem estava perdido era eu.
Ela já observava mais uma vez um ponto completamente oposto. E eu estava perdido. Tinha estragado tudo, perdido uma amiga e uma massagista, pois realmente não saberia como a encarar depois daquilo.
Decidi que precisava sair dali.
- Eu... Mesmo, me desculpe . - Já estava vestindo minha bermuda enquanto falava. - Não era o que eu queria fazer, eu só... Só me desculpa. - E então eu saí da sala. Respirei fundo e sequer fechei a porta atrás de mim. Me senti aliviado da secretária não estar na sala principal ou eu realmente teria saído correndo. A passos largos fui cruzando o SPA.
Eu era um completo idiota.



Eu era uma completa idiota.
Havia anos esperado por um momento entre e eu, e quando finalmente acontece, eu estrago tudo.
A verdade é que eu costumo pensar demais. E enquanto ele se aproximava, dois milhões de pensamentos dividiram espaço na minha cabeça. Era meu local de trabalho, e ali eu não poderia de jeito nenhum me envolver com um cliente de uma forma que não fosse profissional. Mas eu estava sozinha, e mesmo que estivesse com , sabia que ela nunca contaria nada a ninguém. Mas eu era medrosa.
Mas por mais medrosa que eu fosse, não poderia deixar que tudo se estragasse dessa forma. E quando vi, definitivamente estava correndo pelo SPA. Ele estava na metade do salão principal quando o alcancei.
- - Disse ainda meio sem ideia formulada. Definitivamente, eu não sabia o que falar. - Você... Você esqueceu de... esqueceu uma coisa.
- O que eu esqueci, ? - Ele estava perto demais. Eu ainda sentia o cheiro do óleo evaporando por sua pele.
- Disso. - Sussurrei, e em um passo colei minha boca na sua. Ele não parecia surpreso, era mais como aliviado. Ainda sem estar definitivamente pensando no que estava fazendo, juntei nossos lábios de uma forma leve, tentando não demonstrar a urgência que escondia dentro de mim. Para minha surpresa, ele aprofundou o beijo e sem desgrudar de mim, foi me guiando de volta a minha sala sem deixar que nossas bocas se separassem.
Voltamos para o centro do consultório ficando próxima a cama, passava suas mãos por dentro de minha blusa, acariciando-me as costas enquanto eu já levantava sua camisa. Quando a retirei por completo, ele já estava deitando-me na cama e fazendo com que sua mão percorresse um dos meus braços e em seguida o decote do meu uniforme. Seus dedos rapidamente escorregaram para dentro. Ele massageou as minhas costas com a outra mão arranhando-as como eu tinha feito durante a massagem, não pude deixar de rir e ele prendeu os lábios no meu pescoço deixando ali uma marca. Ele olhou firme em meus olhos e eu devolvi o olhar maliciosamente fazendo com que ele sorrisse e mordesse os lábios. Foi quando percebi que ele já não tinha autocontrole, mas isso só fez com que meu desejo de tê-lo ali, se fizesse totalmente presente. Joguei minha cabeça para trás quando senti seus lábios novamente junto a pele arrepiada do meu pescoço, e ele então puxou minha blusa, retirando-a por completo. Segurei firmemente seus cabelos sem me importar com a força com que os puxei, e ele desceu uma das mãos que estava em minhas costas apertando-me com propriedade e destreza. Comecei a sentir-me incomodada com as roupas que ainda tinham entre nós, percebendo isso, ele puxou sua calça, levando a cueca junto, enquanto eu delicadamente tirei minha saia e arremessei-a para algum canto da sala, levando minha calcinha pelo mesmo caminho. Restou apenas meu sutiã, peça que em questão de segundos também já levava o mesmo destino que as outras roupas. O silêncio no ambiente só era quebrado pelos urros de prazer e a respiração ofegante, mas não necessitávamos de palavras para tornar nossos desejos perceptíveis.
Por alguns minutos, tudo o que eu queria era que aquele momento não terminasse comigo. Na “linguagem teen”, meu crush estava realizando meu mais sórdido desejo, murmurando coisas que eu jamais poderia entender. E nem precisava de palavras enquanto ele estivesse dentro de mim.
Sexo em um primeiro encontro era algo que nunca havia feito, mas nos conhecíamos a tempo suficiente. Seu olhar penetrante enquanto se apossava de meu corpo deixava explicito: Não era só eu que guardava esse sentimento a certo tempo.
Com um suspiro aliviado, se desfez dentro de mim e então também cheguei a meu ápice. Juntei nossas testas a fim de recuperar o fôlego e recebi mais um beijo.
Levantei-me primeiro, lentamente procurando por minhas roupas enquanto ele se livrava da camisinha que eu nem lembrava como ele havia colocado. Senti seu olhar fixo em mim enquanto nos vestíamos, e só então pude perceber o que fizemos. Coloquei a mão na boca e comecei a encará-lo, a lucidez voltando. Assim que terminou de se vestir, ele olhou curioso a minha expressão assustada parecendo tão perdido quanto eu.
- Tudo bem? – disse-me segurando minhas mãos. Ele estava calmo, diferente de mim... Eu havia transado com um cliente no meu próprio local de trabalho, podia pagar esse feito com meu emprego. – calma, eu não vou contar para seu chefe. – ele disse se aproximando de mim, como se tivesse lido minha mente, e pude deixar um sorriso surgir em meu rosto. Ele me beijou, com as mãos ainda alisando meu corpo, e quando o clima estava voltando a esquentar, fomos interrompidos pelo toque do meu celular.
- Alô? – disse seguindo para a janela para pegar um ar puro e ainda conseguir mais sinal para o celular. seguiu-me abraçando-me por trás e encarando a rua com o queixo sustentado em meu ombro – alô? – voltei a perguntar ainda sem ter obtido nenhuma resposta, e então ele me soltou-me, fixando seus olhos em um ponto. Segui seu olhar e deparei-me com uma sorridente apoiada em seu carro, com o celular no ouvido, olhando também para a janela onde estávamos.
- Fim do expediente amiga. – ela disse ao telefone e pude vê-la piscar e entrar no carro. Ri e mostrou-se mais tranquilo com essa minha ação. Teria muito que contar a aquela doida.
Deixei a chave no local combinado e então ele acompanhou-me num passeio - já a noite – à beira-mar. Tomamos uma água de coco num quiosque, ele segurando minha mão e eu ainda não entendendo nada do que se passava na minha cabeça, mas ainda teria muito tempo pra descobrir. O que são três anos de espera, perto de um futuro tão incerto?
- Aposto que vai ser muito mais divertido dividir o ultimo horário da semana a partir de agora, não? – Brincou ele, e concordei com a cabeça rindo. O que viesse dali pra frente, seria só lucro.
Encarei nossas mãos entrelaçadas, e em seguida a que estava solta. Mãos de pianista, minha mãe já dizia. Mas o destino disse que não, que eram mãos de massagista. Ou como dizia, Fairy Hands.



Fim



Nota da autora: (01/08/2020) Clique aqui para seguir à página da autora e acompanhar outras histórias.
Essa é a primeira de várias histórias de mesmo título.
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